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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE VITÓRIA

FACULDADE DE DIREITO

JUAREZ MARTINS DA SILVA

GUARDA COMPARTILHADA OBRIGATÓRIA COMO REGRA NO PODER


FAMILIAR

Vitória
2019
2

JUAREZ MARTINS DA SILVA

GUARDA COMPARTILHADA OBRIGATÓRIA COMO REGRA NO PODER


FAMILIAR

Projeto de pesquisa apresentado como


requisito para aprovação na disciplina de
Metodologia de Pesquisa Científica e Jurídica II
na Faculdade de Direito do Centro de Ensino
Superior de Vitória.

Orientador: Professor (a)...

Vitória
2019
SUMÁRIO

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO.............................................4


2 TEMA...........................................................................................................4
3 DELIMITAÇÃO DO TEMA...........................................................................4
4 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA...............................................................4
5 JUSTIFICATIVA.......................................................................................... 4
6 OBJETIVOS.................................................................................................5
6.1 OBJETIVO GERAL...............................................................................5
6.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................5
7 MARCO TEÓRICO......................................................................................5
8 METODOLOGIA..........................................................................................6
8.1 MÉTODO DE ABORDAGEM................................................................6
8.2 TÉCNICAS DE PESQUISA...................................................................6
9 CRONOGRAMA..........................................................................................6
10 PROPOSTA DE SUMÁRIO PARA O TCC..................................................7
11 REFERÊNCIAS........................................................................................... 8
4

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

ACADÊMICO: Juarez Martins da Silva


ORIENTADOR: Professor (a)...
ÁREA DO DIREITO: Direito Civil (família)

2 TEMA

Guarda compartilhada obrigatória como regra no poder familiar

3 DELIMITAÇÃO DO TEMA

Guarda compartilhada obrigatória como regra no poder familiar após a ruptura


conjugal em casos nos quais a relação dos ex-cônjuges é litigiosa e o impacto disso
na proteção da prole.

4 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

Levando em consideração que a guarda compartilhada deve ser concedida se


os pais entrarem em consenso e houver possibilidade de diálogo entre as partes, do
contrário, não haveria como decidir em conjunto sobre o melhor interesse para os
filhos, os tribunais têm concedido a guarda compartilhada sem que haja um bom
relacionamento de ambos, quais seriam os argumentos utilizados para o deferimento
ou indeferimento da mesma?
A guarda compartilhada foi inserida no ordenamento jurídico de modo a
beneficiar aos pais para que pudessem decidir em conjunto na vida dos filhos. Em
um caso em que tal relacionamento seja conturbado, quais seriam as consequências
psíquicas para a prole visto que a guarda compartilhada deveria garantir o melhor
interesse dos filhos do casal, não dos pais?
No tocante o que diz a doutrina, a jurisprudência e as leis vigentes quais
seriam as alternativas de guarda cabíveis no nosso ordenamento jurídico brasileiro
atual nos casos em que haja manipulações psicológicas da parte dos pais para com
5

a criança em prol de colocá-la contra um dos genitores, assim como na alienação


parental?
O art. 1.583, § 5º da Lei 11.698/2008 aduz que em caso de guarda unilateral,
o genitor ainda pode solicitar informações e prestação de contas com relação àquele
que possui a guarda unilateral, sendo assim por qual motivo em um relacionamento
que seja litigioso ainda deve haver a guarda compartilhada?

5 JUSTIFICATIVA

A guarda compartilhada foi inserida no ordenamento jurídico brasileiro como


uma maneira de beneficiar a vida dos pais e dos filhos, porém só era concedido
quando os genitores tinham um bom relacionamento, agora podemos observamos
decisões onde os magistrados determinam a guarda mesmo quando o
relacionamento é litigioso.
A relevância de se estudar a obrigatoriedade da guarda compartilhada se dá
dos frequentes litígios de pais separados com relação à criação dos filhos, onde
divergem em qualquer situação, muitas vezes prejudicando a criança em prol de
satisfação da própria vontade.
O estudo também visa falar sobre a alienação parental, violência psicológica
que é entendida pelo início de uma doença que poderá ser desenvolvida pela
criança ou adolescente (parte passiva) sendo manipulada por uma das partes (parte
ativa) à medida que também poderá sofrer danos e transtornos mentais ao longo
dos anos presenciando os mais variados tipos de litígio, mesmo com os pais
separados.
Visto que há outras hipóteses para a guarda dos filhos, busca-se criticar o
instituto da guarda compartilhada obrigatória no Brasil, visto que outros tipos de
guarda poderiam ser mais eficazes para a resolução de conflito de interesses e dos
interesses da própria criança envolvida.

