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VENDA PROIBIDA

Os adolescentes estão em constante


mudança, corpo, mente, os hábitos,
o modo de relacionar-se com os pais,
as amizades, os interesses - enfim,
tudo está se transformando,
simultaneamente.

E você, está realmente preparado para


ajudá-los com todas essas questões?

E um erro fatal querer se aproximar do


adolescente com altos planos de instrução, ensino
e correção sem desejar um relacionamento. Eles
não estão muito dispostos o ouvir uma pessoa
que simplesmente quer mudá-los. Precisam ser
amados, antes de serem ensinados. Eles só ouvirão
àquelas pessoas que eles sobem que lhes amam.
Aquelas pessoas que já deram provas que estão
comprometidos em ajudá-los, em uma relação de
parceria e cumplicidade.

Quer saber mais? Leia aqui:

C B C
PREZADO (A) PROFESSOR (A)
Neste novo trimestre vamos estudar sobre a maior lição revelada nas
Escrituras- “O Am or na Vida Cristã". No Antigo Testamento, o povo hebreu
foi ensinado a amar a Deus acima de todas as coisas, bem cama amar
ao próxima como a si mesmo. Essa perspectiva de am or tinha como
finalidade mostrar aos hebreus que só havia um única Deus, Criador

dos céus e da terra, digno da nossa adoração.


No Novo Testamento, a perspectiva de amor encontra-se na revelaçao
de Jesus o Filho de Deus. A partir da sua conduta, Ele nos ensina a maneira
correta de amar a Deus e ao próximo: “Eu lhes dou este novo mandamento:
amem uns aos outros. Assim como eu os amei, amem também uns aos
outros" (Jo 13.34). Que possamos amar nosso semelhante como também
somos amados pelo Senhor. Um a vida cristã proveitosa só é possível se
existir amor nos corações. Que Deus abençoe o seu ministério!
C ASA P U B LICA D O R A DAS
ASSEMBLÉIAS DE DEUS EDITORIAL
Av. Brasil, 34.401 - Bangu
CMD Rio de Janeiro/RJ - CEP: 21852-002 Jesus é a maior expressão de am or
que podemos encontrar nas Escrituras
Presidente da Convenção Geral Sagradas. Durante o tem po em que
das Assembléias de Deus no Brasil esteve neste mundo, o Mestre ensinou
José Weilington Costa Junior muitas verdades aos seus discípulos,
Presidente do Conselho Administrativo bem como às multidões que o seguiam.
José Weilington Bezerra da Costa
O diferencial de Jesus era que Ele não
Diretor Executivo
ensinava as pessoas da mesma forma
Ronaldo Rodrigues de Souza
que os fariseus. Enquanto os religiosos
Gerente de Publicações
Alexandre Claudino Coelho se importavam apenas com a aparência,
Gerente Financeiro o Mestre trazia ternura em seu olhar e
Josafá Franklin Santos Bomfim ensinava com autoridade.
Gerente de Produção Jesus não apenas com partilhava
Jarbas Ramires Silva conhecim entos, m as dem onstrava
Gerente Comercial am or por meio da cura, de um abraço
Cícero da Silva ou mesmo pela compaixão para com
Gerente de Rede de Lojas
os pecadores.
João Batista Guilherme da Silva
Neste trimestre, vamos aprender sobre
Gerente de TI
Rodrigo Sobral Fernandes a importância de nutrirmos o am or de
Deus em nossa vida cristã.
Gerente de Comunicação
Leandro de Souza da Silva
Chefe de Arte Se Design Que Deus abençoe os seus estudos!
Wagner de Almeida
Chefe do Setor de Educação Cristã ▼T
▼ ▼
Marcelo Oliveira
Conheça mais sobre o ▼ ▼
Editor ▼▼
Novo Currículo da CPAD.
Thiago Santos ▼▼
Comentarista ▼T
Daniele Soares ▼T
▼▼
Projeto Gráfico
Nathany Silvares Ano 1 ▼T
▼▼
Diagramação e Capa A História da Salvação ▼▼
Nathany Silvares As Parábolas de Jesus são Vivas
Banco de Imagens Apóstolo Paulo, o Grande Missionário
Shutterstock Como Viver no Mundo à Luz da Bíblia

C entral de Atendim ento CPAD: Ano 2


0800-0217373 Gênesis, o Livro dos Grandes Começos
De Segunda a Sexta: 8h às 18h A História do Povo Escolhido
Livraria Virtual: www.cpad.com.br
Grandes Cartas para Nós
Fale com a Editora da Revista:
O A m o r na Vida Cristã
flavianne.vaz@cpad.com.br
^ o AM OR DE DEUS NA BÍBLIA 5

^ O AM OR QUE SALVA 12

0 CRISTO NOS ENSINOU A COMPAIXÃO

^ CRISTO NOS ENSINOU A MISERICÓRDIA

0 CRISTO NOS ENSINOU O PERDÃO

) AM OR DOS PRIMEIROS CRISTÃOS NA IGREJA 3 9

y O AM OR É DOADOR 15

0 O AM OR PELAS ALMAS 52

0 O AM OR PELA FAMÍLIA

10 O AM OR PELOS AMIGOS 65

^ O AM OR PELAS PALAVRAS

O AM OR QUE VENCE O MAL

O AM OR É ETERNO 34

^ O AM OR POR DEUS DE TO D O O CORAÇÃO


Conheca as seções da sua revista
LEITURA BÍBLICA VAMOS DESCOBRIR
Fique atento. Este é o texto cen­ É uma introdução ao tem a da
tral da Lição. Leia-o e marque na lição, com uma abordagem reflexiva,
sua Bíblia. a fim de despertar o interesse do
(a) aluno (a).
A MENSAGEM
Aqui você encontra um versícu- HORA DE APRENDER
lo-chave sobre o tem a que você Aqui você vai encontrar a lição.
vai ensinar. Estude o texto atentamente.
^ ^ ■ DEVOCIONAL AUXÍLIO
Separamos um texto bíblico es­
É um texto selecionado que ofe­
pecial para cada dia da semana.
rece auxílio didático, pedagógico
Leia-o no seu momento a sós com
ou teológico, para que você possa
Deus diariamente.
aprofundar o estudo da lição.
OBJETIVOS
VAMOS PRATICAR
Apontamos aqui os objetivos pe­
É um a proposta de exercício,
dagógicos e teológicos que deverão
visando reforçar a aprendizagem,
ser alcançados na aula.
com o apontamento das respostas.
^ H EI PROFESSOR!
Preparamos uma reflexão exclu­
PENSE NISSO
siva para o docente sobre o tema Tra ta -s e de um a provocação
que esta sendo ensinado. reflexiva, com uma abordagem
prática sobre o assunto proposto.
PONTO DE PARTIDA
Selecionamos uma proposta pe­ MINHAS IDEIAS
dagógica para você utilizar na Utilize esse espaço para anotar
preparação da aula ou no de­ suas propostas, impressões e es­
senvolvimento da mesma. tratégias para a aula.
0 AMOR DE DEUS NA BÍBLIA

LEITURA BÍBLICA
Deuteronômio 7.7-13
D e v o c io n a l
Segunda » x 34.5-7

T e r ç a » ’ Rs 19.32-34
- u ------------------------------
Q u a r t a » J123.3
A MENSAGEM
Agradeçam a Deus, o SENHOR, Q u i n t a » V 14.22
anunciem a sua grandeza e contem
às nações as coisas que ele fez. Sexta » Zt 1.1,2
Salmos 105.1 Sábado » Jo 15.9
X*

--------------------------------------
▼T ▼

o b je tiv o s : : :
~ ▼ ▼▼
EXPLICAR o conceito de amor no
Antigo e no Novo Testamento;

DESTACAR o amor de Deus pela


criação;

APONTAR o am or de Deus reve­


lado na história de Israel.

« 1

X
E i P ro fe s s o r! P o n to d e P a r tid a
A lição desse trimestre tem como Prezado(a) professor(a), o assunto
proposta central apontar a relevância
tratado neste trimestre é o amor. As­
do amor para a vida cristã. Vivemos
sim sendo, para iniciar a aula de hoje,
em uma sociedade materialista e se-
prepare na lousa ou quadro branco um
cularizada onde o conceito de amor
mapa mental. Como assim? Escreva a
tem sido distorcido ou banalizado. Para
palavra “am or” no centro do quadro e
muitos, o amorjá não existe e as rela­
pergunte aos alunos o que eles sabem
ções humanas estão fundamentadas
sobre esse conceito. À medida que
apenas na troca de interesses ou nego­
forem respondendo, desenhe setas no
ciação de benefícios. Em contrapartida,
entorno da palavra “am or” e escreva
os Evangelhos apresentam o Filho
as definições mencionadas por eles.
de Deus como a expressão máxima
Após este momento de construção
do amor que traz luz à compreensão
coletiva, utilize um dicionário para tra­
humana (Jo 3.16). zer a definição técnica do conceito de
O verdadeiro amor só pode ser en­
amor. Em seguida, converse com seus
contrado em Deus porque Ele é amor (1
alunos sobre as diversas interpretações
Jo 4.8). Portanto, amigo(a) professor(a),
que existem na sociedade a respeito
enfatize aos seus alunos que o amor
do que significa amar. Por fim, aponte
verdadeiro existe e podemos encontrá-lo
que a Palavra de Deus nos mostra o
XXX

na presença de Deus. Ele nos convida


sentido certo de amar.
a viver essa experiência maravilhosa.
XXX
Vamos Descobrir Deus pelo ser humano, indivíduos ou XX
A Lição deste trim estre tem como
grupos, e peLa criação em geraL.
O term o hesed é uma paLavra com
X
tem a central o amor. Apesar de ser diversas possibiLidades de tradução.
um conceito muito usado no dia a dia, ELa aparece não só com o sentido de
a maioria das pessoas desconhece amor, como tam bém de misericórdia,
o seu real significado. As Escrituras bondade, favor e sempre num contexto
Sagradas discorrem sobre o am or em envoLvendo pessoas em aLgum tipo de
diversas ocasiões. Ha, inclusive, um reLacionamento. Esse termo não esta
livro inteiro dedicado a esse tem a, o reLacionado a objetos ou conceitos.
Livro de “Cântico dos Cânticos". Então, Quando se Lê em SaLmos 45.7, por
vamos descobrir como am or aparece exempLo, o rei ama o bem e odeia o maL.
na PaLavra de Deus. Amar, no manuscrito hebraico do Antigo
Testamento, é ahava e se trata de um
Hora de Aprender conceito abstrato, ou seja, aLgo que não
O sentido de amor aparece na Bíblia é concreto. Ja na história de Rute, Boaz
de diversas formas. Em cada uma deLas, avaLia que eLa agiu com LeaLdade, ou
podemos aprender Lições diferentes no seja, com hesed, em relação à família
que diz respeito a nossa relação com do sogro (Rt 3.10).
Deus e com o próximo. Veremos também Jacó pediu que José fosse fiel e ho­
que o nosso Deus dedica amor peLa sua nesto, isto é, hesed para com eLe e não o
criação, bem como peLo seu povo, que enterrasse no Egito (Gn 47.29-31). Exodo
ELe separou para a gLória do seu nome. 20.6 aparecem os dois termos: “Porém
sou bondoso [hesed] com aqueLes que
I. A PALAVRA "AMOR” me amam [ahava] e obedecem aos
Quando Lemos a paLavra “amor" na meus mandamentos e abençoo os seus
Bíblia, veremos que ela pode ser a tra­ descendentes por miLhares de geração".
dução de diversos termos. Se estamos 1.2. No Novo Testamento. Percebe-
Lendo o Antigo Testamento, encontramos mos que am or é um eLemento impor­
aLgumas expressões que têm origem no tante para a fé cristã. ELe esta presente
hebraico e referem-se à reLação entre nos ensinos de Jesus, no Livro de Atos
Deus e o seu povo. No caso do Novo dos ApóstoLos e nas Cartas pauLinas.
Testamento, a paLavra origina-se no Os term os gregos mais frequentes
grego e pode referir-se ao amor de Deus são agape e fileo. A expressão fileo
ou ao amor humano. Vejamos: caracteriza um sentimento naturaL; é
1.1. No Antigo Testamento. Em he­ como você responde ao tratam ento
braico, os dois termos mais frequentes recebido da outra pessoa, ou seja, é
para faLar de amor são ahava e hesed. um am or retribuído. É, também, o que
A hava pode expressar o am or entre sentimos peLos pais e amigos. Ja o termo
seres humanos, do ser hum ano por agape refere-se a um sentimento que
Deus, do ser hum ano por coisas, de se baseia no vaLor da outra pessoa,

0
m esm o quando não ha retribuição. que podem ser levantadas pelo texto e
A ordem de Jesus é para “am arm os esteja preparado para trata-las, caso
uns aos outros" (Jo 13.34), inclusive, os alunos perguntem. Saiba pronunciar
os nossos inimigos (M t 5.44). Por isso, palavras que você precisara falar como,
muitas vezes ouvimos dizer que se trata por exemplo, nomes de lugares bíblicos
de um am or incondicional. e nomes próprios.
3. Seja organizado. Te n h a um a
visão clara do plano de aula. Você
I - AUXÍLIO PEDAGÓGICO esta levando os alunos numa jornada.
Se quer que confiem em você como
Am igo(a) professor(a), seus alunos guia, você precisara com unicar que
aprendem não apenas através da ex­ sabe para onde esta indo. Se for usar
posição dos conteúdos, mas, importa recursos tecnológicos, verifique com
também a forma como esses conteúdos antecedência e, depois, verifique uma
são recebidos, interpretados e aplicados vez mais" (LINHART, Terry. Ensinando as
por eles. Para compreender melhor essa Próximas Gerações: Um guia definitivo
dinâmica é fundamental que o profes­ do professor de jovens. Rio de Janeiro:
sor considere as leis da aprendizagem. CPAD, 2018, pp. 252, 253).
“[...] Não podemos ensinar o que não
sabemos mais do que podemos dar o
que não temos ou voltar de um lugar II. O AMOR PELA CRIAÇÃO
onde nunca estivemos. Temos de saber Deus não apenas criou todas as coi­
o que ensinamos. O que isso significa sas, Ele também atua na preservação da
em termos praticos? sua criação. O ser humano, inclusive, foi
1. Seja autêntico. Em primeiro lugar, criado para viver em plena comunhão
pela graça de Deus e pelo poder do e paz com Deus.
seu Espírito Santo, pratique o que você 2.1. Deus criou o universo. Todas as
ensina. Os alunos precisam acreditar coisas foram criadas por Deus, inclusive,
que, em certo sentido, ouvimos, vimos, o homem. Após concluir a criação, a
contemplamos e tocamos. Em última narrativa de Gênesis informa que Deus
analise, o poder do ministério do apos- viu que tudo era bom e descansou.
tolado de Paulo não era quando ele Então o Criador abençoou todas as
dizia: ouçam-me, mas quando ele podia criaturas que deveriam dar fruto e se
dizer: imitem-me (veja 1 Co 11.1). Isso m ultiplicar (Gn 1.12, 22, 24, 28, 29).
não significa que temos de ser perfeitos, Isso nos mostra que, além de criar,
mas sim, que temos de estar buscando Deus continua atuando para garantir a
(Fp 3.12-17). preservação da vida em todo o universo.
2. Faça sua lição de casa. Faça a boa O ser humano foi criado à imagem e
e sadia exegeses bíblica para falar com semelhança de Deus (Gn 1.26). Isso o
confiança sobre o que a Palavra esta en­ diferencia dos outros seres viventes e
sinando. Considere as perguntas difíceis o posiciona no topo da criação. E tudo
XXX
era bom até o pecado atingir a natu­
u
XX
reza humana e interferir nos nossos
relacionamentos (Gn 3). O nosso Deus
X
2.2. Criados para estar em comunhão dedica amor

pela
*
com Deus. Fomos criados para estar em sua cnaçao.
comunhão com Deus. A desobediência
do casal Adão e Eva, no entanto, resultou
na separação entre Deus e o ser humano.
O infinito amor divino se revelou logo no
Deus, o Sustentador. A Bíblia ensina
início, oferecendo uma possibilidade de
que Deus, o Criador, também é o prove­
restauração: “Eu farei com que você e a
dor e sustentador de tudo que trouxe à
mulher sejam inimigas uma da outra,
existência. Ele não é um Deus ausente
e assim tam bém serão inimigas a sua
que fez o mundo e, depois, deixou-o
descendência e a descendência dela.
por conta própria. Longe de permane­
Esta esmagará a sua cabeça, e você
cer indiferente quanto à sua criação e
picará o calcanhar da descendência
afastado dela, Deus continua a operar
dela" (Gn 3.15). Essa descendência se
nela. Ele está intimamente envolvido
referia a Jesus, visto que é por meio dEle
no governo do universo e nas formas da
que o nosso relacionamento com Deus
natureza, tem controle total dos governos
é restaurado.
e comunidades. Cristo também ensinou a
preocupação do Pai com a menor de suas
criaturas" (Guia Cristão de Leitura da
Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 424).
“O CRIADOR
Deus, o Criador. Nem sem pre o
III. O AMOR POR ISRAEL
universo existiu. O ensinamento con­
sistente da Escritura é que o cosmos O te rm o hesed não só expressa
teve um princípio. Ele não foi formado a sentim entos relacionados a am or,
partir de alguma matéria que ja existia. favor, misericórdia, mas, tem também
Deus, único Criador do universo, trouxe im plicações teoló gicas quando se
o mundo à existência exclusivamente trata do relacionamento de Deus com
pelo poder da sua palavra. Israel. A lé m de info rm ar que Deus
Deus não precisava criar o universo, am a o seu povo, revela ta m b é m o
pois Ele é autossuficiente. Ele decidiu com prometim ento divino com Israel
trazer todas as coisas à existência para pela aliança feita no Sinai (Êx 19.3-8).
sua própria glória. A criação envolveu 3.1. Deus escolheu Israel. Deutero-
todas as três pessoas da Trindade. O nômio 7.7-13 nos conta que o Senhor
primeiro capítulo da Bíblia registra nosso Deus amou e libertou a Israel do Egito
princípio em linguagem majestosa e para cumprir o juramento que tinha feito
atemporal que se comunica com todas aos seus antepassados. Quem são esses
as culturas e eras. antepassados? Os patriarcas Abraão,
a nação como tal entrou em existência
« histórica. O êxodo é de extrema impor­
tância teológica como ato de Deus que
A ordem de Jesus é destaca um momento decisivo na his­
para 4amarmos uns tória de Israel, um evento que marcava
aos outros9(Jo 1334). a transição de povo para nação. Mas

99 transcende isso em significação, pois,


corretamente compreendido, o êxodo
tam bém é precisamente o evento e o
Isaque e Jacó. O amor de Deus pelo seu momento que coincide com a expressão
povo está relacionado à promessa feita histórica da eleição de Israel feita por
no passado a esses homens. Deus. A escolha de Israel como povo
3.2. Deus se revela na história deespecial do Senhor não aconteceu no
Israel. O salmo 105 conta parte da monte Sinai, mas na terra de Gósen. O
história de Israel de form a poética. êxodo foi o evento eletivo; o Sinai foi a
Primeiro, o povo de Deus é convidado formalização do concerto.
a louvar ao Senhor por tudo o que Ele Vemos que esta é a intenção da estru­
tem feito e a compartilhar as suas obras tura canônica na leitura compenetrada
para outros povos. O amor de Deus se e cuidadosa dos primeiros capítulos de
revela pelo desenrolar dos acontecimen­ Êxodo que estão repletos de alusões
tos de Israel: a história dos patriarcas, a esta ordem de eventos. Tem os de
o tem po no Egito e a libertação. Os admitir que até a libertação ocorrida
israelitas deviam sempre pensar nisso, no m ar Vermelho, o povo hebreu era
lembrar-se de onde saíram e para onde visto como herdeiro das promessas
foram guiados pelo Senhor. Hoje, esse do concerto patriarcal, mas a eleição
salmo nos convida a glorificar a Deus, à servidão com o evento histórico e
a ter um coração agradecido e alegre. até teológico só tomou forma decisiva
O salmo nos ensina tam bém a buscar no próprio ato redentor" (ZUK, Roy B.
a presença de Deus. E uma rotina que Teologia do Antigo Testamento. Rio
devemos criar em resposta ao am or de Janeiro: CPAD, 2009, p. 44).
que Deus já demonstrou a Israel e que
se estende tam bém a nós. CONCLUSÃO
O sentido de am ar não é uma em o­
ção, mas expressa comprometimento e
devoção. O amor de Deus por nós é de
“O Êxodo como eleição da realeza. talform a que Ele entregou o seu unico
A escolha de Israel como povo-servojá Filho para m orrer em nosso lugar. É
estava implícita nas declarações do con­ muito bom saber que somos amados
certo patriarcal (Gn 12.1-3; 15.13-21; 1818; por Deus. Ele já provou o seu amor por
22.18; 26.3,4; etc.), mas foi somente com nós. E você? Já abriu o seu coração para
a libertação ocasionada pelo êxodo que o am or de Deus? Pense nisso.
VAMOS PRATICAR
1. Marque V para Verdadeiro e F para Falso. Observe o significado das palavras
no grego e no hebraico:

a. A palavra ahava vem do hebraico e expressa o amor entre os seres humanos. ( )

b. A palavra hesed vem do hebraico e significa ressentimento. ( F )

c. A palavra agape vem do grego e significa am or incondicional. ( F )

d. A palavra fileo vem do hebraico e significa am or quando se refere ao afeto


entre irmãos. ( )

2. Preencha as palavras que estão faltando:

“ \qradeçarr a Deus, o Senhor, anunciem a sua qrandezc e contem às nações


as coisas que ele f e z (Salmos 105.1)

3. Em poucas linhas, procure explicar com suas palavras o que é amor.


Na Bíblia, encontramos várias definições para a palavra “amor”, que pode significar
am or entre seres humanos, do ser humano por Deus, por coisas, por outro ser
humano. O amor corresponde também à essência de Deus, quem Ele é. E, por fim, o
amor corresponde ao tratamento recebido ou retribuído aos amigos ou aos inimigos.

xxxx

Pense Nisso
A palavra "amor" na Bíblia abrange
diversas idéias. Qual significado mais
chamou a sua atenção na aula de
hoje? Converse sobre isso com uma
pessoa da sua classe que não estava
presente na Escola Dominical e con-
vide-a para a próxima aula. Dedique
esta semana a demonstrar o am or
de Deus pelas pessoas.
LEITURA BÍBLICA
1 João 4.7-19 D e v o c io n a l
Segunda »
■■■■■■■■mammm
Terça » Jo 15 3
A MENSAGEM Quarta » Jd
'S & v

Porque Deus amou o mundo tanto,


que deu o seu único Filho, para que todo
aquele que nele crer não morra,
< Quinta » Ap

Sexta » Rm 8.35
l

mas tenha a vida eterna.


X
João 3.16 Sábado » 1 C 1 3 X
- 99 -
XX
AX
r t t
r t ▼
r ▼ t
f ▼ T
r ▼ ▼
r ▼ ▼ Objetivos
r ▼ ▼
APON TAR o amor como um atri­
buto que revela o caráter de Deus;

D ESTACAR que o amor ao pró­


ximo é uma resposta ao am or de
Deus por nós;

RESSALTAR que o amor é demons­


trado por ações.

E i P ro fe s s o r!
P o n to d e P a r tid a
U m a s das fo rm a s pelas quais o
Criador se revela à humanidade é por Professor(a), a base da doutrina da
meio dos seus atributos. Os atributos salvação é o am or manifestado em
são qualidades de Deus, pelas quais, Jesus Cristo com o fim de reconciliar

Ele se faz conhecer. O a m o r é um a humanidade com Deus (2 Co 5.18).


atributo m uito especial que revela Aproveite o início da aula para intro­
o ca ráte r de D eus da fo rm a m ais duzir a lg u m a s perguntas; por que
profunda. A Palavra de Deus afirma precisamos ser salvos? Salvos de quê?
Com o ocorre o processo de salvação
que Deus é am or (1 Jo 4.8).
N e sta lição, ve re m o s que este mediante a fé em Jesus Cristo? Pode
a m o r re ve la d o na c ru z é o único parecer perguntas óbvias, m as é im ­
meio pelo qual podem os ser salvos portante que os seus alunos saibam
(At 4.12). Compreender essa verdade responder e explicar com clareza.
é o primeiro caminho para conhecer Prepare e leve para a sala de aula
o nosso Deus e aprofundar o nosso um cartaz com as etapas do Plano
relacionam ento com Ele. da Salvação. Apresente aos alunos e
Professor(a), incentive os seus alunos explique cada etapa do plano para que
xxxx

a conhecerem a Deus. A forma como não reste mais dúvidas concernentes


nos relacionamos com Deus influen­ ao modo como ocorre a salvação na
cia diretamente no modo como nos vida daquele que crer. Ao final, abra
relacionamos com o nosso próximo. espaço para os alunos tirarem dúvidas.

13
Vamos Descobrir é plural, ou seja, Deus são três pesso­
as — Pai, Filho e Espírito Santo — em
Q u a n ta s vezes o u vim o s fa la r de uma única essência. A palavra teológica
am or? O assunto é tão conhecido que para essa pluralidade divina é “Trinda­
já se tornou banalizado na sociedade. de”. Assim, cada um a das pessoas da
Mas o que significa am ar? É um senti­ Trindade é amor.
mento? U m gesto? Precisamos ir além
1.2. 0 Pai revela o seu amor. Deus
do senso comum se quisermos entender
demonstrou o seu am or ao enviar seu
o que é amor.
Filho Jesus como homem para morrer
O apóstolo João menciona em sua
pela humanidade. Jesus, por sua vez,
C arta que Deus é a m o r (1 Jo 4.7,8).
demonstra seu am or quando se ofere­
Nesse sentido, vamos refletir de forma
ce para o sacrifício na cruz. A ação do
teológica e prática sobre o conceito de
Espírito Santo no crente produz am or
am or à luz da Bíblia.
que se apresenta no caráter de cada um
(Gl 5.22) e na comunhão da igreja (2 Co
Hora de Aprender 13.13). Na sua primeira carta, João explica
O te m a desta lição nos tra z um a
que Deus é am or (1 Jo 4.8), haja vista
reflexão ta n to no sentido teológico
que o envio de seu Filho para sacrifício
quanto prático em nossa vida cristã.
em favor da salvação da humanidade
A com preensão teológica a respeito
não era apenas retórica, e sim um a
do am or passa pela compreensão de
demonstração prática do am or divino.
quem é Deus, a maneira como Ele se
Quando aceitamos a Jesus como nosso
revela à humanidade e como temos a
Salvador, nossos pecados são perdo­
capacidade de am ar o próximo.
ados e recebemos o am or abundante
I. DEUS É AMOR (Jo 10.10).

