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MEMORIAL DE CÁLCULO E MEMORIAL DESCRITIVO

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS E DE ÁGUAS PLUVIAIS

CONSTRUÇÃO GALPÃO COMERCIAL

Parnamirim/RN
2023

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DESCRIÇÃO GERAL DA CONSTRUÇÃO.

O presente memorial tem como objetivo demonstrar o cálculo de


dimensionamento das instalações sanitárias e de águas pluviais, assim como
descrever os serviços a serem realizados previstos em projeto, além de
complementar as informações do projeto de instalações sanitárias e de águas
pluviais de modo que permita a segurança e eficiência da construção de uma
unidade residencial unifamiliar localizada no condomínio Monte Carlo, Quadra B,
lote 19. Este memorial detalhará as técnicas de execução e o padrão construtivo
para cada serviço considerados essenciais para reformulação do ambiente.

• MEMÓRIA DE CÁLCULO:

1. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
1) Dados de cálculo:
1.1 Ocupantes Permanentes
Residência - padrão alto
Quantidade de pessoas: N = 9
Contribuição unitária de despejos: C = 1440 Litros/Dia
Contribuição unitária de Lodo fresco: Lf = 1 Litros/Dia
Contribuição de despejos: N.C = 1440 Litros/Dia
Contribuição de Lodo fresco: N.Lf = 10 Litros/Dia

Contribuição Total de despejos: N.C = 1440 Litros/Dia


Contribuição Total de Lodo fresco: N.Lf = 10 Litros/Dia

Intervalo entre limpezas (anos): 3


Temperatura média do mês mais frio (graus): 22

2) Cálculo do volume útil do Tanque Séptico - NBR 7229/93

V = 1000 + N.C.T + N.Lf.K

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Onde: V = volume útil
N = número de pessoas ou unidade de contribuição
C = contribuição de despejos em litros/dia
T = tempo de detenção em dias
Lf = contribuição de Lodo fresco em litros/dia
K = taxa de acumulação do Lodo digerido em dias

T = 1.00 dias, para a contribuição diária de 1440 litros/dia.


K = 137 dias, para a temperatura de 22 graus e intervalo de limpeza = 3 ano(s).

V = 2782 litros = 2.782 m3


A profundidade útil deverá estar entre 1.20m e 2.20m.

3) Cálculo do volume útil do Filtro Anaeróbio - NBR 13969/97

V = 1.6 . N.C.T

Onde: V = volume útil


N = número de pessoas ou unidade de contribuição
C = contribuição de despejos em litros/dia
T = tempo de detenção hidráulica em dias

T = 1.00 dias, para a contribuição diária de 1440 L/dia e temperatura de 22


graus.
V = 1536 litros = 1.536 m3

4) Cálculo da Área útil do Sumidouro - NBR 13969/97

A = N.C/K
Onde: A = área útil (fundo + laterais)
N = número de pessoas ou unidade de contribuição
C = contribuição de despejos em litros/dia
K = taxa máxima de aplicação diária (m3/m2.dia)

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A = 960 / (0.2 * 1000.0) m2
A = 4.8 m2

2. INSTALAÇÕES DE ÁGUAS PLUVIAIS

Área
Comp( SomaArea SomaQ
Ambiente Contri larg.(m) Área(m²) Q(l/s) D - CV D - CH
m) (m²) (l/s)
buição
Telhamento
maior A1 3,7 19,91 73,66 147,32
Telhamento inter. A2 3,2 8,45 27,04 54,08
Telhamento 136,48 272,96 100 mm 150 mm
menor A3 1,8 3,2 5,76 11,52
Jantar Cozinha A4 4,5 3,95 17,77 35,54
Gourmet A5 3,5 3,5 12,25 24,5
Sala Estar A6 5,25 3,2 16,8 33,6
Beco A7 4,2 1,2 5,04 10,08 26,34 52,68 85 mm 100 mm
Garagem A8 5,01 0,9 4,5 9

