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DIREITO

TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte III

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte III
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Garantias e Privilégios do Crédito Tributário. Administração Tributária. Simples


Nacional.....................................................................................................3
Garantias e Privilégios do Crédito Tributário....................................................3
Fraude à Execução Fiscal..............................................................................5
Penhora Online............................................................................................9
Preferências do Crédito Tributário................................................................ 11
Administração Tributária ............................................................................ 15
Fiscalização.............................................................................................. 15
Dívida Ativa.............................................................................................. 21
Certidões Negativas................................................................................... 24
Simples Nacional....................................................................................... 27
Empresas Optantes pelo Simples Nacional.................................................... 29
Pessoas Jurídicas Proibidas de Adesão ao Simples Nacional............................. 30
Receita Bruta............................................................................................ 34
Tributos e Contribuições Abrangidos pelo Simples Nacional.............................. 38
Isenção no Simples Nacional....................................................................... 38
Apropriação de Créditos............................................................................. 39
Fiscalização.............................................................................................. 40
Processo Judicial....................................................................................... 41
Questões de Concurso................................................................................ 42
Gabarito................................................................................................. 101
Gabarito Comentado................................................................................ 103

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GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.


ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA. SIMPLES NACIONAL.

Garantias e Privilégios do Crédito Tributário

As garantias e os privilégios do crédito tributário são mecanismos previstos pelo

legislador ordinário, nos arts. 183 a 193 do CTN, para assegurar que o tributo não

pago pelo devedor no prazo legal seja recolhido aos cofres públicos.

Enquanto as garantias representam meios para que o ente político rece-

ba o valor do tributo, os privilégios representam a prevalência das dívidas

tributárias em detrimento de outras de natureza distinta.

No que se refere às garantias do crédito tributário, é importante saber que as

hipóteses previstas no CTN são exemplificativas, e não exaustivas, podendo outras

garantias serem expressamente previstas em outros diplomas legais.

Antes de falarmos sobre as determinações específicas a respeito das garantias,

é preciso destacar, ainda, que o legislador, em seu art. 183, par. único do CTN re-

fere que “a natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário não altera a na-

tureza deste nem a da obrigação tributária a que corresponda”.

O que isso quer dizer? Quer dizer que o fato de o devedor tributário dar como

garantia de sua dívida (tributária) um imóvel, por exemplo, não transforma a na-

tureza do seu crédito tributário em imobiliário, considerando-se, assim, distintas a

natureza do crédito tributário em si e a natureza da garantia.

Agora compreenda a superioridade inerente aos créditos da Fazenda Pública,

conforme dizeres do CTN.

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Art. 183. A enumeração das garantias atribuídas neste Capítulo ao crédito tri-
butário não exclui outras que sejam expressamente previstas em lei, em função
da natureza ou das características do tributo a que se refiram.
Parágrafo único. A natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário não altera a
natureza deste nem a da obrigação tributária a que corresponda.
Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam
previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos
bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu
espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de
inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do
ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare
absolutamente impenhoráveis.

O legislador no art. 184 afirma que a totalidade das rendas e dos bens

de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa

falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impe-

nhorabilidade, responderá pelo pagamento do crédito tributário.

Para não dizermos que o legislador agiu com tamanho extremismo e supe-

rioridade, ele previu que podem existir exceções, afirmando que os bens e

rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis não responderão

por esta dívida.

Nesse sentido, vamos dar uma olhada nos casos conhecidos como impenhorá-

veis pela Fazenda Pública.

Primeiramente, transcreveremos os casos previstos no Novo Código de Pro-

cesso Civil:

Art. 833. São impenhoráveis:


I – os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;
II – os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do
executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns
correspondentes a um médio padrão de vida;
III – os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de
elevado valor;

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IV – os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proven-


tos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias
recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua
família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, res-
salvado o § 2º;
V – os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros
bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado;
VI – o seguro de vida;
VII – os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas;
VIII – a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada
pela família;
IX – os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória
em educação, saúde ou assistência social;
X – a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) sa-
lários-mínimos;
XI – os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos ter-
mos da lei;
XII – os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorpo-
ração imobiliária, vinculados à execução da obra.

Embora o caput do dispositivo não preveja expressamente que tais bens são

“absolutamente” impenhoráveis, o ordenamento jurídico tributário assim os con-

sidera. Até por isso, já no antigo CPC o art. 649 previa claramente que os bens e

rendas lá listados eram absolutamente impenhoráveis.

Além dos casos vistos acima, o ordenamento jurídico brasileiro prevê outro: a

impenhorabilidade do bem de família, prevista na Lei n. 8.009/1990.

Repare que os casos de impenhorabilidade que são aplicáveis ao Direito Tribu-

tário devem estar devidamente previstos em lei, não podendo a determinação da

impenhorabilidade decorrer de acordo entre partes.

Fraude à Execução Fiscal


Há inúmeros casos em que o devedor tributário, com o intuito de não quitar o

respectivo débito, desviar-se da obrigação de pagá-lo e resguardar o seu patrimô-

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nio, desfaz-se de seus bens ou rendas, através, por exemplo, de doação e alienação

desses bens antes que a Fazenda Pública os bloqueie.

Para evitar esses atos ardilosos cometidos por contribuintes em débito, o le-

gislador, no art. 185 do CTN, destacou que o sujeito passivo somente pode dispor

de seus bens e rendas antes que o respectivo crédito tributário seja regularmente

inscrito como dívida ativa.

Caso contrário, se decidir aliená-los ou onerá-los após a referida inscrição, pre-

sumir-se-á que a alienação ou oneração é fraudulenta.

Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu


começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributá-
rio regularmente inscrito como dívida ativa. (Redação dada pela Lcp n. 118, de 2005)
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reser-
vados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.

Embora o legislador não tenha destacado, conforme entendimento do Superior Tri-

bunal de Justiça, considera-se para fins de aplicação do referido dispositivo que o su-

jeito passivo tenha sido formalmente comunicado quanto à inscrição em dívida ativa.

Assim, o sujeito passivo que tiver conhecimento, formalmente registrado, de

que há crédito tributário inscrito em dívida, e começar a se desfazer de seus bens

ou onerá-los, responderá por fraude na alienação de seus bens.

Em contrapartida, tendo sido reservado pelo devedor bem ou renda suficiente

para o pagamento do valor inscrito em dívida, a referida alienação ou oneração não

será considerada fraudulenta.

Há ainda um posicionamento jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça im-

portante sobre o tema e que já foi cobrado em prova.

Segundo se depreende da ementa do REsp 1.141.990–PR, a presunção de frau-

de, disposta no art. 185, caput, do CTN, é absoluta (presunção jure et de jure). Veja:

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PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART.


543-C, DO CPC. DIREITO TRIBUTÁRIO. EMBARGOS DE TERCEIRO. FRAUDE À EXECU-
ÇÃO FISCAL. ALIENAÇÃO DE BEM POSTERIOR À CITAÇÃO DO DEVEDOR. INEXISTÊNCIA
DE REGISTRO NO DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO – DETRAN. INEFICÁCIA DO NEGÓCIO
JURÍDICO. INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA. ART. 185 DO CTN, COM A REDAÇÃO DADA
PELA LC n. 118/2005. SÚMULA 375/STJ. INAPLICABILIDADE.
1. A lei especial prevalece sobre a lei geral (lex specialis derrogat lex generalis), por isso
que a Súmula n. 375 do Egrégio STJ não se aplica às execuções fiscais.
2. O art. 185, do Código Tributário Nacional – CTN, assentando a presunção de fraude à
execução, na sua redação primitiva, dispunha que:
Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu
começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública por crédito tributário
regularmente inscrito como dívida ativa em fase de execução. Parágrafo único. O dis-
posto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados pelo devedor bens
ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida em fase de execução.
3. A Lei Complementar n. 118, de 9 de fevereiro de 2005, alterou o art. 185, do CTN,
que passou a ostentar o seguinte teor:
Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu
começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributá-
rio regularmente inscrito como dívida ativa. Parágrafo único. O disposto neste artigo não
se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes
ao total pagamento da dívida inscrita.
4. Consectariamente, a alienação efetivada antes da entrada em vigor da LC n. 118/2005
(09.06.2005) presumia-se em fraude à execução se o negócio jurídico sucedesse a cita-
ção válida do devedor; posteriormente à 09.06.2005, consideram-se fraudulentas as alie-
nações efetuadas pelo devedor fiscal após a inscrição do crédito tributário na dívida ativa.
5. A diferença de tratamento entre a fraude civil e a fraude fiscal justifica-se pelo fato
de que, na primeira hipótese, afronta-se interesse privado, ao passo que, na segunda,
interesse público, porquanto o recolhimento dos tributos serve à satisfação das neces-
sidades coletivas.
6. É que, consoante a doutrina do tema, a fraude de execução, diversamente da fraude
contra credores, opera-se in re ipsa, vale dizer, tem caráter absoluto, objetivo, dispen-
sando o concilium fraudis.
(FUX, Luiz. O novo processo de execução: o cumprimento da sentença e a execução ex-
trajudicial. 1. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2008, p. 95-96 / DINAMARCO, Cândido Ran-
gel. Execução civil. 7. ed. São Paulo: Malheiros, 2000, p. 278-282 / MACHADO, Hugo
de Brito. Curso de direito tributário. 22. ed. São Paulo: Malheiros, 2003, p. 210-211 /
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2005. p. 472-
473 / BALEEIRO, Aliomar. Direito Tributário Brasileiro. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense,
1996, p. 604).
7. A jurisprudência hodierna da Corte preconiza referido entendimento con-
soante se colhe abaixo: “O acórdão embargado, considerando que não é pos-

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sível aplicar a nova redação do art. 185 do CTN (LC n. 118/2005) à hipótese
em apreço (tempus regit actum), respaldou-se na interpretação da redação
original desse dispositivo legal adotada pela jurisprudência do STJ”. (EDcl no
AgRg no Ag 1.019.882/PR, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Turma, julgado
em 06/10/2009, DJe 14/10/2009) “Ressalva do ponto de vista do relator que tem a se-
guinte compreensão sobre o tema: […] b) Na redação atual do art. 185 do CTN, exi-
ge-se apenas a inscrição em dívida ativa prévia à alienação para caracterizar a
presunção relativa de fraude à execução em que incorrem o alienante e o ad-
quirente (regra aplicável às alienações ocorridas após 9.6.2005);”. (REsp 726.323/SP,
Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 04/08/2009, DJe
17/08/2009) “Ocorrida a alienação do bem antes da citação do devedor, incabí-
vel falar em fraude à execução no regime anterior à nova redação do art. 185
do CTN pela LC 118/2005”. (AgRg no Ag 1.048.510/SP, Rel. Ministra Eliana Calmon,
Segunda Turma, julgado em 19/08/2008, DJe 06/10/2008) “A jurisprudência do STJ,
interpretando o art. 185 do CTN, até o advento da LC 118/2005, pacificou-se,
por entendimento da Primeira Seção (EREsp 40.224/SP), no sentido de só ser
possível presumir-se em fraude à execução a alienação de bem de devedor já
citado em execução fiscal”. (REsp 810.489/RS, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda
Turma, julgado em 23/06/2009, DJe 06/08/2009)
8. A inaplicação do art. 185 do CTN implica violação da Cláusula de Reserva
de Plenário e enseja reclamação por infringência da Súmula Vinculante n. 10,
verbis: “Viola a cláusula de reserva de plenário (cf, art. 97) a decisão de órgão
fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitu-
cionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no
todo ou em parte.”
9. Conclusivamente:
(a) a natureza jurídica tributária do crédito conduz a que a simples alienação ou one-
ração de bens ou rendas, ou seu começo, pelo sujeito passivo por quantia inscrita em
dívida ativa, sem a reserva de meios para quitação do débito, gera presunção absoluta
(jure et de jure) de fraude à execução (lei especial que se sobrepõe ao regime do direito
processual civil);
(b) a alienação engendrada até 08.06.2005 exige que tenha havido prévia ci-
tação no processo judicial para caracterizar a fraude de execução; se o ato
translativo foi praticado a partir de 09.06.2005, data de início da vigência da
Lei Complementar n. 118/2005, basta a efetivação da inscrição em dívida ativa
para a configuração da figura da fraude;
(c) a fraude de execução prevista no art. 185 do CTN encerra presunção jure et
de jure, conquanto componente do elenco das “garantias do crédito tributário”;
(d) a inaplicação do art. 185 do CTN, dispositivo que não condiciona a ocorrên-
cia de fraude a qualquer registro público, importa violação da Cláusula Reserva
de Plenário e afronta à Súmula Vinculante n. 10, do STF.

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10. In casu, o negócio jurídico em tela aperfeiçoou-se em 27.10.2005, data


posterior à entrada em vigor da LC 118/2005, sendo certo que a inscrição em
dívida ativa deu-se anteriormente à revenda do veículo ao recorrido, porquan-
to, consoante dessume-se dos autos, a citação foi efetuada em data anterior à
alienação, restando inequívoca a prova dos autos quanto à ocorrência de frau-
de à execução fiscal.
11. Recurso especial conhecido e provido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C
do CPC e da Resolução STJ n. 08/2008.
(REsp 1141990/PR, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 10/11/2010,
DJe 19/11/2010)

Penhora Online
O Código Tributário Nacional prevê, ainda, a possibilidade de o instituto da

penhora eletrônica ser ordenado por juiz diante da hipóteses de ter sido o sujeito

passivo devidamente notificado quanto à constituição de crédito tributário, mas (i)

não o tenha quitado, (ii) apresentado bens à penhora e (iii) nem existam bens pe-

nhoráveis que garantam o valor do tributo.

Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem
apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis,
o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão,
preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros
de transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades
supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de
suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial. (Incluído pela Lcp n. 118, de 2005)
§ 1º A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar-se-á ao valor total exi-
gível, devendo o juiz determinar o imediato levantamento da indisponibilidade dos bens
ou valores que excederem esse limite. (Incluído pela Lcp n. 118, de 2005)
§ 2º Os órgãos e entidades aos quais se fizer a comunicação de que trata o caput deste
artigo enviarão imediatamente ao juízo a relação discriminada dos bens e direitos cuja
indisponibilidade houverem promovido.

Assim, diante dos casos acima destacados é que o juiz:

a) determina a indisponibilidade dos bens e direitos;

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b) comunica a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e

entidades que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao re-

gistro público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do

mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a

ordem judicial.

Quanto a esses bens e direitos que se tornam indisponíveis, veja que o legisla-

dor, no art. 185-A, par. 1º do CTN, destaca que que tal indisponibilidade deve limi-

tar-se ao valor do tributo exigível, devendo, por isso, o juiz determinar o imediato

levantamento da indisponibilidade dos bens ou valores que excederem esse limite.

Ricardo Alexandre, ao tratar sobre o instituto da penhora online prevista no

art. 185-A, CTN, dispôs que:

Verificada a situação descrita no artigo, o juiz se utilizará preferencialmente de meio


eletrônico para comunicar aos órgãos e entidades indicados no dispositivo a ordem de
indisponibilidade dos bens. Na prática, quanto ao mercado financeiro, o Banco Central
disponibiliza aos juízes o acesso direto ao sistema informatizado “BACENJUD”, dando
maior agilidade ao procedimento.

Saliente-se que o “BACENJUD” citado pelo doutrinador acima é um sistema que

interliga a Justiça ao Banco Central e às instituições bancárias, para agilizar a solici-

tação de informações e o envio de ordens judiciais ao Sistema Financeiro Nacional,

via internet.

Ainda sobre a indisponibilidade de bens e valores em processos fiscais, é im-

portante que se verifique o momento em que é possível solicitá-la, razão pela qual,

o Superior Tribunal de Justiça editou súmula prevendo que:

Súmula 560, STJ: A decretação da indisponibilidade de bens e direitos, na forma do


art. 185-A do CTN, pressupõe o exaurimento das diligências na busca por bens penho-
ráveis, o qual fica caracterizado quando infrutíferos o pedido de constrição sobre ativos
financeiros e a expedição de ofícios aos registros públicos do domicílio do executado,
ao Denatran ou Detran.

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Pontue-se, ainda, que os órgãos de registro, logo após a realização da penhora,

devem encaminhar ao juízo a lista dos bens que tiveram sido por eles decretados

como indisponíveis.

Preferências do Crédito Tributário


Como já mostrado, o legislador quando instituiu os privilégios do crédito tribu-

tário visou assegurar sua superioridade sobre os demais créditos, destacando que

o crédito tributário prefere a qualquer outro, exceto em relação aos créditos decor-

rentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho.

Créditos – preferências
1º Créditos trabalhistas e decorrentes de acidente de trabalho
2º Crédito tributário
3º Demais créditos

Nas palavras de Leandro Paulsen:

Isso significa que, não tendo o devedor patrimônio suficiente para fazer frente a todas
as suas dívidas, serão primeiramente satisfeitos os créditos trabalhistas e de acidente
do trabalho e, logo em seguida, os créditos tributários, ficando, todos os demais, em
posição inferior.

Ocorre que tal regra, quanto à referida ordem de preferência do crédito tribu-

tário, é diferente nos casos de falência, de modo que antes dele, dos créditos

trabalhistas, dos créditos decorrentes de acidente de trabalho, e demais créditos

constantes no art. 83, da Lei de Falências (Lei n. 11.101/2005) – os créditos

extraconcursais deverão ser quitados. Note a redação do parágrafo único do

art. 186 do CTN:

Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o
tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do traba-
lho ou do acidente de trabalho. (Redação dada pela Lcp n. 118, de 2005)

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Parágrafo único. Na falência: (Incluído pela Lcp n. 118, de 2005)


I – o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às impor-
tâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos
com garantia real, no limite do valor do bem gravado; (Incluído pela Lcp n. 118,
de 2005)
II – a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditos decor-
rentes da legislação do trabalho; e (Incluído pela Lcp n. 118, de 2005)
III – a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados.

Compreenda que, em conformidade com a previsão literal do art. 186, par.

único, I, do CTN, “na falência, o crédito tributário não prefere aos créditos

extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos

da lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do

bem gravado”

Note que os créditos extraconcursais nada mais são do que aqueles que surgem

APÓS O CONCURSO DA FALÊNCIA.

Assim, decretada a falência os atos da massa podem gerar obrigações traba-

lhistas, tributárias, cíveis…essas obrigações, extraconcursais, deverão ser quitadas

antes de qualquer uma daquelas relacionadas no processo de falência.

Quanto à falência e os créditos em concurso de credores, ainda destaca o legis-

lador ordinário que uma lei pode prever limites e condições para a preferência dos

créditos decorrentes da legislação do trabalho, de modo a assegurar que espécies

distintas de créditos sejam satisfeitas pela empresa em processo falimentar em

determinada ordem.

Já pensou se uma empresa tem uma dívida trabalhista de mais de R$ 200.000,00,

por exemplo? E não houvesse um limite para quitá-los? A intenção seria quitar todo

esse passivo trabalhista, primeiramente, e inúmeros outros credores não teriam

qualquer proteção legal e esperança de um dia receber o seu crédito.

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E, então, você deve estar se perguntando: há no ordenamento jurídico brasi-

leiro alguma lei que diga que na falência há limite quanto à preferência dos cré-

ditos trabalhistas?

Sim! A Lei n. 11.101/2005 que trata sobre a recuperação judicial e a falência,

em seu art. 83, I, afirma que:

Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem:


I – os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cin-
quenta) salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho;
II – créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado;
III – créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constitui-
ção, excetuadas as multas tributárias;
IV – créditos com privilégio especial, a saber:
a) os previstos no art. 964 da Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002;
b) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária
desta Lei;
c) aqueles a cujos titulares a lei confira o direito de retenção sobre a coisa dada em
garantia;
d) aqueles em favor dos microempreendedores individuais e das microempresas e em-
presas de pequeno porte de que trata a Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro
de 2006 (Incluído pela Lei Complementar n. 147, de 2014)
V – créditos com privilégio geral, a saber:
a) os previstos no art. 965 da Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002;
b) os previstos no parágrafo único do art. 67 desta Lei;
c) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária
desta Lei;
VI – créditos quirografários, a saber:
a) aqueles não previstos nos demais incisos deste artigo;
b) os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculados
ao seu pagamento;
c) os saldos dos créditos derivados da legislação do trabalho que excederem o limite
estabelecido no inciso I do caput deste artigo;
VII – as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou admi-
nistrativas, inclusive as multas tributárias;
VIII – créditos subordinados, a saber:
a) os assim previstos em lei ou em contrato;
b) os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo empregatício.

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Ademais, na legislação vigente, no que diz respeito a empresas em processo

falimentar, ainda há o destaque quanto à distinção da preferência dos créditos tri-

butários relativos a tributos devidos e das multas.

No caso, os créditos relativos a multas tributárias não entram na lista de prefe-

rência, estando à frente apenas dos créditos subordinados, que, segundo o art. 83,

VIII, da Lei de Falências, são (i) assim previstos em lei ou em contrato, ou (ii) os

créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo empregatício.

Ora. Falamos dos créditos tributários e de sua preferência, sobretudo no pro-

cesso de falência, mas não destacamos se estávamos nos referindo aos créditos

tributários que sejam objeto de cobrança judicial.

Note o art. 187 antes de mais nada:

Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de


credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inven-
tário ou arrolamento. (Redação dada pela Lcp n. 118, de 2005)
Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas
de direito público, na seguinte ordem:
I – União;
II – Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata;
III – Municípios, conjuntamente e pró rata.

Sobre o assunto, fez questão o legislador, no art. 187 do CTN, de destacar que

“a cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou

habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamen-

to”, de modo que, nos casos em que o crédito tributário estiver sido cobrado judi-

cialmente somente se fala em concurso de preferência entre os entes políticos.

Em primeiro lugar, a preferência é da União, depois, dos Estados, Distrito Fede-

ral e Territórios (conjuntamente e pró rata), e, por fim, dos Municípios (conjunta-

mente e pró rata).

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Cobrança judicial de créditos tributários - Concurso de preferên-


cia entre as PJs de Direito Público
1º UNIÃO
2º ESTADOS, DF e TERRITÓRIOS (conjuntamente e pró rata)
3º MUNICÍPIOS (conjuntamente e pró rata)

Como já estudamos acima, o legislador ainda se preocupou em tratar sobre os

créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do proces-

so de falência, destacando que estes são considerados “créditos extraconcursais”,

os quais preferem àqueles previstos no art. 83 da Lei de Falências.

Créditos na falência

Preferência: Créditos extraconcursais


(neste grupo estão os créditos tributários decorrentes de
fatos geradores ocorridos durante o processo de falência).
Após os extraconcursais: Créditos concursais:
1º os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados
a 150 salários-mínimos por credor, e os decorrentes de aci-
dentes de trabalho;
2º créditos com garantia real até o limite do valor do bem
gravado;
3º créditos tributários (não incluindo as multas tributárias);
Etc.

Administração Tributária
Fiscalização

A Administração Pública é composta por entidades/agentes que (i) adminis-

tram/fiscalizam os bens e serviços públicos e (ii) emitem normativos a fim de regu-

lamentar tanto a sua atuação como a dos beneficiários.

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Como é sabido, o Poder Público atua em diversos setores, sendo a Administra-

ção Tributária, objeto da nossa matéria, relativa à parcela da administração pública

que trata dos tributos.

Nessa linha de raciocínio, o Código Tributário Nacional destaca que é a legisla-

ção tributária que regulará os poderes dos agentes na seara tributária:

Art. 194. A legislação tributária, observado o disposto nesta Lei, regulará, em caráter
geral, ou especificamente em função da natureza do tributo de que se tratar, a com-
petência e os poderes das autoridades administrativas em matéria de fiscalização da
sua aplicação.
Parágrafo único. A legislação a que se refere este artigo aplica-se às pessoas naturais
ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de
isenção de caráter pessoal.

Veja que o parágrafo único do art. 194, CTN, destacou que, independentemente

de a pessoa ser contribuinte ou não, ou gozar de imunidade ou de isenção de cará-

ter pessoal, ela se sujeitará às normas fiscalizatórias, devendo, portanto, cumprir

as determinações que auxiliam a Fazenda Pública a identificar os casos em que há

incidência de tributos, ou até mesmo para confirmar que diante do contexto aquela

pessoa merece usufruir da imunidade e isenção.

No início do nosso curso destacamos que o Direito Tributário faz parte do ramo

do direito público e que por isso detém algumas prerrogativas a seu favor.

Nesse contexto é que o CTN afirma que não pode nenhuma lei limitar ou ex-

cluir o direito de o Fisco examinar mercadorias, livros, documentos e papéis, por

exemplo, dos comerciantes, industriais ou produtores, nem os eximir da obrigação

de apresentá-los, pois é da análise desses documentos que os agentes constatam

se há incidência ou não de tributos e se esses foram devidamente pagos. Note o

art. 195 do CTN:

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Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposi-
ções legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arqui-
vos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou
produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.

Talvez agora você deva estar se perguntando se a pessoa vai ficar acumulando

papéis em sua casa e em seu escritório, ocupando espaço no HD do seu computador.

Não!! O legislador ordinário prevê no par. único do art.195 CTN que tais docu-

mentos devem ser guardados somente durante o prazo em que o respectivo crédito

tributário não tiver sido prescrito:

Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os compro-


vantes dos lançamentos neles efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição
dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram.

Ainda sobre a fiscalização é preciso atentar-se à súmula 439 do Supremo Tribu-

nal Federal, que destaca que, quanto à abrangência, somente pode ser objeto do

processo fiscalizatório os registros que se refiram aos pontos investigados:

Súmula 439, STF: Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer


livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da investigação.

Quanto à previsão acima repare que o STF não afirmou que se refere somente

aos livros obrigatórios, razão pela qual compreende-se que os livros opcionais tam-

bém são fiscalizados, mas como já visto, somente quanto aos pontos que interes-

sam ao Fisco naquele caso em especial.

Ao realizar a fiscalização, a autoridade fiscal deve registrar a data seu iní-

cio lavrando termo, onde constará, inclusive, o prazo máximo para cumprimento.

O referido termo, sempre que possível, será lavrado em um dos livros fiscais

exibidos. No entanto, o agente pode iniciar a fiscalização e lavrar o termo em do-

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cumento separado, oportunidade em que deverá entregar a sua cópia autenticada

ao fiscalizado.

Note a base do CTN:

Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligên-


cias de fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início
do procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a
conclusão daquelas.
Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão lavrados, sempre que pos-
sível, em um dos livros fiscais exibidos; quando lavrados em separado deles se entre-
gará, à pessoa sujeita à fiscalização, cópia autenticada pela autoridade a que se refere
este artigo.

Outro ponto importante deste assunto que costuma ser cobrado em prova, e que

deve ser compreendido e memorizado por você, refere-se às pessoas que devem,

obrigatoriamente, prestar ao Fisco as informações que detém em relação aos bens,

negócios ou atividades de terceiros:

Art. 197. Mediante intimação escrita, são obriga-


dos a prestar à autoridade administrativa todas
as informações de que disponham com relação aos
bens, negócios ou atividades de terceiros:
tabeliães,
escrivães e
demais serventuários de ofício;
bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais
instituições financeiras;
empresas de administração de bens;
corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;
inventariantes;
síndicos, comissários e liquidatários;
quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe,
em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, ativi-
dade ou profissão.

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Segundo o par. único do art. 197, a determinação constante do caput do artigo

“não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o infor-

mante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício,

função, ministério, atividade ou profissão”.

Nesse sentido, sabe-se que, logicamente, via de regra, as pessoas não devem

divulgar as informações que detém sobre terceiros, não é mesmo? Sobretudo au-

toridades públicas não devem divulgar o que ficam sabendo em razão do seu ofício.

A fim de registrar tal determinação, no que se refere à administração tributária,

legislador destaca que:

Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por
parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofí-
cio sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre
a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. (Redação dada pela Lcp n. 104,
de 2001)

Agora, preste atenção, que no par. 1 do artigo supratranscrito há exceções,

tendo destacado o legislador hipóteses em que deverão ser fornecidas as infor-

mações solicitadas:

§ 1º Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos no art. 199, os se-
guintes: (Redação dada pela Lcp n. 104, de 2001)
I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça; (Incluído pela Lcp n. 104,
de 2001)
II – solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública,
desde que seja comprovada a instauração regular de processo administrativo, no órgão
ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere
a informação, por prática de infração administrativa. (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)

Quanto à troca de informações sigilosas entre entidades da administra-

ção pública, esta deve ser feita mediante processo, de forma que a informa-

ção sigilosa seja entregue pessoalmente à solicitante, oportunidade em que

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será emitido o respectivo recibo, a fim de formalizar a transferência do conteúdo e

a preservação do sigilo.

Ademais, destaca o legislador os casos em que não há obrigatoriedade de

sigilo por parte da autoridade administrativa tributária. Veja:

§ 3º Não é vedada a divulgação de informações relativas a: (Incluído pela Lcp n. 104,


de 2001)
I – representações fiscais para fins penais; (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)
II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)
III – parcelamento ou moratória. (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)

Há ainda previsão no CTN quanto à prestação de assistência mútua entre

os entes políticos (União, Estados, Municípios, DF) em relação à permuta de in-

formações e auxílio à fiscalização: esta deve se dar conforme lei ou convênio.

Já no que se refere à Fazenda Pública da União e aos Estados estrangei-

ros, eles podem permutar informações entre si no interesse da arreca-

dação e da fiscalização de tributos, nos termos estabelecidos em tratados,

acordos ou convênios.

Falando sobre fiscalização, talvez você esteja se perguntando se os agentes

fiscais podem requisitar o auxílio da força pública federal, estadual ou municipal.

Quanto ao assunto, o legislador ordinário, no CTN, destaca as hipóteses em que

é possível tal auxílio:

Art. 200. As autoridades administrativas federais poderão requisitar o auxílio


da força pública federal, estadual ou municipal, e reciprocamente, quando vítimas
de embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou quando necessário à
efetivação dê medida prevista na legislação tributária, ainda que não se configure
fato definido em lei como crime ou contravenção.

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Dívida Ativa
A Dívida Ativa, segundo a Lei n. 4.320/1964 (que dispõe sobre as normas gerais

de Direito Financeiro aplicáveis no Brasil), é o crédito que tem o Poder Público após

apurada a sua certeza e liquidez, e pode ser Tributária e Não Tributária, conforme

o art. 39, par. 3º:

§ 2º Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, pro-


veniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e mul-
tas, e Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como
os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, mul-
ta de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, alugueis
ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabe-
lecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis
definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda
estrangeira, de subrogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em
geral ou de outras obrigações legais. (Incluído pelo Decreto Lei n. 1.735, de 1979)

Assim, interessa à nossa matéria a Dívida Ativa Tributária, a qual representa

o crédito da Fazenda Pública proveniente de obrigação legal relativa a tributos e

respectivos adicionais e multas

A repartição administrativa competente pelo respectivo crédito tributário inscre-

ve-o em dívida ativa após esgotamento do prazo de pagamento determinado por lei

ou por decisão final proferida em processo regular.

Ou seja, o sujeito passivo não paga o tributo ou a multa tributária no prazo,

a autoridade administrativa competente avalia as circunstâncias inerentes ao res-

pectivo crédito tributário, e, constatando a sua regularidade e legalidade, inscreve-

-o em dívida ativa, preparando-se para um processo de cobrança.

Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, re-
gularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o pra-
zo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.

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Ao inscrevê-lo em dívida ativa, a autoridade elabora um termo e o autentica,

devendo o referido termo, além de indicar o livro e a folha da inscrição, conter as

seguintes informações:

Termo de Inscrição em Dívida Ativa deve conter:


o nome do devedor e, sendo caso, o dos corresponsáveis, bem como, sempre que
possível, o domicílio ou a residência de um e de outros;
a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;
a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei
em que seja fundado;
a data em que foi inscrita;
sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito.

E se por acaso a autoridade competente para gerar o termo de inscrição em

dívida ativa esquecer de registrar um dos itens acima? Ou se o registrar de for-

ma equivocada?

Aí a inscrição será considerada nula, e o processo de cobrança da dívida tam-

bém será considerado nulo.

Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior, ou o erro
a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela de-
corrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância,
mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado
ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte
modificada.

No entanto, o legislador destacou que a referida nulidade pode ser corrigida

pela autoridade através de substituição do termo de inscrição em dívida ativa até

que seja proferida decisão de primeiro grau. E, obviamente, o sujeito passivo,

o acusado ou o interessado deve (i) ter ciência da referida modificação e (ii) con-

cessão de novo prazo para que possa apresentar defesa em relação à parte da

certidão que foi alterada.

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Especificamente no que se refere aos débitos inscritos em dívida ativa já em

fase de cobrança judicial através de ação de execução fiscal, destaca a Lei n.

6.830/1980, em seu par. 8 do art. 2º que, até que momento a Certidão de Dívida

Ativa pode ser emendada/substituída:

§ 8º Até a decisão de primeira instância, a Certidão de Dívida Ativa poderá ser


emendada ou substituída, assegurada ao executado a devolução do prazo para
embargos.

Sobre o assunto, Superior Tribunal de Justiça editou súmula destacando que a

certidão de dívida ativa que instrui a Ação de Execução Fiscal pode ser substituída

até a prolação de sentença de embargos para correção de erro material/formal.

Entretanto, destaca a impossibilidade de alteração do sujeito passivo através de

substituição da CDA, pois, com essa modificação estaria, em verdade, sendo alte-

rado o próprio lançamento do crédito tributário:

Súmula 392, STJ: A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa
(CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção
de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da exe-
cução”.

Sendo assim, a substituição da CDA anexa à Ação de Execução Fiscal não pode

ser realizada para alterar elementos inerentes ao lançamento.

Em resumo, o crédito tributário é constituído conforme os mandamentos legais,

através do lançamento, o sujeito passivo é intimado para pagá-lo, mas não o quita

até o seu respectivo vencimento, e, a Fazenda Pública, como já visto, inscreve-o

em Dívida Ativa gerando um termo/certidão.

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Tal certidão formaliza a dívida e funciona como prova pré-constituída, exteriori-

zando a presunção de certeza e liquidez da dívida ativa.

Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem
o efeito de prova pré-constituída.
Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por
prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.

O par. único do art. 204 do CTN destaca que a presunção de certeza e liquidez

da dívida inscrita é relativa, pois o sujeito passivo ou terceiro interessado pode

demonstrar que tal dívida não é líquida nem certa, através de prova inequívoca.

Ademais, considera-se que o valor inscrito em dívida ativa abrange a atualização

monetária, juros e multa de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato.

Certidões Negativas
A certidão negativa de débitos (CND) é o documento emitido pela autoridade

administrativa assegurando que o sujeito passivo não tem débitos tributários pen-

dentes perante a Fazenda Pública.

A referida certidão pode ser exigida como prova da quitação dos tributos se

assim a lei determinar, hipótese em que o interessado deve requerê-la, e em seu

teor deve conter (i) a identificação de sua pessoa, (ii) domicílio fiscal, (iii) ramo de

negócio ou atividade e (iv) indicação do período a que se refere o pedido.

Segundo o CTN, conforme previsão do art. 205, par. único, o prazo para a sua

emissão é de 10 dias, a contar do dia em que é feito o requerimento junto à auto-

ridade administrativa.

Por óbvio, atualmente a emissão pode ser feita por meio de ferramentas de

tecnologia da informação e esse prazo, geralmente, é bem menor que o estipu-

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lado no CTN. Inobstante isso, para provas de concurso é preciso se ater ao prazo

delimitado no código.

Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando
exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interes-
sado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa,
domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o
pedido.
Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenha
sido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do requeri-
mento na repartição.

Prevê ainda o CTN a possibilidade de emissão de certidão positiva com efeito

de negativa (CPD-EN). O que seria isso? Seria uma certidão positiva de débitos,

mas que na prática funciona como uma certidão negativa de débitos a favor do su-

jeito passivo. Nela constam créditos (i) não vencidos, (ii) que estejam em

curso de cobrança executiva em que haja penhora, ou (iii) estejam com a

exigibilidade suspensa (conforme hipóteses de suspensão do crédito tributário).

Tal previsão consta do dispositivo abaixo:

Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste
a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha
sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.

Atente-se ainda aos casos em que o sujeito passivo declara o tributo, mas não

o paga. Sobre o tema, há súmula do Superior Tribunal de Justiça que destaca que

não é possível a emissão de certidão negativa nem mesmo positiva com efeito de

positiva. Veja:

Súmula 446, STJ: Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte,
é legítima a recusa de expedição de certidão negativa ou positiva com efeito
de negativa.

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Ainda quanto à CPD-EM, destaca o legislador ordinário, no art. 207, CTN, que a

certidão negativa ou positiva com efeito de negativa poderá ser dispensada, inde-

pendentemente de disposição legal, quando o sujeito passivo estiver diante de ato

indispensável para que se evite a perda (caducidade) de direito.

Art. 207. Independentemente de disposição legal permissiva, será dispensada a prova


de quitação de tributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de prática de ato indis-
pensável para evitar a caducidade de direito, respondendo, porém, todos os participan-
tes no ato pelo tributo porventura devido, juros de mora e penalidades cabíveis, exceto
as relativas a infrações cuja responsabilidade seja pessoal ao infrator.

O Código flexibiliza a exigência de apresentação da CND ou da CPD-EN, mas ob-

viamente que assegura o recebimento pela Fazenda Pública dos respectivos tributos

que deveriam constar da certidão que não foi apresentada no momento adequado,

em razão da inviabilidade, tendo destacado, assim, que todos os participantes no

ato responderão pelo tributo devido, juros de mora e penalidade cabíveis, exceto

as cobradas em razão de infrações cuja responsabilidade seja pessoal ao infrator.

A título de exemplo, imagine que determinado Município realize licitação para

compra de bens indispensáveis à prestação de determinado serviço.

Para participar da competição, a empresa interessada deve apresentar certidão

negativa de débitos (ou até mesmo CPD-EN). No entanto, a Secretária de Fazenda

Municipal, responsável pela emissão da certidão negativa, está em greve. O sujei-

to passivo, nesse caso, estaria sem poder emitir a certidão, logo, por não cumprir

determinado requisito estaria impedido de participar da licitação, não é mesmo?

Justamente a fim de resguardar o interesse dessa pessoa é que o CTN no art. 207

dispensou a prova da quitação nas hipóteses em que poderá haver a caducidade

de direito. E, tendo participado da licitação, e tendo sido constatado, mais adiante,

que o contribuinte mentiu quanto a devida quitação dos tributos ou que eles esta-

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riam inseridos nas hipóteses de emissão de CPD-EN, este responderá pelo tributo

porventura devido, juros de mora e penalidades cabíveis.

Ademais, preocupou-se ainda o legislador em destacar que o funcionário público

que emitir a certidão negativa com dolo ou fraude, prejudicando a Fazenda Públi-

ca, deve ser responsabilizado pessoalmente pelo crédito tributário e pelos juros de

mora, de forma que, se for o caso, ainda responderá, em paralelo, sob a perspec-

tiva funcional ou criminal.

Art. 208. A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra
a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito
tributário e juros de mora acrescidos.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não exclui a responsabilidade criminal e funcio-
nal que no caso couber.

Note, entretanto, que essa responsabilização pessoal do funcionário que a expe-

dir se dará apenas em casos de DOLO ou FRAUDE. A emissão culposa não atrai

a responsabilização.

