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‘Técnicas e Praticas CONSTRUTIVAS para Edificagao 4 Julio Cesar Pereira Salgado Técnicas e Praticas Construtivas para Edificagao 3: Edigao www.editoraerica.com.br Eaioratrica - Técricas Prtices Constutvas tara Eeifeacéo - Jule Salgado - 2 Excdo aU ST Dados Internacionais de Catalogagao na Publicagio (CIP) (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Salgado, J lia Cesar Pereira Técnicas e préticas construtivas para edifcagio | Juio Cesar Pereira Salgado, -9. ed. ev. So Peulo: Erica, 2014. Bibliografa, ISBN 978-85-365-05725 41. Construgdo 2. Engenharia civil |. Titulo. 13-1396 cop-626 Indice para catdlogo sisternAtic: 4. Construgao evil: Engennaria 624 CCopysght® 2009 da Editra Bea Lida, Tedos os dicaos reservados. Nonhuma patte desta pubicardo poder sor reprouzta por qualquer mele ou forma sem eréva autorizagdo de Edtors rea. Avioupie dos dito auras 6 crime eslabelecdo ne Lin &.610/00 punide peo Aigo 104 do Gadyo Pena CCoordenarao Edita Rosana Arruda da Siva Cape: Maurie co Franga Editoragao Finalzagto: ‘Adtiana Aguiar Sontoro Rosana Ap. Alves dos Santos Marine Tereea 6, Anes Cart do Olvora Morass Ture Fijvo Eugonio de Lina uotapbee: Carica Abort do Souza ‘Araliago Técnica: Prof, Caros A. Neme Dans Avior oa Eaitor acediam que todas a iformagbes acu apresontadasestio corlas e podom sor ulzadas para qualquer fim aga Entre, no exste quaque’garanta,expicta cu implica, de que o use de lat nformagoes corduzra sampre ao resultado cascade. (x nemae de sles © empreeat, pveriurs menconads, foram ufizadee apanse para jutiar os examples, rio tnde vreulaneahum com ovo, ndo garannde a sua exstinia nem divulgaglo. Eventuais oralas estat csponives para download no site da Editora Erica, CConteido adantado ao Nove Azorco Ortoriice da Lingua Portuguesa, om exacugdo desde 18 do jancire de 2008, Alueragao da capa @ algunas imagens do mist form raiadat do ww chutertock com, ororota com a qu te mantém contrat tivo ra data de pubicarao do Iwo. Outas foram ottidas da Colne MastorSipsMeste@Phciost da INS, 100 Rowand Way, 3d foe Novato, GA 94545, USA, odo CoreDRAW XS e XB, Cov! Galley © Coral Corporation Sampos. Copyright® 2013 Ealora Erica, Corel Corpraton 8 “dos os esforos foram fells pare creda’ deviamente os etontcres dos detos das magens utlzadas neste vo. EventvalsomissOes de crédito © copyright ndo S89 inlonconass e serio davicamente solcioradas nas orximas ediches, bastando quo sous prcorodrios cintatom 98 tore, ‘Seu eadastro& muito importante para nés ‘ho prance «reneler a fera de cadasto constarte no ie da Elora Erica, voc passard a reseberinlrmagSes sebrenossos ‘anganenis em sua sea ce peerinca, Cenhecendo melhor os llores o suas proferncias, vamos produzittulvs que atondam suas necossdacos, 3* Ecigdo: 2014 Editora érica Lida | Uma Empresa do Grupo Saraiva Rua Séo Gil 159 - Tatuapé CEP: 03401-030 - Sto Paulo - SP Fone: (11) 2295-3086 - Fax: (11) 2097-4060 wwweditoraerica.com.br Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo | DenicaTORIA A todos aqueles que se orgulham da construgdo civil no desenvolvimento desta nagéo e, principalmente, aos trabalhadores bracais que, muitas vezes, em condigdes adversas, erguem verdadeiros monumentos a partir da lapidagio de uma pedra bruta; A minha familia que muito me apoiou e incentivou; ADeus, que arquiteta todo o conhecimento humano. O coragio do sabio adquire o conhecimento, €0 ouvido dos sdbios busca a ciéncia. Provérbios 18,15 Eaioratrica - Técricas Prtices Constutvas tara Eeifeacéo - Jule Salgado - 2 Excdo AGRADECIMENTOS A minha esposa Ana Cristina, principalmente nos momentos de divida, que muitas vezes trabalhou na formatacio dos textos e em detrimento do convivio familiar; Ao primeiro diretor da Escola Técnica Federal de Tocantins - atual Instituto Federal de Educagio, Ciéncia e Tecnologia do Tocantins (IFTO) - professor Adail Pereira Carvalho, pelo incentivo ¢ inicio deste trabalho, que néo mediu esforgos para um ensino ptiblico de qualidade; ‘Ao Instituto Federal de Educacao, Ciéncia ¢ Tecnologia de Sao Paulo, campus Caraguatatuba, que incentivou as revises ¢ complementos desta obra. Eaioratrica - Técricas Prtices Constutvas tara Eeifeacéo - Jule Salgado - 2 Excdo | Sumario Capitulo | - Preparativos iniciais 1.1 ConsideracGes iniciais 1.1.1 Classificagdo das construg6es quanto ao uso.. 12 Fases da obra... 1.2.1 Projeto.. 1.2.2 Verificagao do terreno e sondagem. 1.2.3 Implantagao da obra e locagéo. 1.24 Movimento de terra e drenagei 1.2.5 Fundagées/infraestrutura. 1.2.6 Impermeabilizacio 1.2.7 Abenari 1.2.8 Superestrutura, 1 1.2.12 Instalagdes hidraulicas, elétricas e de incéndio 1.2.13 Revestimento 1.2.14 Isolamentos térmico e aciistic 1.2.15 Pintura... 1.2.16 Paisegismo e limpez 1.2.17 Entrega da obra 1.3 Canteiro de obras. 1.3.1 Preparacio... 1.3.2 Movimento de terra. 4.3 Fechamento e cereas... 1.3.4 Drenagem. 1.3.5 Acessos 14 Instalagdies (NR 18). cece eeeereneeeeen pe eins hs ced 1.4.1 RdificagSes provis6rias.-eeeeeneneennneneenennnennennnceceneeee BF 1S Breref0i0s eee eer Pee er eraser eee ara Capitulo 2 - Implantacao de obra. 2.1 Mao de obra - ferramentas minimas. 22 Locagio 23 Movimento de terra. 2.3.1 Corte e aterro.. 2.3.2 Desmonte de rocha 2.3.3 Controle de erosio e sedimentacao 2.3.4 Seguranga e cuidados 24 Drenagem 2.4.4 Drenos com pedras/tubos.. 25 Escoramentos 2.6 Exercicios. Eaioratrica - Técricas Prtices Constutvas tara Eeifeacéo - Jule Salgado - 2 Excdo aU ST Capitulo 3 - Fundagées. 3.1 Fundagées ou infraestrutura 3.1.1 Standard Penetration Test (SPT) - Sondagens de simples reconhecimento ¢ percusséo 3.2 Fundagbes superficiais, 1 Sapatas isoladas e blocos armados.. 3.2.5 Fundagao simples para obras simple: 3.3 Fundagées profundas .1 Estacas de concreto pré-fabricadas ou pré-moldadas.. 2 "Tubuldes a céu aberto .3 Estacas de madeira. 4 Estacas metilicas. .5 Estaca moldads no local - do tipo broca .6 Estaca Franki 3.4 Preparo da cabeca de estaca Capitulo 4- Formas 4.1 Coneeito geral 4.2 Materiais para execucio de formas.. 4.3 Tipos de forma: 4.4 Nomenclaturas usuais para formes de madeir 4.5 Exemplo de estrutura metilica e cimbramento para formas. 4.6 Forma basica de uma viga de fundagio.. 4.7 Esquemas de montagem de algumas estruturas.. 4.7.1 Laje. 4.7.2 Ligagao de painel de laje com viga 4.73 Pilares 4.74 Forma para sapata isolada. 4.7.5 Forma para escada.. 4.8 Consideraydes gerais sobre as formas, 4.9 Elementos para célculo de formas de madeira 4.9.1 Consideragdes para a composiggo média de insumo: 4.9.2 Estimativa de forma para cada m* de concreto. 4.9.3 Dimens0es comerciais das madeiras. 4.10 Alguns tipos de prego, 4.11 Exercfcios Capitulo 5 - Armaduras para concreto 5.1 Conceito 5.2 Categorias e classes 5.3 Cobrimento da armadurs . 5.4 Armacio tipica para concreto... 5.5 Interpretagao das nomenclaturas em projeto 5.6 Tipos de superfic 5.7 Comercializagao .. 5.8 Arames para amarragio.. 5.9 Nomenclaturas usuais 5.10 Maquinas de corte e dobra. a 5.11 Tlustragées de corte, dobra e montagem_ a 5.12 Planejamento de corte Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo 5.13 Produtividade média para corte, dobra « montagem., 5.14 Cuidado: 5.15 Emendas -luvas e solda. 5.16 Telas... 5.16.1 Dimens6es das telas.. 5.17 Exercicios Capitulo 6 - Conereto 6.1 Concreto, 62 Tipos de conereto. 63 Componentes do conereto.. 6.3.1 Cimento. 6.4.2 Retardadores de pega.. 6.4.3 Incorporadores de a: 6.4.5 Impermeabilizantes. 6.4.6 Expansores, 6.5.3 Conereto usinado 6.6 Aplicagao do concreto . 6.64 Adensamento do conereto 6.7 Cura do conereto.. 6.8 Conereto usinado 6.9 Equipamentos ausiliares 6.10 Exercicios Capitulo 7 - Alvenaria... 7 Alvenaria.. 72 Tipos de alvenaria 7.2.1 Alvenaria ciclépica, 7.2.2 Alvenaria de vedacéo. 7.2.3 Alvenaria estrutural 73 Propriedades das alvenarias 74 Projeto e 75 Tipos de elementos de alvenaria. 114 7.5.1 Blocos cerfmicos 5 7.5.2 Blocos de conereto. 15 7.5.6 Bloco cerdmico para alvenaria estrutur 7.5.7 Argamassa de assentamento Eaioratrica - Técricas Prtices Constutvas tara Eeifeacéo - Jule Salgado - 2 Excdo aU ST 7.6 Produtividade. 119 7.7 Execugio das alvenarias. 119 7.7.1 Juntas de assentamento 120 7.7.2 Espessuras das alvenarias. 120 7.7.3 Locagao das paredes... 121 7.74 Nivel da primeira fiada.. 122 7.7.5 Ligacao da alvenaria com pilares de concreto. 122 7.7.6 Ligagao da alvenaria com estrutura metélica. 124 7.7.7 Levantamento das parede: 125 126 127 128 7.7.8 Amarracao entre as fiadas das alvenarias . 7.7.9 Encunhamento das paredes 7.7.0 Vergas, contravergas e cintas de amarracao 7.8 Colocagao de caixilhos 130 7.9 Alvenaria do iltimo pavimento. 130 7.10 Controle de qualidade das alvenarias 31 31 131 131 132 132 134 134 7.10.3 Execugio 7.11 Gesso acartonado (sistema drywall), 7.1.1 Conceito 7.11.2 Tipos de chapa de gesso acartonado. 7.11.3 Utilizagoes e propriedades 7.11.4 Revestimento 135 7.11.5 Instalagdes embutidas. 135 7.11.6 Cuidados 135 7.12 Exercicios 136 Capitulo 8 - Laje pré-moldada - uso residencial. 137 8.1 Conceito geral 138 8.2 Montagem.. 139 8.3 Armadura de distribuigao. at 8.4 Espessura da laje pré-moldada. 141 8.5 Instalagdes embutidas.. 142 8.6 Poliestireno expandido (EPS) .. 142 8.7 Cuidados com a laje pré-moldada (concretagem e cura).. 143 8.8 Exercicio. 144 Capitulo 9 - Cobertura. 145 9.1 Cobertura. . : 146 0.2 Estrutura da cobertura 146 9.3 Ponto do telhadi 148 149 150 153 9.4 Tipos de emenda 9.5 Sambladuras 9.6 Estrutura do telhad 9.7 Medidas ususis para cobertura em telhas cerimicas 154 9.8 Colocagéo de telhas cerdmicas ¢ acabamento 154 9.9 Tipos de telha, 155 155 156 161 9.9.2.2 Algumas pecas complementares.. 