Prumada AP-01
A) Dados de cálculo: AP-01
Intensidade Pluviométrica (mm/h): I = 120
Área de Contribuição (m2): A = 136.000
Vazão de Projeto (L/min): Q = I . A / 60
Q = 120 . 136.000 / 60
Q = 272.0
Coef. Multiplicativo da vazão = 1.20
Coeficiente de rugosidade: n = 0.013
Cerâmica, concreto não-alisado
Declividade da Calha (m/m) = 0.005
Declividade do Condutor Horiz.(m/m) = 0.010

B) Dimensionamento da Calha:

Seção da Calha: Retangular

Aplicando 'Manning-Strickler':

K . S . Rh^(2/3) . I^0.5
Q = ---------------------------
n

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Onde: K = 60000
S = Área da seção molhada em (m2)
Rh = Raio Hidráulico em (m)
I = Declividade da calha em (m/m)
n = Coeficiente de rugosidade
Q = Vazão de projeto em (L/min)

Obtendo a seção da calha: 331x33mm

C) Dimensionamento do Condutor Vertical:

De acordo com a tabela Uniform Plumbing Code/1973:


Foi adotado tubo PVC Esgoto Série N com diâmetro de 100,00 mm

D) Dimensionamento do Condutor Horizontal:

Aplicando 'Manning-Strickler' para altura de 2/3 da seção circular,


obtemos o diâmetro de = 105mm, adotado tubo com diâmetro de 150,00 mm.

Prumada AP-02
A) Dados de cálculo: AP-02

Intensidade Pluviométrica (mm/h): I = 120


Área de Contribuição (m2): A = 26.000
Vazão de Projeto (L/min): Q = I . A / 60
Q = 120 . 26.000 / 60
Q = 52.0
Coef. Multiplicativo da vazão = 1.20
Coeficiente de rugosidade: n = 0.013
Cerâmica, concreto não-alisado
Declividade da Calha (m/m) = 0.005
Declividade do Condutor Horiz.(m/m) = 0.005

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B) Dimensionamento da Calha:

Seção da Calha: Retangular


Aplicando 'Manning-Strickler':

K . S . Rh^(2/3) . I^0.5
Q = ---------------------------
n

Onde: K = 60000
S = Área da seção molhada em (m2)
Rh = Raio Hidráulico em (m)
I = Declividade da calha em (m/m)
n = Coeficiente de rugosidade
Q = Vazão de projeto em (L/min)

Obtendo a seção da calha: 120x24mm

C) Dimensionamento do Condutor Vertical:

De acordo com a tabela Uniform Plumbing Code/1973:


Foi adotado, tubo PVC Esgoto Série R com diâmetro de 88 mm

D) Dimensionamento do Condutor Horizontal:

Aplicando 'Manning-Strickler' para altura de 2/3 da seção circular,


obtemos o diâmetro de = 64mm

2.2– DIMENSIONAMENTO DO POÇO ABSORVENTE:

Área de contribuição: 162,82 m².


Área Permeável: 89,23 m²
Coeficiente de infiltração no solo: Ci = 200 l/m².dia
Precipitação: 120 mm/h.

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Vazão a ser considerada;
V = 162,82 x 0,12 = 19,54 m³/dia
Área necessária de infiltração = 19,54/0,20 = 97,70 m².
Área necessária de infiltração – Área permeável = 97,70-89,23 = 8,47 m²
Considerando o diâmetro de 1,00 m e altura do poço absorvente de 2,50 m.
Tem-se:
Abase = (3,14 x 1,2²)/4 = 1,13 m²
Acorpo = 3,14 x 1,2 x 2,50 m = 9,42 m².
Como a área de fundo do poço se anula com a área permeável já descontada,
então será considerada somente a área lateral do corpo do poço absorvente.
Apoço=Acorpo= 9,42 m² > 8,47 m² (área demandada) (OK)

3. MEMORIAL DESCRITIVO:

As instalações Hidrossanitárias e de águas pluviais serão executadas


obedecendo o que se pede as normas respectivamente em NBR ABNT 8160 e
10844 vigentes.

