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Revista de Quimica Industrial ASSINE. MAS, PORQUE? O momento econémico nacional exige do empresario brasileiro uma constante atualizagao ® sobre as novas técnicas mundiais de industrializagao; ¢ sobre as atividades das empre- sas de bens e servico: ¢ sobre as matérias-primas necessarias a sua producgao; Por isso: Nos nao precisamos dizer que nossa revista é a melhor ou a mais importante no seu ramo de.atuacgao; basta dizer que esta € a nos- sa diretriz Wee AYE 1 ano: Cr$ 12 000,00 E acumprimos. Ef 53 anos eae 2 anos: Cr$ 24 000,0C “PORQUE?” Agora, assine! AUTORIZAGAO DE ASSINATURA Editora Quimia de Revistas Técnicas Ltda Rua da Quitanda, 199 — Grupos 804-805 20092, Rio de Janeiro, RJ Preencha Em anexo segue um cheque de Crs papeleta n° Banco para pagamento de eenvie uma assinatura de RQ! por... ano(s), a nossa Nome: Editora Ramo: Enderego: ; esta i I 1 i t CEP: Cidade Estado: Publicacao mensal, técnica e cientfica, de quimica aplicada a industria Em circulacao desde tevereiro de 1992. DIRETOR RESPONSAVEL E EDITOR Jayme da Nobrega Santa Rosa CONSELHO DE REDAGAO Arikerne Rodrigues Sucuplea Carlos Russo Clovis Martins Ferreira Eloisa Blasotto Mano Hobe Helena Labarthe Martell Kurt Politzer Luciano Amaral Nilton Emilio Bulhrer Oswaldo Goncalves de Lima Otto Richard Gottlieb ANONGIO E PUBLICIDADE ‘Saphra Vaioulo de Espaco 4 Tempo Representagao Lida R. da Lapa, 200— s/610 ‘Tel: 242-0062 — CEP 20021 — Rilo de Janeiro ‘SCS Edificio Serra Dourada 70300 — Brasilia CIRCULAGAD alia Caldas Fernandes CONTABILIDADE Miguel Dawicman IMPRESSAO | Ealtora Grafica Serrana Lida. ASSINATURAS: BRASIL: por 1 ano, Cr$ 12.000,00 por 2 anos: Cré 26 000,00 ‘OUTROS PASSES: por 1 ano USAS 60.00 VENDA AVULSA Exemplar da itima edigS0: Cr 1 200,00 de edicacao atrasada: Gr 1 500,00 MUDANGA DE ENDEREGO ‘O-Assinante deve comunicar a administragao de revista qualquer nova alteragao no seu endereco, se possivel com a devida antecedénci RECLAMACOES AAs roclamaries de nimeros extraviados {devom sor feltas no prazo de trés meses, f contar da data om que foram publica: 0s. Convém reclamar antes que e9g0- tom as respectvas edicoes. RENOVAGAO DE ASSINATURAS PPede-se aos assinantes que mandem Fenovar suas assinaturas antes do terminarem, a fim de néo haver interrupeao na remessa da revista, REDAGAO E ADMINISTRAGAO . da Quitanda, 199 - 8° - Grupos 04-805, RIO DE JANEIRO, RJ — BRASIL 20082 - Telefone: (021) 250-8539, Revista de Quimica Industrial DIRETOR RESPONSAVEL: JAYME STA. ROSA ANO 53 MAIO DE 1984 Ne 625 NESTA EDICAO. Artigo de Fundo ese Torley oni. our Rosa 9 Artigos de colaboracao carbonate de céicio precipitado como matéria-prima para a borracha, Ryohachi Tokohoshi 2 5 masses dos componentes do Sol brut, Guilherme Pessoa de DeterminocGo Queiroz Setores organicos, Ch & Eng, News H. Davy ¢ a pilha de recordes, kviz Ribeirs ‘Goimardes . Gorontia de qucldade. Lm esforca metrféyito-Iboretoril,EdgardPedreir de Cerqusira Noco 6 Recuperacao do progromodor de tenigerulura de cromatdgrafos de gis Perkin. Elmer mod. 900 2 990, Geraldo A. G. Cidade e et ali 20 Artigos da redagao Carboneto de edcio: Nove processo ... Nitrato de célcio e aménio: Reforma da fébrico de Oulu Cl. de vinila/Corb. de s6dio: Novo processo da AKZO... Ftanol: Destilaria de élcool de mitho Gases atmostéricos: Obtencao pela Airco Acido fluoridrico: A fébrica da ICI. Adocante: Novo edulcorante Didxido de carbono: Retirada de gas de chaminé Secgoes informativas Curso sobre EXAFS e NES 4 qvipamonto do Loboraéro. Arras deslizntes 8 Exposigoes: Expor-Labor-Pioneirismo no Brasil 8 Editora Quimia de Revistas Técnicas Ltda. O carbonato de calcio precipitado como matéria-prima para a borracha uso de carbonato de calcio naindéstria de artefatos da borra- chaé bastante antigo.Jaem 1910, Sr. Thomas Handkock, na ingla~ terra, e 0 Dr. H.E. Simonsen, nos Estados Unidos da América, utili zaram carbonato de calcio na borracha. Em 1933, o Laboratério DUNLOP, na Inglaterra, usou um carbonato de célcio precipitado com composto organico para a borracha Utilizado como carga para a borracha, com a finalidade prin- ‘ Sintese da palestra proferida pelo Eng’ Ryohachi Takahashi, Diretor- Técnico de Quimica Industrial Barra do Piraf, em 25 de abril de 1984, 00 Auditério da Divisao Mecanica do IPT, Cidade Universitaria (USP), atendendo a convite formutado pela ABTA — Associacao Brasileira de Tecnologia da Borracha, com a pre- ‘senga de associados da ABTB, clien- tes da Quimica Industrial Barra do Pi- tafe demais interessados no assunto. 2 RYOHACHI TAKAHASHI Eng. Ryohachi Takahashi, Diretor Técnico da Quimica Industral Barra do Pal S.A. cipal de reduzir custos, 0 carbo- nato de calcio precipitado ¢ apli- cado em grande quantidade na fabricacéo da borracha, princi: palmente na borracha vulcaniza- da, devido as suas propriedades, tais como ‘Aumenta a caracteristica me- canica; — Aumenta o volume do pro- duto; — Baixa 0s custos de producao (dependendo do tipo de carbona- to de calcio). Geralmente, 0 carbonato de cAlsio precipitado usado como carga na borracha atende satisfa- toriamente as necessidades, € suas caracteristicas fisicas sao as seguintes — Boa dispersao, nao coagu- lagao; — Facil mistura; — “Shape factor” (particulas re- dondas). Um material extraordinério p: ra borracha, principalmente pa- REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL raa fabricagao de pneus, 6 0 Car- bon-Black. Porém, trata-se de um derivado do petréleo, e 0 seu alto prego preocupa os produtores de artefatos de borracha. Borracha Natural e Carbonato de Célcio Precipitado A borracha natural possui ca- racteristicas intrinsecas excelen- tes, e por isso, quando somente existia esse tipo de borracha, nao foram realizadas pesquisas para a adigdo de carbonate de calcio precipitado. O Carbon-Black © a borracha natural atendem & maior parte das caracteristicas fi sicas exigidas na borracha, e qualquer pé inorganico fino satis- fazia como “enchimento”, bai- xando 0 custo, Mais tarde, fabricantes de car- bonato de calcio desenvoiveram tecnologias para obter menor ta- manho de particulas e revestindo sua superficie com acide graxo. Esse proceso beneficiou a dis- persao e facilitou a mistura, di minuindo os custos de producao. Borracha Sintética e Carbonato de Calcio Precipitado A borracha sintética difere da natural por necessitar da adicao do Carbon-Black ou de outro ti de material para apresentar as caracteristicas de borracha. Por este motivo, o carbonato de cal- cio passou a ser utilizado na fa~ bricago da borracha sintética Analisando as excelentes oa- racteristicas do Carbon-Black, observamos 0 seguinte: — Tamanho de particulas ultra- finas; — Superticie redonda e oleosa das particulas; — Estabilidade quimica. E praticamente impossivel al- cangar um tipo de carbonato de calcio precipitado com um tama nho de particulas téo reduzido como apresenta 0 Carbon-Black. No entanto, com um carbonato de calcio precipitado coloidal j4 atingimos uma redugao do tama- nho de particulas. Revestindo-se Maio de 1984— 118 EQUIPAMENTOS PARA INDUSTRIA DE | Sal CACAU E CHOCOLATE FRE % Desodori sadores Votator para ge de cacau q Secadores de leto Be oe eye Furedores: ffuidisado pare Planetarios massa de past! thas Votator para pre- aquecimento de massa de cacau an- tes da prensagen, para esfriamento rapido de manteiga Granuladores peicacau ©) pata Oscilantes témpera de chocolate Misturadores "VW" Noinhos “attri tor" para moagem de massa de cacau © para conchea- 1 ] mento de choco- 1 late pelo proces~ 4 7 so Wiener, . : Moinhos granula~ —-Peneiras Coletores de pd dores e micro- vibratorias TORIT pulverizadores TREU S. A. maquinas e equipamentos