Simples Nacional
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 146 destaca algumas hipóteses em

que é necessária a edição de lei complementar para dispor sobre temas inerentes

ao ordenamento jurídico tributário brasileiro.

No referido artigo, inciso III, alínea “d”, o legislador constituinte destaca que

cabe à lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação tribu-

tária, especialmente sobre:

definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as


empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do
imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13,
e da contribuição a que se refere o art. 239. (Incluído pela Emenda Constitucional n.
42, de 19.12.2003)

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Inicialmente, pontue-se que tal previsão não consta na Constituição Federal

desde a sua redação original, ela foi acrescentada à CF/1988 através da Emenda

Constitucional n. 42/2003.

Em atenção à referida disposição constitucional, foi editada a Lei Complementar

n. 123/2006 que institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de

Pequeno Porte – Simples Nacional.

A Lei Complementar é aplicável à União, Estados, Distrito Federal e Municí-

pios, e se refere especialmente aos seguintes assuntos, segundo o art. 1º da LC

n. 123/2006:

• à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Esta-

dos, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arreca-

dação, inclusive obrigações acessórias;

• ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive obri-

gações acessórias;

• ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisi-

ções de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao associativis-

mo e às regras de inclusão.

• ao cadastro nacional único de contribuintes a que se refere o inciso IV do pa-

rágrafo único do art. 146, in fine, da Constituição Federal. (Incluído pela Lei

Complementar n. 147, de 2014

No portal eletrônico do Simples Nacional consta um resumo importante e escla-

recedor quanto ao Simples Nacional, guarde:

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O Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscali-


zação de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, previsto na
Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006.

Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal


e Municípios).
É administrado por um Comitê Gestor composto por oito integrantes: quatro da Secre-
taria da Receita Federal do Brasil (RFB), dois dos Estados e do Distrito Federal e dois dos
Municípios.
Para o ingresso no Simples Nacional é necessário o cumprimento das seguintes condições:
(i) enquadrar-se na definição de microempresa ou de empresa de pequeno porte;
(ii) cumprir os requisitos previstos na legislação; e
(iii) formalizar a opção pelo Simples Nacional.

Empresas Optantes pelo Simples Nacional


Você deve estar se perguntando quais empresas podem aderir ao famoso Sim-

ples Nacional, não é mesmo?

Então saiba que, segundo o art. 3º da LC em estudo, podem ser consideradas

microempresas ou empresas de pequeno porte, devidamente registrados no Regis-

tro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas:

• a sociedade empresária,

• a sociedade simples,

• a empresa individual de responsabilidade limitada e

• o empresário a que se refere o art. 966 da Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de

2002 (Código Civil).

Quanto à última hipótese, que tal darmos uma olhada no mencionado texto

presente no Código Civil?

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Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômi-


ca organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de
natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colabo-
radores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.

Assim, as pessoas antes referidas adequam-se ao Simples Nacional se:

• no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta

igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e

• no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário,

receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e

igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).

Pessoas Jurídicas Proibidas de Adesão ao Simples Nacional


É importante que você saiba que não é qualquer pessoa jurídica que aufira a re-

ceita bruta nos montantes já vistos que poderá ser enquadrada no Simples Nacional.

Segundo o par. 4º do art. 3º da LC n. 123/2006, não está apta a se beneficiar

do tratamento jurídico diferenciado através do Simples Nacional a pessoa jurídica:

Está proibida de se beneficiar do Simples Nacional a pessoa jurídica:

1. de cujo capital participe outra pessoa jurídica;

2. que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica

com sede no exterior;

3. de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou

seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos ter-

mos desta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite

de que trata o inciso II do caput deste artigo;

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4. cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital

de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita

bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;

5. cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídi-

ca com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que

trata o inciso II do caput deste artigo;

6. constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;

7. que participe do capital de outra pessoa jurídica;

8. que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvi-

mento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento

ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobi-

liários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de

capitalização ou de previdência complementar;

9. resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmem-

bramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calen-

dário anteriores;

10. constituída sob a forma de sociedade por ações.

11. cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do

serviço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade.

Quanto às hipóteses previstas nos itens iv e vii, a proibição não se aplica quando

a participação no capital se der:

• em cooperativas de crédito;

• em centrais de compras;

• em bolsas de subcontratação;

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• no consórcio referido no art. 50 da LC n. 123 (consórcios para acesso a ser-

viços especializados em segurança e medicina do trabalho);

• na sociedade de propósito específico prevista no art. 56 da LC n. 123 Lei

Complementar (ME e EPP que poderão realizar negócios de compra e venda

de bens e serviços para os mercados nacional e internacional, por meio de

sociedade de propósito específico, nos termos e condições estabelecidos pelo

Poder Executivo federal); e

• em associações assemelhadas, sociedades de interesse econômico, socieda-

des de garantia solidária e outros tipos de sociedade, que tenham como obje-

tivo social a defesa exclusiva dos interesses econômicos das microempresas

e empresas de pequeno porte.

Caso a microempresa ou empresa de pequeno porte incorra em alguma das

situações previstas nos incisos do § 4º, objeto da tabela, ela será excluída do trata-

mento jurídico diferenciado, com efeitos a partir do mês seguinte ao que incorrida

a situação impeditiva.

Além disso, o art. 17 da LC destaca as microempresas e as empresas de pe-

queno porte que estão proibidas de recolher os impostos e contribuições na forma

do Simples Nacional. Como dica, não tente memorizar todos esses casos, coloque

este dispositivo na sua rotina de revisões, e lembre de marcar na sua lei impressa

os incisos que forem cobrados na questão!

Art. 17. Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacio-
nal a microempresa ou empresa de pequeno porte: (Redação dada pela Lei Complemen-
tar n. 167, de 2019)
I – que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria
creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a re-
ceber, gerenciamento de ativos (asset management) ou compra de direitos creditórios
resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring) ou que

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execute operações de empréstimo, de financiamento e de desconto de títulos de crédito,


exclusivamente com recursos próprios, tendo como contrapartes microempreendedores
individuais, microempresas e empresas de pequeno porte, inclusive sob a forma de
empresa simples de crédito; (Redação dada pela Lei Complementar n. 167, de 2019)
II – que tenha sócio domiciliado no exterior;
III – de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, fe-
deral, estadual ou municipal;
IV – (REVOGADO)
V – que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, ou com as Fa-
zendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa;
VI – que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros, ex-
ceto quando na modalidade fluvial ou quando possuir características de transporte urbano
ou metropolitano ou realizar-se sob fretamento contínuo em área metropolitana para o
transporte de estudantes ou trabalhadores; (Redação dada pela Lei Complementar n.
147, de 2014) (Produção de efeito)
VII – que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de ener-
gia elétrica;
VIII – que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas;
IX – que exerça atividade de importação de combustíveis;
X – que exerça atividade de produção ou venda no atacado de:
a) cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pól-
voras, explosivos e detonantes;
b) bebidas não alcoólicas a seguir descritas: (Redação dada pela Lei Complementar n.
155, de 2016) Produção de efeito
(Revogado pela Lei Complementar n. 155, de 2016) (Vigência)
2 – refrigerantes, inclusive águas saborizadas gaseificadas;
2. (Revogado);
3 – preparações compostas, não alcoólicas (extratos concentrados ou sabores concen-
trados), para elaboração de bebida refrigerante, com capacidade de diluição de até 10
(dez) partes da bebida para cada parte do concentrado;
4 – cervejas sem álcool;
c) bebidas alcoólicas, exceto aquelas produzidas ou vendidas no atacado por: (Incluído
pela Lei Complementar n. 155, de 2016) Produção de efeito
1. micro e pequenas cervejarias; (Incluído pela Lei Complementar n. 155, de 2016)
Produção de efeito
2. micro e pequenas vinícolas; (Incluído pela Lei Complementar n. 155, de 2016) Pro-
dução de efeito
3. produtores de licores; (Incluído pela Lei Complementar n. 155, de 2016) Produção
de efeito
4. micro e pequenas destilarias; (Incluído pela Lei Complementar n. 155, de 2016) Pro-
dução de efeito

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XI – (Revogado); (Redação dada pela Lei Complementar n. 147, de 2014) (Produção


de efeito)
XII – que realize cessão ou locação de mão-de-obra;
XIII – (Revogado); (Redação dada pela Lei Complementar n. 147, de 2014) (Produção
de efeito)
XIV – que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis.
XV – que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir a
prestação de serviços tributados pelo ISS.
XVI – com ausência de inscrição ou com irregularidade em cadastro fiscal federal, mu-
nicipal ou estadual, quando exigível.

Receita Bruta
Para o cálculo da receita bruta, considera-se o produto da venda de bens e

serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e

o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas cancela-

das e os descontos incondicionais concedidos.

CÁLCULO DA RECEITA BRUTA


INCLUI:
produto da venda de bens e serviços nas opera-
ções de conta própria;
o preço dos serviços prestados; e
o resultado nas operações em conta alheia.
NÃO INCLUI:
as vendas canceladas; e
os descontos incondicionais concedidos.

Tendo a pessoa jurídica iniciado a atividade no decorrer do ano, o limite será

considerado de forma proporcional aos meses em que for exercida a atividade.

Por exemplo, se uma empresa vendedora de roupas iniciou sua atividade em

maio de 2018, o limite a ser considerado para enquadramento como microempresa

será de R$ 240.000,00, ao passo que o enquadramento como Empresa de Pequeno

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Porte poderá se dar se a receita bruta for de até R$ 3.200.000,00 no ano de 2018,

conforme tabela abaixo:

Limite proporcional para enquadramento no Simples Nacional se a atividade ini-


ciar no decorrer do ano

Início em Microempresa Empresa de Pequeno Porte


Janeiro Até R$ 360.000,00 De 360.000,01 a R$ 4.800.000,00
Fevereiro Até R$ 330.000,00 De 330.000,01 a R$ 4.400.000,00
Março Até R$ 300.000,00 De R$ 300.000,01 a R$ 4.000.000,00
Abril Até R$ 270.000,00 De R$ 270.000,01 a R$ 3.600.000,00
Maio Até R$ 240.000,00 De 240.000,01 a R$ 3.200.000,00
Junho Até R$ 210.000,00 De R$ 210.000,00 a R$ 2.800.000,00
Julho Até R$ 180.000,00 De R$ 180.000,01 a R$ 2.400.000,00
Agosto Até R$ 150.000,00 De R$ 150.000,01 a R$ 2.000.000,00
Setembro Até R$ 120.000,00 De R$ 120.000,01 a R$ 1.600.000,00
Outubro Até R$ 90.000,00 De R$ 90.000,01 a R$ 1.200.000,00
Novembro Até R$ 60.000,00 De R$ 60.000,01 a R$ 800.000,00
Dezembro Até R$ 30.000,00 De R$ 30.000,01 a R$ 400.000,00

Caso microempresa exceda, no ano-calendário, o limite de receita bruta anual,

no ano-calendário seguinte ela passa à condição de empresa de pequeno porte

(art. 3º, par. 7º).

Utilizando o mesmo raciocínio, assegura o legislador que a empresa de peque-

no porte que, no ano-calendário, não ultrapasse o limite de receita bruta anual de

R$ 360.000,00 passa, no ano-calendário seguinte, à condição de microempresa

(art. 3º, par. 8º).

A empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, exceder o limite de receita

bruta anual de R$ 4.800.000,00 fica excluída, no mês subsequente à ocorrência do

excesso, do Simples Nacional, ressalvado o disposto nos §§ 9º-A, 10 e 12 do art. 3º

da LC n. 123.

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Por exemplo: se determinada Empresa de Pequeno Porte exceder a receita bru-

ta anual de R$ 6.000.000,00 em setembro, ela será excluída do Simples Nacional

no mês de outubro.

Assim, no que se refere às exceções previstas nos §§ 9º-A, 10 e 12 do art. 3º

da LC n. 123, pontua o legislador que havendo exclusão do regime, os seus efeitos

dar-se-ão no ano-calendário subsequente se o excesso verificado em relação à re-

ceita bruta não for superior a 20% do limite do regime (R$ 4.800.000,00).

Por exemplo: Se uma EPP auferiu receita bruta de até R$ 5.760.00,00, em se-

tembro de 2017, ela somente sofreu os efeitos da exclusão do Simples Nacional em

2018. Se a receita bruta fosse maior, a exclusão seria conforme o exemplo anterior,

com efeitos da exclusão desde outubro de 2017 (mês seguinte ao excesso).

Caso o limite proporcional de receita bruta ultrapasse, no decurso do ano-calen-

dário de início de atividade, a EPP estará excluída do Simples Nacional, com efeitos

retroativos ao início de suas atividades, de forma que a exclusão não retroagirá ao

início das atividades se o excesso verificado em relação à receita bruta não for su-

perior a 20% (vinte por cento) do respectivo limite, hipótese em que os efeitos da

exclusão dar-se-ão no ano-calendário subsequente.

Por exemplo: Microempresa que inicie atividade em maio de 2018 e ultrapas-

se no decorrer do ano calendário o limite da receita bruta de R$ 240.000,00 (até

R$ 288.000,00), será excluída do Simples Nacional e sofrerá os respectivos efeitos

somente em 2019. Já se a receita bruta for superior a R$ 288.000,00 (excesso

superior a 20% do limite), a Microempresa será excluída do regime com efeitos

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retroativos a maio de 2018, que foi quando iniciou a atividade, ou seja, terá seus

impostos calculados sem submissão ao Simples Nacional desde então.

Agora você deve estar se perguntando como é feito o cálculo do valor devido

mensalmente pela pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional.

É necessário aplicação de alíquotas efetivas sobre a base de cálculo, de modo

que as alíquotas efetivas são calculadas a partir de alíquotas nominais que constam

no anexo da LC n. 123.

Segundo o par. 1º do art. 18 da LC n. 123/2006, para se determinar a alíquota

nominal aplicável a cada caso deve ser considerada a receita bruta acumulada nos

doze meses anteriores ao do período de apuração, de modo que em caso de início

de atividade, os valores de receita bruta acumulada devem ser proporcionais ao

número de meses de atividade no período.

Para chegar à alíquota efetiva, é necessário considerar a receita bruta de 12

meses, a alíquota nominal e deduzir os valores autorizados previstos em lei.

E mais, para fins de pagamento, segundo o par. 4º do art. 18 da LC n. 123/2006,

o contribuinte deve considerar, destacadamente, as receitas decorrentes da:

I – revenda de mercadorias (nas operações de comércio);


II – venda de mercadorias industrializadas pelo contribuinte (operações de industriali-
zação);
III – prestação de serviços de que trata o § 5º-B do art. 18 e dos serviços vinculados à
locação de bens imóveis e corretagem de imóveis;
IV – prestação de serviços de que tratam os §§ 5º-C a 5º-F e 5º-I do artigo;
V – locação de bens móveis;
VI – atividade com incidência simultânea de IPI e de ISS;
VII – comercialização de medicamentos e produtos magistrais produzidos por manipu-
lação de fórmulas: a) sob encomenda para entrega posterior ao adquirente, em caráter
pessoal, mediante prescrições de profissionais habilitados ou indicação pelo farmacêu-
tico, produzidos no próprio estabelecimento após o atendimento inicial; b) nos demais
casos, quando serão tributadas na forma do Anexo I desta Lei Complementar.

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Tributos e Contribuições Abrangidos pelo Simples Nacional

O chamado Simples Nacional representa o Regime Especial Unificado de Ar-

recadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Em-

presas de Pequeno Porte, e implica no implica o recolhimento mensal, mediante

documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições, segundo

art. 13 da LC n. 123/2006:

• Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ;

• Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI;

• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL;

• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS;

• Contribuição para o PIS/Pasep;

• Contribuição Patronal Previdenciária – CPP para a Seguridade Social;

• Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Pres-

tações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comu-

nicação – ICMS;

• Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS.

Isenção no Simples Nacional

Sobre esse assunto, vamos destacar o dispositivo da LC n. 123/2006 que prevê

possibilidade de isenção de Imposto de Renda, guarde:

Art. 14. Consideram-se isentos do imposto de renda, na fonte e na declaração de ajuste


do beneficiário, os valores efetivamente pagos ou distribuídos ao titular ou sócio da mi-
croempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional, salvo os que
corresponderem a pró-labore, aluguéis ou serviços prestados.

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Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Apropriação de Créditos
Nas operações realizadas pelas empresas optantes pelo Simples Nacional não

se pode haver apropriação nem transferência dos créditos tributários relativos aos

impostos e contribuições abrangidos pelo regime de arrecadação única, segundo

previsão do art. 23 da LC n. 123/2006:

Art. 23. As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples


Nacional não farão jus à apropriação nem transferirão créditos relativos a impostos ou
contribuições abrangidos pelo Simples Nacional.

No entanto, pessoas jurídicas não optantes pelo Simples Nacional que adquiram

mercadorias de empresas optantes, poderão apropriar-se do crédito do ICMS se

as referidas mercadorias forem destinadas à comercialização ou industrialização:

1º As pessoas jurídicas e aquelas a elas equiparadas pela legislação tributária não op-
tantes pelo Simples Nacional terão direito a crédito correspondente ao ICMS incidente
sobre as suas aquisições de mercadorias de microempresa ou empresa de pequeno
porte optante pelo Simples Nacional, desde que destinadas à comercialização ou indus-
trialização e observado, como limite, o ICMS efetivamente devido pelas optantes pelo
Simples Nacional em relação a essas aquisições.

Mas não é sempre que a empresa não optante pelo Simples Nacional adquire

mercadorias de pessoas optantes e as destinam à comercialização ou à industria-

lização que poderá creditar-se do ICMS. A no par. 4º do art. 23 da LC n. 123/2006

veda o creditamento nas seguintes hipóteses:

• a microempresa ou empresa de pequeno porte estiver sujeita à tributação do

ICMS no Simples Nacional por valores fixos mensais;

• a microempresa ou a empresa de pequeno porte não informar a alíquota;

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• houver isenção estabelecida pelo Estado ou Distrito Federal que abranja a

faixa de receita bruta a que a microempresa ou a empresa de pequeno porte

estiver sujeita no mês da operação.

• o remetente da operação ou prestação considerar, por opção, que a alíquota

determinada na forma do caput e dos §§ 1º e 2º do art. 18 da Lei Comple-

mentar deverá incidir sobre a receita recebida no mês.

Fiscalização
O Simples Nacional inclui tributos de competência de todos os entes políticos,

de modo que compete a fiscalização quanto ao cumprimento das obrigações prin-

cipais e acessórias relativas ao Simples Nacional da seguinte forma, conforme pre-

visão do art. 33 da LC:

Secretaria da Receita Federal e Secretarias de Fazenda ou de Finanças do Estado ou do


Distrito Federal, segundo a localização do estabelecimento; e
tratando-se de prestação de serviços incluídos na competência tributária municipal,
a competência será também do respectivo Município.

Veja que todos os entes podem realizar a fiscalização das obrigações principais

e acessórias do Simples Nacional, mas, no que se refere às obrigações relativas a

cada tributo em especial compete ao respectivo ente instituidor.

Nesse sentido, as autoridades fiscais que realizarem a fiscalização, independen-

temente do ente a que pertença, têm competência para efetuar o lançamento dos

tributos objeto do Simples Nacional, conforme previsão do par. 1º-C do art. 33 da

LC n. 123/2006.

§ 1º-C. As autoridades fiscais de que trata o caput têm competência para efetuar o
lançamento de todos os tributos previstos nos incisos I a VIII do art. 13, apurados na
forma do Simples Nacional, relativamente a todos os estabelecimentos da empresa,
independentemente do ente federado instituidor.

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Compete ainda aos entes políticos verificar se os contribuintes estão cumprindo

os requisitos legais do regime, de forma que se não estiverem serão excluídos de

ofício do Simples Nacional, nos termos do art. 29 da LC n. 123/2006.

Processo Judicial
As ações judiciais que tenham como objeto os impostos e as contribuições que

estão abrangidas pelo Simples Nacional devem ser ajuizadas em face da União,

conforme destaca o art. 41 da LC n. 123/2006, de modo que os Estados e Muni-

cípios devem prestar apoio à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional no que se

refere aos tributos de são da competência deles:

Art. 41. Os processos relativos a impostos e contribuições abrangidos pelo Simples


Nacional serão ajuizados em face da União, que será representada em juízo pela Procu-
radoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto no § 5º deste artigo.
§ 1º Os Estados, Distrito Federal e Municípios prestarão auxílio à Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional, em relação aos tributos de sua competência, na forma a ser discipli-
nada por ato do Comitê Gestor.

Finalizada a teoria da aula de hoje, aconselhamos que você leia todos os dispo-

sitivos da lei e marque as palavras chaves: por vezes o examinador pega o candi-

dato de surpresa ao cobrar um dispositivo que nunca foi objeto de prova.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1    (FCC/SEFAZ-BA/AUDITOR FISCAL/2019) Sobre as garantias e privilé-

gios do crédito tributário, o Código Tributário Nacional dispõe:

a) Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bem, ou seu começo, por

sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário ainda

não inscrito na Dívida Ativa, mas constituído pela autoridade competente, através

de lançamento tributário.

b) Para garantir o pagamento do crédito tributário, o juiz determinará a indisponi-

bilidade de todos os bens e direitos do devedor, mesmo quando o devedor apresen-

tar ao respectivo Juízo, no prazo legal, bens à penhora.

c) O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o

tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do

trabalho ou do acidente de trabalho.

d) A cobrança judicial do crédito tributário está sujeita a concurso de credores ou

habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento.

e) No caso de decretação de falência do devedor, o pagamento de crédito tributá-

rio será realizado na seguinte ordem: em primeiro lugar, pagam-se os créditos da

União; em segundo lugar, os créditos dos Municípios, conjuntamente e pró rata;

e, em último lugar, os créditos dos Estados e Distrito Federal, conjuntamente e

pró rata.

Questão 2    (FCC/SEFAZ-SC/AUDITOR FISCAL/2018) Sobre as garantias e privilé-

gios do crédito tributário, o Código Tributário Nacional (CNT) dispõe que

a) o crédito tributário tem preferência sobre os créditos extraconcursais, concur-

sais e as importâncias passíveis de restituição, inclusive no caso de garantia real

desses créditos na hipótese de falência do devedor.

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b) o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o

tempo de sua constituição, em decorrência da primazia do interesse público sobre

o privado.

c) a cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou

habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento.

d) a cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores na

seguinte ordem: União; e em seguida, Estados, Distrito Federal e Municípios con-

juntamente e pró rata.

e) os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do pro-

cesso de falência são sujeitos a concurso de credores e concursais.

Questão 3    (FCC/PGE-AP/PROCURADOR DO ESTADO/2018) Relativamente às

“Garantias e Privilégios do Crédito Tributário”, o Código Tributário Nacional estabe-

lece algumas regras de preferência, inclusive para o caso de empresas em processo

falimentar. De acordo com este Código,

a) são extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocor-

ridos até o 60º dia que antecedeu o início do processo de falência, e no curso de

processo de recuperação judicial.

b) os créditos extraconcursais não poderão ser pagos, no curso de processo de fa-

lência da empresa, com recursos oriundos da sua alienação judicial.

c) são extraconcursais os créditos tributários referentes a impostos cujos fatos ge-

radores tiverem ocorrido no curso do processo de falência.

d) somente os créditos extraconcursais poderão ser pagos, no curso de processo

de falência da empresa, com recursos oriundos da sua alienação judicial.

e) são extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocor-

ridos até o 30º dia que antecedeu o início do processo de falência.

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Questão 4    (FCC/AL-MS/CONSULTOR DE PROCESSO LEGISLATIVO/2016) So-

bre as garantias e privilégios do crédito tributário, o Código Tributário Nacional

dispõe que

a) o concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito

público, na seguinte ordem: Municípios, Estados, Distrito Federal e União.

b) a natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário altera a natureza deste

e da obrigação tributária a que corresponda

c) são extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocor-

ridos no curso do processo de falência.

d) o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o

tempo de sua constituição, sem exceção.

e) se presume fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu

começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, a partir do mo-

mento em que o crédito tributário foi formalizado por lançamento tributário.

Questão 5    (FCC/TCM-RJ/PROCURADOR DA PROCURADORIA ESPECIAL/2015)

Sobre as garantias e privilégios do crédito tributário, considere:

I – Existe presunção iure et iure de fraude à execução a alienação de bens após

a citação do devedor no processo de execução fiscal.

II – A penhora de bem imóvel em sede de execução fiscal por débito tributário

federal gera a indisponibilidade deste bem imóvel.

III – O crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais, mas se decor-

rente de fato gerador ocorrido no curso do processo de falência são conside-

rados extraconcursais.

IV – As multas tributárias não gozam da mesma preferência do crédito decorrente

do tributo, ficando em último lugar, após os créditos quirografários.

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Está correto o que se afirma APENAS em

a) II e II.

b) III e IV.

c) I, II e III.

d) I, III e IV.

e) II, III e IV.

Questão 6    (FCC/TJ-PE/JUIZ SUBSTITUTO/2015) A respeito das Garantias e Pri-

vilégios do Crédito Tributário, é correto afirmar:

a) São pagos preferencialmente a quaisquer outros os créditos tributários vencidos

ou vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de direito privado em liquidação judicial

ou voluntária, exigíveis no decurso da liquidação.

b) É vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de in-

formação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do su-

jeito passivo, como, por exemplo, o montante por ele devido inscrito em Dívida Ativa.

c) Enquanto não julgadas as Ações Diretas de Inconstitucionalidade que discutem a

possibilidade de quebra do sigilo bancário diretamente por autoridade administrati-

va, pode o Poder Executivo disciplinar os critérios segundo os quais as instituições fi-

nanceiras informarão à administração tributária as operações financeiras efetuadas

pelos usuários de seus serviços, inclusive dispondo sobre a necessidade de inserção

de elementos que permitam identificar a origem e a natureza dos gastos realizados.

d) A presunção de dissolução irregular que permite o redirecionamento da co-

brança do crédito tributário decorre, por exemplo, do retorno sem cumprimento,

por mudança de endereço, do Aviso de Recebimento regularmente encaminhado

para o domicílio fiscal constante dos cadastros da pessoa jurídica perante a admi-

nistração tributária.

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e) Há esgotamento das diligências para fins de aplicação da indisponibilidade pre-

vista no art. 185-A do Código Tributário Nacional quando comprovado nos autos o

acionamento do Bacen Jud, a expedição de ofícios a todos os registros públicos e

ao DENATRAN ou DETRAN.

Questão 7    (FCC/TCE-GO/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2014) Considere

as afirmações abaixo.

I – O juiz só pode decretar a indisponibilidade de bens e direitos do devedor tri-

butário se o mesmo tiver um débito superior a dois milhões de reais.

II – A indisponibilidade é absoluta e recai sobre todos os bens imóveis do devedor

tributário, ainda que o valor do patrimônio supere o valor da dívida tributária.

III – Não há de se falar em alienação em fraude à execução se o sujeito passivo

em débito com a Fazenda Pública tiver reservado bens ou rendas suficientes

ao pagamento total da dívida tributária.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.

b) II e III.

c) I.

d) II.

e) III.

Questão 8    (FCC/SEFAZ-PE/AUDITOR FISCAL/2014) De acordo com o CTN,

a) a extinção das obrigações do falido prescinde da prova de quitação de todos

os tributos.

b) nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação será proferida sem

prova da quitação de todos os tributos relativos aos bens do espólio, ou às suas rendas.

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c) na falência, o crédito tributário prefere aos créditos extraconcursais ou às impor-

tâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, mas não aos créditos

com garantia real, no limite do valor do bem gravado.

d) a responsabilidade tributária do sucessor abrange os tributos devidos pelo su-

cedido cujos fatos geradores tenham ocorrido até o dia da sucessão, mas não as

multas moratórias ou punitivas.

e) os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos até o início do

processo de falência são extraconcursais..

Questão 9    (FCC/SABESP/ADVOGADO/2014) Na falência, o crédito tributário.

a) decorrente de impostos prefere o pagamento daqueles decorrentes de taxas e

contribuições de melhoria, devidos pelo mesmo sujeito passivo, caso seja necessá-

ria a imputação de pagamento.

b) não se sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, mas admite

concurso de preferência entre as pessoas jurídicas de direito público, na seguinte

ordem: União; Estados e Distrito Federal, pro rata e Municípios, pro rata.

c) é considerado extraconcursal quando o fato gerador ocorreu antes do processo

de falência, hipótese em que prefere qualquer outro crédito, exceto os créditos de-

correntes da legislação do trabalho ou do acidente do trabalho.

d) prefere às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar,

bem assim aos créditos com garantia real.

e) prefere a qualquer outro, seja qual for a natureza ou o tempo da sua constitui-

ção, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente

do trabalho.

Questão 10    (FCC/TJ-PE/JUIZ/2013) Sobre as garantias e privilégios do crédito

tributário, é correto afirmar que

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a) a indisponibilidade de bens e direitos em execução fiscal é decretada de ofício

pelo juiz, desde que o devedor tenha sido devidamente citado e não tenha oferecido

bens para garantir a execução e não forem encontrados bens suficientes para tanto.

b) a indisponibilidade de bens e direitos do devedor decorre da decretação, de ofí-

cio pelo juiz, da fraude à execução, que se dá quando existe alienação de bens que

reduzam o devedor à insolvência após a citação válida, ainda que por edital.

c) a fraude à execução fiscal tem seu termo inicial a partir do despacho do juiz que

ordena a citação.

d) o juiz não pode decretar fraude à execução fiscal se o devedor está em local

incerto e não sabido e foi citado por edital, caso seja constatada a alienação de

imóvel após a publicação do edital.

e) o juiz deve decretar a indisponibilidade de todos os bens e direitos do devedor

que se encontra em local incerto e não sabido e é citado por edital em sede de

execução fiscal.

Questão 11    (FCC/PGM/JOÃO PESSOA-PB/PROCURADOR MUNICIPAL/2012) So-

bre as preferências do crédito tributário, é INCORRETO afirmar que

a) não se sujeita a habilitação em inventário ou arrolamento.

b) prefere a qualquer outro, exceto os créditos decorrentes de legislação do traba-

lho ou do acidente do trabalho.

c) são pagos preferencialmente a quaisquer créditos habilitados em inventário ou

arrolamento ou a outros encargos do monte, exigíveis no decurso do processo de

inventário ou arrolamento.

d) admite concurso de preferência entre pessoas jurídicas de direito público credo-

ras de créditos tributários apresentados no processo de inventário ou arrolamento.

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e) a existência de débitos tributários relativos aos bens do espólio ou às suas ren-

das não impede sentença homologatória de partilha ou adjudicação.

Questão 12    (FCC/TCE-AP/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2012) Sobre as

garantias e privilégios do crédito tributário é correto afirmar:

a) Os créditos tributários preferem os créditos trabalhistas e os créditos decorren-

tes de acidente do trabalho.

b) A alienação de bens que reduza o devedor à insolvência a partir da regular ins-

crição do crédito tributário em dívida ativa já caracteriza fraude à execução.

c) A cláusula de inalienabilidade, seja qual for a forma e a data de constituição,

é oponível ao Fisco, desde que registrada no Cartório de Registro de Imóveis.

d) A ordem de preferência dos créditos tributários é a mesma em caso de falência

ou fora de hipótese de falência.

e) A cobrança de créditos tributários é sujeita a concurso de credores e habilitação

em falência, recuperação judicial, inventário e arrolamento.

Questão 13    (VUNESP/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP/PROCU-

RADOR DO MUNICÍPIO/2019) De acordo com as disposições do Código Tributário

Nacional, no que se refere às preferências do crédito tributário na falência, assinale

a alternativa correta.

a) O crédito tributário prefere aos créditos com garantia real, no limite do bem gravado.

b) O crédito tributário prefere aos créditos extraconcursais.

c) A multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados.

d) São concursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos

durante o processo de falência.

e) O crédito tributário e a multa tributária são extraconcursais.

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Questão 14    (VUNESP/PREFEITURA DE POÁ-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2019)

Em relação às garantias e privilégios dos créditos tributários, dispõe o Código Tri-

butário Nacional:

a) são pagos preferencialmente a quaisquer créditos habilitados em inventário ou

arrolamento, ou a outros encargos do monte, os créditos tributários vencidos ou

vincendos, a cargo do de cujus ou de seu espólio, exigíveis no decurso do processo

de inventário ou arrolamento.

b) são concursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no

curso do processo de falência e, preferenciais os apurados antes de sua decretação.

c) presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu co-

meço, por sujeito passivo ou terceiro responsável em débito para com a Fazenda

Pública, por crédito tributário inscrito ou não como dívida ativa.

d) o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o

tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do

trabalho ou do acidente de trabalho, superiores a 100 (cem) salários-mínimos, e a

extinção das obrigações do falido requer prova de quitação ou do parcelamento de

todos os tributos.

e) na falência, o crédito tributário prefere aos créditos extraconcursais ou às im-

portâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, bem como aos

créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado, e a multa tributária

prefere apenas aos créditos com privilégio especial.

Questão 15    (VUNESP/PREFEITURA DE GUARULHOS-SP/INSPETOR FISCAL/

INSPETOR FISCAL DE RENDAS/2019) A cobrança judicial do crédito tributário

a) tem as garantias previstas no Código Tributário Nacional de forma taxativa.

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b) pode estender-se à totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou

natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou massa falida, excluídos apenas os gra-

vados com cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade.

c) pode acarretar a indisponibilidade da totalidade dos bens e rendas, de qualquer

origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou massa falida, inclusive os

de seus sucessores legais.

d) do município, em regra, impede que o devedor celebre contrato ou participe de

processo de licitação com a União ou Estados e Distrito Federal, independentemente

de o crédito tributário referir-se à atividade em cujo exercício contrata ou concorre.

e) sujeita-se a concurso de preferência entre pessoas jurídicas de direito público,

sucessivamente, União, Estados e Distrito Federal, e Municípios, conjuntamente

e pró-rata.

Questão 16    (VUNESP/CÂMARA DE MONTE ALTO-SP/2019) No que concerne às

preferências do crédito tributário, é correto afirmar que:

a) prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua consti-

tuição, ressalvados apenas os créditos decorrentes da legislação do trabalho.

b) na falência, o crédito tributário prefere aos créditos extraconcursais e aos crédi-

tos com garantia real, no limite do bem gravado.

c) na falência, a multa tributária prefere aos créditos com garantia e geral e aos

quirografários.

d) são considerados concursais os créditos tributários decorrentes de fatos gerado-

res ocorridos no curso da falência.

e) são pagos preferencialmente a quaisquer outros os créditos tributários vencidos

ou vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de direito privado em liquidação judicial

ou voluntária, exigíveis no decurso da liquidação.

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Questão 17    (VUNESP/TJ-AC/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2019) O crédito

tributário goza de privilégios e garantias especiais em razão da sua correlação com

o financiamento do Estado e das políticas públicas a seu cargo. É correto afirmar

que, na falência,

a) a lei não poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditos

decorrentes da legislação do trabalho.

b) a multa tributária é subordinada a todos os demais créditos.

c) o crédito tributário não prefere aos créditos com garantia real, no limite do valor

do bem gravado.

d) o crédito tributário prefere aos créditos extraconcursais.

Questão 18    (VUNESP/PREFEITURA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO-SP/AGENTE

DE TESOURARIA/2018) O crédito tributário é privilegiado em relação à maior par-

te dos créditos. Isso ocorre em virtude do interesse público relacionado à cobrança

de tributos, a justificar a sua prioridade de recebimento. A esse respeito, é correto

afirmar, com base no Código Tributário Nacional (CTN), que

a) as garantias enumeradas no CTN excluem quaisquer outras, sendo previstas

numerus clausus.

b) se presume fraudulenta a alienação de bens por sujeito passivo em débito para

com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente lançado, ainda que não

inscrito em dívida ativa

c) o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o

tempo de sua constituição.

d) na falência, o crédito tributário prefere aos créditos extraconcursais.

e) a natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário não altera a natureza

deste nem a da obrigação tributária a que corresponda.

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Questão 19    (VUNESP/TJ-MT/JUIZ SUBSTITUTO/2018) O crédito tributário pos-

sui garantias e privilégios em relação aos demais créditos, em razão de estar liga-

do à capacidade do Estado de prover serviços públicos e cumprir as suas missões

constitucionais, em benefício de toda a sociedade. A respeito dessas garantias e

privilégios, é correto afirmar que

a) responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens do sujeito

passivo, exceto os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade.

b) o concurso de preferências se verifica entre pessoas jurídicas de direito público

com prioridade de pagamento dada aos Municípios, conjuntamente e pro rata, segui-

da dos Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pro rata, e da União.

c) a cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou

habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento.

d) a natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário altera a natureza deste

e a da obrigação tributária a que corresponda.

e) o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o

tempo de sua constituição.

Questão 20    (VUNESP/PREFEITURA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO-SP/PROCU-

RADOR/2018) Acerca das preferências do crédito tributário, é correto afirmar que,

na falência, as multas tributárias preferem aos créditos

a) com garantia real.

b) com privilégio especial.

c) com privilégio geral.

d) subordinados.

e) quirografários.

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Questão 21    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEGEP-MA/2016) Todas as pessoas jurídi-

cas de direito público podem editar normas relacionadas com os tributos de sua

competência. Não obstante isso, o CTN contém regras a respeito de fiscalização de

tributos. De acordo com o CTN,

a) a competência e os poderes das autoridades administrativas, em matéria de fis-

calização, será regulada, necessariamente, por lei, ordinária ou complementar, ou

por medida provisória, conforme o caso.

b) os livros fiscais e os documentos que comprovem os lançamentos efetuados

neles devem ser conservados até que ocorra a decadência dos créditos tributários

decorrentes das operações a que eles se referem.

c) a legislação tributária que disciplina a atividade de fiscalização, de maneira geral

ou específica, aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas, desde que revistam a con-

dição de contribuintes, com exclusão daquelas que gozem de imunidade tributária

ou de isenção de caráter pessoal.

d) as disposições que excluem ou limitam o direito de a Fazenda Pública exa-

minar mercadorias, livros fiscais e documentos não têm aplicação, mesmo que

previstas em lei.

e) a legislação tributária que disciplina a atividade de fiscalização, de maneira geral

ou específica, aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas, inclusive as que gozem de

isenção de caráter pessoal, desde que revistam a condição de contribuintes, mas

excluídas as que gozem de imunidade tributária.

Questão 22    (FCC/TÉCNICO DA RECEITA ESTADUAL/SEGEP-MA/2016) De acor-

do com o CTN, a obrigação acessória de prestar à autoridade administrativa as

informações de que disponham relativamente aos bens, negócios ou atividades de

terceiros tem como sujeito passivo, dentre outros,

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a) as empresas de administração de bens, desde que o referido bem, sendo imóvel,

esteja localizado no território do sujeito ativo dessa obrigação.

b) os sacerdotes, exclusivamente em relação a crimes de sonegação fiscal, ou con-

tra a ordem tributária, cujos relatos tenham sido ouvidos em confissão.

c) qualquer pessoa que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, minis-

tério, atividade ou profissão.

d) os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, desde que o cartório de

notas esteja localizado no território do sujeito ativo dessa obrigação.

e) os síndicos de edifícios comerciais e residenciais e os comissários de bordo de

aeronaves que fazem voos apenas no território nacional.