A Palavra de Deus nos revela que o


am or é um a qualidade que faz parte
I-A U X ÍL IO DIDÁTICO
do ca ráte r de Deus. Ele se revela à
humanidade a partir dessa qualidade. “A Função do Prafessor/Comunicador.
1.1.0 que significa atributo? É uma Os professores têm muitas escolhas
característica. A Bíblia nos conta que não no uso da linguagem. Eles não podem
somente um dos atributos de Deus é o usar qualquer palavra, mas uma palavra
amor, mas tam bém que Deus é amor! apropriada. Além disso, não podem usar
Não é incrível pensar que alguém por todas as palavras à sua disposição; eles
definição é o a m o r? E co m o isso é devem seguir certas regras na escolha
possível? A Bíblia relata que só existe da palavra, e devem, ainda: 1. Conhecer
um Deus e que Ele é único. Citando a a m ensagem a ser transmitida. Quan­
passagem de Deuteronômio 6.4, “Jesus do estão ensinando a Palavra de Deus,
respondeu: — Escute, povo de Israel! O devem escolher as palavras que trans­
Senhor, nosso Deus, é o único Senhor’’ mitam, corretamente, a mensagem de
(M c 12.29). No entanto, essa unidade Deus à classe; 2. Saber quais palavras
XX
os a lu n o s u s a m , n o r m a lm e n te . Isso Ao compreendermos o am or de Deus, X
quer dizer que os professores devem imitamos a forma como Jesus demons­
entender os seus alunos, os termos que trou am or pelas pessoas.
usam e aos motivos por que os usam. 2.1. Devemos e s ta r em Deus. o
Nem todos podem ensinar alunos do apó sto lo Jo ã o usa com frequência
Ensino Médio (por exemplo), porque os a expressão “estar em Deus". O que
adolescentes têm a sua própria cultura significa isso? “Estar em Deus" tem o
e, com ela, a sua própria linguagem . sentido de "obediência a Deus”, “porém,
Nem todos os professores do Ensino se obedecemos aos ensinamentos de
Médio usam a gíria dos alunos, porém sua Palavra, sabemos que o am am os
sabem o que devem evitar e o que de todo o nosso coração. É assim que
devem usar; 3. Escolher palavras e o podemos ter a certeza de que estamos
canal. Na análise final, as palavras dão vivendo unidos com Deus” (1 Jo 2.5).
vida às lições, ou entendiam os alunos. Se estudarm os a Bíblia e seguirmos,
A escolha correta de palavras incen­ fielmente, os seus ensinamentos, nossa
diará um coração, ou o fará queim ar obediência revelará que o nosso am or
de raiva; 4. T r a n s m itir a m e n s a g e m por Deus é verdadeiro (Jo 14.15).
p o r in te r m é d io d e p a la v r a s . O cris­
2.2. Amor é atitude. Ao am armos,
tianismo foi transmitido por palavras.
o próprio Deus é revelado pelo nosso
Deus não fala em conceitos vagos nem
com portam ento; nós nos afastamos
pensamentos abstratos. Deus usou as
do mundo, não praticamos obras más,
palavras comuns dos tempos da Bíblia,
mas seguimos a orientação de confes­
e com essas palavras Ele transmitiu a
sar o nom e de Cristo e a m a r uns aos
sua verdade eterna aos homens. As
outros (1 Jo 3.23). Isso é possível pela
Escrituras foram , literalmente, inspi­
ação do Espírito Santo, que habita em
radas por Deus, para dar autoridade
cada um daqueles que entregaram a
e credibilidade à mensagem de Deus.
vida a Cristo.
Q uando Jesus veio, foi cham ado de 'o
Verbo’ (Jo 1.1,14). Da m esm a maneira
como a Bíblia é a Palavra escrita, Jesus é
a Palavra encarnada. Ele nos transmite
a mensagem de Deus" (TOWNS, Elmer L. "Quando nos tornamos cristãos, o pri­
Enciclopédia da Escola Dominical. Rio meiro texto da Bíblia a ser memorizado
de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 163,164). é João 3.16, o qual recitamos com vigor
e entusiasmo, muitas vezes, enfatizando
a expressão: ‘Deus amou o mundo de tal
11.0 AMOR HUMANO maneira'. Depois, com um conhecimento
A m a r o próxim o é um a resposta mais profundo do texto, descobrimos que
ao a m o r que recebem os de Deus. O a ênfase recai não ao caráter quantitativo
apóstolo João afirmou que não fomos do am or de Deus, mas ao qualitativo. E
nós que am am os a Deus, mas foi Ele o fato mais importante não é que Deus
quem nos am ou primeiro (1 Jo 4.10). nos tenha amado a ponto de dar o seu
Filho, mas que Ele nos haja am ado de apresentar a Deus com sinceridade.
maneira tão sacrificial. Ele é o Todo-Poderoso e conhece o seu
[...] Deus também demonstra o seu amor coração, m as espera que você tenha
ao nos dar repouso e proteção (Dt 33.12), consciência das suas falhas e reconheça
que devemos sempre lembrar em nossas que depende dEle em tudo (Sl 139.1).
preces de ações de graças (Sl 42.8; 63.3; Não tenha medo, mas desfrute desse
Jr 31.3). No entanto, a forma suprema do am or divino, deixe o Espírito Santo fluir
amor de Deus, sua maior demonstração na sua vida e cresça espiritualmente.
de amor, acha-se na cruz de Cristo (Rm 3.2. A fonte do nosso amor é divina.
5.8). Ele quer que estejamos conscientes A iniciativa de am ar não é humana, é
de que seu amorfaz parte integrante de divina. "Nós amamos porque Deus nos
nossa vida em Cristo: ‘Mas Deus, que é am ou prim eiro” (1 Jo 4.19). Por isso
riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito que, da m esm a m aneira que fom os
am or com que nos amou, estando nós am ados por Deus, devem os a m a r as
ainda mortos em nossas ofensas, nos pessoas (1 Jo 4.11). Com o Cristo m or­
vivificou juntam ente com Cristo (pela reu por nós, devemos dar a nossa vida
graça sois salvos)' (Ef 2.4,5). pelos nossos irmãos e irmãs (1 Jo 3.16).
O caminho mais excelente, o caminho
do amor, segundo o qual somos exortados
a andar, identifica as características que III-A U X IL IO TEOLOGICi
Deus nos revelou na sua Pessoa e na sua
obra (1 Co 12.31— 13.13). Se seguirmos “O a m o r de Deus é generoso, m i­
o seu exemplo, produziremos o fruto do sericordioso, prático. Ele responde às
amor, e andaremos de tal maneira que necessidades dos outros com um a
os dons (charismata) do Espírito Santo com paixão que leva um a pessoa a
cumprirão em nós os seus propósitos” estender uma mão que ajuda. A pessoa
(HORTON, Stanley M.Teologia Sistemá­ que cerra o seu coração', que não tem
tica: uma perspectiva pentecostaL Rio piedade do seu irmão e necessidade,
de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 137,138). não tem o am or de Deus. E, como diz
João: 'Nós sabemos que passamos da
m orte para a vida, porque am am os os
III. 0 AMOR PRESENTE
irmãos’ (1 Jo 3.14). João não escreve isso
EM NOSSO DIA A DIA
para fazer com que o incerto agonize
O am or de Deus é demonstrado não a respeito do fato de se está salvo ou
apenas por palavras ou discursos con­ não. Ele escreve isto para assegurar
vincentes. Para Deus, quem ama, verda­ àqueles que am am, que a presença de
deiramente, deve demonstrar que tem o um espírito caridoso é uma evidência da
amor por meio de seu comportamento. realidade da presença interior de Deus.
3.1. DeUS nos conhece. Independen- [...] O a m o r de que Jo ã o fala neste
te m e n te de com o som os, na nossa capítulo é, antes de mais nada, o am or
rotina devocional ou quando oramos de Deus, que o levou a nos redimir. Mas
e nos c o n s a g ra m o s , d e ve m o s nos também é a nossa resposta ao amor de
XX)
Deus, vivida na forma de nosso amor por Lawrence O. Com entário Histórico- X )
Ele, e como o amor que temos uns pelos -Cultural do Novo Testamento. Rio de %
outros na família da fé. Em um sentido Janeiro: CPAD, 2007, p. 538).
real, o crente vive em um campo perme­
ado de amor. O amor que sentimos é tão
impressionante e real que não há lugar
CONCLUSÃO
para o temor. U m a pessoa que sente Ao pensar na doutrina cristã, temos
temor ainda não atingiu o objetivo de ser a base da nossa fé que sinaliza como
perfeita no amor. Ela ainda tem muito deve ser a nossa maneira de viver. Nossa
a aprender sobre o am or de Deus pelo salvação está em Jesus Cristo, seu sa­
indivíduo, e muito a aprender sobre abrir crifício nos ajuda entender o significado
o seu coração para am ar aos outros e de “Deus é amor". Assim, nos am am os
aceitar o am or dos outros” (RICHARDS, porque Deus primeiro nos amou.

1. O que é Trindade?

a) É a palavra teológica para expressar a pluralidade divina. ( )

b) Deus são três pessoas em uma única essência. ( )

c) As três pessoas da unidade divina são Pai, Filho e Espírito Santo. ( )

d) Todas as alternativas estão corretas. ( X )

2. Encontre as expressões da Mensagem no caça-palavras:

H u N 1 C 0 F 1 L H 0 1

Y c D E U S U T A H A 0

M E M E C F 0 Z F D 0 D

E 1 0 R T T R X M E T N

Z A M 0 U T A N T 0 L U

w M 1 D H G N 1 L S K M

V 1 D A E T E R N A A S

DEUS, AMOU TANTO, MUNDO, ÚNICO FILHO e VIDA ETERNA

3. Escreva com suas palavras o que significa “estar em Deus" na Primeira


Carta de João.
“Estar em Deus" tem o sentido de “obediência a D eus”.
kA

MINHAS IDÉIAS

Pense Nisso
Não im porta a idade para servir a
Deus. Por isso, entender a doutrina cristã
vaLe para qualquer idade. Ela nos orienta
sobre nossa fé e nos ajuda a conhecer
mais sobre Deus. Ao ler uma passagem
bíblica, pergunte-se: o que eu aprendo
sobre Deus com essa leitura? E sobre
o ser humano? Com o essa mensagem
fala com você? Pense nisso!
CRISTO NOS ENSINOU
I A COMPAIXÃO

LEITURA BÍBLICA
Mateus 8.1-13
D e v o c io n a l
Segunda » Êx >26

Terça » 2 Rs 2 0 .1 -1 1

- u -------------------------------- Quarta » Sl 1 1 6 .1 -7
A MENSAGEM l 4
4
[...] Nós somos curados pelo castigo Quinta » P v 1 5 .3 0 ■ 4
4
que ele sofreu, somos sarados pelos
Sexta » J o 1 0 .1 0
ferimentos que ele recebeu. X
Isaías 53.5 Sábado » A p 2 2 .2 X
XX
------------ 99 - a X
▼▼T
T ▼▼

Objetivos t ▼ ▼
▼ ▼ ▼

RESSALTAR que a cura era um a


forma de Jesus demonstrar compaixão
pelos doentes;

ELENCAR que Jesus Cristo exem­


plifica o modo como devemos exercitar
a solidariedade;

D ELIN EA R que a oração pelos


enfermos é um dever cristão.

E i P ro fe s s o r!

XX
Querido(a) professor(a), a vida de
P o n to d e P a r tid a
nosso Senhor, durante o tem po de
seu ministério terreno, foi m arcada Professor(a), o assunto desta lição
por dem onstrações de com paixão despertará em seus alunos algum as
para com os pecadores. Esse c o m ­ dúvidas no to cante ao exercício da
portamento era resultado do amor do compaixão para com os necessitados.
Pai que transborda em Jesus. Ele, de Muitos se perguntam até que ponto a
fato, se preocupava com o bem-estar igreja deve intervir e atuar para com os
das pessoas e operava os milagres, enfermos. Nesse caso, é fundam ental
m esm o sabendo que m uitos que o que a igreja visite, ore e transmita uma
seguiam não perm aneceríam na fé. palavra de conforto não apenas para
O apóstolo Paulo instrui na Carta aos o familiar doente, mas, tam bém , para
Filipenses que deve haver em nós o a fam ília que sente os im pactos da
m esm o sentim ento que houve em enfermidade. Explique aos seus alunos
Cristo Jesus, que m esm o sendo em que o exercício da compaixão vai além
form a de Deus, não buscou usurpar do discurso. É preciso dem onstrá-la
a glória de Deus, mas foi humilde (Fp com ações que mostrem ao enfermo
2.5-7). Nesta lição, cham e a atenção que há um compromisso sincero com
dos seus alunos para um a profunda o seu bem-estar. Abra espaço para os
reflexão sobre o exercício da compaixão. alunos expressarem suas impressões
Com o seguidores de Cristo, devemos sobre o assunto.
andar como Ele andou. Boa aula!
XX
Jesus, acom panhada do seu toque de
Vamos Descobrir compaixão, é simples: “Sim, eu quero.
Vocêjá parou para pensar no grande Você está curado” (v. 3).
poder de Deus? Estamos acostumados 1.1. A cura de um empregado do
a ouvir que Jesus é o Salvador, que Ele oficial romano. Hó outro milagre que
perdoa os nossos pecados e nos dá a aparece na sequência do Evangelho
vida eterna, certo? Não parece que se de Mateus. Ao entrar em Cafarnaum,
trata, simplesmente, de um a questão Jesus se deparou com um oficial romano
espiritual? Na verdade, a salvação de que lhe pediu pela cura do seu em pre­
Jesus é espiritual e, ta m b é m , física. gado. A situação era tão grave que o
Nosso D eus e n tende o so frim e n to doente ficou de cama e nem conseguiu
hum ano e tem compaixão por nós. Ao acompanhar seu patrão. O romano ar­
observarmos os Evangelhos, podemos gum entou que Jesus nem precisaria ir
perceber como Jesus tratou dos doentes até ao seu empregado, bastava apenas
e dos necessitados. dar uma ordem e a doença iria embora.
Jesus ficou admirado com tam anha fé
Hora de Aprender e respondeu: — Vá para casa, pois será
Os Evangelhos nos contam que Jesus
feito com o você crê (M t 8.13). Dito e
realizou m uitos m ilagres d urante o
feito, o em pregado sarou!
tem po em esteve neste mundo. Você
sabe o que é a encarnação de Cristo?
1.2. A cura do leproso. Observe que
É quando Jesus, o próprio Deus, nasceu na primeira história (M t 8.1-4), o leproso

e viveu na terra em um corpo humano estava próximo de Jesus. Nesse caso, a

com o propósito de m orrer por nós e cura ocorre pelo toque e pelas palavras

ressuscitar para nos dar a vida eterna dEle. Na outra situação, o doente está

(Jo 1.14; Fp 2.5-11). Pois, então, durante longe, em outra localização e, mesm o

o seu ministério terreno, Jesus viajava assim, ficou livre da doença porque

com seus discípulos pelas cidades e o Senhor agiu à distância. Portanto,

curava muitos doentes. Com essas his­ não há impossível para Deus quando

tórias, aprendemos sobre a compaixão cremos e pedimos com fé.

de Deus, o Criador.

I. JESUS CURA OS DOENTES I - AUXILIO DEVOCIONAL


U m dos milagres de cura aconteceu
depois do ensino no Sermão do Monte “Se a lg u m a vez nos perguntam os
a respeito da compaixão (M t 5.7). Após se o ministério do Evangelho deve se
descer do monte, um leproso correu até concentrar som ente na pregação da
Jesus e pediu pela cura. Interessante a salvação, ou deve envolver a satisfação
maneira como o leproso faz o pedido: de um a grande variedade de neces­
"— Senhor, eu sei que o senhor pode me sidades hum anas, aqui está a nossa
curar se quiser" (M t 8.2). A resposta de resposta. Seguimos o exemplo de Jesus.
II. AJUDANDO OS ENFERMOS
u
Com paixão, de acordo com a defi­

Não há impossível nição do Dicionário Caídas A ulete é:


"Sentimento de pesar, pena e simpatia
para Deus quando para com o so frim e n to de outrem ,
cremos e pedimos associado ao desejo de confortá-lo,
com fé. ajudá-lo etc.” Em várias ocasiões, vemos
que Jesus viu a dor daquelas pessoas

99 e dem onstrou esse sentim ento para


com os doentes.
2.1. Jesus é nosso modelo de como
Os leprosos, nos tempos bíblicos, não devemos viver. Jesus agia com com ­
eram apenas doentes, m as ta m b é m paixão em relação às pessoas doentes.
eram párias sociais. Eram privados de Nós, como discípulos do Senhor, deve­
qualquer contato normal com pessoas mos seguir seu exempLo. É um assunto
saudáveis, e sofriam, não apenas pela
que podemos trazer em oração, pedir
sua doença, m as ta m b é m por isola­
ao Espírito Santo que nos encha de
mento e rejeição. Quando uma pessoa
compaixão para orar por aqueles que
leprosa veio até Jesus, o texto diz que
estão enfermos. Além disso, lemos nos
Ele foi ‘movido de grande compaixão’.
Evangelhos alguns casos de pesso­
A palavra grega indica que Cristo ficou
as que ajudaram os enfermos. Essas
profundamente comovido. Mas indica
histórias nos m ostram que podemos
mais do que isso. Ela sugere uma e m -
dem onstrar compaixão com atitudes:
patia, e um a reação em ocional, que
ajudando-as a encontrar a cura para
Leva um a pessoa a agir. C o m a sua
suas enfermidades.
ação, Jesus não apenas curou a lepra,
mas ta m b é m tocou o Leproso. Cristo 2 .2.0 paralítico de Cafarnaum. um
percebia a necessidade de curar, mas certo dia, Jesus estava pregando numa
tam bém percebia a necessidade deste casa em Cafarnaum . O Evangelho de
homem rejeitado pelo toque de outra Marcos nos conta que quatro homens
mão humana. O am or de Cristo o levou levaram um paralítico até a casa onde
a atender à necessidade psicológica, e Jesus estava (M c 2.1-3). C om o havia
tam bém a física e a espiritual. m uita gente em volta de Jesus, não
Nenhum ser hum ano deve ser igno­ co n s e g u ira m se a p ro xim a r. Então,
rado por aqueles cuja missão é apre­ "fizeram um b uraco no te lh a d o da
sentar outras pessoas a Jesus Cristo, casa, em cim a do lu ga r onde Jesus
pois o interesse de Cristo se estende a estava, e pela abertura desceram o
cada necessidade que um ser humano doente deitado na sua c a m a ” (2.4).
pode te r” (RICHARDS, Lawrence O. Co­ Diante da situação, Jesus disse: “le­
mentário Devocionalda Bíblia. Rio de vante-se, pegue a sua cama e vá para
Janeiro: CPAD, 2012, p. 597). casa” (2.11).
M a rc o s nos co n ta que Jesu s viu a ju d a r outra que está necessitada.
a fé d a q u e le s h o m e n s (2 .5 ). O lh a Em b o ra a pessoa necessitada não
que lindo gesto de com paixão! Eles tenha o 'direito' de esperar ajuda, a
sabiam onde o Mestre estaria e não outra é levada pelos seus sentimentos
pou pa ra m esforços para carregar o a agir espontaneamente. Esta palavra
am igo até Jesus. Aqueles homens se hebraica é frequentemente traduzida
c o m pa d e ce ram do a m igo enfermo, com o 'graça' ou 'bondade'.
a ju d a ra m -n o a encontrar a solução [...] Ao chegarmos ao Novo Testamen­
e tiveram fé que o Filho de Deus po ­ to, o conceito de 'misericórdia' pode ser
dería curá-lo. entendido sob um foco mais nítido. A
A gir com com paixão exige de nós palavra grega eleos é mais precisa e
um a atitude de am or e compromisso m elhor definida. A misericórdia é uma
com a pessoa. Aprendemos com esses resposta com passiva; ela envolve a
hom ens que, em algum as situações, participação no sentimento de alguém
precisamos dedicar um pouco do nosso que esteja sofrendo, e procura ajudá-lo.
tem po para ajudar quem está doente. Podemos ver esse sentimento tradu­
Seja para levar ao médico ou visitar zido nas palavras dos sofredores que
os internados no hospital; seja para desesperadam ente apelam a Jesus:
passar um tem po ao lado da pessoa T e m misericórdia’ (M t 15.22; 17.15). E
na intenção de conversar e orar por podemos ver misericórdia na resposta
ela, Deus quer nos usar para ajudá-las. imediata e consistente de Cristo a estas
súplicas” (Dicionário Bíblico WyclifFe. Rio
de Janeiro: CPAD, 2006, pp. 1290,1291).
AUXÍLIO T E O L Ó G I& L ^ y
III. ORANDO PELOS ENFERMOS
“Raramente encontramos a palavra
Tiago recomenda em sua Carta que
'misericórdia' nas versões inglesas do
podemos cham ar a liderança da igreja
A n tigo Testam ento. Geralm ente, as
para ungir as pessoas enfermas e orar
palavras hebraicas relacionadas com
por elas em nom e de Jesus (Tg 5.14).
este conceito são traduzidas através
“A oração de uma pessoa obediente a
de outros termos. A ideia básica, en­
Deus tem muito poder" (Tg 5.16b). Da
tretanto, está expressa por meio de
m esm a forma que o Senhor curou no
duas importantes palavras hebraicas.
passado, Ele cura tam bém no presente.
Raham indica o a m o r de um superior
Devemos crer que o Senhor continua
por um inferior. Esse am or é profundo
operando maravilhas.
e leva o superior a ajudar o inferior
qu ando este está necessitado. Essa 3.1 Orando pelos enfermos. Deve­
palavra hebraica é frequentem ente mos interceder, continuamente, pelas
traduzida como 'am or' ou ‘compaixão’. pessoas enfermas. Você pode dedicar
A outra palavra hebraica é hanan. uns minutos do seu dia para orar por
Ela enfoca a nossa atenção na res­ aqueles que estão no hospital ou se
posta de um a pessoa que é capaz de recuperando em casa. Fique atento
exclusivamente àqueles que têm o dom
u espiritual de curar.
O papel específico dos ‘presbíteros’
‘A oração de uma como sendo daqueles que 'ungem com
pessoa obediente óleo', sugere que Tiago acreditava que
a Deus tem muito esse ato tem uma importância religiosa
poder’ (Tg 5.16b). especial. Em bora o óleo fosse muito
usado para fins medicinais no mundo

99 greco -ro m ano (cf. Lc 10.32,33), refe­


rências à unção com óleo presentes no
Novo Testamento, ao lado de orações
aos pedidos de oração pelos doentes e
pelos enfermos (somente nesta passa­
procure saber se você pode fazer mais
gem e em M c 6.13), não indicam que
pela pessoa, além de orar por ela.
esse ato tivesse o propósito de ser uma
3.2. Fé ao orarmos. Às vezes, pode
terapêutica medicinal. Provavelmente,
se r vo cê a p e sso a e n fe rm a , e as Tia g o esteja dizendo que ungir com
h istórias dos Eva n ge lh o s ta m b é m óleo tenha um sim bolism o religioso,
ensinam como fazer nesse caso. Tenha não sendo m eram ente um ponto de
fé no Deus To d o -P o d e ro s o que Ele contato físico para a fé de alguém. Da
pode operar a cura. N ão fique com mesma forma que os antigos sacerdotes
vergonha, peça ajuda em oração às de Israel ungiam as pessoas e as coisas
pessoas ao seu redor. Caso seja um com óleo para separá-las para Deus (por
tratamento, ore para que Deus ilumine exemplo, Êx 4 0 .9-1 5 ; conforme o uso
o diagnóstico e a prescrição do médico. metafórico da unção em Lc 4.18,19; 2
Siga, corre ta m e n te , as orientações Co 1.21,22), a unção dos enfermos pode
médicas. E, lembre-se de que, quando se simbolizar que estão sendo separados
recebe a cura, é importante agradecer para receberem o cuidado especial de
a Deus. Deus" (Comentário Bíblico Pentecostal
do Novo Testamento. Vol. 2: Romanos
- Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD,
III-A U X IL IO DEVOCIONA 2003, p. 884).

"Essas instruções a respeito de orações


pelos enfermos e da unção com óleo
têm uma importância particular para CONCLUSÃO
os cristãos pentecostais e carism áti­ O sacrifício de Jesus na cruz tanto
cos. Não só os ‘presbíteros’ da igreja nos dá a salvação da alma quanto nos
têm a responsabilidade de orar pelos traz a cura ao corpo. O poder dEle é o
demais membros (Tg 5.14), mas todos mesmo para sarar os enfermos. Como
os cristãos têm o dever de orar uns pe­ seguidores de Jesus, expressamos nos­
los outros, para que sejam curados (v. so am or e compaixão pelos enfermos
16). Esse dever não pode ser delegado com nossas atitudes e orações.
VAMOS PRATICAR
1. M em orize "A M ensagem ” e preencha as palavras que estão faltando:

“Porém ele estava sofrendo por causa dos nossos pecados , estava sendo
castigado por causa das nossas maldades . Nós somos curaa pelo castigo
que ele sofreu , somos sarados pelos ferimentos que ele 'ecebe .” (Isaías 53.5)

2. Onde Jesus estava quando curou o hom em que entrou na casa com a ajuda
dos am igos pelo telhado?

a. Jerusalém ( )

b. C a fa rn a u m (X )

c. Belém ( )

d. Nenhum a das alternativas ( )

3. Escreva com suas palavras o que significa "ter com paixão", conform e o
exemplo de Jesus:
R: Resposta pessoal. Sugestão: Jesus se preocupava com o sofrimento das pessoas.

Pense Nisso
Deus não tem receita de bolo para
agir em nossas vidas. Da m esm a
forma que Ele curou no passado, por
diversos modos, ainda hoje, continua
agindo de maneira especial com cada
pessoa. Nosso Deus é muito original!

T ▼1
▼ T 1
^ CRISTO NOS ENSINOU ^
■ A MISERICÓRDIA >

LEITURA BÍBLICA
João 11.17-27
D e v o c io n a l # •• •
# •••
• •* •
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Segunda» '.s 1 7 . 1 7 - 2 2 • ••*
••• *
« •* «
Terça » 2 /?s 4 . 1 6 - 3 7 9>» m•
m* ••
Q u a rta » J ó 1 1 -1 3

- « ---------------------- Quinta » S l 2 3 .4
A MENSAGEM
Jesus chorou. Sexta » E c 7.1
X
João 11.35
S á b a d o »! 1 15.55 X
X «
r t ▼
r ▼▼
r ▼t
F ▼▼
r ▼▼ Objetivos
r ▼▼
^ D ESTAC AR o afeto de Jesus por
seus amigos durante o seu ministério
terreno;

> EXPLICAR a im portância de de­


monstrar respeito pelo luto do próximo,

M OSTRAR de que form a o crente


deve lidar com o luto.