163 9.9.3 Meidlicas Eaioratrica - Técricas Prtices Constutvas tara Eeifeacéo - Jule Salgado - 2 Excdo 9.10 Calhas ¢ condutore: 9.11 indices de produtividade .. 9.12 Cuidados na execugdo ou manutengdo de um telhado.. 9.13 Exercicios. Capitulo 10 - Impermeabilizagao. 169 10.1 Consideragées iniciai 10.2 Nomenclatura usual 10.3 Classificagéo dos impermeabilizante: 172 10.3.1 Rigidos. . 172 10.3.2 Semiflexiveis 173 10.3.3 Flexiveis, a 173 10.4 Aplicagao . 10.4.1 Impermeabilizantes de baldrames. 10.4.2 Impermeabilizagio de alvenaria 10.4.3 Impermeabilizagio de fachsdas 10.4.4 Aplicagio de mantas 10.4.5 Impermeabilizantes de pega ultrarrépida 10.5 Protegao mecéinica.. 10.6 Cuidados na execugio de impermeabilizacée: 10.7 Exereici Capitulo 11 - Pisos.. 11.1 Consideragées iniciai 11.2 Base do contrapiso 11.3 Tipos de piso .. 113.1 Cerémico: 11.3.2 Conereto.. 11.3.3 Cimentado com cimento queimado. 113.4 Vintlico. 11.3.5 Acarpetados. 11.3.6 Pedras natural 11.3.7 Borrachas 11.3.8 Granite. 11.3.9 Carpetes de madeira 11.3.10 Blocos de concreto. 113.11 Assoathos de madeira 11.4 Assentamento de revestimento novo sobre revestimento antigo 194 11.5 Execugio de pisos externos - calcadas de concreto 195 11.6 Pisos de concreto - uso industrial 196 11.6.1 Junta de Construgio (JC) 196 11.6.2 Junta Serrada (JS)... 11.6.3 Junta de Expansdo (JE) 11.6.4 Junta de Dilatago (JD). 11.7 Pisos anticorrosivos - uso quimico-industrial 11.8 Produtividades 11.9 Exercicios, Capitulo 12 - Pavimentagao. 12.1 Introdugao. 12.2 Especificagio das pavimentayGes. 12.3 Estrutura de ume pavimentagao 12.3.1 Caixa da pavimentacao Eaioratrica - Técricas Prtices Constutvas tara Eeifeacéo - Jule Salgado - 2 Excdo oO aU ST 12.3.2 Subleito 12.3.3 Reforgo do subleito... 12.3.4 Sub-base. 12.3.5 Base.. 12.3.6 Revestimento ou capa de rolamento 12.3.7 Guias e sarjetas. 12.4 Classificagao das pavimentagie: 12.4.1 Quanto ao tipo das pavimentagoe: 12.4.2 Quanto ao tipo das bases e sub-bases 12.4.3 Quanto ao tipo dos revestimentos. 205 207 12.4.4 Termos comuns em pavimentacao... 208 12.5 Materiais granulares comuns em pavimentacaa 209 12.6 Procedimentos bésicos na execucao de uma pavimentagio 210 12.6.1 Abertura de caixa.. 210 12.6.2 Preenchimento da caixa. 210 12.6.3 Execugao do revestimento final. 210 12.7 Principais equipamentos utilizado: 210 12.8 Técnicas de execucao de alguns tipos de pavimentago 212 12.8.1 Blocos articulados (pavimentacio flexivel) 212 12.8.2 Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ) 213 12.8.3 Tratamentos superficiais: simples - duplo - tripl 215 12.8.4 Lama asfaltic 216 12.8.5 Outros tipos de revestimento 216 12.9 Alguns materiais betuminoso: 216 12.9.1 Asfaltos diluidos 216 12.9.2Emulsées asfélticas catiénticas 217 12.10 Guias e sarjetas 218 12.10.1 Guias.. 218 12.10.2 Sarjetas, 219 12.10.3 Sarjet 220 12.11 Exercicios.. 20 Capitulo 13 - Esquadrias. 21 13.1 O que € esquadria? 22 13.2 Componentes de uma esquadria 22 13.3 Materiais utilizado: 23 134 Tipos de esquadri 24 13.4.1 Esquadrias de portes. 24 13.4.2 Tipos de janelas. 13.5 Assentamento 25 228 13.6 Medidas usuais das portas e janelas. Bi 13.7 Uso de contramarcos ZB 13.8 Ferragens e acessorios 232 139 Vidros. 232 13.10 Exercicios.. 234 Capitulo 14 - Instalagdes elétrica 235 14.1 Consideragées iniciais 14.2 Nomenclaturas usuais 143 Padro de fornecimento de tenséo. 14.4 Dispositivos mais comuns (residencial) .. 14.5 Ferramentas mais comuns... 240 14.6 Materiais mais comuns. Eaioratrica - Técricas Prtices Constutvas tara Eeifeacéo - Jule Salgado - 2 Excdo 14.7 Tipos de fios ¢ cabos.. 14.8 Instalagdo embutids 14.8.1 Alvenaria.. 14.8.2 Concreto € laje 14.9 Instalaggo aparente. 14.10 Instalacao enterrada, 14.11 NBR 14.136. 14.12 Alguns exemplos de ligagoes elétricas 14.121 Instalagao de interruptor simples 14.122 Instalagao de interruptor em paralelo. 14.123 Instalagao de tomada de energia.. 14.12.4 Exemplos de emendas de fis. 14.13 Bxerefcio: Capitulo 15 - Instalagdes hidrdulicas 15.1 ConsideragSes iniciai 15.2 Dispositivos mais comuns (residencial) .. 15.5 Tipos de ligacio entre as pega: 15.6 Cuidados na instalagao .. 15.6.1 Embutida na alvenaris 15.6.2 Tubulagao enterrada.. 15.7 Instalagées mais comuns.. 15.8 Exercicios, Capitulo 16 - Revestimento: 16.1 O que é revestimento’ 16.2 Revestimentos mais comun: 162.1 Argamassss.. 162.2 Cerémicos 16.2.2.1 Resisténcia & abrasio (PET) 16.2.2.2 Resisténcia a manchas.. 16.2.2.3 Resisténcia quimica.. 16.2.2.4 Absorcio de agua e resisténcia mecAnica evcicll 16.2.3 Pedra 16.2.4 Outros. 266 16.3 Execugio dos revestimentos e cuidados : 266 16.3.1 Argamassas (embogo) 266 163.2 Cerémicas 16.3.3 Pedras naturais 16.4 Revestimento de gess 164.1 Aplicagio e uso, 16.4.2 Vantagens desvantagens 164.3 Preparo da peste de gesso 16.4.4 Consumo, produtividade e dados gerait 16.5 Produtividade... 16.5.1 Chapisco, embogo ¢ reboco. 16.5.2 Cerémica Eaioratrica - Técricas Prtices Constutvas tara Eeifeacéo - Jule Salgado - 2 Excdo 2 aU ST 275 276 Capitulo 17 - Isolamento acistico .. 17.1 Conceitos gerais. 172 Principais mater 17.2.1 La de vidro 17.2.2. La de rocha (ou 1a mineral) 17.2.3 Borracha sintética (EPDM) 17.2.4 Espumas aciisticas ... 17.2.5 Painel Wall.. 17.2.6 Outros materia 278 279 Capitulo 18 - Isolamento térmico .. 18.1 Coneeitos gerais 182 Principais materi 18.2.1 La de vidro 18.2.2 Silicato de calcio 18.2.3 Poliuretano 18.2.4 Espuma elastomérica.. 18.2.5 Vermiculita expandida 18.2.6 La de rocha .........-------- Capitulo 19 - Pintura 19.1 Por que a pintura? 192 O que é sistema de pinture 19.3 Componentes da tinta. 19.4 Tipos de tinta e complementos.. 19.4.1 Complementos 19.4.2 Tint 19.5 Preparo da superficie para pintura 19.6 Ferramentas para pintura is utilizados eo Oe 235 286 286 27 288 288 239 290 291 19.7 Pintura sobre argemassas de cimento e/ou cal 292 19.7.1 Preparo da superticis 292 19.7.2 Sistema de pintura.. 292 198 Pintura sobre madeira. 293 19.8.1 Aplicacao de tin 293 19.8.2 Aplicacao de verniz... 293 199 Pintura sobre metais. 294 19.9.1 Preparo da supertici 294 19.9.2 Sistema de pintura.. 295 19.10 Defeitos na pintura 295 19.11 Produtividades 295 19.12 Recomendacées gerai 297 19.13 Exercicios.. 297 Capitulo 20 - Entrega da obra. 299 20.1 Vistoria final 20.2 Limpeza final. 302 20.3 Termo de entrega ou recebimento da obra. 302 Anexos 303 ‘Anexo A- Interpretagao basica de projetos de arquitetura.. 303, ‘Anexo B- Modelo de planilha de sondagem SPT. ‘Anexo C- Tabelas de composigéo de argamassas e concretos ‘Anexo D - Normas técnicas consultadas.. Bibliografia .. 31 313 319 Eaioratrica - Técricas Prtices Constutvas tara Eeifeacéo - Jule Salgado - 2 Excdo PReFACIO ‘Trabalhando desde 1975 em atividades voltadas & construgio civil e como pro- fessor desde 1979, senti a necessidade de preparar um pequeno trabalho direcionado aqueles que procuram enveredar-se nas atividades da construgio civil. Com a ajuda valiosa de professores competentes, o apoio da minha familia, do Instituto Federal de Educagao, Ciéncia e Tecnologia de Sao Paulo, campus Caraguatatuba (antigo CEFET), eda publicacio de diversos autores renomados, pude condensar a minha experiéncia profissional e didética em instrugGes bésicas e necessdrias para as atividades dessa drea. Os assuntos sfo os mais diversos, uma vez que a atividade de construgio € tio ampla quanto as necessidades do homem, bem como os niveis de conhecimento. Enfatiza a necessidade do cliente e passa pelas diferentes etapas construtivas, desde a implantagdo da obra até a fase de acabamento com consideragées finais para a sua entrega. A explanagio é simples e didatica para que mesmo o leigo possa usufruir das orientagées do livro. Espero contribuir para o sucesso de cadaum que abraga essa tao nobre profissao ¢ ainda poder, de forma humilde, apresentar mais uma fonte de consulta ¢ de conhecimentos. A segunda edigio acrescentou ilustragées sobre tipos de fio ¢ cabos clétricos, explicando como fazer derivagbes e emendas, Na parte que trata de instalagdes hidrdulicas foram inclufdos esquemas de ligagdo de varios componentes e aparelhos. ‘Também foram acrescentadas tabelas de composig&o de argamassas e concretos para 0 uso no cotidiano. Nesta terceira edigao revisada, vimos a necessidade de apresentar de forma mais didética alguns textos e ainda melhorar algumas ilustragdes para uma maior compreensio por parte do leitor. Ainda foram reformatedos alguns capitulos, com acréscimo de informagoes sobre novas tecnologias em instalagées hidraulicas. Vimos ainda a necessidade de enriquecer esta obra referenciando as Normas Técnicas aos contetidos abordados. Para tanto, foi adicionado um anexo especialmente para tal fim. O autor Eaioratrica - Técricas Prtices Constutvas tara Eeifeacéo - Jule Salgado - 2 Excdo in pT Sore 0 AUTOR Julio Cesar Pereira Salgado nzsceu na cidade de Pindamonhangaba, SP. em 1957. E formado em Técnico em Edificagdes com trabalhos em obras residenciais, desde 1975. Graduado em Engenharia Civil pela Universidade de Taubaté, SP em 1984, atuando, predominantemente, em diversas obras voltadas & produgio e manutengio industrial, sempre & frente da execugao dos servigos. A partir de 1979 passou a lecionar no Ensino Médio ¢ desde 2003 faz parte do Instituto Federal de Educagdo, Ciéncia Tecnologia (antigo CEFET), onde iniciou suas atividades de docéncia no Estado do Tocantins e, atualmente, em Sao Paulo, no campus de Caraguatatuba como professor e coordenador da area de construgio civil. Eaioratrica - Técricas Prtices Constutvas tara Eeifeacéo - Jule Salgado - 2 Excdo 01 Preparativos Iniciais 16 aU ST 1.1 ConsipeRAcdes Inicials Este trabalho visa 4 informagdo ¢ A correta aplicagdo dos diferentes meteriais empregados numa construgio, sem preocupagdo com as suas caracteristicas fisico- ~quimicas, assunto especilice de outras fontes © publicagées. Um aspecto importante que nao seré esquecido é a aplicagio de novas tecnologias num processo construtivo, sem deixar de considerar os processos praticos ¢ importantes que vao, e muito, auxiliar nas tarefas do dia a dia de uma obra. E também necessério ter em mente que uma obra passa por diferentes tapas construtivas e que as construgées tém caracteristicas proprias que requerem, em maior ou em menor grau, diferentes especializagées que vio influenciar no tempo de execugao, qualidade, seguranca e acabamento, refletindo assim no processo de entrega e uso final da edificagao. 