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Onacirema – adaptado de Ritos corporais entre os Nacirema (Horace Miner)

Onacirema: Ritos corporais entre os nativos

Adaptado por Cristiano Bodart

Nós “civilizados” possuímos a tendência de julgar o diferente como inferior, talvez por
não querermos entendê-lo. A Antropologia chama essa atitude de Etnocentrismo.
Existem vários povos e etnias estranhas no planeta. Hoje vamos apresentar um povo
tribal isolado chamado como de “onacirema”. Realizam rituais religiosos estranhos;
muitos deles chegam a diariamente torturar o próprio corpo; são violentos e por
qualquer problema eles lutam entre si e às vezes tiram a vida de seus adversários.
Algumas práticas culturais de lazer são violentas, envolvendo até socos e chutes em toda
parte do corpo. Isso se repete entre as fêmeas e os machos e é visto como uma atividade
tribal normal e evoluída, uma vez que esse povo se acha mais evoluído que outros.

O dia-a-dia do onacirema

O “onacirema”, ao acordar, inicia seu ritual de purificação: esfrega um objeto sobre a


boca para purificação. Alguns para demonstrar que são valentes até utilizam um objeto
muito cortante e o passa pelo seu rosto por vários minutos para aprofundar o ritual de
purificação. Feito esse ritual, acha-se pronto para enfrentar o dia na tribo. Nessa tribo,
existe uma divisão de tarefas: quanto mais peso se pega no exercício da tarefa, menor a
recompensa paga por ela, ou seja, quem menos pega peso, melhor é retribuído.

Sacrifícios do onacirema

A “anacirema” (assim é chamada a fêmea) realiza um ritual para a conquista do macho


inusitado. Ela está sempre a praticar rituais físicos, que não chegam a matar, mas de uma
espécie de tortura corporal para chamar atenção do macho. Se abstém de certos
alimentos consumidos pela tribo, chegando a ficar abaixo do peso normal; em muitos
casos as suas estruturas ósseas tornam-se visíveis. As que chegam a esse estado, ou ao
menos próximo dele, são admiradas pelos machos e pelas demais fêmeas. Já aquelas que
não praticam tal tortura acabam sendo rejeitadas pelos machos da tribo e excluídas
pelas fêmeas de seus círculos de relacionamentos.
A sedução do onacirema

Nessa tribo, durante um ritual muitas vezes noturno, a fêmea pinta sua face com tintas
de cores fortes. Com um objeto perfurante atravessa seu corpo em vários locais (nariz,
seios, sobrancelhas, orelhas, umbigo, lábios, órgão sexual…), onde pendura objetos
pequenos. Acreditam que essa prática atrai os machos. Já o “onaciremo” para atrair a
fêmea, realiza algumas vezes também o ritual onde tortura seu próprio corpo, diante de
outros machos durante algumas horas. Quanto maior o sacrifício, melhor será o
resultado nas atividades de sedução da fêmea.

Religião do onacirema

Embora varie entre os onacirema, as práticas religiosas são relativamente parecidas e


estranhas: adoram seu deus com rituais fisicamente exaustivos. Alguns chegam a andar
quilômetros de joelhos carregando um peso sobre o corpo; acreditando que terão
respostas dos céus. Outros ficam por dias sem se alimentar até que suas preces sejam
ouvidas. Alguns trazerem oferenda ao deus uma vez ao mês e outros toda semana.

Ritual para limpar o espírito dos onacirema

Nas noites de iluminadas e sem chuva, depois de todos os rituais, chega a hora de
espantar de suas mentes algo parecido com um espírito ruim, adquirido nas suas tarefas
diárias. Reúnem-se ao som de música tribal e realizam uma espécie de dança de
purificação da mente, acreditando que estarão libertos de um tipo de espírito e voltarão
para sua casa mais aliviados.

Você percebeu como essa tribo é diferente e esquisita? O “onacirema” é bem exótico de
verdade! Esse texto foi apenas um exercício para percebermos como podemos realizar
julgamentos prematuros e etnocêntricos! A propósito, o nome dessa tribo foi digitado
errado, mas isso não muda em nada, seja “onacirema” ou americano, são mesmo
esquisitos. Não são? Se você mora nas Américas você é a pessoal esquisita dessa tribo.

Etnocentrismo é a prática de julgar a cultura do outro a partir dos valores de nossa


cultura. Essa pratica precisa ser evitada e estar longe de nosso campo ministerial de
atuação.

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