Questão 23    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF-4/2019) No que se refere à Admi-

nistração Tributária, o Código Tributário Nacional (CTN) prevê que:

a) a Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na

forma estabelecida em tratados, acordos ou convênios, poderá permutar informa-

ções com Estados estrangeiros, Organizações Internacionais e Agencias de avalia-

ção de risco, no interesse da arrecadação, da fiscalização de tributos e da melhoria

do ambiente econômico.

b) é vedada a divulgação, por parte dos servidores da Fazenda Pública, de informa-

ção obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito

passivo ou de terceiros, exceto ao que se refere ao estado de seus negócios ou ati-

vidades, e as dívidas existentes perante a Fazenda Pública, escritas ou a inscrever

na Dívida Pública.

c) mediante ordem judicial, emitida pelo Juiz de Vara Civil ou Criminal da respec-

tiva comarca, os bancos e demais instituições financeiras, são obrigados a prestar

todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou ativi-

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dades de terceiros, sendo vedado prestar tais informações mediante solicitação ou

intimação escrita da autoridade administrativa tributária.

d) os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos

lançamentos neles efetuados serão conservados, pelo Estado, em arquivo público,

até que ocorra a caducidade das informações, a suspensão da exigência ou a extin-

ção dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram.

e) para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições

legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arqui-

vos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes indus-

triais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.

Questão 24    (FCC/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/PREFEITURA DE TERESINA-

-PI/2016) A respeito da inscrição da dívida ativa tributária, considere:

I – A dívida regularmente inscrita goza de absoluta presunção de certeza e liquidez.

II – A dívida regularmente inscrita tem o efeito de prova pré-constituída.

III – A inscrição da dívida ativa é o ato de constituição do crédito tributário.

Está correto o que consta APENAS em

a) I e II.

b) II.

c) I e III.

d) II e III.

e) I.

Questão 25    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEGEP-MA/2016) Relativamente à compro-

vação da quitação de tributos, o CTN determina que

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a) ela seja feita mediante a expedição de declaração interna, emitida por repar-

tição fiscal, mediante requerimento da autoridade administrativa, com anuência

do interessado.

b) somente poderá ser feita por meio de certidão negativa.

c) essa prova poderá deixar de ser feita por meio de certidão negativa, mas não

poderá deixar de ser feita por outros meios, a critério da Administração Tributária.

d) essa comprovação, por meio de certidão negativa, deverá se restringir aos im-

postos e às contribuições em geral, pois, em relação às taxas, a comprovação será

feita no momento da utilização do serviço público oferecido.

e) a certidão que aponte apenas a existência de créditos tributários por vencer,

possa ser aceita como prova de quitação de tributos.

Questão 26    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-BA/2019) A respeito de dívida ativa e

certidão negativa, o Código Tributário Nacional prevê:

a) Independentemente de disposição legal permissiva, será dispensada a prova de

quitação de tributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de prática de ato indis-

pensável para evitar a caducidade de direito.

b) A certidão que constar a existência de créditos não vencidos, em curso de co-

brança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade es-

teja suspensa, não tem os mesmos efeitos de uma certidão negativa.

c) A omissão ou indicação errônea de algum requisito previsto em lei para lavra-

tura do termo de inscrição da dívida ativa será causa de nulidade da inscrição e do

processo de cobrança dela decorrente, não podendo tal nulidade ser sanada pela

Fazenda Pública, após a citação judicial do contribuinte executado.

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d) Somente após a decisão judicial transitada em julgado, a dívida regularmente

inscrita gozará da presunção de certeza e liquidez e terá o efeito de prova pré-

-constituída.

e) Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regu-

larmente inscrita na repartição administrativa competente, sendo que a fluência de

juros de mora exclui a liquidez do crédito tributário citado.

Questão 27    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEMEF-MANAUS-AM/2019) Determinado

Município constitui o crédito tributário relativo ao ITBI por meio de lançamento de

ofício. A Fazenda Pública desse Município, por meio de autoridade fiscal municipal,

constatou que certo contribuinte do ITBI, pessoa legalmente obrigada a prestar

declaração para fins de lançamento do imposto, fê-lo no prazo e na forma da legis-

lação tributária. Instado pela referida autoridade a prestar esclarecimentos a res-

peito das informações constantes da referida declaração, o contribuinte as prestou

de forma insatisfatória, no entender da citada autoridade fiscal. De acordo com o

Código Tributário Nacional, a referida autoridade fiscal

a) poderá efetuar o lançamento do referido tributo, de ofício.

b) deverá notificar o contribuinte a proceder ao lançamento por homologação, an-

tecipando o recolhimento do tributo, sem prévio exame da autoridade fiscalizadora.

c) poderá inscrever a obrigação tributária em dívida ativa municipal.

d) deverá promover a aplicação de penalidade cabível, ficando impedida, porém,

de efetuar qualquer lançamento de tributo, em razão da falta de informações satis-

fatórias a respeito da matéria tributável.

e) deverá encerrar os procedimentos de fiscalização e encaminhar o expediente à

Procuradoria Fiscal do Município, a fim de que tome as medidas judiciais cabíveis.

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Questão 28    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-GO/2018) Relativamente à fiscaliza-

ção tributária, notadamente no que diz respeito aos impostos de competência das

diversas pessoas jurídicas de direito público interno, o Código Tributário Nacional

estabelece que às Fazendas Públicas é permitida a prestação de assistência mútua

a) entre todas elas, para a fiscalização dos tributos respectivos e para a permuta de

informações, na forma estabelecida por lei ou convênio, em caráter geral ou específico.

b) apenas para a permuta de informações, desde que restrita ao âmbito dos Esta-

dos e do Distrito Federal, relativamente aos impostos de sua competência comum,

e ao âmbito dos Municípios e do Distrito Federal, relativamente aos impostos de

competência comum destes.

c) entre todas elas, para a permuta de informações e para a fiscalização de tribu-

tos, na forma estabelecida, por lei ou convênio, vedada a prestação de informações

pela Fazenda Pública da União, que, no entanto, poderá recebê-las das Fazendas

Públicas estaduais e municipais.

d) para a permuta de informações de caráter tributário, mas vedada para fiscaliza-

ção dos tributos respectivos, pois a fiscalização é atividade indelegável.

e) apenas para a fiscalização de tributos respectivos, desde que restrita ao âmbito

dos Estados e do Distrito Federal, relativamente aos impostos de sua competência

comum, e ao âmbito dos Municípios, relativamente aos impostos de competência

comum destes.

Questão 29    (FCC/PGE-AP /PROCURADOR/2018) Em uma situação hipotética,

a empresa Silva e Silva S/A, com estabelecimento único, localizado na cidade em

Macapá, deve ao Estado do Amapá R$ 1.000,00, a título de ICMS, R$ 100,00 a título

de multa sobre o ICMS não pago, e R$ 10,00 de juros de mora pelo não pagamento

deste imposto. Deve, ainda, ao mesmo Estado, R$ 2.000,00 por aluguéis não pagos,

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R$ 250,00, a título de multa sobre os aluguéis não pagos, e R$ 30,00 de juros de

mora pelo não pagamento dos referidos aluguéis. De acordo com o que dispõe a Lei

federal n. 6.830/80, constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública, de natureza

a) tributária, aquela referente aos R$ 1.000,00 de ICMS e, não tributária, todas

as demais.

b) tributária, aquela referente aos R$ 1.000,00 devidos a título de ICMS, bem

como aos R$ 100,00 referentes à multa devida pelo não pagamento do ICMS.

c) não tributária, tanto a multa pelo não pagamento do ICMS, como a multa pelo

não pagamento dos aluguéis.

d) não tributária, aquela referente aos juros de mora incidentes sobre o ICMS não

pago e sobre os aluguéis igualmente não pagos.

e) tributária, todas as verbas devidas pela empresa e mencionadas no enunciado,

exceto a relacionada com o ICMS, no valor de R$ 1.000,00.

Questão 30    (FCC/AUDITOR FISCAL/PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA/2018) O Có-

digo Tributário Nacional estabelece que a legislação tributária, observada a discipli-

na nele estabelecida, regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da

natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades

administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação. De acordo com o cita-

do Código, a legislação tributária mencionada

a) aplica-se, inclusive em relação aos impostos sobre o patrimônio, às pessoas que

gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal.

b) não se aplica às pessoas naturais, relativamente a determinados impostos so-

bre serviços.

c) aplica-se às pessoas naturais e jurídicas, relativamente a determinados impostos

sobre serviços, exceto quando gozarem de imunidade tributária de caráter pessoal.

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d) só se aplica às pessoas naturais, relativamente a determinados impostos sobre

serviços, se elas forem contribuintes do imposto.

e) aplica-se às pessoas jurídicas, relativamente a determinados impostos sobre

serviços, exceto quando, sem revestir a condição de contribuinte do imposto, re-

vistam a condição de responsável tributário.

Questão 31    (FCC/AUDITOR FISCAL/PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA/2018) Rela-

tivamente às diligências de fiscalização, a autoridade que as realizar ou as presidir

deverá, segundo o Código Tributário Nacional, lavrar os termos fiscais necessários

para documentá-las. Estes termos, de acordo com este mesmo Código, deverão

I – ser lavrados, necessariamente, em um dos livros contábeis exibidos, se exibidos.

II – documentar o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, sendo

que esse termo fixará prazo máximo para a conclusão das referidas diligências.

III – quando lavrados em separado, ser entregues, por cópia autenticada, pela

autoridade que proceder ou presidir as referidas diligências, à pessoa sujeita

a fiscalização.

IV – ser firmados por, no mínimo, três autoridades, de diferentes níveis hierárquicos.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e IV.

b) I, II e IV.

c) III e IV.

d) II e III.
e) III.

Questão 32    (FCC/CONSULTOR DE PROCESSO LEGISLATIVO/AL-MS/2016) Acer-

ca das regras sobre a Administração Tributária, constantes no Código Tributário Na-

cional – CTN, é correto afirmar:

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a) As autoridades administrativas federais poderão requisitar o auxílio da força

pública federal, estadual ou municipal, e reciprocamente, quando vítimas de emba-

raço ou desacato no exercício de suas funções, ou quando necessário à efetivação

de medida prevista na legislação tributária, salvo quando se configure fato definido

em lei como crime ou contravenção.

b) Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições

legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arqui-

vos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes indus-

triais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.

c) A autoridade administrativa que proceder ou presidir quaisquer diligências de

fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início do proce-

dimento, na forma do CTN, que, expressamente, fixa prazo máximo de quinze dias

para a conclusão daquelas.

d) Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos

lançamentos neles efetuados serão conservados até que a autoridade fiscal, em

diligência no estabelecimento, autorize a destruição dos referidos documentos.

e) As regras do CTN sobre Administração Tributária e fiscalização não se aplicam

às pessoas naturais ou jurídicas que gozem de imunidade tributária ou de isenção

de caráter pessoal.

Questão 33    (FCC/TÉCNICO DA RECEITA ESTADUAL/SEGEP-MA/2016) O termo

de inscrição da dívida ativa, além de ter de ser autenticado pela autoridade com-

petente, ainda deve conter, obrigatoriamente, várias outras informações relaciona-

das com o devedor e com o crédito tributário. De acordo com o CTN, a omissão de

quaisquer dos requisitos, cuja presença seja obrigatória no referido termo, é causa

de nulidade

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a) da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas tal nulidade poderá

ser sanada até a prolação de decisão irrecorrível, observados os requisitos para tanto.

b) do processo de cobrança decorrente da inscrição, mas não da própria inscrição.

c) da inscrição, mas não do processo de cobrança dela decorrente.

d) insanável da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente.

e) da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas tais nulidades po-

derão ser sanadas até a prolação de decisão de primeira instância, observados os

requisitos para tanto e os direitos do sujeito passivo.

Questão 34    (FCC/TÉCNICO DA RECEITA ESTADUAL/SEGEP-MA/2016) O CTN,

em Capítulo próprio do Título referente à Administração Tributária, contém algumas

regras atinentes à Dívida Ativa das pessoas jurídicas de direito público. De acordo

com esse Código, a dívida

a) regularmente inscrita tem o efeito de prova pré-constituída e goza da presunção

absoluta de certeza e liquidez, a partir da decisão judicial de primeira instância fa-

vorável à Fazenda Pública.

b) ativa tributária é apenas o crédito tributário da Fazenda Pública, que não foi

pago no prazo legal.

c) regularmente inscrita goza da presunção absoluta de certeza e liquidez, desde o

momento de sua inscrição, e tem o efeito de prova pré-constituída.

d) regularmente inscrita na repartição administrativa competente está sujeita à

incidência de juros de mora, que não excluirão, todavia, a liquidez do crédito.

e) regularmente inscrita tem o efeito de prova pré-constituída e goza da presunção

de certeza e liquidez, presunção essa que pode ser ilidida por prova inequívoca,

a cargo do sujeito ativo.

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Questão 35    (FCC/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/PREFEITURA DE TERESINA-

-PI/2016) O Código Tributário Nacional autoriza permutas de informações entre as

Fazendas Públicas das pessoas jurídicas de direito público interno, e também auto-

riza que permutas de informações sejam feitas com Estados estrangeiros.

De acordo com esse Código, essas permutas,

I – no plano interno, serão feitas na forma estabelecida, apenas em caráter ge-

ral, por lei, decreto federal ou convênio.

II – quando feitas entre as Fazendas Públicas dos Estados federados, deverão ser

autorizadas pelo Senado Federal e renovadas, quando for o caso, bienalmente.

III – quando feitas entre a Fazenda Pública da União e os Estados estrangeiros,

deverão sê-lo na forma estabelecida em tratados, acordos ou convênios in-

ternacionais, e necessariamente no interesse da arrecadação e da fiscaliza-

ção de tributos.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) III.

b) II.

c) I.

d) I e II.

e) II e III.

Questão 36    (FCC/AUDITOR FISCAL/PREFEITURA DE TERESINA-PI/2016) A ati-

vidade de fiscalização dos sujeitos passivos de obrigação tributária é de tal rele-

vância que o próprio Código Tributário Nacional contempla algumas das principais

regras a esse respeito. De acordo com esse Código,

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a) é permitida a divulgação, por parte dos servidores da Fazenda Pública, de infor-

mação obtida em razão do ofício, sobre a situação financeira de contribuinte, desde

que não envolva crime financeiro por ele cometido.

b) as autoridades administrativas municipais poderão requisitar o auxílio da força

pública estadual, quando necessário à efetivação de medida prevista na legislação

tributária, desde que essa medida se configure fato definido em lei como crime

ou contravenção.

c) é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública, de alguns tipos de informa-

ções específicas, tais como aquelas relativas à inscrição de débitos do contribuinte

em Dívida Ativa dessa mesma Fazenda Pública.

d) a autoridade fiscal que proceder a qualquer diligência de fiscalização lavrará, em

um dos livros fiscais exibidos pelo sujeito passivo, os termos necessários para que

se documente o início do procedimento, e fixará prazo máximo para a conclusão

daquela, vedada a lavratura desses termos em separado.

e) os despachantes aduaneiros oficiais, que são contribuintes do ISS, estão obriga-

dos, mediante intimação escrita de autoridade competente para fiscalizar o ICMS,

a prestar às autoridades administrativas todas as informações de que disponham

com relação aos negócios de seus clientes, contribuintes do ICMS, preservado o

dever de segredo, quando previsto em lei.

Questão 37    (FCC/PROCURADOR DO ESTADO/SEGEP-MA/2016) Ao tratar da fis-

calização feita pela Administração Tributária, a legislação tributária proíbe a divul-

gação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informações

a) solicitadas pela autoridade administrativa no interesse da Administração públi-

ca, a qual comprovou a instauração regular de processo administrativo punitivo.

b) obtidas em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito

passivo ou de terceiros.

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c) divulgadas para fins penais.

d) a respeito de parcelamento ou moratória.

e) sobre inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública.

Questão 38    (FCC/PROCURADOR/PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA/2016) Deter-

minada empresa, contribuinte tanto do ISSQN, como do IPTU, desejando participar,

em 2015, de concorrência pública realizada no Município de sua localização, prepa-

rou toda a documentação que foi exigida pela legislação municipal. No que tange,

especificamente, à comprovação de quitação dos tributos municipais devidos nos

exercícios de 2011 a 2015, elemento essencial para a participação na referida con-

corrência, a empresa apresentou os seguintes documentos:

(1) certidão negativa do IPTU, referente aos exercícios de 2011 e 2012;

(2) certidão positiva do IPTU, referente aos exercícios de 2013 a 2015;

(3) certidão positiva do ISSQN, referente a um determinado mês do exercício de

2014 e negativa em relação ao restante do período.

Com as certidões positivas do IPTU, esse contribuinte apresentou documentação

hábil para fazer prova do seguinte: Relativamente ao IPTU de 2013, embora o dé-

bito já estivesse em fase de execução, o contribuinte havia indicado bens à penhora

em quantidade suficiente para satisfazer a quantia pleiteada na execução. Relati-

vamente ao IPTU de 2014, juntou documentos que comprovavam que a quantia

devida havia sido objeto de parcelamento, cujas parcelas estavam sendo pagas em

dia e, relativamente ao IPTU de 2015, apresentou comprovante de que o crédito

tributário referente a esse exercício só iria vencer dali a dois meses.

Relativamente à certidão positiva do ISSQN, apresentou documentos comprovando

que o crédito tributário relativo a esse imposto havia sido objeto de impugnação na

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esfera administrativa, e ainda estava em fase de julgamento, sem qualquer decisão

de caráter definitivo.

Considerando que a participação dessa empresa na referida concorrência pública

estava condicionada, por meio de lei municipal, à apresentação de comprovantes

de quitação de todos os tributos municipais, é correto afirmar, com base no Código

Tributário Nacional, que

a) a certidão positiva do ISSQN é o único empecilho à sua participação na referida

concorrência pública.

b) a certidão positiva do IPTU, referente ao exercício de 2015, é o único empecilho

à sua participação na referida concorrência pública.

c) as certidões positivas apresentadas impedem sua participação na referida con-

corrência pública.

d) as certidões positivas apresentadas não impedem sua participação na referida

concorrência pública.

e) a certidão positiva do IPTU, referente ao exercício de 2014, é o único empecilho

à sua participação na referida concorrência pública.

Questão 39    (FCC/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-SC/2015) Rubens, agente do fisco de

Santa Catarina, compareceu ao estabelecimento de Supermercado Rio Itajaí Ltda.,

localizado na cidade de Itajaí e, depois de identificar-se funcionalmente aos encar-

regados diretos da empresa presentes no local, intimou-os a franquear-lhe acesso

às dependências internas do estabelecimento, com base no que dispõe o § 3º do

art. 69 do Regulamento do ICMS de Santa Catarina, que assim dispõe:

Art. 69.
[…]
§ 3º − Os agentes do fisco terão acesso às dependências internas do estabelecimento,
mediante a apresentação de sua identidade funcional aos encarregados diretos presen-
tes no local.

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Os referidos encarregados da empresa, embora cientes de sua obrigação de dar

acesso às dependências internas do estabelecimento ao agente do fisco, negaram-

-se a fazê-lo, mas de modo bastante cordial. Diante de tal situação, Rubens

a) não poderá requisitar auxílio de autoridade policial estadual, se não demonstrar

que foi vítima de desacato no exercício de suas funções.

b) poderá requisitar auxílio de autoridade policial estadual, com a finalidade de au-

xiliá-lo na efetivação da referida medida prevista na legislação tributária.

c) nada poderá fazer, enquanto não for expedida ordem judicial expressa para que

os encarregados da empresa cumpram a determinação contida no Regulamento do

ICMS estadual.

d) só poderá requisitar auxílio de autoridade policial estadual, se demonstrar que a

negativa dos encarregados da empresa configura fato definido em lei como crime.

e) deverá solicitar, necessariamente, a expedição de ordem judicial determinando

à autoridade policial estadual que lhe preste auxílio no sentido de dar cumprimento

ao disposto no Regulamento do ICMS estadual.

Questão 40    (FCC/JULGADOR ADMINISTRATIVO DO TESOURO ESTADUAL/SE-

FAZ-PE/2015) Sobre o sistema tributário nacional, é correto afirmar:

a) O contribuinte pode, após o vencimento da sua obrigação e antes da propositura

da execução fiscal, garantir o juízo de forma antecipada, para o fim de obter certi-

dão positiva com efeito de negativa.

b) As normas de Direito Interno prevalecem sobre as disposições dos Tratados In-

ternacionais Tributários, por força do princípio da espacialidade.

c) A mera remessa ao endereço do contribuinte do carnê de pagamento do IPTU e

do IPVA não é ato suficiente para a notificação do lançamento tributário.

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d) Incide o IPTU sobre imóvel localizado na área urbana do Município, ainda que

comprovadamente utilizado em exploração extrativa, vegetal, agrícola, pecuária ou

agroindustrial.

e) É legítima a compensação de ofício levada a efeito pela Administração Tributária

de crédito tributário a ser restituído ao contribuinte com débitos fiscais que estejam

com a exigibilidade suspensa.

Questão 41    (FCC/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-PE/2015) A respeito das Garantias e Pri-

vilégios do Crédito Tributário, é correto afirmar:

a) São pagos preferencialmente a quaisquer outros os créditos tributários vencidos

ou vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de direito privado em liquidação judicial

ou voluntária, exigíveis no decurso da liquidação.

b) É vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de in-

formação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do su-

jeito passivo, como, por exemplo, o montante por ele devido inscrito em Dívida Ativa.

c) Enquanto não julgadas as Ações Diretas de Inconstitucionalidade que discutem a

possibilidade de quebra do sigilo bancário diretamente por autoridade administrati-

va, pode o Poder Executivo disciplinar os critérios segundo os quais as instituições fi-

nanceiras informarão à administração tributária as operações financeiras efetuadas

pelos usuários de seus serviços, inclusive dispondo sobre a necessidade de inserção

de elementos que permitam identificar a origem e a natureza dos gastos realizados.

d) A presunção de dissolução irregular que permite o redirecionamento da cobran-

ça do crédito tributário decorre, por exemplo, do retorno sem cumprimento, por

mudança de endereço, do Aviso de Recebimento regularmente encaminhado para

o domicílio fiscal constante dos cadastros da pessoa jurídica perante a administra-

ção tributária.

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e) Há esgotamento das diligências para fins de aplicação da indisponibilidade pre-

vista no art. 185-A do Código Tributário Nacional quando comprovado nos autos o

acionamento do Bacen Jud, a expedição de ofícios a todos os registros públicos e

ao DENATRAN ou DETRAN.

Questão 42    (FCC/PROCURADOR/PGE-RN/2014) Contribuinte faz pagamento de

crédito tributário mediante cheque, que não é pago por insuficiência de fundos.

Neste caso, o Fisco deverá

a) propor ação ordinária de cobrança, pois o crédito foi extinto com o pagamento,

se o cheque estiver prescrito.

b) promover a execução do cheque.

c) protestar o cheque.

d) inscrever o débito em Dívida Ativa.

e) realizar o lançamento do crédito tributário e notificar o contribuinte a pagar.

Questão 43    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF-4/2014) Considerando o mecanis-

mo jurídico-tributário,

a) a obrigação tributária pressupõe a existência de crédito tributário devidamente

constituído, pois a partir de sua existência já se torna o mesmo exequível

b) a exequibilidade do crédito tributário surge com o lançamento tributário, mas

sua exigibilidade somente acontece a partir de sua inscrição na dívida ativa.

c) o crédito tributário se torna exequível a partir de sua inscrição na dívida ativa.

d) com o surgimento da obrigação tributária o crédito tributário passa a ser exigível.

e) com a ocorrência do fato gerador já existe formalmente o crédito tributário, de-

clarado pela obrigação tributária, da qual é indissociável.

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Questão 44    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF-3/2014) Sobre o crédito tributá-

rio, é correto afirmar que;

a) não pode ser objeto de lançamento enquanto estiver suspensa sua exigibilidade.

b) é exigível judicialmente a partir do momento em que o contribuinte é notificado

validamente do lançamento efetuado.

c) pressupõe inscrição em dívida ativa para se tornar exigível por Execução Fiscal,

salvo se for concedido parcelamento do débito.

d) as causas de suspensão da exigibilidade não impedem o lançamento tributário,

nem a inscrição em dívida ativa e a execução fiscal, mas impedem a arrematação

ou adjudicação para satisfação do débito.

e) tem as causas de suspensão da exigibilidade eficazes somente antes do lança-

mento, pois após sua realização não é mais possível impedir que o Fisco cobre o

crédito a que tem direito.

Questão 45    (FCC/PROCURADOR/PREFEITURA DE RECIPE-PE/2014) Auditor fis-

cal de rendas de pequeno município do agreste pernambucano, consciente da alta

carga tributária que assola o país e das dificuldades dos pequenos empresários,

comerciantes, produtores rurais e prestadores de serviço de seu município, em

nome do princípio da razoabilidade, ao invés de efetuar diretamente lançamento de

ofício ao descobrir, em prestadoras de serviço de seu município, a não emissão de

notas fiscais por serviços no campo de incidência do ISSQN e ali prestados, com o

consequente não pagamento do tributo devido, orienta os contribuintes flagrados a

emitirem, mesmo após o início de ação fiscal, as correspondentes notas fiscais de

serviço e de recolherem o respectivo tributo devido. Neste contexto, considere as

seguintes afirmações:

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I – Louvável a atitude do fiscal municipal, pois a orientação é o melhor caminho

para um bom relacionamento entre fisco e contribuinte, sendo que ele, em

face do princípio da razoabilidade, agira dentro da lei.

II – Não poderia o fiscal deixar de lavrar o auto de infração por falta de pagamen-

to de ISSQN por não emissão de notas fiscais de serviço, tendo em vista que

com o início do procedimento fiscalizatório, cessa a possibilidade de denúncia

espontânea, além do procedimento de lançamento ser atividade vinculada e

obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.

III – Não poderia o fiscal deixar de lavrar o auto de infração por não emissão de

notas fiscais de serviço, mas, em relação ao não pagamento, poderia o contri-

buinte ficar livre de autuação se o fizesse com o acréscimo de juros de mora.

Está correto o que consta APENAS em

a) II

b) I

c) II e III

d) III

e) I e III

Questão 46    (FCC/PROCURADOR LEGISLATIVO/CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO

PAULO-SP/2014) Sobre dívida ativa é correto afirmar que

a) somente após a inscrição do crédito tributário em dívida ativa é que o mesmo se

torna exigível judicialmente.

b) inscrição do crédito tributário em dívida ativa é causa de interrupção do prazo

prescricional de cinco anos para cobrar o crédito tributário.

c) todo crédito tributário não pago e vencido ingressa automaticamente na dívida

ativa e já pode ser decretada a penhora de bens do devedor.

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d) após a inscrição do crédito tributário em dívida ativa não cabe mais o seu parce-

lamento, por serem atos excludentes entre si, ou seja, a inscrição em dívida ativa

decorre do não pagamento do débito, ao passo que o parcelamento pressupõe que

haverá pagamento.

e) a inscrição em dívida ativa depende de prévia previsão do débito na Lei Orça-

mentária Anual.

Questão 47    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-RJ/2014) A empresa Campos dos

Goitacazes Refrigerantes S.A., grande fabricante de refrigerantes no Estado do Rio

de Janeiro, foi fiscalizada entre os meses de março e junho de 2005, pelos audito-

res fiscais Rodrigus da Silva e Renatus de Oliveira. Para poder realizar seus traba-

lhos conforme determinado, esses auditores tiveram, além de examinar os dados

econômico-financeiros da empresa, de obter informações sigilosas e secretas, tais

como a fórmula para a fabricação dos refrigerantes e a relação dos insumos utiliza-

dos na sua elaboração. As informações relacionadas com as empresas fornecedoras

das matérias-primas e com as próprias matérias-primas sempre foram guardadas

sob sigilo extremo. Notificadas a exibir livros e documentos relacionados com es-

sas operações e a prestar as informações solicitadas pelo fisco, inclusive as de

caráter sigiloso, a empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A. prestou-as

conforme solicitado. Em setembro de 2012, ou seja, sete anos depois de concluída

essa fiscalização, a Secretaria da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, em perió-

dico informativo oficial, distribuído aos seus funcionários e ao público em geral,

publicou reportagem a respeito das mercadorias que constituíam matéria-prima

para a elaboração dos refrigerantes fabricados pela empresa em questão, no qual,

além de citar nominalmente a empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A.,

fez referência expressa aos seus fornecedores, aos seus clientes e a uma série de

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informações relacionadas com as mercadorias por eles comercializadas, tornando

público, inclusive, o conteúdo da fórmula de alguns dos refrigerantes mais vendidos

pela empresa, a matéria-prima utilizada, os nomes dos fornecedores, a situação

econômica desses fornecedores e muitos outros dados sigilosos dessas empresas.

O conteúdo dessa reportagem caiu rapidamente em domínio público e os auditores

fiscais que fizeram a fiscalização, na qual essas informações foram obtidas, deram

entrevista a uma revista de grande circulação nacional, que elaborou uma repor-

tagem especial sobre a empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A., suas

maiores fornecedoras e suas maiores clientes, abrangendo tanto suas atividades

e seus negócios em âmbito nacional, como sua situação financeira e econômica.

A reportagem identificou, no histórico fiscal de uma das fornecedoras da empresa

mencionada, a existência de representações fiscais para fins penais que existiam

em nome de seus sócios, bem como a relação dos seus créditos tributários, que

se encontravam inscritos em dívida ativa do Estado. Depois dessa reportagem,

as ações da empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A. e de suas clientes

e fornecedoras despencaram nas bolsas de valores nacionais.

Com base no CTN, nessa situação hipotética, o dever de sigilo;

a) não foi violado, nem pela Fazenda Pública, nem pelos seus servidores, em ne-

nhuma das situações apresentadas, porque, quando essas informações foram tor-

nadas públicas, já haviam decorrido mais de cinco anos entre a data em que foi

realizada a fiscalização e a data de divulgação das informações, lapso de tempo

este que é superior ao do quinquênio decadencial.

b) foi violado, quando a Secretaria da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, por

meio de seu periódico, tornou público o conteúdo da fórmula e da matéria-prima

relacionadas com a fabricação de alguns dos refrigerantes mais vendidos pela em-

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presa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A., mesmo que essa publicidade não

tenha sido dada pelos auditores fiscais que a fiscalizaram.

c) não foi violado, quando os auditores fiscais prestaram informações para que a

revista de grande circulação nacional elaborasse a reportagem em que foram pu-

blicadas, especificamente, informações sigilosas sobre a situação financeira e eco-

nômica das maiores clientes e das maiores fornecedoras da empresa Campos dos

Goitacazes Refrigerantes S.A., pois essas empresas não foram fiscalizadas por eles.

d) não foi violado, quando o periódico informativo da Secretaria da Fazenda do Es-

tado do Rio de Janeiro publicou reportagem dando a conhecer informação sigilosa,

relacionada com as matérias-primas utilizadas pela empresa Campos dos Goitaca-

zes Refrigerantes S.A. para a fabricação de refrigerantes, porque o dever de sigilo

não é da pessoa jurídica de direito público, mas de seus servidores.

e) foi violado, quando, relativamente a uma das fornecedoras da empresa fiscaliza-

da, os auditores fiscais prestaram informações especificamente relacionadas com as

representações fiscais para fins penais que existiam em nome de seus sócios, e com

a relação de seus créditos tributários inscritos em dívida ativa do Estado fluminense.

Questão 48    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-RJ/2014) O exame do histórico tribu-

tário de uma determinada empresa, fabricante de produtos voltados para a alimen-

tação infantil, revelou a existência das seguintes ocorrências:

I – em 2008, fez o parcelamento, em 60 meses, do valor reclamado em auto de

infração, lavrado pelo fisco fluminense. Até a presente data, as parcelas têm

sido pagas correta e pontualmente;

II – em 2009, o Estado do Rio de Janeiro ajuizou uma ação de execução fiscal

contra ela, que acabou sendo objeto de embargos, depois de a empresa ter

efetuado, no prazo legal, o depósito integral da importância reclamada na

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execução. O referido depósito não foi levantado, nem convertido em renda,

e ainda não há decisão transitada em julgado nesse processo;

III – em 2010, para poder importar mercadorias do exterior, sem a incidência

do ICMS, esse contribuinte fluminense impetrou mandado de segurança, no

bojo do qual foi concedida medida liminar para que o desembaraço aduanei-

ro fosse feito sem a exigência do ICMS. Essa liminar foi revogada em 2010

e, ao final do processo, o contribuinte restou vencido. Pagou a totalidade do

crédito tributário reclamado em 2011;

IV – em 2011, a autuada deixou de pagar impostos federais, que estão sendo

objeto de execução fiscal, sem que tenha havido depósito da quantia ques-

tionada, nem oferecimento de bens à penhora;

V – em 2012, a fiscalização fluminense lavrou auto de infração contra essa em-

presa, que foi objeto de impugnação no prazo legal. Esse auto de infração

teve resultado favorável à Fazenda Pública estadual, em seu primeiro julga-

mento, mas ainda pende de julgamento de recurso interposto pelo contri-

buinte. Ainda nesse ano, a Fazenda Pública fluminense ajuizou outro execu-

tivo fiscal, relativo a crédito tributário decorrente de falta de pagamento do

ICMS, sendo que, desta vez, a empresa em questão não efetuou o depósito

integral da quantia pleiteada. Ao invés disso, ofereceu bens à penhora, su-

ficientes para cobrir o crédito tributário exigido, motivo pelo qual a penhora

foi efetivada.

No início de 2013, essa empresa decidiu participar de concorrência pública para

fornecer seus produtos a creches e escolas da rede estadual fluminense. Um dos

requisitos a ser cumprido pelas empresas concorrentes, era a apresentação de pro-

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va de quitação de todos os tributos estaduais, até a data da abertura da inscrição

para participação nessa concorrência, que ocorreu no dia 05 de abril de 2013.

Para tanto, a empresa apresentou, no órgão público fluminense competente, re-

querimento solicitando a expedição de certidão negativa dos tributos estaduais.

Nesse caso hipotético, com base no CTN, o órgão estadual competente para o for-

necimento dessa certidão

a) não a expedirá, pois os tributos devidos ainda não estão quitados.

b) expedirá certidão positiva, com efeito de positiva, pois a penhora não permite

que a certidão tenha efeito de negativa.

c) expedirá certidão negativa, com efeito de negativa.

d) expedirá certidão positiva, com efeito de negativa.

e) expedirá certidão negativa, com efeito de positiva.

Questão 49    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-RJ/2014) Oscar, Auditor Fiscal da Re-

ceita Estadual, deu início aos seus trabalhos de fiscalização, na empresa “Super

Atacadão de Roupas Finas Ltda.”, e intimou o sócio gerente da empresa, Sr. Cláu-

dio, a lhe exibir diversos livros e documentos necessários à realização dessa fisca-

lização, no que foi atendido. O exame dessa documentação, todavia, não revelou a

Oscar qualquer irregularidade relacionada à legislação do ICMS. Antes de concluir

seus trabalhos fiscais, porém, Oscar, suspeitando da existência de possíveis irregu-

laridades e sabendo que o Sr. Cláudio era religioso e considerava pecado a sonega-

ção de impostos, decidiu intimar, por escrito, o sacerdote confessor do Sr. Cláudio,

para que ele lhe informasse conteúdos da confissão que pudessem eventualmente

constituir prova de prática de infração à legislação do ICMS do Estado do Rio de

Janeiro. Essa notificação foi baseada no art. 197 do CTN, cujo caput estabelece a

obrigatoriedade de determinadas pessoas, mediante intimação escrita, prestarem à

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autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos

bens, negócios ou atividades de terceiros. O referido sacerdote, em resposta funda-

mentada no acordo que o Brasil e a Santa Sé firmaram na cidade do Vaticano, em

13 de novembro de 2008, relativo ao Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil,

fundamentada, também, no Decreto Legislativo no 698, de 7 de outubro de 2009,

que aprovou esse acordo no Brasil e, ainda, no Decreto Federal n. 7.107/2010, que

determina o cumprimento desse acordo, que tem força de Lei n. território nacional,

negou-se a prestar a informação solicitada pelo Auditor Oscar, invocando o que es-

tabelece o art. 13 do referido acordo, cujo teor é o seguinte: é garantido o segredo

do ofício sacerdotal, especialmente o da confissão sacramental.

Nesse caso, com base no que estabelece o CTN, o sacerdote agiu em:

a) desconformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações solicita-

das pelo fisco abrange, inclusive, as informações quanto a fatos sobre os quais o

informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofí-

cio, função, ministério, atividade ou profissão, desde que essas informações sejam

utilizadas exclusivamente para fins civis e tributários, mas não penais.

b) desconformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações solicita-

das pelo fisco abrange, inclusive, as informações quanto a fatos sobre os quais o

informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofí-

cio, função, ministério, atividade ou profissão, desde que essas informações sejam

utilizadas para fins tributários, mas não penais

c) desconformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações solicitadas

pelo fisco abrange, inclusive, as informações quanto a fatos sobre os quais o infor-

mante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício,

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função, ministério, atividade ou profissão, pois o fisco também deve observar o

sigilo dessas informações.

d) conformidade com o CTN, pois eles não estão sujeitos à jurisdição tributária

brasileira, em razão de estarem submetidos diretamente à Santa Sé, que os juris-

diciona, em matéria de direito civil, penal e tributário.

e) conformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações solicitadas

pelo fisco não abrange informações quanto a fatos sobre os quais o informante

esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função,

ministério, atividade ou profissão, como é o caso deste sacerdote.

Questão 50    (FCC/ANALISTA DE FOMENTO-ADVOGADO/AFAP/2019) Considere

os enunciados abaixo, que dizem respeito às microempresas e empresas de pe-

queno porte.

I – Consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade

empresária, a sociedade simples e a empresa individual de responsabilidade

limitada, devidamente registradas ou não no Registro de Empresas Mercan-

tis, em Títulos e Documentos ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, con-

forme o caso.

II – O enquadramento do empresário ou da sociedade simples ou empresária

como microempresa ou empresa de pequeno porte bem como o seu desen-

quadramento não implicarão alteração, denúncia ou qualquer restrição em

relação a contratos por elas anteriormente firmados.

III – Poderá beneficiar-se do tratamento jurídico diferenciado previsto para as mi-

croempresas e empresas de pequeno porte a pessoa jurídica constituída sob

a forma de cooperativas, salvo as de consumo.

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IV – Não poderá beneficiar-se do tratamento jurídico diferenciado previsto para

as microempresas e empresas de pequeno porte a pessoa jurídica cujos ti-

tulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço,

relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I, II e III.

b) I, III e IV.

c) II e IV.

d) I e III.

e) II, III e IV.

Questão 51    (FCC/ASSISTENTE TÉCNICO FAZENDÁRIO/MANAUS/2019) A Lei

Complementar Federal n. 123/2006, que institui o Estatuto Nacional da Microem-

presa e da Empresa de Pequeno Porte (Simples Nacional) estabelece normas gerais

relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempre-

sas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados,

do Distrito Federal e dos Municípios. De acordo com esta Lei, as normas gerais por

ela estabelecidas dizem respeito a várias matérias, dentre as quais se encontra a

a) dispensa de cadastramento da empresa, nos termos de regulamentação esta-

belecida pelo Comitê Gestor do Simples Nacional, no exercício em que iniciar suas

atividades, desde que a expectativa de faturamento, nesse exercício, seja inferior

a R$ 155.300,00.

b) isenção, por período não inferior a 2 anos, de impostos sobre o patrimônio e de

contribuições previdenciárias, inclusive de contribuições de melhoria.