XX
E i P ro fe s s o r!
Caro(a) professor(a), a Palavra de P o n to d e P a r tid a
Deus nos ensina que as misericórdias Professor(a), inicie a sua aula com­
do Senhor são a causa de não sermos partilhando com os seus alunos algum
consumidos. Elas se renovam a cada testemunho em que a misericórdia do
manhã, pois grande é a fidelidade do Senhor se fez presente quando você
Senhor para conosco (Lm 3.22,23). imaginou que não havia mais solução
D o m e sm o m o d o com o o S e n h o r
para a situação.
estende a sua misericórdia sobre nós, Mostre-os, a partir do seu exemplo,
devemos estendê-la sobre a vida dos que a primeira pessoa que deve ser
que mais precisam. alvo de misericórdia somos nós mes­
O m omento do luto, por exemplo, e mos. Muitas vezes, temos facilidade
muito difícil, pois trata-se da separação em perdoar ou exercer a misericórdia
do convívio de pessoas que amamos. em relação ao próximo. Contudo, não
Agir com misericórdia em relação a dor temos o mesmo comportamento em
do próximo é uma forma de demonstrar relação às nossas ações. Explique aos
wwww

que nos im portam os com ele. Assim seus alunos que eles não podem ser
sendo, converse com seus alunos sobre o rigorosos consigo mesmos, haja vista
luto e mostre-lhes de que forma a Bíblia que esse tipo de atitude não faz bem
orienta a lidar com esse momento tão para a autoestima. Uma mente saudá­
difícil O Espírito Santo tem o consolo de vel exercita o amor-próprio e mostra
que precisamos nessas horas. disposição para melhorar sempre.

27
Vamos Descobrir Marta e algumas visitas o encontraram
(Jo 11.17-19). Na tradiçãojudaica, o ritual
Você sabia que Jesus chorou quando
do funerário durava sete dias, então, as
um amigo morreu? Não é incrível pensar
pessoas chegavam e prestavam seus
que Deus, embora seja o CriadorTodo-Po-
sentimentos à família. Por isso, eram
deroso e mantenedor de todo o universo,
muitos os que estavam com M arta e
entenda o que é o sofrimento humano?
Maria em sua casa, chorando e conso­
Se o próprio Deus manifesta misericórdia
lando pela perda de Lázaro.
por aqueles que estão angustiados, não
deveriamos nós também nos preocupar­
1.2. Jesus se compadeceu. Ao vera
angústia da separação entre as pessoas
mos com essa atitude de amor?
daquela família, Jesus chorou com elas
Hora de Aprender (Jo 11.35). Não podemos nos esquecer
de que Jesus, embora tivesse a essência
Na última aula, aprendemos sobre a
divina, encontrava-se perfeitamente na
compaixão para com as pessoas enfer­
condição humana. Uma das características
mas. Hoje, falaremos sobre o exercício da
do ser humano é expressar a tristeza com
misericórdia. De acordo com o Dicionário
lágrimas, e Jesus teve essa experiência no
Caldas Aulete, misericórdia diz respeito
tempo da encarnação. Lázaro tinha sido
ao "sentimento de dor e solidariedade
enterrado há quatro dias e Marta parecia
causado pela miséria alheia”. Nesta lição,
chateada com o atraso de Jesus. Ela de­
focaremos nos casos em que há tristeza
clarou ao Mestre: “Se o senhor estivesse
em razão do luto. Devemos demonstrar
aqui, o meu irmão não teria morrido!’’
misericórdia em favor daqueles que
(Jo 11.21). E a resposta de Jesus a Marta
perderam alguém querido.
foi: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem
1. JESUS E SEU AMIGO LÁZARO crê em mim, ainda que morra, viverá”
(Jo 11.25). O Mestre aceitou a queixa de
Jesus fez amigos enquanto exerceu seu
Marta porque conhecia a sua dor. Assim,
ministério terreno. Alguns deles foram
devemos ter paciência para com aqueles
os irmãos Lázaro, M arta e Maria. Eles
que sofrem com a perda familiar.
moravam em Betânia, perto de Jerusa­
lém, e Jesus os visitava com frequência.
Certo dia, Lázaro ficou doente e suas
irmãs pediram para avisarem a Jesus.
No entanto, o Mestre estava a dois dias “Autopercepção.
de viagem de distância e, certamente, Conhecer as próprias em oções ou
demoraria a chegar (Jo 11.6,7). gerenciar a si mesmo é o primeiro pilar
1.1. A notícia do amigo doente. Ao da teoria da inteligência em ocional.
receber a notícia, Jesus decidiu ir até Be­ Esse pilar é considerado o mais impor­
tânia com seus discípulos. Mas, antes de tante, pois suas competências foram a
eles chegarem, Lázaro não sobreviveu à base necessária para desenvolvermos
enfermidade e acabou falecendo. Quan­ os outros. A autopercepção envolve
do Jesus estava chegando ao povoado. identificar e analisar crenças, atitudes,
sentimentos e valores pessoais. Quem am or por Lázaro, bem como tam bém
possui autoconsciência em ocional é refletiu o sentimento solidário em rela­
capaz de identificar as emoções que ção à dor daqueles que o amavam. Luto
sente e por que as sente, entende a é a tristeza pelo falecimento de alguém,
ligação entre o que sente e o que pensa, é perceber que ele está sofrendo. Nesse
e reconhece como as emoções afetam sentido, a presença de Jesus junto da
suas ações. família de Lázaro era um a form a de
A prática de se conhecer melhor faz expressar que o Mestre se preocupava
com que um a pessoa tenha controle com a dor que eles estavam sentindo
sobre suas emoções, independentemente (Jo 11.33-36). Sabem os que a dor da
de serem positivas ou não. Quanto mais separação é muito pessoal, pois cada
o indivíduo se expressa emocionalmente um reage de um a form a diferente à
e o ambiente aceita essa expressão, mais perda. Por essa razão, devemos apoiar
contato ele tem com a sua inteligência os enlutados da mesm a maneira que
emocional e mais confiante se torna. o Senhor Jesus apoiou.
‘As pessoas mais seguras acerca de 2.2. Uma demonstração de misericórdia.
seus próprios sentimentos são melhores Ao nos importarmos com a dor do Luto
pilotos de suas vidas, tendo consciência sofrida pelo próximo, agimos com mise­
maior de como se sentem em relação a ricórdia e mostramos que respeitamos o
decisões pessoais, desde com quem se momento difícil pelo qual a outra pessoa
casar a que emprego aceitar’ (GOLEMAN). está passando. O apóstolo Paulo nos
Para aumentar o autoconhecimento ensina a dizer palavras de esperança
é preciso ter consciência de quem se aos familiares no momento de luto. Pela
é de verdade, a va lia n d o os pontos Palavra de Deus, sabemos que haverá
positivos tanto quanto os negativos. o reencontro entre os salvos e Cristo (1
Q uando somos capazes de fazer essa Ts 4.13-18). No dia da Volta de nosso
análise conseguimos evitar sentimentos Senhor, os mortos ressuscitarão primeiro
de baixa autoestim a, de ansiedade, e os vivos serão transform ados pelo
de medo, de inquietude, de frustração, poder de Deus. Ao final, todos juntos
entre outros" (LOPES, Jamiel. Psicologia encontrarão com o Senhor nas nuvens.
Aplicada à Educação Cristã. Rio de Essa é uma m ensagem de esperança
Janeiro: CPAD, 2020, p. 50). que deve ser compartilhada.

2. RESPEITO PELO LUTO


AUXÍLIO DEVOCIONAL^
Além de aprendermos sobre o poder
de Deus, o acolhimento de Jesus nos “Tipos de separação. A m o rte in­
ensina o quanto é im p o rta n te estar dicando um a separação é um a das
presente com as pessoas que perdem consequências do pecado (Gn 2.17; Rm
seus entes queridos. 6.232). [...] De acordo com Pearlm an
2.1. A importância de estar presente. (1991, pp. 94,95), a primeira [morte física]
Ao chorar, Jesus demonstrou não só seu corresponde à separação da alm a do
corpo. Segundo o autor,'[...] a dissolução e descanse no Senhor. O Espírito San­
física era uma indicação do desagrado to, nosso Consolador, cuidará do seu
de Deus, do fato que o homem estava coração (Jo 14.16-18).
sem contato com a Fonte da vida’. Quan­ 3.2. Vivendo 0 luto. Uma das maiores
to ao alcance e abrangência da morte
dores que podemos sentir, certamente,
física, não há distinção entre salvos e
é a separação de alguém que amamos
não salvos. [...] A segunda [espiritual], muito. Por essa razão, é necessário se
de acordo com Thiessen (1999, p. 193),
perm itir viver o luto. Especialistas da
e a separação entre a alma e Deus. O
área da saúde m entaljá admitem que
castigo anunciado no Éden, que recaiu
o luto é necessário para que a pessoa
sobre a raça humana, é primariamente
possa enfrentar o traum a da perda de
esta morte da alma'. Erickson (1998), p.
um ente querido e tenha condições de se
253) reforça essa ideia quando afirma
recompor para seguir em frente. Nesse
que 'o pecado é um a barreira para o
sentido, é fundam ental que o crente
relacionamento entre Deus e os seres
aceite a vontade de Deus e creia que
humanos’. [...] A terceira (eterna) é sim­ o Senhor tem todo o domínio, inclusive,
plesmente a extensão e a finalização da sobre a m orte (Jo 11.25).
morte espiritual. De acordo com Erickson
(1998, p. 253): ‘Se alguém chega à morte
física estando ainda espiritualmente III - AUXÍLIO DEVOCIONAL
morto, separado de Deus, esta condição
torna-se permanente'” (SILVA, Gil M. O "Jesus tem o poder sobre a vida e a
Significado da Morte. Rio de Janeiro: morte, bem como o poder de perdoar
CPAD, 2020, pp. 28,29,33,37). pecados, porque Ele é o Criador da vida
(Jo 14.6). Ele é a vida e pode certamente
restaurá-la. Q uem crê em Cristo tem
3. AGINDO COM MISERICÓRDIA
um a vida espirituaLque a m orte não é
NO LUTO
capaz de vencer ou diminuir. Q uando
Ao recebermos a notícia da morte de reconhecemos o poder de Jesus quão
alguém, é gentil de nossa parte entrar m aravilhosa é a oferta que nos faz,
em contato com os fam iliares para como podemos ser capazes de não nos
m anifestarm os nossos sentim entos comprometermos com Ele? Nós, os que
ou, sim plesm ente, estar presentes. cremos, temos uma segurança e uma
Embora seja um pequeno gesto trata-se certeza maravilhosa: 'Porque eu vivo,
de demostrar am or e misericórdia por e vós vivereis’ (14.19), [...] João enfatiza
aqueles que estão aflitos. que temos um Deus que se importa co­
3.1. Lidando com a tristeza. Caro(a) nosco, a ponto de demonstrartoda sua
adolescente, se você estiver vivendo o comoção publicamente. Esta descrição
luto, entregue sua tristeza a Deus em contrasta com o conceito grego comum
oração. Aproxime-se daquelas pessoas naquela época de que os deuses eram
que te a m a m e são boa com panhia. indiferentes, não se envolviam com os
Seja gentil tam bém com você mesm o seres humanos. Mas Jesus demonstrou
muitas emoções (compaixão, indignação, de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de
tristeza e até mesmo frustração). Muitas Janeiro: CPAD, 2003, pp. 1440,1441).
vezes, Jesus expressou profundos sen-
timentos;jamais devemos ter medo de CONCLUSÃO
revelar nossos verdadeiros sentimentos A m a r é colocar sentimento em ação.
a Ele, pois Jesus os entende, porque os Ao verm os alguém sofrendo porque
experimentou. Seja honesto e não tente algum ente querido faleceu, devemos
esconder qualquer coisa de seu Salva­ agir com misericórdia, porque Jesus agiu
dor! Ele se importa com você!" (Bíblia dessa form a e nos deixou o exemplo.

VAMOS PRATICAR

1. Onde m ora va m Lázaro, M aria e M arta?


a. Jerusalém ( ) c. B e tâ n ia (X )

b. Cesareia ( ) d. Nenhum a das alternativas ( )

2. O que aprendem os com o apóstolo Paulo em 1 Tessalonicenses 4 .1 3 -1 8


no tocante ao luto?
O apóstolo Pauio em 1 Tessalonicenses 4 .1 3-1 8 nos ensina a dizer palavras de
esperança aos familiares no m om ento de luto.

3. Com plete o texto de acordo com a lição:

É fundamental que o crente aceite a vontade de Deus e creia que o Senhor


tem todo o dom ínio , inclusive, sobre a m orte .

Pense Nisso
Os salvos em Jesus Cristo se re­
en co n tra rã o qu ando Jesus vo ltar
para buscar a sua Igreja. Portanto, é
necessário pregar o Evangelho para
que as pessoas aceitem Jesus como
Salvador, e dessa form a, poderão
desfrutar da alegria plena quando
ocorrer o Arrebatam ento dos salvos.
* CRISTO NOS ENSINOU 1
I O PERDÃO J
LEITURA BÍBLICA
Mateus 18.21-33 D e v o c io n a l
Segunda » G 4 5 .4 -8

Terça » D t 3 2 .3 4 ,3 5

- u Q u a rta » L c 17.3,4

A MENSAGEM
Você não deve perdoar sete vezes,
mas setenta e sete vezes.
< Quinta »

Sexta »
M t 5 .3 8 -4 2

R m 1 2 .1 7 -2 1
f

Mateus 18.22b X
Sábado » H b 1 0 .2 9 -3 1 X
99 -
XX
a X
Objetivos
^ ado N TA R o que as Escrituras
Sagradas ensinam sobre o perdão;

ENSINAR que o perdão exige o


arrependimento sincero;

EXPLICAR que o cristão vive neste


m undo conforme a perspectiva do
Reino dos Céus.

X>
E i P ro fe s s o r!
Um a das maiores lições que o Evan­
gelho ensina para a nossa vida cristã e P o n to d e P a r tid a
a respeito do perdão. Não é fácil para
Professor(a), nesta lição, seus alunos
qualquer pessoa, inclusive, parados
aprenderão sobre a prática do perdão
seus alunos que estão na adolescên­
ensinada por Cristo várias vezes ao longo
cia, perdoar quando são ofendidos ou
maltratados. No entanto, a Bíblia nos de seu ministério terreno. Perdoar nao

ensina que nutrir mágoas e ressenti­ é uma tarefa fácil, mas à medida que
conhecemos o Senhor, experimentamos
mentos são ações prejudiciais para a
da sua graça que regenera as nossas
saúde espiritual e emocional. Nesta
emoções e nos capacita a amar.
lição, enfatize aos seus alunos que o
Inicie a aula de hoje, perguntando aos
exercício da misericórdia, bem como
alunos como eles fazem para perdoar
do perdão são decisões que tomamos
quando são ofendidos ou passam por
por am or ao Evangelho. Com o cris­
alguma situação que lhes causa mágoa.
tãos, fomos perdoados sem merecer
e am ados quando nem sequer per­ Pergunte se eles têm mais ou menos
dificuldade em perdoar. Aproveite este
guntavamos pelo Senhor. Logo, como
m om ento para conceituar o que é e
nascidos do Espírito, am am os porque
o que não é o perdão. Permita que os
Deus nos amou primeiro. Mostre aos
alunos participem dessa proveitosa
seus alunos que eles pertencem a um
conversa e, em seguida, prossiga com
Reino que pensa diferente da maneira
os tópicos da lição. Boa aula!
como pensa este mundo.
Você já ouviu falar de "olho por olho,
Vamos Descobrir dente por dente”? Então, essa é uma
Alguém já fez algum a coisa contra lei muito antiga e famosa que faz parte
você de m odo que o seu coração ficou do Código de Hamurabi e representa a
muito magoado? Certamente, foi uma tradição de retaliar o que as pessoas
péssim a experiência. A g o ra , pense fazem. Jesus, porém, nos ensinou um
na situação contrária em que você novo conceito de perdão.
ofendeu a outra pessoa. Ela tam bém 1.1. 0 perdão é um dever cristão.
deve ter experim entado um a situa­ Jesus tratou sobre esse assunto, re­
ção muito amarga. À medida que nos jeitando o pensam ento de vingança
relacionamos com o próximo, é muito quando ensinou sobre o perdão. Em
comum sofrermos decepções ou mes­ Mateus 1 8 .21-33 (N TLH), lemos que,
mo decepcionarmos pessoas. Por essa certa vez, Jesus contou um a história
razão, o Senhor Jesus ensinou aos seus para ilustrar o caso. U m em pregado
discípulos o dever de liberar o perdão. tinha uma dívida de milhões de m oe­
das de prata com o rei. Era impagável!
Hora de Aprender Nesse caso, ele e sua família precisa­
Já vimos anteriormente que o maior riam ser vendidos como escravos, bem
problema da humanidade é o pecado. com o tudo o que tinha e nem assim
Ele atrapalha nosso relacionamento a dívida seria paga. Diante dessa si­
com Deus e, tam bém , com as outras tuação delicada, o em pregado pediu
pessoas. A solução para o pecado é a misericórdia. O rei ficou tocado com a
restauração da com unhão com Deus situação e perdoou-lhe a dívida.
que só pode ser alcançada mediante o Depois disso, esse mesmo empregado
perdão. Nesse sentido, o ato sacrifical de encontrou um colega que lhe devia
Jesus sobre a cruz foi o meio que Deus cem moedas de prata, muito menos
usou para nos perdoar e reconciliar com do que ele devia ao rei. Com ameaças
Ele. Assim sendo, como pertencentes e violência, o empregado exigiu que a
ao Reino dos Céus, tem os o dever de dívida fosse paga imediatam ente. O
estender esse m esm o perdão às de­ colega pediu misericórdia, m as não
mais pessoas. adiantou, o credor o colocou na cadeia.
Esse o co rrid o che go u aos o uvidos
I. APRENDENDO A PERDOAR do rei que, indignado pela atitude do
Os seres humanos têm alguns com ­ em pregado, m a n d o u p rendê-lo até
portamentos que aparecem em qual­ que ele pagasse tudo o que lhe devia
quer lugar e época. Agir com am or e anteriormente. Jesus disse que Deus
vingança estão entre eles. A vingança fará o mesmo com aquelas pessoas que
ou a retribuição na m esm a medida, não perdoarem seus irmãos (M t 11.35).
por exemplo, eram práticas com uns 1.2.0 perdão deve ser sincero. Na
nos tem pos antigos (N m 35.9-34; Gn história que Jesus narrou o empregado
34.25; Jz 16.28; M t 5.38-42; Lc 6.29-30). havia acabado de ser perdoado por uma
dívida muito maior, impagável, porém uma lista de atividades de aprendizado; -
não quis perdoar o seu companheiro por 7. Considerem incluir atividades suge­
muito menos. Em razão disso, o rei voltou ridas pelos [adolescentes]; 8. Ensaiem
atrás da sua decisão e anulou o perdão. canções; 9. Te n h a m co m un h ã o um
Sem elhantem ente, Deus fará para com o outro.
com aqueles quejá provaram do per­ Todos os professores devem estudar a
dão divino, porém , insistem em não lição antes da sessão de planejamento.
perdoar o próximo (M c 11.25,26). É da [...] Cada professor deve trazer uma lista
vontade de Deus que nós pratiquemos de músicas, versículos bíblicos, tópicos
o perdão. O sentido de perdoar setenta para discussão, atividades relacionadas,
vezes sete vezes, que Jesus ensinou a e trabalhos manuais a serem utilizados”
Pedro, não tinha como finalidade es­ (texto adaptado — TO W N S , Elm er L.
tipular um limite para perdoar, e sim Enciclopédia da Escola Dominical. Rio
para dizer que sempre se deve perdoar de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 505, 506).
(M t 18.21,22). Logo, o perdão deve ser
uma decisão sincera. 11.0 PROBLEMA DO PECADO
■ ■ ■ i e o perdão m a m
I-A U X ÍL IO DIDÁTICO A pessoa que busca o perdão deseja
isentar-se de algo, ou seja, ficar livre de
“Preparação de aulas em conjunto
culpa, pena, ofensa ou dívida. Perdoar,
com outros professores.
então, significa deixar de punir, não cul­
Muitos professores estudam a lição
par, mas tratar com piedade o pecador,
por conta própria. Em bora estudar
sozinho seja necessário e benéfico, há
2.1. 0 perdão se alcança pela con­
muitas ocasiões em que os professores fissão. Se confessarm os os nossos
podem fazer um trabalho melhor plane­ pecados, Jesus é fiel e justo para nos

jando seus métodos em conjunto com perdoar e purificar (1 Jo 1.7; 2.1). M e­

outros professores do departam ento recíam os a m o rte pela nossa culpa

que ensina [adolescentes] da mesma diante de Deus, mas, pela sua graça,

faixa etária, ou que utilizam os m es­ não somos mais culpados. Por isso, é

mos materiais de aula. Se houver um necessário se reconhecer como pecador

professor substituto ou um professor e pedir perdão. Nosso Deus éjusto, sim,

assistente (deve haver), planeje em mas tam bém já aprendemos que Ele é

conjunto com eles. amoroso, compassivo e misericordioso.

Procedimentos: Por isso, apesar da nossa culpa diante

1. Avaliem a lição do dom ingo an­dEle, quando aceitamos a Jesus e con­


terior; 2. Leiam ju n to s a passagem fessamos os nossos pecados, somos

bíblica que será ensinada no domingo perdoados e recebemos a vida eterna.

seguinte; 3. Orem juntos; 4. Conversem 2.2. 0 perdão exige o arrependi­


e especifiquem o propósito da aula; 5. mento sincero. O amor do Pai não está
Compartilhem os resultados do estudo naqueles que amam o pecado (1 Jo 2.15).
individual feito em casa; 6. Preparem Isso não significa que Deus não ama o
pecador (Rm 5.8), e sim que não aceita Deus é o autor, o arquiteto, e a força
que ele viva na prática do pecado. A motora da reconciliação.
falta de arrependim ento impede que [...] O que perm ite a Deus fazer tal
o am or e a obediência floresçam. Por oferta graciosa de reconciliação e
isso, toda a h um anidade precisa se salvação (6.2) é sua própria provisão
a rre p en d e r sinceram ente dos seus de expiação. Deus tomou o Cristo sem
pecados para experimentar a salvação pecado (cf. tam bém Rm 8.3; Hb 4.15;
(Rm 3.23; 1 Jo 1.8). Você entende, agora, 7.26; 1 Pe 1.19; 1 Jo 3.5) e o fez 'pe­
por que há tanta confusão no mundo cado por nós”’ (Com entário Bíblico
em que vivemos? É porque o pecado Pentecostal — Novo Testam ento:
atrapalha o trabalho do amor. Rom anos-Apocalipse. Vol. 2. Rio de
Janeiro: CPAD, 2003, pp. 293, 294).

II-A U X ÍL IO TEOLÓGICO III. PERTENCERÃO REINO


DOS CÉUS
“A reconciliação remove a inimizade
que se coloca entre Deus e a humani­ A vida que temos em Cristo se reflete
dade por causa do pecado e a substitui em nossos relacionamentos. Da mesma
pela paz (Rm 5.10-12; Ef 2.13-15). É o forma que fomos perdoados por Deus,
aspecto mais importante da redenção devemos perdoar quando alguém faz
de Deus: remove a alienação, nos res­ algo contra nós. Pode parecer que essa
taura ao favor de Deus, e nos leva à ideia de vingança é só “de antigamente’’,
sua presença (Ef 2.16-19). A realização mas, na verdade, é algo da natureza
disto exige um a solução do pecado, hum ana. É um sentimento que brota
não im putando aos homens as suas no coração de qualquer pessoa, mas
transgressões (2 Co 5.19), isto é, através Jesus nos ensina, por meio dos Evan­
do perdão (cf. Rm 3.6-8). gelhos, que seremos castigados se não
Paulo deixa claro que longe de ser perdoarmos o próximo.
um a parte passiva nesta transação, 3.1. Vivendo de acordo com o Reino
o próprio Deus é o autor e o iniciador de Deus. O M estre nos ensinou que
da reconciliação. Foi Ele que nos re­ o Reino dos Céus jó estd entre nós e,
conciliou consigo m esm o através da por isso, devemos viver de m odo que
instrumentalidade pessoal de seu Filho. a vontade de Deus seja feita. Que não
A unidade do propósito divino entre o sejamos como o empregador ingrato e
Pai e o Filho é tal que Paulo pode dizer, possamos reconhecer o grande perdão
‘Deus estava em Cristo reconciliando que recebemos do Senhor.
consigo o m undo’ (v. 19). Isto é, Cristo Viver de modo que a vontade de Deus
estava unido a Deus, o Pai, nesta obra seja feita neste m undo com o é feita
divina de reconciliação; foi Ele que nos nos céus significa estender o m esm o
deu o ministério da reconciliação' (v. 18) perdão que recebem os às pessoas
e ‘pôs em nós a palavra da reconciliação’ que nos ofenderam . Isso agrada ao
(v. 19). Da provisão até a proclamação, coração de Deus.
3.2. Temos o auxílio do Espírito Santo. transição para a maioridade. O Espírito
Você tem dificuldade para perdoar as de Deus começa a se m over na vida
pessoas? Muitos adolescentes respon­ da criança para convencer, confortar e
derão que sim. Saiba, porém, que você guiar. Neste período, os pais ajudam -
pode contar com a ajuda do Espírito -nas a form ar padrões, idéias e ideais
Santo que habita em você. Ele pode de hábitos cristãos. C o n trib uiçõ es
ajudá-lo(a) a superar essa dificuldade. parentais cruciais, como por exemplo,
Entenda que é natural que o sentimento a oração e o aconselhamento pessoal,
ferido o condicione a não querer perdoar. podem causar grande impacto nesta
Entretanto, perdoar trata-se de uma fase de d e s e n v o lv im e n to . O s pais
decisão e essa escolha nos traz cura e p ro p o rc io n a m ao a d o le sce n te em
saúde espiritual. desenvolvimento segurança quando
U m a vida de oração ta m b é m nos com unicam com am or, confiança e
ajuda a praticar o perdão. No modelo apoio. Eles tam bém precisam perceber
da oração do Pai Nosso, Jesus ensinou que Deus revela seu plano para a vida
que devemos dizer: "Perdoa as nossas da criança. O plano do Senhor nem
ofensas como tam bém nós perdoamos sem pre é exatam ente o que os pais
as pessoas que nos ofenderam ” (M t tinham em mente, e a sensibilidade
6.12). Você sente que precisar perdoar deles ao m odo como Deus conduz a
a lgu é m ? O u está precisando pedir criança durante este período é extre­
perdão por algo que fez? Ore para que m am ente im p o rta n te ” (HENDRICKS,
o Senhor lhe ajude a lidar com essa Howard G.; GANGEL, Kenneth O. (Eds).
situação. M anual de Ensino para o Educador
Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 1999,
pp. 338, 339).
III - J
“O p e río d o de c o n ce itu a çã o a b stra ta . CONCLUSÃO
Muitas tensões e ajustes reais acon­ Em nosso dia a dia temos a escolha
tecem durante este período enquanto de não pecar, mas quando isso acontece
a criança atravessa a fase de transição devemos recorrer a Jesus e pedir perdão.
para a maioridade. Suas atitudes, ha­ Da m esm a form a, somos ensinados,
bilidades e personalidades continuam como bons cristãos, a perdoar aqueles
em formação e sua imaginação assume que nos ofenderam. Só entende a gran­
nova vivacidade e criatividade. Ela pen­ deza do perdão quem já precisou ser
sa abstratamente e pode argumentar perdoado. Será que estamos vivendo
por si m esm a com mais persuasão conforme a vontade de Deus e prati­
íntima. Ela deseja tom ar suas próprias cando o am or e o perdão ou estamos
decisões e, tanto quanto possível, deve guardando ressentimento das pessoas?
ser orientada a fazê-lo. Pensar com É uma pergunta que devemos nos fa­
nitidez e lógica torna-se im portante zer diariamente se quisermos viver de
no processo de tom ada de decisão na acordo com o Reino dos Céus.
VAMOS PRATICAR
1. Responda:

a. O que significa a expressão "olho por olho, dente por dente”?


