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Lista de siglas e abreviaturas

API- Instituto Americano de Petróleo


SP- Potencial Espontâneo

Diagrafia pode ser definida como a informação relacionada às características das formações
rochosas, medidas a diferentes profundidades por meio de aparelhos introduzidos em um
poço.
Na industria petrolífera as diagrafias são aplicadas para:
 Definição de parâmetros físicos ligados as propriedades geológicas como petrofisicas,
ou seja, permitem caracterizar a litologia, porosidade, etc;
 Obtenção de informações relativas aos fluidos contidos nas formações geológicas;
 Identificação de zonas produtivas de hidrocarbonetos
 Distinção de tipo de hidrocarbonetos;
 Estimação de reservas;
 avaliação da completação e produção de um poço onde se verifica a qualidade da
cimentação, a corrosão do poço, entre outros.

Tipos de diagrafias
I. diagrafias master (primária): as medições/observações de perfilagem acontecem
durante a fase de perfuração (LWD)
Aqui interessa-nos a informação da litologia obtida por meio de analise de fragmentos das
rochas perfuradas.
II. Diagrafias geofísicas: são utilizados para derivar os parâmetros geológicos e
petrofisicos de uma formação geológica pela medicao de parâmetros físicos registados
dentro do poço. A aquisição desta informcao é feita durante a fase de perfuração
(LWD) e após a perfuração (WLL).
A identificação litológica é feita através de:
a. Logs radioativos (raios gama)
b. Diagrafia de Potencial espontâneo (SP)
c. Caliper (info indirecta).

Diagrafia de potencial espontâneo (SP)


O log SP foi uma das primeiras medidas usadas na indústria petrolífera.
A diagrafia de potencial espontâneo mede a diferença de potencial elétrico desenvolvido
entre um elétrodo no interior do poço que se move para cima e baixo, e o elétrodo fixado
próximo a superfície.
A diferença de potencial resulta dos diferentes fluxos que as cargas podem ocorrer nas
diferentes formações geológicas. Estes fluxos podem ser devido às interacções eléctricas dos
constituintes químicos das rochas (origem electroquímica) ou devido ao movimento de
fluidos contendo iões condutores.

Fig. Representacao esquemática do comportamento de SP para diferentes formações em


relação a Shale base line. Fonte: Ellis, 2008.

O log SP é calibrado de tal maneira que o potencial espontâneo de folhelho na sequencia


sedimentar em questão dê um valor de background que é uma linha recta, chamada de Shale
baseline. Leituras cobrem uma faixa de 100 mV e areias produzem valores mais negativos (a
esquerda) em relação as argilas. Leituras para agua dos poros com baixa resistividade em
relação a lama de perfuração tambem serão negativas. As leituras são boas indicações de
quão pura a areia pode ser, por ex: o grau de sorteamento ou conteúdo de argila.
Os logs SP são apropriados para interpretação de fáceis sedimentares porque sequências
coarsening- and fining-upward aparecem distintamente nos logs.
Arenitos contendo água relativamente fresca darão leituras menos negativas do que arenitos
com agua salgada, porque a diferenca entre a agua porosa é pequena e se a agua de formação
é fresca em relação a lama filtrada, os valores são positivos. Quando se usa lama baseada com
petróleo, leituras não podem ser obtidas por logs SP.
Arenitos com alta saturação petróleo e gás terão baixa resposta de SP devido a baixa
condutividade na fase de água. O SP responde a camadas que são mais permeáveis que
folhelho, mas apenas se a água porosa tiver diferente resistividade em relação a lama filtrada.
Em muitos casos leituras de calcários se enquadram as correspondestes entre xisto à arenitos
bem sorteados, dependendo da porosidade.
O potencial espontâneo é gerado pela água porosa em certas profundidades, e logs SP não
dao, geralmente, melhor resolução do acamamento. Por conta disso, logs SP são substituídos
por logs de raios gama que, fornecem a mesma informação com melhor resolução.

Fig: Típicas reacções do SP em diferentes formações. Fonte: Glover, 2002.


Gama log
Log de raios gama mede a radioatividade natural produzida em rochas. Os elementos que
produzem radiação gama significativa em rochas sedimentares são os isótopos estáveis de
potássio, tório e urânio. O isótopo de potássio ocorre em micas, feldspatos, evaporitos, etc. O
isótopo de urânio é solúvel e, portanto, associado a ambientes oceânicos, rios e a presença de
matéria orgânica. O isótopo de tório está presente em minerais pesados e bom indicador de
ocorrência de argilas.
O folhelho (shale) em geral, contém os isótopos estáveis citados acima e as leituras fornecem
valores de radioatividade maiores em relação a arenitos. Embora haja uma variação no
conteúdo de potássio em minerais de argila, e arenitos contem potássio, o gama log fornecerá,
basicamente, leituras em função do rácio arenito/folhelho que, são boas medições.
Consequentemente é bastante similar ao log SP.
Arenitos com alto conteúdo de feldspato e mica terão maior intensidade gama em relação a
arenitos puros e quartzosos. Glauconite vai produzir uma resposta de raios gama intensa
devido ao conteúdo de potássio. Alguns arenitos podem ter elevados conteúdos de urânio ou
tório.
Folhelhos pretos em particular, com elevado conteúdo de matéria orgânica, produzem boa
resposta no gama log porque, normalmente, contem alto conteúdo de urânio em relação aos
outros folhelhos.
Calcários possuem baixas concentrações de U,Th e K e dao respostas de raios gama muita
baixas. Entretanto, em sequencias de evaporitos, os gama log são indicadores sensivos de
potássio salgado.
A radiação gama é medida em unidades pelo API de 1 a 200 e esta escala pode ser calibrada
com uma intensidade de radiação padrão (microgramas de rádio por tonelada).
A ferramenta de registro de raios gama tem sido equipadoa com um contador de cintilação
capaz de distinguir diferentes níveis de energia (expressos em MeV de radiação gama da
rocha), de modo que possa distinguir entre as contribuições relativas de K (1,46 MeV), U
(1,76 MeV) e Th (2,62 MeV). Esses registros são chamados registros de raios gama
espectrais e usando apenas o registro Th, por exemplo, muitas vezes é possível obter uma
estimativa melhor do teor de folhelho, pois a concentração de tório em folhelhos varia menos
do que urânio e potássio.
O índice de raios gama é calculado a partir do mínimo leituras de raios gama em areia limpa.
A leitura máxima nos folhelhos é registrada. A percentagem de folhelho (Vsh) pode então ser
calculada.
As rochas geradoras geralmente contêm concentrações relativamente altas de urânio e são
frequentemente referidos como “hot shales”. Isso ocorre porque o urânio dissolvido em a
água do mar oxidada é reduzida e concentrada em matéria orgânica.
Fig. Reaccao de logs para diferentes litologias, simplicada. Fonte: Hobson and Tiratsoo
(1981).

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