1.1.1 Cuassiricacio DAS coNSTRUGOES QUANTO AO USO Quanto a classificagdo das construgées em relagio ao seu uso, podemos considerar as mais significativas: 1. Obras residenciais 9. Obras especiais 2. Obras industriais 10. Obras tempordrias 3. Obras comerciais 11. Obras de arte 4. Obras rurais 12. Obras mistas 5. Obras rodovidrias 13. Obras subterraneas 6. Obras ferrovidrias 14. Obras aquaticas 7. Obras portudrias 15. Monumentos 8. Obras aeroportuérias 1.2 Fasts DA OBRA E importante para o profissional da construgio civil saber distinguir rapidamente as diferentes fases de uma obra, independente de seu tipo e uso. Veremos a seguir as principais fases. 1.2.1 Proseto E o principal elemento de trabalho de um profissional da construgao. E nele que as informagoes de execugdo esto inseridas, tais como: + Locagao: orientagio do posicionamento da obra em relagéo a um determinado ponto ou lugar. Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo * Planta baixa (executiva/arquitetura): desenho com as informagées bésicas como cotas horizontais, destinagdo dos cOmodos, materiais de acabamento, pecas dos mobilidrios ou de instalagdes, entre outros. * Cortes: onde se encontram as informag6es nao mostradas em planta baixa, tais como as medidas verticais ¢ outros detalhes. * Fachadla: sdo os desenhos que mostram detalhes aspectos finais da obra. * Urhanizagao: sio mostrados os detalhes de acabamento externo, como, por exemplo, o ajardinamento. * Instalagées: so varios projetos, conforme aobra, nos quais se verificam os de- talhes de instalages como hidrossanitérias, elétricas, de incéndio, telefonia etc. * Memorial de especificagdes (memorial descritive): caderno no qual se encontram, por escrito, todos os detalhes, materiais e especificagdes a serem empregados na obra. 1.2.2 Veriricagio D0 TERRENO E SONDAGEM De posse dos projetos necessérios, € importante verificar o terreno onde a obra ser4 edificada, tentando observar todas as implicagGes e facilidades, como a existéncia de 4gua superficial, rochas e pedras, acessos, érvores, matagal, animais, construgées vizinhas, existéncia de rede de abastecimento de Agua (c sua capacidade), energia elétrica (¢ sua capacidade), rede de telefone, declividade ete. ‘ais verificagdes se fazem necessérias para o perfeito planejamento da instalagao de um canteiro de obras ¢ contribuigao com 0 sucesso do empreendimento. 1.2.3 IMPLANTAGAO DA OBRA E LOCAGAO Muitas vezes, durante construgio do canteiro de obras, a implantagio da obra principal é iniciada. Nesta etapa se verificam os primeiros movimentos de terra, quando é necessério. E acompanhada pelos responsaveis pela marcagio (topégrafos) dos prineipais pontos (Referéncia de Nivel = RN). ‘As marcagées das Referéncias de Niveis sio necessarias porque € deste ponto que toda a obra ser demarcada, seja quanto as medidas horizontais (comprimentos ¢ larguras), seja quanto as medidas verticais (alturas). O mais importante é que as RNs sejam o mais precisas possivel e devidamente protegidas da destruigao ¢ deslocamentos. O canteiro de obras, por mais simples que seja, é 0 local onde so cxccutados todos os trabalhos intermediérios e preparativos da obra, além de ser destinado aos depésitos de materiais e, muitas das vezes, a construgdo das instalagdes operacionais (escrit6rios, almoxarifados etc.) e de convivéncia (refeit6rios, érea de lazer etc.). Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo aU ST Nem sempre o projeto de um canteiro de obras € especificado no projeto principal. No entanto, € necessério um planejamento para a sua instalagdo, observando todos os aspectos da obra. As informagées coletadas quando da visita e verificagao do terreno sao, nesta etapa, bastante titeis. Em alguns casos, por falta de espago no terreno destinado as construgdes, nao ha possibilidade da instalagao de um canteiro de obras adequado e, neste caso, pode-se optar pelo aluguel de um terreno adjacente ou o mais préximo possivel da obra. 1.2.4 Movimento DE TERRA E DRENAGEM Estabelecida a RN da edificagio, é também importante realizar todo o movimento de terra, seja corte ou aterro, necessério parao inicio propriamente dito das obras. Nao menos importante é a protegao das obras quanto aco das 4guas pluviais (chuva) de modo que nao causem prejufzos durante a execugio dos trabalhos. 1.2.5 FUNDAGGES/INFRAESTRUTURA Etapa da obra em que sao executadas as estruturas de sustentagao da edificagao com a finalidade de descarregar os esforgos no solo. Cuidados devern ser observados nas escavagdes de modo que propiciem protegio aos trabalhadores, protegendo-os de desmoronamentos. Outro cuidado a ser observado é a presenga de gua que pode dificultar os trabalhos e, neste caso, medidas de rebaixamento de lengol fredtico devem ser tomadas. 1.2.6 IMPERMEABILIZAGAD Eo procedimento que visa evitar a influéncia da gua nas edificagdes. Normalmente 6 executada no respaldo (parte superior) das fundagdes. Vale lembrar que no existe "meia" impermeabilizagao ou uma impermeabilizagao simpléria. Isso gera tempo e dinheiro jogados fora e sérios transtornos no futuro! Existem varios processos de impermezbilizagio e em casos especiais ela € conjugada com sistema de drenagem. 1.2.7 Awenaria Sfo as paredes que vio definir as diferentes areas de uma edificagao. 1.2.8 SuperestRuTURA Sio as estruturas que vao suportar todos os esforgos construtivos e de uso de uma edificagao. E nesta etapa das obras que surgem os pilares, as vigas ¢ as lajes, quando forem necessérias. Cuidados devem ser tomados quando da montagem de Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo Prepanarivos Inciais oO andaimes e cimbramentos necessarios aos trabalhos de forma, armagao, concretagem e desforma. Capitulo & parte trata dos cuidados quando do langamento ¢ adensamento dos concretos. 1.2.9 Pisos J4€ uma etapa construtiva, que muitos consideram ¢ etapa de acabamento da obra, porém € importante que sua base de sustentagao esteja corretamente executada e, em alguns casos, um eficiente tratamento de impermeabilizacio é preciso. Um defeito muito comum é 0 nfo respeito as declividades necessdrias em diregao aos pontos de escoamento, principalmente nas 4reas consideradas "molhadas" onde o uso da 4gua € constante, como, por exemplo, em edificagées residenciais como banheiros, areas de servigo, cozinhas, lavanderias, varandas e canis. Quando se fala em "pisos", normalmente vem a lembrangaaquele piso com pegas de ceramica assentada. E bom lembrar que nf € s6 isso. Também podem ser criados pisos de concreto destinados a suportar enormes carregamentos e as vezes dosados com aditives que proporcionam caracteristicas de alto desempenho. 1.2.10 Copertura O sistema estrutura do telhado mais telhas é o que chamamos de "cobertura". Sistemas e materiais sao inGmeros para as diferentes utilizagdes. Cuidados especiais devem ser tomados no caso de uso de madeiras. Elas devem ser realmente de lei (madeira dura e compactada) e isentas de umidade natural (madeira seca) para que nio haja comprometimento da estrutura em caso de retragées indesejaveis. Para telhados extensos é preciso realizar um projeto especifico. 1.2.11 Esauaprias ‘Trata-se do assentamento dos batentes (portais) das portas ¢ das janclas (ou “vitraux’). As folhas de portas, ferragens ¢ vidros normalmente séo colocados dias antes da entrega da obra, j4 em sua fase final de construgio. 1.2.12 INSTALACOES HIDRAULICAS, ELETRICAS E DE INCENDIO Muitas vezes, por intermédio de projetos especificos, as instalagdes de abas- tecimento e protegio so construfdas antes do inicio do acabamento (revestimentos) das obras. E preciso atengio redobrada, uma vez que quaisquer problemas nas instalagdes apés os revestimentos finais acarretam transtornos irrepardveis, prin- cipalmente quando a edificagao jé estiver em uso. Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo 20 aU ST ‘As tubulagGes hidrdulicas devem ser testadas sob pressio para verificagio de pontos devazamento, as instalagGes elétricas testadas quanto a fuga de energia, aterramentos € equilibrio das tensdes, e por iltimo as instalacdes de combate a incéndio testadas quanto A pressio de 4gua nos hidrantes e demais sistemas de controle. 1.2.13 Revestimento Nesta etapa sio executadas as medidas de protegio (finalidade principal dos revestimentos) de tudo o que foi edificado. Na maioria das vezes, conciliam-se protegio e beleza. E quando o proprietério mais observa, principalmente se a obra € residencial. Sao executados nesta fase os rebocos, embogos, pintura, azulejos e cerdmicas. 1.2.14 IsoLamentos TERMICO E ACUSTICO Algumas obras requerem servigos especiais, como o isclamento do som (actistico) e do calor (térmico). Materiais especiais si empregados e normalmente aplicados com mio de obra especializada. Como exemplo de necessidade de isolamento actistico temos salas de gravacao, ambientes préximos a rufdos excessivos, casas de espetéculos, entre outros. No isolamento térmico temos camaras frigorificas, salas destinadas ao abrigo de equipamentos de alta sensibilidade, fornos, entre outros. 