Ay. Brasil, 21 000 Rua Consetheiro Brotero, 589-Conj. 92 21510 RIO DE JANEIRO — RJ 01154 SAO PAULO — SP. Tel.: (021)358.4040 — Telex: (021)21089 Tels.; (011) 66.7858 e 67.5437 Telegramas: Termomatic a superficie da particula com ci- do graxo, consegue-se satistazer (© segundo item, mas dificilmente seré alcangada a mesma estabili- dade quimica que oCarbon-Black apresenta ‘A Quimica Industrial Barre do Piral, através de seu Departamen- to Técnico, esta empenhada no desenvolvimento de pesquisas para 0 uso de um carbonato de clcio precipitado ativo— com si- lica coloidal, puro, ou com outro produto quimico — que possa substituir, ou ao menos reduzir, da mais satisfatoria forma possi vel, anecessidade do emprego de Carbon-Black, conforme de- monstramos a seguir. Carbonato de Célcio Precipitado com Glutamato de Sédio Trata-se de um carbonato de calcio precipitado ativo, com 1a 3% de glutamato de sédio mistu- rado com hidréxido de calcio & precipitado com gas carbéni em baixa temperatura. A cristalizagao neste tipo de carbonato chega ao estado co- loidal, com tamanho de parti- culas bem menor. A velocidade de vuleanizagao aumenta propor- cionalmente a quantidade de glu- tamato de sédio, sendo que a forca de elasticidade na aplica- 40 para a borracha chega até a 140 kg/env. Carbonato de Calcio Precipitado com Acido Sérbico Também com a adicéo de até 5% de Acido sorbico no hidroxido de calcio mais gas carbénico, precipita-se 0 carbonato de calcio. Este tipo de carbonato de cél- cio aumenta consideravelmente © reforgo na borracha sintética. Seu tamanho de particulas é de 0,4micron, chegando quase 8 ca- racteristica do Carbon-Black, cuja forga de elasticidade chegaa até 200 kg/om. Carbonato de Calcio Natural Micronizado O carbonato de calcio natural, de calcita micronizada, realmen- te contribui para a diminuicao dos custos de producéo da bor- racha. Pesquisamos, aqui no Brasil, calcita com um maximo de 1% de silica, porém ela é muito dificil de ser encontrada; bem como para obter-se um tamanho de parti- culas menor que 2 microns, so- mente através de um proceso especial. Para tanto, a Quimica industrial Barra do Piraf esta pesquisando a produgao de calcita micronized utilizando 0 processo de flotacéo dentro de reator, misturando-a com hidréxido de céicio com gas carb6nico para precipitar junta- mente com 0 carbonato de calcio revestido com 2% de Acido es- tedrico. Carbonato de Célcio Gelatinoso Em nosso Centro de Pesquisas, desenvolvemos estudos para de- senvolver um método de obten- ga de um menor tamanho de particulas de carbonato de calcio. Em uma de nossas experién- cias utilizando cloreto de calcio, aménia, hidréxido de célcio com gs carbénico — alta concentre- (c40 @ baixa temperatura — pro- duzimos 0 carbonato de calcio gelatinoso. Quando 0 levamos 20 micros- cpio, verificamos queaparticula chegott la até 0,01 micron, sem cristalizaggo, assemelhando-se a uma tiuvem. Lavamos com alcool etilice, Secamos a 110°C e, em seguida, verificamos ao micros- cépio eletrdnico queas particulas deste carbonato sao bastante uni- das e porosas; a superficie des- sas particulas néo é muito gran- de, correspondendo a aproxima- damente 35 mig: ¢ a absoreéo em dleo é baixa. Possivelmente este carbonato de calcio, se utilizado na massa da borracha, evitara a sedimenta- (Gao de pigmentos, aestabilizacéo da viscosidade do létex ou tixo- tropi Intercémbio Técnico Departamento Técnico da Quimica Industrial Barra do Pirai coloca & disposicao de todos os fabricantes de borracha, toda a sua tecnologia e seu Centro de Pesquisas para que, juntos, con- sigamos otimizar as aplicagdes do carbonato de céicio precipita- do no processo de industrializa- 40 da borracha” . PS. Maiores informaces ¢ subsidios so- bre o assunto, através da ANC — Assessoria Nacional de Co- ‘municacées Ltda. Rua Sete de Abril, 252 — 138 andar Fones: 255-6565 255-1047 — Sao Paulo CURSOS Curso sobre EXAFS e NES Organizado pelas Sociedades Brasi- leiras de Fisica ¢ Cristalografia, esté programado um Curso a ser ministra- do pelo Prof, Denis Raoul sobre EXAFS, (Extended X-Ray Absorption Fine 4 Structure) e NES (Near Edge Struc- ture). Serio abordados os seguintes as- suntos: 1. Aspectos Tedricos, REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL 2. Aplicagées: Sélidos eristalinos, Sé- lidos amorfos, Sistemas biolégicose Catalisadores. 3, Instrumental (© Curso seri dado na sede da So- ciedade Brasileira pelo Progresso Ci- entifico, em So Paulo, no perfodo de 4 a LI de julho do corrente ano. EXAFS and NES with Synchrotron Radiation. * ‘Maio de 1984 — 120 custos 6 aumeni aula intial de seus interno ‘exter if ‘servi Afinal, para a Petrobra Faaaee Se, COMO se eS de mais tudo isso 6 muito important ASSOCIAGAO BRASILEIRA DE QUIMICA CARTA DA ABQ Este més renovain-se os mandatos do Conselho e Direto- ria da ABQ. Segundo disposigées estatutarias, estes serao preenchidos a partir da eleicto de um Vice-Presidente e seis Gonselheiros Gerais. Sao os seguintes os candidatos: Vice-Presideme ROBERTO RODRIGUES COELHO Consetheiro Geral ALFREDO FELIPE SCMITT ARIKERNE RODRIGUES SUCUPIRA ‘ARNO GLEISNER FRANCISCO FRANCO GERALDO VICENTINI JOAO PEREIRA MARTINS NETO JORGE AUGUSTO M. PINHEIRO JOSF CARLOS PRADO NELSON BRASIL DE OLIVEIRA NISSIM GASTIEL OTTO RICHARD GOTTLIEB PAULO JOSE. DUARTE RENATO HOCH WALTER B. MORS ‘Como se pode verificar, ha um grande miimerode pessoas de alto nivel dispostas a trabalhar conosco. No que tange ao cargode Vice Presidente, ha apenas un candidato. Nao que faltassem pessoas de grancle expressio tha ABQ ¢ em todo nosso seio que estivessem dispostas disputé-loe sim porque achamios que um candidato de con: Cillacio teria melhores condigies tle enfrentar os desafios que o-atual momento traz para nowsa Associa. ‘Como sabernos, a dificil stuacio na qual o paisse encontra afeta sobremaneira toda atividade quimica,exteja ela loca. lizada nas universidades, nos centron de pesquisa, empresas fou 6rgaos governamentais. Fecham-se fabricas ¢ dissolver- se grupos. Cai a oferta de emprego e redur-se ano 2 an0 0 ‘numero de jovens que optam pelas carreiras ligadas a qui- mica, enquanto a opiniio publica fustiga-nos como fonte de produtos indeseyiveis © poluicso. ‘Vemios cot tristeza colegas que apontam para o nmero de associagbes, conselhos e sindicatos na area, coneluindo ‘adequadlamente os quitnicos € que ida. Na propris ABQha bastante divergéncia quanto 3s questoes como: posicionamento em frente as outras organizagocs de caratcr astocativo, autono- mia das seqoes regionals, qualificacdes para ingresto, drei tos de sécios estudlantes, personalidades, e duragao de man~ datos, para citar algumas Exige-se um clemento conciliador para levar adiante a larefa de reerguimnento, evitando gestos ou sniciativas que poderiam aprofundar diferencas que se esbocam quando se cenfrenta os problemas apontados. Capacidade de lideranca aliada a maturidade e vivéncia alem de um bom conhec\- Inento nas diferentes areas em que a ABQ ata, sio essen- Ciais ao seu proximo Presidente, Achamos que 6 candidato reune estas qualidades Solictamos, portanto, referendar o nome do Prof. Dr. Roberto Rodrigues Coelho, euja larga expenincia no meio , ee REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL. — anariws Z su © 5. da cloreto de sidio total deses anontca, toto Z, Mjuach-zr = st.ta| = Lx mstoals IIMS St.aR| = $ x mlst.aR|; dae SasakGveta desea anontra, into sitace de eitete desea exlaours, isto G, wlcaso, © (SuM © SL-88)| = Ex HISIM & SL.ARIs 2.2 — A porcentaten, em masta, Jo clorato 4 sais dease fate &, MinachOs © (SUL © SLR)| = Br H|sUt © st.pale 2.3 —A porcencopen, gm sia, da igus deeea aalnonra, dete 6, WhO © (SINE SL.mg)| + Ta nisin