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EDUCADORES E EDUCANDOS DA AGROECOLOGIA, VISITAM ASSENTAMENTO DO MST PARA

REALIZAR ATIVIDADES PRÁTICAS DE CAMPO.

Na quinta-feira dia 5 de outubro, as turmas dos Cursos: Técnico em Agroecologia – integrada com ensino médio e
Técnico em Agroecologia – subsequente em alternância, realizaram aulas de campo no Assentamento Lucas
Dantas, situado a 10 km da sede da Escola.

As turmas foram recebidas pelo Núcleo de Assessoria Técnica Agrogeológica (ATER – Agroecologia) da Escola
Luana Carvalho, e pelos representantes da diretoria da Associação do Projeto de Assentamento Lucas Dantas,
entidade responsável pela organização coletiva das famílias assentadas, a qual ultimamente têm conseguido
realizar parcerias na conquista de alguns editais.

No primeiro momento foi realizada a mística de abertura e uma rodada de apresentação, onde os participantes
trouxeram suas expectativas com a visita e se conheceram um pouco mais. Logo em seguida o Presidente da
Associação, Adeílton Silva, popular Bigode, junto com Seu Almeida trouxeram uma fala sobre a origem do
assentamento, destacando suas principais conquistas, a exemplo da Escola Jubiabá que até hoje vêm formando as
crianças com uma pedagogia que trabalha a realidade local dos sem terrinha, fortalecendo sua identidade
camponesa e as relações de inclusão e cooperação.

Outra conquista destacada foi a questão de novos editais que a associação vêm concorrendo devido está
totalmente regularizada, a exemplo da construção de uma agroindústria que beneficiará as frutas. A produção das
frutas é comercializada em grande volume no assentamento, principalmente cacau e cupuaçu, no entanto a preços
muito baixos devido a venderem ao atravessador, que é responsável por beneficiar o produto, obtendo melhores
resultados que os produtores. Foi trazida a preocupação com uso dos agrotóxicos, onde ainda existe uma grande
carência em formações sobre essa questão, trazendo novas alternativas para uma produção totalmente orgânica, e
futuramente certificada de forma participativa.

Em seguida foi realizada uma visita guiada pelo assentamento, para os participantes conhecerem a experiência de
Dona Dalva, que consegue produzir de forma diversificada em seu quintal produtivo e recebeu apoio do projeto
para melhorar suas estruturas e melhor organizar o seu quintal. Foi visto uma grande diversidade de hortaliças e
plantas medicinais, e a criação da galinha caipira, onde mesmo em um espaço reduzido ela consegue ter produção
o ano inteiro.

No período da tarde foram divididos os grupos e desenvolvidas atividades práticas nos seguintes espaços:
🍃 Horta escolar, com preparação de sementeiras e manejo da área da Horta da Escola Jubiabá junto com as
crianças.
🍃 Área experimental coletiva, colocando na prática os princípios do plantio sucessional e agricultura sintrópica na
produção de hortaliças e plantio de frutíferas.
🍃 Quintais produtivos familiares, com manejo nas hortas orgânicas e na criação de galinha caipira.
🍃 Roça de cacau, conhecendo mais a fundo esta cultura tão característica na região e o seu beneficiamento.

Também Foram plantadas mudas de limão, pitanga acerola entre outras árvores frutíferas, contribuindo com o
Plano Nacional Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis, lançado em 2020 pelo MST em todo Brasil.
Um dos objetivos do plano é plantar 100 milhões de árvores em dez anos nas escolas do campo, cooperativas,
centros de formação técnica, praças, avenidas e nas cidades, fortalecer a produção de alimentos saudáveis nas
áreas de assentamentos e acampamentos do MST, além de denunciar o modelo destrutivo do agronegócio e seus
impactos ao meio ambiente.

Na avaliação dos estudantes foi um momento muito rico de aprendizado, pois puderam conhecer na prática como
funciona a organização de um Assentamento do MST, e como vivem as famílias em seus lotes organizando sua
produção, o autoconsumo, as tarefas individuais e coletivas, e ainda puderam vivenciar uma tarde de práticas
agroecológicas, e a visita a uma refrescante a cachoeira, local de turismo e lazer da comunidade.

Parabenizamos a equipe pela organização desta vivência rica e aos(às) estudantes pelo envolvimento!

Agroecologia é prática, ciência e luta!

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