1.2.15 Pintura ‘Também considerada um revestimento. Técnicas apropriadas sao empregadas para proporcionar durabilidade adequada e cumprir a sua fungdo de proteco do substrato (onde a tinta se fixa). Observa-se que cada tipo de tinta possui uma especificagio prépria que deve ser seguida rigorosamente. Em ambientes industriais usam-se tintas nio com a finalidade primeira de embelezamento, e sim de protegio. 1.2.16 Paisaciswo & LIMPEZA Jéestamos na etapa final de uma edificagio, quando so executados os servigos de paisagismo como o plantio de gramas, arvores, plantas ornamentais e, para completar, a limpeza final para a entrega da obra ao cliente. 1.2.17 ENTREGA DA OBRA Depois de tudo limpo é necesséria e importante uma conferéncia das instalagdes ¢, se for preciso, corrigir os defeitos ¢ efetuar retoques antes da entrega ao cliente. Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo Prepanarivos Inciais Ea 1.3 Canteino DE oBRAS 1.3.1 Preparacio A limpeza do terreno consiste na retirada de todos os eventuais entulhos e obstéculos para a construgio. Eles devem ser removidos e destinados a local apropriado. Em alguns casos se pode proceder & abertura de buracos para que sejam enterrados ou, ainda, se for possivel, aproveité-los para um aterro, dependendo da qualidade do material. Feita a limpeza dos entulhos ¢ outros materiais, deve-se proceder a retirada de toda a vegetagio, inclusive da camada vegetal do solo, que normalmente nio ultrapassa 20 em. Isso pode ser feitocom ferramentas manuais (enxadas) ou equipamento apropriado (tratores com laminas, patrol ete.), dependendo do tamanho da érea a ser edificada. A remogao da camada vegetal € necesséria porque pode comprometer a estabilidade da base de aterros ou de pisos. Cuidado especial também requerem as drvores que nio sero retiradas, ¢ que estejam préximo das construges, pois as suas rafzes so sérios problemas para as fundacdes ¢ as redes de abastecimento. Na remogao de drvores, € preciso verificar com antecedéncia o procedimento com os 6rgios florestais competentes. 1.3.2 Movimento DE TERRA Destinado a adequar 2 condigao do terreno para a implantaggo da obra. Os movimentos de terra (corte e/ou escavagao) so executados apés a intervengao topogrifica, definindo as cotas e marcos necessérios. Equipamentos mais comuns utilizados: + Retroescavadeira * Pé carregadeira * Caminhdes basculantes 1.3.3 FEcHAMENTO E CERCAS Aeconomia é um item que deve sempre estar presente em todos os aspectos da obra sem, no entanto, comprometer o projeto e a seguranga. No canteiro de obras isso nio € diferente. Os fechamentos e cercas devem ser sempre de material que no comprometa os custos. Lembre-se de que, no final da obra, essas instalagbes serdo desfeitas para dar lugar ao fechamento definitivo e nem sempre os materiais utilizados sao reaproveitados. Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo aU ST Os materiais comumente utilizados para o fechemento (também chamados de tapumes) so as placas ou chapas de madeira compensada resinada na medida de 1,22.x2,44 m com seis ou oito milimetros de espessura, de segunda qualidade e quando muito, pintadas com tinta létex de segunda linha ou tinta a base de cal. E interessante uma anilise do projeto quanto ao fechamento da 4rea. Muitas vezes parte do fechamento provisério pode ser substitufda pelo fechamento definitivo. Nio devemos esquecer a necessidade de um portéo de pelo menos 3,20 m de largura, destinado a entrada e saida de equipamentos. Em canteiros de obras de grande porte, esses acessos podem até ser independentes. Quanto a sua execugio, procede-se da seguinte maneira: * Limpeza e alinhamento do local do tapume a ser executado; * Escavagio de buracos de pelo menos 20 cm com 40 cm de profundidade, e espagados a cada 1,22 m (largura da chapa); * Colocagio de "pontaletes" de madeira nz bitola de 7x 7 cm com pelo menos 2,90 m de comprimento nos buracos escevados, na posi¢do vertical ea prumo. Apiloar (socar) com terra o buraco com os pontaletes posicionados; * Fixacdo das chapas nos pontaletes por intermédio de pregos; + Ebom que, pelo menosa cada vito chapas de fechamento, seja feito um apoio de sustentacao no sentido vertical ao tapume executado. Outro sistema a ser considerado € a execugao do fechamento utilizando cerca de arame, com o uso de mourdes de concreto ou de madeira. 1.3.4 Drenacem ‘A Agua torna-se, as vezes, um inconveniente para as obras de construgao civil, portento devemos nos prevenir de sua ago. Seria desagradavel uma atividede ser interrompida porque houve empocamento de gua no canteiro de obras. Deve-se verificar a necessidade de construgdo de valas com inclinagéo minima de 1% para o escoamento répido das 4guas pluviais e tomar 0 cuidado de manté-las sempre desobstrufdas. Nao se esquecer de prever dutos de passagem para gua nas vias de acesso. E evidente que a dimenso das valas deve ser compativel com a expectativa do volume pluviométrico ¢ a sua intensidade, prevendo assim surpresas desagradaveis. 1.3.5 Acessos Itens pouco considerados num canteiro de obras sao os acessos de entrada € saida de materiais e sua distribuigao. De acordo com a obra, tais acessos devem ser Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo o mais simples possfvel, tomando o cuidado de ter sempre condig6es de transit. No planejamento de uma obra, tal item, dependendo do porte da obra, é de fundamental importéncia. Os acessos ¢ 0 sistema vidrio devem ser feitos com material de boa procedéncia € qualidade, compativel com os custos previstos da obra. A drenagem comentada no t6pico 1.4 é item que, se bem executado, proporciona pouco desgaste nas vias internas de um canteiro de obras. 1.4 Instatacdes (NR 18) ANorma Regulamentadora n° 18 estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organizacio que objetivam a implementacao de medidas de controle ¢ sistemas preventivos de seguranga nos processos, nas condigdes ¢ no meio ambiente de trabalho na Indtistria da Construgdo (Ministério do Trabalho, portaria n¢ 4, de 4 de julho de 1995). Essa norma e outras relativas & seguranga no trabalho podem ser obtidas no site http://www.mte.govbr/legislacao/normas_regulamentadoras|. 1.4.1 Ebiricacdes provisdrias Sio as instalagdes destinadas 2o apoio as obras de construgio. Estes devem ser executadas com materiais de baixo custo, mas sem comprometer os objetivos € as especificagdes da NR 18. Normalmente essas construgdes so moduladas conforme o material a ser utilizado, que geralmente sio as chapas de madeira compensada de 1,22 x 2,44 m com 6 ou 8 mm de espessura, assentadas sobre pontaletes de madeira de 7x 7 em ou 5.x 5 cme com cobertura de telhas de cimento amianto. O piso normalmente € de cimento, com acabamento "desempenado" ¢ "queimado’. As instalagdes sanitérias sio.as mais simples possfveis, respeitando as condigdes minimas de higiene, bem como as instalagies elétricas. Quanto as dimensGes dos diversos cémodos, devem obedecer as estabelecidas na NR 18 ou o Cédigo de Obras do municipio da obra. Areas OPERACIONAIS Sio as instalagdes destinadas a: * Escrit6rios, elmoxarifados, depésitos; * Instalagies de preparo de formas, armagio ¢ concretos; * Manutengio de maquinas e equipamentos. Essas instalagdes requerem omfnimo possfvel e necessdrio para a operacionalidade da obra, Devem-se prever instalagées elétricas ¢ hidraulicas compativeis com o nimero de pessoas que vao ocupar tais instalagGes. Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo Ed aU ST fAneas oe vivéucin Sio as instalagdes destinadas a: * Refeitérios * Sanitérios; * Lazer; * Dormitérios; + Ambulat6rio; * Vestidrios. Para os funcionarios que teréo permanéncia na obra devem ser previstas instalagdes que propiciem conforto minimo, as quais devem obedecer aos quesitos mencionados na NR 18. FORNECIMENTO DE AGUA Uma obra nao tem bom desempenho se néo for garantido um suprimento de Agua confidvel e constante. Para isso € bom tomar algumas providéncias: + Rede piblica: o volume de fornecimento € compativel com o consumo da obra? Se no, € necessério solicitar ligagao de maior fornecimento. O forneci- mento no sofre interrupgdo constante? Se sim, providenciar condigao de estoque de 4gua, seja por meio de tambores apropriados, construgio de cis- terna ou cacimbas, ou contratagio de fornecimento externo de égua (caminhoes pipa). ° Nao ha rede pil je abastecimento: neste caso é necessdria a construgdo de cisternas (ou cacimbas), que consiste na escavacio de um buraco no solo de aproximadamente 80 cm de didmetro até a profundidade suficiente onde se encontre dgua (lengol fredtico) em volume necessério parao abastecimento da obra. Essa cisterna deve ser revestida com alvenaria de tijolos furados no sentido transversal ou com manilhas de concreto no diametro da escavagao. Esse procedimento visa A protegio do pogo contra eventuais desabamentos. O local deve ser protegido na superficie quanto A queda de materiais e pessoas. A retirada da 4gua deve ser por meio de baldes, utilizando um sarilho ou mesmo bombas de égua acionadas eletricamente. Muita atengio quanto a época da escavacio do poco. Em perfodos de seca, 0 lencol freético é mais profundo. Deve-se também observar o volume de reposigio da 4gua no pogo, quando o consumo é muito grande. Em alguns casos nio se encontra gua em profundidade compativel a um pogo (cisterna) a céu aberto. Neste caso é necessério um pogo artesiano. Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo Prepanarivos Inciais EJ FORNECIMENTO DE ENERGIA ELETRICA Assim como no fornecimento de 4gua, o fornecimento de energia elétrica néo € menos importante. Em primeiro lugar, verificam-se os equipamentos e maquinas elétricas que serdo utilizados na obra e suas respectivas poténcias elétricas com 0 cuidado de anotar 0 equipamento de maior poténcia e consumo. Nao esquecer as instalagées préprias do canteiro, tais como iluminago, tomadas de energia, chuveiros, equipamentos de escritério, entre outros. De posse dessas informagées solicita-se A concessionéria local a devida ligagéo provisoria de energia elétrica. E interessante uma consulta prévia & concessionéria, pois as exigéncias para tal ligagdo podem variar de acordo com o local em fungio da disponibilidade de fornecimento de energia por parte da concessionéria. + Nao ha rede publica de energia elétrica: neste caso é necesséria a instalagao de um gerador de energia eléirica para suprir a demanda de energia da obra. Escoro Feitas as instalag6es hidrdulicas, também deve haver preocupaco com o destino dos esgotos gerados pela obra. Se no houver rede piblica de coleta, serdo entéo construsdas fossas sépticas ¢ sumidouros, quando for caso. Se for preciso construgio de fossas, elas deve ser esvaziadas no final da obra ¢ devidamente aterradas. Una alternativa bastante interessante e que deve ser considerada é 0 uso de sanitérios quimicos, pois proporcionam uma répida instalagdo, principalmente nos momentos iniciais da implantagao de uma obra. Figura 1.1 - Fonte: www.sanirio.com.br, acesso em em 20/0 Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo LJ aU ST EsTocaGem DE MATERIAIS Os materiais utilizados na obra podem ser perecfveis (que em contato com as intempéries, modificam suas caracteristicas), como o cimento, a cal, o gesso, edevem ser estocados apropriadamente e protegidos das intempéries. Os néo pereciveis, como, por exemplo, areia, brita, tijolos, ferros ete. podem ser armazenados ao ar livre. * Cimento e cal: devem ficar armazenados, protegidos do sol, da chuva e da umidade, em depésitos cobertos, arrumados sobre estrados de madeira, afastados das paredes ¢ do piso cerca de 10 cm. Cartio alcatroado ou telas de plastica impermeavel Poucos vaos. 10 sacos superpostos no maximo Uns 10 cm ira: devem ser armazenedas em depésitos em forma de baias, separadas por divis6rias de madeira, de acordo com a sua granulometria. A declividade do solo na regido das baias deve ser suficiente para que nao haja actimulo de agua sob o material estocado. Prever acesso dos veiculos que vio descarregar tais materiais. jolos: armazenados em dree nivelada, arrumados em pilhas de 500 unidades (para tijolos furados na medida de 20 x 20 x 10), ocupando uma érea de aproximadamente 1,30 m’. Em épocas de muita chuva, deve-se proteger as thas com lonas plasticas para que a umidade constante nio prejudique os tijolos. + Madeiras: sempre que possivel, sio armazenadas em galpées cobertos ventilados, tomando o cuidado de colocar sob as pilhas de madeiras espacadores sobre o solo para evitar que a umidade atinja a madeira. O tamanho do local 6 muito varidvel devido & diversidade das "bitolas’ e dos comprimentos das pegas a serem utilizadas. As chapas de madeira compensada devem receber cuidado especial ¢ serem protegidas contra as intempéries. * Feros: nao ha necessidade de estocagem coberta, devendo ser reservada uma 4rea de, no minimo, 15 m de comprimento ¢ 0,50 m de largura para cada bitola. Essas barras devem ser assentadas sobre cavaletes de madeira ou mesmo de Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo ferro, distanciadas 4 m paraas bitolas maiores e 2m a3 m paraas bitolas mais finas. Néo se esquecer, quando possivel, de espago suficiente para a entrada de caminhdes com a finalidade de descarregamento de material. * Ceramicas, azulejos, tubos e conexes: apesar de nao serem materiais pereciveis, devern ser armazenados em locais cobertos e fechados (almoxarifado) por causa de seu alto custo e fragilidade. DistriBvi¢ao DE MAQUINAS E EQUIPAMENTOS ‘As instalagdes das maquinas necessérias a execugdo dos trabalhos em canteiro de obras, tais como betoneira, serra de fita, serra de disco, bancadas de corte edobramento de ago, devem obedecer a critérios de uso racional para evitar deslocamentos desnecessérios e improdutivos. Estudo especffico deve haver sobre o canteiro de obras quando for destinado, também, a produgio de pegas pré-moldadas, pois o uso de equipamentos de médio ou grande porte se faz necessirio, a exemplode utilizagao de gruas, pérticos e guindastes, especificamente dimensionados para tal atividade. E importante que esses locais sejam muito bem iluminados (para trabalhos noturnos) e suas instalagGes elétricas muito bem executadas. LocAL PARA PREPARO DE ARGAMASSAS E CONCRETOS Esse local (chamado de "masseira" ou "terreiro") consiste em uma frea de aproximadamente 6 m? com revestimento de tijolos, tabuas ou cimentado com ligeiro caimento para o centro e protegido por tébuas laterais numa altura de, aproximadamente, 30 cm para evitar o espalhamento dos materiais quando do preparo. Deve-se posicionar a 4rea préximo a um ponto de 4guae ser estrategicamente colocada junto as baias de agrogados c depésito de cimento. O mesmo prinefpio deve ser aplicado quando da montagem de uma betoneira. Protegio conTRA INcENDIO. Num canteiro de obras, os extintores portiteis de combate ao inc&ndio sfio os equipamentos basicos ¢ somente devem ser utilizados aqueles que atendem as normas vigentes. Para efeito pratico relacionamos locais ¢ tipos de extintores apropriados que devem ser colocados em locais de facil acesso e totalmente desobstrufdos: * Escritérios de adi ou de espuma; + Depdsito de infamave + Cozin istragao: extintor de agua pressurizada (AP), Agua-gis (AG) : extintor de CO,, p6 quimico seco (PQS) ou espuma; : extintor de CO,, pé quimico seco (PQS) ou espuma; Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo aU ST * Serra circular: extintor de 4gua pressurizada (AP) ou 4gua-gés (AG) para madeira e extintor de CO, para o equipamento elétrico energizado; + Maquinas e equipamentes: extintor de CO, ou pé quimico seco (PQS). E sempre bom lembrar que chamas e dispositivos de aquecimento devem ser mantidos afastados de madeira ¢ outros materiais inflaméveis ¢ que a areia é um bom. aliado no combate ao incéndio. QD Nunca hesite em chamar o corpo de bombeiros. 1.5 Exercicios 1, Classifique as seguintes obras quanto 20 uso: a) Shopping b) Escola c) Pavimentagio de ruas urbanas d) Centro de exposiggo agropecuéria Préximo de uma obra a ser executada hé um depésito de ferro-velho que vende tambores de lata (200 litros) a pregos muito interessantes. Quando podemos utilizar esse material na instalagao do canteiro de obras? Que bebida nao pode ser consumida em uma obra? Na implantagiio de uma obra verifica-se a seguinte situagio: a) Héum terreno baldio ao lado do terreno no qual a obra ser4 implantada. b) Enecessario fazer uma limpeza no terreno da obra, retirando entulhos. c) _ Existeverba no orgamento da obra para a contratagio de empresa que retire oentulho. d) Que destino vocé daria ao entulho? Justifique. Eaioratrica - Técricas Prtices Constutvas tara Eeifeacéo - Jule Salgado - 2 Excdo 02 Implantagao da Obra Ee ga UL 2.1 MA0 DE OBRA - FERRAMENTAS MINIMAS Para a execugio das obras, obviamente € preciso contratar mio de obra nas diferentes especialidades e ajudantes (serventes). Uma boa maneira de verificar, mesmo que empiricamente, se um profissional € competente, € pela observagao de suas ferramentas de trabalho, que devem estar limpas e em bom estado de conservagao. Listamos a seguir as ferramentas mfnimas que cada profissional deve possuir (um profissional que apresenta ferramentas usadas € sinal de que ele as utiliza): + Pedreire: colher de pedreiro de 8", desempenadeira de madcira, desempenadeira de aco, metro de madeira dobrdvel ou trena de ago, prumo de centro ¢ de face com cordel, esquadro, nivel de bolha de madeira, talhadeira e ponteiros. ° Car : serrote de 26", martelo do tipo unha, metro de madeira dobravel ou trena de aco, esquadro, prumo de face ¢ lépis de carpinteiro. * Auilejista: todas as ferramentas de pedreiro, desempenadeira metélica dentada, martelo pequeno, torqués, riscador com ponta de vidi + Marceneiro: todas as ferramentes do carpinteiro, furadeira, jogo de chaves de fenda, arco de serra, serrote de ponta, jogo de formao, verruma e plaina. + Encanador: alicate, alicate de pressio, chave de grifo de 14", nfvel de bolha de madeira, jogo de chave de boca, jogo de chave de fenda, metro de madeira dobrével ou trena de ago com 3 m, arco de serra e marreta. © Eletricista: alicate universal de 8" com isolamento, alicate de bico fino com isolamento, jogo de chave de fenda, metro de madeira dobravel ou trena de ago com 3 m, nivel de bolha de madeira, canivete ou estilete. * Pintor: espatula e desempenadeira de aco. 2.2 Locacio Entende-se por locagio de uma obra transferéncia dos dados e medidas de um projeto para o local (terreno) onde a edificagio seré consolidada. £ considerada de grande importancia e cuidados devem ser tomados para que essas medidas sejam as mais confidveis possiveis, pois seria muito desagradavel perceber, jé no adiantado da obra, que uma parede foi executada no lugar errado. As etapas a seguir tém como base obras de peque: necessidade de instrumentos e equipamentos espec: instrumentos de preciséo sempre sio bem-vindos). e médio portes, sem is (apesar de que os Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo Para a boa locagdo de uma obra € necessario, antes de qualquer atitude, observar certos aspectos que proporcionam um bom trabalho: local da obra deve estar limpo e livre de vegetagao. Utilizar instrumentos de medids (trena de pelo menos 20 m e"mangueira de nivel") em perfeito estado de conservagio ¢ preferencialmente aferidos. Estar com os projetos de implantagio e locagio da obra. Anotar nos desenhos as cotas e medidas acumuladas ponto a ponto. Ter certeza da veracidade da Referéncia de Nivel (RN). Estar com os materiais ¢ ferramentas de marcagdo, tais como sarrafos de madeira com 10 cm de largura, serrote, pontaletes de madeira de 7 x 7 cm, linhas, pregos, tintas, lépis, martelo, marreta, estacas, entre outros. Ter auxiliares competentes. 