SL.aRl: 2d = A porcentagen, ex mas x wlan = staan]; Nivacts © (Ge © st.tn)| Hx Misi © sbaaR|s io desea ealnours, Seto 8, wheel © (GUE © $L.68)| = ‘oreeatagen, ex matsa, do broweto de aSdfo dosed salnonta, ists & Mikanr < (GUM © $1.10) 3 RBATIVO wo Sum.c ‘seca do gal brats seco a 500C corultante de tecteen demorade = eees tenpersturs ds naees da artes de esl brute, into jverninante: = mlhech.r2 = sisal pele ceiagio oob a reterdacia (6), Lote fveci.tr © sine] - x = mist.3a] 14 ~ lume si.aul pas celagdo aah = caterdacta (a), toto # lias staal = sx x)stean rrr ~ wleasoye Stam) pele ret less. © (ure staan 2.5 = A pereontazen, ex mesa, sob « coterducta (2), fata dt Gipw lies 362 G2 0) = wage nls | wlessoy = slime) PG? ean] 1 ~ wlcasoy.20,0 © stuns] pela velagio woh a setesdects (, 4 (ty a sta Sn wleaso,.2n50 = stem} = = (eos) 23+ (oer) = wise! “9 Y= Misur © sta] peta eeteydo sob 2 cuter ox lease, © stat) + mfuact.o8 © stiap| = xx bx leas, = staan] ia (2), i mousctcne staal 1 x wisi. VILE wlio & SL.aR| , pela xeas [aes Exiles, < Si] oa olen (0, Jace BX — ulstns.u.08 c staal, pela rologad ach a varerdecta U0, Lato dt x nloasoy= stan) sins. anos = ste) = njstan| ~ 2 wleaso. = sta] A —hlwggoy @ “etna, pata cutagis 20h « coferzaeta (h), t4eo 3 Isso, su Hi figs = Hume] 5 peta cetugio solo ealardasia (1), fate #8 litle = 8L.na|'= vx wists = stm) aL = weet estan] , pela celagio ooh 0 referdacia (a), te leet e tse] + ¥ x lsu © su SaHi- Wlaae Stas) , pela relayie aob a reterdncis (@, fat Misane © staal = 1x [six = stall MOD: Ae lecras que server de referdacta 4 Aanicanos, 3 eleulo de explo, que se tonha obeide pravianente os capsinte ‘1 ~ wlst.aB] = 100 o» 100,0000 2 Ad = L = 0,907521 on 90,7328 5 REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL. ——— Maio de 1984 — 126 a= aeLartvos 2 si = sum 3.1 =H 6,009 op 0,069 x b2-m= 0100 ov 13,002 2 aa T= 0.701 ov 72,2102 5 Bed = = 0,0UM6s4 ou 44566 2 BV = 0,060 ov 6.7697 £ = 6001024 ow 0,303 8 300, 0000 ¢ ist a8 San) = 52,682 1 inact © sin! - 207% 109,000 = 90,2321 Tr wuss su. = o;00.21 + 100,000 « 0,ien, ex Ge 36x (one -oantany) x 1m see sansa ie “ylang = (enn - 3S 2a -oamn) (ayn) 9 58,88 - [srsav9,on) «ymin» (ee,amra rman | 180 ogni = 3 sa -oasmm -2.402568080 5g roazsmi02 = 0,728 0,55285812 vs mista stan] ~ ——* x o,onesenisa = $.779924276 = 9,774 0,000889 We = wfuacios © stag] + 0,158722 x 1 o,c04su5is2 = 1.35s058929 - 1,986 ver = nfsactcx © stam] = 0,907321 x 100 - 13872 x ——1 = ap s7ezines © 09,376 VEEE- wlvgo & su.aR| = 0.735101 x 1 x o,ooesbeso2 = 7165273661 = 7,255 0,000068 14 = nfstosaos = sien] + 100 - —1 — y o,o0ss9aes2 - 90,22607572 = 90,226 0000889 X= wgso, < stemn) = o,oeagee x 9,773821278 = O,ea6stass4 = 0,497 AE = nldgcly © sham] 0.06767 x 45773985276 = O,66m33702 0,662 BEC Wcte stage | = Byormn9a x 9,723928076 ~ o.136T2LN? = 0,239 XitE nlsane © Lest] = o,o01034 9,773924076 = o,nois248 ~ 0,010 vagealie pf erate = am ea (eiare se Ee Tihs Cate ceneecttenel wand ls. BAS WlBO = ALDH] oocccccscceeceee TMS 10 2.2 winecn.ns © stan « 1,355 PE) acm 2.3 = wleasoy = staan) yeas ‘plseCiecas 2 = wlio. = stan] ous ae 25 —wltgets = su08| 2 oysea nee nde © stan! . on 27 = leans © sta] ovo Eve pols que 99,434 F do Sultate do eSlefo ao asl brute € cas0s.24h0 e, ainda mais, que se aprovetcando sonmee 42a. cata do, seseria aequer cono un dor couganentes do sat brute, YEoue tachén gua 73,207 8 da NOTA: es pig Laes 11,12 6 13 do nero 622 geste revises, onde se achar escrito sob 06 fans 146.3, 211 6 2.2, BAdKD MASSICA, sescceverte FRAGO HASSTCA, « am yee de RHTLAL « RALH/A, eaecevicse, cetpeccivenmmte, BONRIAL # PK/he u Maio de 1984 — 127 REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL Setores dinamicos Mercados de Eletr6nica e Fibras de Carbono atraem Fabricantes Especialidades se tornaram a coqueluche da indistria quimica. ‘A medida que os produtores de “commodities” sentem margens de lucro cada vez mais apertadas, cresce a tendéncia de desviar seus esforcos para 0 desenvolvi- mento de especialidades quimi- cas, atraidos pela perspectiva de lucros mais substanciais, Duas areas que tém atraido in- teresse crescente sao os produ- tos quimicos necessérios para @ industria eletrénica, em répida expansao, e fibras de carbono. Mas soou uma nota de cautela na reunido conjunta da Associagao Européia de Pesquisa de Merca- do Quimico e da Associacéo de Pesquisa de Mercado Quimico dos EUAem Veneza, Itlia. Acom- ppeticao em ambas as areas 6 in- tensa, os custos de desenvolvi- mento podem ser muito altos ¢ os pregos de muitos dos ftens estéo caindo. No campo de produtos quimi- cos para eletrénica, “continuas pressdes competitivas ditam que alto escalo deve estar disposto a mudar constantemente © me- Ihorar tecnologias de manufatu- ra” observa David Cox, diretor do departamento de especialidades quimicas da SRI Internacional, parte da divisao de industrias qu- micas da empresa, em Menlo Park, California, “0 fornecedor bem sucedido de especialidades quimicas deve trabalhar com seus clientes para coordenar seu desenvolvimento de produtos com mudancas na manufatura”. Nao obstante, ele complementa que “os prognésti- (Traduzide e reproduzido com permis- ‘880 de “Electronic, Carbon Fiber Markets Lure Specialty Chemical Makers", Cherni- ‘cal and Engineering News, 7 de noverbro de 1983. Copyright 1983 American Chem cal Society. Colaboracao: Associacao Brasileira de Quimica). R de Especialidades Quimicas cos a longo prazo ainda sao ex- celentes, apesar da corrente re- cessao" Quanto a fibras de carbono, Ri chard M. Kossoff, dirigente da fir- ma baseada em Nova lorque que ‘ostenta seu nome, chama a aten- 40 para 0 fato de que “muitas firmas tém feito investimentos substanciais nos mercados de al- ta tecnologia na presun¢ao que, no fim, estes iriam gerar um retor- no significative sobre o. investi- mento. Aiguns comegam a com- preender, no entanto, qu 0 rétu- Jo “alta tecnologia” néo significa automaticamente um alto lucro. especialmente onde a acessibili- dade de tecnologia levou a uma penetragao excessiva (do merca- do). “O resultado é capacidade excessiva, abatimentos de pre~ (G08, baixo retorno e desilusao do escalao gerencial”. “A ligdo a ser apreendida”, diz ele, “é que antes de entrar, deve- ‘se apontar cuidadosamente quais os segmentos que sao verdadei- ramente alta tecnologia e alto ris- co. A industria de compésitos de fibra de carbono provavelmente sofreré um sacolejo em futuro préximo & medida em que alguns gerentes nos extremos da baixa tecnologia perdem apaciéncia com baixos retornos. A longo pre- 20, firmas com dinheiro paciente, dedicadas a desenvolver a mais avangada tecnologia de precur- sora produto final, teraoum lucro excepcional. O mercado de produtos quimi- cos para a eletrénica se tornou uma das areas mais populares para diversificagao de negocios na indistria quimica, nota Cox. “altos pregos, as margens de fu cro que muitas vezes represen tam, eas taxas de crescimento de mercado bem acima da média de indistria quimica atrairam nume- osas empresas ao campo’ REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL Altos pregos também permitem que o trabaino de desenvolvimen- to seja realizado rapidamente du- rante os estagios iniciais do uso de produtos. Alguns photoresists de feixe de eletrons desenvolvimentais, por ‘exemplo, tém sido vendidos por até 800 délares por litro. Mas por que as quantidades das especia- lidades quimicas usadas em um dispositive eletrénico séo minus- culas, seu custo representa ape- nas uma pequena fracao do custo final do produto. Restringindo seus comentérios a produtos quimicos usados em semicondutores e circuitos im- pressos, Cox acredita que vendas globais poderiam chegar, dos trés bilhdes