6 OBJETIVOS

6.1 OBJETIVO GERAL


6

Analisar se a guarda compartilhada é a melhor opção, fazendo uma crítica ao


instituto da guarda compartilhada à luz do posicionamento majoritário da
doutrina brasileira com relação ao relacionamento litigioso dos pais.

6.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Analisar os argumentos utilizados pelo Poder judiciário para deferir


pedidos de guarda compartilhada;
 Analisar os principais questionamentos sobre a obrigatoriedade da
guarda compartilhada no Brasil.
 Revisar a bibliografia em direito de família sobre guarda parental;
 Coletar a jurisprudência nos tribunais estaduais sobre guarda
compartilhada.

7 MARCO TEÓRICO

7.1 DEFINIÇÃO DE TERMOS:

Alienação parental: manipulação da criança por um dos pais contra o outro.


Poder familiar: direitos e deveres dos pais sobre os filhos.
Litígio: conflito de interesses.

7.2 TEORIA DE BASE

Caio Mário da Silva Pereira – Instituições De Direito Civil: Direito de


Família

Segundo o autor, a Lei nº 11.698/2008 inovou ao estabelecer que, mesmo


quando não houver acordo entre os genitores, deve ser estabelecida a guarda
compartilhada, salvo se um dos pais declarar que não deseja a guarda.
O termo "síndrome de alienação parental" é a manipulação de uma criança ou
adolescente, de modo que desmoraliza alguns de seus pais repudiando-os de
alguma forma em favor do pai que o está manipulando.
7

Foi um conceito criado por Richard Alan Gardner, professor e psiquiatra


infantil que realizou os primeiros estudos sobre a síndrome e desenvolveu conceitos
que ajudaram na resolução de problemas envolvendo esse tipo de violência
psicológica.
A Lei nº 12318 de 2010 não é intrinsecamente a síndrome, mas sim a
alienação parental que pode atingir crianças vítimas de atos de alienação, onde
demonstram um conjunto de sinais e sintomas de que está sendo manipulado de
alguma forma para odiar um dos pais ou outros familiares.
Em tal síndrome, há o sujeito passivo e ativo, que segundo o autor, o sujeito
ativo poderia ser qualquer pessoa na qual a criança está no poder, seja avós, tios,
pais, guardiões, etc. O sujeito passivo seria a criança ou adolescente sujeito a tal
degradação;
Observa-se também que foi reconhecido pela doutrina de auto-alienação dos
pais, onde o próprio genitor que não possui a custódia que cria a situação de
separação da criança, provocando sua auto-exclusão em relação ao relacionamento
com a criança.
Tais situações de alienação devem ser reconhecidas pelos tribunais para
evitar a injustiça.
É importante ressaltar a nova disposição do CPC no artigo 699 que
estabelece que quando houver evidência de alienação ou discussão parental sobre
o fato relacionado ao abuso, o juiz deve estar acompanhado por especialistas ao
tomar o depoimento do incapaz.
Art. 129 da ECRIAD disposições das medidas pertinentes aos pais ou
responsáveis, com a finalidade de auxiliar diretamente pais ou responsáveis de
crianças ou adolescentes que tenham seus direitos lesados ou sejam autores de
infração
É necessário compreender diferenças de diferentes famílias e a necessidade
de as crianças se adaptarem a este novo e novo contexto de que são os verdadeiros
sujeitos do direito ao respeito e à dignidade.

7.3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA


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A guarda como propriedade do poder familiar constitui direitos e deveres para


os genitores. Não sendo apenas um direito de manter o filho junto de si, mas
também representa o dever de resguardar a vida do filho e de exercer a vigilância
sobre ele (MACIEL, 2014). Em relação à definição de guarda, Paulo Lôbo,
conceitua:

A guarda consiste na atribuição a um dos pais separados ou a ambos dos


encargos de cuidado, proteção, zelo e custódia do filho. Quando é exercida
por um dos pais, diz-se unilateral ou exclusiva; quando por ambos,
compartilhada. Nessas circunstâncias a guarda integra o poder familiar, dele
destacando-se para especificação do exercício. Diferente é o conceito e
alcance (2011, p.190).