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c) dispensa de cadastramento da empresa e de emissão de documentos fiscais,

no exercício em que iniciar suas atividades, quando a expectativa de faturamento,

nesse exercício, for inferior a R$ 155.300,00.

d) dispensa de cadastramento da empresa e de emissão de documentos fiscais,

no exercício em que iniciar suas atividades, e no exercício subsequente, quando a

expectativa de faturamento, nesse exercício, for inferior a R$ 310.600,00.

e) apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do

Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arrecadação, inclusive

obrigações acessórias.

Questão 52    (FCC/AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS/MANAUS/2019)

A Lei Complementar n. 123/2006 estabelece que o Simples Nacional implica o reco-

lhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, de diversos impostos

e contribuições de competência dos Municípios, dos Estados e da União. Os impos-

tos de competência municipal sujeitos a esta forma de recolhimento mensal são

a) o ITBI, excluídas as hipóteses em que ele é devido em relação aos serviços su-

jeitos à substituição tributária.

b) a “taxa do lixo”, referente ao recolhimento de resíduos sólidos, promovido pela

municipalidade.

c) o ISS, excluídas as hipóteses em que ele é devido em relação aos serviços su-

jeitos à substituição tributária ou retenção na fonte, e em relação à importação

de serviços.

d) o ISS devido na importação de serviços.

e) o IPTU, excluídas as hipóteses em que ele é devido relativamente à substitui-

ção tributária.

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Questão 53    (FCC/TÉCNICO FAZENDÁRIO/MANAUS/2019) A Lei Complementar

Federal n. 123/2006, que institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empre-

sa de Pequeno Porte – Simples Nacional – criou o Comitê Gestor do Simples Nacio-

nal – CGSN, que tem várias atribuições. De acordo com a referida Lei,

a) o CGSN, após aprovação do Senado Federal, ratificação unânime do CONFAZ e

recomendação favorável da COTEPE, poderá disciplinar a forma e as condições em

que será estabelecido o regime de antecipação do ICMS, nas operações com bens

ou mercadorias adquiridos fora do Estado.

b) cabe ao CGSN apreciar a necessidade de revisão dos valores expressos em

moeda na Lei Complementar n. 123/2006 e propor ao Senado Federal a adoção de

Resolução para a alteração deles, observado o princípio da anterioridade de exer-

cício financeiro.

c) o CGSN regulamentará a forma por meio da qual os documentos fiscais das mi-

croempresas e das empresas de pequeno porte poderão ser emitidos diretamente

por sistema nacional informatizado e pela internet, sem custos para o empreende-

dor individual.

d) o CGSN, após ratificação unânime do CONFAZ e recomendação favorável da

COTEPE, disciplinará a forma e as condições em que será atribuída à microempre-

sa ou à empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional a qualidade de

substituta tributária.

e) o CGSN é composto por 8 representantes da Secretaria da Receita Federal

do Brasil, como representantes da União, 4 dos Estados e do Distrito Federal e

4 dos Municípios.

Questão 54    (FCC/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-SC/2018)

Conforme estabelece a Lei Complementar n. 123/2006, os contribuintes optantes

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pelo Regime do Simples Nacional (SN) devem recolher o tributo devido, no âmbito

do regime, mediante documento de arrecadação único. Para fins de cálculo do valor

devido no mês, conforme o disposto no art. 18 da referida lei, o contribuinte optan-

te pelo SN deve computar, separadamente, as receitas decorrentes de

a) revenda de mercadoria, venda de mercadoria industrializada pelo próprio contri-

buinte, locação de bens móveis, venda de medicamentos produzidos por manipu-

lação de fórmulas pelo próprio contribuinte sob encomenda e mediante prescrição

médica, e exportação para o exterior, entre outras.

b) revenda de mercadoria adquirida nacional, revenda de mercadoria adquirida

importada, revenda de mercadoria industrializada pelo próprio contribuinte, co-

mercialização de medicamentos produzidos por manipulação de fórmulas no esta-

belecimento ou em terceiro, exportação, locação de bens móveis, locação de bens

imóveis, entre outros.

c) revenda de mercadoria no atacado, revenda de mercadoria no varejo, prestação

de serviço, locação de bens móveis ou imóveis e exportação para o exterior.

d) aplicação financeira, venda de mercadoria, prestação de serviços, locação de

bens móveis ou imóveis, venda de ativos com lucro, exportação direta e exporta-

ção indireta.

e) vendas realizadas e recebidas, vendas realizadas mas ainda não recebidas, ser-

viços prestados e recebidos, serviços prestados mas ainda não recebidos, locações

recebidas, exportações para o exterior e recebimento de alienação de recebíveis.

Questão 55    (FCC/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-SC/2018)

Conforme estabelece a Lei Complementar n. 123/2006, que instituiu o Estatuto

Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, as microempresas e

empresas de pequeno porte têm direito a tratamento diferenciado e favorecido,

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especialmente no que se refere à apuração e ao recolhimento dos impostos e con-

tribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante re-

gime único de arrecadação. O recolhimento mensal no âmbito do Regime Especial

Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas

e Empresas de Pequeno Porte − Simples Nacional

a) inclui, entre outros tributos, o ICMS, mas não exclui a cobrança do ICMS em

algumas situações como, por exemplo, nas importações, nas operações sujeitas à

substituição tributária e nas operações sujeitas à antecipação tributária.

b) inclui, entre outros tributos, o ISS, o ICMS, o IRPJ, o IRPF e o IOF, mas não inclui

o FGTS, o ITR e a CSLL.

c) não inclui o IRPJ e a CSLL, mas inclui o ISS, o ICMS, o PIS, o PASESP e a CIDE,

entre outros.

d) inclui, entre outros tributos, todo o ISS e o ICMS devidos, e parte do IRPJ devi-

do, mas não inclui o PIS e o COFINS.

e) não inclui o ITR, o IPTU e o ITCMD, mas inclui o IRPJ, o IRPF, a CSLL, a CIDE,

o PIS e o COFINS, entre outros.

Questão 56    (FCC/AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS/PREFEITURA DE SÃO LUÍS-

-MA/2018) De acordo com a disciplina estabelecida pela Lei Complementar Federal

n. 123/2006, acerca do SIMPLES NACIONAL, os Municípios têm competência

a) para fiscalizar o cumprimento das obrigações principais e acessórias relativas ao

Simples Nacional, desde que o estabelecimento fiscalizado seja prestador de servi-

ços e se localize no Município que tem competência para proceder à sua fiscalização.

b) para fiscalizar uma empresa de transporte intramunicipal localizada em seu ter-

ritório, relativamente ao cumprimento das obrigações principais e acessórias relati-

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vas ao Simples Nacional, mas não têm competência para verificar a ocorrência das

hipóteses de exclusão de ofício desta empresa deste regime de tributação.

c) para efetuar, por meio de suas autoridades fiscais, o lançamento do IRPJ, do IPI,

do ITCMD e do ITBI, dentre outros, apurados na forma do Simples Nacional, rela-

tivamente a todos os estabelecimentos da empresa, independentemente do ente

federado instituidor.

d) concorrente para efetuar, por meio de suas autoridades fiscais, o lançamento

do PIS, do CONFINS, do ICMS e do ISS, apurados na forma do Simples Nacional,

e de promover a autuação por descumprimento de obrigação acessória relacionada

com esses impostos e contribuições, relativamente a todos os estabelecimentos da

empresa, independentemente do ente federado instituidor da obrigação tributária.

e) para fiscalizar um hotel localizado em seu território, relativamente ao cumpri-

mento das obrigações principais e acessórias relativas ao Simples Nacional, e para

verificar a ocorrência das hipóteses de sua exclusão, de ofício, deste regime de

tributação, mas não têm competência para promover a autuação deste estabeleci-

mento por descumprimento de obrigação acessória relativa ao IRPJ.

Questão 57    (FCC/TÉCNICO DA RECEITA ESTADUAL/SEGEP-MA/2016) O Regi-

me Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas

Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, também chamado de Simples Nacio-

nal, implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, de

vários impostos e contribuições.

De acordo com a Lei Complementar n. 123/2006, e salvo as exceções nela previs-

tas, encontram-se entre os impostos e contribuições abrangidos pelo recolhimento

mensal, mediante documento único de arrecadação,

a) o IRPJ, o IPVA e o ISS.

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b) a CSLL, o ICMS e o IPTU.

c) a CSLL, o ICMS e o ISS.

d) o IRPJ, o IPVA e o IPTU.

e) a CSLL, o ITCMD e o ITBI.

Questão 58    (FCC/TÉCNICO DA RECEITA ESTADUAL/SEGEP-MA/2016) A Lei

Complementar n. 123/2006 estabelece normas gerais relativas ao tratamento dife-

renciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno

porte. Conforme esta lei,

a) não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado nela previsto,

a pessoa jurídica cujo titular ou sócio participe com mais de 33% do capital de ou-

tra empresa.

b) consideram-se microempresas, a sociedade empresária, a sociedade simples,

a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário devidamente

registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas

Jurídicas, que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a

R$ 360.000,00.

c) considera-se receita bruta, para fins de enquadramento no Simples Nacional,

o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos

serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, incluídas as vendas

canceladas, os descontos incondicionais concedidos e a receita financeira auferida.

d) a microempresa ou empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, exceder

o limite de receita bruta anual nela estabelecido, fica excluída, desde o dia 1º de

janeiro do mesmo ano, do tratamento jurídico diferenciado nela previsto, ex lege,

e independentemente de prévia notificação.

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e) não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado nela previsto,

a pessoa jurídica cuja atividade preponderante seja a de Banco Comercial, a de

Atacadista Exportador ou a de Empresa de Transporte Aéreo ou Marítimo.

Questão 59    (FCC/PROCURADOR DO ESTADO/AMAPÁ/2018) Considere os enun-

ciados seguintes, relativos ao Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de

Pequeno Porte:

I – Poderá beneficiar-se do tratamento jurídico diferenciado previsto no Estatu-

to da Microempresa a pessoa jurídica de cujo capital participe outra pessoa

jurídica, desde que esta não tenha filial, sucursal, agência ou representação

no exterior.

II – O enquadramento do empresário ou da sociedade simples ou empresária

como microempresa ou empresa de pequeno porte bem como o seu desen-

quadramento não implicarão alteração, denúncia ou qualquer restrição em

relação a contratos por elas anteriormente firmados.

III – O registro dos atos constitutivos, de suas alterações e extinções (baixas),

referentes a empresários e pessoas jurídicas em qualquer órgão dos três

âmbitos de governo ocorrerá independentemente da regularidade de obriga-

ções tributárias, previdenciárias ou trabalhistas, principais ou acessórias, do

empresário, da sociedade, dos sócios, dos administradores ou de empresas

de que participem, sem prejuízo das responsabilidades do empresário, dos

titulares, dos sócios ou dos administradores por tais obrigações, apuradas

antes ou após o ato de extinção.

IV – A baixa do empresário ou da pessoa jurídica impede que, posteriormente,

sejam lançados ou cobrados tributos, contribuições e respectivas penalida-

des, decorrentes da falta do cumprimento de obrigações ou da prática com-

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provada e apurada em processo administrativo ou judicial de outras irregu-

laridades praticadas pelos empresários, pelas pessoas jurídicas ou por seus

titulares, sócios ou administradores.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I, III e IV.

b) I, II e III.

c) II e III.

d) II, III e IV.

e) I e IV.

Questão 60    (FCC/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-SC/2018)

Conforme estabelece a Lei Complementar n. 123/2206, as microempresas e as

empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional (SN) não farão jus à

apropriação nem transferirão créditos relativos a impostos ou contribuições abran-

gidos pelo Simples Nacional. Esta mesma lei dispõe que

a) o contribuinte do ICMS, que adquirir mercadoria de fornecedor do SN, poderá se

creditar, por ocasião da entrada, do produto do valor de mercadoria pela alíquota

interna do ICMS.

b) o contribuinte do IPI, PIS e COFINS poderá se creditar, na entrada da merca-

doria adquirida de fornecedor do SN, do valor da base de cálculo multiplicado pela

alíquota de cada tributo, tal como se tivesse realizado a aquisição de um fornecedor

não optante.

c) o contribuinte do ISS não cumulativo poderá se creditar, a título de crédito ou-

torgado, do valor da operação vezes a alíquota do ISS no município.

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d) caso o destinatário da mercadoria realize qualquer crédito, isto equivale a redu-

ção ou supressão de tributos para fins penais.

e) o contribuinte do ICMS, não optante pelo SN, terá direito a crédito correspon-

dente ao ICMS incidente sobre as suas aquisições de mercadorias provenientes de

empresas do SN, desde que destinadas à comercialização ou industrialização com

saída tributada, no valor do ICMS pago pelo fornecedor em relação à venda.

Questão 61    (FCC/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-SC/2018)

Em relação ao Microempreendedor Individual (MEI), considere:

I – O MEI inscrito no conselho profissional de sua categoria na qualidade de

pessoa física é dispensado de realizar nova inscrição no mesmo conselho na

qualidade de empresário individual.

II – Permite-se aos conselhos representativos de categorias econômicas a exi-

gência de inscrição e a execução de ações fiscalizadoras quando a ocupa-

ção do MEI não exigir registro profissional da pessoa física a fim de suprir

a não exigência.

III – Os documentos fiscais das microempresas e empresas de pequeno porte

poderão ser emitidos diretamente por sistema nacional informatizado e pela

internet, sem custos para o empreendedor, na forma regulamentada pelo

Comitê Gestor do Simples Nacional.

IV – O MEI poderá utilizar sua residência como sede do estabelecimento,

quando for indispensável a existência de local próprio para o exercício da

atividade empresarial.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e III.

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b) I, III e IV.

c) II e III.

d) II e IV.

e) I, II e IV.

Questão 62    (FCC/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-MA/2018) Pode se beneficiar do tra-

tamento jurídico diferenciado previsto para a Microempresa a pessoa jurídica

a) filial de pessoa jurídica com sede no exterior.

b) constituída sob a forma de cooperativa.

c) que tenha participação no capital de cooperativas de crédito.

d) constituída sob a forma de sociedade por ações.

e) cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do ser-

viço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade.

Questão 63    (FCC/FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR/PROCON-MA/2017)

Sobre o regime jurídico das microempresas e empresas de pequeno porte,

é correto afirmar:

a) Nesse regime não podem ser incluídas, entre outras, pessoas jurídicas consti-

tuídas sob a forma de sociedade por ações ou que participem de capital de outra

pessoa fiduciária ou que exerçam atividade de arrendamento mercantil.

b) Para os efeitos legais, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno

porte a sociedade empresária, a sociedade simples, as empresas de responsabili-

dade limitada e as sociedades anônimas familiares, de capital fechado.

c) Não se poderão beneficiar do tratamento jurídico concedido às microempresas

e às empresas de pequeno porte as pessoas jurídicas constituídas sob a forma de

cooperativas, mesmo as de consumo.

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d) O enquadramento do empresário ou da sociedade empresária como microempre-

sa ou empresa de pequeno porte implicará a resilição dos contratos por elas firmados

anteriormente, com nova celebração compatível com sua atual natureza jurídica.

e) O enquadramento das microempresas e empresas de pequeno porte a seu re-

gime jurídico próprio atualmente independe da receita bruta que aufiram no ano

calendário, relevando apenas a natureza de suas atividades empresariais.

Questão 64    (FCC/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-MA/2016) A

Lei Complementar n. 123/2006 instituiu o regime de arrecadação de tributos conhe-

cido como Simples Nacional. Conforme esta lei, o recolhimento mensal mediante

o documento único de arrecadação do regime simplificado NÃO exclui a incidência

a) do ICMS devido nas aquisições em outros Estados e no Distrito Federal de bens

ou mercadorias não sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto,

relativo à diferença entre a alíquota interna e a interestadual, que deverá ser pago

com observância da legislação aplicável às demais pessoas jurídicas.

b) do IPI, relativo à saída de produto de fabricação própria, que deverá ser pago

com observância da legislação aplicável às demais pessoas jurídicas.

c) do ISSQN, relativo a serviço prestado pelo contribuinte, no Brasil, quando caiba

a ele pagar o imposto em guia de recolhimento especial, que deverá ser pago com

observância da legislação aplicável às demais pessoas jurídicas.

d) do ICMS devido nas operações de saída interna, promovidas pelo contribuinte,

com destino a consumidor final não contribuinte, acobertadas por documento fiscal

hábil, não sujeita ao regime de substituição tributária, tributação concentrada ou

antecipação do recolhimento do imposto, que deverá ser pago com observância da

legislação aplicável às demais pessoas jurídicas.

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e) nem dispensa o pagamento das contribuições instituídas pela União, para as

entidades privadas de serviço social e de formação profissional, vinculadas ao

sistema sindical.

Questão 65    (FUNDATEC/FISCAL DE TRIBUTOS JÚNIOR/PREFEITURA DE FOZ

DO IGUAÇU-PR/2018) O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, median-

te documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições:

I – Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ).

II – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre

Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de

Comunicação (ICMS).

III – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).

IV – Taxas.

Quais estão corretos?

a) Apenas IV.

b) Apenas I, II e III.

c) Apenas I, II e IV.

d) Apenas I, III e IV.

e) I, II, III e IV.

Questão 66    (CESPE/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-RS/2019)

Uma cooperativa criada para industrializar produtos rurais insurgiu-se contra lan-

çamento decorrente de ICMS por substituição tributária, sob o argumento de já ter

realizado pagamento relativo a esse Tributo por meio do recolhimento mensal em

documento único de arrecadação do Simples Nacional.

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De acordo com a Lei Complementar n. 123/2006, o argumento apresentado

pela cooperativa

a) é válido caso, de fato, o tributo tenha sido integralmente pago na forma do Sim-

ples Nacional.

b) não é válido, pois nenhuma cooperativa poderá aderir ao regime tributário do

Simples Nacional.

c) não é válido, pois essa cooperativa não pode aderir ao Simples Nacional e não

pode recolher ICMS por substituição tributária pelo documento de arrecadação

única mensal.

d) não é válido, pois, embora essa cooperativa possa recolher o ICMS mediante

substituição tributária pelo documento de arrecadação única mensal, ela não pode

aderir ao Simples Nacional.

e) não é válido, pois, embora essa cooperativa possa se enquadrar como microem-

presa, ela não pode aderir ao Simples Nacional.

Questão 67    (CESPE/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-RS/2019)

O Simples Nacional

a) depende, para o seu ingresso, da formalização dessa opção pelas sociedades

empresariais.

b) é obrigatório para microempresas e facultativo para empresas de pequeno porte.

c) afasta a incidência de tributos federais, estaduais e daqueles que o Distrito Fe-

deral fiscaliza na condição de estado-membro.

d) pode ser retratado no mesmo ano-calendário em que a microempresa exceder

o limite de faturamento relativo ao seu enquadramento.

e) é inaplicável a sociedade limitada cujas cotas sociais pertençam, em um terço

ou mais, a empregado público.

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Questão 68    (CESPE/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-BA/2019) Observados os requisitos

legais, o SIMPLES Nacional permite o recolhimento mensal, mediante documento

único de arrecadação, entre outros,

a) do imposto de importação, do ISSQN e do IOF.

b) do IOF, da COFINS e do ITR.

c) da CSLL, do ISSQN e do IRPJ

d) da COFINS, da CSLL e da contribuição para o FGTS.

e) do ITR, da contribuição para o PIS/PASEP e da contribuição para o FGTS.

Questão 69    (CESPE/AUDITOR/TCE-RS/2012) De acordo com a Lei Complemen-

tar n. 123/2006, julgue o item abaixo.

A sociedade de propósito específico, constituída apenas de optantes do SIMPLES

Nacional, deve apurar o imposto de renda das pessoas jurídicas com base no lucro

real, mantendo a escrituração do livro-diário e do livro-razão.

Questão 70    (CESPE/PROCURADOR/PGE-SE/2017) Considerando as normas do

regime tributário do SIMPLES Nacional e o disposto no Estatuto da Microempresa e

da Empresa de Pequeno Porte – Lei Complementar n. 123/2006 –, julgue os itens

a seguir.

I – A empresa individual de responsabilidade limitada não pode ser enquadrada

como microempresa para efeito de adesão ao SIMPLES Nacional.

II – Para o enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno porte,

a sociedade empresária deve, em cada ano-calendário, ter receita bruta in-

ferior a determinado montante legal, excluídas as vendas canceladas e os

descontos incondicionais eventualmente concedidos.

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III – O recolhimento de tributo pelo regime especial unificado de arrecadação do

SIMPLES Nacional não exclui a incidência do ICMS devido nas operações su-

jeitas ao regime de substituição tributária.

Assinale a opção correta.

a) Apenas o item I está certo.

b) Estão certos apenas os itens I e II.

c) Estão certos apenas os itens I e III.

d) Estão certos apenas os itens II e III.

e) Todos os itens estão certos.

Questão 71    (CESPE/PROCURADOR/PGE-AM/2016) Considerando o desenvolvi-

mento da relação jurídica tributária, julgue o próximo item.

Admite-se a extinção de microempresa e de empresa de pequeno porte median-

te baixa de seus atos constitutivos, independentemente de comprovação de sua

regularidade fiscal; nesse caso, será subsidiária a responsabilidade dos titula-

res, dos sócios e dos administradores no período da ocorrência dos respectivos

fatos geradores.

Questão 72    (CESPE/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-RS/2019)

Uma cooperativa criada para industrializar produtos rurais insurgiu-se contra lan-

çamento decorrente de ICMS por substituição tributária, sob o argumento de já ter

realizado pagamento relativo a esse Tributo por meio do recolhimento mensal em

documento único de arrecadação do Simples Nacional.

De acordo com a Lei Complementar n. 123/2006, o argumento apresentado

pela cooperativa

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a) é válido caso, de fato, o tributo tenha sido integralmente pago na forma do

Simples Nacional.

b) não é válido, pois nenhuma cooperativa poderá aderir ao regime tributário do

Simples Nacional.

c) não é válido, pois essa cooperativa não pode aderir ao Simples Nacional e não

pode recolher ICMS por substituição tributária pelo documento de arrecadação

única mensal.

d) não é válido, pois, embora essa cooperativa possa recolher o ICMS mediante

substituição tributária pelo documento de arrecadação única mensal, ela não pode

aderir ao Simples Nacional.

e) não é válido, pois, embora essa cooperativa possa se enquadrar como microem-

presa, ela não pode aderir ao Simples Nacional.

Questão 73    (CESPE/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-RS/2019)

O Simples Nacional

a) depende, para o seu ingresso, da formalização dessa opção pelas sociedades

empresariais.

b) é obrigatório para microempresas e facultativo para empresas de pequeno porte.

c) afasta a incidência de tributos federais, estaduais e daqueles que o Distrito Fe-

deral fiscaliza na condição de estado-membro.

d) pode ser retratado no mesmo ano-calendário em que a microempresa exceder

o limite de faturamento relativo ao seu enquadramento.

e) é inaplicável a sociedade limitada cujas cotas sociais pertençam, em um terço

ou mais, a empregado público.

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Questão 74    (CESPE/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-BA/2019) Observados os requisitos

legais, o SIMPLES Nacional permite o recolhimento mensal, mediante documento

único de arrecadação, entre outros,

a) do imposto de importação, do ISSQN e do IOF.

b) do IOF, da COFINS e do ITR.

c) da CSLL, do ISSQN e do IRPJ

d) da COFINS, da CSLL e da contribuição para o FGTS.

e) do ITR, da contribuição para o PIS/PASEP e da contribuição para o FGTS.

Questão 75    (CESPE/PROCURADOR/PGE-SE/2017) Considerando as normas do re-

gime tributário do SIMPLES Nacional e o disposto no Estatuto da Microempresa e da

Empresa de Pequeno Porte – Lei Complementar n. 123/2006 –, julgue os itens a seguir.

I – A empresa individual de responsabilidade limitada não pode ser enquadrada

como microempresa para efeito de adesão ao SIMPLES Nacional.

II – Para o enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno porte,

a sociedade empresária deve, em cada ano-calendário, ter receita bruta in-

ferior a determinado montante legal, excluídas as vendas canceladas e os

descontos incondicionais eventualmente concedidos.

III – O recolhimento de tributo pelo regime especial unificado de arrecadação do

SIMPLES Nacional não exclui a incidência do ICMS devido nas operações su-

jeitas ao regime de substituição tributária.

Assinale a opção correta.

a) Apenas o item I está certo.

b) Estão certos apenas os itens I e II.

c) Estão certos apenas os itens I e III.

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d) Estão certos apenas os itens II e III.

e) Todos os itens estão certos.

Questão 76    (CESPE/ASSESSOR TÉCNICO JURÍDICO/TCE-RN/2015) Pessoa ju-

rídica que se dedica à atividade de compra de direitos creditórios resultantes de

vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring), ou que tenha

sócio domiciliado no exterior, não pode recolher impostos nem contribuições que

compõem o simples nacional, por força de expressa vedação legal.

Questão 77    (CESPE/JUIZ ESTADUAL/TJ-SC/2019) Para os efeitos da Lei Comple-

mentar n. 123/2006, observados os limites de receita bruta e os demais requisitos

legais, consideram-se como microempresas, além da sociedade empresária,

a) a sociedade por ações, as cooperativas de consumo e o empresário.

b) a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o

empresário.

c) a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e as coo-

perativas que não sejam de consumo.

d) a empresa individual de responsabilidade limitada, o empresário e as cooperati-

vas que não sejam de consumo.

e) a sociedade simples, a sociedade por ações e o empresário.

Questão 78    (CESPE/JUIZ ESTADUAL/TJ-PR/2019) De acordo com disposição do

Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, poderá ser

beneficiária de tratamento jurídico diferenciado a pessoa jurídica que

a) tiver filial no Brasil e sede no exterior.

b) tiver sido constituída sob a forma de cooperativa de consumo.

c) tiver sido constituída sob a forma de sociedade por ações.

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d) tiver derivado da cisão de empresas, ocorrida em até três anos-calendário

anteriores.

Questão 79    (CESPE/NOTÁRIO E REGISTRADOR/TJDFT/2019) O Estatuto Na-

cional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte – Lei Complementar n.

123/2006 – estabelece tratamento diferenciado e simplificado às microempresas

(ME) e às empresas de pequeno porte (EPP) com o objetivo de fomentar o pequeno

negócio como forma de geração de empregos e renda.

Em relação à simplificação das relações trabalhistas, as ME e EPP estão dispensa-

das, entre outras, da seguinte obrigação trabalhista:

a) proceder a anotações na carteira de trabalho e previdência social.

b) arquivar os documentos comprobatórios de cumprimento das obrigações traba-

lhistas e previdenciárias, enquanto tais obrigações não prescreverem.

c) comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego a concessão de férias coletivas.

d) apresentar a guia de recolhimento do fundo de garantia do tempo de serviço e

informações à previdência social.

e) apresentar a relação anual de informações sociais e do cadastro geral de empre-

gados e desempregados.

Questão 80    (CESPE/PROCURADOR/PGE-PE/2018) Desde 2016, Lia é microem-

preendedora individual no ramo de venda de calçados nacionais e opta pelo recolhi-

mento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores

fixos mensais. Em 2017, ela auferiu renda bruta anual de R$ 80.500 e estima, para

2018, o crescimento dessa renda em mais de R$ 1.000 em relação ao ano anterior.

Neste ano, ela pretende expandir seu comércio com a abertura de mais um pon-

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to de venda e participar, como sócia, em empresa de sua irmã, cuja atividade é a

venda a varejo de roupas.

Nessa situação hipotética, à luz da Lei Complementar n. 123/2006, Lia será desen-

quadrada do atual regime de recolhimento caso

I – sua renda bruta aumente conforme o esperado em 2018;

II – se torne sócia da empresa de sua irmã;

III – abra o novo estabelecimento.

Assinale a opção correta.

a) Apenas o item I está certo.

b) Apenas o item II está certo.

c) Apenas os itens I e III estão certos.

d) Apenas os itens II e III estão certos.

e) Todos os itens estão certos.

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GABARITO
1. c 25. e 49. e

2. c 26. a 50. c

3. c 27. a 51. e

4. c 28. a 52. c

5. e 29. b 53. c

6. a 30. a 54. a

7. e 31. d 55. a

8. b 32. b 56. e

9. b 33. e 57. c

10. a 34. d 58. b

11. e 35. a 59. c

12. b 36. e 60. e

13. c 37. b 61. a

14. a 38. d 62. c

15. e 39. b 63. a

16. e 40. a 64. a

17. c 41. a 65. b

18. e 42. d 66. c

19. c 43. d 67. a

20. d 44. c 68. c

21. d 45. a 69. C

22. c 46. a 70. d

23. e 47. b 71. E

24. b 48. d 72. c

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73. a

74. c

75. d

76. C

77. b

78. b

79. c

80. e

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GABARITO COMENTADO
Questão 1    (FCC/SEFAZ-BA/AUDITOR FISCAL/2019) Sobre as garantias e privilé-

gios do crédito tributário, o Código Tributário Nacional dispõe:

a) Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bem, ou seu começo, por

sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário ainda

não inscrito na Dívida Ativa, mas constituído pela autoridade competente, através

de lançamento tributário.

b) Para garantir o pagamento do crédito tributário, o juiz determinará a indisponi-

bilidade de todos os bens e direitos do devedor, mesmo quando o devedor apresen-

tar ao respectivo Juízo, no prazo legal, bens à penhora.

c) O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o

tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do

trabalho ou do acidente de trabalho.

d) A cobrança judicial do crédito tributário está sujeita a concurso de credores ou

habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento.

e) No caso de decretação de falência do devedor, o pagamento de crédito tribu-

tário será realizado na seguinte ordem: em primeiro lugar, pagam-se os créditos

da União; em segundo lugar, os créditos dos Municípios, conjuntamente e pró

rata; e, em último lugar, os créditos dos Estados e Distrito Federal, conjuntamen-

te e pró rata.

Letra c.

a) Errada. Conforme aprendido, presume-se fraudulenta a alienação/oneração de

bens/rendas após a constituição do crédito tributário, através de lançamento, e da

sua regular inscrição em dívida ativa:

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Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu


começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributá-
rio regularmente inscrito como dívida ativa. (Redação dada pela Lcp n. 118, de 2005)

b) Errada. Nos termos do art. 185-A, CTN, quando devedor apresentar bens à

penhora, no prazo legal, o juiz não determinará a indisponibilidade de seus bens

e rendas:

Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar


nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens
penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos,
comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades
que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao registro público de
imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais,
a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial. (Incluído
pela Lcp n. 118, de 2005)

c) Certa. Como visto em aula, e nos termos do art. 186, CTN, o crédito tributário

só não prefere aos créditos trabalhistas e aos créditos decorrentes de acidente

de trabalho:

Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o
tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do traba-
lho ou do acidente de trabalho. (Redação dada pela Lcp n. 118, de 2005)

d) Errada, pois o art. 187, CTN destaca que:

Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de


credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inven-
tário ou arrolamento. (Redação dada pela Lcp n. 118, de 2005)

e) Errada. Primeiramente, atente-se que o pagamento na seguinte ordem é deter-

minado diante da cobrança judicial de créditos tributários, o que não se identifica

no caso de decretação de falência. Outro erro da questão refere-se à ordem a ser

imputada. Nos termos do art. 187, par. único, CTN, nos casos de cobrança judicial

do crédito tributário há concurso de preferência, na seguinte ordem:

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Cobrança judicial de créditos tributários


Concurso de preferência entre as PJs de Direito Público

1º UNIÃO
2º ESTADOS, DF e TERRITÓRIOS (conjuntamente e pró rata)
3º MUNICÍPIOS (conjuntamente e pró rata)

Questão 2    (FCC/SEFAZ-SC/AUDITOR FISCAL/2018) Sobre as garantias e privilé-

gios do crédito tributário, o Código Tributário Nacional (CNT) dispõe que

a) o crédito tributário tem preferência sobre os créditos extraconcursais, concur-

sais e as importâncias passíveis de restituição, inclusive no caso de garantia real

desses créditos na hipótese de falência do devedor.

b) o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o

tempo de sua constituição, em decorrência da primazia do interesse público sobre

o privado.

c) a cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou

habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento.

d) a cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores na

seguinte ordem: União; e em seguida, Estados, Distrito Federal e Municípios con-

juntamente e pró rata.

e) os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do pro-

cesso de falência são sujeitos a concurso de credores e concursais.

Letra c.

a, b) Erradas. O Crédito tributário prefere a qualquer outro, exceto quanto aos cré-

ditos trabalhistas e aos decorrentes de acidente de trabalho (art. 186, caput, CTN).

c) Certa. Exatamente nos termos do ao art. 187, caput, CTN:

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Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de


credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inven-
tário ou arrolamento. (Redação dada pela Lcp n. 118, de 2005)

d) Errada. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de

credores. No entanto, verifica-se o concurso de preferência entre os entes políticos,

na seguinte ordem:

Cobrança judicial de créditos tributários


Concurso de preferência entre as PJs de Direito Público

1º UNIÃO
2º ESTADOS, DF e TERRITÓRIOS (conjuntamente e pró rata)
3º MUNICÍPIOS (conjuntamente e pró rata)

e) Errada. Os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no

curso do processo de falência são chamados de créditos extraconcursais, conforme

art. 188, CTN.

Ademais, a Lei de Falências (Lei n. 11.101/2005) destaca que os créditos extra-

concursais devem ser pagos com precedência aos casos em que há concurso de

credores, relativamente aos créditos concursais.

Questão 3    (FCC/PGE-AP/PROCURADOR DO ESTADO/2018) Relativamente às

“Garantias e Privilégios do Crédito Tributário”, o Código Tributário Nacional estabe-

lece algumas regras de preferência, inclusive para o caso de empresas em processo

falimentar. De acordo com este Código,

a) são extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocor-

ridos até o 60º dia que antecedeu o início do processo de falência, e no curso de

processo de recuperação judicial.

b) os créditos extraconcursais não poderão ser pagos, no curso de processo de fa-

lência da empresa, com recursos oriundos da sua alienação judicial.

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c) são extraconcursais os créditos tributários referentes a impostos cujos fatos ge-

radores tiverem ocorrido no curso do processo de falência.

d) somente os créditos extraconcursais poderão ser pagos, no curso de processo

de falência da empresa, com recursos oriundos da sua alienação judicial.

e) são extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocor-

ridos até o 30º dia que antecedeu o início do processo de falência.

Letra c.

OS créditos extraconcursais, sob a ótica do Direito Tributário, segundo o art. 188,

CTN, são os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso

do processo de falência.

Questão 4    (FCC/AL-MS/CONSULTOR DE PROCESSO LEGISLATIVO/2016) So-

bre as garantias e privilégios do crédito tributário, o Código Tributário Nacional

dispõe que

a) o concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito

público, na seguinte ordem: Municípios, Estados, Distrito Federal e União.

b) a natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário altera a natureza deste

e da obrigação tributária a que corresponda

c) são extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocor-

ridos no curso do processo de falência.

d) o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o

tempo de sua constituição, sem exceção.

e) se presume fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu

começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, a partir do mo-

mento em que o crédito tributário foi formalizado por lançamento tributário.

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Letra c.

a) Errada. Verifica-se o concurso de preferência entre os entes políticos, nos casos

de cobrança judicial do crédito tributário, na seguinte ordem (art. 187, par. úni-

co, CTN):

Cobrança judicial de créditos tributários


Concurso de preferência entre as PJs de Direito Público

1º UNIÃO
2º ESTADOS, DF e TERRITÓRIOS (conjuntamente e pró rata)
3º MUNICÍPIOS (conjuntamente e pró rata)

b) Errada, em razão da previsão do art. 183, par. único, CTN:

Parágrafo único. A natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário não


altera a natureza deste nem a da obrigação tributária a que corresponda.

c) Certa. Exatamente nos termos do art. 188, CTN:

Art. 188. São extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores


ocorridos no curso do processo de falência. (Redação dada pela Lcp n. 118, de 2005)

d) Errada. Como visto, o crédito tributário não prefere aos créditos trabalhistas e

aos créditos decorrentes do acidente do trabalho, segundo de art. 186, caput, CTN.

e) Errada. Se presume fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou

seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, a partir do

momento em que o crédito tributário foi formalizado por lançamento tributário for

regularmente inscrito como dívida ativa, nos termos do art. 185, caput, CTN.

Sobre o assunto, expusemos na aula, que embora o legislador não tenha destaca-

do, conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça, considera-se para fins

de aplicação do referido dispositivo que o sujeito passivo tenha sido formalmente

comunicado quanto à inscrição em dívida ativa.

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Questão 5    (FCC/TCM-RJ/PROCURADOR DA PROCURADORIA ESPECIAL/2015)

Sobre as garantias e privilégios do crédito tributário, considere:

I – Existe presunção iure et iure de fraude à execução a alienação de bens após

a citação do devedor no processo de execução fiscal.

II – A penhora de bem imóvel em sede de execução fiscal por débito tributário

federal gera a indisponibilidade deste bem imóvel.

III – O crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais, mas se decor-

rente de fato gerador ocorrido no curso do processo de falência são conside-

rados extraconcursais.

IV – As multas tributárias não gozam da mesma preferência do crédito decorrente

do tributo, ficando em último lugar, após os créditos quirografários.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) II e II.

b) III e IV.

c) I, II e III.

d) I, III e IV.

e) II, III e IV.

Letra e.

Item I) Errado. Existe presunção iure et iure de fraude à execução a alienação de

bens após a citação do devedor a regular inscrição do crédito tributário em

dívida ativa, no processo de execução fiscal, conforme art. 185, caput, CTN.

Quanto à afirmação que a “presunção” prevista no dispositivo antes mencionado

é absoluta (jure et de jure), esta decorre de posicionamento jurisprudencial. Veja:

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PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART.