É um a lei muito antiga e famosa que faz parte do Código de Ham urabi e
representa a tradição de retaliar o que as pessoas fazem.

b. O que Jesus quis dizer quando respondeu a Pedro que devem os perdoar
setenta vezes sete?

Jesus não tinha como finalidade estipular um limite para perdoar, e sim para
dizer que sempre se deve perdoar.

2. Com plete o versículo com as palavras que estão faltando:

“Perdoa as nossas ofensas como ta m b é m nós perdoam os as pessoas que


nos ofenderam ” (M t 6.12).

3. Encontre as palavras no caça-palavras:

PERDÃO, REINO DOS CÉUS, EMPREGADO, MISERICÓRDIA, CONFISSÃO e ARREPENDIMENTO

Pense Nisso
Provérbios 15.13 diz que "a alegria
embeleza o rosto, mas a tristeza deixa
a pessoa abatida”. Carregar mágoa
ou ódio no coração faz m a l para a
saúde espiritual e física. Isso se torna
um peso na vida da pessoa, impedindo
a ação do a m o r de Deus. Por isso,
aprenda a praticar o perdão para
viver de maneira leve e abundante.
» 0 AMOR DOS PRIMEIROS ^
I CRISTÃOS NA IGREJA ,

LEITURA BÍBLICA
D e v o c io n a l
Atos 6.1-7
Segunda » S 112.9

Terça » Pv 14.31
-u A MENSAGEM
Quarta » Pv 8.6

Quinta » J r 22.3
Ser bondoso com os pobres é
emprestar ao Senhor, e ele nos < Sexta » Ml 3 5
devolve o bem que fazemos.
>
Provérbios 19.17 Sábado » M 12.41-44 >
» -
x>
A >
Objetivos
D ES TA C A R o com prom isso da
Igreja Primitiva com a ajuda aos mais
necessitados;

ELENCAR que a desigualdade


social é uma realidade deparada pela
Igreja em qualquer época;

RESSALTAR o com prom isso da


Igreja com a ação filantrópica.

E i P ro fe s s o r!
P o n to d e P a r tid a

XX
A principal marca da Igreja Primitiva
era o am or entre irmãos. Os cristãos Amigo(a) professor(a), converse com
daqueles dias foram impactados pela seus alunos sobre os conceitos ação
ascensão do Messias, bem como pelo social" x “assistencialismo". Pergunte-os
batism o no Espírito Santo, eventos qual é a diferença entre esses termos.
recentes que avivaram a fé dos após­ Conceda um tempo para que eles par­
tolos. A partir de então, os crentes ticipem e. em seguida, explique que a
perseveravam firm es seguindo os ação social diz respeito às ações de ajuda
ensinamentos dos apóstolos, no amor emergencial realizada por profissionais
cristão, no partir do pão e nas orações especializados. Em contrapartida, o as­
(At 2.42). Nesse sentido, a Igreja tinha sistencialismo está vinculado a prestar
o c o m p ro m isso com a causa dos assistência às pessoas mais necessitadas.
m ais necessitados e naqueles dias, Enquanto a ação social considera o
muitas pessoas carentes se juntavam aspecto imediato, o assistencialismo
a ela, encontrando acolhimento. Os trata-se de uma atividade contínua.
cristãos, prontamente, ajudavam os M ostre aos alunos que a missão
m ais necessitados porque o a m o r principal da Igreja é pregar a Palavra
era a m otivação principal da Igreja. de Deus para salvação e m udança
Que atualm ente a Igreja do Senhor de m entalidade. M as a ação social
tam bém assuma esse compromisso e o assistencialismo são atividades
para com aqueles que mais precisam. com plem entares, já que são form as
de manifestar o am or de Deus.
Vamos Descobrir
não estavam recebendo ajuda. Como X
assim? Eram basicamente três os grupos
0 Livro de Atos dos Apóstolos nar­ sociais: 1) judeus nascidos em Israel; 2)
ra com o foram os prim eiros dias de judeus nascidos fora de Israel; e 3) não
existência da Igreja. Na maior parte, a judeus. Era com um o desejo daqueles
igreja era formada por viúvas e órfãos de fora de Israel de se m udarem para
que correspondiam aos grupos mais lá numa idade avançada para morrer
vulneráveis da época. Em razão disso, a e ser sepultado na terra santa. Prova­
missão da igreja não se resumia apenas velm ente, eram essas as viúvas que
à pregação do Evangelho, mas, também, estavam passando necessidade. Elas
ao com promisso em dar assistência não tinham parentes e dependiam da
aos pobres. Jesus ensinou que acolher ajuda da igreja. Diante do esquecimento
o desamparado era um serviço feito a que essas mulheres estavam vivendo,
Ele próprio. Essa é uma missão que não os discípulos oraram a Deus para lidar
pode ser negligenciada pela Igreja na com o transtorno. Guiados pelo Espírito
atualidade. Santo, chegaram a uma solução. Eles
separaram líderes para cuidar da área
Hora de Aprender social, para que, ninguém fosse es­
Um dos males que o pecado provocou quecido e ficasse sem receber a ajuda
na humanidade é a desigualdade social. necessária (At 6.1-4).
Trata-se de uma situação em que há 1.2.0 auxílio às pessoas afetadas.
um desequilíbrio ou distribuição despro­ Somos seres humanos e falhos, então,
porcional de renda entre os grupos de é esperado que surjam problemas. A
uma sociedade. Diga-se de passagem, diferença está em como lidamos com
esse fenôm eno não é específico da essas limitações. Em Jerusalém, os dis­
atualidade, pois nos tem pos de Jesus cípulos oraram, entregando o problema
a pobreza tam bém era muito com um a Deus e o Espírito Santo os conduziu à
(M t 11.5; 19.21). solução. Esse acontecimento nos ensina
que devemos fazer o mesm o quando
I. A IGREJA DE JERUSALÉM precisarmos lidar com as questões ad­
E A AÇÃO SOCIAL ministrativas na Obra de Deus. Antes de
Depois do dia de Pentecostes, o núme­ tomarmos qualquer decisão, o primeiro
ro de pessoas que aceitou a mensagem passo é buscar a orientação do Senhor,
do Evangelho aumentava a cada dia. ouvir a sua voz e, somente depois disso,
Comunhão, milagres, solidariedade eram decidir da melhor forma possível.
realidade na igreja em Jerusalém como
resultados da ação do Espírito Santo na
vida daqueLas pessoas (At 2.42).
1.1. Os diferentes grupos sociais na "A doutrina dos apóstolos era essencial
igreja. Naqueles dias, as viúvas dos para o conteúdo daquilo que deveria ser
judeus que nasceram fora de Israel estudado. Os apóstolos, as testemunhas
oculares de tudo o que Jesus tinha feito, 2.1.0 pecado provocou a desigual­
seriam aqueles que o Espírito Santo dade SOCial. A miséria e a pobreza, por
lembraria as verdades fundamentais exemplo, resultam da desigualdade que
segundo as quais a igreja seria conduzida predomina ano após ano na sociedade.
pelos séculos futuros (Jo 14.17,25,26; Jesus afirmou que os pobres sempre
16.13). Desde o início, a igreja primitiva estariam entre nós (Jo 12.8) e a m i­
se dedicou a ouvir, estudar e aprender séria é o aprofundamento da pobreza
0 que os apóstolos tinham para ensinar. em razão da ganância do homem. Em
A com un h ã o (do grego, koinonia) resposta, o Evangelho am eniza essa
significa associação e relacionamentos triste condição da sociedade. O sacri­
íntimos. Isto era mais do que simples­ fício de Jesus abrange a vida como um
mente ficarem juntos, certamente, mais todo - o espírito, a alma e o corpo - e
do que sim plesm ente um a reunião quebra esse padrão criado pelo pecado,
religiosa. Isto envolvia com partilhar trazendo vida e união. Por isso, precisa­
bens, fazer refeições juntos, e orarjuntos. mos olhar o m undo com am or e não
O partir do pão se refere aos cultos de só levar a mensagem de esperança do
comunhão que eram realizados como Evangelho, bem como agir para atender
Lembrança de Jesus e instituídos de às necessidades materiais das pessoas
acordo com a Últim a Ceia, que Jesus (At 2.44,45).
tinha tido com os seus discípulos antes
2.2. A desigualdade denunciada na
da sua morte (M t 26.26-29). É provável
Bíblia. O Antigo Testamento é claro na
que este culto incluísse regularmente
sua mensagem sobre a ajuda às viúvas,
uma refeição em comum (At 2.16; 20.7;
aos órfãos e aos pobres, que eram as
1 Co 10.16; 11.23-25; Jd 1.12).
pessoas mais vulneráveis e precisavam
Oração está ligada ao partir do pão,
de ajuda (Êx 22.22; Dt 10.18; 27.19). Os
para explicara palavra comunhão'. Estas
profetas repreenderam o povo de Israel
eram pelo menos duas das atividades que
por deixar de lado os necessitados, pois
faziam parte das suas reuniões regulares.
era algo que desagradava a Deus (Is 1.17;
A oração sempre foi um a marca das
Ez 22.7; Zc 7.10). No Novo Testamento,
reuniões dos crentes" (Comentário do
apóstolo Paulo (2 Co 8 — 9) e Tia go
Novo Testamento— Aplicação Pessoal
(1.27) retom am o assunto e mostram
VoL 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 633).
a importância do trabalho social.

II. A DESIGUALDADE SOCIAL


É UMA REALIDADE II - AUXÍLIO TEOLÓGICO
Querido(a) adolescente, o pecado, de “Como observamos em Atos 2.44,45,
fato, prejudica as nossas relações e traz a indicação não é a de que toda a pro­
separação entre nós e o nosso Deus. priedade privada de bens fosse abolida
Tra ta -se de um a situação espiritual — como se faz em algum as com uni­
que influencia as condições de vida dades religiosas. Mas a sinceridade da
da sociedade. consagração dos primeiros cristãos era
XX
tal que se poderia dizer: Não havia, pois, outros cuidados (M t 2 5 .3 1 -4 6 ). Isso j
entre eles necessitado algum (v. 34). porque “quando vocês fizeram isso ao
Por quê? Porque quando surgisse uma mais humilde dos meus irmãos, foi a
necessidade, alguém venderia algum m im que fizeram " (M t 25.40), disse
bem e traria o dinheiro para solucionar Jesus. Logo, ajudar aos mais necessi­
a emergência. Isto é o que o texto grego tados não se trata apenas de fazer o
indica, pelo uso do imperfeito aqui, como bem, mas, tam bém , de cumprir o "Ide"
em 2.44,45.0 lembrete do versículo 34 de nosso Senhor por meio de ações
é, literalmente: ‘porque todos os que pos­ sociais (M c 16.15).
suem herdades ou casas, vendendo-as 3.2. Salvos para as obras. Tia g o
[tempo presente — de tempos em tem ­ afirma que “a fé sem obras é m o rta ”
pos, conforme surgisse a necessidade], (Tg 2.14-20). Nessa ocasião, Tiago não
traziam o preço do que fora vendido’. Isto estava tratando da fé para a salvação,
não significa que todos vendiam as suas e sim a fé como consequência da sal­
propriedades ao mesmo tempo e colo­ vação. Se cada pessoa fizer um pouco
cavam o dinheiro em um cofre comum. para ajudar conforme sua possibilidade,
Ao contrário, cada crente conservava a então, teremos muitas pessoas rece­
sua propriedade como uma garantia, a bendo assistência. Colabore com essa
ser usada de qualquer modo necessário causa. Lembre-se de que fomos salvos
pela igreja. Esta é a verdadeira adm i­ para praticar boas obras.
nistração cristã" (Comentário Bíblico
Beacon. Vol. 7 — João a Atos. Rio de
Janeiro: CPAD, 2006, p. 237). III-A U X ÍL IO DIDÁTICO

“A p re nd iza g em Sensorial. A maior


parte do que aprendemos vem pelos
III. A IGREJA E A AÇÃO
sentidos da visão, audição, olfato, tato ou
FILANTRÓPICA
paladar. Infelizmente, as formas tradicio­
A Igreja pode e deve se envolver em nais de ensino tendem a depender prin­
ações sociais e atividades filantrópicas. cipalmente de métodos auditivos, ainda
Filantropia vem do grego fíios, “amigo", que os aprendizes auditivos constituam
e anthropos, “hom em , ser humano", o menor percentual de alunos em sala
e significa “a m igo da h u m a n id a d e ”. de auLa. Propõe-se que 87% de todos os
Então, é importante estarmos atentos aprendizes tenham de ver e experimentar a
aos problemas sociais e agirmos para aprendizagem de maneira cinestésica para
que o nome do Senhor seja glorificado. serem bem-sucedidos na aprendizagem.
3.1. Ajudar o próximo é um dever As três principais modalidades pelas
cristão. Jesus explicou que no Dia quais percebemos informação são a
em que Deus ju lg a r a hum anidade, modalidade visual, a auditiva e a cines­
entrarão no Reino dos Céus aqueles tésica. Todos temos umjeito preferido de
que ajudaram os mais necessitados aprender, e aprendemos melhor e mais
com comida, água, roupa, remédio e rapidamente se formos ensinados segun-
do nossa modalidade preferida.Trata-se CONCLUSÃO
de algo especialmente importante para Diversas organizações tra b a lh a m
os alunos que têm mais dificuldade de para ajudar os necessitados. Por que,
aprender no cenário tradicional da sala então, nós, que som os a igreja, não
de aula. [...] Isso não precisa ser negativo, seguim os a orientação de Jesus em
contanto que reconheçamos que os alu­ demonstrar nosso am or pelas pessoas
nos em nossa ‘sala de aula' são aprendizes doando comida, roupa ou outro auxílio?
visuais, auditivos e cinestésicos" (LINHART, Q uando estendemos a m ão aos que
Terry. Ensinando as Próximas Gerações. estão precisando, estam os fazendo
Rio de Janeiro: CPAD, 2018, pp. 116,117). isso para Deus.

VAMOS PRATICAR
1. Q u a l grupo social estava sendo deixado de lado na igreja de Jerusalém
depois de Pentecostes?

a. As viúvas dosjudeus nascidos em Israel. ( )

b. As viúvas dosjudeus nascidos fora de Israel. ( X )

c. As viúvas dos não judeus. ( )

2. Responda:

a. O que significa “filantropia”?


Filantropia vem do grego fúos, “amigo", e anthropas, ‘homem, ser hum ano" e
significa “am igo da hum a nid a d e.

b. Q uem eram as pessoas mais vulneráveis da sociedade nos tempos bíblicos?


As viúvas, os órfãos e os pobres eram as pessoas mais vulneráveis da sociedade.

Pense Nisso
Q uando se trata de ajudar o pró­
ximo, as Escrituras Sa g ra d a s nos
mostram que Deus leva esse assunto
muito a sério. A igreja, com o repre­
sentante de Cristo neste m undo,
precisa se envolver com ação social
e ajudar aos m ais necessitados.
LEITURA BÍBLICA
Filipenses 4.14-20
D e v o c io n a l
Segunda » Gn 18-

-u ------------------------------------
A MENSAGEM
Terça » Pv 11.24

Quarta » Ml 3.
X ________________

Que cada um dê a sua oferta


conforme resolveu no seu coração, Quinta » / 4 t 20.35
^

não com tristeza nem por obrigação,


Sexta » Lc 6.38
pois Deus ama quem dá com alegria.
XX XX

2 Coríntios 9.7 Sábado » Rm 15.25-29


>
Objetivos
EXPLICAR o significado da oferta.

ESCLARECER a finalidade do dízi­


m o e da oferta à luz da Bíblia.

RESSALTAR a sinceridade do ato


de dizimar e ofertar.

E i P ro fe s s o r!
Sabemos que Deus está à procura de
P o n to d e P a r tid a
verdadeiros adoradores, pessoas que Professor(a), o grande desafio de
desejam servi-lo com o coração sincero. muitas pessoas é lidar com o dinheiro.
Assim acontece tam bém em relação Q u a n to m ais tem , m ais apegadas
à entrega do dízimo e das ofertas. estão aos recursos materiais. Inicie a
Não se trata apenas de entregar um aula perguntando aos alunos como
dinheiro à igreja, e sim de reconhecer eles fazem para e ntregar o dízim o
que tudo o que temos, o que somos e o e as ofertas. Eles retiram o valor do
que seremos é fruto da ação do Espírito que sobra ou separam com antece­
de Deus em nossas vidas. dência quando o dinheiro chega em
Nesta lição, veremos que o am or é suas m ãos? M ostre-lhes com o era
doador. Ele não se preocupa em doar o m odelo do Antigo Testam ento e o
porque não lhe falta. Assim deve ser exemplo da Igreja Primitiva nos dias
a nossa gratidão a Deus. Devem os dos apóstolos. Deus não deixava faltar
entregar para Ele não aquilo que nos nada porque o coração do povo era
falta ou sobra, e sim o que é prioridade inteiro para com Ele.
porque Deus deve estar em primeiro Ressalte que o Senhor é recompensa-
lugar nas nossas vidas. Reflita sobre dor daqueles que são fiéis à sua Palavra
esse tem a com seus alunos. e dedicam suas riquezas para que o
Reino de Deus cresça em toda a Terra.
XX
mais comuns? Sacrifícios de animais, X
Vamos Descobrir cereais, grãos e dinheiro.
A paz do Senhor, amigo(a) adolescente! 1.1. A o fe rta é um ato religioso.
Q ual é a primeira coisa que vem à sua Se não é a lgo só do povo de Deus,
mente quando ouve as palavras “oferta” m as de outros povos tam bém , o que
e "dízimo"? Geralmente, é um assunto aprendemos com isso? Primeiro, há um
que envolve muito desconhecimento lado religioso dentro de cada pessoa;
em razão das críticas que são feitas a e, segundo, desde a antiguidade o ser
essas práticas adotadas pela igreja. E humano tem uma inclinação para dar
importante entender o sentido de con­ presentes à divindade como forma de
tribuir com a igreja por meio de valores, gratidão. Se para aqueles que eram ig­
alimento ou outros bens. Não se trata de norantes quanto à fé a prática da oferta
apenas doar quantias financeiras. Tanto era levada à sério, quanto mais àqueles
as ofertas quanto o dízimo fazem parte do que servem e adoram ao “Deus Vivo”, o
compromisso cristão com a manutenção “Rei dos reis” e “Senhor dos senhores".
da Obra de Deus, que precisa de recursos O Senhor é digno da nossa gratidão e
para continuar atuando neste mundo. adoração (1 Rs 18.22-39).
1.2. É um ato de adoração a Deus. o
Hora de Aprender ser humano foi formado do pó da terra e
Nesta lição, verem os o sentido de se tornou ser vivo porque Deus concedeu
ofertar e de entregar o dízimo como um a respiração a Adão com o seu sopro no
reflexo do am or e gratidão que expres­ nariz (Gn 2.7). Há, portanto, uma ligação
samos a Deus pela forma graciosa pela natural entre o ser humano e Deus, ou
qual Ele tem suprido todas as nossas seja, a vontade de estar perto do Criador
necessidades. Trata-se de um tema que e a dependência dEle está dentro de
está presente em toda a Bíblia e, mais do cada pessoa. Se, então, buscar a Deus
que um compromisso financeiro com a e agradá-lo com ofertas é algo que se
igreja, representa um ato de adoração. faz naturalmente, de que maneira vemos
Por essa razão é tão importante enten­ isso hoje em dia? Na antiguidade, os
dermos o seu significado. sacrifícios de animais faziam parte da
oferta seguida nos cerimoniais judaicos
1.0 QUE É OFERTAR (Lv 23.9-14; 26-28). Nos dias atuais, a
O fe rtar é o ato de oferecer algo a oferta à Casa de Deus é feita por meio de
Deus em agradecimento. É uma prática suprimentos e contribuições financeiras
' presente tanto no Antigo quanto no Novo para a manutenção da Obra de Deus.
Testamento. Quando olhamos a história
antiga, a oferta não era algo exclusivo do
povo de Israel. Trata-se de uma atividade
que diversos povos executavam para
suas divindades nos serviços ou cultos “No Novo Testamento, vemos ta m ­
religiosos. E quais eram os presentes bém a confirmação da obrigação de se
entregar o dízimo na Casa do Senhor. dízimo a Melquisedeque como agrade­
Em M ate us 2 3.23, Jesus disse aos cimento pela vitória contra os reis que
fariseus que eles deveriam cum prir o haviam sequestrado seu sobrinho Ló
‘mais im portante da lei’ que eram 'o (Gn 14). E o que é dízimo? É a oferta de
juízo, a misericórdia e a fé’, sem deixar 10% de tudo o que recebemos. Abraão
de pagar 'o dízimo da hortelã, do endro dizimou e o povo de Israel tam bém o
e do cominho’. Com isso, o Senhor quis fazia (M l 3.10).
ensinar que não adianta ser dizimista
2.1.0 sacrifício de animais nojudaísmo.
sem levar em conta os valores espiri­
Os animais para sacrifício e as outras
tuais da Lei. Hoje, da mesma forma, o
ofertas levadas ao Ta b e rn ó c u lo e,
cristão deve pagar o dízimo, não como
por conseguinte, ao Tem plo serviam
quem está fazendo um favor à igreja,
não só como adoração, remissão dos
nem mostrando que ganha bem, mas
pecados e agradecimento, mas, ta m ­
como forma de gratidão a Deus pelas
bém, como manutenção da estrutura
bênçãos recebidas, como o fez Abraão
religiosa (Nm 15.1-21). A Bíblia fala que
diante de Melquisedeque.
as ofertas sobem a Deus como cheiro
A obediência a essa determ inação
agradável (Êx 29.18; N m 15.3). Era o
bíblica redunda em bênçãos a b u n ­
m étodo determ inado por Deus para
dantes da parte de Deus (M l 3.10,11).
que o seu povo mantivesse viva a fé e
[■••] Em segundo lugar, o crente fiel
a comunhão com Ele.
deve contribuir com ofertas alçadas
(levantadas), de modo voluntário, como
2.2. A oferta no Novo Testamento.
prova de sua gratidão a Deus pelas No Novo Testamento, o apóstolo Paulo
escreve aosfilipenses sobre as ofertas
bênçãos recebidas. Com esses recursos
que os irmãos e as irmãs lhes enviaram
(dízimos e ofertas), a igreja m antém a
(Fp 4.15). Nos momentos difíceis do seu
evangelização, as missões, o sustento
ministério, essa igreja lhe socorreu e
de obreiros, o socorro aos necessitados
Paulo estava agradecido por esse gesto
(viúvas, órfãos, carentes etc.), bem como
de amor. O apóstolo diz que as ofertas
o patrimônio físico da obra do Senhor,
“são como um perfume suave oferecido
e outras necessidades que podem
a Deus, um sacrifício que ele aceita e
surgir’’ (LIMA, Elinaldo R. Ética Cristã:
que lhe agrada" (Fp 4.18).
confrontando as questões morais do
Embora a estrutura religiosa da época
nosso tem po. Rio de Janeiro: CPAD,
de Paulo fosse diferente dos rituais do
2002, pp. 170,171).
Templo, o gesto de ofertar algo a Deus
em agradecimento tinha o mesmo sig­
nificado. Hoje, as condições também são
II. OFERTAS E DÍZIMOS
outras, mas a necessidade de manter
NA BÍBLIA a administração das igrejas continua.
No Antigo Testam ento, vemos que São diversas atividades de uma igreja
Abel e Caim ofertaram com sacrifício de e, por isso, devem os contribuir com
animal e cereais (Gn 4.2-4). Abraão deu ofertas e dízimos.
II-A U X ÍL IO TEOLÓGICO