e meio de délares do ano passado, 2 6,8 bilhdes de d6- ares em 1987 (baseado em valo- res de délar constantes, referen- ciados a 1983), Durante este pe- iodo de cinco anos, 0 padrao de demanda geografica vai deslo- car-se um pouco, asseguram ele e seu associado Alan R. Mills. Até 1987, oles veem as vendas nos EUA representando 40% ($2,72 bilhdes) do total, seguidas pela Europa Ocidental com31%($2,11 bilhGes) eo J2pa0 em 29% ($1,97 bilhdes) Em contraste, os EUArepresen- taram 45% ($1,58 bilhdes) do total de 1983, com vendas na Europa Ocidental representando 28% ($980 milhdes), e, no Japao, 27% ($950 milhoes). Visto de outrame- neira, o crescimento anual da ta- xe de demanda na Europa Oci dental entre 1982 @ 1987 6 previs- 12 como quase 17% e no Japao quase 16%, enquanto para os EUA esté situada em 11,5%. Em termos de délar, semicon- dutores representam a maior sai- a para especialidades quimicas. Das vendas de $3,5 bilhdes 60% foram para semicondutores e Main e 1984 — 128 40% para placas de circuito im- presso. Esta vantagem provavel- mente sera mantida até 1987, quando semicondutores repre- sentarao 62% do total de $6.8 Indes. Uma grande gama de produtos quimicos é utilizada na fabrica- 40 de semicondutores. Mate- tiais substratos constituem a maior classe funcional, 44% ($924 milhées) dos $2,1 bilhoes doanopassado. Aqui osiliciotem © papel dominante, embora al- gum germanio e semi-conduto- Tes compostos, como arseneto de galio e fosteto de indio — prete- idos em laser de estado sélido e diodos emissores de luz — sao usados. Em um segundo lugar muito préximo, com 41% ($561 milhdes) de vendas vem os materiais de ‘empacotamento necessérios pa- ra proteger os dispositivos semi- ‘condutores e fornecer 0 suporte ara os leads de input e output. Liderando entre estes estéo as ‘cerdmicas, representanto 41% do valor em délar dos produtos qui- micos para empacotamento, pas- tas (22%), e resinas encapsulado- ras (10%). Também incluidos es- 180 0 adesivos para fixagao de corantes (10%) mais especializa- dos, usados para fixar 0 chip de Circuito impresso em seu suporte antes da encapsulacao. Itens mis- celaneos perfazem 0 resto, os mais significativos sendo com- Postos condutivos e de terras ra- ras e ferritos moles. Completando as classes de ‘compostos utilizados na fabrica- g40 de semicondutores encon- tram-se os produtos quimicos de processo e@ estamparia (9%) photoresists (6%). Produtos qui- micos de processo compreen- ‘dem uma variedade extremamen- te complexa de produtos, nota Cox. Pelo menos 65 produtos or- ganicos e mais de 20 produtos inorganicos estéo no mercado. Misturas de formulagées organi- ‘cas ¢ inorganicas chegam as cen- tenas, muitas delas especificadas pelos usuarios. Especificacoes, que determinam os niveis de im- pureza e outros de mesma natu- reza, podem chegar até 40 por produto quimico. Como resulta- do, fabricagao e controle de qua- lidade s4o caros. Placas de circuito impresso 8m a importante fungao de inter- ligar os muitos feads de input output do semicondutor e outros ‘componentes em um produto ele- trénico, Os EUA detém a maior fatia de mercado dos produtos quimicos utilizados para fabricé- los, por causa dos produtos de alta performance necessarios pa- ra aplicagoes aeroespeciais, em computadores e militares. Da quantia de 1,4 bilhdes de délares de vendas globais de pro- dutos quimicos que foram utiliza- ‘dos em placas de circuito impres- 80 no ano passado, materiais substratos representaram 61%. Os itens mais usados séo com- pésitos de resinas epoxi reforca- das por vidroe papel. A maior par- cela de mercado para as placas reforgadas de vidro na Europa e nos EUA reflete as maiores quan- tidades de equipamento eletroni- co que nao é destinada ao consu- midor nestes lugares. No campo das fibras de carbo- no, crescimento ¢ oportunidades de lucro pareciam ilimitadas ha uma década, 4 medida que os sucessos que ocorreram cedo em material esportivo se espalharam paramercados de alta pertorman- ce, como os da industria aerondu- tica @ aeroespacial, lembra Kos- soff. A demanda projetada para redugao de peso, associada @ economia de energia, pareciajus- tificar altos pregos. H. Davy e a pilha de recordes ‘Os romanos conheceram o ou- ro, a prata, o cobre, 0 ferro, 0 chumbo, o estanho, o merciirio, o ‘enxoire e o carbono. Sendo um povo eminentemen- te utilitarista, nao esquentaram a cabeca com pensamentos filos6- ficos, nem divagagses bizantinas; procuraram, apenas, fazer uso pratico dos elementos em apreco. Maye de 1984 — 129 As proesas e descobertas LUIZ RIBEIRO GUIMARAES, 1.D.0.Se. INSTTUTODE NUTRIGAD — UPRD Apés a queda do Império Ro- mano decorreu cerca de um mi- énio para que um novo corpo simples fosse isolado. autor da tacanha foi um mon- ge alemao — Alberto Magno — que conseguiu preparar 0 arséni- 60, em 1250. Assim, 0 monge foi o primeiro homem conhecido a isolar uma substancia simples. ‘REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL Outros elementos foram sendo descobertos através dos séculos. Humphry Davy, um pobre rapaz da Cornualha e pratico de farmé- cia, conseguiu trabalho numa Ga- sa de Satide em Bristol, conhec' da como “Instituto Pneumatico’ porque empregava os gases para curar as doengas. (Continua na pg. 16) B ATE AGORA QI PRA VO. BARRALIN E 0 NOVO NOW CEERA APENAS UMA MEDIDA DO EXTRA-LEVE “AA”. DE INTELIGENCIA, BASEADA. BARRAFIL E O EXTRALEVE. NA CAPACIDADE INTELEC- BARRAFIL "P” E O EXTRA-LE- TUAL MAS AGORA OQIQUER VE “P’”. BARRALEV E O LEVE DIZER COISAS MAIS IMPOR- TANTES. (ME). E BARRAFLEX CORRES: PONDE AO MEDIO. Ql SAO AS INICIAIS DE QUIMICA INDUSTRIAL, PARTE DO NOME QUI- MICA INDUSTRIAI BARRA DO PIRAL COMPLEXO FABRII PRODUZ O MELHOR E MAIS PURO CARBONATO DE CALCIO PRECIPITADO DO PAIS: O CARBONATO DE CALCIO PRECIPITADO BARRA. QIE O SIMBOLO DA QUA- LIDADE INCOMPARAVEL DE TODOS OS PRODUTOS QUE FA- BRICAMOS. COM _DESENVOL- VIDA TECNOLOGIA E KNOW- HOW DE MAIS DE 40 ANOS. USANDO SEMPRE O QI VOCE CONSEGUE MELHOR! RESULTADOS NOS PRODUTC TER QI E DECORAR RAPI- T QUE _A SUA INDUSTRIA FABI DAMENTE OS NOVOS NOMES DO CARBONATO DE CALCIO PRECIPITADO BARRA, PRA NAO CORRER © MENOR CA E REDUZ O DESGASIE Fi CO DAS MAQUINAS, PORAI © NOSSO CARBONATO DE CALCIO PRECIPITADO TEM RISCO DE LEVAR UM PRODU- QUALIDADE GARANTIDA PC TO DE QUALIDADE MUITO 56 TESTES E ANALISES FISIC‘ QUIMICAS, DA JAZDA AO INFERIOR: MOMENTO DE CONSUMO. QI TAMBEM EO SINAL DEUMAEMPRESA COM75MIL DA QUALIDADE INCONFUNDI-__ METROS QUADRADOS DE VEL APLICADA NOS MAIS DI AREA CONSTRUIDA, DIVIDI VERSOS TIPOS DE PRODUTOS COMO PLASTICOS, BORRA- CHAS, PAPEIS, TINTAS, CREME DENTAL, REMEDIOS, ALIVEN- TOS, ETC. DOS EM DUAS GRANDES FABRICAS. UMA EM BARRA DO PIRAI-RJ,EOUTRAEM ARCOS-MG. ASSISTENCIA TECNICA COM O MAIS ALTO QI TAMBEM E UMA EXCLU- SIVIDADE DA QUIMICA PIRAL PRA FUNCIONAR BASTA VOCE LIGAR, QUE UM TECNICO ESPECIALI- ZADO VAI ATE VOCE LEVAN- DO INFORMACOES, SEI E APOIO TECNICO-OPERA- CIONAL ENFIM, QI E A MEDIDA CERTA DO BOM SENSO. UMA MEDIDA QUE TODA INDUSTRIA, QUE QUER PRODU- QI E A QUALIDADE IN- ZIR_O MELHOR, DEVERIA TO- DUSTRIAL DO CARBONATODE MAR, PORQUE QUEM TEM QI CALCIO PRECIPITADO BARRA, TEM MAIS QUALIDADE POR PRODUZIDO PELA QUIMICA. PRODUTO. E QUALIDADE E INDUSTRIAL BARRA DO PIRAL _ LUCRO. VIVER SEM @! EM RESPEITO A SUA INTELI- E QUASE IMPOSSIVEL. GENCIA. USAR O QIE TER SEMPRE A MAO OS SERVICOS lloyezi— QUALIDADE COM INTELIGENCIA. O7 BP Fazendo uso do éxido de nitro- génio (gas hilariante) sua fama chegou aos ouvidos do conde Rumford que 0 nomeou Diretor do laboratorio da Royal Institu- tione, no ano seguinte, Professor de Quimica Tendo nas maos a pilha voltai ca desoberta por Volta em 1799, Davy, no intervalo de um ano, conseguiu isolar sete elemento: s6dio, potéssio, bario, calcio, es- tréncio, magnésio e boro. Esta pilha de elementos tornou Davy recordista nao ultrapassado até presente data. ‘Alem desta proeza, sua baga- gem na Quimica foi grande: in- ventou a lémpada de seguranca usada pelos mineiros; mostrou que 0 “Acido oximuriatico” de ‘Scheele era um elemento e deno- minou-o cloro: descobriu o mo- nocloreto de iédo. Convém lembrar que 0 fosgé nio foi obtido pela primeira vez por seu irmao John Davy.” Do mesmo modo que Scheele, casou-se com vitiva rica que néo Ihe trouxe a felicidade. Napoleao, em guerra contra a Inglaterra, premiou-o pelos tra- balhos realizados. Sua maior descoberta, porém, foi 0 seu discipulo Faraday. * Garantia da qualidade Um esforgo metrolégico-laboratorial EDGARO PEDREIRA DE CERQUEIRA NETO. Lcoeb1b0 AvERI biGUEZ bE MELLO Cees PETROBRAS ~ PETROLEO BRASLEMO SA 1 — INTRODUGAO O cenario brasileiro da Indus- tria da Engenharia Sanitaria e Ambiental mostra de maneira clara uma lei estabelecendo uma politica do meio ambiente, Trata- se da Lei Federal 6398, de 31 de agosto de 1981. Este instrumen- to 6 quase que a materializacao do consenso que aos poucos vai surgindo de que, ou o ser huma- no cuida de suas atividades po- luidoras, ou elas irao exterming- lo da face da terra. Entretanto, este consenso existe somente junto a alguns homens publicos e aqueles que tém algum interesse econémico financeiro em controle ambi- ental Neste trabalho, pretende-se caracterizar Garantia da Quali- dade Metrolgica como um es- forgo Metrologico-Laboratorial e propor algumas acées para que © Governo, através de suas Com- Trabalho apresentado 20 Xil Congres 0 Brasileiro de Engenharia Sanitaria © ‘Ambiente, promovido pela Associacao Brasileira de Engenharia Sanitaria e Arm Diente, @ realizado om Santa Catarina, no Period de 20 a25 de novernbro de 1983, 16 panhias Estaduais de Sanea- mento, possam atuar junto a co- munidade como um todo, em es- pecial aqueles que dever forne- cer itens e/ou realizar obras de condicionamento do meio ambi- ents aos requisitos de qualidade impostos pela lei 2— QUALIDADE DE VIDA Como 0 temario do congresso 6 a qualidade de vida julga-se oportuno mostrar garantia da qualidade como adequagao ao uso em relacdo a vida que o ho- mem deve conservar. (© homem tem como necessi- dade, e a necessidade é o fator gerador de todas as coisas, para Sobrevivencia (figura 1). — alguns poucos metros qua- drados para repousar; — alimento; — trabalho; = amor. Qualidade de vida pode ser vista como um conjunto de fato- res que fazem com que 0 ho- mem, na busca de sua sobrevi GARANTIA DA QUALIDADE véncia, possa fazer uso adequa- do de seu espaco, de seu ali- mento, de seu trabalho e, feliz~ mente, do amor de seus seme- Ihantes. Qualidade 6 adequacao ao uso. Qualidade de vida é ade- quacao a0 uso da vide que cada um tem pela frefite. Ai é que a natureza esta presente, ¢ a inter- feréncia do homem com ela tem sentido. Apenas comentar que a cada dia a qualidade de vida se torna pior significa interferir nos qua- tro fatores ha pouco menciona- dos. Assim, surge a necessidade de se administrar e controlar es- ta qualidade de vida 2.1 — Garantia da Qualidade Garantia da Qualidade (Quality Assurance) pode ser entendida como a superposicao de duas ages: a primeira seria adminis- trar a qualidade, e a segunda manter controle sobre a mesma. Assim, representada por uma equacéo, tem a forma: = (ADMINISTRACAO + CONTROLE) DA QUALIDADE REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL Moo de 1984 — 132 FIGURA 1 Todos 08 rios que nascem nas montanhas correm para o mar desenvolvendo a sua volta atividades domesticas, comerciais, industriais ¢ agricolas que garantem a sobrevivéncia humana na face da Terra, Administragao 6 uma ciéncia social que funcionaliza os recur- sos humanos e materiais. Pro- cura gerir organismos e otimizar resultados. Faz as coisas atra- Mojo de 1984 — 133 —— REvIsTA DE qutmica InousTRIAL ves do bom desempenho das pessoas. Controle & um ajuste da exe- ‘cugao aos planos. Nao se con- trola com o intuito de punir fal- tas, mas sim prover agdes corre- tivas buscando indices otimos de desempenho e produtividade, Entao, garantia da qualidade de vida @ a acao simultanea de i administrar vidas @ fazer com que as pessoas venham a ter aces conformes com planos es- tabelecidos. Assim, é sempre ne- cessario normalizar suas ativida- des no dia-a-dia, Surgem as Leis e os famosos requisitos de qua- lidade. 2.2, — O Proceso de Lodos Alivados ¢ Padrées de Efiuentes ‘Como base para fundamentar a garantia da qualidade como um esforco metrolégico-labora- torial, apresenta-se 0 fato de que estudos recentes publicados na literatura mostram de forma cla- rae decisiva que: (i) 0 processo de tratamento de efluentes conhecido como "Lo- dos Ativados” gera consideravel concenttacéo de material orgé- nico que permanece nos efluen- tes como subproduto do meta- bolismo microbiano; (ii) as universidades estao sensi- veis a esta constatacao; (ii) 0s outros segmentos da so- iedade demonstram pouco inte- resse em relacdo ao problema, mas criticam 03 efeitos poluido- res que observam; (iv) 08 modelos de projeto de processo de tratamento atual- Mente em uso nao sao validos ou nao esto conformes com os requisitos de qualidade estabe- lecidos pela legislacao para os efluentes. Ha quase 20 anos que o proje- to do processo esta fundamenta- do na idade do lodo ou tempo do residéncia celular médio: é 0 famoso parametro og. De acordo com a maioria dos modelos, a concentracao da ma- teria organica biodegradavel de- ve decrescer a medida que a ida- de do lodo cresce. Todavia, co- ‘mo constatado por alguns cien- tistas, em escala de laboratério e em escala de fabrica-piloto, os modelos nem sempre predizem precisamente a qualidade dos efluentes. Em outras palavras, significa que, na pratica, a teoria ¢ outra! Os niveis de materia or- 48 ganica nos efluentes dos siste- mas de tratamento s4o sempre maiores do que os valores en- contrados pelos modelos. Este problema tem afetado quem os projeta, quem contrata a obra @ quem opera a instala- cao de tratamento. Trata-se da faléncia da teoria biocinética pa- dra0? Sera mesmo verdade? Se- ra que 0s padroes de qualidade dos efluentes foram estabeleci- dos por tecnologia nao adequa- da? Ou que os homens de cién- cia entregaram aos tecndlogos ESFORCO IDEIA um pacote sem garantia da qua- lidade? 2.3 — O Proceso de Inovagao Tecnolégica’ A figura 2 mostra como, a par- tir de um esforco, 0s beneficios podem ser obtidos, de duas for- Mas: a primeira com melhoria da qualidade de vida, e a segunda com adogao de novas tecnolo- gias. Aqui, tecnologia ¢ a soma de conhecimentos empiricos e cientificos postos a disposicao de algum esforco produtivo. LABORATORIO. AVALIAGAO aA Novas TECNOLOGIAS PLANTAPILOTO PESSOAS BENEFICIO FIGURA 2 Etapas da interagéo esforcao-beneficio. Entre outros beneficios tem-se a geragao de novas tecnologias. REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL Majo de 1984— 134 Observa-se que a partir da idéia surge naturalmente 0 labo- Fatorio. Laboratorio 6 0 conjunto de recursos utilizados para efe- tuar medigoes. No comentario sobre lodos ativados, uma nova ideia surge, e esta, para que se- ja uma inovacao tecnolégica, vai ter de passar por todos os esta- gios, até que a comunidade (pessoa) possa desfrutar dos be- neficios. 