543-C, DO CPC. DIREITO TRIBUTÁRIO. EMBARGOS DE TERCEIRO. FRAUDE À EXECU-
ÇÃO FISCAL. ALIENAÇÃO DE BEM POSTERIOR À CITAÇÃO DO DEVEDOR. INEXISTÊNCIA
DE REGISTRO NO DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO – DETRAN. INEFICÁCIA DO NEGÓCIO
JURÍDICO. INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA. ART. 185 DO CTN, COM A REDAÇÃO DADA
PELA LC n. 118/2005. SÚMULA 375/STJ. INAPLICABILIDADE.
1. A lei especial prevalece sobre a lei geral (lex specialis derrogat lex generalis), por isso
que a Súmula n. 375 do Egrégio STJ não se aplica às execuções fiscais.
2. O art. 185, do Código Tributário Nacional – CTN, assentando a presunção de fraude à
execução, na sua redação primitiva, dispunha que:
Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu
começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública por crédito tributário
regularmente inscrito como dívida ativa em fase de execução. Parágrafo único. O dis-
posto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados pelo devedor bens
ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida em fase de execução.
3. A Lei Complementar n. 118, de 9 de fevereiro de 2005, alterou o art. 185, do CTN,
que passou a ostentar o seguinte teor:
Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu
começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributá-
rio regularmente inscrito como dívida ativa. Parágrafo único. O disposto neste artigo não
se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes
ao total pagamento da dívida inscrita.
4. Consectariamente, a alienação efetivada antes da entrada em vigor da LC n. 118/2005
(09.06.2005) presumia-se em fraude à execução se o negócio jurídico sucedesse a cita-
ção válida do devedor; posteriormente à 09.06.2005, consideram-se fraudulentas as alie-
nações efetuadas pelo devedor fiscal após a inscrição do crédito tributário na dívida ativa.
5. A diferença de tratamento entre a fraude civil e a fraude fiscal justifica-se pelo fato
de que, na primeira hipótese, afronta-se interesse privado, ao passo que, na segunda,
interesse público, porquanto o recolhimento dos tributos serve à satisfação das neces-
sidades coletivas.
6. É que, consoante a doutrina do tema, a fraude de execução, diversamente da fraude
contra credores, opera-se in re ipsa, vale dizer, tem caráter absoluto, objetivo, dispen-
sando o concilium fraudis. (FUX, Luiz. O novo processo de execução: o cumprimento
da sentença e a execução extrajudicial. 1. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2008, p. 95-96
/ DINAMARCO, Cândido Rangel. Execução civil. 7. ed. São Paulo: Malheiros, 2000, p.
278-282 / MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 22. ed. São Paulo:
Malheiros, 2003, p. 210-211 / AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 11. ed. São
Paulo: Saraiva, 2005. p. 472-473 / BALEEIRO, Aliomar. Direito Tributário Brasileiro. 10.
ed. Rio de Janeiro: Forense, 1996, p. 604).
7. A jurisprudência hodierna da Corte preconiza referido entendimento con-
soante se colhe abaixo: “O acórdão embargado, considerando que não é pos-
sível aplicar a nova redação do art. 185 do CTN (LC n. 118/2005) à hipótese

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em apreço (tempus regit actum), respaldou-se na interpretação da redação


original desse dispositivo legal adotada pela jurisprudência do STJ”. (EDcl no
AgRg no Ag 1.019.882/PR, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Turma, julgado
em 06/10/2009, DJe 14/10/2009) “Ressalva do ponto de vista do relator que tem a se-
guinte compreensão sobre o tema: […] b) Na redação atual do art. 185 do CTN, exi-
ge-se apenas a inscrição em dívida ativa prévia à alienação para caracterizar a
presunção relativa de fraude à execução em que incorrem o alienante e o ad-
quirente (regra aplicável às alienações ocorridas após 9.6.2005);”. (REsp 726.323/SP,
Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 04/08/2009, DJe
17/08/2009) “Ocorrida a alienação do bem antes da citação do devedor, incabí-
vel falar em fraude à execução no regime anterior à nova redação do art. 185
do CTN pela LC 118/2005”. (AgRg no Ag 1.048.510/SP, Rel. Ministra Eliana Calmon,
Segunda Turma, julgado em 19/08/2008, DJe 06/10/2008) “A jurisprudência do STJ,
interpretando o art. 185 do CTN, até o advento da LC 118/2005, pacificou-se,
por entendimento da Primeira Seção (EREsp 40.224/SP), no sentido de só ser
possível presumir-se em fraude à execução a alienação de bem de devedor já
citado em execução fiscal”. (REsp 810.489/RS, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda
Turma, julgado em 23/06/2009, DJe 06/08/2009)
8. A inaplicação do art. 185 do CTN implica violação da Cláusula de Reserva
de Plenário e enseja reclamação por infringência da Súmula Vinculante n. 10,
verbis: “Viola a cláusula de reserva de plenário (cf, art. 97) a decisão de órgão
fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitu-
cionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no
todo ou em parte.”
9. Conclusivamente:
(a) a natureza jurídica tributária do crédito conduz a que a simples alienação ou one-
ração de bens ou rendas, ou seu começo, pelo sujeito passivo por quantia inscrita em
dívida ativa, sem a reserva de meios para quitação do débito, gera presunção absoluta
(jure et de jure) de fraude à execução (lei especial que se sobrepõe ao regime do direito
processual civil);
(b) a alienação engendrada até 08.06.2005 exige que tenha havido prévia ci-
tação no processo judicial para caracterizar a fraude de execução; se o ato
translativo foi praticado a partir de 09.06.2005, data de início da vigência da
Lei Complementar n. 118/2005, basta a efetivação da inscrição em dívida ativa
para a configuração da figura da fraude;
(c) a fraude de execução prevista no art. 185 do CTN encerra presunção
jure et de jure, conquanto componente do elenco das “garantias do crédito
tributário”;
(d) a inaplicação do art. 185 do CTN, dispositivo que não condiciona a ocorrên-
cia de fraude a qualquer registro público, importa violação da Cláusula Reserva
de Plenário e afronta à Súmula Vinculante n. 10, do STF.

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10. In casu, o negócio jurídico em tela aperfeiçoou-se em 27.10.2005, data


posterior à entrada em vigor da LC 118/2005, sendo certo que a inscrição em
dívida ativa deu-se anteriormente à revenda do veículo ao recorrido, porquan-
to, consoante dessume-se dos autos, a citação foi efetuada em data anterior à
alienação, restando inequívoca a prova dos autos quanto à ocorrência de frau-
de à execução fiscal.
11. Recurso especial conhecido e provido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C
do CPC e da Resolução STJ n. 08/2008.
(REsp 1141990/PR, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 10/11/2010,
DJe 19/11/2010)

Item II) Certo. Tal previsão está em conformidade com o previsto na Lei n.

8.212/1991, art. 53, par. 1º Veja:

Art. 53. Na execução judicial da dívida ativa da União, suas autarquias e fundações
públicas, será facultado ao exequente indicar bens à penhora, a qual será efetivada
concomitantemente com a citação inicial do devedor.
§ 1º Os bens penhorados nos termos deste artigo ficam desde logo indisponíveis.

Embora a referida lei, via de regra, não seja cobrada em Direito Tributário, diante

do estudado nesta aula, quanto a garantias e privilégios do crédito tributário, com-

preende-se claramente que o contribuinte ao “entregar ao juízo” determinado bem

para assegurar o pagamento do seu débito tributário está tornando-o o indisponí-

vel, não podendo, portanto, dispor dele a seu bel prazer, até que seja declarada a

extinção do crédito tributário.

Item III) Certo. Como visto, os créditos extraconcursais devem ser quitados an-

tes dos créditos concursais, de modo que, quanto aos créditos tributários que são

decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência, estes

são considerados créditos extraconcursais (art. 186, par. único, I, c/c art. 188,

ambos do CTN).

Item IV) Certo. Conforme art. 186, par. único, III, CTN:

Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o
tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do traba-
lho ou do acidente de trabalho. (Redação dada pela Lcp n. 118, de 2005)

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Parágrafo único. Na falência: (Incluído pela Lcp n. 118, de 2005)


[…]
III – a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados. (Incluído pela Lcp n.
118, de 2005)

Questão 6    (FCC/TJ-PE/JUIZ SUBSTITUTO/2015) A respeito das Garantias e Pri-

vilégios do Crédito Tributário, é correto afirmar:

a) São pagos preferencialmente a quaisquer outros os créditos tributários vencidos

ou vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de direito privado em liquidação judicial

ou voluntária, exigíveis no decurso da liquidação.

b) É vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de in-

formação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do su-

jeito passivo, como, por exemplo, o montante por ele devido inscrito em Dívida Ativa.

c) Enquanto não julgadas as Ações Diretas de Inconstitucionalidade que discutem a

possibilidade de quebra do sigilo bancário diretamente por autoridade administrati-

va, pode o Poder Executivo disciplinar os critérios segundo os quais as instituições fi-

nanceiras informarão à administração tributária as operações financeiras efetuadas

pelos usuários de seus serviços, inclusive dispondo sobre a necessidade de inserção

de elementos que permitam identificar a origem e a natureza dos gastos realizados.

d) A presunção de dissolução irregular que permite o redirecionamento da cobrança

do crédito tributário decorre, por exemplo, do retorno sem cumprimento, por mudan-

ça de endereço, do Aviso de Recebimento regularmente encaminhado para o domicílio

fiscal constante dos cadastros da pessoa jurídica perante a administração tributária.

e) Há esgotamento das diligências para fins de aplicação da indisponibilidade pre-

vista no art. 185-A do Código Tributário Nacional quando comprovado nos autos o

acionamento do Bacen Jud, a expedição de ofícios a todos os registros públicos e

ao DENATRAN ou DETRAN.

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Letra a.

a) Certa. Nos termos do art. 190, CTN:

Art. 190. São pagos preferencialmente a quaisquer outros os créditos tributários venci-
dos ou vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de direito privado em liquidação judicial
ou voluntária, exigíveis no decurso da liquidação.

b) Errada. A primeira parte da alternativa está em conformidade com o

art. 198, CTN:

Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por
parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofí-
cio sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre
a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. (Redação dada pela Lcp n. 104,
de 2001)

Já no que se refere à segunda parte, quanto ao exemplo de que a inscrição em dívi-

da ativa não pode ser divulgada, esta não merece prosperar, já que o par. 3º, II, do

art. 198, CTN, destaca que não é proibida a divulgação das informações relativas a

inscrições na Dívida Ativa:

§ 3º Não é vedada a divulgação de informações relativas a: (Incluído pela Lcp n. 104,


de 2001)
[…]
II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública. (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)

Letra c) Errada. A lei que responde a questão não é objeto da sua prova, mas a

título de conhecimento, saiba que o final da alternativa está errada, pois diferente-

mente do afirmado na parte final, “é vedada a inserção de qualquer elemento que

permita identificar a sua origem ou a natureza dos gastos a partir deles efetuados”,

conforme se depreende do art. 5º, par. 2º, da LC n. 105/2001.

Art. 5º O Poder Executivo disciplinará, inclusive quanto à periodicidade e aos limites


de valor, os critérios segundo os quais as instituições financeiras informarão à adminis-
tração tributária da União, as operações financeiras efetuadas pelos usuários de seus
serviços. (Regulamento)
[…]

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§ 2º As informações transferidas na forma do caput deste artigo restringir-se-ão a in-


formes relacionados com a identificação dos titulares das operações e os montantes
globais mensalmente movimentados, vedada a inserção de qualquer elemento que
permita identificar a sua origem ou a natureza dos gastos a partir deles efe-
tuados.

Letra d) Errada. O posicionamento do Superior Tribunal de Justiça é de que “a

mera devolução de aviso de recebimento sem cumprimento não basta à caracteri-

zação de dissolução irregular” (REsp 1.364.557 – SE).

Letra e) Errada. Segundo posicionamento do Superior Tribunal de Justiça, em sede

de Recurso Repetitivo, “há esgotamento das diligências para fins de aplicação da

indisponibilidade prevista no art. 185-A do Código Tributário Nacional quando com-

provado nos autos o acionamento do Bacen Jud, a expedição de ofícios a todos os

registros públicos e ao DENATRAN ou DETRAN”. Assim, o examinador nessa alter-

nativa exagerou a afirmação ao dizer que para que seja determinada a indisponi-

bilidade de bens/rendas para satisfação do crédito tributário é preciso comprovar o

acionamento do BACEN JUD e a expedição de ofícios a todos os registros Públicos,

ao DENATRAN ou ao DETRAN, pois não é preciso que seja enviado ofício a todos

esses órgãos existentes no Brasil, e sim somente àqueles relativos ao domicílio do

executado. Além disso, é preciso que seja constatada (i) a citação do devedor tri-

butário; e (ii) a inexistência de pagamento ou apresentação de bens à penhora no

prazo legal. Veja:

TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C


DO CPC E RESOLUÇÃO STJ N. 8/2008. EXECUÇÃO FISCAL. ART. 185-A DO CTN. INDIS-
PONIBILIDADE DE BENS E DIREITOS DO DEVEDOR. ANÁLISE RAZOÁVEL DO ESGOTA-
MENTO DE DILIGÊNCIAS PARA LOCALIZAÇÃO DE BENS DO DEVEDOR. NECESSIDADE.
1. Para efeitos de aplicação do disposto no art. 543-C do CPC, e levando em conside-
ração o entendimento consolidado por esta Corte Superior de Justiça, firma-se
compreensão no sentido de que a indisponibilidade de bens e direitos autorizada
pelo art. 185-A do CTN depende da observância dos seguintes requisitos:
(i) citação do devedor tributário;

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(ii) inexistência de pagamento ou apresentação de bens à penhora no prazo


legal; e
(iii) a não localização de bens penhoráveis após esgotamento das diligências realizadas
pela Fazenda, caracterizado quando houver nos autos (a) pedido de acionamento do
Bacen Jud e consequente determinação pelo magistrado e (b) a expedição de ofícios
aos registros públicos do domicílio do executado e ao Departamento Nacional
ou Estadual de Trânsito – DENATRAN ou DETRAN.
2. O bloqueio universal de bens e de direitos previsto no art. 185-A do CTN não se
confunde com a penhora de dinheiro aplicado em instituições financeiras, por meio do
Sistema BacenJud, disciplinada no art. 655-A do CPC.
3. As disposições do art. 185-A do CTN abrangerão todo e qualquer bem ou
direito do devedor, observado como limite o valor do crédito tributário, e de-
penderão do preenchimento dos seguintes requisitos:
(i) citação do executado;
(ii) inexistência de pagamento ou de oferecimento de bens à penhora no prazo
legal; e, por fim,
(iii) não forem encontrados bens penhoráveis.
4. A aplicação da referida prerrogativa da Fazenda Pública pressupõe a comprovação de
que, em relação ao último requisito, houve o esgotamento das diligências para localiza-
ção de bens do devedor.
5. Resta saber, apenas, se as diligências realizadas pela exequente e infrutíferas para
o que se destinavam podem ser consideradas suficientes a permitir que se afirme, com
segurança, que não foram encontrados bens penhoráveis, e, por consequência, deter-
minar a indisponibilidade de bens.
6. O deslinde de controvérsias idênticas à dos autos exige do magistrado ponderação a
respeito das diligências levadas a efeito pelo exequente, para saber se elas correspon-
dem, razoavelmente, a todas aquelas que poderiam ser realizadas antes da constrição
consistente na indisponibilidade de bens.
7. A análise razoável dos instrumentos que se encontram à disposição da Fazen-
da permite concluir que houve o esgotamento das diligências quando demons-
tradas as seguintes medidas: (i) acionamento do Bacen Jud; e (ii) expedição
de ofícios aos registros públicos do domicílio do executado e ao Departamento
Nacional ou Estadual de Trânsito – DENATRAN ou DETRAN.
8. No caso concreto, o Tribunal de origem não apreciou a demanda à luz da tese repe-
titiva, exigindo-se, portanto, o retorno dos autos à origem para, diante dos fatos que
lhe forem demonstrados, aplicar a orientação jurisprudencial que este Tribunal Superior
adota neste recurso.
9. Recurso especial a que se dá provimento para anular o acórdão impugnado, no sen-
tido de que outro seja proferido em seu lugar, observando as orientações delineadas na
presente decisão. (REsp 1.377.507, DJe 02.12.2014).

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Questão 7    (FCC/TCE-GO/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2014) Considere

as afirmações abaixo.

I – O juiz só pode decretar a indisponibilidade de bens e direitos do devedor tri-

butário se o mesmo tiver um débito superior a dois milhões de reais.

II – A indisponibilidade é absoluta e recai sobre todos os bens imóveis do devedor

tributário, ainda que o valor do patrimônio supere o valor da dívida tributária.

III – Não há de se falar em alienação em fraude à execução se o sujeito passivo

em débito com a Fazenda Pública tiver reservado bens ou rendas suficientes

ao pagamento total da dívida tributária.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.

b) II e III.

c) I.

d) II.

e) III.

Letra e.

Item I) Errado. A lei não previu o referido limite. Conforme se depreende da análise

do art. 185-A, par. 1º, CTN, a indisponibilidade se limita ao valor do crédito tribu-

tário exigível:

Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem
apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis,
o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão,
preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros
de transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades
supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de
suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial. (Incluído pela Lcp n. 118, de 2005)

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§ 1º A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar-se-á ao valor


total exigível, devendo o juiz determinar o imediato levantamento da indisponibilidade
dos bens ou valores que excederem esse limite. (Incluído pela Lcp n. 118, de 2005)

Item II) Errado. A indisponibilidade de bens e valores tidos como garantia do cré-

dito tributário se limita ao valor deste, de modo que, em relação ao que exceder,

o juiz deve determinar imediatamente o seu levantamento da indisponibilidade,

conforme se depreende da análise da segunda parte do art. 185-A, par. 1º, su-

pratranscrito.

Item III) Verdadeiro, nos termos do art. 185, par. único do CTN:

Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas,


ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por
crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. (Redação dada pela
Lcp n. 118, de 2005)
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido
reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da
dívida inscrita. (Redação dada pela Lcp n. 118, de 2005)

Questão 8    (FCC/SEFAZ-PE/AUDITOR FISCAL/2014) De acordo com o CTN,

a) a extinção das obrigações do falido prescinde da prova de quitação de todos

os tributos.

b) nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação será proferida sem

prova da quitação de todos os tributos relativos aos bens do espólio, ou às suas rendas.

c) na falência, o crédito tributário prefere aos créditos extraconcursais ou às impor-

tâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, mas não aos créditos

com garantia real, no limite do valor do bem gravado.

d) a responsabilidade tributária do sucessor abrange os tributos devidos pelo su-

cedido cujos fatos geradores tenham ocorrido até o dia da sucessão, mas não as

multas moratórias ou punitivas.

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e) os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos até o início do

processo de falência são extraconcursais.

Letra b.

a) Errada, pois contraria a previsão do art. 191, CTN:

Art. 191. A extinção das obrigações do falido requer prova de quitação de todos
os tributos. (Redação dada pela Lcp n. 118, de 2005)

b) Certa. Conforme art. 192 do CTN:

Art. 192. Nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação será


proferida sem prova da quitação de todos os tributos relativos aos bens do es-
pólio, ou às suas rendas.

c) Errada. Na falência, nos termos do art. 186, par. único, I, CTN, “o crédito tri-

butário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passí-

veis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia

real, no limite do valor do bem gravado”.

d) Errada. Como visto em nosso curso, especificamente na aula que trata sobre a

responsabilidade tributária, o posicionamento do Superior Tribunal de Justiça quan-

to à responsabilidade da sucessora é de que esta é responsável tanto pelos tributos

devidos pelo sucedido como pelas multas (moratórias ou punitivas) que forem apli-

cadas antes da sucessão (REsp 722.216-SC).

e) Errada, tendo em vista que os créditos tributários decorrentes de fatos gera-

dores ocorridos APÓS o início do processo de falência é que são extraconcursais

(art. 188, CTN).

Questão 9    (FCC/SABESP/ADVOGADO/2014) Na falência, o crédito tributário.

a) decorrente de impostos prefere o pagamento daqueles decorrentes de taxas e

contribuições de melhoria, devidos pelo mesmo sujeito passivo, caso seja necessá-

ria a imputação de pagamento.

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b) não se sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, mas admite

concurso de preferência entre as pessoas jurídicas de direito público, na seguinte

ordem: União; Estados e Distrito Federal, pro rata e Municípios, pro rata.

c) é considerado extraconcursal quando o fato gerador ocorreu antes do processo

de falência, hipótese em que prefere qualquer outro crédito, exceto os créditos de-

correntes da legislação do trabalho ou do acidente do trabalho.

d) prefere às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar,

bem assim aos créditos com garantia real.

e) prefere a qualquer outro, seja qual for a natureza ou o tempo da sua constitui-

ção, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente

do trabalho.

Letra b.

a) Errada. Não há nenhuma previsão no ordenamento jurídico brasileiro que trate

sobre essa preferência no processo falimentar. Ademais, a regra da imputação do

pagamento do crédito tributário realmente existe, conforme art. 163, CTN, mas tal

regra não se aplica quanto às garantias e privilégios do crédito tributário, inclusive

quanto a empresas em falência.

b) Certa. Nos termos do art. 187 CTN:

Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores
ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento.
(Redação dada pela Lcp n. 118, de 2005)
Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas
de direito público, na seguinte ordem:
I – União;
II – Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata;
III – Municípios, conjuntamente e pró rata.

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c) Errada, tendo em vista que é considerado crédito extraconcursal o crédito tribu-

tário decorrente de fato gerador que ocorrer após o início do processo de falência.

Ademais, no que se refere aos créditos concursais é que se diz que o crédito tribu-

tário prefere qualquer outro, exceto aqueles decorrentes da legislação do trabalho

ou do acidente do trabalho (art. 186, par. único, I, c/c 188, CTN).

d) Errada pois contraria o art. 186, par. único, I, CTN, que afirma que na falência

as importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, bem assim

aos créditos com garantia real, preferem ao crédito tributário:

Art. 186. Parágrafo único. Na falência: (Incluído pela Lcp n. 118, de 2005)
I – o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às impor-
tâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos crédi-
tos com garantia real, no limite do valor do bem gravado; (Incluído pela Lcp n. 118,
de 2005)

e) Errada, sendo esta previsão relativa aos créditos tributários inerentes a pessoas

que não estão em processo de falência (art. 186, caput, CTN).

Questão 10    (FCC/TJ-PE/JUIZ/2013) Sobre as garantias e privilégios do crédito

tributário, é correto afirmar que

a) a indisponibilidade de bens e direitos em execução fiscal é decretada de ofício

pelo juiz, desde que o devedor tenha sido devidamente citado e não tenha oferecido

bens para garantir a execução e não forem encontrados bens suficientes para tanto.

b) a indisponibilidade de bens e direitos do devedor decorre da decretação, de ofí-

cio pelo juiz, da fraude à execução, que se dá quando existe alienação de bens que

reduzam o devedor à insolvência após a citação válida, ainda que por edital.

c) a fraude à execução fiscal tem seu termo inicial a partir do despacho do juiz que

ordena a citação.

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d) o juiz não pode decretar fraude à execução fiscal se o devedor está em local

incerto e não sabido e foi citado por edital, caso seja constatada a alienação de

imóvel após a publicação do edital.

e) o juiz deve decretar a indisponibilidade de todos os bens e direitos do devedor

que se encontra em local incerto e não sabido e é citado por edital em sede de

execução fiscal.

Letra a.

Alternativa a”” certa, conforme art. 185-A, CTN:

Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar


nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens
penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos,
comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades
que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao registro público de
imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais,
a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial. (Incluído
pela Lcp n. 118, de 2005)

Assim, a indisponibilidade dos bens é decretada pelo juiz quando o devedor tri-

butário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora

no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis (alternativa b).

No que se refere à fraude à execução fiscal, esta se dá quando o sujeito passivo

em débito com o Fisco aliena/onera seus bens e rendas após a regular inscrição

em dívida ativa do crédito tributário devido. Ou seja, o termo inicial da fraude

à execução fiscal é a inscrição em dívida ativa (alternativa c), em atenção ao

art. 185, caput, CTN.

Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas,


ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por
crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. (Redação dada pela
Lcp n. 118, de 2005)

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Questão 11    (FCC/PGM/JOÃO PESSOA-PB/PROCURADOR MUNICIPAL/2012) So-

bre as preferências do crédito tributário, é INCORRETO afirmar que

a) não se sujeita a habilitação em inventário ou arrolamento.

b) prefere a qualquer outro, exceto os créditos decorrentes de legislação do traba-

lho ou do acidente do trabalho.

c) são pagos preferencialmente a quaisquer créditos habilitados em inventário ou

arrolamento ou a outros encargos do monte, exigíveis no decurso do processo de

inventário ou arrolamento.

d) admite concurso de preferência entre pessoas jurídicas de direito público credo-

ras de créditos tributários apresentados no processo de inventário ou arrolamento.

e) a existência de débitos tributários relativos aos bens do espólio ou às suas ren-

das não impede sentença homologatória de partilha ou adjudicação.

Letra e.

a, c) Certas, nos termos do 187, CTN:

Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de


credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou
arrolamento. (Redação dada pela Lcp n. 118, de 2005)

b) Certa, nos termos do 186, caput, CTN:

Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o
tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do traba-
lho ou do acidente de trabalho. (Redação dada pela Lcp n. 118, de 2005)

d) Certa, nos termos do art. 187, par. único, CTN:

Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas


de direito público, na seguinte ordem:
I – União;
II – Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata;
III – Municípios, conjuntamente e pró rata.

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e) Incorreta, já que o art. 192, CTN afirma que a partilha ou a adjudicação só po-

dem ser realizadas se não houver débitos tributários pendentes, relativos aos bens

do espólio ou às suas rendas. Veja:

Art. 192. Nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação será


proferida sem prova da quitação de todos os tributos relativos aos bens do espó-
lio, ou às suas rendas.

Questão 12    (FCC/TCE-AP/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2012) Sobre as

garantias e privilégios do crédito tributário é correto afirmar:

a) Os créditos tributários preferem os créditos trabalhistas e os créditos decorren-

tes de acidente do trabalho.

b) A alienação de bens que reduza o devedor à insolvência a partir da regular ins-

crição do crédito tributário em dívida ativa já caracteriza fraude à execução.

c) A cláusula de inalienabilidade, seja qual for a forma e a data de constituição,

é oponível ao Fisco, desde que registrada no Cartório de Registro de Imóveis.

d) A ordem de preferência dos créditos tributários é a mesma em caso de falência

ou fora de hipótese de falência.

e) A cobrança de créditos tributários é sujeita a concurso de credores e habilitação

em falência, recuperação judicial, inventário e arrolamento.

Letra b.

a) Errada, tendo em vista que o art. 186, CTN, destaca que “o crédito tributário

prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constitui-

ção, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente

de trabalho”.

Créditos – preferências
1º Créditos trabalhistas e decorrentes de acidente de trabalho

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2º Crédito tributário
3º Demais créditos

b
 ) Certa, tendo em vista que, conforme análise do art. 185, caput c/c do art. 185,

par. único, CTN, constata-se a fraude à execução diante da alienação/oneração de

bens/rendas por sujeito passivo com débito tributário já inscrito em dívida ativa, caso

ele não tenha reservado bens/rendas suficientes para pagamento da dívida inscrita.

Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu


começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributá-
rio regularmente inscrito como dívida ativa. (Redação dada pela Lcp n. 118, de 2005)
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reser-
vados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.
(Redação dada pela Lcp n. 118, de 2005)

c) Errada, já que o art. 184 do CTN destaca que “responde pelo pagamento do

crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou

natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os grava-

dos por ônus real ou cláusula de inalienabilidade”.

Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam
previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens
e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua
massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou im-
penhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados
unicamente os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis.

d) Errada, pois como vimos, o par. único do art. 186, CTN, destaca disposições

específicas quanto à falência.

Regra quando não se trata da falência (art. 186, caput, CTN):

Créditos – preferências
1º Créditos trabalhistas e decorrentes de acidente de trabalho
2º Crédito tributário
3º Demais créditos

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Regra na falência (art. 186, par. único, CTN):

Na falência
Preferência: Créditos extraconcursais
(neste grupo estão os créditos tributários decorrentes de fatos gerado-
res ocorridos durante o processo de falência).
Após: Créditos concursais:
1º os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 salá-
rios-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho;
2º créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado;
3º créditos tributários (não incluindo as multas tributárias);
Etc.

e) Errada. O art. 187, CTN prevê que:

Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de


credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inven-
tário ou arrolamento. (Redação dada pela Lcp n. 118, de 2005)

Questão 13    (VUNESP/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP/PROCU-

RADOR DO MUNICÍPIO/2019) De acordo com as disposições do Código Tributário

Nacional, no que se refere às preferências do crédito tributário na falência, assinale

a alternativa correta.

a) O crédito tributário prefere aos créditos com garantia real, no limite do bem gravado.

b) O crédito tributário prefere aos créditos extraconcursais.

c) A multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados.

d) São concursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos

durante o processo de falência.

e) O crédito tributário e a multa tributária são extraconcursais.

Letra c.

Créditos na falência
(art. 186, par. único, CTN c/c art. 83, Lei n. 11.101/2005)

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Preferência: Créditos extraconcursais


(neste grupo estão os créditos tributários decorrentes de
fatos geradores ocorridos durante o processo de falência).
Após: Créditos concursais:
1º os créditos derivados da legislação do trabalho, limita-
dos a 150 salários-mínimos por credor, e os decorrentes de
acidentes de trabalho;
2º créditos com garantia real até o limite do valor do bem
gravado;
3º créditos tributários (não incluindo as multas tributárias);
Etc.

Diante da análise do esquema acima, conclui-se que na falência:

a) os créditos com garantia real, no limite do bem gravado, preferem aos créditos

tributários;

b) os créditos extraconcursais preferem aos créditos tributários;

c) os créditos extraconcursais são os créditos decorrentes de obrigações contraídas

pelo devedor durante esse período (falência) -> quanto aos créditos tributários,

são extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorri-

dos no curso do processo de falência.

Quanto à afirmação de que as multas tributárias preferem apenas aos créditos su-

bordinados, esta está correta e em conformidade com o art. 186, par. único, III,

CTN, que dispõe “na falência, a multa tributária prefere apenas aos créditos subor-

dinados”, e com o art. 83, incisos VII e VIII da Lei de Falências (Lei n. 11.101/2005).

Questão 14    (VUNESP/PREFEITURA DE POÁ-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2019)

Em relação às garantias e privilégios dos créditos tributários, dispõe o Código Tri-

butário Nacional:

a) são pagos preferencialmente a quaisquer créditos habilitados em inventário ou

arrolamento, ou a outros encargos do monte, os créditos tributários vencidos ou

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vincendos, a cargo do de cujus ou de seu espólio, exigíveis no decurso do processo

de inventário ou arrolamento.

b) são concursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no

curso do processo de falência e, preferenciais os apurados antes de sua decretação.

c) presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu co-

meço, por sujeito passivo ou terceiro responsável em débito para com a Fazenda

Pública, por crédito tributário inscrito ou não como dívida ativa.

d) o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o

tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do

trabalho ou do acidente de trabalho, superiores a 100 (cem) salários-mínimos, e a

extinção das obrigações do falido requer prova de quitação ou do parcelamento de

todos os tributos.

e) na falência, o crédito tributário prefere aos créditos extraconcursais ou às im-

portâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, bem como aos

créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado, e a multa tributária

prefere apenas aos créditos com privilégio especial.

Letra a.

a) Certa. Nos termos do art. 189, CTN:

Art. 189. São pagos preferencialmente a quaisquer créditos habilitados em in-


ventário ou arrolamento, ou a outros encargos do monte, os créditos tributários
vencidos ou vincendos, a cargo do de cujus ou de seu espólio, exigíveis no de-
curso do processo de inventário ou arrolamento.

b) Errada. São extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos gera-

dores ocorridos no curso do processo de falência, conforme p art. 188, CTN.

c) Errada. Conforme art. 185, CTN, “presume-se fraudulenta a alienação ou

oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débi-

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to para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito

como dívida ativa”.

d) Errada. O art. 186 do CTN prevê que “crédito tributário prefere a qualquer

outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os

créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho”.

Quanto ao limite descrito em relação aos créditos trabalhistas, o CTN destacou

que este pode ser previsto em lei (art. 186, par. único, II, CTN)), de forma que o

art. 83, I, da Lei n. 11.101/2005 destaca que o seu limite não é de 100 salários

mínimos, e, sim, 150 salários mínios por credor

Já em relação à extinção das obrigações do falido, esta somente pode ocorrer dian-

te da prova de quitação de todos os tributos (art. 191, CTN)

e) Errada. Nos termos do art. 186, par. único do CTN, na falência, o crédito tri-

butário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de

restituição, nos termos da lei falimentar, bem como aos créditos com garantia real,

no limite do valor do bem gravado, e a multa tributária prefere apenas aos créditos

com privilégio especial subordinados.

Questão 15    (VUNESP/PREFEITURA DE GUARULHOS-SP/INSPETOR FISCAL/

INSPETOR FISCAL DE RENDAS/2019) A cobrança judicial do crédito tributário

a) tem as garantias previstas no Código Tributário Nacional de forma taxativa.

b) pode estender-se à totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou

natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou massa falida, excluídos apenas os gra-

vados com cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade.

c) pode acarretar a indisponibilidade da totalidade dos bens e rendas, de qualquer

origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou massa falida, inclusive os

de seus sucessores legais.

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d) do município, em regra, impede que o devedor celebre contrato ou participe de

processo de licitação com a União ou Estados e Distrito Federal, independentemente

de o crédito tributário referir-se à atividade em cujo exercício contrata ou concorre.

e) sujeita-se a concurso de preferência entre pessoas jurídicas de direito público,

sucessivamente, União, Estados e Distrito Federal, e Municípios, conjuntamente

e pró-rata.

Letra e.

a) Errada. Como visto em aula, e em razão de previsão do art. 183 do CTN, as ga-

rantias atribuídas aos créditos tributários previstas no CTN não são taxativas:

Art. 183. A enumeração das garantias atribuídas neste Capítulo ao crédito tributário
não exclui outras que sejam expressamente previstas em lei, em função da natureza ou
das características do tributo a que se refiram.

b) Errada. Os bens e rendas gravados com cláusula de inalienabilidade ou impe-

nhorabilidade também responderão pelo pagamento do crédito tributário:

Art. 184, CTN. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que
sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos
bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou
sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou
impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, exce-
tuados unicamente os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis.

c) Errada. A indisponibilidade dos bens/rendas limita-se ao valor do crédito tribu-

tário exigível:

Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem
apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis,
o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão,
preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros
de transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades
supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de
suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial. (Incluído pela Lcp n. 118, de 2005)

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§ 1º A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar-se-á ao valor


total exigível, devendo o juiz determinar o imediato levantamento da indispo-
nibilidade dos bens ou valores que excederem esse limite. (Incluído pela Lcp n.
118, de 2005)

d) Errada. No caso da questão, como a cobrança é do Município, a proibição é que

o devedor tributário celebre contrato somente com ele (Município), até que prove

que quitou os tributos a ele devidos, conforme previsão do art. 193, CTN:

Art. 193. Salvo quando expressamente autorizado por lei, nenhum departamento
da administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, ou dos Municí-
pios, ou sua autarquia, celebrará contrato ou aceitará proposta em concorrência
pública sem que o contratante ou proponente faça prova da quitação de todos
os tributos devidos à Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo
exercício contrata ou concorre.

e) Certa. Gabarito nos termos do art. 187, CTN:

Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores
ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento.
(Redação dada pela Lcp n. 118, de 2005)
Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas
de direito público, na seguinte ordem:
I – União;
II – Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata;
III – Municípios, conjuntamente e pró rata.

Questão 16    (VUNESP/CÂMARA DE MONTE ALTO-SP/2019) No que concerne às

preferências do crédito tributário, é correto afirmar que:

a) prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua consti-

tuição, ressalvados apenas os créditos decorrentes da legislação do trabalho.

b) na falência, o crédito tributário prefere aos créditos extraconcursais e aos crédi-

tos com garantia real, no limite do bem gravado.

c) na falência, a multa tributária prefere aos créditos com garantia e geral e aos

quirografários.

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d) são considerados concursais os créditos tributários decorrentes de fatos gerado-

res ocorridos no curso da falência.

e) são pagos preferencialmente a quaisquer outros os créditos tributários vencidos

ou vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de direito privado em liquidação judicial

ou voluntária, exigíveis no decurso da liquidação.

Letra e.

a) Errada. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza

ou o tempo de sua constituição, ressalvados apenas os créditos decorrentes da

legislação do trabalho ou do acidente de trabalho, conforme se depreende da

análise do art. 186, caput, CTN.

b) Errada. Na falência, o crédito tributário NÃO prefere aos créditos extraconcur-

sais e aos créditos com garantia real, no limite do bem gravado, segundo art. 186,

par. único, I, CTN.

c) Errada. Na falência, a multa tributária prefere apenas aos créditos com ga-

rantia e geral e aos quirografários subordinados, nos termos do art. 186, par.

único, III, CTN.

d) Errada. São considerados concursais extraconcursais os créditos tributários

decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso da falência (art. 188, CTN).

e) Certa, em atenção ao art. 190, CTN:

Art. 190. São pagos preferencialmente a quaisquer outros os créditos tributários venci-
dos ou vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de direito privado em liquidação judicial
ou voluntária, exigíveis no decurso da liquidação.

Questão 17    (VUNESP/TJ-AC/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2019) O crédito

tributário goza de privilégios e garantias especiais em razão da sua correlação com

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o financiamento do Estado e das políticas públicas a seu cargo. É correto afirmar

que, na falência,

a) a lei não poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditos

decorrentes da legislação do trabalho.

b) a multa tributária é subordinada a todos os demais créditos.

c) o crédito tributário não prefere aos créditos com garantia real, no limite do valor

do bem gravado.

d) o crédito tributário prefere aos créditos extraconcursais.

Letra c.

a) Errada. A lei pode estabelecer o referido limite na falência, conforme se de-

preende da análise do art. 186, par. único, I, CTN. Inclusive, a Lei n. 11.101/2005

já prevê o limite de 150 salários mínimos por credor, nos termos do seu art. 83.

Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o
tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do traba-
lho ou do acidente de trabalho. (Redação dada pela Lcp n. 118, de 2005)
Parágrafo único. Na falência: (Incluído pela Lcp n. 118, de 2005)
I – o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias pas-
síveis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia real,
no limite do valor do bem gravado; (Incluído pela Lcp n. 118, de 2005)
II – a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditos decor-
rentes da legislação do trabalho; e (Incluído pela Lcp n. 118, de 2005)
III – a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados. (Incluído pela Lcp n.
118, de 2005)

b) Errada. O art. 186, par. único, III, CTN destaca que as multas tributárias pre-

ferem aos créditos tributários.

c) Certa, nos termos do art. 186, par. único, I, CTN.

d) Errada. O crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais, nos ter-

mos do art. 186, par. único, CTN.

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Crédito Tributário – Parte III
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Questão 18    (VUNESP/PREFEITURA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO-SP/AGENTE

DE TESOURARIA/2018) O crédito tributário é privilegiado em relação à maior par-

te dos créditos. Isso ocorre em virtude do interesse público relacionado à cobrança

de tributos, a justificar a sua prioridade de recebimento. A esse respeito, é correto

afirmar, com base no Código Tributário Nacional (CTN), que

a) as garantias enumeradas no CTN excluem quaisquer outras, sendo previstas

numerus clausus.

b) se presume fraudulenta a alienação de bens por sujeito passivo em débito para

com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente lançado, ainda que não

inscrito em dívida ativa

c) o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o

tempo de sua constituição.

d) na falência, o crédito tributário prefere aos créditos extraconcursais.

e) a natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário não altera a natureza

deste nem a da obrigação tributária a que corresponda.

Letra e.

a) Errada, tendo em vista que o art. 183, CTN, prevê que “a enumeração das

garantias atribuídas neste Capítulo ao crédito tributário não exclui outras

que sejam expressamente previstas em lei, em função da natureza ou das

características do tributo a que se refiram”.

b) Errada. Se presume fraudulenta a alienação de bens por sujeito passivo em

débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito em

dívida ativa (art. 185, CTN).

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c) Errada. O art. 186, CTN faz a ressalva de que os créditos decorrentes

da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho preferem ao crédi-

to tributário.

d) Errada, tendo o art. 186, par. único, I, CTN, previsto que, na falência, “o crédito

tributário não prefere aos créditos extraconcursais”.

e) Certa. Nos termos do art. 183, par. único, CTN:

Parágrafo único. A natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário não altera a
natureza deste nem a da obrigação tributária a que corresponda.