"Dízimo. A palavra hebraica 'asar,


As ofertas ‘são como
‘d izim a r’ é derivada da palavra que um perfume suave
significa 'dez' e que tam bém significa oferecido a Deus\
‘ser rico'. O princípio básico do dízimo
é o reconhecimento de que tudo per­
tence por direito a Deus, inclusive, as
99
propriedades dos homens, das quais
eles são apenas os guardiões. O dízimo consideram o dízimo um complemento
corresponde a um testemunho oferecido destes primeiros frutos. Fontes judaicas
em honra a Deus, e em reconhecimento indicam que essa segunda hipótese é ver­
de que tudo pertence a Ele. dadeira e que as 'primícias dos primeiros
O costum e de pagar o dízim o era frutos’ geralmente representam uma
muito comum entre os povos semíticos, quinta parte da produção” (Dicionário
e era anterior à lei de Moisés. Abraão Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD,
deu a Melquisedeque um décim o de 2006, p. 572).
todo o despojo conquistado de Q u e -
dorlaom er (Gn 14.20; cf. Hb 7.4-10). A III. 0 CORAÇÃO CRISTÃO
forma como este fato foi mencionado
E 0 ATO DE OFERTAR
parece indicar que se tratava de um
A Palavra de Deus nos instrui quanto
costume estabelecido. O voto de Jacó
à maneira como utilizamos o nosso di­
(Gn 28.22) acrescenta ainda mais peso
nheiro. Economizar é necessário diante
a esta opinião.
do consumismo que somos diariamente
O dízimo de Israel consistia de um
estimulados. Entretanto, torna-se um
décimo de toda a produção anual de ali­
problema quando impede alguém de
mentos e do crescimentos dos rebanhos
"gastar com generosidade” e indica
de ovelhas e gado. Era um costume con­
falta de sabedoria (Pv 11.24).
siderado sagrado de Jeová, da mesma
forma que o aluguel ou imposto feudal 3.1. O ferta e dízimo são coisas de
dedicado a Ele, que era realmente o dono adulto? Você deve estar pensando que
da terra. Certas Escrituras sugerem que esse assunto de oferta e dízimo é coisa
esses dízimos consistiam de um décimo de adulto, mas não é, e sabe por quê?
de tudo que restava das ‘primícias de Você, mesmo sendo adolescente, tem
todos os frutos da terra’, depois que a m otivos para agradecer a Deus por
oferta sacerdotal havia sido separada tudo o que Ele tem feito por você. Por
(Êx 23.19; D t 26.1). Como a lei não es­ isso, é im portante você criar o hábito
tabelecia a quantidade a ser oferecida de ofertar e entregar o dízim o com
como uma oferta das primícias, alguns os ganhos que você recebe. Se você
consideram as regras do dízimo como a ainda não contribui com a sua igreja,
definição do que deveria ser pago. Outros analise suas condições e ore para que o
Espírito Santo lhe ajude a se organizar era abundante, e ocasiões em que ele
nesse sentido. esteve ‘abatido’. E Paulo tinha aprendido

3.2. O fe rta r e entregar o dízimo que nenhuma das duas condições fazia
devem ser sinceros. Um a vez, Jesus alguma diferença real: Paulo tinha sido
instruído 'tanto a ter fartura como a ter
mostrou aos discípulos que a oferta
fome, tanto a ter abundância como a
de duas moedinhas da viúva pobre era
padecer necessidade’ e a contentar-se
maior do que a grande quantidade de
com o que lhe acontecesse.
dinheiro dos ricos, porque ela deu de
A sua independência das circuns­
coração tudo o que tinha (Lc 21.1-4).
tâncias nascera da convicção de que
Aprendemos que o importante não é a
o seu Deus satisfaz todas as nossas
quantidade, mas a gratidão da oferta.
necessidades 'segundo as suas rique­
O apóstolo Paulo interpretou que as
zas... em glória, por Cristo Jesus’ (v. 19),
contribuições devem ser dadas com
e da convicção de que 'posso todas as
alegria, porque representa, o am o r a
coisas naquele que me fortalece' (v. 13).
Deus. Assim, reclam ar e falar m al da
Este é um dos maiores dons que pos­
oferta e do dízimo não reflete o com ­
suímos através do nosso relacionamento
portamento cristão.
com Jesus. Nós temos um Deus cujos
Ao entregar o dízimo a Deus, estamos
recursos intermináveis serão usados
apenas devolvendo o que Ele nos deu.
para satisfazer as nossas necessidades.
Não é um valor que vai fazer falta, por­
E um Deus que nos dará forças para
que "Deus pode dar muito mais do que
enfrentar cada desafio. Se nos le m ­
vocês precisam para que vocês tenham
brarmos constante mente de quem é o
sempre tudo o que necessitam e ainda
nosso Deus, tam bém aprenderemos o
mais do que o necessário para fazerem
segredo de estar contentes, quaisquer
todo tipo de boas obras’’ (2 Co 9.8).
que sejam as nossas circunstâncias”
(RICHARDS, Lawrence O. Comentário
III - AUXÍLIO DEVOCIONAL Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro:
CPAD, 2012, p. 874).
‘“Já aprendi a con te n tar-m e ’ (Fp
4.10-20).
Paulo tinha recebido uma doação em
CONCLUSÃO
dinheiro dos filipenses, que ele apreciou. O ato de contribuir com ofertas e
Isto revelava o seu contínuo am or por dízimos na igreja é um gesto de am or
ele., e isto era importante para Paulo. E e adoração a Deus. O dinheiro será
como uma expressão do am or a Deus, empregado para o cuidado da Casa de
as ofertas são um ‘cheiro de suavidade Deus. Isso sobe como perfume agradá­
e sacrifício agradável e aprazível’. Paulo vel ao Senhor. Esse tema é importante
tam bém expressou a sua própria pers­ para que, desde já, você, adolescente,
pectiva sobre o dinheiro. Durante os aprenda que o cristão deve contribuir
seus 25 anos de ministério, Paulo tinha com alegria e agradecimento por tudo
conhecido ocasiões em que o dinheiro o que Deus tem feito na sua vida.
1. M em orize “A M ensagem " e preencha as palavras que estão faltando:

“Que cada um dê a sua oferta conforme resolveu no seu coração , não


com tristeza nem por obrigação , pois Deus ama quem dá com alegria
(2 Coríntios 9.7)

2. Responda:

a. O que é “dízimo"?
É a oferta de 10% de tudo o que recebemos.___________________________________

b. O que é oferta?
Trata-se de um ato religioso, bem com o de um ato de adoração a Deus.

c. De que formas você pode ofertar à sua igreja?


a a

A oferta pode ser feita por meio de suprimentos e contribuições financeiras para a
m anutenção da Obra de Deus._________________________________________
XX

MINHAS IDÉIAS

Pense Nisso
Dinheiro é assunto para adolescente
também. Jesus nos ensina a guardar
nossa riqueza no céu, porque onde
estiver o nosso tesouro, ali estará o
nosso coração (M t 6.21). O fertar é
uma form a de adorar a Deus e de­
monstrar am or a Ele. Por isso é tão
im portante considerar o lugar que
o dinheiro ocupa em nosso coração.

I
LEITURA BÍBLICA
Marcos 16.14-20
D e v o c io n a l
Segunda » Gn 12.1- &•
#*

- a -------------------------------------- Terça » 1 Cr 16.23-2


A MENSAGEM
Quarta » Sl 67
Portanto, vão a todos os povos do mundo
e façam com que sejam meus seguidores, Quinta » Is 61.1
batizando esses seguidores em nome
do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Sexta » Rm 10.13-15
X
Mateus 28.19
Sábado » Ap 7.9,10 X
------------ 99
X <

-
Objetivos
C O N C E IT U A R o que significa
Evangelho;

DESCREVER o efeito do Evangelho


na vida das pessoas;

RELATAR a ação do Espírito Santo


por meio da pregação do Evangelho.

E i P ro fe s s o r!
P o n to d e P a r tid a
O apóstolo Paulo destaca em sua
Carta aos Romanos que não se en­ P re za d o (a ) professor(a), m uitos

vergonhava de pregar o Evangelho, a rg u m e n ta m que é necesário pre­

pois é o poder de Deus para salvar paro para pregar o Evangelho. Mas

todos os que creem (Rm 1.16). Deus o preparo que muitos procuram não
nos aceita por meio da fé e, portanto, pode ser impedimento para anunciar

devemos viver neste tempo não pelo a m ensagem da salvação. Antes da

que vemos, e sim pela fé que temos sua ascensão, o Senhor Jesus disse aos
seus discípulos que eles seriam suas
no Filho de Deus.
Nesta lição, mostre aos seus alunos testemunhas em Jerusalém, em toda

que o amor pelas almas se revela pelo a Judeia e Somaria, bem como até os
nosso compromisso com a pregaçao lugares mais distantes da terra (At 1.8).
do Evangelho. Quem ama os perdidos Dessa fo rm a , q u a n d o o Espírito

e deseja alcançá-los, dedica sua a vida Santo descesse sobre os discípulos,

a serviço do Evangelho, assim como eles receberíam poder do Alto para

fez o apóstolo Paulo. Ele gastava testemunhar, inicie esta aula pergun­

a sua vida em prol da salvação de tando aos seus alunos se eles ja foram

pessoas. Compartilhe essa visão com batizados no Espírito Santo. Ressalte

seus alunos e mostre que eles foram que buscar a capacitação espiritual e

chamados para anunciar a mensagem o conhecimento bíblico são suficientes

da salvação nestes últimos dias. para testemunhar da salvação.


discípulos. Estes com partilharam três
Vamos Descobrir anos e meio de aprendizado e a m i­
Caro(a) adolescente, a paz do Senhor! zade com o Salvador. Depois da sua
A existência da Igreja está ligada a m orte e ressurreição, Jesus apareceu
natureza da missão de nossos Senhor aos discípulos, reforçou o que já havia
Jesus Cristo. A Salvação é o assunto ensinado-lhes e deixou mais algumas
principal da pregação do Evangelho instruções. A mensagem do Evangelho
e a Igreja deve c o n s id e rá -lo com o deveria ser compartilhada com todas
prioridade. O cum prim ento do “Ide,” as pessoas. Em primeiro lugar, era im ­
o u to rg a d o pelo nosso M estre, não portante que os discípulos tivessem fé
termina apenas com a propagação da na mensagem do Evangelho (Mc 16.14).
mensagem de salvação, mas, envolve, Com o assim? Antes de pregar a boa
tam bém , o discipulado contínuo, pois notícia, eles precisavam acreditar nela.
o nosso Senhor ordenou-o: "Ide e fazei Como a pessoa pode falar da esperança
discípulos” (M t 28.19). que vem com o perdão de Jesus se ela
mesma não crê nisso?
Hora de Aprender 1.2. A convicção na mensagem do
A Igreja do Senhor recebeu a honrosa
Evangelho. Crer no propósito da vida,
responsabilidade de pregar o Evangelho
m o rte e ressurreição de Jesu s era
a todas as nações (M t 28.19). É uma
fun d a m e n ta l para que os discípulos
ordem divina fazer Missões, evange-
estivesssem prontos a cum prir a mis­
lismo e, por isso, devemos pensar na
são. Eles deveriam se espalhar pelo
m elhor forma de executar essa tarefa
m undo e falar do Evangelho a todas
no nosso dia a dia.
as pessoas. Com o judeus, os discípu­

1.0 SIGNIFICADO DE EVANGELHO los pensavam que a m ensagem seria


direcionada apenas a Israel. M as o
A palavra Evangelho significa “boa
Mestre não disse que eles deveriam
notícia, boa-nova” e era usada no con­
pregar somente ao seu povo, e sim a
texto dos romanos quando o imperador
qualquer outro povo. A boa notícia de
tinha uma novidade para alegrar as
salvação é para qualquer pessoa em
pessoas. Assim, quando Lucas conta
qualquer lugar, “Deus trata a todos de
que o anjo anunciou as “boas-novas”,
m odo igual” (A t 10.34).
está expressando que nasceu não o
As orientações de Jesus valem ainda
filho do im perador, m as sim o Filho
hoje para nós. Quando falamos de fazer
de D eus (Lc 2.10)1 Era o E m a n u e l,
missão ou evangelizar, precisamos,
"Deus conosco", que encarnou para
antes de tudo, entender que o am or de
viver entre os seres humanos. A boa
Deus se reflete no sacrifício de Jesus
notícia, portanto, é que há esperança
por nós. Com o está sua fé em Jesus,
e salvação para o pecador.
querido adolescente? O re para que
1.1.0 preparo dos discípulos. Jesus Deus fortaleça você a cada dia para
viveu seu ministério terreno com os testem unhar sobre a boa notícia!
corações, traz a consciência do pecado
e produz arrependim ento. Assim , a
pessoa é salva ao crer na m ensagem
"As funções do professor com o in­ do sacrifício de Jesus Cristo e fica livre
te rm e d iá rio entre o livro e o aluno da condenação (M c 16.16).
parece não ter mais lugar neste mundo
2.1. A autoridade dada aos discípulos.
m oderno. [,..]A internet revolucionou
Sabe o que mais acontece quando se
os meios de comunicação e trouxe ao
decide ter Jesus como Salvador? A pes­
mundo grandes facilidades. Por causa
soa recebe o poder de realizar milagres
da internet o conhecimento tornou-se
(Mc 16.17,18). Jesus dá alguns exemplos
ilimitado, o tem po e a distância entre
do que seriam esses milagres: no nome
um fato e a sua divulgação reduziu-se
dEle: expulsar demônios e falar novas
consideravelm ente. Esse poderoso
línguas. Caso alguém seja envenenado,
instrum ento agrega o m aior e mais
o veneno não terá efeito no corpo da
avançado banco de dados com infor­
pessoa. Ao im por as m ãos sobre as
mações de todas as áreas e segmentos
pessoas doentes, elas serão curadas!
de instituições com o universidades,
bibliotecas, museus, etc. Na internet é
2 .2 .0 poder da mensagem do Evan­
possível ter acesso rápido a inúmeras gelho. Os milagres que os discípulos
fontes de pesquisas, bem como a uma tinham visto Jesus realizar durante os

variedade de textos de todas as áreas três anos e meio. Agora, eles próprios os

do conhecimento humano e as imagens realizariam em nome de Jesus porque


receberam autoridade divina para isso!
de todos os cantos do mundo.
O professor deverá usar a tecnologia Os discípulos amavam Jesus e enten­

como recurso para o desenvolvimento deram a urgência da pregação dessa

da criatividade na sala de aula. O projeto mensagem de salvação, porque quem

pedagógico precisa ser trabalhado de não crê será condenado. A boa notícia

um a form a mais prática e vivencial. de salvação derrota a morte e os demô­

Cabe ao professor não improvisar, mas nios e traz transformação na vida das

sempre planejar. É im portante o uso pessoas. Por isso, eles “foram anunciar
o Evangelho por toda parte" (Mc 16.20).
de métodos e técnicas no processo da
aprendizagem, porém, eles não podem
ser usados aleatoriamente. O preparo
- AUXÍLIO TEOLÒGICfL^?
do professor e sua criatividade são de
grande valia no processo educativo” “[...] A ideia de que a história de Jesus
(LOPES, Jamiel. Psicologia Aplicada à e de sua ressurreição pudessem ser
Educação Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, uma fábula é absurda, pois sem uma
2020, p. 222). base, de fato, as histórias teriam sido
imediatamente contraditas dentro da
II. 0 EFEITO DO EVANGELHO Palestina. Nenhuma igreja vitalteria sido
Q uando o Evangelho é transmitido formada ali e nem na vizinha Samaria.
às pessoas, o Espírito Santo age nos E, como sabemos que as comunidades
judaicas por todo o mundo mantinham isso, grande parte do mundo daquela
um contato estreito com sua pátria, o época ouviu a mensagem da salvação.
tem plo e os sábios da terra, a missão
3.2. A ação do Espírito Santo é atual.
de Paulo que foi em primeiro lugar às
O Espírito Santo continua em nosso
sinagogas das comunidades judaicas
meio. Ele habita em cada um que en­
no império romano teria sofrido oposi­
tregou sua vida para Jesus. Ao sermos
ção pela simples ridicularização e pela
habitação de Deus, Ele age em nós
negação de que Jesus jam ais tivesse
e aprendem os a a m a r com o Ele nos
vivido, realizado milagres, morrido ou
ama. Por isso, queremos contar para
ressuscitado dos mortos.
todo m undo sobre a salvação. C o m ­
[...] A Grande Comissão fornece a força
partilhamos sobre o cuidado de Deus
motriz das missões cristãs. Ela também
por nós para que elas tam bém possam
nos lem bra de um a realidade vital,
ter a mesma experiência.
Cristo tinha 'todo o poder’ enquanto
caminhava pelas estradas empoeiradas
da Palestina em sua encarnação. [...]
^ III - AUXÍLIO T E O L Ó & Ç L ^
Assim, Ele lembra seus seguidores de
que ‘todo o poder no céu e na terra' é “[...] Paulo não se envergonhava, pois
dEle e, 'portanto', nós estamos capa­ ele sabia, através da experiência, que o
citados para fazer discípulos de ‘todas Evangelho tem o poder de salvar todo
as nações”’ (RICHARDS, Lawrence O. aquele que crê e transformar suas vidas.
C om entário H istórico-C u ltu ral do A palavra grega para poder (dunamis) é
Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, a fonte para as nossas palavras dinamite
2007, pp. 95,97). e dinâmica. A dinamite não foi inventada
por Nobel até 1867, assim, é obvio que
III. 0 ESPÍRITO SANTO Paulo não tinha essa imagem específica
em mente. Ao contrário, o inventor do
E 0 EVANGELHO
explosivo tomou o seu nome do grego.
A ação do Espírito Santo é fun d a ­
Mas o paralelismo é instrutivo.
mental nessa tarefa de evangelização.
As boas novas, assim como o poder
Jesus disse que a promessa do Pai era
de Deus, podem ser como uma dinamite
que os discípulos seriam revestidos
espiritual. Sob certas circunstâncias, elas
do poder do Alto para fazer missão e
têm um efeito devastador e até destru­
evangelismo (Lc 24.49; A t 1.8).
tivo, dem olindo visões e tradições do
3.1. 0 poder do Espírito depois domundo — preparando o caminho para
Pentecostes. Depois do dia de Pente- uma nova construção. Plantado dentro
costes, quando o Espírito Santo desceu de um coração de pedra que é resistente
sobre os discípulos, lemos no livro de a Deus, o Evangelho pode despedaçar as
Atos sobre a expansão do movimento barreiras. O poder de Deus, contido no
de Jesus e da igreja (At 2). Vidas foram Evangelho, não é somente explosivo. Ele
salvas e transformadas e o Evangelho também derrota o maL A única maneira
se espalhou por boa parte da Ásia. Com de receber a salvação é crer em Cristo.
Esta oferta está aberta a todas as pes­ CONCLUSÃO
soas. O Evangelho é poderoso porque o A Bíblia nos ensina que Jesus veio ao
poder de Deus reside nele por natureza. mundo para salvar os pecadores (1 Tm
As boas novas são o poder inerente de 1.15). Isso porque Deus nos am a. Ao
Deus, que dá a salvação a todos aqueles seguirm os as orientações de Jesus,
que a aceitam. A salvação só pode ocorrer cremos na boa notícia, vivemos cheios <
quando uma pessoa crê" (Comentário do do Espírito Santo, aprendemos a am ar
Novo Testamento— Aplicação PessoaL as pessoas e compartilhamos com elas
Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 19). a mensagem do Evangelho de salvação.

VAMOS PRATICAR
1. M em orize “A M ensagem " e preencha as palavras que estão faltando:

"Portanto, vão a todos os povos do m undo e façam com que sejam meus
seguidores , batizando esses seguidores em nome do Pai , do Filho e do
Espírito Santo (Mateus 28.19)

2. Responda:

a. O que significa a palavra "Evangelho”?


A palavra evangelho significa “boa notícia, boa-nova"._________________________

b. Cite alguns exemplos de m ilagres que seriam operados pelas m ãos dos
# apóstolos:
;|§j Em nome do Senhor, expulsariam demônios, falariam novas línguas, se caso
m fossem envenenados não teria efeito no corpo, os doentes seriam curados. ^

Pense Nisso
Você se lem bra de algum a expe­
riência que teve com Deus? C o m ­
p a rtilh e so b re ela co m a lg u é m
que ainda não conhece Jesus. Ore
para que o Espírito Santo opere no
coração da pessoa enquanto você
fala. Já parou para pensar no que
pode acontecer quando você pregar
o Evangelho para alguém ?
LEITURA BÍBLICA
Efésios 6.1-4; D e v o c io n a l
Colossenses 3.20,21
Segunda » Gn 121-24

Terça » S l 127
- a -------------------------------------- Quarta » Sl 123
A MENSAGEM
Filho, faça o que o seu pai diz e nunca Quinta » M t 2 3-15
esqueça o que a sua mãe ensinou.
Sexta » Lc 15,1 -32
Provérbios 6.20
Sábado » J o 19.25-27
------------ 99
X <

-
T T T
▼▼T
▼T ▼
▼▼▼
▼T ▼
▼▼T Objetivos
▼▼T
»> CON CEITUAR o que é família;

> EXPLICAR a importância do res­


peito na relação entre pais e filhos;

^ FRISAR que a Igreja começa na


convivência familiar do lar.

E i P ro fe s s o r! P o n to d e P a r tid a
As Escrituras Sagradas apontam C aro(a) professor(a), é m uito co­
com clareza o m od e lo de fam ília mum encontrar adolescentes que sao
instituído por Deus. Infelizmente, em impacientes para com os conselhos
nossos dias, esse conceito tem sido e repreensões de seus pais. Não con­
distorcido por parte de uma sociedade cordar por pensar diferente ou mesmo
humanista, egoísta, antropocêntrica, por não aceitar uma decisão dos pais
isto é, que considera o hom em como é natural que aconteça. Entretanto, o
centro das atenções. Em razão disso, respeito, a obediência, o carinho na
a sociedade tem rejeitado o ensina- form a como falamos com os nossos
mento da Palavra de Deus e prioriza- pais é inegociável. H o n ra r os pais,
do atender suas vontades carnais e independentemente das circunstân­
emocionais. Com o família cristã, que cias, é uma obrigação dos filhos. Nao
preza pelos valores bíblicos, devemos im porta se os pais não são crentes,
rejeitar q u a lq u e r p a rcia lid a d e ou m esm o assim, devemos, como bons
concessão aos valores relativizados cristãos, respeitar e honrar nossos pais.
rrsr

dessa sociedade, que cada vez mais se Abra espaço para uma roda de con­
distancia de Deus. Converse com seus versa e perm ita que os seus alunos
alunos que o nosso papel é m anter o compartilhem como é o relacionamento
compromisso com a doutrina bíblica. entre eles e os seus respectivos pais.
Certamente, a troca de experiencia será
muito proveitosa e edificante.

59
Vamos Descobrir instruções que a composição familiar
seria com posta pela união entre um
Querido(a) aluno(a), a paz do Senhor. homem e uma mulher.
A Bíblia destaca a história de muitas
1.1. Famílias diferentes. Via de regra
famílias que servem de exemplo para
são os pais que criam e educam seus
os crentes dos dias atuais. Por meio do
filhos. Entretanto, sabemos que nem
exemplo delas, aprendem os sobre o
sempre as coisas sucedem dessa m a ­
respeito, am or ao próximo, confiança,
neira. Há muitos pais que se separam
gratidão, cordialidade e cumplicidade
quando as crianças ainda são muito
que deve haver entre os mem bros da
pequenas e, por isso, os filhos são criados
família. Seguindo a linha de estudo do
com a ajuda dos tios ou avós. Em outros
nosso trimestre, veremos que o cristão
casos, a criança nasce e vai morar com
se depara com o maior desafio em seus
pais adotivos.
relacionamentos: o desafio de amar.
1.2. A família é um ambiente de
Hora de Aprender formação. O importante é entender­
Família é um conceito que está em mos que, quando há vínculo de am or