1 rapa - DEFIWIGAO DO TIPO DE LOCAGAO - GABARITO Para uma obra com poucos elementos a serem locados, cavaletes estrategicamente colocados nos principais alinhamentos so os mais recomendados ¢ em obras com diversos elementos, a utilizagdo de sarrafos de madeira ao longo da periferia da obra € a mais adequada e segura. Em ambos os casos, essas marcagdes vio estar, aproximadamente, 50 cm acima do solo no seu ponto mais alto e muito bem fixadas ao solo e em nivel. Travascom 4. sarrafo 2:5 x5 cm Sarrafo 2,5 x 10 cm Pontaletes 7 x 7 cm firmemente cravados no solo Exemplo de uma marcagéo com sarrafes de madeira. Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo 2 pT Pontaletes cravados no solo Sarrafo 2.5 x 10 cm. pregado em nivel no pontalete Figura 22 22 ErAPA = POSICIONAMENTO DAS LOCACGES ‘As locagées devem estar afastadas, quando possivel, pelo menos 1 m das escavagdes necessérias para a execugdo das fundagées ¢ alicerces. Devem ser cravados firmemente no solo pontaletes alinhados ¢ distanciados de 1,50 m a 2 m, em seguida serio pregedos, em nivel, os sarrafos de madcira. O nivelamento se consegue com a "mangueira de nivel”. O excesso (sobra) de pontalete acima do sarrafo deve ser serrado. Em terrenos em aclive, as locagdes devem ser feitas em forma de degraus. FS Figura 2.3 - Gaharito em terreno em deciive (ou aciive). 32 Etapa ~ ESQUADRO DA OBRA Definido o eixo principal da obra, deve-se proceder a marcagdo de um eixo transversal, o que se consegue coma utilizagao dos conceitos bésicos do triangulo retangulo. As medidas comodas de um triangulo a ser utilizedo sio 3,00 me 4,00 m para os catetos e 5,00 m para a hipotenusa (ou 60x 80x 100 cm). Figura 2.4 (2). Outra forma de conferir 0 esquadro dos alinhamentos dos eixos € mediar as. diagonais entre eixos paralelos, o que forma um quadrilétero. Essas diagonais devem ter amesma medida, Figura 2.4 (b). Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo 42 Tapa» MARCACAO DOS ALINHAMENTOS Sobre os sarrafos jé em nivel devem ser marcados os alinhamentos das pecas construtivas, de acordo com o projeto. Essas marvagdes podem ser por meio de pregos ou entalhes executados por serrote. E conveniente que seja marcado no lado do sarrafo o ntimero do eixo correspondente aquela marcagio. ‘Uma marcagio bésica consiste em: Eixo do elemento construive—— Sarato do gabarto Laban YYW) Ws Y 7 ' a apcasiie oe avensinn sem revestiment +++ Larguradavalaa ft ~¥ cer eseavada —~ Figura 2.5 O alinhamento dos elementos construtivos, tais como paredes ¢ bases, ¢ definido entio pelo posicionamento de linhas, ligando os eixos ou marcagdes correspondentes em cada lado do gabarito. Normalmente sio utilizadas linhas de ndilon n° 60 ouarames galvanizados n° 18 Giese Qatdoa distancia entre os Indos opostos de um gabarito muito gran— de, sio executados gabaritos intermediérios. No exemplo a seguir é mostrada a planta de uma residéncia cireundada por gabarito. Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo u ga UL Notam-se: Os sarrafos fixados nos pontaletes. As linhas dos eixos das paredes a serem construfdas. ‘As cotas do projeto marcadas de forma acumulativa. Cotas acumuiadas NN o 250___365__480 730 885 Alinhamento (eixo) 295 755 2.3 Movimento DE TERRA 2.3.1 Conte E ATERRO Com o terreno limpo € necessfria a conferéncia dos levantamentos planialtimétricos fornecidos pela topografia. Assim so demarcados no terreno os marcos principais da obra (RN = Referéncia de Nivel) para que se inicie, se for 0 caso, o movimento de terra para a adequagio do terreno ao projetado para a obra. Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo A porgGo de terra retirada chama-se corte ¢ a porgao de terra destinada ao enchimento de uma determinada area chama-se aterro. Em ambos 0s casos, procedimentos técnicos e profissional habilitado so necessérios quando o volume a ser movimentado corresponde a: * Aterros com responsabilidade de suporte; * Aterros com altura superior a 1 m; * Aterros com volume maior que 1.000 m3. Elementos de um movimento de terra: Corte Aterro Crista do talude t Linha de corte ou aterro Talude PE do talude Figura 2.7, Quanto & classificagio dos materiais para efeito de corte/escavaco, podemos dizer: * Material de primeira categoria: terras em geral, argilas, rochas em adiantado estado de decomposigao (saibro) e seixos com diametro méximo de 15 cm. + Material de segunda catego inferior ao granito. rochas com resisténcia a penetragio mecinica * Material de terceira categoria: rocha com resisténcia a penetragao mecénica igual ou superior 20 granito. Evidentemente existem ensaios normalizados para a garantia da qualidade do material a ser utilizado, no caso de aterros, e da sua compactagao. Quanto ao material a ser utilizado nos aterros, nfo séo recomendados turfas, argilas organicas, solos com material organico, entre outros. Para uma boa compactagao em aterros, recomenda-se para compactacio manual uma camada de material solto néo superior a 20 cm, e para compactagéo mecanizada a altura de material solto varia em fungdo do equipamento utilizado, podendo ser 20 cm até 40 cm, e o grau de compactagio nfo deve ser inferior a 95%. Eatora trica - Tbcricas Prices Constutvas tara Eefeacdo - Jule Salad 36 ga UL Uma nova camada de solo solto s6 pode ser langada ap6s a verificagao da qualidade da compactagdo da camada anterior e, se nao forem atingidos os valores adequados, tal trecho deve acompanhar as seguintes etapas de recomposicio: * Escarificagao * Homogeneizagéo * Acerto da umidade adequada * Recompactagio + Eem tltimo caso, troca do solo ‘Toda a camada de solo vegetal deve ser retirada antes do inicio dos ser- vigos de aterro. Respeitar 0 Angulo de talude nos cortes e nos aterros de acordo com 0 solo utilizado e ensaios de laboratério, Os equipamentos normalmente utilizados so: * Caminhio basculante * Retroescavadeira * Rolo compactador © Caminhées pipa * Trator de limina * Trator com grade * Motoniveladora Os manuais dos equipamentos forecem informagGes suficientes so- Gs bre a produtividade. Dicas para um bom trabalho em solos: + Terreno arenoso ou terra solta: cscavar cm talude, isto é, cortando o terreno em plano inclinado. Se a profundidade for grande, escava-se em degraus. + Escava I: proteger os barrancos conforme as normas de seguranga ou projeto especifico. + Terrenos com nascente d'dgua: desvier o curso da Agua ou executar drenos. © Terrenos muito iimidos: fazer drenagem superficial ou rebaixamento de lengo fredtico antes da escavagao ou aterro. © Terrenos inclit os: fazer patamares horizontais antes dos aterros. Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo * Empolamento: prever o empolamento do material antes dos movimentos de terra, Empolamento € a relagao percentual de volume do material escavado com o volume do mesmo material solto. ‘Selagem" do aterro: recomenda-se compactar o solo solto imediatamente na iminéncia de chuva. * Compactagao: deve ser eficiente e com equipamentos adequados. O movimento de vefculos sobre o soloa ser compactado cria uma "ilusio de solo compactado"; isso nao funciona. 2.3.2 DesmonTe DE ROCHA Item especifico das escavagdes porque envolve técnica e pessoal habilitado. O desmonte de rocha pode ser dividido em dois tipos: Desmonre a Frio Eo desmonte com a utilizagdo de perfuratrizes ou marteletes com a finalidade de romper blocos de concreto ou rochas, reduzindo a tamanhos que podem ser transportados por um homem, exceto quando sio utilizados equipamentos c vefculos de transporte. Nessa atividade devem-se tomar as seguintes precaugdes: * Umedecimento constante do local, evitando desprendimento de pociras. * Utilizagio de EPIs adequados, como miscara com filtro, protegio auricular, botas apropriadas, luvas de raspa de couro, éculos de seguranga ¢, quando necessario, cinto de seguranga do tipo paraquedista. * Utilizagio de abafadores de ruido nos equipamentos de perfuragio e/ou desmonte. * Redugéo méxima possivel do incémodo causado pelo barulho perante os moradores das proximidades. Desmonre a Foco F a aplicagio e utilizagio de explosivos para o desmonte do macigo rochoso. A quantidade de explosive, bem como a sua distribuigao no macigo a ser rompido, deve ser estabelecida por profissional legalmente habilitado e competente. Nomenclatura usual © Furos (mit is): local onde sio colocados os explosivos; * Fogos: explosées; ° Be jas: forma geométrica dada ao terreno, explosdes sucessivas; Eaioratrica - Técricas Prtices Constutvas tara Eeifeacéo - Jule Salgado - 2 Excdo ga UL documento basico que permite o acompanhamento de um : fogo ou explosio secundéria; carregamento: quantidade de explosivo para o desmonte ou rompimento * Blaster: profissional especializado nas atividades e operagdes com explosives; Paiol: local para a armazenagem dos explosivos e seus componentes. Deve obedecer a normas especificas. Etapas de uma explosao + Fissuragao: rompimento inicial da rocha; © Onda de choque: propagaeao da forca da explosio; * Deslocagi Principais cuidados e observacées gerais rompimento do material, formando uma nova bancada. Antes da explosio * Retirada do pessoal e dos equipamentos da rea de explosio antes da chegada dos explosivos; * Estabelecer sistema de alarme sonoro para alerta de explosao e de abandono da drea. Apés a exploséo * Nao retornar ao local antes que se desfacam totalmente a fumaga, poeira gases t6xicos provenientes da explosio; * Quando forem empregadas espoletas elétricas, verificar se os fios de ligagio de todas as fontes de alimentagio estio desconectados; + Nocaso de haver queima, durante a explosio de uma carga, nfo se aproximar imediatamente da érea de detonagio, pois os gases produzidos por essa queima sio altamente t6xicos. 