Segundo Plácido Silva, a primeira regra no direito brasileiro referente ao


destino dos filhos nos casos de dissolução conjugal dos pais ocorreu com o Decreto
181, (BRASIL, 1890) em seu artigo 90, onde estabelecia que:

A sentença do divórcio mandará entregar os filhos comuns e menores ao


cônjuge inocente e fixará a cota com que o culpado deverá concorrer para a
educação deles, assim como a contribuição do marido para sustentação da
mulher, se esta for inocente e pobre (2014, p. 60).

Caso ambos os pais fossem culpados na separação, os filhos menores


podiam ficar com a mãe. Mas se a mãe fosse à única culpada os filhos não
poderiam ficar com ela. Essas normas eram extremamente conservadoras e não
priorizavam o interesse das crianças ou adolescentes, sendo apenas questionada a
postura dos genitores como forma de manter o casamento (DIAS, 2015).
Segundo leciona Grisard Filho:

A sistemática atribuição da guarda à mãe gerou distorções no sistema,


levando os juristas a procurar outro meio, mais justo, de exercício da
parentalidade. A ausência sistemática do filho pela periodicidade forçada
desestimulou o exercício da guarda, levando os pais, que se viram
negligenciados pela sociedade, a se afastarem do convívio com os filhos
(2002, p. 83).

Segundo Claudete Carvalho Canezin:

A guarda unilateral afasta, sem dúvida, o laço de paternidade da criança


com o não guardião, pois a este é estipulado o dia de visita, sendo que nem
sempre esse dia é um bom dia, isso porque é previamente marcado, e o
guardião normalmente impõe regras (2015, p. 525).
Amaral define a guarda alternada:
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A guarda alternada caracteriza-se pela possibilidade de cada um dos pais


deter a guarda do filho alternadamente, segundo um ritmo de tempo que
pode ser um ano escolar, um mês, uma semana, uma parte da semana, ou
uma repartição organizada dia a dia e, consequentemente, durante esse
período de tempo deter, de forma exclusiva, a totalidade dos poderes-
deveres que integram o poder paternal. No termo do período, os papéis
invertem-se (2013, p.126).

8 METODOLOGIA

8.1 MÉTODO DE ABORDAGEM

A dialética, ou contraposição de ideias, será utilizada como método de


abordagem nesta pesquisa.

8.2 TÉCNICAS DE PESQUISA

A análise do tema será desenvolvida através das fontes primárias, tais como a
legislação vigente, doutrina e jurisprudência que tratem do assunto.
Como técnica secundária também será utilizada a pesquisa e leitura de
publicações a respeito da problemática em questão.

9 PROPOSTA DE SUMÁRIO PARA O TCC

INTRODUÇÃO
1. CONCEITO DE FAMÍLIA
1.1 DO PODER FAMILIAR
1.2 DOS INSTITOS JURÍDICOS QUE REGULAMENTAM O PODER FAMILIAR
2. DA GUARDA COMPARTILHADA OBRIGATÓRIA
2.1 GUARDA COMPARTILHADA EM RELACIONAMENTO LITIGIOSO
2.2 JURISPRUDÊNCIA
3. DA ALIENAÇÃO PARENTAL
3.1 CONSEQUÊNCIAS PSÍQUICAS DA CRIANÇA NA ALIENAÇÃO PARENTAL
3.2 DO PRINCÍPIO DA ISONOMIA NO PODER FAMILIAR EM CASO DE
ALIENAÇÃO PARENTAL
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
10

10 REFERÊNCIAS

AMARAL, Paulo André. Guarda Compartilhada, Igualdade de Gênero e Justiça no


Brasil – Uma Análise das Interpretações da Lei. Revista Brasileira de Direito das
Famílias e Sucessões, v. 14, n. 32, p. 42–58, 2013.

CANEZIN, Claudete Carvalho apud DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das
Famílias. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2015, p. 525.

GRISARD FILHO, Waldir. Guarda Compartilhada: Um Novo Modelo de


Responsabilidade Parental. 2 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.

PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil: Direito de Família. 25ª
ed. Rio de Janeiro: Forense, 2017.

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