Questão 19    (VUNESP/TJ-MT/JUIZ SUBSTITUTO/2018) O crédito tributário pos-

sui garantias e privilégios em relação aos demais créditos, em razão de estar liga-

do à capacidade do Estado de prover serviços públicos e cumprir as suas missões

constitucionais, em benefício de toda a sociedade. A respeito dessas garantias e

privilégios, é correto afirmar que

a) responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens do sujeito

passivo, exceto os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade.

b) o concurso de preferências se verifica entre pessoas jurídicas de direito público

com prioridade de pagamento dada aos Municípios, conjuntamente e pro rata, segui-

da dos Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pro rata, e da União.

c) a cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou

habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento.

d) a natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário altera a natureza deste

e a da obrigação tributária a que corresponda.

e) o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o

tempo de sua constituição.

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Letra c.

a) Errada. O art. 184, CTN, destaca que inclusive os bens gravados por ônus real

ou cláusula de inalienabilidade respondem pelo pagamento do crédito tributário:

Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam
previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens
e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua
massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou im-
penhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados
unicamente os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis.

b) Errada. Nesse caso a prioridade de preferência deve respeitar a ordem abaixo

(art. 187, par. único, CTN):

Cobrança judicial de créditos tributários


Concurso de preferência entre as PJs de Direito Público

1º UNIÃO
2º ESTADOS, DF e TERRITÓRIOS (conjuntamente e pró rata)
3º MUNICÍPIOS (conjuntamente e pró rata)

c) Certa, nos termos do art. 187, CTN:

Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores
ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento.
(Redação dada pela Lcp n. 118, de 2005)

d) Errada, pois o art. 183, par. único, CTN, prevê o contrário:

Parágrafo único. A natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário não


altera a natureza deste nem a da obrigação tributária a que corresponda.

e) Errada. O 186, CTN, faz a ressalva de que os créditos decorrentes da

legislação do trabalho ou do acidente de trabalho preferem ao crédito

tributário.

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Questão 20    (VUNESP/PREFEITURA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO-SP/PROCU-

RADOR/2018) Acerca das preferências do crédito tributário, é correto afirmar que,

na falência, as multas tributárias preferem aos créditos

a) com garantia real.

b) com privilégio especial.

c) com privilégio geral.

d) subordinados.

e) quirografários.

Letra d.

Gabarito nos termos do art. 186, par. único, III, CTN:

Parágrafo único. Na falência: (Incluído pela Lcp n. 118, de 2005)


[…]
III – a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados. (Incluído pela Lcp n.

118, de 2005)

Questão 21    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEGEP-MA/2016) Todas as pessoas jurídi-

cas de direito público podem editar normas relacionadas com os tributos de sua

competência. Não obstante isso, o CTN contém regras a respeito de fiscalização de

tributos. De acordo com o CTN,

a) a competência e os poderes das autoridades administrativas, em matéria de fis-

calização, será regulada, necessariamente, por lei, ordinária ou complementar, ou

por medida provisória, conforme o caso.

b) os livros fiscais e os documentos que comprovem os lançamentos efetuados

neles devem ser conservados até que ocorra a decadência dos créditos tributários

decorrentes das operações a que eles se referem.

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c) a legislação tributária que disciplina a atividade de fiscalização, de maneira geral

ou específica, aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas, desde que revistam a con-

dição de contribuintes, com exclusão daquelas que gozem de imunidade tributária

ou de isenção de caráter pessoal.

d) as disposições que excluem ou limitam o direito de a Fazenda Pública exa-

minar mercadorias, livros fiscais e documentos não têm aplicação, mesmo que

previstas em lei.

e) a legislação tributária que disciplina a atividade de fiscalização, de maneira geral

ou específica, aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas, inclusive as que gozem de

isenção de caráter pessoal, desde que revistam a condição de contribuintes, mas

excluídas as que gozem de imunidade tributária.

Letra d.

a) Errada. A competência e os poderes das autoridades administrativas em maté-

ria de fiscalização da sua aplicação serão regulados através de legislação tributária,

o que abarca, portanto, mais espécies legislativas do que as previstas na alterna-

tiva (art. 194, CTN).


b) Errada. Os livros fiscais e os documentos que comprovem os lançamentos efe-

tuados neles devem ser conservados até que ocorra a decadência prescrição dos
créditos tributários decorrentes das operações a que eles se referem (art.195, par.

único, CTN).

c, e) Erradas. As pessoas que não sejam contribuintes e as que gozem de imuni-

dade tributária ou de isenção de caráter pessoal também se sujeitam às normas de

fiscalização tributária, nos termos do art. 194, par. único, CTN:

Art. 194. A legislação tributária, observado o disposto nesta Lei, regulará, em caráter
geral, ou especificamente em função da natureza do tributo de que se tratar, a compe-

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tência e os poderes das autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua


aplicação.
Parágrafo único. A legislação a que se refere este artigo aplica-se às pessoas naturais
ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de
isenção de caráter pessoal.

d) Certa, nos termos do art. 195, CTN:

Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer dis-
posições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias,
livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes
industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.

Questão 22    (FCC/TÉCNICO DA RECEITA ESTADUAL/SEGEP-MA/2016) De acor-

do com o CTN, a obrigação acessória de prestar à autoridade administrativa as

informações de que disponham relativamente aos bens, negócios ou atividades de

terceiros tem como sujeito passivo, dentre outros,

a) as empresas de administração de bens, desde que o referido bem, sendo imóvel,

esteja localizado no território do sujeito ativo dessa obrigação.

b) os sacerdotes, exclusivamente em relação a crimes de sonegação fiscal, ou con-

tra a ordem tributária, cujos relatos tenham sido ouvidos em confissão.

c) qualquer pessoa que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, minis-

tério, atividade ou profissão.

d) os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, desde que o cartório de

notas esteja localizado no território do sujeito ativo dessa obrigação.

e) os síndicos de edifícios comerciais e residenciais e os comissários de bordo de

aeronaves que fazem voos apenas no território nacional.

Letra c.

Gabarito nos termos do art. 197, VII, CTN:

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Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade admi-
nistrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou
atividades de terceiros:
I – os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício;
II – os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições financeiras;
III – as empresas de administração de bens;
IV – os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;
V – os inventariantes;
VI – os síndicos, comissários e liquidatários;
VII – quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de
seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.

Questão 23    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF-4/2019) No que se refere à Admi-

nistração Tributária, o Código Tributário Nacional (CTN) prevê que:

a) a Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na

forma estabelecida em tratados, acordos ou convênios, poderá permutar informa-

ções com Estados estrangeiros, Organizações Internacionais e Agencias de avalia-

ção de risco, no interesse da arrecadação, da fiscalização de tributos e da melhoria

do ambiente econômico.

b) é vedada a divulgação, por parte dos servidores da Fazenda Pública, de informa-

ção obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito

passivo ou de terceiros, exceto ao que se refere ao estado de seus negócios ou ati-

vidades, e as dívidas existentes perante a Fazenda Pública, escritas ou a inscrever

na Dívida Pública.

c) mediante ordem judicial, emitida pelo Juiz de Vara Civil ou Criminal da respec-

tiva comarca, os bancos e demais instituições financeiras, são obrigados a prestar

todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou ativi-

dades de terceiros, sendo vedado prestar tais informações mediante solicitação ou

intimação escrita da autoridade administrativa tributária.

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d) os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos

lançamentos neles efetuados serão conservados, pelo Estado, em arquivo público,

até que ocorra a caducidade das informações, a suspensão da exigência ou a extin-

ção dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram.

e) para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições

legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arqui-

vos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes indus-

triais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.

Letra e.

a) Errada. Segundo o art. 199, par. único, CTN, a Fazenda Pública da União é que

poderá permutar informações com Estados estrangeiros, na forma estabelecida

em tratados, acordos ou convênios, no interesse da arrecadação e da fiscalização

de tributos.

b) Errada. O examinador tentou confundir você quanto ao conhecimento do que

realmente deve ser mantido sob sigiloso por parte do servidor público.

Nos termos do art. 198, caput, CTN, é vedada a divulgação, por parte dos servido-

res da Fazenda Pública, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação

econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros, exceto e sobre o estado

de seus negócios ou atividades.

Já quanto à afirmação de que os servidores podem divulgar as dívidas existentes

perante a Fazenda Pública, é importante atentar-se ao art. 198, par. 3º, CTN, que

autoriza a divulgação de informações somente que se refiram aos valores já inscri-

tos na Dívida Ativa da Fazenda Pública (não incluindo nessa autorização, portanto,

as dívidas a inscrever na Dívida Pública, como afirmado na alternativa).

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c) Errada. O art. 197, II, CTN, prevê que os bancos e demais instituições financeiras

devem prestar informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou

atividades de terceiros, quando a autoridade administrativa os intimar por escrito.

Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administra-
tiva todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou ativi-
dades de terceiros:
[…]
II – os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições financeiras.

d) Errada. Segundo o art. 195, par. único, CTN, os livros obrigatórios de escritu-

ração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão

conservados, pelo Estado, em arquivo público, até que ocorra a caducidade das

informações, a suspensão da exigência ou a extinção prescrição dos créditos tribu-

tários decorrentes das operações a que se refiram.

e) Certa, nos termos do art. 195, caput, CTN.

Questão 24    (FCC/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/PREFEITURA DE TERESINA-

-PI/2016) A respeito da inscrição da dívida ativa tributária, considere:

I – A dívida regularmente inscrita goza de absoluta presunção de certeza e liquidez.

II – A dívida regularmente inscrita tem o efeito de prova pré-constituída.

III – A inscrição da dívida ativa é o ato de constituição do crédito tributário.

Está correto o que consta APENAS em

a) I e II.

b) II.

c) I e III.

d) II e III.

e) I.

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Letra b.

Item I) Falso. A dívida regularmente inscrita goza de relativa presunção de certeza

e liquidez (art. 204, par. único, CTN).

Item II) Verdadeiro, nos termos do art. 204, caput, CTN:

Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem
o efeito de prova pré-constituída.

Item III) Falso. Como já estudado em nosso curso, o ato que constitui o crédito

tributário é o lançamento.

Questão 25    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEGEP-MA/2016) Relativamente à compro-

vação da quitação de tributos, o CTN determina que

a) ela seja feita mediante a expedição de declaração interna, emitida por repar-

tição fiscal, mediante requerimento da autoridade administrativa, com anuência

do interessado.

b) somente poderá ser feita por meio de certidão negativa.

c) essa prova poderá deixar de ser feita por meio de certidão negativa, mas não

poderá deixar de ser feita por outros meios, a critério da Administração Tributária.

d) essa comprovação, por meio de certidão negativa, deverá se restringir aos im-

postos e às contribuições em geral, pois, em relação às taxas, a comprovação será

feita no momento da utilização do serviço público oferecido.

e) a certidão que aponte apenas a existência de créditos tributários por vencer,

possa ser aceita como prova de quitação de tributos.

Letra e.

O art. 205 do CTN prevê que a prova de quitação de tributos pode ser feita median-

te expedição de certidão negativa.

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A referida comprovação, em regra, se dá através de certidão negativa. No entanto,

o art. 206 autoriza a expedição de certidão positiva de débitos com efeito

de negativa quando há créditos tributários (i) a vencer, (ii) que estejam em

curso de cobrança executiva em que haja penhora, ou (iii) estejam com a exigibi-

lidade suspensa:

Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando
exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessa-
do, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domi-
cílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido.
Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste
a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha
sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.

Questão 26    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-BA/2019) A respeito de dívida ativa e

certidão negativa, o Código Tributário Nacional prevê:

a) Independentemente de disposição legal permissiva, será dispensada a prova de

quitação de tributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de prática de ato indis-

pensável para evitar a caducidade de direito.

b) A certidão que constar a existência de créditos não vencidos, em curso de co-

brança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade es-

teja suspensa, não tem os mesmos efeitos de uma certidão negativa.

c) A omissão ou indicação errônea de algum requisito previsto em lei para lavra-

tura do termo de inscrição da dívida ativa será causa de nulidade da inscrição e do

processo de cobrança dela decorrente, não podendo tal nulidade ser sanada pela

Fazenda Pública, após a citação judicial do contribuinte executado.

d) Somente após a decisão judicial transitada em julgado, a dívida regularmente

inscrita gozará da presunção de certeza e liquidez e terá o efeito de prova pré-

-constituída.

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e) Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regu-

larmente inscrita na repartição administrativa competente, sendo que a fluência de

juros de mora exclui a liquidez do crédito tributário citado.

Letra a.

a) Certa, nos termos do art. 207, CTN:

Art. 207. Independentemente de disposição legal permissiva, será dispensa-


da a prova de quitação de tributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de
prática de ato indispensável para evitar a caducidade de direito, respondendo,
porém, todos os participantes no ato pelo tributo porventura devido, juros de mora e
penalidades cabíveis, exceto as relativas a infrações cuja responsabilidade seja pessoal
ao infrator.

b) Errada, tendo em vista que a referida certidão tem sim efeito de negativa, é a

chamada “certidão positiva com efeito de negativa” constante do art. 206, CTN:

Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste
a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha
sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.

c) Errada. Segundo o art. 203, CTN, é possível sanar o erro ou a omissão ine-

rente aos elementos do Termo de Inscrição em Dívida Ativa Tributária até

a decisão de primeira instância.

Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior, ou o erro a
eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decor-
rente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante
substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o
prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada.

d) Errada. Nos termos do art. 204, CTN, Somente após a decisão judicial transi-

tada em julgado, a dívida regularmente inscrita gozará da presunção de certeza e

liquidez e terá o efeito de prova pré-constituída.

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e) Errada. A afirmação de que a fluência de juros de mora exclui a liquidez do

crédito tributário está incorreta, tendo em vista que o art. 201, par. único, CTN,

dispõe que:

Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo,
a liquidez do crédito.

Questão 27    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEMEF-MANAUS-AM/2019) Determinado

Município constitui o crédito tributário relativo ao ITBI por meio de lançamento de

ofício. A Fazenda Pública desse Município, por meio de autoridade fiscal municipal,

constatou que certo contribuinte do ITBI, pessoa legalmente obrigada a prestar

declaração para fins de lançamento do imposto, fê-lo no prazo e na forma da legis-

lação tributária. Instado pela referida autoridade a prestar esclarecimentos a res-

peito das informações constantes da referida declaração, o contribuinte as prestou

de forma insatisfatória, no entender da citada autoridade fiscal. De acordo com o

Código Tributário Nacional, a referida autoridade fiscal

a) poderá efetuar o lançamento do referido tributo, de ofício.

b) deverá notificar o contribuinte a proceder ao lançamento por homologação, an-

tecipando o recolhimento do tributo, sem prévio exame da autoridade fiscalizadora.

c) poderá inscrever a obrigação tributária em dívida ativa municipal.

d) deverá promover a aplicação de penalidade cabível, ficando impedida, porém,

de efetuar qualquer lançamento de tributo, em razão da falta de informações satis-

fatórias a respeito da matéria tributável.

e) deverá encerrar os procedimentos de fiscalização e encaminhar o expediente à

Procuradoria Fiscal do Município, a fim de que tome as medidas judiciais cabíveis.

Letra a.

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Nos termos do art. 149, III, CTN, se o contribuinte não prestar informações solici-

tadas pela autoridade administrativa de forma satisfatória, esta poderá realizar o

lançamento de ofício do crédito tributário:

Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa


nos seguintes casos:
[…]
III – quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos ter-
mos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária,
a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a pres-
tá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade.

Questão 28    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-GO/2018) Relativamente à fiscaliza-

ção tributária, notadamente no que diz respeito aos impostos de competência das

diversas pessoas jurídicas de direito público interno, o Código Tributário Nacional

estabelece que às Fazendas Públicas é permitida a prestação de assistência mútua

a) entre todas elas, para a fiscalização dos tributos respectivos e para a permu-

ta de informações, na forma estabelecida por lei ou convênio, em caráter geral

ou específico.

b) apenas para a permuta de informações, desde que restrita ao âmbito dos Esta-

dos e do Distrito Federal, relativamente aos impostos de sua competência comum,

e ao âmbito dos Municípios e do Distrito Federal, relativamente aos impostos de

competência comum destes.

c) entre todas elas, para a permuta de informações e para a fiscalização de tribu-

tos, na forma estabelecida, por lei ou convênio, vedada a prestação de informações

pela Fazenda Pública da União, que, no entanto, poderá recebê-las das Fazendas

Públicas estaduais e municipais.

d) para a permuta de informações de caráter tributário, mas vedada para fiscaliza-

ção dos tributos respectivos, pois a fiscalização é atividade indelegável.

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e) apenas para a fiscalização de tributos respectivos, desde que restrita ao âmbito

dos Estados e do Distrito Federal, relativamente aos impostos de sua competência

comum, e ao âmbito dos Municípios, relativamente aos impostos de competência

comum destes.

Letra a.

Gabarito nos termos do art. 199, CTN:

Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni-
cípios prestar-se-ão mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos
e permuta de informações, na forma estabelecida, em caráter geral ou específico, por
lei ou convênio.

Questão 29    (FCC/PGE-AP /PROCURADOR/2018) Em uma situação hipotética,

a empresa Silva e Silva S/A, com estabelecimento único, localizado na cidade em

Macapá, deve ao Estado do Amapá R$ 1.000,00, a título de ICMS, R$ 100,00 a título

de multa sobre o ICMS não pago, e R$ 10,00 de juros de mora pelo não pagamento

deste imposto. Deve, ainda, ao mesmo Estado, R$ 2.000,00 por aluguéis não pagos,

R$ 250,00, a título de multa sobre os aluguéis não pagos, e R$ 30,00 de juros de

mora pelo não pagamento dos referidos aluguéis. De acordo com o que dispõe a Lei

federal n. 6.830/80, constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública, de natureza

a) tributária, aquela referente aos R$ 1.000,00 de ICMS e, não tributária, todas

as demais.

b) tributária, aquela referente aos R$ 1.000,00 devidos a título de ICMS, bem

como aos R$ 100,00 referentes à multa devida pelo não pagamento do ICMS.

c) não tributária, tanto a multa pelo não pagamento do ICMS, como a multa pelo

não pagamento dos aluguéis.

d) não tributária, aquela referente aos juros de mora incidentes sobre o ICMS não

pago e sobre os aluguéis igualmente não pagos.

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e) tributária, todas as verbas devidas pela empresa e mencionadas no enunciado,

exceto a relacionada com o ICMS, no valor de R$ 1.000,00.

Letra b.

A Lei n. 6.830/1980, em seu art. 2º, destaca que a Dívida Ativa da Fazenda Pública

é identificada como tributária ou não tributária nos termos da Lei n. 4.320/1964.

Segundo o art. 39, par. 2º, CTN:

§ 2º Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, pro-


veniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas,
e Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os
provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, mul-
ta de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, alugueis
ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabe-
lecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis
definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda
estrangeira, de subrogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em
geral ou de outras obrigações legais. (Incluído pelo Decreto Lei n. 1.735, de 1979)
[…]
§ 4º A receita da Dívida Ativa abrange os créditos mencionados nos parágrafos
anteriores, bem como os valores correspondentes à respectiva atualização monetá-
ria, à multa e juros de mora e ao encargo de que tratam o art. 1º do Decreto-lei n.
1.025, de 21 de outubro de 1969, e o art. 3º do Decreto-lei n. 1.645, de 11 de dezem-
bro de 1978. (Incluído pelo Decreto Lei n. 1.735, de 1979)

Nesse sentido, sendo considerados como Dívida Ativa Tributária os valores relati-

vos ao tributo, à sua atualização monetária, aos juros de mora e à multa, identi-

fica-se na questão como Dívida Ativa da Fazenda Pública, de natureza tributária:

R$ 1.000,00, a título de ICMS, R$ 100,00 a título de multa sobre o ICMS não pago,

e R$ 10,00 de juros de mora pelo não pagamento deste imposto. Quanto aos de-

mais valores, estes constituem Dívida Ativa Não Tributária.

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Questão 30    (FCC/AUDITOR FISCAL/PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA/2018) O Có-

digo Tributário Nacional estabelece que a legislação tributária, observada a discipli-

na nele estabelecida, regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da

natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades

administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação. De acordo com o cita-

do Código, a legislação tributária mencionada

a) aplica-se, inclusive em relação aos impostos sobre o patrimônio, às pessoas que

gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal.

b) não se aplica às pessoas naturais, relativamente a determinados impostos so-

bre serviços.

c) aplica-se às pessoas naturais e jurídicas, relativamente a determinados impostos

sobre serviços, exceto quando gozarem de imunidade tributária de caráter pessoal.

d) só se aplica às pessoas naturais, relativamente a determinados impostos sobre

serviços, se elas forem contribuintes do imposto.

e) aplica-se às pessoas jurídicas, relativamente a determinados impostos sobre

serviços, exceto quando, sem revestir a condição de contribuinte do imposto, re-

vistam a condição de responsável tributário.

Letra a.

O gabarito está em conformidade com o art. 194, par. único, CTN, que destaca

que as pessoas imunes ou isentas a tributos também estarão sujeitas às normas

de fiscalização:

Art. 194. A legislação tributária, observado o disposto nesta Lei, regulará, em caráter ge-
ral, ou especificamente em função da natureza do tributo de que se tratar, a competência
e os poderes das autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação.
Parágrafo único. A legislação a que se refere este artigo aplica-se às pessoas naturais
ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de
isenção de caráter pessoal.

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Questão 31    (FCC/AUDITOR FISCAL/PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA/2018) Rela-

tivamente às diligências de fiscalização, a autoridade que as realizar ou as presidir

deverá, segundo o Código Tributário Nacional, lavrar os termos fiscais necessários

para documentá-las. Estes termos, de acordo com este mesmo Código, deverão

I – ser lavrados, necessariamente, em um dos livros contábeis exibidos, se exibidos.

II – documentar o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, sendo

que esse termo fixará prazo máximo para a conclusão das referidas diligências.

III – quando lavrados em separado, ser entregues, por cópia autenticada, pela

autoridade que proceder ou presidir as referidas diligências, à pessoa sujeita

a fiscalização.

IV – ser firmados por, no mínimo, três autoridades, de diferentes níveis hierárquicos.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e IV.

b) I, II e IV.

c) III e IV.

d) II e III.

e) III.

Letra d.

Gabarito nos termos do art. 196, CTN:

Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligên-


cias de fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início
do procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a
conclusão daquelas.
Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão lavrados, sempre que
possível, em um dos livros fiscais exibidos; quando lavrados em separado deles
se entregará, à pessoa sujeita à fiscalização, cópia autenticada pela autoridade a
que se refere este artigo.

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Questão 32    (FCC/CONSULTOR DE PROCESSO LEGISLATIVO/AL-MS/2016) Acer-

ca das regras sobre a Administração Tributária, constantes no Código Tributário Na-

cional – CTN, é correto afirmar:

a) As autoridades administrativas federais poderão requisitar o auxílio da força

pública federal, estadual ou municipal, e reciprocamente, quando vítimas de emba-

raço ou desacato no exercício de suas funções, ou quando necessário à efetivação

de medida prevista na legislação tributária, salvo quando se configure fato definido

em lei como crime ou contravenção.

b) Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições

legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arqui-

vos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes indus-

triais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.

c) A autoridade administrativa que proceder ou presidir quaisquer diligências de

fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início do proce-

dimento, na forma do CTN, que, expressamente, fixa prazo máximo de quinze dias

para a conclusão daquelas.

d) Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos

lançamentos neles efetuados serão conservados até que a autoridade fiscal, em

diligência no estabelecimento, autorize a destruição dos referidos documentos.

e) As regras do CTN sobre Administração Tributária e fiscalização não se aplicam

às pessoas naturais ou jurídicas que gozem de imunidade tributária ou de isenção

de caráter pessoal.

Letra b.

a) Errada, pois o art. 200, CTN, prevê que “as autoridades administrativas

federais poderão requisitar o auxílio da força pública federal, estadual ou mu-

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nicipal, e reciprocamente, quando vítimas de embaraço ou desacato no exercí-

cio de suas funções, ou quando necessário à efetivação dê medida prevista na

legislação tributária, ainda que não se configure fato definido em lei como

crime ou contravenção”.

b) Certa, nos termos do art. 195, caput, CTN.

c) Errada. O art. 196, caput, CTN, destaca que realmente a autoridade adminis-

trativa que proceder/presidir quaisquer diligências de fiscalização deverá lavrar os

termos necessários para documentar o início do procedimento e fixar neles o prazo

máximo da sua duração. No entanto, diferentemente do afirmado pelo examinador

no final da alternativa, o legislador não destacou expressamente nenhum prazo

máximo para a conclusão das diligências de fiscalização.

d) Errada. Segundo o art. 195, par. único, CTN, os livros obrigatórios de escritu-

ração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão

conservados até que a autoridade fiscal, em diligência no estabelecimento, autorize

a destruição dos referidos documentos que ocorra a prescrição dos créditos tribu-

tários decorrentes das operações a que se refiram.

e) Errada, tendo em vista que o par. único do art. 194 do CTN prevê que:

Parágrafo único. A legislação a que se refere este artigo aplica-se às pessoas naturais
ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de
isenção de caráter pessoal.

Questão 33    (FCC/TÉCNICO DA RECEITA ESTADUAL/SEGEP-MA/2016) O termo

de inscrição da dívida ativa, além de ter de ser autenticado pela autoridade com-

petente, ainda deve conter, obrigatoriamente, várias outras informações relaciona-

das com o devedor e com o crédito tributário. De acordo com o CTN, a omissão de

quaisquer dos requisitos, cuja presença seja obrigatória no referido termo, é causa

de nulidade

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a) da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas tal nulidade poderá

ser sanada até a prolação de decisão irrecorrível, observados os requisitos para tanto.

b) do processo de cobrança decorrente da inscrição, mas não da própria inscrição.

c) da inscrição, mas não do processo de cobrança dela decorrente.

d) insanável da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente.

e) da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas tais nulidades po-

derão ser sanadas até a prolação de decisão de primeira instância, observados os

requisitos para tanto e os direitos do sujeito passivo.

Letra e.

Gabarito nos termos do art. 203 do CTN:

Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior, ou o erro a
eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decor-
rente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante
substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o
prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada.

Questão 34    (FCC/TÉCNICO DA RECEITA ESTADUAL/SEGEP-MA/2016) O CTN,

em Capítulo próprio do Título referente à Administração Tributária, contém algumas

regras atinentes à Dívida Ativa das pessoas jurídicas de direito público. De acordo

com esse Código, a dívida

a) regularmente inscrita tem o efeito de prova pré-constituída e goza da presunção

absoluta de certeza e liquidez, a partir da decisão judicial de primeira instância fa-

vorável à Fazenda Pública.

b) ativa tributária é apenas o crédito tributário da Fazenda Pública, que não foi

pago no prazo legal.

c) regularmente inscrita goza da presunção absoluta de certeza e liquidez, desde o

momento de sua inscrição, e tem o efeito de prova pré-constituída.

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d) regularmente inscrita na repartição administrativa competente está sujeita à

incidência de juros de mora, que não excluirão, todavia, a liquidez do crédito.

e) regularmente inscrita tem o efeito de prova pré-constituída e goza da presunção

de certeza e liquidez, presunção essa que pode ser ilidida por prova inequívoca,

a cargo do sujeito ativo.

Letra d.

a, c, e) Erradas. A dívida regularmente inscrita tem o efeito de prova pré-cons-

tituída e goza da presunção relativa de certeza e liquidez, presunção esta que

pode ser ilidida por prova inequívoca a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que

aproveite, nos termos do art. 204, CTN:

Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem
o efeito de prova pré-constituída.
Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida
por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.

b) Errada. A dívida ativa tributária é apenas o crédito tributário da Fazenda Pú-

blica, que não foi pago no prazo legal ou no prazo definido em decisão final

proferida em processo regular, conforme art. 201, caput, CTN

d) Certa, nos termos do art. 201, par. único, CTN:

Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo,
a liquidez do crédito.

Questão 35    (FCC/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/PREFEITURA DE TERESINA-

-PI/2016) O Código Tributário Nacional autoriza permutas de informações entre as

Fazendas Públicas das pessoas jurídicas de direito público interno, e também auto-

riza que permutas de informações sejam feitas com Estados estrangeiros.

De acordo com esse Código, essas permutas,

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I – no plano interno, serão feitas na forma estabelecida, apenas em caráter ge-

ral, por lei, decreto federal ou convênio.

II – quando feitas entre as Fazendas Públicas dos Estados federados, deverão ser

autorizadas pelo Senado Federal e renovadas, quando for o caso, bienalmente.

III – quando feitas entre a Fazenda Pública da União e os Estados estrangeiros,

deverão sê-lo na forma estabelecida em tratados, acordos ou convênios in-

ternacionais, e necessariamente no interesse da arrecadação e da fiscaliza-

ção de tributos.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) III.

b) II.

c) I.

d) I e II.

e) II e III.

Letra a.

Itens I e II) Falsos. No plano interno, a permuta de informações será feita na for-

ma estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou convênio, conforme

art. 199, caput, CTN:

Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni-
cípios prestar-se-ão mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos
e permuta de informações, na forma estabelecida, em caráter geral ou específico, por
lei ou convênio.

Item III) Verdadeiro, nos termos do art. 199, par. único, CTN:

Parágrafo único. A Fazenda Pública da União, na forma estabelecida em tratados, acor-


dos ou convênios, poderá permutar informações com Estados estrangeiros no interesse
da arrecadação e da fiscalização de tributos. (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)

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Questão 36    (FCC/AUDITOR FISCAL/PREFEITURA DE TERESINA-PI/2016) A ati-

vidade de fiscalização dos sujeitos passivos de obrigação tributária é de tal rele-

vância que o próprio Código Tributário Nacional contempla algumas das principais

regras a esse respeito. De acordo com esse Código,

a) é permitida a divulgação, por parte dos servidores da Fazenda Pública, de infor-

mação obtida em razão do ofício, sobre a situação financeira de contribuinte, desde

que não envolva crime financeiro por ele cometido.

b) as autoridades administrativas municipais poderão requisitar o auxílio da força

pública estadual, quando necessário à efetivação de medida prevista na legislação

tributária, desde que essa medida se configure fato definido em lei como crime

ou contravenção.

c) é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública, de alguns tipos de informa-

ções específicas, tais como aquelas relativas à inscrição de débitos do contribuinte

em Dívida Ativa dessa mesma Fazenda Pública.

d) a autoridade fiscal que proceder a qualquer diligência de fiscalização lavrará, em

um dos livros fiscais exibidos pelo sujeito passivo, os termos necessários para que

se documente o início do procedimento, e fixará prazo máximo para a conclusão

daquela, vedada a lavratura desses termos em separado.

e) os despachantes aduaneiros oficiais, que são contribuintes do ISS, estão obriga-

dos, mediante intimação escrita de autoridade competente para fiscalizar o ICMS,

a prestar às autoridades administrativas todas as informações de que disponham

com relação aos negócios de seus clientes, contribuintes do ICMS, preservado o

dever de segredo, quando previsto em lei.

Letra e.

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a) Errada, em razão de previsão do art. 198, caput, CTN, que prevê que a divul-

gação dessa informação pelos servidores é proibida:

Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação,


por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em
razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de
terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. (Redação dada
pela Lcp n. 104, de 2001)

b) Errada, tendo em vista que o art. 200, CTN, afirma que as autoridades adminis-

trativas podem requisitar auxílio de força pública independentemente de ocorrência

de fato que crime ou contravenção:

Art. 200. As autoridades administrativas federais poderão requisitar o auxílio


da força pública federal, estadual ou municipal, e reciprocamente, quando vítimas
de embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou quando necessário à efe-
tivação dê medida prevista na legislação tributária, ainda que não se configure fato
definido em lei como crime ou contravenção.

c) Errada. O art. 198, par. 3º do CTN autoriza a divulgação de determinadas infor-

mações pela Fazenda Pública e por seus servidores, estando a inscrição em Dívida

Ativa da Fazenda Pública incluída nesse rol:

Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por
parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofí-
cio sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre
a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. (Redação dada pela Lcp n. 104,
de 2001)
[…]
3º Não é vedada a divulgação de informações relativas a: (Incluído pela Lcp n.
104, de 2001)
I – representações fiscais para fins penais; (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)
II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; (Incluído pela Lcp n. 104,
de 2001)
III – parcelamento ou moratória. (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)

d) Errada. A lavratura do referido termo em separado é possível, nos termos do

art. 196, caput, CTN:

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Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligên-


cias de fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início
do procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a
conclusão daquelas.

e) Certa, conforme art. 197, IV, c/c 197, par. único, CTN:

Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administra-
tiva todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou ativi-
dades de terceiros:
[…]
IV – os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;
[…]
Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de informa-
ções quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar
segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.

Questão 37    (FCC/PROCURADOR DO ESTADO/SEGEP-MA/2016) Ao tratar da fis-

calização feita pela Administração Tributária, a legislação tributária proíbe a divul-

gação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informações

a) solicitadas pela autoridade administrativa no interesse da Administração públi-

ca, a qual comprovou a instauração regular de processo administrativo punitivo.

b) obtidas em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito

passivo ou de terceiros.

c) divulgadas para fins penais.

d) a respeito de parcelamento ou moratória.

e) sobre inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública.

Letra b.

a) Errada. Como será visto na alternativa “b”, o art. 197, caput, do CTN, destaca

que as informações obtidas pelos servidores da Fazenda Pública, em razão do ofí-

cio, sobre a situação do sujeito passivo ou de terceiro não podem ser divulgadas.

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No entanto, o par. 1º do art. 197 do CTN prevê as situações em que os agentes

podem divulgar tais informações, inclusive a hipótese prevista na alternativa “a”:

§ 1º Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos no art. 199, os se-
guintes: (Redação dada pela Lcp n. 104, de 2001)
I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça; (Incluído pela Lcp n. 104,
de 2001)
II – solicitações de autoridade administrativa no interesse da Adminis-
tração Pública, desde que seja comprovada a instauração regular de
processo administrativo, no órgão ou na entidade respectiva, com o objetivo
de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de in-
fração administrativa. (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)

b) Certa, nos termos do art. 197, caput, CTN:

Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por
parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofí-
cio sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre
a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. (Redação dada pela Lcp n. 104,
de 2001)

c, d, e) Erradas. Conforme art. 197, par. 3º, CTN, tais informações podem ser

divulgadas pela Fazenda Pública:

Art. 198, § 3º. Não é vedada a divulgação de informações relativas a: (Incluído


pela Lcp n. 104, de 2001)
I – representações fiscais para fins penais; (Incluído pela Lcp n. 104,
de 2001)
II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; (Incluído pela Lcp n. 104,
de 2001)
III – parcelamento ou moratória. (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)

Questão 38    (FCC/PROCURADOR/PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA/2016) Deter-

minada empresa, contribuinte tanto do ISSQN, como do IPTU, desejando participar,

em 2015, de concorrência pública realizada no Município de sua localização, prepa-

rou toda a documentação que foi exigida pela legislação municipal. No que tange,

especificamente, à comprovação de quitação dos tributos municipais devidos nos

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exercícios de 2011 a 2015, elemento essencial para a participação na referida con-

corrência, a empresa apresentou os seguintes documentos:

(1) certidão negativa do IPTU, referente aos exercícios de 2011 e 2012;

(2) certidão positiva do IPTU, referente aos exercícios de 2013 a 2015;

(3) certidão positiva do ISSQN, referente a um determinado mês do exercício de

2014 e negativa em relação ao restante do período.

Com as certidões positivas do IPTU, esse contribuinte apresentou documentação

hábil para fazer prova do seguinte: Relativamente ao IPTU de 2013, embora o dé-

bito já estivesse em fase de execução, o contribuinte havia indicado bens à penhora

em quantidade suficiente para satisfazer a quantia pleiteada na execução. Relati-

vamente ao IPTU de 2014, juntou documentos que comprovavam que a quantia

devida havia sido objeto de parcelamento, cujas parcelas estavam sendo pagas em

dia e, relativamente ao IPTU de 2015, apresentou comprovante de que o crédito

tributário referente a esse exercício só iria vencer dali a dois meses.

Relativamente à certidão positiva do ISSQN, apresentou documentos comprovando

que o crédito tributário relativo a esse imposto havia sido objeto de impugnação na

esfera administrativa, e ainda estava em fase de julgamento, sem qualquer decisão

de caráter definitivo.

Considerando que a participação dessa empresa na referida concorrência pública

estava condicionada, por meio de lei municipal, à apresentação de comprovantes

de quitação de todos os tributos municipais, é correto afirmar, com base no Código

Tributário Nacional, que

a) a certidão positiva do ISSQN é o único empecilho à sua participação na referida

concorrência pública.

b) a certidão positiva do IPTU, referente ao exercício de 2015, é o único empecilho

à sua participação na referida concorrência pública.

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c) as certidões positivas apresentadas impedem sua participação na referida con-

corrência pública.

d) as certidões positivas apresentadas não impedem sua participação na referida

concorrência pública.

e) a certidão positiva do IPTU, referente ao exercício de 2014, é o único empecilho

à sua participação na referida concorrência pública.

Letra d.

Como visto em aula, e nos termos do art. 205 do CTN, há casos em que a lei de-

termina que a prova de quitação de tributos se dê através de certidão negativa

de débitos.

Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando
exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessa-
do, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domi-
cílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido.

Prevê ainda o legislador ordinário que há certidão positiva de débitos que tem efei-

to de negativa se atender a determinados requisitos, nos termos do art. 206, CTN:

Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste
a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha
sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.

Assim, da interpretação dos dispositivos, conclui-se que a única certidão realmente

impeditiva para prática de atos é a certidão positiva de débitos.

Para participar da concorrência, no caso da questão, é preciso que a empresa

entregue certidão negativa ou certidão positiva com efeito de negativa. Quanto à

certidão positiva com efeito de negativa, esta pode ser expedida, conforme visto,

se o respectivo crédito tributário (i) não tiver vencido, (ii) estiver em curso

de cobrança executiva em que haja penhora, ou (iii) esteja com a exigibi-

lidade suspensa.

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Sendo assim, vamos analisar as situações descritas na questão e as suas conse-

quências para identificarmos o seu gabarito.

IPTU relativo aos anos de 2011 e 2012 -> certidão negativa.

IPTU relativo aos anos de 2013 e 2015 -> certidão positiva:

2013: há penhora, logo -> certidão positiva com efeito de negativa;

2014: débito parcelado, logo, com exigibilidade suspensa (art. 151, VI, CTN) ->

certidão positiva com efeito de negativa;

2015: crédito tributário a vencer -> certidão positiva com efeito de negativa.

ISSQN relativo a determinado mês de 2014 -> certidão positiva -> crédito tributá-

rio objeto de impugnação administrativa pendente de julgamento, logo, com exigi-

bilidade suspensa (art. 151, III, CTN) -> certidão positiva com efeito de negativa.

ISSQN relativo aos demais meses de 2014 -> certidão negativa.

Logo, as certidões positivas apresentadas não impedem sua participação na referi-

da concorrência pública pois têm o mesmo efeito das certidões negativas.

Questão 39    (FCC/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-SC/2015) Rubens, agente do fisco de

Santa Catarina, compareceu ao estabelecimento de Supermercado Rio Itajaí Ltda.,

localizado na cidade de Itajaí e, depois de identificar-se funcionalmente aos encar-

regados diretos da empresa presentes no local, intimou-os a franquear-lhe acesso

às dependências internas do estabelecimento, com base no que dispõe o § 3º do

art. 69 do Regulamento do ICMS de Santa Catarina, que assim dispõe:

Art. 69.
[…]
§ 3º − Os agentes do fisco terão acesso às dependências internas do estabelecimento,
mediante a apresentação de sua identidade funcional aos encarregados diretos presen-
tes no local.