3 — GARANTIA DA QUALIDADE METROLOGICA No laboratério, visto como uma fabrica de resultados de anilises, testes ¢ ensaios, a ga- rantia da qualidade @ metroloai ca, Em resumo, é um compro- 0 entre — um operador habilitado; — um instrumento (ferramen- ta) aferido/calibrado; — uma metodologia validada. Do perfeito equacionamento desses fatores surge a informa- 40 laboratorial, que, no proces: 0 subsegiientte de avaliagao por alguém, podera redundar num estudo mais avancado e trans- formar-se em beneficio; é quase que um processo de selecéo nar tural, uma vez que as idéias so muitas, e a cada dia menos ino- vac6es tecnolégicas aparecem. Na Divisao de Quimica do CENPES, um Engenheiro Quimi 0, Quimico de Petréleo, em fun- [a0 de Assessoria a Chefia da Diviséo € 0 responsével pela ga- rantia da qualidade metrolégica. A ele estao afetas as tarefas de administragao da qualidade (pla- nejamento, controle e programa- 40), € de controle da qualidade (graficos de controle, afericao/ calibragao de instrumentos, cer- tificacao de operadores, audi rias em metodologias de anal ses testes e ensaios @ outros) Para ser mais efetivo e impa cial este técnico deve dedicar-se fem regime de horario integral a estas tarefas, e reportar-se como ja fol mencionado ao executive principal, Isto minimiza a tentati- va de desenfatizar os principios Maio de 1984-135 de garantia da qualidade em te- vor de alguém ou de algum pro- cesso produtivo em que esteja envolvido diretamente ou emo- cionalmente. Todos os empregados, entre- tanto, em todos os niveis tem um compromisso duplo. O primeiro com a qualidade do trabalho que executa, 0 segundo com a espe- cializagao © a capacitacao para executar o trabalho. A conscien- tizagao das pessoas para a qua~ lidade decisiva para 0 sucesso do programa de garantia da qua- lidade. Os estabelecimentos dos re- quisitos de qualidade que devem atender as informacées geradas nos laboratérios sao da obriga- a0 de quem vai usé-las. Entre- tanto, caso estes nao saibam e8- pecificd-los, 0 responsavel pela garantia da qualidade deve esta- belecé-los de forma clara para esses usuarios. Neste contexto conceitua-se pragraticamente: (() controle de qualidade como a apbcapso rotineira de atividades @ procedementos programados esonitos pare assegurar a quali- dade © 2 confiabilidade das in- formagaes geradas no laborato- rio, Consiste de conjunto de téc- nicos tos: “Tidedignos”. testes de preciséo © exatidgo, e uma imagem visual (graficos) que comprovem que-2s andlises, tes- tes e ensaics estao sob controle: (i) garantia da qualidade comoa soma das atividades que do- cumentam e.mantem 2.aualida- de dos dados sob monitoramen- to. € 0 meio de assegurar que somente métodos validados 520 utilizados, que instrumentos e equipamentos estao adequada- mente.aferidos, calibrados e ma- nutenidos, que procedimentos escritos de operaeao uniformes sao estabelecidos e seguidos, que as eficiéncias sao documen- tadas e auditadas. A GARANTIA DA QUALIDADE INCLU! 0 CONTROLE DA QUALIDADE A DIQUIM concentra seu pro- grama de garantia da qualidade sobre cada pessoa seja ela chefe ou nao, ¢ em seus controles dis- rios. Cada pessoa € responsavel pelo controle da qualidade em sua area. O programa de garantia da qualidade determina e controla a qualidade da medida fisica, quimica ou biolégica, assim co- mo dados de manipulagao, re- gistro, e apresentagao visual 20s dados. O técnico é responsavel pola identificagdo de problemas em sua drea e investigacao co- mo parte da melhora da qualida~ je dos resultados laboratoriais. E uma proposta de disciplina consciente Critérios de controle da quali- dade devem ser estabelecidos pelo tecnico mais experiente, se- ja.ele chefe ou nao (fala quem sabel). Os técnicos mais novos REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL devem executar as tarefas de acordo com os padroes estabe- lecidos apés um proceso de treinamento. Os limites de con- trole sao calculados usando da- dos empiricos e historicos. O de- senvolvimento e aprimoramento do programa de controle é uma continuacao dinamica das medi- das feitas a cada dia. A medida que a experiéncia e o treinamen- to crescem, também crescem a confianga e 0 moral das pessoas. © téchico torna-se atento, co- nhecedor do assunto, vigilante e interessado em todas as facetas de seu trabalho. Técnicos com habilidades e treinamento sao capazes de promover agdes cor retivas a nao conformidades que levariam o processo, de andlise ficar sem controle, Basicamente as ferramentas utilizadas para reconhecer um problema sao testes de precisa © exaticéo. 4— A NORMALIZACAO TECNICA E A QUALIDADE A108 (international Organiza- tion for Standardization) ¢ uma das organizacdes internacionais de normalizacao. Atualmente compreende organismos nacio- nnais de normalizacao de 89 pai- 806. O objetivo é promover 0 de- senvolvimento das normaliza- G0es no mundo, com 0 intuito de facilitar 0 intercambio interna- cional de produtos e servicos, e desenvolver a cooperacao na es- fera das atividades intelectuais, cientificas, tecnologicas € eco" némicas. Os trabalhos da IOS cobrem a normalizacao em todos os cam- pos, com excecao das normas de engenharia eletrica e eletrani- ca, que sao da responsabilidade da Comissao Internacional de Eletrotecnica (IEC). Os resulta- dos do trabalho técnico da 10S sao publicados como normas in: ternacionais. A IOS gera consenso interna- cional, orgao representante da nor- malizacao brasileira na 10S 6 a Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O trabalho tecnico da IOS & efetuado através de Comités Tecnicos (TC). O autor deste tra- balho & o representante do Bra- sil no TC 28 (produtos de petro- leo e lubrificantes), Sao mais de 162 comités técnicos, 589 sub- comités, 1.430 grupos de traba- tho, 2 000 rgaos tecnicos, 10.000 especialistas. Isso resul- tou na publicacao de mais de 4500 normas, Em particular e para o interes se deste trabalho a 10S dispoe de alguns comités, a saber (i) TC 146-— qualidade do ar: ob- jetiva prover normalizacao no campo de qualidade do ar, inclu- indo definigoes e termos, amos- tragem @ medigoes das caracte- risticas do ar; 20 (li) TC 147 — qualidade da agua: objetiva prover normalizacao na area da qualidade da agua, in- cluindo definigao de termos, amostragem da agua, medicao e informacao das caracteristicas da agua; (li) TC 176 — garantia da quali- dade: objetiva prover normaliza- a0 @ harmonizacao na area de sistemas de qualidade genérica e garantia da qualidade, e tecno- logias de qualidade apropriadas © comité tecnico para garan- tia da qualidade ¢ composto de trés grupos de trabalho (WG) a saber: — WG 4: Terminologia para garantia da qualidade; — WG 2: Elementos funda- mentais dos sistemas de garan- tia da qualidade; — WG 3: Especificacdes rela- tivas aos sistemas de garantia da qualidade. Cumprindo seu papel de gera- ga0 de consenso, a nivel nacio- al tem a ABNT gerado um nie mero razoavel de normas que possibilitam a Comunidade Téc- nico-Cientifica Brasileira evoluir no sentido de garantir a qualida- de de vida. Nesta oportunidade ressalta- se a necessidade de serem disci- plinadas através de normaliza- 90 (consenso sobre metodolo- gia validada) as relacdes com- Prador-fornecedor de pesquisas, Projetos © servicos técnicos de controle ambiental, Sao normas que dizem respel- to. garantia, a0 controle, & veri- ficagao e a inspecao da qualida- de declarada pelo fornecador ao comprador, que estabeleceu re- uisitos a serem atendidos § — COMENTARIOS FINAIS O problema, portanto, nao é de tecnologia. Ou esta existe ou ‘0 homem a desenvolve. O pro- REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL blema hoje € organizacional. A sociedade tem que se organizar mais @ cada oportunidade. Recomenda-se que as seguin- tes acées sejam desenvolvidas: a) Agao da Associagéo Brasi- Jeira de Engenharia Sanitaria Ambiental Gonscientizacao da comunida- de para 0 problema da qualida- de, através de cursos, palestras, seminarios e outros instrumen- tos de sua acdo gerencial; 1b) Agdo das Companhias Esta- duais de