3.1 – INSTALAÇÕES SANITÁRIAS:

O projeto de instalação predial de esgoto sanitário foi elaborado


segundo o Sistema Dual que consiste na separação dos esgotos
primários e secundários por meio de um desconector, conforme ABNT
NBR 8160 – Sistemas prediais de esgoto sanitário – Projeto e execução.
As caixas de inspeções deverão necessariamente estarem
localizadas nas áreas externas da residência. Todos os tubos e conexões
da rede de esgoto deverão ser em PVC rígido Série N.
A destinação final do sistema de esgoto sanitário deverá ser
executada sistema tanque-séptico/sumidouro, considerando uma
eventual destinação futura para uma rede pública de coleta de esgoto
sanitário.

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O sistema predial de esgotos sanitários consiste em um conjunto
de aparelhos sanitários, tubulações, acessórios e desconectores e é
dividido em dois subsistemas:

3.1.1 - Subsistema de Coleta e Transporte

Todos os trechos horizontais previstos no sistema de coleta e


transporte de esgoto sanitário devem possibilitar o escoamento dos
efluentes por gravidade, através de uma declividade constante.
Recomendam-se as seguintes declividades mínimas:

• 2,0 % para tubulações com diâmetro nominal igual ou inferior a 75mm;


• 1% para tubulações com diâmetro nominal igual ou superior a 100mm.

Os coletores enterrados deverão ser assentados no fundo da


vala nivelado, compactado e ausência de materiais perfurocortantes
que possam vir a causar algum dano à tubulação durante a colocação
e compactação. Em situações em que o fundo de vala possuir material
rochoso ou irregular, aplicar uma camada de areia e compactar, de
forma a garantir o nivelamento e a integridade da tubulação a ser
instalada. Após instalação e verificação do caimento os tubos deverão
receber camada de areia com recobrimento mínimo de 20cm. Em
áreas sujeitas a tráfego de veículos aplicar camada de 10cm de
concreto para proteção da tubulação.

3.1.2. Subsistema de Ventilação:

Todas as colunas de ventilação devem possuir terminais de


ventilação instalados em suas extremidades superiores e estes
devem estar a pelo menos 30cm acima do nível do telhado. As
extremidades abertas de todas as colunas de ventilação devem ser
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providas de terminais tipo chaminé, que impeçam a entrada de águas
pluviais diretamente aos tubos de ventilação.

3.1.3. Solução Individual de Destinação de Esgotos


Sanitários
Quando não houver a possibilidade de destino para a rede
pública de coleta de esgotos, e quando as condições do solo e a
legislação ambiental vigente permitirem, serão instaladas soluções
individuais de destinação dos esgotos. Tal solução consiste na
construção de um sistema composto de fossa séptica, filtro
anaeróbico e sumidouro conforme o Projeto anexo.

O dimensionamento foi baseado em uma população de projeto de


6 pessoas, e as diretrizes das ABNT NBR 7229 – Projeto, construção e
operação de sistemas de tanques sépticos e ABNT NBR 13969 – Tanques
sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição final dos
efluentes líquidos - Projeto, construção e operação.

3.2. INSTALAÇÕES DE ÁGUAS PLUVIAIS

A captação das águas pluviais foi definida por meio das calhas de
cobertura. O projeto de drenagem de águas pluviais compreende:
- Calhas de cobertura: para a coleta das águas pluviais
provenientes de parte interna da cobertura da residência;
- Condutores verticais (AP): para escoamento das águas das
calhas de cobertura até as caixas de inspeção situadas no terreno;
- Caixa de inspeção (CI): para inspeção da rede, com dimensões
de 60x60cm, profundidade conforme indicado em projeto, com tampa de
concreto 60x60cm, removível;
- Poços Absorventes (PA): para destinação final da água a ser
infiltrada dentro do próprio lote, com dimensões de 110x110cm,
profundidade conforme indicado em projeto, acesso com diâmetro de
60cm.

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Ramais horizontais: tubulações que interligam as caixas de
inspeção e poços de visita, escoando águas provenientes dos condutores
verticais e águas superficiais provenientes das áreas gramadas.

Parnamirim, 11 de maio de 2023.

DANIEL C M BORBA
Engenheiro Civil
CREA: 2118215347

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