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Os referidos encarregados da empresa, embora cientes de sua obrigação de dar

acesso às dependências internas do estabelecimento ao agente do fisco, negaram-

-se a fazê-lo, mas de modo bastante cordial. Diante de tal situação, Rubens

a) não poderá requisitar auxílio de autoridade policial estadual, se não demonstrar

que foi vítima de desacato no exercício de suas funções.

b) poderá requisitar auxílio de autoridade policial estadual, com a finalidade de au-

xiliá-lo na efetivação da referida medida prevista na legislação tributária.

c) nada poderá fazer, enquanto não for expedida ordem judicial expressa para que

os encarregados da empresa cumpram a determinação contida no Regulamento do

ICMS estadual.

d) só poderá requisitar auxílio de autoridade policial estadual, se demonstrar que a

negativa dos encarregados da empresa configura fato definido em lei como crime.

e) deverá solicitar, necessariamente, a expedição de ordem judicial determinando

à autoridade policial estadual que lhe preste auxílio no sentido de dar cumprimento

ao disposto no Regulamento do ICMS estadual.

Letra b.

Gabarito nos termos do art. 200, CTN:

Art. 200. As autoridades administrativas federais poderão requisitar o auxílio da força


pública federal, estadual ou municipal, e reciprocamente, quando vítimas de embaraço
ou desacato no exercício de suas funções, ou quando necessário à efetivação dê medida
prevista na legislação tributária, ainda que não se configure fato definido em lei como
crime ou contravenção.

Questão 40    (FCC/JULGADOR ADMINISTRATIVO DO TESOURO ESTADUAL/SE-

FAZ-PE/2015) Sobre o sistema tributário nacional, é correto afirmar:

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a) O contribuinte pode, após o vencimento da sua obrigação e antes da propositura

da execução fiscal, garantir o juízo de forma antecipada, para o fim de obter certi-

dão positiva com efeito de negativa.

b) As normas de Direito Interno prevalecem sobre as disposições dos Tratados In-

ternacionais Tributários, por força do princípio da espacialidade.

c) A mera remessa ao endereço do contribuinte do carnê de pagamento do IPTU e

do IPVA não é ato suficiente para a notificação do lançamento tributário.

d) Incide o IPTU sobre imóvel localizado na área urbana do Município, ainda que

comprovadamente utilizado em exploração extrativa, vegetal, agrícola, pecuária ou

agroindustrial.

e) É legítima a compensação de ofício levada a efeitopela Administração Tributária

de crédito tributário a ser restituído ao contribuinte com débitos fiscais que estejam

com a exigibilidade suspensa.

Letra a.

a) Certa, conforme entendimento do STJ constante do REsp 1.123.669 – RS:

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CON-


TROVÉRSIA. ART. 543-C, DO CPC. AÇÃO CAUTELAR PARA ASSEGURAR A EXPEDIÇÃO
DE CERTIDÃO POSITIVA COM EFEITOS DE NEGATIVA. POSSIBILIDADE. INSUFICIÊNCIA
DA CAUÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
1. O contribuinte pode, após o vencimento da sua obrigação e antes da execução, ga-
rantir o juízo de forma antecipada, para o fim de obter certidão positiva com efeito de
negativa. (Precedentes: EDcl no AgRg no REsp 1057365/RS, Rel. Ministro LUIZ FUX,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 04/08/2009, DJe 02/09/2009; EDcl nos EREsp 710.153/
RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 23/09/2009, DJe
01/10/2009; REsp 1075360/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUN-
DA TURMA, julgado em 04/06/2009, DJe 23/06/2009; AgRg no REsp 898.412/RS,
Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 18/12/2008, DJe
13/02/2009; REsp 870.566/RS, Rel. Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA TURMA, jul-
gado em 18/12/2008, DJe 11/02/2009; REsp 746.789/BA, Rel. Ministro TEORI ALBI-
NO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 18/11/2008, DJe 24/11/2008; EREsp
574107/PR, Relator Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA DJ 07.05.2007)

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2. Dispõe o art. 206 do CTN que: “tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior
a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança
executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspen-
sa.” A caução oferecida pelo contribuinte, antes da propositura da execução fiscal é
equiparável à penhora antecipada e viabiliza a certidão pretendida, desde que prestada
em valor suficiente à garantia do juízo.
3. É viável a antecipação dos efeitos que seriam obtidos com a penhora no executivo
fiscal, através de caução de eficácia semelhante. A percorrer-se entendimento diverso,
o contribuinte que contra si tenha ajuizada ação de execução fiscal ostenta condição
mais favorável do que aquele contra o qual o Fisco não se voltou judicialmente ainda.
4. Deveras, não pode ser imputado ao contribuinte solvente, isto é, aquele em condi-
ções de oferecer bens suficientes à garantia da dívida, prejuízo pela demora do Fisco
em ajuizar a execução fiscal para a cobrança do débito tributário. Raciocínio inverso
implicaria em que o contribuinte que contra si tenha ajuizada ação de execução fiscal
ostenta condição mais favorável do que aquele contra o qual o Fisco ainda não se voltou
judicialmente.
5. Mutatis mutandis o mecanismo assemelha-se ao previsto no revogado art. 570 do
CPC, por força do qual era lícito ao devedor iniciar a execução. Isso porque as obriga-
ções, como vínculos pessoais, nasceram para serem extintas pelo cumprimento, diferen-
temente dos direitos reais que visam à perpetuação da situação jurídica nele edificadas.
6. Outrossim, instigada a Fazenda pela caução oferecida, pode ela iniciar a execução,
convertendo-se a garantia prestada por iniciativa do contribuinte na famigerada penho-
ra que autoriza a expedição da certidão.
7. In casu, verifica-se que a cautelar restou extinta sem resolução de mérito, impedindo
a expedição do documento de regularidade fiscal, não por haver controvérsia relativa
à possibilidade de garantia do juízo de forma antecipada, mas em virtude da insufi-
ciência dos bens oferecidos em caução, consoante dessume-se da seguinte passagem
do voto condutor do aresto recorrido, in verbis: “No caso dos autos, por intermédio da
análise dos documentos acostados, depreende-se que os débitos a impedir a certidão
de regularidade fiscal perfazem um montante de R$ 51.802,64, sendo ofertados em
garantia pela autora chapas de MDF adquiridas para revenda, às quais atribuiu o valor
de R$ 72.893,00.
Todavia, muito embora as alegações da parte autora sejam no sentido de que o valor
do bem oferecido é superior ao crédito tributário, entendo que o bem oferecido como
caução carece da idoneidade necessária para aceitação como garantia, uma vez que se
trata de bem de difícil alienação.
8. Destarte, para infirmar os fundamentos do aresto recorrido, é imprescindível o revol-
vimento de matéria fático-probatória, o que resta defeso a esta Corte Superior, em face
do óbice erigido pela Súmula 07 do STJ.
9. Por idêntico fundamento, resta inteditada, a este Tribunal Superior, a análise da
questão de ordem suscitada pela recorrente, consoante infere-se do voto condutor do
acórdão recorrido, litteris: “Prefacialmente, não merece prosperar a alegação da ape-

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lante de que é nula a sentença, porquanto não foi observada a relação de dependência
com o processo de n. 2007.71.00.007754-8. Sem razão a autora. Os objetos da ação
cautelar e da ação ordinária em questão são diferentes. Na ação cautelar a demanda
limita-se à possibilidade ou não de oferecer bens em caução de dívida tributária para
fins de obtenção de CND, não se adentrando a discussão do débito em si, já que tal
desbordaria dos limites do procedimento cautelar. Ademais, há que se observar que a
sentença corretamente julgou extinto o presente feito, sem julgamento de mérito, em
relação ao pedido que ultrapassou os limites objetivos de conhecimento da causa pró-
prios do procedimento cautelar.”
10. Recurso Especial parcialmente conhecido e, nesta parte, desprovido. Acórdão sub-
metido ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução STJ 08/2008. (REsp 1123669/
RS, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/12/2009, DJe 01/02/2010)

b) Errada, em razão de previsão do art. 98 do CTN:

Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação


tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha.

c) Errada, tendo em vista que a súmula n. 397 do STJ prevê que “O contribuinte

do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê ao seu endereço”.

d) Errada. Se o imóvel estiver localizado em área urbana, mas for comprovada-

mente utilizado em exploração extrativa, vegetal, agrícola, pecuária ou agroindus-

trial, sobre ele incidirá ITR, conforme se depreende do REsp 1112646/SP.

TRIBUTÁRIO. IMÓVEL NA ÁREA URBANA. DESTINAÇÃO RURAL. IPTU. NÃO INCIDÊNCIA.


ART. 15 DO DL 57/1966. RECURSO REPETITIVO. ART. 543-C DO CPC.
1. Não incide IPTU, mas ITR, sobre imóvel localizado na área urbana do Muni-
cípio, desde que comprovadamente utilizado em exploração extrativa, vegetal,
agrícola, pecuária ou agroindustrial (art. 15 do DL 57/1966).
2. Recurso Especial provido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C do CPC e da Re-
solução 8/2008 do STJ. (REsp 1112646/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA
SEÇÃO, julgado em 26/08/2009, DJe 28/08/2009)

e) Errada, em atenção ao art. 170-A, CTN:

Art. 170-A. É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto


de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva
decisão judicial. (Artigo incluído pela Lcp n. 104, de 2001)

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Questão 41    (FCC/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-PE/2015) A respeito das Garantias e Pri-

vilégios do Crédito Tributário, é correto afirmar:

a) São pagos preferencialmente a quaisquer outros os créditos tributários vencidos

ou vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de direito privado em liquidação judicial

ou voluntária, exigíveis no decurso da liquidação.

b) É vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de in-

formação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do su-

jeito passivo, como, por exemplo, o montante por ele devido inscrito em Dívida Ativa.

c) Enquanto não julgadas as Ações Diretas de Inconstitucionalidade que discutem a

possibilidade de quebra do sigilo bancário diretamente por autoridade administrati-

va, pode o Poder Executivo disciplinar os critérios segundo os quais as instituições fi-

nanceiras informarão à administração tributária as operações financeiras efetuadas

pelos usuários de seus serviços, inclusive dispondo sobre a necessidade de inserção

de elementos que permitam identificar a origem e a natureza dos gastos realizados.

d) A presunção de dissolução irregular que permite o redirecionamento da co-

brança do crédito tributário decorre, por exemplo, do retorno sem cumprimento,

por mudança de endereço, do Aviso de Recebimento regularmente encaminhado

para o domicílio fiscal constante dos cadastros da pessoa jurídica perante a admi-

nistração tributária.

e) Há esgotamento das diligências para fins de aplicação da indisponibilidade pre-

vista no art. 185-A do Código Tributário Nacional quando comprovado nos autos o

acionamento do Bacen Jud, a expedição de ofícios a todos os registros públicos e

ao DENATRAN ou DETRAN.

Letra a.

a) Certa, nos termos do art. 190 do CTN:

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Art. 190. São pagos preferencialmente a quaisquer outros os créditos tributários venci-
dos ou vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de direito privado em liquidação judicial
ou voluntária, exigíveis no decurso da liquidação.

b) Errada. A inscrição em dívida ativa pode ser divulgada, nos termos do art. 198,

par. 3º do CTN:

Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por
parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofí-
cio sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre
a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. (Redação dada pela Lcp n. 104,
de 2001)
[…]
§ 3º Não é vedada a divulgação de informações relativas a: (Incluído pela Lcp n. 104,
de 2001)
I – representações fiscais para fins penais; (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)
II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)
III – parcelamento ou moratória. (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)

c) Errada, conforme se depreende do par. 2º do art. 5º do CTN:

Art. 5º O Poder Executivo disciplinará, inclusive quanto à periodicidade e aos limites


de valor, os critérios segundo os quais as instituições financeiras informarão à adminis-
tração tributária da União, as operações financeiras efetuadas pelos usuários de seus
serviços. (Regulamento)
[…]
§ 2º As informações transferidas na forma do caput deste artigo restringir-se-ão a infor-
mes relacionados com a identificação dos titulares das operações e os montantes glo-
bais mensalmente movimentados, vedada a inserção de qualquer elemento que permita
identificar a sua origem ou a natureza dos gastos a partir deles efetuados.

Ademais, ADIs que estavam pendentes de julgamento na época que ocorreu a pro-

va já foram julgadas (ADIs n.s 2.390, 2.386, 2.397 e 2.859), e o STF conclui que

quando a autoridade administrativa tem acesso a dados bancários não há quebra

de sigilo, pois nestes casos são resguardadas a intimidade e a vida privada do cor-

rentista. Veja parte da emenda do julgado do STF:

Ação direta de inconstitucionalidade. Julgamento conjunto das ADI n. 2.390, 2.386,


2.397 e 2.859. Normas federais relativas ao sigilo das operações de instituições finan-
ceiras. Decreto n. 4.545/2002. Exaurimento da eficácia. Perda parcial do objeto da

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ação direta n. 2.859. Expressão “do inquérito ou”, constante no § 4º do art. 1º, da Lei
Complementar n. 105/2001. Acesso ao sigilo bancário nos autos do inquérito policial.
Possibilidade. Precedentes. Art. 5º e 6º da Lei Complementar n. 105/2001 e seus decre-
tos regulamentadores. Ausência de quebra de sigilo e de ofensa a direito fundamental.
Confluência entre os deveres do contribuinte (o dever fundamental de pagar tributos)
e os deveres do Fisco (o dever de bem tributar e fiscalizar). Compromissos internacio-
nais assumidos pelo Brasil em matéria de compartilhamento de informações bancárias.
Art. 1º da Lei Complementar n. 104/2001. Ausência de quebra de sigilo. Art. 3º, § 3º,
da LC 105/2001. Informações necessárias à defesa judicial da atuação do Fisco. Cons-
titucionalidade dos preceitos impugnados. ADI n. 2.859. Ação que se conhece em parte
e, na parte conhecida, é julgada improcedente. ADI n. 2.390, 2.386, 2.397. Ações co-
nhecidas e julgadas improcedentes.
[…]
4. Os artigos 5º e 6º da Lei Complementar n. 105/2001 e seus decretos regulamentares
(Decretos n. 3.724, de 10 de janeiro de 2001, e n. 4.489, de 28 de novembro de 2009)
consagram, de modo expresso, a permanência do sigilo das informações bancárias obti-
das com espeque em seus comandos, não havendo neles autorização para a exposição
ou circulação daqueles dados. Trata-se de uma transferência de dados sigilosos de um
determinado portador, que tem o dever de sigilo, para outro, que mantém a obrigação
de sigilo, permanecendo resguardadas a intimidade e a vida privada do correntista, exa-
tamente como determina o art. 145, § 1º, da Constituição Federal.
5. A ordem constitucional instaurada em 1988 estabeleceu, dentre os objetivos da Re-
pública Federativa do Brasil, a construção de uma sociedade livre, justa e solidária,
a erradicação da pobreza e a marginalização e a redução das desigualdades sociais e
regionais. Para tanto, a Carta foi generosa na previsão de direitos individuais, sociais,
econômicos e culturais para o cidadão. Ocorre que, correlatos a esses direitos, existem
também deveres, cujo atendimento é, também, condição sine qua non para a realiza-
ção do projeto de sociedade esculpido na Carta Federal. Dentre esses deveres, consta o
dever fundamental de pagar tributos, visto que são eles que, majoritariamente, finan-
ciam as ações estatais voltadas à concretização dos direitos do cidadão. Nesse quadro,
é preciso que se adotem mecanismos efetivos de combate à sonegação fiscal, sendo o
instrumento fiscalizatório instituído nos arts. 5º e 6º da Lei Complementar n. 105/ 2001
de extrema significância nessa tarefa.
[…]
9. Ação direta de inconstitucionalidade n. 2.859/DF conhecida parcialmente e, na par-
te conhecida, julgada improcedente. Ações diretas de inconstitucionalidade n. 2390,
2397, e 2386 conhecidas e julgadas improcedentes. Ressalva em relação aos Estados
e Municípios, que somente poderão obter as informações de que trata o art. 6º da Lei
Complementar n. 105/2001 quando a matéria estiver devidamente regulamentada, de
maneira análoga ao Decreto federal n. 3.724/2001, de modo a resguardar as garantias
processuais do contribuinte, na forma preconizada pela Lei n. 9.784/99, e o sigilo dos
seus dados bancários.

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d) Errada. Segundo jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a devolução de

Aviso de Recebimento sem cumprimento não caracteriza presunção de dissolução

irregular de empresa. Veja:

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.


ALEGAÇÃO DE PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. INOVAÇÃO RECURSAL. EXECUÇÃO FIS-
CAL. REDIRECIONAMENTO AO SÓCIO GERENTE. RESSALVA DO PONTO DE VISTA DO
RELATOR: DEVER DE CABAL DEMONSTRAÇÃO DA DISSOLUÇÃO IRREGULAR DA SO-
CIEDADE. CERTIDÃO DO OFICIAL DE JUSTIÇA DE QUE A EMPRESA NÃO FUNCIONA NO
LOCAL INDICADO NOS REGISTROS FISCAIS QUE, À MINGUA DE OUTROS ELEMENTOS
INDICIÁRIOS, É INSUFICIENTE PARA O PRONTO REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO
FISCAL. INVIABILIDADE DA INVERSÃO DO ÔNUS PROBATÓRIO. APLICAÇÃO, NO EN-
TANTO, DA SÚMULA 435/STJ. AGRAVO REGIMENTAL DOS PARTICULARES A QUE SE
NEGA PROVIMENTO.
[…]
3. A 1a. Seção desta Corte Superior, no julgamento do REsp. 1.101.728/SP, de
relatoria do Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, publicado em 23.3.2009, sub-
metido ao rito do art. 543-C do CPC/1973, firmou o entendimento de que o redi-
recionamento da Execução Fiscal contra o sócio-gerente da empresa somente
é cabível quando comprovado que ele agiu com excesso de poderes, infração à
lei ou ao estatuto, ou na hipótese de dissolução irregular da sociedade.
4. A Súmula 435 do STJ diz que presume-se dissolvida irregularmente a empre-
sa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos ór-
gãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal contra
o sócio-gerente.
5. A inteligência que se deve ter desse enunciado é de que a não localização da empre-
sa no endereço fiscal é indício de sua dissolução irregular, mas independente de qual-
quer outro elemento, é insuficiente para o pronto redirecionamento da execução fiscal,
que depende de prévia apuração das razões pelas quais tal fato ocorreu, bem como da
comprovação do elemento subjetivo na conduta ilícita do sócio, a teor dos arts. 134 e
135 do CTN.
6. Existem julgados desta Corte Superior afirmando que a mera devolução do
Aviso de Recebimento (AR-Postal) sem cumprimento não basta à caracteriza-
ção de dissolução irregular. Esse entendimento pode ser estendido para ou-
tros tipos de certificação, inclusive aquela feita pelo Meirinho (AgRg no REsp.
1.075.130/SP, Rel. Min. MAURO CAMPBELL MARQUES, DJe 02.12.2010 e AgRg no REsp.
1.129.484/SP, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, DJe 26.3.2010).
[…]
8. Agravo Regimental dos Particulares a que se nega provimento.
(AgRg no REsp 1340002/BA, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA
TURMA, julgado em 27/11/2018, DJe 06/12/2018)

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e) Errada. Segundo posicionamento do Superior Tribunal de Justiça, em sede de

Recurso Repetitivo, “há esgotamento das diligências para fins de aplicação da in-

disponibilidade prevista no art. 185-A do Código Tributário Nacional quando com-

provado nos autos o acionamento do Bacen Jud, a expedição de ofícios a todos aos

registros públicos e ao DENATRAN ou DETRAN”. Assim, o examinador nessa alter-

nativa exagerou a afirmação ao dizer que para que seja determinada a indisponi-

bilidade de bens/rendas para satisfação do crédito tributário é preciso comprovar o

acionamento do BACEN JUD e a expedição de ofícios a todos os registros Públicos,

ao DENATRAN ou ao DETRAN, pois não é preciso que seja enviado ofício a todos

esses órgãos existentes no Brasil, e sim somente àqueles relativos ao domicílio

do executado. Além disso, é preciso que seja constatada (i) a citação do devedor

tributário; (ii) a inexistência de pagamento ou apresentação de bens à penhora no

prazo legal; e (iii) a não localização de bens penhoráveis após esgotamento das

diligências realizadas pela Fazenda, caracterizado quando houver nos autos (a) pe-

dido de acionamento do Bacen Jud e consequente determinação pelo magistrado

e (b) a expedição de ofícios aos registros públicos do domicílio do executado e ao

Departamento Nacional ou Estadual de Trânsito – DENATRAN ou DETRAN. Veja:

TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C


DO CPC E RESOLUÇÃO STJ N. 8/2008. EXECUÇÃO FISCAL. ART. 185-A DO CTN. INDIS-
PONIBILIDADE DE BENS E DIREITOS DO DEVEDOR. ANÁLISE RAZOÁVEL DO ESGOTA-
MENTO DE DILIGÊNCIAS PARA LOCALIZAÇÃO DE BENS DO DEVEDOR. NECESSIDADE.
1. Para efeitos de aplicação do disposto no art. 543-C do CPC, e levando em conside-
ração o entendimento consolidado por esta Corte Superior de Justiça, firma-se
compreensão no sentido de que a indisponibilidade de bens e direitos autorizada
pelo art. 185-A do CTN depende da observância dos seguintes requisitos:
(i) citação do devedor tributário;
(ii) inexistência de pagamento ou apresentação de bens à penhora no prazo
legal; e
(iii) a não localização de bens penhoráveis após esgotamento das diligências realizadas
pela Fazenda, caracterizado quando houver nos autos (a) pedido de acionamento do

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Bacen Jud e consequente determinação pelo magistrado e (b) a expedição de ofícios


aos registros públicos do domicílio do executado e ao Departamento Nacional
ou Estadual de Trânsito – DENATRAN ou DETRAN.
2. O bloqueio universal de bens e de direitos previsto no art. 185-A do CTN não se
confunde com a penhora de dinheiro aplicado em instituições financeiras, por meio do
Sistema BacenJud, disciplinada no art. 655-A do CPC.
3. As disposições do art. 185-A do CTN abrangerão todo e qualquer bem ou
direito do devedor, observado como limite o valor do crédito tributário, e de-
penderão do preenchimento dos seguintes requisitos:
(i) citação do executado;
(ii) inexistência de pagamento ou de oferecimento de bens à penhora no prazo
legal; e, por fim,
(iii) não forem encontrados bens penhoráveis.
4. A aplicação da referida prerrogativa da Fazenda Pública pressupõe a comprovação de
que, em relação ao último requisito, houve o esgotamento das diligências para localiza-
ção de bens do devedor.
5. Resta saber, apenas, se as diligências realizadas pela exequente e infrutíferas para
o que se destinavam podem ser consideradas suficientes a permitir que se afirme, com
segurança, que não foram encontrados bens penhoráveis, e, por consequência, deter-
minar a indisponibilidade de bens.
6. O deslinde de controvérsias idênticas à dos autos exige do magistrado ponderação a
respeito das diligências levadas a efeito pelo exequente, para saber se elas correspon-
dem, razoavelmente, a todas aquelas que poderiam ser realizadas antes da constrição
consistente na indisponibilidade de bens.
7. A análise razoável dos instrumentos que se encontram à disposição da Fa-
zenda permite concluir que houve o esgotamento das diligências quando de-
monstradas as seguintes medidas:
(i) acionamento do Bacen Jud; e
(ii) expedição de ofícios aos registros públicos do domicílio do executado e ao
Departamento Nacional ou Estadual de Trânsito – DENATRAN ou DETRAN.
8. No caso concreto, o Tribunal de origem não apreciou a demanda à luz da tese repe-
titiva, exigindo-se, portanto, o retorno dos autos à origem para, diante dos fatos que
lhe forem demonstrados, aplicar a orientação jurisprudencial que este Tribunal Superior
adota neste recurso.
9. Recurso especial a que se dá provimento para anular o acórdão impugnado, no sen-
tido de que outro seja proferido em seu lugar, observando as orientações delineadas na
presente decisão.
(REsp 1.377.507, DJe 02.12.2014).

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Questão 42    (FCC/PROCURADOR/PGE-RN/2014) Contribuinte faz pagamento de

crédito tributário mediante cheque, que não é pago por insuficiência de fundos.

Neste caso, o Fisco deverá

a) propor ação ordinária de cobrança, pois o crédito foi extinto com o pagamento,

se o cheque estiver prescrito.

b) promover a execução do cheque.

c) protestar o cheque.

d) inscrever o débito em Dívida Ativa.

e) realizar o lançamento do crédito tributário e notificar o contribuinte a pagar.

Letra d.

Como a questão afirma que o contribuinte efetuou o pagamento do crédito tributá-

rio, compreende-se que já houve o respectivo lançamento.

Se o pagamento foi insuficiente, e o débito está vencido, quer dizer que há valor

pendente de pagamento, devendo, portanto, o referido crédito tributário ser inscri-

to em dívida ativa, conforme se depreende da análise do art. 201 do CTN:

Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, re-
gularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o pra-
zo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.

Questão 43    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF-4/2014) Considerando o mecanis-

mo jurídico-tributário,

a) a obrigação tributária pressupõe a existência de crédito tributário devidamente

constituído, pois a partir de sua existência já se torna o mesmo exequível

b) a exequibilidade do crédito tributário surge com o lançamento tributário, mas

sua exigibilidade somente acontece a partir de sua inscrição na dívida ativa.

c) o crédito tributário se torna exequível a partir de sua inscrição na dívida ativa.

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d) com o surgimento da obrigação tributária o crédito tributário passa a ser exigível.

e) com a ocorrência do fato gerador já existe formalmente o crédito tributário, de-

clarado pela obrigação tributária, da qual é indissociável.

Letra d.

Como estudado, com a prática do fato gerador, previsto em lei, nasce a obriga-

ção tributária.

Na sequência, a autoridade administrativa, ao identificando as partes e o objeto

inerente ao tributo nascido, constitui o respectivo crédito tributário, através do lan-

çamento, oportunidade em que este se torna exigível.

Após o lançamento, e com o vencimento do crédito tributário sem o devido paga-

mento, há a inscrição em dívida ativa do referido crédito, oportunidade em que o

montante se torna exequível, ou seja, o valor pode ser executado em juízo.

Sendo assim, o gabarito é a letra d.

Questão 44    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF-3/2014) Sobre o crédito tributá-

rio, é correto afirmar que;

a) não pode ser objeto de lançamento enquanto estiver suspensa sua exigibilidade.

b) é exigível judicialmente a partir do momento em que o contribuinte é notificado

validamente do lançamento efetuado.

c) pressupõe inscrição em dívida ativa para se tornar exigível por Execução Fiscal,

salvo se for concedido parcelamento do débito.

d) as causas de suspensão da exigibilidade não impedem o lançamento tributário,

nem a inscrição em dívida ativa e a execução fiscal, mas impedem a arrematação

ou adjudicação para satisfação do débito.

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e) tem as causas de suspensão da exigibilidade eficazes somente antes do lança-

mento, pois após sua realização não é mais possível impedir que o Fisco cobre o

crédito a que tem direito.

Letra c.

a, e) Erradas. Na aula em que foram estudadas as hipóteses de suspensão da

exigibilidade do crédito tributário foi visto a suspensão da exigibilidade do crédito

tributário pode ocorrer tanto antes quanto após o lançamento.

Nos casos em que é reconhecida a suspensão da exigibilidade crédito tributário

antes do lançamento, este pode ser constituído (através de lançamento), mas não

será exigível enquanto existente a causa suspensiva.

b) Errada. O crédito tributário se torna exequível com a sua inscrição em dívida ativa.

c) Certa, tendo em vista que o crédito tributário se torna exequível com a inscri-

ção em dívida ativa, de modo que se a exigibilidade do respectivo crédito tributário

estiver suspensa, não será possível o ajuizamento de execução fiscal para cobrá-lo

judicialmente.

d) Errada. A suspensão da exigibilidade do crédito tributário impede sim a inscri-

ção em dívida ativa bem como o ajuizamento de execução fiscal.

Questão 45    (FCC/PROCURADOR/PREFEITURA DE RECIPE-PE/2014) Auditor fis-

cal de rendas de pequeno município do agreste pernambucano, consciente da alta

carga tributária que assola o país e das dificuldades dos pequenos empresários,

comerciantes, produtores rurais e prestadores de serviço de seu município, em

nome do princípio da razoabilidade, ao invés de efetuar diretamente lançamento de

ofício ao descobrir, em prestadoras de serviço de seu município, a não emissão de

notas fiscais por serviços no campo de incidência do ISSQN e ali prestados, com o

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consequente não pagamento do tributo devido, orienta os contribuintes flagrados a

emitirem, mesmo após o início de ação fiscal, as correspondentes notas fiscais de

serviço e de recolherem o respectivo tributo devido. Neste contexto, considere as

seguintes afirmações:

I – Louvável a atitude do fiscal municipal, pois a orientação é o melhor caminho

para um bom relacionamento entre fisco e contribuinte, sendo que ele, em

face do princípio da razoabilidade, agira dentro da lei.

II – Não poderia o fiscal deixar de lavrar o auto de infração por falta de pagamen-

to de ISSQN por não emissão de notas fiscais de serviço, tendo em vista que

com o início do procedimento fiscalizatório, cessa a possibilidade de denúncia

espontânea, além do procedimento de lançamento ser atividade vinculada e

obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.

III – Não poderia o fiscal deixar de lavrar o auto de infração por não emissão

de notas fiscais de serviço, mas, em relação ao não pagamento, poderia o

contribuinte ficar livre de autuação se o fizesse com o acréscimo de juros

de mora.

Está correto o que consta APENAS em

a) II

b) I

c) II e III

d) III

e) I e III

Letra a.

Item I) Falso. A autoridade administrativa de lançamento do crédito tributário é

vinculada, não podendo o auditor fiscal optar por não o realizar ao identificar ope-

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ração tributável. Tal entendimento se depreende tanto do dispositivo que conceitua

o tributo (art. 3º, CTN) como do art. 142, par. único, CTN:

Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor


nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e co-
brada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
[…]
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tri-
butário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a ve-
rificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria
tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo
caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obriga-
tória, sob pena de responsabilidade funcional.

Item II) Verdadeiro, em atenção aos artigos supratranscritos e do art. 138 do CTN

que dispõe sobre o instituto da denúncia espontânea.

Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acom-


panhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do
depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante
do tributo dependa de apuração.
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o
início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, re-
lacionados com a infração.

Item III) Falso, pois, em atenção ao artigo supratranscrito (138), não pode o con-

tribuinte ficar livre da autuação fiscal se a autoridade administrativa identificar a

prática de fato gerador e não cumprimento de obrigação acessória, o que acarreta-

rá na obrigatoriedade de recolher o tributo com juros, além da multa pelo descum-

primento de obrigação acessória.

Questão 46    (FCC/PROCURADOR LEGISLATIVO/CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO

PAULO-SP/2014) Sobre dívida ativa é correto afirmar que

a) somente após a inscrição do crédito tributário em dívida ativa é que o mesmo se

torna exigível judicialmente.

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b) inscrição do crédito tributário em dívida ativa é causa de interrupção do prazo

prescricional de cinco anos para cobrar o crédito tributário.

c) todo crédito tributário não pago e vencido ingressa automaticamente na dívida

ativa e já pode ser decretada a penhora de bens do devedor.

d) após a inscrição do crédito tributário em dívida ativa não cabe mais o seu parce-

lamento, por serem atos excludentes entre si, ou seja, a inscrição em dívida ativa

decorre do não pagamento do débito, ao passo que o parcelamento pressupõe que

haverá pagamento.

e) a inscrição em dívida ativa depende de prévia previsão do débito na Lei Orça-

mentária Anual.

Letra a.

a) Certa. Como estudado, com a prática do fato gerador, previsto em lei, nasce a

obrigação tributária.

Na sequência, a autoridade administrativa, ao identificando as partes e o objeto

inerente ao tributo nascido, constitui o respectivo crédito tributário, através do lan-

çamento, oportunidade em que este se torna exigível.

Após o lançamento, e com o vencimento do crédito tributário sem o devido paga-

mento, há a inscrição em dívida ativa do referido crédito, oportunidade em que o

montante se torna exequível, ou seja, o valor pode ser executado em juízo.

Os arts. 6º e 8º da Lei n. 6.830/1980, que dispõe sobre a cobrança judicial da Dí-

vida Ativa da Fazenda Pública, destacam, nesse sentido, que:

Art. 6º A petição inicial indicará apenas:


I – o Juiz a quem é dirigida;
II – o pedido; e
III – o requerimento para a citação.
§ 1º A petição inicial será instruída com a Certidão da Dívida Ativa, que dela fará
parte integrante, como se estivesse transcrita.

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[…]
Art. 8º O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida
com os juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa,
ou garantir a execução, observadas as seguintes normas:

b) Errada. A inscrição do crédito tributário em dívida ativa não está prevista entre

as causas de interrupção de prescrição do crédito tributário previstas no CTN:

Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, conta-
dos da data da sua constituição definitiva.
Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Redação dada pela
Lcp n. 118, de 2005)
II – pelo protesto judicial;
III – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV – por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconheci-
mento do débito pelo devedor.

c) Errada. O crédito tributário não pago e vencido deve ter sua legalidade devida-

mente analisada, inscrito em dívida ativa pela autoridade competente, que gerará

a respectiva certidão que instruirá a ação de execução fiscal para cobrar o crédito

tributário. Após ajuizada a execução fiscal é que o juiz intimará o executado para

pagar o débito ou apresentar bens à penhora.

d) Errada. O crédito tributário inscrito em dívida ativa pode ser parcelado, desde

que haja previsão em lei específica concedendo-o.

e) Errada. Não há nenhuma previsão no ordenamento jurídico brasileiro nes-

se sentido.

Questão 47    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-RJ/2014) A empresa Campos dos

Goitacazes Refrigerantes S.A., grande fabricante de refrigerantes no Estado do Rio

de Janeiro, foi fiscalizada entre os meses de março e junho de 2005, pelos audito-

res fiscais Rodrigus da Silva e Renatus de Oliveira. Para poder realizar seus traba-

lhos conforme determinado, esses auditores tiveram, além de examinar os dados

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econômico-financeiros da empresa, de obter informações sigilosas e secretas, tais

como a fórmula para a fabricação dos refrigerantes e a relação dos insumos utiliza-

dos na sua elaboração. As informações relacionadas com as empresas fornecedoras

das matérias-primas e com as próprias matérias-primas sempre foram guardadas

sob sigilo extremo. Notificadas a exibir livros e documentos relacionados com es-

sas operações e a prestar as informações solicitadas pelo fisco, inclusive as de

caráter sigiloso, a empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A. prestou-as

conforme solicitado. Em setembro de 2012, ou seja, sete anos depois de concluída

essa fiscalização, a Secretaria da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, em perió-

dico informativo oficial, distribuído aos seus funcionários e ao público em geral,

publicou reportagem a respeito das mercadorias que constituíam matéria-prima

para a elaboração dos refrigerantes fabricados pela empresa em questão, no qual,

além de citar nominalmente a empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A.,

fez referência expressa aos seus fornecedores, aos seus clientes e a uma série de

informações relacionadas com as mercadorias por eles comercializadas, tornando

público, inclusive, o conteúdo da fórmula de alguns dos refrigerantes mais vendidos

pela empresa, a matéria-prima utilizada, os nomes dos fornecedores, a situação

econômica desses fornecedores e muitos outros dados sigilosos dessas empresas.

O conteúdo dessa reportagem caiu rapidamente em domínio público e os auditores

fiscais que fizeram a fiscalização, na qual essas informações foram obtidas, deram

entrevista a uma revista de grande circulação nacional, que elaborou uma repor-

tagem especial sobre a empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A., suas

maiores fornecedoras e suas maiores clientes, abrangendo tanto suas atividades

e seus negócios em âmbito nacional, como sua situação financeira e econômica.

A reportagem identificou, no histórico fiscal de uma das fornecedoras da empresa

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mencionada, a existência de representações fiscais para fins penais que existiam

em nome de seus sócios, bem como a relação dos seus créditos tributários, que

se encontravam inscritos em dívida ativa do Estado. Depois dessa reportagem,

as ações da empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A. e de suas clientes

e fornecedoras despencaram nas bolsas de valores nacionais.

Com base no CTN, nessa situação hipotética, o dever de sigilo;

a) não foi violado, nem pela Fazenda Pública, nem pelos seus servidores, em ne-

nhuma das situações apresentadas, porque, quando essas informações foram tor-

nadas públicas, já haviam decorrido mais de cinco anos entre a data em que foi

realizada a fiscalização e a data de divulgação das informações, lapso de tempo

este que é superior ao do quinquênio decadencial.

b) foi violado, quando a Secretaria da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, por

meio de seu periódico, tornou público o conteúdo da fórmula e da matéria-prima

relacionadas com a fabricação de alguns dos refrigerantes mais vendidos pela em-

presa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A., mesmo que essa publicidade não

tenha sido dada pelos auditores fiscais que a fiscalizaram.

c) não foi violado, quando os auditores fiscais prestaram informações para que a

revista de grande circulação nacional elaborasse a reportagem em que foram pu-

blicadas, especificamente, informações sigilosas sobre a situação financeira e eco-

nômica das maiores clientes e das maiores fornecedoras da empresa Campos dos

Goitacazes Refrigerantes S.A., pois essas empresas não foram fiscalizadas por eles.

d) não foi violado, quando o periódico informativo da Secretaria da Fazenda do Es-

tado do Rio de Janeiro publicou reportagem dando a conhecer informação sigilosa,

relacionada com as matérias-primas utilizadas pela empresa Campos dos Goitaca-

zes Refrigerantes S.A. para a fabricação de refrigerantes, porque o dever de sigilo

não é da pessoa jurídica de direito público, mas de seus servidores.

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e) foi violado, quando, relativamente a uma das fornecedoras da empresa fiscaliza-

da, os auditores fiscais prestaram informações especificamente relacionadas com as

representações fiscais para fins penais que existiam em nome de seus sócios, e com

a relação de seus créditos tributários inscritos em dívida ativa do Estado fluminense.

Letra b.