Saneamento — exigir de seus fornecedo- res que apresentem manuais de garantia da qualidade; — implantar laboratérios de controle ambiental com metodo- logia de confiabilidade metrolé- gica com outros laboratorios na- cionais e/ou internacionais; — conscientizar seus técnicos para 0 problema da qualidade; 6) Agéo da ABNT = ampliar o numero de nor- mas relativas & qualidade: — aprovar a criacao de um comité brasileiro sobre garantia da qualidade metrolégica, ja proposto? pelo autor do traba- tho, para credenciamento de la~ boratérios, estudos de padroes ¢ materiais, certificados de refe- réncia, certificagao de produtos @ outros; d) Agao individual Cada cidadao teria um duplo compromisso: primeiro com a qualidade do que faz e segundo com a sua especializacao. Como correr risco faz parte da agao gerencial de um executivo, atirmarse que, se cada entidade, Pessoa fisica ou juridica, Empre- sa Publica ou Privada, investir em qualidade, o futuro ira de- monstrar que @ possivel melho- rar sempre as condigées de qua- lidade de vida e a custos redu- zidos. Assim, nao se deve responsa- bilizar apenas o Governo pelas grandes mudangas ocorridas. Maio de 1984 — 136 Governo ¢ povo, e povo é con- junto de pessoas, que com seus Poderes, mudam 0 curso dos fa- tos, organizando-se para produ- zir beneficios. Ai entao poder haver um bom Governo, sério € corganizado. Este trabalho tem por objetivo ser uma mensagem, nao com- Pleta, da responsabilidade que ‘cada um deve se atribuir:de de- senvolver atividades com quali dade na busca constante te pa- drées crescentes de lideranca e de produtividade. REFERENCIAS 1, CERQUEIRA NETO. E.P. Ad- ministracao, empresa, tecno- Jogia versus metrologia, nor- malizagao ¢ qualidade. S20 Paulo, 1983, Trabalho apre- sentado no Vill Simpésio Na- cional de Pesquisa em Admi- nistragdo de Ciéncia e Tecno- logia. CERQUEIRA NETO. EP. Ins- trumentagdo versus metroto- gia, normalizagéo @ qualida- de. Sao Paulo, 1983. Trabalho apresentado no XVI Congres- 0 Nacional de Informatica. Recuperagao do programador de temperatura de cromatégrafos de gas Perkin-Elmer mod. 900 e 990 GERALDO A. CIDADE, FICARDO 8. COELHO, FRANCISCO RADLER DE AQUINO NETO & ‘JARI NOBREGA CARDOSO INITTUTO DE GUC UNVERSDIDE FEDERALOO RODE JANERO "SaNTH0 OE TECMOLOGIA BLOGO A OF ANDAR-— SALA BOOT 1 — Introdugao A alta qualidade das separagées tornadas possi- veis pela utilizacao da cromatogratia com fase gaso- sa de alta resolugao (CGAR) promoveu a acentua- 40 do interesse pela CG no mundo. No Brasil, 0 elevado custo unitario dos equipa- mentos e das colunas tem-se constituido no prinei- pal entrave ao seu desenvolvimento. Dentro deste contexto, a possibilidade de se adaptarem cromato- gratos de gas (CG) convencionais para o uso de colunas capilares de vidro aumentaria a perspectiva de utilizagao da técnica para um significativo con- tigente de usuarios (Sipos & Ackman, 1980; Sever- son et al, 1982, Furtado & Cardoso, 1984). ‘O grande nimero de CG das séries 900 e 990 da Perkin-Elmer (P-E) existentes no Pais, por exemplo, constitui um enorme potencial j4 instalado que pode ser imediatamente aproveitado paraaintrodu- a0 da CGAR através de adaptacdes de baixo custo, esquema que vem funcionando no IQ-UFRJ ha al- guns anos com excelentes resultados (Furtado & Cardoso, 1984), Deve-se assinalar, contudo, que a maioria dos CG 200/990 foi instalada ha mais de 10 anos e seus circuitos eletrénicos comegam a apresentar proble- mas de manuten¢o, agravados pela dificuldade de ‘obtencao de pecas de reposicao. E, portanto, Im- prescindivel, desenvolverem-se projetos de circui- tos para reposicao, baseados em componentes dis- oniveis no mercado nacional ‘Maio de 1984— 137 erzibo— BRAS. Um exemplo de circuito que se tem mostrado particularmente sujeito a panes a placa que con- trola o programador de temperatura, coragao do sistema de operagdo com temperatura programada. O projeto e execucao desta placa no Brasil e sua posterior adaptacdo e teste no CG 900 foram efe- tuados e seus principais detalhes tecnicos sao 0 ob- jeto desta publicagao. E interessante realcar que nossos trés equipa- mentos desse modelo vam funcionando com o sis- tema modificado ha mais de trés anos sem qualquer alteragao aparente no desempenho cromatogra- fico. 2— Projeto da placa de controle do programador de temperatura © esquema original do circuito de programacao COP (Perkin-Elmer, 1970) e 0 diagrama do circuito modificado (GMP) sao ilustrados (Figuras 1 ¢2, res- pectivamente). A lista das modificag6es efetuadas, bem como o material utilizado nas adaptacées, S20, apresentados nas Tabelas 1 e 2. Optou-se pela elaboracao do novo circulto (CMP) ‘em logica TTL (0 COP opera em grande parte em légica DTL), pois, além de apresentar menor atraso fia propagagao de informacao (“propagation de- fay’), tem sua manutencao facilitada pela disponibi- lidade, no mercado nacional, de componentes para reposicao. REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL. 2 de programacao (COP) ‘OBS.: A alimentago de ~5V dos transistores, via Rd. p. 619d, Per 3, 1970) do mat iagrama da placa de programacao de temperatura (0020265 Figura 2 Esquema do circulto moditicado de programacao (CMP) Para facilitar a elaboraco da placa, adotou-sea 3 — Execugao mesma disposi¢ao dos componentes integrados da Utilizou-se para a construgéo do circuito modifi- placa original. cado de programacao (CMP) uma placa de fibra, de 22 ———______ revise quimica inousrria, —— Maio de 1984 — 138 TABELA1 Etapas para a construgo do circuito modificado de programacao (CMP). ponentes utilizados Modificacao Localizagao Motivo Desenho de um novo lay-out, em fun- ‘g4o dos novos com- placa de programacéo facilidade de manutengao (Cige transistores) ‘Adic&o de componen- “Logic P.C. board 2400 Interfaceamento tes na placa do cir- Séries (009-0548" com a nova placa cuito légico. (Perkim-Elmer, 1970) de programagao. Ligacdo de + 5V da “Base card 2100 séries” placa suporte para. 009-0253. as chaves S, eS, da “switching P.C. board placa das chaves 2200 séries "009-0255" seletoras. (Perkin-Elmer, 1970) Funcionamento na posicao “O MINUTES” em “FINAL TIME" e “INITIAL TIME”. TABELA2 Correspondéncia entre os componentes eletrénicos do circuito original de programagao (COP) e do circuito modificado de programagao (CMP). ‘i Gireuito Original Circuito Modificado Referéncia no Diagrama a om IC1, 1C2, 1C3, 164, IC, IC6, 1C7, IC8, Mc 853? ‘SN 7473N Ie14, 1C12, 1613, (DUAL JK FLIP-FLOP) (DUAL JK FLIP-FLOP) 1614, IG15 wc 8s7P SN 7400N BC 547 ou equiva- Q,,Q 2Na7tt atte BD115, 2N 3440 ou Q,, Qs, Q, Q, 2N 2405 ‘equivaiente face dupla (sendo aconselhavel a metalizacao dos furos para maior facilidade de construgao), com os circuitos integrados montados sobre soquetes de 14pinos, aproveitando-se da placa original oconec- tor (ELCO 7022) ¢ os suportes para o "JUMPER"; pode-se optar também pela montagem em “WIRE- UP”. Nas figuras 3A e 3B estado ilustrados os /ay- Maio de 1984 — 139 [REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL, outs das duas faces. Para 0 perfeito funcionamento final da unidade, deve-se acrescentar mais dois acessérios de interiaceamento entre as duas partes que compéem o sistema de programacao ("PRO- GRAM BOARD" e “LOGIC BOARD”), quais sejam: ‘a) a adaptagao de dois transistores na placa do circuito ldgico (n° ref. 009-0548; Perkin-Elmer, 23 'b) Com relacao ao funcionamento da chave se- letora “INITIAL TIME” e “FINAL TIME" na posicao “0, torna-se necessario procederaumaadapta¢ao na placa das chaves seletoras (Fig. 5), dando um ase ase nou eae se TY ocser +8 +8 re pore “oe hs é % ae panic cracutto encutto ae t uf conte fe te [eco ae Y fenae mano cincuto neuro Figura 44-48 Mositicagaa do circulto égico daplaca. (Logic board 2400.seres (009-0548; p6-19b, Porkin-Elmor, 1970). 