2.3.3 CONTROLE DE EROSAO E SEDIMENTAGAO Realizados os trabalhos em terra, € importante a sua protego em fungao de chuvas, que podem ocasionar carreagio do solo compactado. Uma das alternativas mais utilizadas € 0 plantio de gramincas (gramas) nos taludes executados, pois as suas raizes dao sustentabilidade ao solo. Em atcrros onde o grau do talude deve ser maior que o grau natural do solo utilizado, usam-se recursos que véo dar suporte 2 essa condigao, ¢ 0 mais usual so os "muros de arrimo" que podem ser de concreto, pedras, sacos de areia, entre outros. Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo Quando os aterros sio executados em lugares alagados, utilizam-se, mais comu- mente, os chamados "gabides", que sdo gaiolas de teles de arame galvanizado preenchidas com pedras, colocadas uma sobre as outras, constituindo um muro de protecao. Tampa Testeiras Pano base Figura 2.8 - Fonte: www telasguara.comriprodutos/gabioestuplatorcan.him em 19/05/2008 O escoamento apropriado das 4guas também € necessério. Canaletas de drenagem sdo construidas ao longo dos aterros e dos cortes com a finalidade de dar direcionamento e velocidade adequada As dguas. 2.3.4 SEGURANGA E CUIDADOS Para que os trabalhos em terra procedam de maneira segura, algumas medidas devem ser tomadas para efeito de protegdo dos trabalhadores, dos equipamentos do bom andamento da obra: * Retirada ou escoramento de todo e qualquer material e objeto. Verificagdo das construgées vizinhas, tais como casas, muros etc. Caso haja necessidade, executar escoramentos para protegio. Desligamento de todos os cabos subterraneos de energia elétrica. Na impossibilidade de tal procedimento, adotar medidas preventivas. Escoramento dos taludes instaveis ou com presenga de gua para escavagoes com profundidade superior a 1,25 m (NR 18). Uso de escadas ou rampas para escavagoes acima de 1,25 m de profundidade. Escavagées acima de 1,75 m de profundidade devem ter, obrigatoriamente, escoramento apropriado (NR 18). Umma sinalizagio (inclusive noturna) deve ser prevista, bem como todo o perimetro dos trabalhos isolado. Vistoria das escavagées e taludes apés a ocorréncia de chuvas. Proibigao do transito de veiculos préximo as escavagées manuais. Outras medidas afins. Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo 2.4 DReNAGEM 2.4.1 GeneRAUpanes A presenga da agua torna-se, 2s vezes, um inconveniente na edificagio de diversas obras, principalmente nas que envolvem escavagées. Faz-se necessério atenuar sua interferéncia e, se posstvel, elimin4-la até a conclusdo total das obras, pela execugio de drenos. Em obras de escavagio, a presenga da 4gua modifica o equilibrio das terres, provocando a instabilidade do fundo das escavages e o desmoronamento dos taludes. Assim, 6 obrigatério 0 cuidado especial nos escoramentos, uma vez que maiores so os empuxos a serem resistidos. Para efeito ilustrativo, a seguir hé um esquema da presenga de 4gua no subsolo, mostrando a diferenca entre os chamados "pocos ou cacimbas" e os "pocos artesianos". Pogo ou cacimba Pogo artesiano :—+ Solo da superficie — Aquifers livre (solo + agua) —> Camada de solo impermeavel _—+ Aquifero livre (solo + Agua) ee —> Camada de solo impermeavel (solo) Figura 2.8 Observe que o pogo artesiano busea a égua contida entre duas camadas de solo impermeével (aquifero artesiano) ¢ a 4gua do "pogo ou cacimba" é proveniente do aquifero livre. 2.4.2 CANALETAS A CEU ABERTO Canauea Na Figura 2.10, as setas indicam a percolago da égua para dentro da canaleta © a retirada da Agua se dé através de pogos de captagio estrategicamente colocados, por meio de bombas apropriadas. Prever caimento minimo de 1% no leito da canaleta e ficar atento paraa carreagio. do solo provoceda pela égua, principalmente em solos arenosos, pois podem prejudicar o desempenho das bombas de sucgao. Recomenda-se colocar a bomba em um buraco a “jusante" da canaleta, protegida por um aparador de madeira em forma de caixa. Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo Cuidado especial para a instalagio elétrica da bomba, evitando emendas nos cabos de energia. As conexdes devem ser muito bem feitas. Para obras de relevada importanciz, lembre-se da méxima “quem tem uma, nao tem nenhuma’. Por isso, é sempre bom ter uma bomba reserva. 2.4.3 Pogos FIUTRANTES (REBAIXAMENTO DE LENGOL FREATICO) Sistema que constitui na colocagdo de tubos de sucgao, a determinada pro- fundidade, ao longo do perimetro da escavagdo a ser executada. Esses tubos sfo interligados e uma bomba efetua a sucg&o da égua do subsolo, rebaixando assim 0 nivel do lengol freético. Esse sistema requer estudo especifico e deve ser executado por empresas es- pecializadas. Bomba de sucpdo —«Escavacdo—Tubulagao de suc¢ao Nivel do terreno: <— Nivel da agua primitive Nivel da agua rebaixado Figura 2.11 Cuidados * Investigar a possibilidade de provocar recalques as construgées vizinhas. Caso seja confirmada tal possibilidade, adotar outras solugées. + Em escevagdes profundas, adotar precaugGes para nfo haver interrup¢do no sistema de rebaixamento, prevendo equipamento de reserva para qualquer cmergéncia. * Para escavagées com talude, precaver-se contra a ccesividade do terreno. Eaioratrica - Técricas Prtices Constutvas tara Eeifeacéo - Jule Salgado - 2 Excdo ga UL 2.4.4 DreNoS COM PEDRAS/TUBOS Para uma drenagem permanente, solugdes de drenagem seguras e eficazes devem. ser adotadas. Consiste basicamente na escavagio de valetas até a profundidade e largura desejadas, com caimento minimo de 1% onde sio colocados pedras ou tubos furados, revestidos com pedras de diversos tamanhos ¢ estas revestidas com uma manta geotéxtil com a finalidade de evitar que os finos do solo entupam os drenos executados. Esse tipo de dreno deve ser executado para obras que esto em locais cuja presenga de 4gua é constante ou o nivel da égua muito varidvel. ‘Tomam-se como exemplo as obras enterradas, nas quais os drenos devem ser executados num nivel abaixo do piso mais baixo e em torno de toda a edificacdo, para que se evite a infiltragio e que esteja livre da umidade. Caso nio seja possivel 0 escoamento natural da égua drenada devido ao excesso de profundidade, adota-se um sistema de poco de captagio com bombas de recalque com a finalidade de bombear a agua para lugares adequados. Em alguns casos, a impermeabilizago das construgdes, apropriadamente executada, € um excelente recurso que evita a criagdo de drenos. Em casos extremos uma solugao composta é a ideal. Tubo arene) Manta geotexit (furade) re Material drenante (brta 1 e 2) Figura 2.12 - reno com pedas. Nivel do solo Estruure Manta geotéxti_ Impemeabilzaggo Material deenante (ita 1 e 2ouarea) Tubo dreno (furado) Figura 2.13 -Construcéo abairo do nivel do solo, Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo Para um perfeito sistema de drenagem, é saudavel a verificagio do volu- AW me e do fluxo de dgua a ser drenado para dimensionamento dos tubos de drenagem. 2.5 Esconamentos Numa escavagao, seja para simples drenagem ou para outros fins, como, por exemplo, a colocagio de tubulagdes enterradas, cuidados quanto a desmoronamentos devem ser tomados. O escoramento deve ser conforme o tipo de terreno e para profundidades acima de 1,25 m um escoramento deve ser considerado. * Para terrenos de consisténcia média, faz-se uso de tabuas colocadas na vertical, espagadas pelo menos 1 m e apertadas contra o terreno por meio de "estroncas' horizontais na largura da canaleta. Planta Corte — fie [+—Tébuas ‘Abuas: Estroncas —>] Figura 2.14 + Em terrenos pouco consistentes jé € necessdria a colocagdo de tébuas no sentido vertical, uma junta as outras, unidas por uma prancha de madeira, na horizontal e ao longo da escavagio, e devidamente "estroncadas’. Plante Coe Tabvas _——_ Pranchat ‘Tébuas colacadas verticalmente |e— Estroncas Estroncas Pranches colocadas 7 hotizontalmente Figura 2.15, Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo 2.6 Exercicios L Pretende-se executar obra em um terreno com as seguintes caracterfsticas: a) O terreno possui declive para os fundos, em que a parte mais baixa ¢ inferior ao nfvel da rua. b) Ha construgées nas laterais ¢ nos fundos do terreno que impedem o es- coamento das éguas da chuva. O que deve ser feito para drenar a 4gua das possiveis chuvas? Normalmente, os gabaritos devem ser construfdos na parte externa do perimetro da obra a ser executada, porém a obra est4 na divisa do terreno vizinho, por exemplo, no lado direito do terreno. O que fazer com o gabarito (onde coloc4-lo) nas situagSes descritas a seguir? a) Hum muro do terreno vizinho; b) Nao hé muro do terreno vizinho. HA necessidade de reelizar a escavago mecanizada de um terreno em torno de 1,50 m de profundidade, cujo perimetro est cercado por muros € construgdes vizinhas. Discuta os procedimentos. E preciso fazer a compactacéo mecanizada de terra no terreno em cujo lado hé uma construgio fragil. O que deve ser feito? Eaioratrica - Técricas Prtices Constutvas tara Eeifeacéo - Jule Salgado - 2 Excdo 03 Fundagoes 3.1 FUNDAGOES OU INFRAESTRUTURA Fundagées so elementos estruturais destinados a suportar toda a carga de presso proveniente dos carregamentos de esforgos oriundos do peso préprio dos elementos estruturais como num todo, acrescidos dos carregamentos provenientes do uso (sobrecargas). Esses elementos de fundagao tém por finalidade distribuir os esforgos estruturais para terreno (solo), dando assim estabilidade a obra. Sobrecarga: vento, neve etc. Estrutura: laje san sn te —Y + +4 VY VV Ve Carregamento total distribuido no solo: peso da estrutura + peso da sobrecarga Estrutura: pilar Bioco de fundagao Para a perfeita decisdo sobre o tipo de fundagdo 2 ser utilizado, é imprescindivel nfo s6 0 conhecimento das cargas atuantes no solo, como também das caracteristicas do solo que vai suportar tais esforgos. Para tanto, sondagens sio realizadas e tm por finalidade uma prospecgdo das camadas profundas do solo para verificar os tipos de solo e suas caracteristicas (reconhecimento geolégico), bem como a verificagdo da presenga de agua. Nesse trabalho de reconhecimento sdo entio retiradas amostras de solo, 2 cada metro de profundidade, que sero identificadas de acordo com a profundidade e depois analisadas em laboratério. No trabalho de sondagem, verifica-se também a dificuldade de penetragdo das. sondas, para verificacéo da resisténcia 2o cisalhamento e da compressibilidade desses solos, que vio suportar todo o carregamento da estrutura projetada, e a definigao dos tipos de fundagécs adequados. 