O que é o amor? Essa palavra tão abstrata na ótica humana. Muitos
relacionam o amor com emoções, o coração bate forte, onde as mãos ficam geladas, quando dá um cala frio na espinha, as pessoas pensam: isso é o amor. Outras pessoas relacionam amor com sentimento romântico, com aquele sentimento platônico, com o amor dos poetas, aquele amor sentimental, filosófico. Outros ainda definem amor em nossas crônicas brasileiras citando a seguinte expressão: “Eu matei por amor”. Seria esse o verdadeiro amor?
Ao estudar as Sagradas Escrituras, notamos que o mandamento sobre o
amor não era novo (concernente a escrita). Em Dt 6.5 há a ordem para amar a Deus, e Lv 19.18 ordena amar o próximo como a si mesmo. Porém, o mandamento que Jesus nos mostra, apresenta um padrão distintamente novo por duas razões:
1) Era amor sacrificial, modelado segundo o amor Dele: “como eu vos
amei” (v.12b).
Quando alguém é alcançado pela graça de Deus para salvação, entende a
essência do mandamento de Cristo. É impossível conhecer o mandamento de Jesus, e não amar ao seu próximo. Todo cristão é chamado para exemplificar o mesmo tipo de amor que Jesus teve para com seus filhos. O amor que Jesus quer que pratiquemos não é apenas circunstancial, pelo contrário, esse amor é essencialmente sacrificial, mesmo se este sacrifício envolva dar a própria vida em favor do próximo.
A suprema evidência expressa do amor de Jesus, foi exatamente sua morte
sacrificial na cruz. “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos” (v.13)
Que privilégio. Aqueles que seguem e fazem a vontade de Cristo são
privilegiados pela revelação do Filho de Deus, crendo tornam-se seus amigos, conhecendo mais e mais a seu Pai. “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigo, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer”. (v.15) 2) É um amor produzido por meio do chamado eficaz: “não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros” (v16b).
A amor de Jesus através do seu chamado eficaz nos alcançou, com um
propósito: “..., eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça”.
Deus é perfeito, tudo converge para Sua glória.
Note a frase: eu vos escolhi. O ser humano é intrinsicamente orgulhoso.
Jesus deixou claro que ter o privilégio da salvação, repousava não nos méritos humanos, mas no fato de Ele tê-los escolhidos de modo soberano.
Um dos propósitos dessa escolha soberana de Deus, é que cada cristão
produza frutos espirituais: Atitudes santas (Gl 5.22-23), comportamento justo (Fp 1.11), louvor (Hb 13.15), conduzir outros à fé em Jesus (Rm 1.13-16)
O que é impactante na conclusão de Jesus é sua ordem: “Isto vos mando:
que vos ameis uns aos outros” (v.17).
Todo cristão deve amar o Senhor Deus, de todo coração, alma e
pensamento. Assim como, amar seu próximo como a si mesmo.