4a-Localizacao do cort. 4b-Adantacao do resistor Fe do transistor BC 547. Placa do ‘controle Be Conector ‘Conector das mpadas Pequeno corte na trilha cobreada, correspondente 20 pino 6, e soldando-se um fio de ligacdo com 0 resistor R2102, montado na placa suporte (Fig. 6) cone > 2101 <30> PLAC ACAD PLACA SUPORTE CHAVES SELETORAS Figura 5 Medicago das chaves selet placa, para funcionamento ‘na pasiggo "O minutes” em “Initial me" @ "Final tine", (wit ‘ching 2200 series 009-0256, p. 6-190: Perkin-Elmer, 1970) Pain do controle J. Placa das chaves seletoras (008-0256) Fase Card (Placa suporte} Figura 6 Soret Conector do Localizagao dos constituintes FeO programador Conector ACI 40 Paine! (0090282) do sistema de programagao de (ove-c2e7) (000-0233) temperature. Maio de 1984 — 141 REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL. 25 4 — Aferic3o do CMP: ‘Segundo o manual do instrumento, o COP admite um desvio de * 5 s para a posicao 2 minutos do “INITIAL TIME”. A ateri¢do do CMP apresentou desvios de apenas * 0,25 s para as posicdes de maior tempo em “INITIAL TIME”. Além disto, a programagao de temperatura acusou uma precisao, de * 0,10's para uma inexatidao de + 14s com rela- 40 ao tempo estabelecido na chave seletora. 5 — Orientacao e custo Pessoas interessadas em efetuar as modificagoes acima podem obter por nosso intermédio 0 “lay- out” do circuito impresso em escala 2:1. O custo total dos componentes € de aproximada- mente Cr$ 55 000,00) (6,7 ORTN em fevereiro de 1984). 6 — Bibliogratia: 1. PERKIN-ELMER Co. (1970). instructions Model 900 gas chromatograph. Norwalk, Perkin-Elmer p.6-19b. 2 J.C. Sipos & R.G. Ackman (1980). Elimination of manifold connections in model 900, mode! $90, and other Perkin-Elmer Gas-Liquid chromato- graph apparatus. J. Chromatogr. Sci. 18: 389- 391, 1980. 3. RF. Severson, RF. Arrendale & O:T. Chortyk (1982). Simple conversion of two standard gas chromatographs to all-glass capillary systems. In: W. Bertsch, W.G. Jennings & R.E. Kaiser, eds. Recent Advances in capillary gas chromatogra- phy. New York, Dr. Alfred Hithing Verlag. p. 289- 300 v. 3. 4. E.G. Furtado & J.N. Cardoso (1984). Simple con- version of a Perkin-Elmer mod. 900 gas chroma- tograph for capillary work. J. Chromatogr. Sci 22: 87-88. 7 — Agradecimento: Os autores agradecem a colaboragao do Sr. Ubal- do Santos Miranda do Laboratorio de Circuitos Impressos da COPPE/UFRJ na elaboracao da placa de circuito impresso. Francisco Ralder de Aquino Neto e Jari Nobrega Cardoso agradecem ao CNPq 0 apoio recebido. * CARBONETO DE CALCIO. Novo processo mais econdmico de fabricacio de carboneto de calcio Ha economia de energia elétrica no gasto de forca para a producio de carboneto de calcio, utilizando- se 0 excess de CO para fabricar produtos quimicos de C). Nas instalagbes de Ome a Denki possui trés fornos elétricos do tip fectado. Um dos fornos estava er: A produgao de carboneto de cal- cio € geralmente baseada no pro-* cesso em que cal viva € coque fundem num forno elétrico a ten peratura de2 000°C ou mais. Denki K. K., do Japao, aperfei- ‘goa suas instalagdes existentes no (Ome para atender a um novo pro- cesso que resulta em aumentar a geragao de gas CO (mondxido de carbono). Kemira Oy, 0 complexo quimico do governo finlandés, decidiu mo- dificar a fabrica em Oulu, de pro- ducao de nitrato de calcio € aménio. No programa incluiu-se a cons- trugio de nova fabrica, com capac- dade de 750 t por dia, de solucaode cg yons Ral eS ee Caracteriza-se a tecnologia de- senyolvida pela companhia exata- mente pelo aumento de CO, adicio- nando-se uma fase de ar soprado, com coque pulverizado € oxigénio, ho mestno tempo, ao leito do insu- mo em alta temperatura, num tipo. fechado de forno elétrica. Ataxade conversio de CO gera- do chega a 80%. reconstrugdo para adaptar-se ac novo processo. A operacao neste forno estava programada para ini Giar-se em maio de 1984. Os outros dois fornos sero gra dualmente remodelados. ‘A companhia ja providencio: pedidos de patente de invencio m Japao € outros paises. Conta que nova técnica seja aprovada dentro fora do pais. NITRATO DE CALCIO E AMONIO. Reforma da producao de nitrato de calcio ‘e aménio, do governo finlandés nitrato de amOnio, para substituir dluas existentes unidades. A entrada em operacio esté mar — REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL cada para o corrente ano de 19 Kaltenbach-Thuring foi a fin contratante Maio de 1964 CLORETO DE VINILA/CARBONATO DE SODIO Novo processo, da Akzo, de cloreto de vinila/carbonato de sédio Akzo Zout Chemie, dos Paises Baixos, desenvolve novo processo, de baixo consumo de energia, para produzir cloreto de vinila ¢ carbo- nato de s6dio. Emprega a Akzo vapor de média pressio € diéxido de carbono, em vez de eletricidade. Figura como coracdo do proces- 0, inventado pelo gerente cientifi- co Dr. E. van Andel, um sistema de catalisador homogénio que contém dlridrato de trimetilamina, iodo e cloreto de cobre em solvente adipo- Airco Industrial Gases deliberou ‘construir na Califérnia uma insta- lagio para extrair da atmosfera oxi- génio na base de 330000 t/ano. Para a gaseificacto de carvao de Cool Water, em Daggett, Cali- fornia, A instalagao da separacao do ar custou 40 milhdes de délares. Seri vendido 0 oxigénio, me- diante contrato de fornecimento, no valor de mais de 65 milhées de nittila, Este fluido circula num cir- cuito dleo catalisador, e absorveeti- leno sob pressao. Ha indmeras fases de reacées quimicas. Melhor que uma descri- ‘Gio do processo por palavras, €a se- quéncia de formulas quimicas abai- xo. E feita uma comparagio com 0 processo convencional do cloreto de vinila, Uma fabtica-piloto, que funcio- naré um a dois anos, pode ser se- guida por uma fabrica em escala industrial para mais tarde. * FORMULAS i ACS ii chan rca aS GASES ATMOSFERICOS Obtengio de gases pela Airco com fins industriais dilares para ser empregado no ga- seificador de carvao da Texaco. Serao recuperados pela Airco 9900 t de gas argonio na insta- lacio. ‘Outros projetosda Airco no mes- mo programa incluem uma insta- ETANOL Destilaria de dlcool de milho em Indiana, perto do lago Michigan Em South Bend, ao norte do Es- tado de Indiana, 2 New Energy Corp. mandou levantar uma desti- laria de dlcool etilico, anidro, a par- tir de milho, com capacidade de 52,5 milhoes de galoes por ano (correspondendo 0 galio america- no a pouco mais de 3,78 litros, a capacidade em litros seré de mais de 198 milhoes). Maio de 1984 — 143 Entrara a instalagao em funcio- namento no corrente ano de 1984. Esta é a primeira instalagio de produclo de etanol construida com apoio do US Department of Ener- gy (empréstimo de 140 milhoes de dotares). O milho — matéria prima — é moido e transformado em acticar REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL. lacdo de gases atmosféricos em Sa- ‘cramento, de 85 800 t/ano; uma f- brica de diéxido de carbono, de 82 500 t/ano, em Santa Fé Springs; © uma expansio de unidade de se- paragio de arexistente, de 158 000 {Jano em City of Industry. * fermentescivel, com o emprego da tecnologia de enzima, Como subprodutos, serio obti- dos 186 000 t/ano de grios secos, que foram submetidos a0 processo de destilacio, uma racio suplemen- tar rica de proteina, ¢ 145 000 t/ano de didxido de éarbono. £ a instalacao uma das construi- das especificamente para producio de etanolanidro, a partir de milho. O plano estabelece operacio.con- tinua da fabrica, com funciona- mento previsto para $30 dias por ano. © contratante foi Davy McKee, de Chicago. 2

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