debate em nossa sociedade. Nós temos e compromisso entre os membros de


um a família, o ambiente familiar fica
a Bíblia como nossa regra de fé e prática,
saudável para que os filhos recebam
isto é, a partir dos seus escritos, extraí­
um a boa criação. O caráter de um a
mos orientações sobre como devemos
criança é moldado, primeiramente, em
moldar nossa conduta e estilo de vida. É
a Palavra de Deus e, por isso, sabemos seu lar. Cada pessoa amadurece con­
forme as instruções e apoio da família.
que os seus valores e ensinam entos
são importantes. U m a das lições que
a p re nd e m os na Bíblia é o dever de
A UXÍLIO T E O L Ó G IÇ j^ ^
amar nossa família. É no lar que o nosso
caráter é formado e aprendemos lições “A família ou casa judaica incluía não
importantes sobre respeito e gratidão somente membros imediatos intima­
para com as pessoas. mente ligados por laços de sangue ou
de casamento, mas abrangia tam bém
1.0 QUE É FAMÍLIA escravos, servos contratados, concubi­
Há duas instruções que Deus d e ­ nas e até mesmo estrangeiros. Abraão
clarou a Adão e Eva que nos ajudam circuncidou cada homem de sua casa, de
a entender o conceito de fam ília. A Ismael até os escravos nascidos em sua
primeira instrução está registrada em casa e aqueles que foram comprados
Gênesis 1.28, quando Deus abençoou de estrangeiros (Gn 17.23,27). Note
o casal e disse-lhes: "Tenham muitos com o era extensa a família de Jacó,
e muitos filhos”; e a segunda instrução netos, sem contar as esposas de seus
está em Gênesis 2.24: "o homem deixa filhos (Gn 46.5-7, 26). Os filhos eram
o seu pai e a sua mãe para se unir com grandemente desejados e eram muito
a sua mulher". Fica claro a partir dessas importantes na administração familiar,
cxx
X
especialmente, os meninos (Sl 127.3-5;
128.3; Rt 4.11).
[...] Na nova criação há um novo relacio­ E no lar que o nosso
namento familiar, com um Pai, que está no caráter e formado e
céu (M t 23.9). Um homem pode ter que
renunciar aos seus velhos laços familiares
aprendemos lições
(Lc 14.26,33) ou pode descobrir que seus
inimigos são aqueles da sua própria casa
(M t 10.35,36). O próprio Senhor Jesus que há uma recompensa para os filhos
experimentou esta separação (M c 6.4;
obedientes. Eles terão vida longa e
Jo 7.5) e declarou que seus verdadeiros
próspera (Ef 6.2,3).
irmãos, irmãs e mãe são aqueles que
2.1.0 princípio do respeito na família.
fazem a vontade de Deus (Mc 3.31-35).
Esse princípio de respeito e honra aos
A igreja torna-se a família ou a casa
pais não apareceu do nada. Ele é muito
de Deus (Ef 2.19; 1 Tm 3.15; Hb3.6; 1
antigo, faz parte da lista dos dez m an­
Pe 4.17). Paulo considera Timóteo, Tito
dam entos dado por Deus a Moisés e
e Filemon como seus ‘filhos’, e exorta
ao povo de Israel (Êx 20.12). Depois,
Timóteo a tratar os membros da igreja
vemos no livro de Provérbios como isso
em Éfeso como seus próprios parentes
se tornou importante para a cultura de
(1 Tm 5.1,2). Ele compara os presbíteros
Israel porque são diversos os ditados
aos pais de uma família (1 Tm 3.5), e
que se referem à obediência dos filhos
ele mesm o 'gera' igrejas como um pai
(Pv 1.8; 4.1; 15.20; 20.20; 23.22; 30.17).
(1 Co 4.15; cf. 2 Co 6.13) e lhes dá à
Querido adolescente, de vez em quan­
luz como se fosse uma mãe (Gl 4.19).
do seus pais dizem não para você ou não
Com o povo de Deus, como seus filhos
permitem que você vá a determinados
e filhas, devemos ficar separados e não
lugares. Saiba que a autoridade deles é
tocar em nada imundo (2 Co 6.14-18)"
para a sua proteção. Por mais que você
(Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de
não entenda, eles são mais experientes
Janeiro: CPAD, 2006, pp. 772, 773).
e estão o alertando. Obedecer é melhor
do que sacrificar (1 Sm 15.22).
II. A RESPONSABILIDADE 2.2. Pais devem respeitar seus filhos.
DOS FILHOS E PAIS Saiba também que a Bíblia não trata só
O apóstolo Paulo escreve que os da atitude dos filhos. Ela instrui também
filhos devem obedecer aos pais no aos pais. Estes não devem irritar os
Senhor porque é a coisa certa (Ef 6.1). filhos, para que não desanimem, mas
O que isso quer dizer? Significa que a sim, instruir os filhos no Senhor, ou seja,
base da obediência é Deus. Os filhos “com a disciplina e os ensinamentos
aceitam as orientações de seus pais cristãos” (Ef 6.4; Cl 3.21). A disciplina faz
porque entenderam que esse c o m ­ parte das responsabilidades dos pais.
portam ento é agradável aos olhos do Disciplinar quer dizer corrigir, ajudar a
Senhor. A Palavra de Deus nos mostra ver onde errou para, da próxima vez,
acertar (Pv 3.12; 19.20). O próprio Deus tendem a encurtar a vida. A expressão
disciplina as pessoas porque as ama. 'Para que te vá bem ’ nos traz mais um
Por isso, os pais usam esse recurso em lembrete. Deus nos dá os seus m anda­
m omentos necessários. mentos para o nosso benefício. Quando
Mesmo quando as pessoas se tornam vivemos em harmonia com o que Deus
adultas, elas continuam sendo filhas. O diz ser certo, somos verdadeiramente
respeito entre os membros da família abençoados" (RICHARDS, Lawrence O.
envolve ta m b é m o relacionam ento Comentário Devocionalda Bíblia. Rio
entre os irmãos. O vínculo é especial, de Janeiro: CPAD, 2012, p. 862).
pois além do respeito, inclui tam bém
a amizade e a parceria. Irmãos unidos III. 0 LAR COMO IGREJA
serão amigos para toda a vida.
Somos seres humanos e falhos. Em
algum m om ento, pode ser que haja
algum problem a de com unicação e
II - AUXÍLIO DEV0CI0NAL interação dentro de casa. É quando
o Espírito Santo ilumina cada um da
“‘Honra teu pai e tua m ãe’.
fam ília e traz a reconciliação. Além
Paulo desenvolveu o pensamento de
disso, há os demônios que trabalham
submissão mútua apresentado em Ef
para atrapalhar a harmonia familiar e a
5.21, e aplicou-o aos relacionamentos
adoração a Deus. Por isso, é importante
de marido e mulher nos versículos 22
orar, repreendendo todo ataque do
e23. A subm issão de um filho é ex­
Inimigo. Querido(a) adolescente, não
pressa pela obediência aos seus pais.
deixe de orar pela sua família para que
Poderiam os colocar um a vírgula na
o Senhor Jesus a proteja.
frase, ‘que é o primeiro m andam ento
com promessa'. Psicologicamente este 3.1. A autoridade dos pais vem do
é o prim eiro m and a m e n to que uma Senhor. A família se torna um pequeno
pessoa experimenta: Nós aprendemos grupo que serve a Deus (At 16.31). Essa
a obedecer aos nossos pais muito antes adoração começa no lar e se espalha
de aprendermos a respeito de roubo, para os que estão ao redor. É m aravi­
assassinato ou adultério. Se aprendermos lhoso ver como o am or compartilhado
a obedecer aos nossos pais quando eles por um a família envolve obediência,
tentarem nos educar no Senhor, então engrandece o nome do Senhor e ainda
o resto será muito mais fácil. Se formos abençoa as outras pessoas que estão
rebeldes, todos os outros mandamentos ao redor.
serão mais difíceis, assim como será mais 3.2. A igreja começa em casa. Quan­
difícil sujeitarmo-nos a Deus. do pensamos nessa dimensão da famí­
Não é de se admirar que este manda­ lia, vemos que ela é uma pequena igreja.
mento tenha uma promessa atrelada a Imagine, então, quando as diversas
si. A criança que aprende a responder à famílias que buscam a face de Deus
direção paterna irá evitar os com por­ se reúnem na igreja. Que grande culto
tamentos destrutivos e prejudiciais que é ofertado ao Senhor!
pretende fazer no interior de seus filhos
III - AUXÍLIO TEOLÓGICO queridos, e através de cada um deLes. A
carne considera a Torá como obrigação
“Basicamente, a diferença crítica que
e tem medo, pois o homem sincero sabe
existe entre a época antiga e a nova
que não conseguirá cumpri-la. O espírito
continua a ser o relacionamento. Como
considera a Torá como uma promessa
pecadores, os homens eram escravos
e exclama Abba ('Papai'), exatamente
e a Torá expressava as obrigações que
como um filho cujo pai, ao retornar de
cada pessoa, por ter sido criada, devia ao
uma viagem, lhe trouxe um presente
Criador. Por ser uma pessoa redimida,
muito especial’’ (RICHARDS, Lawrence
o crente é herdeiro, e a Torá expressa
O. Comentário Histórico-Cultural do
as bênçãos prometidas que Deus tem
Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD,
reservado para nós, que somos seus
2007, p. 306).
filhos e filhas.
A pessoa que vive na carne forço-
CONCLUSÃO
samente entenderá a Torá como uma
compilação de deveres a serem cum ­ A Bíblia nos ensina que a base da
pridos e, de alguma forma, entenderá fam ília é o Senhor, pois o a m o r de
que o ser humano merece algum a re­ Deus é que nos sustenta. Que em cada
compensa do Senhor. Mas a pessoa que família seus membros possam crescer
vive no Espírito entenderá a Torá como juntos, am ar de coração, respeitar uns
uma carinhosa explicação do que Deus aos outros e adorar a Deus.

VAMOS PRATICAR

1. Com plete o texto de acordo com a lição:

É no Lar que o nosso caráter é form ado e aprendemos lições importantes


sobre respeito e gratidão para com as pessoas.

2. Responda:

a. Quais foram as duas instruções que Deus deixou a Adão e Eva?


R: A prim eira instrução está registrada em Gênesis 1.28: “Tenham muitos e
muitos f i l h o s e a segunda instrução está em Gênesis 2.24: "o hom em deixa o
seu pai e a sua m ãe para se unir com a sua m ulh e r”.

b. O que é preciso haver em um lar para que o ambiente seja saudável à criação

X dos filhos?
R: Vínculo de am or e compromisso entre os m embros de uma família._________
X
MINHAS IDÉIAS

TTTTT

Pense Nisso
0 livro de Provérbios diz que a cor­
reção do filho pelo pai pode livrá-lo
da m orte (Pv 23.13). Olhando desse
ponto de vista, a disciplina é um a
ferram enta poderosa na form ação
do nosso caráter. Ela ensina como
agir de maneira correta e evitar os
caminhos que trazem prejuízos para
nossa vida.
LEITURA BÍBLICA D e v o c io n a l
Rute 1.15-19;
2 Tim óteo 4.9-18 Segunda » Ê x 3 3 .1 1

Terça » J ó 1 6 . 2 0

- u ---------------------------------- Q u a r t a » P v 12.26

A MENSAGEM Quinta » Lc 1 1 .5 -8
O amigo ama sempre e na desgraça
ele se torna um irmão. Sexta » A t 10.24
----------------------------------------- >
Provérbios 17.17
Sábado » Tg 2 . 2 3 }
X

------------------------------------- » -
K
▼ ▼ ▼

▼▼T
▼ ▼ ▼
▼ T T
Objetivos ▼▼▼
▼▼▼
APONTAR exemplos de amizades
na Bíblia;

DESTACAR os princípios bíblicos


para construir amizades proveitosas;

A P R E S E N TA R o S e n h o r Jesus
como exemplo de amizade verdadeira.

XXX)
E i P ro fe s s o r!
P o n to d e P a r tid a
Ao longo da história bíblica, e n ­
A m ig o (a ) professor(a), durante a
contramos muitos personagens que
adolescência seus alunos conhecerão
desenvolveram amizades e parcerias
novas pessoas e farão novas amizades.
sinceras. Dentre elas podemos citar a
Os grupos sociais que pertencerão não
amizade entre Rute e Noemi, Davi e |
serão mais os mesmos, assim como a
Jônatas, Elias e Eliseu. Mas nenhuma !
form a de se vestir ou falar. Lidar com
amizade é tão maravilhosa quanto a
as amizades nessa fase é um desafio
amizade de Jesus com seus discípulos.
e tanto, pois se não houver vigilância
Ele treinou, ensinou, corrigiu e amou
seus alunos desenvolverão hábitos e
seus discípulos até o fim.
c o m p o rta m e n to s m uito parecidos
Em suas últimas instruções, Jesus os
com os m undanos.
chamou de "amigos", apontando que
Nesse sentido, é seu dever com o
o nível de relacionamento com seus
professorfa) da Escola Dominical alertar
discípulos seria muito mais profundo.
seus alunos sobre o cuidado com as
O Mestre queria que eles sujeitassem
amizades. Isso não significa que eles
suas vidas integralmente a Deus. Dessa
não podem ter contato com pessoas
form a, o próprio Deus os recebería
que não são cristãs, mas devem ter
como filhos. Ensine aos seus alunos que
em mente que Deus os cham ou para
Jesus é o nosso m aior amigo. E com
influenciar, não para ser influenciados.
Ele que aprendemos a forma correta
Ressalte que uma boa amizade é aquela
de como devemos tratar as pessoas.
que nos aproxima de Deus.
a bisavó do rei Davi, ancestraL de Jesus
Vamos Descobrir (Rt 4 .1 3 -2 1 ). Davi ta m b é m teve um
Olá, caro(a) adolescente. Você sabia am igo fiel, Jônatas (1 Sm 18.3; 20.42),
que D eus se im p o rta com as suas que o ajudou a fugir do seu próprio pai,
amizades? E, não som ente isso, mas, Saul, que queria matá-lo.
tam bém , a qualidade dos seus relacio­ 1.2. Jesus amou seus amigos (Jo 11.
namentos é importante porque é uma 28-36). O Mestre sempre tratou seus
maneira de demonstrar o amor de Deus discípulos com o amigos. Entretanto,
na sua vida. A amizade é um assunto em alguns mom entos, os repreendeu
que faz parte da existência hum ana. para que eles pudessem aprender e
Na Bíblia, tem os vários exemplos de amadurecer (Mc 4.35-41). Isso significa
am izades que surgiram em tem pos que nós tam bém podemos passar por
difíceis. Nesta lição, vamos observar e essa experiência. Se for a hora de ouvir
extrair preciosas lições sobre o assunto. algo duro, que tenhamos a humildade
de escutar e examinar a lição. Mas, se
Hora de Aprender for ao contrário, a hora de falar algo
A Bíblia conta histórias de amigos que duro, sejamos sábios na escolha das
foram bons e alguns que decepcionaram. palavras. Em Provérbios 15.23 está
O livro de Provérbios, especificamente, escrito: “Saber dar uma resposta é uma
traz muitas dicas sobre amizades. São alegria; como é boa a palavra certa na
frases curtas com ensinamentos práticos hora certa!”. Assim, ajudaremos e não
sobre como escolher boas companhias ofenderemos nosso amigo.
e se afastar daquelas que são ruins e No Novo Te sta m e n to , vem os que
podem nos fazer m al. Na Palavra de Paulo teve colegas e amigos. O Apóstolo
Deus, então, podem os pensar sobre era bom em construir relacionamentos.
como valorizamos as nossas amizades. Além de desenvolver amizades, formou
líderes. Alguns amigos estiveram ao seu
I. AS AMIZADES BÍBLICAS lado até o fim, como Tim óteo e Lucas.
Nas Escrituras Sagradas, podem os O utro s o a b a n d o n a ra m , m as Paulo
encontrar vários exemplos de am iza­ aprendeu a lidar com a situação porque
des que foram significativas para o Deus o sustentou (2 Tm 4.9-11).
cumprimento das promessas de Deus.
1.1. Exemplos de amizades no Antigo I-AU X ÍLIO TEOLÓGICO
Testamento. No Primeiro Livro de Sa­
muel, conhecemos a história de Rute e “Amigo, Amizade. Duas palavras do
Noemi. Rute não era apenas nora, mas, Antigo Testamento, a hebraica rea‘ (e
também, amiga de Noemi. No momento seus derivativos), ‘amigo’, Vizinho', com­
de dificuldade, ela ficou ao lado de sua panheiro’; e 'oheb (particípio de 'ahab,
sogra (Rt 1.16,17). A amizade e o com ­ am ar’), amante’, 'amigo querido’; e duas
prometimento entre as duas garantiram palavras do Novo Testamento, a grega
a sobrevivência e o futuro delas. Rute foi hetairos, companheiro', ‘vizinho’, ‘amigo’;
e phiios, am igo querido', referem-se a Às vezes, você fica sem anas ou, até
companheiros e amigos íntimos. Dessa mesmo, meses sem conversar com ele,
forma, tanto o Antigo quanto o Novo mas quando se encontram, parece que
Testamento têm palavras tanto para um não se viam há pouco tempo. O amigo
simples amigo, como para um am igo é mais próximo do que o colega, pois
profundamente afeiçoado. a conversa é mais profunda. A Bíblia
A Bíblia fala de dois tipos de amizades: fala que “o am igo quer o nosso bem,
1. Entre um homem e Deus, como no caso mesmo quando nos fere; mas, quando
de Abraão (2 Cr 20.7; Is 41.8; Tg 2.23) e um inimigo abraçar você, tome cuidado!’’
Moisés (Ex 33.11); 2. Entre um homem e (Pv 27.6). O verdadeiro amigo não fala
outro homem, como a amizade entre Davi as coisas para agradar, m as diz a dura
e Husai (2 Sm 15.37; 16.16), entre Elias e verdade para ajudar.
Eliseu (2 Rs 2), e entre Davi e Jônatas, que 2.2. Não fomos criados para viver
é o caso mais famoso de amizade nas
isolados. Com o seres hum anos, não
Escrituras, no qual havia um am or que
fom os criados por D eus para ficar
era ‘mais maravilhoso... do que o amor das
isolados. Por isso, é natural que você
mulheres’ (1 Sm 18.1; 2 Sm 1.26). Há um
queira estar perto daquelas pessoas
exemplo extraordinário de amizade entre
com quem se identifica. Então, reco­
mulheres, isto é, a amizade de Rute com
nhecer as afinidades, ou seja, aquilo
a sua sogra Noemi (Rt 1.16-18).
que se tem em com um , é o início para
Salom ão falou m uitas palavras de desenvolver a amizade. É im portante
sabedoria sobre a amizade, tais como: construir amizades saudáveis. Provérbios
'Em todo o tem po am a o a m ig o ’ (Pv 13.20 ensina que “quem anda com os
17.17); ‘Fiéis são as feridas feitas pelo sábios será sábio, mas quem anda com
que a m a ' (Pv 27.6); ‘há a m igo mais os tolos acabará m al”.
chegado do que um irm ão’ (Pv 18.24); Assim, devemos ter cuidado com quem
e 'N ão acom p a n h es o iracundo' (Pv andamos para vivermos bem. Numa ami­
22.24)" (Dicionário Bíblico Wycliffe. zade proveitosa, ”as pessoas aprendem
Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 91). umas com as outras, assim como o ferro
afia o próprio ferro” (Pv 27.17). Amigos se
II. CONSTRUINDO AMIZADES desenvolvem juntos, um ajuda o outro
Qual a diferença entre colega e am i­ na caminhada com conselhos, broncas,
go? Colega é aquela pessoa que fre­ apoio e amor.
quenta o m esm o local que você, por
exem plo: estuda na m e sm a escola,
trabalha no mesmo local, pega o ônibus
no mesm o horário. Já com os amigos, “Aprendendo enquanto nos tornamos;'
com partilham os experiências. Os adolescentes no estudo bíblico estão
2.1. Demonstração de afeto e a fi­paulatinamente se tornando pessoas
nidade. O amigo não necessariamente de fé, que é uma jornada de santidade
frequenta o m e sm o local que você. de duração permanente. Participar no
estudo bíblico e na oração dá a eles a somos convidados a aprofundar o nosso
oportunidade de tornar a fé significati­ relacionamento com Ele.
va e de experimentar o pertencimento 3.1. Jesus deu a vida pelos seus
quando cada adolescente contribui. Tudo amigos. Nosso Senhor disse que "nin­
isso forma a maneira como eles veem guém tem mais am or pelos seus am i­
a si mesmos e o mundo fora do estudo gos do que aquele que dá a sua vida
bíblico. [...] Quando reconhecem o papel por eles” (Jo 15.13). Jesus deu a vida
que a aprendizagem desempenha no pelos discípulos e, ta m b é m , por nós.
tornar-se, os que ensinam reconhecem Na verdade, por toda a humanidade!
que influenciam a identidade, visão e E ainda mais, acrescentou que: “vocês
percepções de si mesmos e dos outros. são meus am igos se fazem o que eu
Os professores ajudam a form ar pes­ mando" (Jol5.14). Que privilégio temos
soas. A fé form a quem a pessoa está de ser cham ados de am igo de Cristo.
gradativam ente se tornando, quando Deus espera que sejamos obedientes
a fé funciona nas pessoas, fazendo com e fiéis a essa amizade.
que busquem e entendam a vontade de 3.2. Lealdade aos nossos amigos.
Deus para o mundo, bem como a res­ A falta de lealdade e companheirismo
ponsabilidade que têm de promovê-la. entre os irmãos têm causado muitos
Isso, porém, não acontece e nem pode males para a com unhão da igreja. O
acontecer isoladamente. Com o seres apóstolo Paulo orienta aosfilipensesque
sociais, é o envolvimento de um com não devemos priorizar as nossas vonta­
os outros e de Deus como o Outro, que des e ambições, mas sim fazer o que é
permite que as pessoas to rnem -se e proveitoso para os nossos irmãos porque
amadureçam como seguidores de Cristo. isso é agradável ao Senhor (Fl 2.1-4).
Tanto a pessoa quanto o grupo estão
concomitantemente se tornando quando
eles fazem uma atividade juntos. Este
£ ^ÍÍh A U X ÍL lO TEOLÓGICfl^
paradigma opõe-se ao isolamento do
“Jesus reiterou o que chamou de ‘novo
indivíduo e acolhe o encontro ativo com
mandamento’ (Jo 13.34): Que vos ameis
os outros” (LINHART, Terry. Ensinando
uns aos outros, assim como eu vos amei
as Próximas Gerações. Rio de Janeiro:
(v. 12). M as agora, mais próxim a da
CPAD, 2018, pp. 135,136).
sombra da cruz, Ele apresenta um outro
tema com frequência recorrente: a sua
III. JESUS DEU A VIDA m orte voluntária pelos homens (6.51;
PELOS AMIGOS 10.17,18; 12.24,25), a prova suprema de
Jesus cham ou os seus discípulos de seu amor. Ninguém tem maior am or do
am igos e disse que essa intim idade que este: de dar alguém a sua vida pelos
é o resultado da obediência aos seus seus amigos (v. 13). O que Jesus estava
ensinam entos. Essa m esm a relação prestes a fazer por todos os hom ens
de confiança perm anece até os dias (morrer na cruz), Ele estava fazendo por
atuais. Nós, como discípulos do Senhor, seus amigos, os discípulos. Vós sereis
meus amigos, Ele disse, se fizerdes o que Bíblico Beacon; João -A tos. Vol. 7 Rio
eu vos mando (v. 14). A palavra am igo’ de Janeiro: CPAD, p. 129).
tem um significado especial. Abraão
‘foi cham ado am igo de Deus' (cf. 2 Cr CONCLUSÃO
20.7; Is 41.8; Tg 2.23). A palavra aqui A Bíblia nos ensina a im portância
enfatiza a intimidade do a m o r’. Este de ter colegas e amigos. Por meio dos
relacionam ento de am izade não é o nossos relacionamentos, aperfeiçoamos
de um servo (lit. escravo’), porque este nossa personalidade, abençoamos as
não sabe o que faz o seu senhor. Mas outras pessoas e, com isso, glorificamos
os amigos, os discípulos, sabem: porque ao nome de Cristo. Foi Jesus que nos
tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho deixou o exemplo do amor que devemos
feito conhecer (v. 1 5 )” (Com entário ter pelos amigos: dar a vida por eles.

VAMOS PRATICAR
1. Q ue rid o(a) adolescente, que critérios você te m usado para selecionar e
desenvolver suas amizades? Você tem sido bom colega ou am igo? Pode dizer
que são relacionam entos de bênçãos? Expresse a sua opinião:
R: Resposta pessoal. _____________________________________________

2. Ligue os nomes dos amigos:


Rute Hum anidade

Davi Tim óteo

Paulo Jônatas

Jesus Noemi

Pense Nisso
Podemos com parar o cuidado de
um a a m iza d e com um a sem ente
que é plantada e precisa ser regada
e adubada com frequência. Essa dedi­
cação é o que sustenta o crescimento
e garante a sobrevivência e a beleza
da planta. Da mesma forma acontece
com a amizade, como qualquer rela­
cionamento, exige atenção especial.

70
0 AMOR PELAS PALAVRAS

LEITURA BÍBLICA
Tiago 1.3-12
D e v o c io n a l
Segunda » Gn 2.1- 3

Terça » Nm 6.22-24

- u A MENSAGEM -------------------------------------- Q u a rta » Pv 25.11

O que você diz pode salvar ou destruir Quinta » T g 1 .19


uma vida; portanto, use bem as suas
Sexta » Mt 24 0
palavras e você será recompensado. >
Provérbios 18.21 Sábado » Cl 4.6 >
X <

----------------------------------- n -
Objetivos
APON TAR que a falta de cuidado
com as palavras traz problemas;

ESCLARECER que as palavras


são o resultado das motivações do
coração;

ASSINALAR quanto à importância


do uso sábio das palavras.

