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Ao douto juízo do ... juizado especial criminal da comarca de ...

Termo Circunstanciado: ...

Maria, (nacionalidade) ..., (estado civil) ..., (profissão) ..., inscrita no CPF sob o nº: ..., portadora
da carteira de Identidade nº ..., Expedida pelo ..., endereço eletrônico ..., telefone ..., Residente
de domiciliada na cidade de ..., rua ..., bairro ..., por intermédio de seu advogado infra-
assinado, com endereço profissional à Rua ..., endereço eletrônico ..., telefone ..., mediante
procuração com poderes especiais, vem, respeitosamente, com fulcro nos artigos 30, 31 e 44
do Código de Processo Penal, juntamente com o disposto nos artigos 100 §2º, 139 e 140 do
Código Penal, à presença de V.Exa., oferecer

AÇÃO PENAL SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA

Em face de João, (nacionalidade) ..., (estado civil) ..., (profissão)..., inscrito no CPF sob o nº ...,
portador da carteira de Identidade nº ..., endereço eletrônico ..., Residente e domiciliado à Rua
..., Bairro ..., Cidade ..., pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:

I- DOS FATOS

No dia ..., na universidade ..., por volta das ..., o Querelado, João, deu causa a uma discussão
com a querelante sobre a matéria de Direito Penal no memento da aula em que assistiam. No
decorrer da discussão, o querelado articulou diversas palavras ofensivas à querelante para lhe
ultrajar, com a espontânea vontade de difamar e injuriá-la naquele momento, ele disse: “ Você
é uma preguiçosa, burra e não deveria nem estar na faculdade, vai tomar banho”.

Tal fato foi presenciado por toda a turma que assistia a aula quando a discussão começou, por
essa razão, a querelante se sentiu constrangida e humilhada perante seus colegas de turma.
Não obstante isso, a querelante também se sentiu muito injuriada pelo comentário que a
desmereceu estar na universidade, tendo em vista que sempre se dedicou, trabalhou e
estudou muito para estar cursando Direito.

Diante dos presentes fatos, a querelante se viu na condição de promover a presente queixa-
crime em face do querelado para que este seja responsabilizado por suas palavras que foram
muito prejudiciais à honra e à dignidade da querelada, razões que a levaram a sofrer
psicologicamente diante deste episódio desagradável e malicioso.

II- DO DIREITO
1- Da Injúria e da Difamação

Ante ao exposto, ao nos depararmos com a conduta do querelado no caso em analise, recorre-
se às disposições previstas nos artigos 139 e 140 do Código Penal, que versam sobre a injuria e
sobre difamação, respectivamente, tendo em vista que este utilizou-se de palavras que
injuriaram e difamaram a querelante no momento da discussão.

A forma com que o querelado se expressou verbalmente para com a querelante foi ofensiva e
foi demonstrada perante toda a turma, tendo, dessa forma, causado danos à honra objetiva da
ofendida, da qual se entende por honra relacionada com a imagem (reputação social) que as
pessoas têm de determinado indivíduo. Não destoante a isso, afetou, principalmente, a honra
subjetiva da querelada, qual seja, o seu próprio sentimento, sua dignidade pessoal e o seu
respeito e decoro, como bem prevê o artigo 140 do Código Penal.

Para ser responsabilizado pelas infrações supracitadas, o agente deve proceder com o
propósito de ofender a honra da vítima de maneira dolosa, de forma específica e livre da
possibilidade de ter proferido as palavras destituído da vontade de ofendê-la, o que não
ocorreu no caso em questão, visto que o querelado tinha plena consciência do que estava
falando no momento da discussão, não restando qualquer dúvida que o mesmo teve a
intenção de humilhar a querelada em público, pouco se importando com as consequências que
suas palavras causariam a terceiros e à vítima.

Nesse sentido, cabe salientar que o querelado ao praticar os crimes contra a honra da
querelada, não se importou com o ambiente em que estava e a ofendeu em público, com a
presença dos colegas de turma e do professor que ministrava a aula no momento da
discussão. Portanto, recai sobre o querelado a atribuição do aumento de pena previsto no
artigo 141, III, do Código Penal, com aumento de um terço como determina o dispositivo.

II- DA COMPETÊNCIA

Vige ressaltar que o assunto é de competência deste douto juízo por se tratar de crime
classificado como de menor potencial ofensivo, com fulcro no artigo 61 da lei 9.099/95.

Diante do exposto, tem-se a necessidade de imputação dos fatos delitivos ao querelante, neste
caso, cabendo a aplicação da pena máxima a este devida, não superando ao limite legal.

III- DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer o recebimento da presente ação, julgando-se procedente, ao final,


procedentes todos os pedidos a seguir:

1- A Designação de audiência preliminar, nos termos do artigo 72 da lei 9.099/95, para


que haja tentativa de composição por conciliação, bem como a possibilidade de
realização de instrução civil para a composição dos danos civis.

2- A citação do querelado para responder aos termos da presente ação penal.

3- A procedência do pedido, com a condenação do querelado pela prática dos crimes


previstos nos artigos 139 e 140 do Código Penal
4- A produção de todas as provas admitidas em direito e a intimação das testemunhas
arroladas abaixo.

5- A fixação de valor mínimo de indenização pelos danos causados à querelante, tendo


em vista o grande constrangimento promovido pelas ofensas à honra objetiva e
subjetiva da querelada e pelos fatos destacados neste caso, promovendo a punição
como forma de prevenir e punir este tipo de atitude em ocasiões futuras, nos termos
do artigo 387, IV, do CPP.

IV- VALOR DA CAUSA

Dá-se à causa o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais)

Nestes termos, pede deferimento

Local e data

Advogado/OAB

Rol de testemunhas:

1- Xxx
2- Xxx
3- Xxx

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