3.1.1 Stanoaro Penetration Test (SPT) - SonpAGENS DE SIMPLES RECONHECIMENTO A PERCUSSAO Standard Penetration Test (SPT) € reconhecidamente a mais popular, rotineira e econémica ferramenta de investigagdo em praticamente todo 0 mundo, permitindo uma indicagao da densidade de solos granulares ¢ da consisténcia de solos cocsivos. Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo OSPT constitui uma medida de resistencia dinamica conjugada a uma sondagem de simples reconhecimento. No Brasil, a pratica do ensaio € regida pela NBR 6484/1980, enquanto a interpretacdo baseia-se na NBR 7250/1982. No anexo B apresentamos 0 modelo de uma planilha de sondagem. Numa 4rea de terreno muito grande, onde serio construfdas também grandes Areas, sfio realizadas varias sondagens para se ter um perfil geol6gico do terreno. Esse perfil é importante, pois mostra as diferentes profundidades de cada tipo de solo e, consequentemente, da espessura de sua carada. E de boa pratica realizar uma sondagem em lugares onde se conhece a existéncia futura de uma carga muito elevada. Parmetros de uma sondagem SPT: Tabela 3.1 Nuimero de furos de sondagem SPT Fonte: Moraes, Marcelo da Cunha - Estruturas de Fundagdes (projegao em m*) ‘Numero de furos SPT < 200 | 2 200 a 600 | 3 600 a 800 4 800. 1000 | 5 1000 a 1200 6 1200 a 1600 | 7 1600 2000 8 2000 a 2400 | 9 > 2400 | Acritério Roldana Tripe Furo de 21/2" | _- Barritete Figura 3.2 - Fonte: www foremdaconstrucao.com.br em 21/05/2008. Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo 3.2 FUNDAGOES SUPERFICIAIS Neste grupo de fundagio, temos os seguintes tipos: * Sapata * Bloco ° Radier * Vigas de fundagio 3.2.1 Sapatas ISOLADAS E BLOCOS ARMADOS Sao elementos estruturais que exigem esforgos que nao podem ser absorvidos somente pelo concreto e, para tanto, faz-se uso de armaduras para suporte dos esforgos de tragio. Normalmente essas sapatas so assentadas sobre estacas de concreto ou simplesmente apoiadas no solo de acordo com o carregamento e/ou tipo de solo. 4 Sapata isolada Armadura Armadura fess ey snacecocwerone/? ee ene/ AY Para a execugio das sapatas, deve-se assim proceder: * As escavagdes devem seguir as recomendagées pertinentes ao servigo. * As escavagées devem ter largura compativel com as atividades de execugio das formas. * Eventualmente as escavagdes podem ser "contrabarranco" (ver Capitulo 4, item 4.3), desde que o solo assim permita. Neste caso, um chapisco de argamassa no trago 1:3 (cimento e areia) nas paredes verticais do solo deve ser feito, e atengGo ao uso de vibradores para que nao danifiquem as paredes chapiscads. Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo + Recomendével apiloar o fundo da escavagao (base de apoio da fundagdo). * Fazer uma camada de conereto magro de pelo menos 5 om de espessura sobre o solo apiloado, ultrapassando pelo menos 5 cm de cada lado da sapata, com a finalidade de regularizar a superiicie e evitar a perda excessiva de agua de amassamento para 0 solo. * Colocar calgos sob a armadura para garantia do recobrimento. * Retirar todo o resto de arames de amarragdo e sujeiras antes da concre- tagem. * Umedecer todo 0 conjunto antes da concretagem. « Em situagées especiais prever pogos de captagio de agua e colocagio de bombas. 3.2.2 Buocos nao ARMADOS Sio elementos de fundagéo que absorvem os esforgos de tragdo ¢ normalmente nio possuem armaduras. Podem ser feitos de concreto ou pedras. je iar —____+ 7 mN ie ia | Figura 3.4 Para a execugio dos blocos, deve-se proceder da seguinte forma: * As escavagdes deve seguir as recomendagées pertinentes ao servigo. * Recomendével apiloar o fundo da escavagio (base de apoio da fundagdo). * As escavagdes devem ter largura compativel com as atividades de execugao das formas. Eventualmente as escavagdes podem ser "contrabarranco" (ver Capitulo 4, item 4.3), desde que o solo assim permita. Neste caso, um chapisco nas paredes verticais do solo deve ser executado, € atengZo ao uso de vibradores para que néo danifiquem as paredes chapiscadas. Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo 50 aT + Em situagées especiais prever pogos de captagao de Agua ¢ colocagao de bombas. + Ummalternativa usualmente recomendavel € a utilizagdo de pedras arrumadas com aaplicagao de argamassas, para a construgao de blocos. Evidentemente, 0 uso desse ou daquele material é em fungio dos esforcos recebidos pelo bloco, o que é definido pelo projeto e pelo céleulo estrutural. 3.2.3 Rapier Nada mais é do que uma "laje sobre 0 solo" com a finalidade de receber todos. 0s pilares de uma obra ou os carregamentos da edificagao, em terrenos com pouca resistencia de suporte paraa execugao de uma fundagao direta do tipo "sapata". Muito utilizado em tanques, silos, terrenos de pouca consisténcia, depésitos etc. Essas "lajes" possuem armaduras duplas nas duas diregdes € os pilares sto distribufdos de tal forma que todos os esforgos de carregamento sejam uniformemente distribuidos no solo. Os cuidados de execugio so os mesmos pertinentes a todo tipo de fundagio. Para a execugao dos radiers, deve-se assim proceder: + Importante compactar adequadamente o solo para receber o Radier. Cuidado com 0s aterros sem compactagao. * Preverpassagem de tomadas de agua, esgoto, gis c cnergia elétrica (conduites).. Esses pontos devem estar corretamente locados para evitar o reposicionamento e consequente demoligdo do concreto para insergio desses itens. * Importante o nivelamento perfeito do terreno. + Executar camada de pelo menos 5 em de espessura de concreto magro. * Prever espacadores entre a camada inferior da armadura e a base de assenta~ mento, para garantia do recobrimento. Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo + Prever espagadores entre as armaduras superior e inferior para garantia do espago entre as armaduras previstas em projeto, e minimizar 0 efeitomecinico do movimento de pessoas sobre elas. Ji * Prever passarclas de tébuas sobre a armadura para a execugio da con- cretagem. © Evitar o maximo possivel a interrupeao da coneretagem. Quando a interrupgao for necesséria ¢ imprescindivel, deve seguir rigorosamente as orientagées do calculista. Quando do seu reinicio, proceder a um rigoroso tratamento da "junta fria", que € a emenda de um concreto j4 endurecido com um conereto novo. 3.2.4 Vicas dE FUNDAGAO Sio vigas com formato retangular (veja o exemplo), trapezoidal, quadrado, nas quais so assentados num mesmo alinhamento os pilares da estrutura. Recebem armaduras de acordo com a necessidade, podendo, no entanto, possuir apenas a armadura inferior. Normalmente as vigas sao assentadas sobre estacas de concreto ou simplesmente apoiadas no solo de acordo com o carregamento ¢/ou tipo de solo. ‘As recomendagées séo as mesmas para a execugdo de uma sapata. Vige baidrame ‘Sapata conica Figura 3.7 Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo EI aT 3.2.5 FUNDAGAO SIMPLES PARA OBRAS SIMPLES Para obras de pequeno porte, principalmente as residenciais com pouco carregamento (destacandoas que nao possuem laje em conereto) e muros de pequena altura, e para solos bem resistentes, é usual ¢ bem aceita. A fundagéo direta € constitufda de uma viga baldrame de pequena altura (varia de 20 a 30 cm), com uma armagio simples dotada de estribos, sobre a qual é assentada uma alvenaria de embasamento até a altura de piso da obra, Figura 3.82. Muitas vezes a viga de concreto € substituida por uma camada de tijolos macicos assentados sobre uma camada de pouca espessura (10 cm) de concreto com duas barras de ferro, normalmente de 8 mm de didmetro, Figura 3.8b. £ sempre bom lembrar que a cescolha desse tipo de fundagio deve estar solidamente cmbasada no tipo de terreno e nas cargas recebidas. Wve opto ——~ So \ eS / I Alvenaria de ae, ‘ine sevadra-2ieroe | E— | Sod {a) (b) 3.3 FuNpagdes PROFUNDAS Como o préprio nome sugere, essas fundagdes vo buscar apoio em solos a profundidades nao suportadas pelas fundagées diretas. Séo obras consideradas muitas vezes especiais, pois requerem meios de execugao especificos e ensaios de solo muito rigidos. ‘As mais usuais sio: + Estecas de conereto pré-moldadas * Tubuloes acéu aberto + Estacas - concreto, ago, madeira * Tubuloes a ar comprimido © Estacas Strauss + Estecas Franki Ediora Erica - Técnicas e Prices Constuthas sara EefcagSo - Jule Sakzado-2* Exo

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