xxxx
Ei Professor!
Ponto de Partida
Saber se comunicar é um a habili­
dade que os seus alunos precisarão A Bíblia ressalta a importância do
aprender durante a vida. Seja na igreja cuidado com a língua. Há alguns pecados
para fazer a obra de Deus ou mesmo cometidos por conta do m al uso das
no m eio secular para se destacar palavras. Dentre eles, podemos citar a
profissionalmente, eles precisarão mentira, a calúnia, a fofoca, a grosseria
aprender a falar corretamente e quan­ e a falta de educação. Inicie a aula
conversando com seus alunos sobre os
do falar.
Salomão, por exemplo, pediu a Deus prejuízos desse tipo de comportamento.
sabedoria para saber entrar e sair no Q ue m apresenta esses com po rta­
meio do seu povo. Ele precisava de mentos, certamente, se prejudica na
sabedoria para consolidar o Reino que relação com o próximo. Q uem é que
o seu pai havia construído pelas mãos quer ficar perto de alguém que só vive
de Deus. Sua oração foi ouvida e ele falando m al dos outros? Que empresa
recebeu a sabedoria divina. contratará uma pessoa que preserva
Tia go ratifica que quem não tem o m al hábito da mentira ou da fofoca?
sabedoria deve pedir a Deus, que dá E quem é que vai convidar para uma
de boa vontade, sem arrependimento. cerimônia alguém que só vive tratando
Nesta lição, mostre aos seus alunos as pessoas com grosseria? Reflita com
que a sabedoria com as palavras é um seus alunos que a conduta do cristão
hábito que precisa ser desenvolvido. deve ser exemplar e isso inclui o cuidado
com as palavras.
XX
paração séria da língua com o fogo. De
Vamos Descobrir que maneira? Ele escreve que basta um
A Palavra de Deus traz algumas ins­ pequena chama para incendiartoda uma
truções concernentes ao cuidado com as floresta (Tg 3.5), ou seja, uma palavra
palavras. A mentira, a fofoca, a calúnia e a dita de maneira ou na hora errada pode
grosseria são exemplos de equívocos ou arruinar a vida de uma pessoa ou uma
desproporcionalidade no uso das palavras. situação. Além disso, ele acrescenta que
Nesta lição, veremos que, seja qual for a esse fogo é enviado pelo Inferno (Tg 3.6).
situação, trata-se de um problema relacio­ Tiago repete aquilo que aprendemos em
nado a escolha das palavras. Precisamos Gênesis 1.26, quando Deus criou o homem
pensar na forma como comunicamos as e a mulher, deu para eles o domínio de
idéias e avaliar a maneira como tratamos toda a criação. Mas Tiago vai além e co­
o próximo. Como crentes em Jesus, somos menta que, apesar de tanto poder sobre
chamados a abençoar as pessoas e não a natureza e os animais, o ser humano
para sermos causadores de confusão. não é capaz de controlar este membro
do próprio corpo: a língua (Tg 3.8).
Hora de Aprender 1.2. A motivação por trás das pala­
A com unicação é um a das form as vras. O ensino de Tiago sobre o cuidado
básicas de interação entre as pessoas. com as palavras não está restrito ao
O tem po todo fazemos uso das pala­ passado. Ele é extremamente atual e
vras, de forma falada ou escrita, para muito presente nas nossas relações com
transmitirmos uma mensagem. Várias as pessoas no dia a dia. A comunicação
passagens bíblicas, tanto no Antigo continua tendo efeitos prejudiciais para
quanto no Novo Testam ento, tratam as relações, assim como era nos tempos
do assunto da língua, ou m elhor, do bíblicos. A motivação, seja boa ou ruim
uso correto das palavras que devem por trás das palavras, influencia na
ser pensadas antes de serem ditas. forma como as palavras são expressas.
Por essa razão é tão importante termos
1.0 PERIGO DA LÍNGUA o cuidado com as nossas palavras.
A Carta de Tiago destaca com o as
ações do cristão implicam na relação
com a pessoas. Vários temas são tratados
nesta Carta, porém, vamos nos ater sobre “A Carta de Tiago tem mais o floreado
o cuidado com a língua. Tiago ressalta e o sabor retórico de um sermão do que
que o crente deve tom ar cuidado com um a linguagem repleta das nuanças
o que fala. O perigo está no fato de que disciplinares de um ensaio teológico.
a língua é um pequeno órgão do corpo Portanto, a despeito de imagens extre­
humano, mas com grande poder de criar mamente negativas (como por exemplo,
ou destruir a vida (Pv 18.21). e inflamada pelo inferno’, v. 6), ele não
1.1. 0 risco de uma palavra dita deacredita que o discurso humano seja um
forma equivocada. Tiago faz uma com­ mal irremediável, pois manifesta, muitas
vezes, os desejos permanentemente ins­ e não devem fazer parte da conversa
táveis existentes em uma pessoa (capazes de quem serve a Deus.
de proferir ‘bênção ou maldição’, v. 10). Por 2.1. As palavras perversas vêm
esse motivo, o discurso pode ser particu­ da maldade do coração. Jesus disse
larmente pernicioso e incansavelmente
certa vez que “é do coração que vêm
mau (v. 8). [_] A razão pela qual o discurso
os m aus pensamentos, os crimes de
humano pode ser destrutivo, tanto para o morte, os adultérios, as imoralidades
indivíduo (pois contamina todo o corpo’) sexuais, os roubos, as m entiras e as
como para os membros da comunidade
calúnias" (M t 15.19). O que isso signi­
(pois 'inflama o curso da natureza’, v. 6), e
fica? Q uando alguém xinga ou mente,
tão especialmente difícil de controlar (w.
está simplesmente refletindo algo que
7,8), é que seu mal é incansável (no grego, está dentro dele. Então, é cuidando dos
akatastos, a mesma palavra traduzida
pensamentos e os entregando a Deus
como ‘inconstante’ em 1.8). Sendo uma
que filtramos aquilo que expressamos
manifestação dos desejos de uma pessoa
com nosso corpo e nossas palavras.
‘instável’, divididos entre o bem e o mal,
2.2. As virtudes do Espírito superam
aqueles que a cercam não conseguem
imaginar o que esperar de seu discurso.
a natureza humana, o apóstolo Paulo
ensina que “as pessoas que pertencem
Será que louvará a nosso 'Deus e Pai’
a Cristo Jesus crucificaram a natureza
ou será que amaldiçoará ‘os homens,
humana delas,junto com todas as paixões
feitos à semelhança de Deus’ (v. 9)? Desse
e desejos dessa natureza” (Gl 5.24). Por
modo, pode destruir a pessoa enquanto
isso, quem segue a Jesus não é dom i­
a divisão permanecer dentro dela. Ele
nado pelos costumes ruins porque seu
envenena (v. 8) a comunidade tornando
coração é dirigido pelo Senhor. Deus
as pessoas temerosas de confiar e de se
produz as virtudes do Fruto do Espírito
abrir conosco, pois não sabem se irão
na vida do crente, então, o a m o r e o
receber instrução e apoio (Tg 5.13-20) ou
domínio próprio substituem atitudes de
se serão feridas pela 'maldição' e pelojuízo
raiva e outras coisas ruins (Gl 5.19-23).
(Tg 4.11,12; cf 1.5-8)’’ (ARRINGTON, French
As palavras do crente devem abençoar
L; STRONSTAD, Roger (Eds). Comentário
as pessoas e não amaldiçoá-las. Deus
Bíblico Pentecostal- Novo Testamento:
chamou Abraão para que ele fosse uma
Romanos-Apocalipse. VoL 2. Rio de Ja ­
bênção (Gn 12.2). Tiago nos alerta para
neiro: CPAD, 2003, pp. 874,875).
que nossas palavras sejam para desejar
o bem e não o m al (Tg 3.10).
II. AS PALAVRAS QUE ABENÇOAM
Com o crentes que servem a Jesus,
d e ve m o s a te n ta r à m a n e ira co m o ^ / / - AUXÍLIO D E V O C i m ^ ^
respo ndem os às pessoas e ao to m
dos com entários que fazem os. Sem “Aquele que controla suas palavras
esquecer que fofoca, calúnia e mentira pode refrear (guiar ou controlar) toda
também são produzidas pelas palavras a sua conduta. Isso provavelmente não
é um term o literal porque um homem dá direito de escrever ou gravar áudios
poderio m anter sua fala sob controle de qualquer forma.
e mesmo assim pecar de outra forma. 3.1. A sabedoria no uso das palavras.
Tiago está usando um tipo de provérbio Os filhos e as filhas de Deus devem ser
— uma generalização para enfatizar o luz no mundo das trevas (M t 5.14-16). O
lugar-chave da fala na vida cristã. Ela é mesmo deve ser considerado tam bém
comparável à afirmação de Jesus: ‘Por­ quando fazemos uso das redes sociais.
que por tuas palavras serás justificados O agravante da interação digital é que
e por tuas palavras será condenado’ (Mt muitas publicações ferem a imagem de
12.37). O que Tiago quer dizer com varão uma pessoa e tornam a ofensa pública.
[...] perfeito? O adjetivo perfeito (teleios) Por isso, deve-se m anter o respeito e
normalmente refere-se ao propósito ou se co m un icar de m aneira educada,
função do substantivo modificado. Nesse mesmo quando se discorda da posição
contexto, poderia significar: aqueles que da outra pessoa.
alcançam plenamente o seu elevado
3 .2 .0 exercício no uso correto das
cha m a d o’. O cristão que é cristão no
palavras. O livro de Provérbios nos
seu falar está agradando plenamente a
incentiva a usar as palavras com sa­
Deus. Ele é varão [...] perfeito, no sentido
bedoria. Um a resposta respeitosa evita
que Jesus ordenou aos seus discípulos a
maiores conflitos e acalma confusões
usar um falar franco e direto (M t 5.37)
(Pv 15.1,23). Às vezes, a m elhor coisa
e então acrescentou: 'Sede vós, pois,
a se fazer é ficar em silêncio (Pv 17.27).
perfeitos, com é perfeito o vosso Pai,
Não se fala sem pensar, ainda mais
que está nos céus’ (M t 5.48). À luz dessa
quando se escreve e tem tem po para
verdade um cristão apenas pode se unir
elaborar a resposta. Devemos seguir a
à oração do salmista: ‘Sejam agradáveis
orientação bíblica para ser sábio e pon­
as palavras da minha boca e a medita­
derarmos nossas palavras (Pv 26.4-5).
ção do meu coração perante a tua face,
Ap lique o seu coração a exercitar o
Senhor, rocha minha e libertador meu!'
cuidado com as palavras.
(Sl 19.14)” (Comentário Bíblico Beacon:
Hebreus a Apocalipse. Vol. 10. Rio de
Janeiro: CPAD, 2006, p. 174).
AUXÍLIO DIDÁTICO
III. AS PALAVRAS DE SABEDORIA "A palavra comunicar significa tornar
São muitas as reclamações de que a lg u m a inform ação co m u m a duas
relacionamentos de amigos e famílias pessoas. Quando uma pessoa transmite
estão sendo prejudicados por conta o pedido 'Dê-m e um refrigerante', sabe­
de xingam entos e insultos nas redes mos que ela se comunicou eficazmente
sociais. É justam ente disso que Tiago quando o indivíduo com quem ela estava
fala ao nos alertar sobre o controle da falando lhe dá um refrigerante. Tanto a
língua. Estar diante de uma tela, sem pessoa que fala (a pessoa que codifica
olhar nos olhos da outra pessoa, não a m e n sa g e m em pa la vras) com o a
XX
que ouve (a pessoa que decodifica a tão ensinando a Palavra de Deus, devem
m ensagem ) entendem a mensagem. escolher as palavras que transmitam,
O professor deve se comunicar com o corretamente, a mensagem de Deus à
aluno. Deve ensinar a lição (codificá-la classe; 2. Saber quais palavras os alunos
em palavras). Mas a comunicação não usam, normalmente. Isso que dizer que
é uma via de m ão única do professor os professores devem entender os seus
para o aluno. Na sala de aula, há a alunos, os termos que usam e os motivos
informação de resposta. O aluno deve por que os usam [...]" (TOW NS, Elmer L.
reagir. O professor deve usar as palavras Enciclopédia da Escola Dominical. Rio
usadas pelo aluno. Q uando ambos se de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 162,163).
entendem, acontece a comunicação.
[...] Os professores têm muitas escolhas,
no uso da linguagem. Eles não podem CONCLUSÃO
usar qualquer palavra, mas uma palavra Tenha amor pelas suas palavras. Mes­
apropriada. Além disso, não podem usar m o na adolescência é preciso prestar
todas as palavras à sua disposição; eles atenção na maneira de se comunicar.
devem seguir certas regras na escolha Palavras ruins com o ofensas não fa­
da palavra, e devem, ainda: 1. Conhecer a zem parte do vocabulário de quem é
mensagem a ser transmitida. Quando es­ habitação do Espírito Santo.

VAMOS PRATICAR
1. Responda:

a. De que forma as palavras podem prejudicar a vida de alguém?


R: U m a palavra dita de maneira equivocada ou m esm o a mentira ou a calúnia
sobre alguém.

b. De que form a você tem se esforçado para pronunciar palavras de bênçãos


sobre a vida das pessoas?
R: Resposta pessoal._________________________________________________________

2. Escolha a alternativa correta. C o m o devem ser as palavras do cristão?

a) De bênção ( X )

b) De bênção e maldição ( )

c) De sabedoria ( X )

3. Escreva a lg u m a s m a n e ira s que você pode usar as redes sociais pare


abençoar as pessoas.
R: Resposta pessoal.___________________________________________________
A À A A A A Á Á A Â A A Á A A A A A A A A A A A A A A A A A
á á A Á A A A Á A _ Â A A A â. *_ a í . * . ' * â. A

MINHAS IDÉIAS

------------------------ —
0 AMOR QUE VENCE O MAL

LEITURA BÍBLICA
Mateus 5.43-48
D e v o c io n a l
Segunda » R m 1 2 .2 1

T e r ç a » SL 5 7 . 1 - 3
-u Q u a rta » P v 2 .9 -1 5
A MENSAGEM
Se o seu inimigo estiver com fome,
dê comida a ele; se estiver < Quinta » M t 1 1 .2 8 -3 0

com sede, dê água. Sexta » R m 1 3 .8


X
Provérbios 25.21
Sábado » 1 P e 3.9 X
99 -
XX
a X
▼ ▼▼
▼▼▼
▼▼▼
▼▼▼
▼▼▼
T ▼▼ Objetivos
▼ ▼▼
^ > RESSALTAR que o a m o r é um a
característica daqueles que pertencem
ao Reino de Deus;

> ADVERTIR que as perseguições


fazem parte da vida do cristão;

^ INDICAR que o cristão é chamado


para ser pacificador de conflitos.

E i P ro fe s s o r!
Na aula desta semana o assunto a P o n to d e P a r tid a
ser estudado é o am or que vence o A m ig o (a) professor(a), nesta aula
mal. O Senhor Jesus ensinou aos seus
seus alunos refletirão sobre lidar com
discípulos que eles deveriam praticar
as ofensas e perseguições. Para vencer
o bem em contraste ao pensamento
o m a l o adolescente crente precisa
m u n d a n o que visa a vin g a nça . O
entender que, muitas vezes, o que im ­
apóstolo Paulo ta m b é m disse que
porta não é a ação, mas sim a reação.
não devemos nos deixar vencer pelo
Lidar com as emoções e não se deixar
m al, m as vencer o m al com o bem.
levar pela raiva é uma forma de vencer
O co m pro m isso do cristão com o
o mal. A Palavra de Deus ensina que o
bem deve ser mantido com base no
servo de Deus deve estar pronto para
re la cio n a m e n to com Deus. C o m o
ouvir, tardio para falar e para ficar com
cristãos, não fazemos o bem porque
raiva (Tg 1.19).
somos bons, e sim porque entendemos Converse com os seus adolescentes
que fomos perdoados sem merecer.
sobre a form a como eles reagem às
Logo, se o am or de Deus nos alcançou provocações e perseguições. A bra
e perdoou, quem somos nós para não espaço para perguntas e m ostre-os
perdoar aqueles que nos fazem o mal?
que o Espírito Santo nos capacita a
Mostre aos seus alunos com esta
j produzir as virtudes do Fruto do Espírito.
lição que o a m o r que vence o m a l
é um a marca do verdadeiro cristão.

79
Vamos Descobrir visão bíblica é coisa muito séria. Como é
possível seguir essa orientação? Tendo
Você já passou por uma situação em Jesus como o centro da nossa vida. Porque
que um a pessoa não faz outra coisa a fonte do nosso am or é Deus, não vem
a não ser lhe im p ortu na r e lhe fazer de nossas próprias forças (Mt 5.48). Jesus
m a l? E q u a n d o a lgu é m decide que explica à multidão e aos discípulos que
não quer mais olhar para você? Q ual am ar quem nos ama não é problema,
é a primeira vontade de reagir nesses isso qualquer pessoa faz. Difícil é tratar
casos? Parece que o mais apropriado bem quem lhe faz mal. Agora, quem é
é retribuir na m esm a moeda, não?! A fiel e busca viver de acordo com as regras
Bíblia tem uma lógica contrária, é a de divinas, Deus reconhece esse esforço de
pagar o m al com o bem. tentar agir corretamente e dá ao seu
servo a recompensa (M t 5.46).
Hora de Aprender 1.2. Um amor na contramão do mundo.
Já vimos em outras lições que o pecado Interessante observar que Jesus começa
atrapalha nossa vida com Deus e nosso seu ensino citando um ditado popular
relacionamento com as outras pessoas. A "Ame os seus amigos e odeie os seus
consequência é sofrimento e destruição. inimigos" (M t 5.43) e deixa bem claro
Quando temos um encontro com Jesus, que ele está errado. Em outras palavras,
a graça divina extrapola o pecado (Rm Ele diz que “a voz do povo não é a voz
5.20). Dessa form a, a maneira como de Deus”. A prendem os com isso que
lidamos com aquelas pessoas que nos nem sempre o que todo m undo diz ou
fazem mal deve seguir a regra do Reino faz está certo. É preciso avaliar o que se
de Deus e não as paixões humanas. fala por aí com base no que a Palavra
de Deus ensina. Querido(a) adolescente,
I. AMANDO 0 INIMIGO existe alguém que tem incomodado sua
Certo dia, Jesus ensinava seus discí­ vida e seus planos? Ore por essa pessoa
pulos e uma multidão se juntou a eles,. para que Deus a abençoe.
Por isso, subiu ao monte para que de lá
todos pudessem ouvi-lo (M t 5.1). Jesus
falou sobre as características daqueles I - AUXÍLIO DIDÁTICO
que pertencem ao Reino do Céu. Um a
“Os adultos exigem e impõem respeito.
delas é am ar os inimigos. Como? Isso
As crianças precisam do respeito e da
mesmo, se você serve a Jesus e pertence
compreensão de todos, visto que são
ao seu Reino, então, você se sacrifica por
frágeis e dependentes. Os adolescentes
aquela pessoa que não gosta de você
estão na situação intermediária. Eles
ou se opõe ao que você faz.
querem ser respeitados e sentem que
1.1. Orar pelos que nos perseguem. precisam conquistar isso frente aos
Jesus diz que devemos am ar e orar por adultos e frente aos seus páreos. Em
essas pessoas (Mt 5.44). Como você pode depoimento pessoal, o psicólogo Allan
perceber, falar do amor de acordo com a M oraes ponderou sobre esse tem a,
XX
destacando o seguinte: ‘Respeito todos de perseguição e angústia: Salm os
merecem, e para os adolescentes, que 35, 57, 69 e 109. Sabe qual o segredo
são pré-adultos, é de imensa importân­ de Davi? Ele nunca deixou de louvar a
cia que sejam (e realmente se sintam) Deus e entregar a situação ao Senhor
respeitados pelos pais principalmente. em oração e confiou que Ele cuidaria de
Por se tratar de um momento em que há tudo. Foi justa mente o que aconteceu,
grande necessidade de organização da quando Saul m orreu num a batalha,
personalidade para ser tornarem adultos, Davi foi coroado rei no lugar dele.
os pais e demais adultos de influência 2.2. Apóstolo Paulo, exemplo de amor.
são os mais importantes para promover O apóstolo Paulo seguiu o exemplo de
o estímulo das habilidades, capacidades Davi, obedeceu à instrução de Jesus sobre
e resiliência destes jovens. Bem certo am ar os inimigos e ensinou a igreja de
que, por se tratar de uma fase com in­ Roma a fazer o mesmo (Rm 12.17-21).
consistências e relativa inconsequência A maneira correta de o crente viver é
(dentre outros impulsos), tem que ser buscar a paz com todas as pessoas e,
uma liberdade em parte controlada: sem quando algo estiver errado, o próprio
ser ditadora ou invasiva aosjovens, e, ao Deus se ocupará de resolver o problema.
mesmo tempo, sem ser extremamente Q uando uma pessoa age com m al­
liberal ou desassistida". Líderes precisam dade para prejudicar o próximo, isso
lembrar que respeito não é mimo, é bási­ não ocorre em razão do que o outro fez
co. Aliás, respeito nem é opcional" (VAZ, contra ela, e sim porque a pessoa tem
Flavianne. Liderando Adolescentes. Rio um dilema dentro de si. Veja o caso de
de Janeiro: CPAD, 2019, pp. 53,54). Davi, Saul o perseguia porque se sentia
um rei fraco e não porque Davi tinha
II. PASSANDO PELAS feito algo contra ele (1 Sm 18.6-9).
PERSEGUIÇÕES
A Bíblia nos conta de um homem que
sofreu perseguições de seus inimigos: Davi.
Saul perseguiu Davi injustamente (1 Sm “Quando as pessoas agem errado co­
18.5-15; 19.1) porque estava com ciúmes nosco, nunca devemos tornar mal por mal,
da sua popularidade entre os soldados por mais que possamos querer fazê-lo (veja
e as pessoas do reino. Certo dia, quando 1 Pe 3.9). Antes, devemos fazer as coisas
teve a oportunidade de m atá-lo, Davi de tal modo que todos possam ver que
poupou a vida do rei Saul (1 Sm 24.2- somos pessoas honradas (1 Pe 2.1,12). O
16). Davi poderia ter dado fim ao seu padrão de comportamento de Paulo não
sofrimento, mas não retribuiu a maldade era o consenso, mas a santidade. O que
com maldade, e sim com respeito. ele defende aqui é que o comportamento
2.1. Davi aprendeu a suportar per­dos crentes deve ser de tal maneira que
seguições. Para você ter uma ideia do ninguém possa acusá-los, de forma justa
que Davi sentia, leia alguns salm os e verdadeira, de que estejam fazendo algo
que ele escreveu nesses m o m ento s errado. Cometer o mesmo mal que foi feito
contra nós nos torna iguais àqueles que também têm a opção de trabalhar para
nos ofenderam a princípio. lidar com os conflitos internacionais
Paulo aconselha o crente a m anter entre dois países ou entre empresas.
relações pacíficas, o quanto for possível, Imagine se é um crente em Jesus que
com seus vizinhos e associados des­ ocupa essa posição? O quanto do amor
crentes. Em um mundo perfeito, todos de Deus ele não poderá com partilhar
podem viverjuntos pacificamente; mas, com aqueles envolvidos no confronto!
na realidade isso é impossível em nosso 3.2. Vivendo em harmonia com todos.
mundo imperfeito. Entretanto, os crentes, A Bíblia instrui que devemos buscar a paz
sendo o sal da terra, devem se esforçar com todos e nos esforçarmos para viver
para ter paz com todos e não ser a uma vida completamente dedicada ao
causa de dissensões. Eles devem fazer o
Senhor, pois sem santificação ninguém
possível para promovera reconciliação. verá o Senhor (Hb 12.14). Essa deve ser a
[...] Não ceda ao seu desejo de se vin­ nossa postura enquanto cristãos. Deus nos
gar ou de retaliar com o mal, mas tome
chama para nos comportarmos diferente
uma atitude positiva. Paulo faz um lon­ da maneira como o mundo se comporta.
go retorno a esse ponto no versículo 9.
Aborrecer o m a l é vencer fazendo o
bem. Quando perseveramos em nossa III - AUXILIO TE0L0GIC0
vida nessas coisas que são boas e em
Deus, estamos vencendo o mal. Tudo “Como se dá em algumas das outras
isso será conseguido à m edida que bem-aventuranças, o conceito ocidental
permitamos que Deus crie em nós um não se ajusta com as palavras que Jesus
a m o r sincero" (Comentário do Novo usa. Nossa palavra ‘paz’ é paralelo lamen­
Testamento Aplicação Pessoal. VoL 2. tável ao que Jesus quis dizer. Definimos
Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 80). a paz como o estado oposto à guerra e
a pacificação, como o ato de pôr de lado

III. 0 CHAMADO PARA SER um conflito pela trégua — conceito que


também se ajusta ao uso do grego clássico
PACIFICADOR
da palavra. A palavra hebraica shalon ex­
As pessoas que seguem a Jesus são
pressa melhor o intento de Jesus. Shalom
chamadas para agir com bondade em
é um estado de inteireza, integridade, nos
todo o tempo, mesm o em relação aos
indivíduos ou nações, incluindo segurança,
seus inimigos. O apóstolo Paulo escreveu
saúde e riqueza no contexto do concerto
que a niguém devamos nada a não ser de Deus com seu povo.
o am or (Rm 13.8).
[...] dada a natureza am pla e abran­
3.1. Chamados para ser pacificadores. gente de shalom, os pacificadores são
Querido(a) adolescente, você sabia que criadores de inteireza [ou integridade]’,
existe um a profissão de pacificador? cujo trabalho afeta toda a comunidade.
Sim, alguns advogados trabalham como Eles são mais do que reconciliadores, pelo
conciliadores para ajudar as pessoas a fato de trabalharem pela cura e inteireza
resolverem suas disputas. Diplomatas da sociedade. Esta definição mais vasta
e apoiada no cham ado de Jesus para Testamento: Mateus-Atos. VoL 1. Rio de
‘am arm os os inimigos’ (M t 5.44; cf. Lc Janeiro: CPAD, 2003, pp. 42,43).
6.27). O último comentário sobre este
aspecto da pacificação é o próprio Jesus,
que morreu para reconciliar os inimigos de
CONCLUSÃO
Deus com Ele (Rm 5.8). Assim também nós, As pessoas que pertencem ao Reino do
como filhos de Deus, somos chamados a Céu são amigas de Jesus. Elas reconhe­
amar o não-amável e indigno [„]” (ARRIN- cem que são falhas e que precisam da
GTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds). graça divina para am arem momento de
Comentário Bíblico Pentecostal- Novo perseguição. Que essa seja nossa meta!

VAMOS PRATICAR
1. Você conhece alguém que procura viver em harm onia com todos? De que
maneira você pode ser influenciado por essa pessoa e aprender com ela?
R: Resposta pessoal._________________________________ ' ____________________

2. Escolha a alternativa correta. Q ue m pertence ao Reino do Céus...:

a) Busca a presença de Jesus todos os dias. ( X )

b) Responde o inimigo com maldade. ( )

c) Reconhece suas falhas e necessidade da graça divina. ( X )

3. Com plete o versículo:

"Felizes as pessoas que trabalham pela p a z , pois Deus as tratará como


seus filhos .” (M t 5.9).

111
Pense Nisso
Jesus prometeu que estaria conosco
todos os dias até o fim. Q uando en­
tregamos a canseira e o sofrimento a
Ele, Jesus substitui por paz e descanso
e temos vida plena. Assim, a jornada
no m undo difícil e corrupto se torna
possível porque a nossa força para
enfrentar a m aldade vem do Senhor.
»> --------------- :—
■ 0 AMOR E ETERNO

LEITURA BÍBLICA
1 Coríntios 13 D e v o c io n a l #• •• •
«*•••
Segunda » Gn 18 * • * * *

T e r ç a » 1 Cr 17.16-26
- u --------------------------------------
Quarta » Sl 23.6
A MENSAGEM
Eu lhes dou este novo mandamento: Quinta » Pv 14.22
amem uns aos outros. Assim como eu os
amei, amem também uns aos outros. Sexta » Rm 5.5
X
João 13.34
Sábado » Co 5.1 X
XX
a X
▼ ▼ ▼
▼ ▼ ▼
▼ ▼ ▼
▼ ▼ ▼
▼ ▼ ▼
▼ ▼▼ Objetivos
▼ ▼ ▼

ADVERTIR que a falta de amor resul­


ta em conflitos nas relações humanas

DISTINGUIR as verdadeiras carac­


terísticas do amor;

APONTAR que o amor se revela por


meio de atitudes e comportam entos.

'« * W

E i P ro fe s s o r!
P o n to d e P a r tid a
Ao longo desse trimestre, seus aiu-
nos aprenderam vários ensinamentos Inicie a aula perguntando aos seus

a respeito do amor. No entanto, a p e ­ alunos o que é o am or. Permita que

nas uma definição resume bem a sua expressem o que p e n sa m sobre o

essência. A Carta de João declara que assunto. Em seguida, comente que o

Deus é am or e todo aquele que não apóstolo Paulo expôs na C arta aos
ama, não conhece a Deus (1 Jo 4.8). Coríntios a definição desse conceito.

Nesta aula. veremos que além de Contextualize a C arta aos Coríntios

definir o que é o am or, precisamos a partir do primeiro tópico e mostre


tam bém reconhecer o que ele não é. aos seus alunos por que o apóstolo
Muitos confundem e resumem o amor identificou a necessidade de explicar
apenas a um sentimento. Inclusive, na àqueles irmãos sobre o amor.
fase da adolescência é muito com um Ressalte que a igreja de C o rin to
confundir sentimentos e achar que esta era muito farta em dons espirituais e
manifestações poderosas do poder de
sentindo am or por alguém, quando é
apenas uma "paixonite". Detalhe essa Deus. Contudo, era uma igreja carente

temática aos seus alunos, frisando o de hum ildade e santificação. Mostre

que é o a m o r com base na Palavra aos seus alunos que na obra de Deus
podemos realizar muitas coisas, porém,
| de Deus.
o am or de Deus não pode faltar.
mias e escreveu que quem quiser se
Vamos Descobrir orgulhar, que se orgulhe daquilo que o
Durante todo o trimestre falamos de Senhor faz" (1 Co 1.31; J r 9.24).
com o devemos a m a r as pessoas por É natural que haja problemas e diver­
meio das nossas atitudes, porque assim gências entre as pessoas na igreja. Afinal
Jesus nos ensinou e deixou exemplo. de contas, as pessoas são diferentes e
Aprendemos que o próprio Deus é amor, pensam de m odo diferente um a das
o que nos ajuda a entender um pouco outras. Mas isso não deve ser impedi­
mais o significado disso. O apóstolo Paulo mento para que haja comunhão, pois
teve sua própria experiência com Jesus todos estamos em busca e trabalhando
e desenvolveu relacionamento com di­ em prol do mesm o propósito.
versas pessoas. Com isso, inspirado pelo 1.2. A falta de amor. o que estava
Espírito Santo, ele compartilhou conosco faltando para que acontecesse essa
por meio da Bíblia o que é o amor. confusão no meio da igreja? Am or! É
nesse contexto que o apóstolo Paulo
Hora de Aprender definiu essa palavra. Ele explica que não
Nas lições anteriores, estudam os adianta a pessoa falar em línguas, pregar
diversas maneiras em que o am or se o Evangelho, saber das coisas, ter fé a
manifesta pelas ações do crente. Isso ponto de mover montes e ser caridosa se
acontece porque a pessoa que serve a essa pessoa não tem a m o r(l Co 13.1-3).
Jesus Cristo é a habitação do Espírito Essa primeira parte do ensino do Apóstolo
Santo. Assim , seu c o m p o rta m e n to nos convida a uma autorreflexão sobre
reflete o a m o r de Deus. Nesta lição, o sentido das nossas ações. Será que o
veremos o que podemos aprender com amor é a base do nosso comportamento
o apóstolo Paulo a partir da lista de ou outra coisa nos motiva a agir de de­
características do que é o amor. terminada maneira? Mas o que é amor?

1.0 CONTEXTO PARA


ENTENDER 0 AMOR I - AUXÍLIO DEV0CI0NAL
A Igreja de Corinto estava com pro­
Um a das experiências mais frustran­
blemas, os irmãos e as irmãs estavam
tes que um cristão pode ter é servir com
brigando (1 Co 1.10-11). Então, Paulo
fidelidade e sentir-se totalmente vazio
escreveu para que eles se lembrassem
por dentro. Isso acontece com a m aio­
de que Deus os havia escolhido por meio
ria de nós de vez em quando. Alguns
de Cristo. Por isso eles eram salvos e cha­
cristãos vivem a vida inteira sentido
mados de povo de Deus (1 Co 13.26-31).
esse vazio esm agador. E perguntam
1.1. Os conflitos na igreja de Corinto.a si m esmos por quê. Paulo tem uma
Sabe por que eles estavam brigando? resposta, em uma pequena expressão
U m estava se achando mais crente e encontrada no versículo 3. Um a pessoa
sábio do que o outro (1 Co 3.18-19; 4.7). pode servir sem egoísmo, mas se 'não
O apóstolo Paulo citou o profeta Jere­ tiver amor, nada será’.
0 texto não diz que um a pessoa significa que o am or não é indelicado,
que serve, mas que ‘não tenha amor', indecente, estressado e nem azedo. O
seja ineficaz. Não. Ela pode ter dons am or tam bém não fica alegre quando
espetaculares e construir um a igreja alguém faz uma coisa errada (1 Co 13.6).
gigantesca onde milhares sejam salvos. 2.2. 0 que é o amor? Vejam os as
Na analogia de Paulo, se eu distribuir afirmações do que o am or realmente é:
‘todos os meus bens entre os pobres’, paciente, bondoso (1 Co 13.4) e correto,
os pobres certamente se beneficiarão. isto é, se alegra quando alguém faz o
O que Paulo disse foi que, embora, os que é certo (1 Co 13.6). A última coisa
outros possam se beneficiar do serviço que o apóstolo Paulo escreve é que o
feito sem amor, seja o que for que eu am o r é eterno (1 Co 13.8). Com isso,
fizer, ‘nada disso me aproveitará’. ele diferencia o am or das mensagens
Se você for um daqueles muitos cris­ espirituais, do dom de falar em Línguas
tãos que trabalham servindo, mas ainda estranhas e do conhecimento, dizendo
assim sentem-se vazios, esse lembrete que esses são temporários (1 Co 13.8-9).
pode ser para você. Se você ou eu ser­ Desse modo, quem ama tem confiança
vimos para conquistar reconhecimento na outra pessoa e a respeita. Por mais
ou mesmo porque sentimos que é nosso que o relacionamento ou a conversa se­
dever, nosso serviço ajudará os outros, jam complicados, mantém-se o respeito,
mas não a nós. [...] M as se servimos os a moralidade e a gentileza. “Quem ama
outros por am or — ah, então, ficamos nunca desiste, porém suporta tudo com
verdadeiramente satisfeitos! Consegui­ fé, esperança e paciência” (1 Co 13.7).
mos satisfação, conseguimos alegria, E mais, quem am a fica feliz quando vê
conseguim os recom pensas futuras. as outras pessoas agindo com am or e
E conseguimos a serenidade interior incentiva esse comportamento.
que vem de sa b er que a g ra d a m o s
ao Senh or” (RICHARDS, Lawrence O.
Comentário Devocionalda Bíblia. Rio AUXÍLIO D ID Á T I Ç Ò Z ^
de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 8 16,817).
"[...] A Palavra ta m b é m atua com o
espelho para os cristãos, permitindo-nos
11.0 AMOR NÃO É ...0 AMOR É...
ver claramente as coisas (Tg 1.23-25).
Vamos começar por aquilo que não Com o exame liderado pelo Espírito, os
é a m or. Assim , e lim in a m o s a lgu n s cristãos percebem quais são as áreas
pontos que podem confundir nosso de lutas intrapessoais (ciúme, inveja,
entendimento. am argura, espírito de contenda, etc.)
2.1.0 que não é amor? o am or não e s e n te m -s e co m pe lid o s a confes­
é ciumento, nem orgulhoso e nem vai­ sá-las com o obras pecam inosas (Sl
doso (1 Co 13.4), ou seja, não desconfia 51; 1 3 9.23; 1 Co 13.12; 2 Co 3.18).
e não fica se exibindo. Além disso, não Q uando os que com põem o Corpo de
é grosseiro, nem egoísta, não se irrita, Cristo pessoalm ente adm ite m suas
nem guarda m ágoas (1 Co 13.5). Isso próprias fraquezas e fracassos, eles
ficam mais aptos a receber e fornecer bem e continuar com o comportamento
sabedoria corretiva para seus irmãos impróprio. E como se faz isso? Entrar
e irmãs em Cristo (M t 7.3-5; G l 6.1; Tg em bate-boca só cria distância e nosso
2.10), podendo também ver os pecados objetivo é nos aproximarmos.
estruturais dentro das comunidades, 3.2. 0 amor se revela em obras.
bem com o ajudar os indivíduos e as Precisam os m o stra r nosso respeito
com un id a d es a a m a d u re ce re m em na m aneira com que conversam os
Cristo. O único m odo para o povo de com a pessoa. Fazer perguntas é uma
Deus amadurecer intrapessoalmente boa opção para entender a posição
(como indivíduos) e interpessoalmente da pessoa e conhecê-la melhor. Isso
(como comunidade) é aprender e aju­ ajuda a frear o julgam ento e conduzir
dar os outros a aprender a verdade de o diálogo de modo construtivo.
Deus intencionalm ente com unicada Com sua definição de am or, Paulo
na graça e na m isericórdia (Sl 25.4; chega à conclusão de que o am or está
51.13; Is 28.9; T t 1.2; Hb 5.12). Deus acim a da fé e da esperança. Por en­
comunicou claram ente os requisitos quanto, temos uma visão embaçada e
quando nos exortou:'[...] que pratiques a incompleta das coisas porque vivemos
justiça, e ames a beneficência, e andes na realidade do mundo de pecado, mas
humildemente com o teu Deus’ (Mq 6.8). isso será m udado quando nos encon­
[...] Os cristãos e os não-cristãos verão trarm os com Jesus na sua vinda (1 Co
claramente o verdadeiro am or de Deus 13.12). Finalmente, seremos completos.
quando a comunidade de Cristo viver
pelo am or de Cristo’’ (LINHART, Terry.
Ensinado as próximas Gerações. Rio ^ j T m í u o TEOLÓGICO .^
de Janeiro: CPAD, 2018, p. 48).
“[...] O conceito de que ‘Deus é a m o r’
está associado ao conhecim ento de
III. TESTANDO 0 AMOR
Deus. No contexto atual, ele está as­
U m a m aneira de te star o a m o r é sociado com a natureza de Deus. Cari­
numa conversa em que você não concor­ dade (ágape, am or) denota essência e
da com a outra pessoa. Numa situação habita no cristão com resultado da uma
assim, faça o exercício de observar em experiência sobrenatural com Deus. [...]
você sua reação ao ouvir e responder Essa é a experiência do am or perfeito, a
quando sua posição sobre o assunto segunda obra da graça, que é o marco
é diferente. da tradição teológica de Wesley. Essa é
3.1. Amar não significa. É m uito a perfeição cristã, e João é um dos mais
im portante esclarecer que a m a r não poderosos defensores nas Escrituras
significa concordar com a pessoa ou dessa experiência de união com Deus.
aprovar o que ela faz. Se ela está errada, Para o cristão, isso é viver no am o r e
estamos ali para orar por ela e ajudá-la a viver em Deus, e Deus nele. Esse am or
fortalecer sua fé em Jesus (Cl 3.13). O que de Deus que habita em nós deve ser
não devemos fazer é dizer que está tudo aperfeiçoado em nós. Não é o cristão
XX
como pessoa, separado de Deus que de maneira indireta (4.10,19,20). Para
é tornado perfeito, mas, sim, o am o r João, os três aspectos do a m o r são
de Deus nele. os seguintes: 1. Deus nos ama; 2. Seu
Visto que Deus é perfeito e o am or é am or habita em nós; 3. E am am os os
a sua natureza, em que sentido deve o irmãos’’ (Comentário Bíblico Beacon:
seu a m o r se tornar perfeito em nós? Hebreus-Apocalipse. Vol. 10. Rio de
A resposta deve ser ente n d id a em Janeiro: CPAD, 2006, p. 322).
relação ao propósito para o qual esse
am or foi dado. Deus não derrama seu
am or em nós para ser consumido por CONCLUSÃO
nós. O am or voltado para si mesm o é Jesus nos ensinou que devemos amar
autodestrutivo. Deus nos ama para que as pessoas assim como Ele nos amou
possamos a m a r os outros. Seu am or (Jo 13.34). Vimos que esse amor envolve
em nós é aperfeiçoado quando se torna esforço e sacrifício. Então, ao seguirmos
am or fraternal (2.5; 4.12). Poucas vezes o ensino de Jesus, nosso am or deve ser
o apóstolo Paulo fala do nosso am or parecido com aquele que o apóstolo
por Deus e quando o faz, isso ocorre Paulo definiu.

VAMOS PRATICAR
1. Memorize "A Mensagem” e preencha as palavras que estão faltando:

“Eu lhes dou este novo m andam ento : am em uns aos outros . Assim como
eu os am ei , am em tam bém uns aos outros." (Jo 13.34)

2. Encontre as palavras que definem o amor no caça-palavras

X U B 1 S E S G E R D D A G

F C P A C 1 E N T E S M O E

G E M O H X G W E P P T J N

O T E G J O T E R R O C F T

C B O N D O S O N U L H F 1

O R E S P E 1 T O S O O T L

PACIENTE, BONDOSO, CORRETO, ETERNO, RESPEITOSO e GENTIL

3. Você já encontrou dificuldade para demonstrar amor por alguma pessoa?


XXX

Compartilhe a sua experiência:


R: Resposta pessoal._________________________________________________________
A

MINHAS IDÉIAS

Pense Nisso
Q uando alguém discorda da nossa
ideia, embora seja difícil, devemos man­
ter a cabeça pronta para explicar nossa
posição. Se nos irritamos, perdemos o
controle em responder com clareza e
podemos complicar um caso ou criar uma
situação. Que o Espírito Santo conduza
nosso c o m p o rta m e n to e possam os
produzir as qualidades do seu Fruto.
LEITURA BÍBLICA
Marcos 12.28-34
D e v o c io n a l
Segunda » D t 6.5
i■
©V
Terça » Lv 1 9 .1 8
- u ---------------------------------- *l
A MENSAGEM Quarta » J o 3 .1 6
Ame o Senhor, seu Deus, com todo o
coração, com toda a alma, com todas as Quinta » J o 1 5 .1 3

forças e com toda a mente. E ame o seu


Sexta » I J o 4 .1 9
próximo como você ama a você mesmo. >
Lucas 10.27 Sábado » A p 1 .4 -8 >
X K

------------ 99 -
Objetivos
RESSALTAR o que a Bíblia ensina
sobre o am or por Deus;

DESTACAR que a verdadeira forma


de a m a r requer sacrifícios;

A P O N TA R que o am o r a Deus é
prioridade.

E i P ro fe s s o r! P o n to d e P a r tid a
Amigo(a) professor(a), estamos con­
Professor(a), nesta última lição, seja
cluindo mais um trimestre de estudos
grato aos seus alunos pela parceria
com a classe de adolescentes. Neste
no estudo da Palavra durante todo o
trimestre, seus alunos aprenderam
trimestre. Reconheça o empenho deles
sobre a m aior virtude da vida cristã,
para estarem em cada aula, princi­
o amor. Certamente, os ensinamentos
palmente, daqueles que foram mais
lecionados a cada lição trouxeram
assíduos. Se possível, leve um chocolate
verdades sobre o am or que os seus
ou algo parecido para d em o nstrar
alunos não conheciam. Nesta última
afetividade e incentivo.
lição, eles verão que devemos am ar a
Diga que Deus é bom e que a sua
Deus acima de todas as coisas porque
benignidade dura para sempre. Ressalte
o Criador é digno da nossa gratidão. O
que a melhor forma de expressarmos
Senhor nos formou ainda no ventre da
o am o r por Deus é sermos gratos a
nossa mãe de uma forma maravilhosa
Ele, servi-lo com comprometimento e,
e nos deu a vida. Devemos reconhecer
por conseguinte, demonstrar tam bém
a sua soberania e a d orá -lo de todo
am or pelo próximo.
nosso coração, com todas as nossas
Converse com seus alunos sobre o
forças e pensamento. Mostre aos seus
assunto do trim estre que eles mais
alunos que Deus se agrada quando o
gostaram e reforce que o estudo da
reconhecemos em nossa vida. Ele tem
Escola Dominical é uma oportunidade
um a prom essa de nos tra ta r com o
única para aprender a Palavra de Deus
seus filhos e nos abençoar. Boa aula!
e desenvolver a comunhão.
▼▼
XX
necemos firmes em Deus, crendo na
Vamos Descobrir promessa de vida eterna (1 Jo 2.24,25).
Estamos encerrando mais um trimestre 1.1. Devemos cultivar o amor. Cultivar
de aprendizado da Palavra de Deus a
uma vida de amor e de prática da justiça
partir das Lições Bíblicas Adolescentes.
é algo que só Deus pode produzir na vida
Durante esse tempo, falamos bastante de uma pessoa. Esse é o diferencial no
sobre amor e como ele se manifesta pe­ comportamento daqueles que são filhos
las nossas ações. Am ar não se limita ao de Deus. É diferente do bom com por­
sentimento, é mais do que isso. Significa tam ento que qualquer ser humano se
se sacrificar por aquela pessoa que se esforça para ter. O amor é classificado na
ama, ou seja, renunciar a algo que faz Bíblia como uma das virtudes produzidas
bem para você em função do que o pelo Fruto do Espírito. O crente cheio do
outro seja beneficiado. É possível viver Espírito Santo produz essas virtudes
o verdadeiro am or quando estamos em porque sabe que por conta própria não
Cristo porque Deus é a fonte do amor. é capaz de produzi-las (Gl 5.22).
1.2.0 amor pode esfriar, mas não se
Hora de Aprender acaba. A Palavra de Deus nos mostra
Até aqui falamos bastante de reflexão
duas verdades importantes relacionadas
bíblica e teológica sobre o amor, não é
ao amor. A primeira é a de que o am or
mesmo? Aprender e pensar sobre isso
pode entrar em processo de esfriamento.
é im portante porque nos esclarece a
Isso ocorre por causa do pecado que
respeito do que cremos. Devemos servir
provoca nas pessoas a insensibilidade
a Deus e à igreja, e a razão pela qual
com relação ao seu próximo (M t 24.12).
fazemos isso é porque temos um rela­
A segunda verdade diz respeito ao
cionamento com Deus. Jesus afirmou
am or se acabar. Há pessoas que afir­
que a boca fala do que está no coração
m am não ter mais am or pelo seu pró­
(M t 12.34), ou seja, se nossos pensamen­
ximo, seja pelo seus pais, irm ãos ou
tos estão voltados para o amor de Deus,
mesmo cônjuge. Mas isso não pode ser
nossas ações vão refletir esse amor. No
aceito como verdade, pois a Palavra de
entanto, se nossa mente está cheia de
Deus nos ensina que havendo cessado
bobagens, nosso com portam ento vai
to das as coisas, o a m o r continuará
refletir coisas insignificantes.
existindo, pois a fonte inesgotável do

I. A BÍBLIA EO AMOR A DEUS verdadeiro am or é Deus (1 Co 13.8-10).

É im portante estudarmos a Bíblia?


Sim , m as esse e stu d o precisa ser AUXÍLIO TEOLÓGICO ^
aplicado. Afinal, é por meio do nosso
c o m p o rta m e n to que expressam os “Em bora o a m o r seja um aspecto
a q u ilo que p e n sa m o s e se n tim o s. do Fruto do Espírito (Gl 5.22,23) e uma
Q uando temos com unhão com Cristo, evidência do novo nascimento (Jo 2.29;
pelo Espírito Santo (1 Jo 3.24), perm a- 3.9,10; 5.1), é tam bém algo que temos
a responsabilidade de desenvolver. Por são exemplos de ações praticadas por
essa razão, João nos exorta a am ar uns aqueles que tem o coração bondoso. A
aos outros, a termos solicitude por eles bondade é uma qualidade que faz parte
e procurar o bem-estar deles. João não do caráter de Deus. Quem se torna filho
está faLando apenas em sentimento de de Deus desenvolve essas virtudes que
boa-vontade, mas em disposição decisiva fazem parte do Fruto do Espírito. Além
e prática, de ajudar as pessoas nas suas disso, não mentir, ajudar os necessitados,
necessidades (3.16-18; cf. Lc 6.31). João obedecer aos pais, respeitar os mais
nos a d m oe sta a d e m o n s tra r am or, velhos e as autoridades são exemplos
por três razões: 1. O am or é a própria de práticas de quem está disposto a
natureza de Deus (vv. 7-9), e Ele o de­ fazer tudo por amor.
monstrou ao dar seu próprio Filho por 2.2. Devemos compartilhar o amor
nós (vv. 9,10). Com partilham os da sua com as pessoas. Você, caro(a) adoles­
natureza porque nascemos dEle (v. 7); 2. cente, é convidado(a) a com partilhar
Porque Deus nos amou, nós, que temos do m esm o am or às pessoas. A Bíblia
experimentado o seu amor, perdão e destaca que devemos am ar as pessoas
ajuda, tem os a obrigação de ajudar com o m esm o am o r que recebemos
o próximo, m esm o com grande custo do nosso Senhor Jesus (1 Jo 4.19-21).
pessoal; 3. Se amarmos uns aos outros, Tra tá -la s com respeito, sem ofender
Deus continua a habitar em nós, e o seu e agir com educação são form as de
am or é em nós aperfeiçoado (v. 12). c o m p a rtilh a r o a m o r de Deus para
[...] O am or ao próximo será o am or com as pessoas.
cristão verdadeiro, somente se for acom­
panhado do am or a Deus e obediência
aos seus mandamentos (cf. 2.3; 3.23; Jo II-AUXÍLIO DEV0CI0NAL #

15.10; ver M t 22.37; Jo 14.21)” (Bíblia


"Eu desconfio de que a maioria das
de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro:
pessoas sente um a po ntada da a n ­
CPAD, 1995, p. 1962).
siedade, e olha rapidam ente para o
velocím etro do seu carro, se vê um a
II. AMOR E SACRIFÍCIO
viatura de polícia com o protetora do
Como vimos, am or é agir de forma a bem público. Mas a maioria de nós fica
se doar em favor de outra pessoa, da um pouco nervosa perto de um policial.
m esm a form a que Jesus fez. Assim, a O mesmo acontece com a maioria das
vida em Jesus Cristo se manifesta pelos pessoas com relação a Deus. A ideia de
atos de amor. Quem, verdadeiramente, que Deus está bem ali, no carro de trás,
ama o seu próximojá compreendeu que observando, faz uma pessoa sentir-se
a verdadeira form a de am ar consiste um pouco nervosa.
em fazer sacrifícios e esforços em favor João, no entanto, disse que não pre­
do seu próximo. cisamos ter medo ou sentir ansiedade
2.1. Agir com bondade, a prática do em nosso relacionamento com Deus.
perdão, da gratidão e da solidariedade Não mais do que se o policial que reco­
▼ ▼

XX
nhecemos no carro de trás fosse o nosso Jesus instrui os seus discípulos a guar- X
pai. Então, nós só acenaríamos para ele e darem os seus mandamentos e, dessa
sorriríamos. Não haveria medo, porque a forma, eles demonstrariam am or pelo
sua presença perto de nós não oferecería M estre (Jo 14.21). A m a m o s a Deus,
nenhuma ameaça de punição. verdadeiramente, quando nos dispomos
O amor faz exatamente isso em nosso a praticar os seus ensinamentos.
relacionamento com o Senhor. Por um 3.2. Amar o próximo. Jesus, inclusive,
lado, nós sabem os que Ele nos ama. mostrou-lhes um novo conceito de amar:
Portanto, Ele não fará nada para nos "Eu lhes dou este novo m andam ento:
prejudicar. Por outro lado, quando obede­ am em uns aos outros. Assim como eu
cemos com amor, não sobra espaço para os amei, amem também uns aos outros”
o medo. O pavor de alguém e o am or (Jo 13.34). Note que o modelo de amor
por essa m esm a pessoa não podem exemplificado por Jesus é um amor que
existir ao mesmo tempo. O verdadeiro o levou a entregar a sua vida em favor
am or lança fora o medo. Portanto, não dos seus am igos. Da m esm a form a,
tenha medo de Deus. Lembre-se de que quando o am or de Deus é abundante
Ele ama você, am e-o como retribuição" em nossos corações, não encontramos
(RICHARDS, Lawrence O. Comentário dificuldades em fazer o bem em prol
Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: das pessoas, m as assim o fazem os
CPAD, 2012, p. 986). porque temos esse desejo nutrido em
nossos corações.

III. AMAR A DEUS ACIMA


DE TODAS AS COISAS.
Há dois m andam entos que Moisés, “Dimensão afetiva da Aprendizagem.
servo do Senhor, instruiu ao povo de No livro clássico sobre o ministério edu­
Israel. O primeiro é sobre am ar a Deus cacional da igreja intirulado Educação
acima de todas as coisas de todo o cora­ que é Cristã (CPAD), Lois E. LeBar afirma
ção, com todas as forças e pensamento que os alunos devem estar alertas e
(D t 6.5). O segundo semelhante a este ativos intelectual, em ocional e voliti-
é a m a r ao teu próximo com o a você vam ente à medida que participam da
m esm o (Lv 19.18). O próprio Senhor interação grupai. Consideraremos o que
Jesus replicou esses mandamentos aos ela quer dizer como forma emocional
seus discípulos (M t 22.37-39). e volitiva, as duas ‘dimensões' finais da
3.1. Amar a Deus. A m elhor form a aprendizagem. A dimensão emocional
de demonstrarmos o nosso am or pelo ou afetiva está relacionada ao estado
Senhor consiste no empenho para obe­ emocional e ao bem-estar dos alunos no
decer aos seus mandamentos. Essa foi processo de aprendizagem. Com o nos
a ordenança de Moisés ao povo hebreu sentimos afeta a maneira como apren­
quando deixaram o Egito (D t 6.5). No demos. O ambiente de aprendizagem
Novo Testamento, semelhantemente, tem de parecer seguro para os alunos e
para o professor e, além disso, deve ser CONCLUSÃO
um lugar de alegria” (LINHART, Terry. Permitir que o Espírito Santo guie as
Ensinando as Próximas Gerações. Rio nossas ações é a m elhor maneira de
de Janeiro: CPAD, 2018, p. 105).
dem onstrar am or pelas pessoas.

VAMOS PRATICAR
1. M em orize “A M ensagem " e preencha as palavras que estão faltando:

“ A m e o Senhor, seu Deus, com todo o coração , com toda a aLma , com
todas as forças e com toda a m ente . E am e o seu próxim o como você
am a a você mesmo.” (Lucas 10.27)

2. Responda:

a. Explique com as suas palavras o que você entendeu sobre am ar a Deus acima
de todas as coisas:
R: Resposta pessoal.

b. De que forma podemos demonstrar am or pelo próximo?


R: Resposta pessoai.

3. Leia a frase abaixo e explique o que ela significa:

“O am or pode entrar em processo de esfriamento.”


R: Isso ocorre por causa do pecado que provoca nas pessoas a insensibilidade com
relação ao seu próximo.

Pense Nisso
Com eçam os entendendo o signi­
ficado da palavra a m o r na Bíblia e
passamos por diversas maneiras de
agir com amor. Nós amamos, porque
aprendemos com Deus, que nos amou
primeiro. Am ar significa dara vida pela
outra pessoa. Assim, a maneira como
nos com portam os revela o am or de
Deus que está em nós.
Qual a
im portância
da didática na
Escola
Dominical?
A p a la v ra d id á tic a vem d o g re g o
d id a k tik é e s ig n ific a a rte d e e n s i­
nar. É u m a d is c ip lin a p e d a g ó g ic a
d e c a rá te r p rá tic o e n o rm a tiv o , q u e
te m p o r o b je tiv o e s p e c ífic o a té c n ic a
d o e n s in o , is to é, a té c n ic a d e in c e n tiv a r
e o rie n ta r e fic a z m e n te o s a lu n o s n a s u a
a p re n d iz a g e m .

Ser d id á tic o é ser sim ples, claro, acessível, direto


e o rg a n iz a d o . Im a g in e q u a n to s a lu n o s p o d e rã o
p e rd e r o in te re s s e d ia n te d e um p ro fe s s o r c o n fu s o
e d e s o rg a n iz a d o , q u e n ã o te m a m ín im a n o ç ã o d e
c o m o in ic ia r, d e s e n v o lv e r e c o n c lu ir u m a a u la .

O p ro fe s s o r q u e o rg a n iz a p re v ia m e n te o s c o n te ú d o s d e
s u a m a té ria , s e le c io n a os p ro c e d im e n to s d e e n s in o , d is p o ­
n ib iliz a os re c u rs o s e e s c o lh e a s fo rm a s m a is a d e q u a d a s d e
a v a lia ç ã o d a a p re n d iz a g e m , e s tá p re p a ra d o p a ra a te n d e r as
d e m a n d a s d e s u a p rá x is d o c e n te . O m e s tre q u e s e v a le , p e lo
m e n o s d o q u e é e s s e n c ia l d a d id á tic a , é c o m p e te n te e e fic ie n ­
te, n o s e n tid o d e q u e p ro v ê p a ra s e u s a lu n o s o m a io r v o lu m e d e
a p re n d iz a g e m , c o m m e n o s e s fo rç o e e m m e n o r te m p o .
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