Para identificar o gabarito desta questão é necessário ter conhecimento do art. 198,

caput e par. 3º do CTN. Veja:

Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por
parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofí-
cio sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre
a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. (Redação dada pela Lcp n. 104,
de 2001)
[…]
§ 3º Não é vedada a divulgação de informações relativas a: (Incluído pela Lcp n. 104,
de 2001)
I – representações fiscais para fins penais; (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)
II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)
III – parcelamento ou moratória. (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)

Questão 48    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-RJ/2014) O exame do histórico tribu-

tário de uma determinada empresa, fabricante de produtos voltados para a alimen-

tação infantil, revelou a existência das seguintes ocorrências:

I – em 2008, fez o parcelamento, em 60 meses, do valor reclamado em auto de

infração, lavrado pelo fisco fluminense. Até a presente data, as parcelas têm

sido pagas correta e pontualmente;

II – em 2009, o Estado do Rio de Janeiro ajuizou uma ação de execução fiscal

contra ela, que acabou sendo objeto de embargos, depois de a empresa ter

efetuado, no prazo legal, o depósito integral da importância reclamada na

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execução. O referido depósito não foi levantado, nem convertido em renda,

e ainda não há decisão transitada em julgado nesse processo;

III – em 2010, para poder importar mercadorias do exterior, sem a incidência

do ICMS, esse contribuinte fluminense impetrou mandado de segurança, no

bojo do qual foi concedida medida liminar para que o desembaraço aduanei-

ro fosse feito sem a exigência do ICMS. Essa liminar foi revogada em 2010

e, ao final do processo, o contribuinte restou vencido. Pagou a totalidade do

crédito tributário reclamado em 2011;

IV – em 2011, a autuada deixou de pagar impostos federais, que estão sendo

objeto de execução fiscal, sem que tenha havido depósito da quantia ques-

tionada, nem oferecimento de bens à penhora;

V – em 2012, a fiscalização fluminense lavrou auto de infração contra essa em-

presa, que foi objeto de impugnação no prazo legal. Esse auto de infração

teve resultado favorável à Fazenda Pública estadual, em seu primeiro julga-

mento, mas ainda pende de julgamento de recurso interposto pelo contri-

buinte. Ainda nesse ano, a Fazenda Pública fluminense ajuizou outro execu-

tivo fiscal, relativo a crédito tributário decorrente de falta de pagamento do

ICMS, sendo que, desta vez, a empresa em questão não efetuou o depósito

integral da quantia pleiteada. Ao invés disso, ofereceu bens à penhora, su-

ficientes para cobrir o crédito tributário exigido, motivo pelo qual a penhora

foi efetivada.

No início de 2013, essa empresa decidiu participar de concorrência pública para

fornecer seus produtos a creches e escolas da rede estadual fluminense. Um dos

requisitos a ser cumprido pelas empresas concorrentes, era a apresentação de pro-

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va de quitação de todos os tributos estaduais, até a data da abertura da inscrição

para participação nessa concorrência, que ocorreu no dia 05 de abril de 2013.

Para tanto, a empresa apresentou, no órgão público fluminense competente, re-

querimento solicitando a expedição de certidão negativa dos tributos estaduais.

Nesse caso hipotético, com base no CTN, o órgão estadual competente para o for-

necimento dessa certidão

a) não a expedirá, pois os tributos devidos ainda não estão quitados.

b) expedirá certidão positiva, com efeito de positiva, pois a penhora não permite

que a certidão tenha efeito de negativa.

c) expedirá certidão negativa, com efeito de negativa.

d) expedirá certidão positiva, com efeito de negativa.

e) expedirá certidão negativa, com efeito de positiva.

Letra d.

Primeiramente, para responder esta questão, é preciso que você tenha conheci-

mento dos arts. 205 e 206 do CTN que tratam sobre a expedição de certidão nega-

tiva e certidão positiva com efeito de negativa:

Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo,
quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento
do interessado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua
pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se
refere o pedido.
Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenha
sido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do requeri-
mento na repartição.
Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que
conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva
em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.

Assim, analisando os dispositivos supratranscritos, e as situações descritas na

questão, vamos destacar qual certidão deve ser emitida em cada caso.

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Item I) Exigibilidade do crédito tributário suspensa em razão de parcelamento

(art. 151, VI, CTN) -> certidão positiva com efeito de negativa;

Item II) Exigibilidade do crédito tributário suspensa em razão de depósito de seu

montante integral (art. 151, II, CTN) -> certidão positiva com efeito de negativa;

Item III) Crédito tributário extinto por pagamento -> certidão negativa;

Item IV) Impostos estaduais não são objeto de certidão emitida por órgão estadual;

Item V) Crédito tributário objeto de cobrança com efetivação de penhora -> certi-

dão positiva com efeito de negativa.

Questão 49    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-RJ/2014) Oscar, Auditor Fiscal da Re-

ceita Estadual, deu início aos seus trabalhos de fiscalização, na empresa “Super

Atacadão de Roupas Finas Ltda.”, e intimou o sócio gerente da empresa, Sr. Cláu-

dio, a lhe exibir diversos livros e documentos necessários à realização dessa fisca-

lização, no que foi atendido. O exame dessa documentação, todavia, não revelou a

Oscar qualquer irregularidade relacionada à legislação do ICMS. Antes de concluir

seus trabalhos fiscais, porém, Oscar, suspeitando da existência de possíveis irregu-

laridades e sabendo que o Sr. Cláudio era religioso e considerava pecado a sonega-

ção de impostos, decidiu intimar, por escrito, o sacerdote confessor do Sr. Cláudio,

para que ele lhe informasse conteúdos da confissão que pudessem eventualmente

constituir prova de prática de infração à legislação do ICMS do Estado do Rio de

Janeiro. Essa notificação foi baseada no art. 197 do CTN, cujo caput estabelece a

obrigatoriedade de determinadas pessoas, mediante intimação escrita, prestarem à

autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos

bens, negócios ou atividades de terceiros. O referido sacerdote, em resposta funda-

mentada no acordo que o Brasil e a Santa Sé firmaram na cidade do Vaticano, em

13 de novembro de 2008, relativo ao Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil,

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fundamentada, também, no Decreto Legislativo no 698, de 7 de outubro de 2009,

que aprovou esse acordo no Brasil e, ainda, no Decreto Federal n. 7.107/2010, que

determina o cumprimento desse acordo, que tem força de Lei n. território nacional,

negou-se a prestar a informação solicitada pelo Auditor Oscar, invocando o que es-

tabelece o art. 13 do referido acordo, cujo teor é o seguinte: é garantido o segredo

do ofício sacerdotal, especialmente o da confissão sacramental.

Nesse caso, com base no que estabelece o CTN, o sacerdote agiu em:

a) desconformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações solicita-

das pelo fisco abrange, inclusive, as informações quanto a fatos sobre os quais o

informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofí-

cio, função, ministério, atividade ou profissão, desde que essas informações sejam

utilizadas exclusivamente para fins civis e tributários, mas não penais.

b) desconformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações solicita-

das pelo fisco abrange, inclusive, as informações quanto a fatos sobre os quais o

informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofí-

cio, função, ministério, atividade ou profissão, desde que essas informações sejam

utilizadas para fins tributários, mas não penais

c) desconformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações solicitadas

pelo fisco abrange, inclusive, as informações quanto a fatos sobre os quais o infor-

mante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício,

função, ministério, atividade ou profissão, pois o fisco também deve observar o

sigilo dessas informações.

d) conformidade com o CTN, pois eles não estão sujeitos à jurisdição tributária

brasileira, em razão de estarem submetidos diretamente à Santa Sé, que os juris-

diciona, em matéria de direito civil, penal e tributário.

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e) conformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações solicitadas

pelo fisco não abrange informações quanto a fatos sobre os quais o informante

esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função,

ministério, atividade ou profissão, como é o caso deste sacerdote.

Letra e.

Gabarito nos termos do art. 197, par. único, CTN:

Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administra-
tiva todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou ativi-
dades de terceiros:
[…]
Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de informa-
ções quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar
segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.

Questão 50    (FCC/ANALISTA DE FOMENTO-ADVOGADO/AFAP/2019) Considere

os enunciados abaixo, que dizem respeito às microempresas e empresas de pe-

queno porte.

I – Consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade

empresária, a sociedade simples e a empresa individual de responsabilidade

limitada, devidamente registradas ou não no Registro de Empresas Mercan-

tis, em Títulos e Documentos ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, con-

forme o caso.

II – O enquadramento do empresário ou da sociedade simples ou empresária

como microempresa ou empresa de pequeno porte bem como o seu desen-

quadramento não implicarão alteração, denúncia ou qualquer restrição em

relação a contratos por elas anteriormente firmados.

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III – Poderá beneficiar-se do tratamento jurídico diferenciado previsto para as mi-

croempresas e empresas de pequeno porte a pessoa jurídica constituída sob

a forma de cooperativas, salvo as de consumo.

IV – Não poderá beneficiar-se do tratamento jurídico diferenciado previsto para

as microempresas e empresas de pequeno porte a pessoa jurídica cujos ti-

tulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço,

relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I, II e III.

b) I, III e IV.

c) II e IV.

d) I e III.

e) II, III e IV.

Letra c.

Item I) Falso, pois nos termos do art. 3º da LC n. 123/2006:

Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou em-


presas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa
individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da
Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no
Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, con-
forme o caso, desde que:

Item II) Verdadeiro, conforme art. 3º, par. 3º da LC n. 123/2006:

§ 3º O enquadramento do empresário ou da sociedade simples ou empresária como


microempresa ou empresa de pequeno porte bem como o seu desenquadramento não
implicarão alteração, denúncia ou qualquer restrição em relação a contratos por elas
anteriormente firmados.

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Item III) Falso, segundo previsão do art. 3º, par. 4º, VI, da LC n. 123/2006,

é o contrário:

§ 4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta


Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar,
para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:
[…]
VI – constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;

Item IV) Verdadeiro, conforme art. 3º, par. 4º, XI, LC n. 123/2006:

§ 4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta


Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar,
para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:
[…]
XI – cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante
do serviço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade.

Questão 51    (FCC/ASSISTENTE TÉCNICO FAZENDÁRIO/MANAUS/2019) A Lei

Complementar Federal n. 123/2006, que institui o Estatuto Nacional da Microem-

presa e da Empresa de Pequeno Porte (Simples Nacional) estabelece normas gerais

relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempre-

sas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados,

do Distrito Federal e dos Municípios. De acordo com esta Lei, as normas gerais por

ela estabelecidas dizem respeito a várias matérias, dentre as quais se encontra a

a) dispensa de cadastramento da empresa, nos termos de regulamentação esta-

belecida pelo Comitê Gestor do Simples Nacional, no exercício em que iniciar suas

atividades, desde que a expectativa de faturamento, nesse exercício, seja inferior

a R$ 155.300,00.

b) isenção, por período não inferior a 2 anos, de impostos sobre o patrimônio e de

contribuições previdenciárias, inclusive de contribuições de melhoria.

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c) dispensa de cadastramento da empresa e de emissão de documentos fiscais,

no exercício em que iniciar suas atividades, quando a expectativa de faturamento,

nesse exercício, for inferior a R$ 155.300,00.

d) dispensa de cadastramento da empresa e de emissão de documentos fiscais,

no exercício em que iniciar suas atividades, e no exercício subsequente, quando a

expectativa de faturamento, nesse exercício, for inferior a R$ 310.600,00.

e) apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do

Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arrecadação, inclusive

obrigações acessórias.

Letra e.

a
 , c, d) Erradas. Não há dispensa de cadastramento pela LC n. 123/2006. Para que

seja enquadrada como Simples Nacional é preciso fazer o cadastramento da empresa.

b) Errada. A LC n. 123/2006 não prevê isenção de imposto incidente sobre o pa-

trimônio nem de contribuição de melhoria.

e) Certa, nos termos do art. 1º, I, LC n. 123/2006:

Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas gerais relativas ao tratamento dife-
renciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte
no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, es-
pecialmente no que se refere:
I – à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arrecadação, inclusive obri-
gações acessórias;

Questão 52    (FCC/AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS/MANAUS/2019)

A Lei Complementar n. 123/2006 estabelece que o Simples Nacional implica o reco-

lhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, de diversos impostos

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e contribuições de competência dos Municípios, dos Estados e da União. Os impos-

tos de competência municipal sujeitos a esta forma de recolhimento mensal são

a) o ITBI, excluídas as hipóteses em que ele é devido em relação aos serviços su-

jeitos à substituição tributária.

b) a “taxa do lixo”, referente ao recolhimento de resíduos sólidos, promovido pela

municipalidade.

c) o ISS, excluídas as hipóteses em que ele é devido em relação aos serviços su-

jeitos à substituição tributária ou retenção na fonte, e em relação à importação

de serviços.

d) o ISS devido na importação de serviços.

e) o IPTU, excluídas as hipóteses em que ele é devido relativamente à substitui-

ção tributária.

Letra c.

Primeiramente, vamos relembrar os tributos abrangidos pela LC n. 123/2006:

Os tributos abrangidos pelo Simples Nacional estão previstos no art. 13 da LC n.

123/2006, e são os seguintes:

• Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ;

• Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI;

• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL;

• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS;

• V – Contribuição para o PIS/Pasep;

• VI – Contribuição Patronal Previdenciária – CPP para a Seguridade Social;

• VII – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e So-

bre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de

Comunicação – ICMS;

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• VIII – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS.

Assim, já excluiríamos as letras “a”, “b”, “e”.

c, d) Em atenção ao art. 13, par. 1º, XIV, LC n. 123/2006 constata-se que o ISS, via

de regra, está incluído no recolhimento através do Simples Nacional, mas não es-

tará submetido à referida sistemática nas hipóteses de substituição tributária, nem

quanto ao ISS incidente na importação de serviços. Logo, o gabarito é a letra “c”.

§ 1º O recolhimento na forma deste artigo não exclui a incidência dos seguintes impos-
tos ou contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, em relação
aos quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas:
[…]
XIV – ISS devido:
a) em relação aos serviços sujeitos à substituição tributária ou retenção na fonte;
b) na importação de serviços;

Questão 53    (FCC/TÉCNICO FAZENDÁRIO/MANAUS/2019) A Lei Complementar

Federal n. 123/2006, que institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empre-

sa de Pequeno Porte – Simples Nacional – criou o Comitê Gestor do Simples Nacio-

nal – CGSN, que tem várias atribuições. De acordo com a referida Lei,

a) o CGSN, após aprovação do Senado Federal, ratificação unânime do CONFAZ e

recomendação favorável da COTEPE,poderá disciplinar a forma e as condições em

que será estabelecido o regime de antecipação do ICMS, nas operações com bens

ou mercadorias adquiridos fora do Estado.

b) cabe ao CGSN apreciar a necessidade de revisão dos valores expressos em

moeda na Lei Complementar n. 123/2006 e propor ao Senado Federal a adoção de

Resolução para a alteração deles, observado o princípio da anterioridade de exer-

cício financeiro.

c) o CGSN regulamentará a forma por meio da qual os documentos fiscais das mi-

croempresas e das empresas de pequeno porte poderão ser emitidos diretamente

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por sistema nacional informatizado e pela internet, sem custos para o empreende-

dor individual.

d) o CGSN, após ratificação unânime do CONFAZ e recomendação favorável da

COTEPE, disciplinará a forma e as condições em que será atribuída à microempre-

sa ou à empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional a qualidade de

substituta tributária.

e) o CGSN é composto por 8 representantes da Secretaria da Receita Federal

do Brasil, como representantes da União, 4 dos Estados e do Distrito Federal e

4 dos Municípios.

Letra c.

a, b, d) Erradas, pois contrariam a previsão do art. 13, par. 6º, LC n. 123/2006:

§ 6º O Comitê Gestor do Simples Nacional:


I – disciplinará a forma e as condições em que será atribuída à microempresa ou empresa
de pequeno porte optante pelo Simples Nacional a qualidade de substituta tributária; e
II – poderá disciplinar a forma e as condições em que será estabelecido o regime de
antecipação do ICMS previsto na alínea g do inciso XIII do § 1º deste artigo.

c) Certa, nos termos do art. 18-A, par. 20 da LC n. 123/2006.

§ 20. Os documentos fiscais das microempresas e empresas de pequeno porte poderão


ser emitidos diretamente por sistema nacional informatizado e pela internet, sem custos
para o empreendedor, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor do Simples Nacio-
nal. (Incluído pela Lei Complementar n. 147, de 2014)

e) Errada. Nos termos do art. 2º, I, LC n. 123/2006:

Art. 2º O tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e


empresas de pequeno porte de que trata o art. 1º desta Lei Complementar será gerido
pelas instâncias a seguir especificadas:
I – Comitê Gestor do Simples Nacional, vinculado ao Ministério da Fazenda, composto
por 4 (quatro) representantes da Secretaria da Receita Federal do Brasil, como repre-
sentantes da União, 2 (dois) dos Estados e do Distrito Federal e 2 (dois) dos Municípios,
para tratar dos aspectos tributários;

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Questão 54    (FCC/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-SC/2018)

Conforme estabelece a Lei Complementar n. 123/2006, os contribuintes optantes

pelo Regime do Simples Nacional (SN) devem recolher o tributo devido, no âmbito

do regime, mediante documento de arrecadação único. Para fins de cálculo do valor

devido no mês, conforme o disposto no art. 18 da referida lei, o contribuinte optan-

te pelo SN deve computar, separadamente, as receitas decorrentes de

a) revenda de mercadoria, venda de mercadoria industrializada pelo próprio contri-

buinte, locação de bens móveis, venda de medicamentos produzidos por manipu-

lação de fórmulas pelo próprio contribuinte sob encomenda e mediante prescrição

médica, e exportação para o exterior, entre outras.

b) revenda de mercadoria adquirida nacional, revenda de mercadoria adquirida

importada, revenda de mercadoria industrializada pelo próprio contribuinte, co-

mercialização de medicamentos produzidos por manipulação de fórmulas no esta-

belecimento ou em terceiro, exportação, locação de bens móveis, locação de bens

imóveis, entre outros.

c) revenda de mercadoria no atacado, revenda de mercadoria no varejo, prestação

de serviço, locação de bens móveis ou imóveis e exportação para o exterior.

d) aplicação financeira, venda de mercadoria, prestação de serviços, locação de bens

móveis ou imóveis, venda de ativos com lucro, exportação direta e exportação indireta.

e) vendas realizadas e recebidas, vendas realizadas mas ainda não recebidas, ser-

viços prestados e recebidos, serviços prestados mas ainda não recebidos, locações

recebidas, exportações para o exterior e recebimento de alienação de recebíveis.

Letra a.

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A empresa optante pelo Simples Nacional para fins de pagamento, segundo o

art. 18, par. 4º, da LC n. 123/2006, deve considerar destacadamente as receitas

decorrentes da:

I – revenda de mercadorias (nas operações de comércio);

II – venda de mercadorias industrializadas pelo contribuinte (operações de

industrialização);

III – prestação de serviços de que trata o § 5º-B do art. 18 e dos serviços vincula-

dos à locação de bens imóveis e corretagem de imóveis;

IV – prestação de serviços de que tratam os §§ 5º-C a 5º-F e 5º-I do artigo;

V – locação de bens móveis;

VI – atividade com incidência simultânea de IPI e de ISS;

VII – comercialização de medicamentos e produtos magistrais produzidos

por manipulação de fórmulas: a) sob encomenda para entrega posterior ao ad-

quirente, em caráter pessoal, mediante prescrições de profissionais habilitados ou

indicação pelo farmacêutico, produzidos no próprio estabelecimento após o atendi-

mento inicial; b) nos demais casos, quando serão tributadas na forma do Anexo I

desta Lei Complementar.

Questão 55    (FCC/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-SC/2018)

Conforme estabelece a Lei Complementar n. 123/2006, que instituiu o Estatuto

Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, as microempresas e

empresas de pequeno porte têm direito a tratamento diferenciado e favorecido,

especialmente no que se refere à apuração e ao recolhimento dos impostos e con-

tribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante re-

gime único de arrecadação. O recolhimento mensal no âmbito do Regime Especial

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Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas

e Empresas de Pequeno Porte − Simples Nacional

a) inclui, entre outros tributos, o ICMS, mas não exclui a cobrança do ICMS em

algumas situações como, por exemplo, nas importações, nas operações sujeitas à

substituição tributária e nas operações sujeitas à antecipação tributária.

b) inclui, entre outros tributos, o ISS, o ICMS, o IRPJ, o IRPF e o IOF, mas não inclui

o FGTS, o ITR e a CSLL.

c) não inclui o IRPJ e a CSLL, mas inclui o ISS, o ICMS, o PIS, o PASESP e a CIDE,

entre outros.

d) inclui, entre outros tributos, todo o ISS e o ICMS devidos, e parte do IRPJ devi-

do, mas não inclui o PIS e o COFINS.

e) não inclui o ITR, o IPTU e o ITCMD, mas inclui o IRPJ, o IRPF, a CSLL, a CIDE,

o PIS e o COFINS, entre outros.

Letra a.

Os tributos abrangidos pelo Simples Nacional estão previstos no art. 13 da LC n.

123/2006, e são os seguintes:

• Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ;

• Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI;

• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL;

• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS;

• V – Contribuição para o PIS/Pasep;

• VI – Contribuição Patronal Previdenciária – CPP para a Seguridade Social;

• VII – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e So-

bre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de

Comunicação – ICMS;

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• VIII – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS.

No entanto, há hipóteses em que a cobrança de um dos tributos acima pode se dar

em separado, tendo em vista previsão par. 1º do art. 13 da LC n. 123/2006, que

inclui a situação prevista na alternativa “a”:

§ 1º O recolhimento na forma deste artigo não exclui a incidência dos seguintes impos-
tos ou contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, em relação
aos quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas:
[…]
XIII – ICMS devido:
a) nas operações sujeitas ao regime de substituição tributária, tributação con-
centrada em uma única etapa (monofásica) e sujeitas ao regime de anteci-
pação do recolhimento do imposto com encerramento de tributação, envol-
vendo…; nas operações sujeitas ao regime de substituição tributária pelas operações
anteriores; e nas prestações de serviços sujeitas aos regimes de substituição tributária
e de antecipação de recolhimento do imposto com encerramento de tributação; (Reda-
ção dada pele Lei Complementar n. 147, de 2014) (Produção de efeito)
b) por terceiro, a que o contribuinte se ache obrigado, por força da legislação estadual
ou distrital vigente;
c) na entrada, no território do Estado ou do Distrito Federal, de petróleo, inclusive lubri-
ficantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, bem como energia elétrica,
quando não destinados à comercialização ou industrialização;
d) por ocasião do desembaraço aduaneiro;
e) na aquisição ou manutenção em estoque de mercadoria desacobertada de documen-
to fiscal;
f) na operação ou prestação desacobertada de documento fiscal;
g) nas operações com bens ou mercadorias sujeitas ao regime de antecipação do reco-
lhimento do imposto, nas aquisições em outros Estados e Distrito Federal:
1. com encerramento da tributação, observado o disposto no inciso IV do § 4º do art. 18
desta Lei Complementar;
2. sem encerramento da tributação, hipótese em que será cobrada a diferença entre a
alíquota interna e a interestadual, sendo vedada a agregação de qualquer valor;
h) nas aquisições em outros Estados e no Distrito Federal de bens ou mercadorias, não
sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto, relativo à diferença en-
tre a alíquota interna e a interestadual.

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Questão 56    (FCC/AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS/PREFEITURA DE SÃO LUÍS-

-MA/2018) De acordo com a disciplina estabelecida pela Lei Complementar Federal

n. 123/2006, acerca do SIMPLES NACIONAL, os Municípios têm competência

a) para fiscalizar o cumprimento das obrigações principais e acessórias relativas ao

Simples Nacional, desde que o estabelecimento fiscalizado seja prestador de servi-

ços e se localize no Município que tem competência para proceder à sua fiscalização.

b) para fiscalizar uma empresa de transporte intramunicipal localizada em seu ter-

ritório, relativamente ao cumprimento das obrigações principais e acessórias relati-

vas ao Simples Nacional, mas não têm competência para verificar a ocorrência das

hipóteses de exclusão de ofício desta empresa deste regime de tributação.

c) para efetuar, por meio de suas autoridades fiscais, o lançamento do IRPJ, do IPI,

do ITCMD e do ITBI, dentre outros, apurados na forma do Simples Nacional, rela-

tivamente a todos os estabelecimentos da empresa, independentemente do ente

federado instituidor.

d) concorrente para efetuar, por meio de suas autoridades fiscais, o lançamento

do PIS, do CONFINS, do ICMS e do ISS, apurados na forma do Simples Nacional,

e de promover a autuação por descumprimento de obrigação acessória relacionada

com esses impostos e contribuições, relativamente a todos os estabelecimentos da

empresa, independentemente do ente federado instituidor da obrigação tributária.

e) para fiscalizar um hotel localizado em seu território, relativamente ao cumpri-

mento das obrigações principais e acessórias relativas ao Simples Nacional, e para

verificar a ocorrência das hipóteses de sua exclusão, de ofício, deste regime de

tributação, mas não têm competência para promover a autuação deste estabeleci-

mento por descumprimento de obrigação acessória relativa ao IRPJ.

Letra e.

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a) Errada. A questão não destacou que o serviço prestado é de competência Mu-

nicipal, sendo assim não há como afirmar que o Município tem competência para

realizar fiscalização de obrigações principais e acessórias relativas ao Simples Na-

cional, conforme análise do art. 33 da LC n. 123/2006:

Art. 33. A competência para fiscalizar o cumprimento das obrigações principais e aces-
sórias relativas ao Simples Nacional e para verificar a ocorrência das hipóteses previstas
no art. 29 desta Lei Complementar é da Secretaria da Receita Federal e das Secretarias
de Fazenda ou de Finanças do Estado ou do Distrito Federal, segundo a localização do
estabelecimento, e, tratando-se de prestação de serviços incluídos na competência tri-
butária municipal, a competência será também do respectivo Município.

b) Errada. A primeira parte da alternativa está correta, conforme art. 33 supra-

transcrito, tendo em vista que a prestação de serviço de transporte intramunicipal

é de competência dos Municípios, no entanto, a segunda parte da alternativa está

incorreta pois os Municípios também têm competência para verificar a ocorrência

das hipóteses de exclusão de ofício desta empresa deste regime de tributação.

Veja que o art. 33 cita o art. 29 e este prevê justamente os casos de exclusão de

ofício do regime.

c) Errada. Os entes têm competência para efetuar o lançamento dos tributos apu-

rados na forma do Simples Nacional, relativamente a todos os estabelecimentos da

empresa, independentemente do ente federado instituidor, segundo art. 33, par.

1º-C, LC n. 123/2006:

1º-C. As autoridades fiscais de que trata o caput têm competência para efetuar o lança-
mento de todos os tributos previstos nos incisos I a VIII do art. 13, apurados na forma
do Simples Nacional, relativamente a todos os estabelecimentos da empresa, indepen-
dentemente do ente federado instituidor.

Veja que a alternativa prevê tributos que não estão abrangidos no Simples Nacio-

nal, conforme art. 13 da lei em apreço, estando a alternativa incorreta pois o IT-

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CMD e o ITBI não fazem parte do Simples Nacional. Lembre quais são os impostos

e contribuições que estão incluídos no Simples:

• Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ;

• Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI;

• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL;

• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS;

• Contribuição para o PIS/Pasep;

• Contribuição Patronal Previdenciária – CPP para a Seguridade Social;

• Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Pres-

tações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comu-

nicação – ICMS;

• Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS.

d) Errada. O Município somente será competente para realizar a fiscalização das

obrigações inerentes ao Simples Nacional se o serviço prestado pela pessoa jurídica

estiver previsto como fato gerador de ISSQN de competência municipal.

e) Certa. Da análise do comentário da alternativa “b” conclui-se que esta alterna-

tiva está correta, com a justificativa de que o Município realmente não tem compe-

tência para fiscalizar o cumprimento de obrigação acessória de imposto de compe-

tência da União (no caso, IRPJ), tendo em vista que a sua competência diz respeito

somente às obrigações relativas ao Simples Nacional.

Questão 57    (FCC/TÉCNICO DA RECEITA ESTADUAL/SEGEP-MA/2016) O Regi-

me Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas

Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, também chamado de Simples Nacio-

nal, implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, de

vários impostos e contribuições.

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De acordo com a Lei Complementar n. 123/2006, e salvo as exceções nela previs-

tas, encontram-se entre os impostos e contribuições abrangidos pelo recolhimento

mensal, mediante documento único de arrecadação,

a) o IRPJ, o IPVA e o ISS.

b) a CSLL, o ICMS e o IPTU.

c) a CSLL, o ICMS e o ISS.

d) o IRPJ, o IPVA e o IPTU.

e) a CSLL, o ITCMD e o ITBI.

Letra c.

Conforme art. 13 da LC n. 123/2006 e esquema abaixo, os impostos e contribui-

ções abrangidos pelo Simples Nacional são:

• Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ;

• Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI;

• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL;

• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS;

• Contribuição para o PIS/Pasep;

• Contribuição Patronal Previdenciária – CPP para a Seguridade Social;

• Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Pres-

tações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comu-

nicação – ICMS;

• Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS.

Questão 58    (FCC/TÉCNICO DA RECEITA ESTADUAL/SEGEP-MA/2016) A Lei

Complementar n. 123/2006 estabelece normas gerais relativas ao tratamento dife-

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renciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno

porte. Conforme esta lei,

a) não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado nela previsto,

a pessoa jurídica cujo titular ou sócio participe com mais de 33% do capital de ou-

tra empresa.

b) consideram-se microempresas, a sociedade empresária, a sociedade simples,

a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário devidamente

registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas

Jurídicas, que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a

R$ 360.000,00.

c) considera-se receita bruta, para fins de enquadramento no Simples Nacional,

o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos

serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, incluídas as vendas

canceladas, os descontos incondicionais concedidos e a receita financeira auferida.

d) a microempresa ou empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, exceder

o limite de receita bruta anual nela estabelecido, fica excluída, desde o dia 1º de

janeiro do mesmo ano, do tratamento jurídico diferenciado nela previsto, ex lege,

e independentemente de prévia notificação.

e) não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado nela previsto,

a pessoa jurídica cuja atividade preponderante seja a de Banco Comercial, a de

Atacadista Exportador ou a de Empresa de Transporte Aéreo ou Marítimo.

Letra b.

Segundo art. 3º da LC n. 123/2006 são consideradas microempresas as pessoas

abaixo listadas que aufiram receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00:

• a sociedade empresária,

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• a sociedade simples,

• a empresa individual de responsabilidade limitada e

• o empresário a que se refere o art. 966 da Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de

2002 (Código Civil).

Questão 59    (FCC/PROCURADOR DO ESTADO/AMAPÁ/2018) Considere os enun-

ciados seguintes, relativos ao Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de

Pequeno Porte:

I – Poderá beneficiar-se do tratamento jurídico diferenciado previsto no Estatu-

to da Microempresa a pessoa jurídica de cujo capital participe outra pessoa

jurídica, desde que esta não tenha filial, sucursal, agência ou representação

no exterior.

II – O enquadramento do empresário ou da sociedade simples ou empresária

como microempresa ou empresa de pequeno porte bem como o seu desen-

quadramento não implicarão alteração, denúncia ou qualquer restrição em

relação a contratos por elas anteriormente firmados.

III – O registro dos atos constitutivos, de suas alterações e extinções (baixas),

referentes a empresários e pessoas jurídicas em qualquer órgão dos três

âmbitos de governo ocorrerá independentemente da regularidade de obriga-

ções tributárias, previdenciárias ou trabalhistas, principais ou acessórias, do

empresário, da sociedade, dos sócios, dos administradores ou de empresas

de que participem, sem prejuízo das responsabilidades do empresário, dos

titulares, dos sócios ou dos administradores por tais obrigações, apuradas

antes ou após o ato de extinção.

IV – A baixa do empresário ou da pessoa jurídica impede que, posteriormente,

sejam lançados ou cobrados tributos, contribuições e respectivas penalida-

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des, decorrentes da falta do cumprimento de obrigações ou da prática com-

provada e apurada em processo administrativo ou judicial de outras irregu-

laridades praticadas pelos empresários, pelas pessoas jurídicas ou por seus

titulares, sócios ou administradores.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I, III e IV.

b) I, II e III.

c) II e III.

d) II, III e IV.

e) I e IV.

Letra c.

Item I) Falso. Segundo art. 3º, par. 4º, incisos I e II, LC n. 123/2006:

§ 4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nes-


ta Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complemen-
tar, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:
I – de cujo capital participe outra pessoa jurídica;
II – que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com
sede no exterior.

Item II) Verdadeiro, conforme previsão do art. 3º, par. 3º, LC n. 123/2006:

3º O enquadramento do empresário ou da sociedade simples ou empresária como mi-


croempresa ou empresa de pequeno porte bem como o seu desenquadramento não
implicarão alteração, denúncia ou qualquer restrição em relação a contratos por elas
anteriormente firmados.

Item III) Verdadeiro, conforme previsão do art. 9º, LC n. 123/2006:

Art. 9º O registro dos atos constitutivos, de suas alterações e extinções (baixas), re-
ferentes a empresários e pessoas jurídicas em qualquer órgão dos 3 (três) âmbitos de
governo ocorrerá independentemente da regularidade de obrigações tributárias, previ-
denciárias ou trabalhistas, principais ou acessórias, do empresário, da sociedade, dos

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sócios, dos administradores ou de empresas de que participem, sem prejuízo das res-
ponsabilidades do empresário, dos titulares, dos sócios ou dos administradores por tais
obrigações, apuradas antes ou após o ato de extinção. (Redação dada pela Lei Comple-
mentar n. 147, de 2014)

Item IV) Falso. Segundo art. 9º, par. 4º, LC n. 123/2006: a baixa do empresário ou

da pessoa jurídica não impede que, posteriormente, sejam lançados ou cobrados

tributos, contribuições e respectivas penalidades, decorrentes da falta do cumpri-

mento de obrigações ou da prática comprovada e apurada em processo adminis-

trativo ou judicial de outras irregularidades praticadas pelos empresários, pelas

pessoas jurídicas ou por seus titulares, sócios ou administradores.

Questão 60    (FCC/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-SC/2018)

Conforme estabelece a Lei Complementar n. 123/2206, as microempresas e as

empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional (SN) não farão jus à

apropriação nem transferirão créditos relativos a impostos ou contribuições abran-

gidos pelo Simples Nacional. Esta mesma lei dispõe que

a) o contribuinte do ICMS, que adquirir mercadoria de fornecedor do SN, poderá se

creditar, por ocasião da entrada, do produto do valor de mercadoria pela alíquota

interna do ICMS.

b) o contribuinte do IPI, PIS e COFINS poderá se creditar, na entrada da merca-

doria adquirida de fornecedor do SN, do valor da base de cálculo multiplicado pela

alíquota de cada tributo, tal como se tivesse realizado a aquisição de um fornecedor

não optante.

c) o contribuinte do ISS não cumulativo poderá se creditar, a título de crédito ou-

torgado, do valor da operação vezes a alíquota do ISS no município.

d) caso o destinatário da mercadoria realize qualquer crédito, isto equivale a redu-

ção ou supressão de tributos para fins penais.

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e) o contribuinte do ICMS, não optante pelo SN, terá direito a crédito correspon-

dente ao ICMS incidente sobre as suas aquisições de mercadorias provenientes de

empresas do SN, desde que destinadas à comercialização ou industrialização com

saída tributada, no valor do ICMS pago pelo fornecedor em relação à venda.

Letra e.

a) Errada. A parte final do art. 23, par. 3º da LC n. 123/2006, destaca que o cré-

dito do ICMS a ser apropriado nessa ocasião tem como limite a alíquota aplicável

ao Simples Nacional:

Art. 23. As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples


Nacional não farão jus à apropriação nem transferirão créditos relativos a impostos ou
contribuições abrangidos pelo Simples Nacional.
§ 1º As pessoas jurídicas e aquelas a elas equiparadas pela legislação tributária não
optantes pelo Simples Nacional terão direito a crédito correspondente ao ICMS inciden-
te sobre as suas aquisições de mercadorias de microempresa ou empresa de pequeno
porte optante pelo Simples Nacional, desde que destinadas à comercialização ou indus-
trialização e observado, como limite, o ICMS efetivamente devido pelas optantes pelo
Simples Nacional em relação a essas aquisições.

b, c) Erradas. A LC n. 123/2006 destaca somente hipóteses de creditamento de

ICMS, não tendo feito previsão quanto ao creditamento dos demais tributos nas

operações realizadas por empresas fornecedoras optantes pelo Simples Nacional.

d) Errada. O art. 23, par. 1º, da LC n. 123/2006 permite o creditamento de ICMS

por pessoa jurídica adquirente não optante pelo Simples Nacional.

e) Certa, nos termos do art. 23, caput da LC n. 123/2006.

Questão 61    (FCC/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-SC/2018)

Em relação ao Microempreendedor Individual (MEI), considere:

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I – O MEI inscrito no conselho profissional de sua categoria na qualidade de

pessoa física é dispensado de realizar nova inscrição no mesmo conselho na

qualidade de empresário individual.

II – Permite-se aos conselhos representativos de categorias econômicas a exigên-

cia de inscrição e a execução de ações fiscalizadoras quando a ocupação do MEI

não exigir registro profissional da pessoa física a fim de suprir a não exigência.

III – Os documentos fiscais das microempresas e empresas de pequeno porte

poderão ser emitidos diretamente por sistema nacional informatizado e pela

internet, sem custos para o empreendedor, na forma regulamentada pelo

Comitê Gestor do Simples Nacional.

IV – O MEI poderá utilizar sua residência como sede do estabelecimento, quan-

do for indispensável a existência de local próprio para o exercício da ativi-

dade empresarial.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e III.

b) I, III e IV.

c) II e III.

d) II e IV.

e) I, II e IV.

Letra a.

Item I) Verdadeiro, está conforme o art. 18-A, par. 19-A, LC n. 123/2006.

Item II) Falso. Segundo o art. 18-A, par. 19-B, LC n. 123/2006: não é permitido

aos conselhos representativos de categorias econômicas a exigência de inscrição e

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a execução de ações fiscalizadoras quando a ocupação do MEI não exigir registro

profissional da pessoa física a fim de suprir a não exigência.

Item III) Verdadeiro, nos termos do art. 18-A, par. 20, LC n. 123/2006.

É importante lembrar que o Simples Nacional visa simplificar as exigências para as

empresas que se encaixam no seu perfil.

Item IV) Falso. Nos termos do art. 18-A, par. 25, LC n. 123/2006: o MEI poderá uti-

lizar sua residência como sede do estabelecimento, quando não for indispensável

a existência de local próprio para o exercício da atividade empresarial.

Questão 62    (FCC/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-MA/2018) Pode se beneficiar do tra-

tamento jurídico diferenciado previsto para a Microempresa a pessoa jurídica

a) filial de pessoa jurídica com sede no exterior.

b) constituída sob a forma de cooperativa.

c) que tenha participação no capital de cooperativas de crédito.

d) constituída sob a forma de sociedade por ações.

e) cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do ser-

viço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade.

Letra c.

Para responder esta questão é importante ter em mente quais pessoas jurídicas

não podem aderir ao Simples Nacional (art. 3º, par. 4º, LC n. 123/2006.

Assim, vamos responder a questão com base no dispositivo citado?

Conforme art. 3º, § 4º, LC n. 123/2006:

§ 4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei


Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para
nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:
I – de cujo capital participe outra pessoa jurídica;

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II – que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pes-


soa jurídica com sede no exterior;
III – de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário
ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos
termos desta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o
limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
IV – cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de
outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita
bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
V – cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurí-
dica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de
que trata o inciso II do caput deste artigo;
VI – constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
VII – que participe do capital de outra pessoa jurídica;
VIII – que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desen-
volvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e in-
vestimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos,
valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de segu-
ros privados e de capitalização ou de previdência complementar;
IX – resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmem-
bramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-ca-
lendário anteriores;
X – constituída sob a forma de sociedade por ações.
XI – cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contra-
tante do serviço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualida-
de. (Incluído pela Lei Complementar n. 147, de 2014)

Ocorre que, com base no par. 5º do art. 3º, o disposto nos incisos IV e VII do § 4º

deste artigo não se aplica à participação no capital de cooperativas de crédito. As-

sim, a pessoa jurídica que participe do capital de cooperativas de crédito pode se

beneficiar do tratamento diferenciado proporcionado pela LC n. 123/2006.

Questão 63    (FCC/FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR/PROCON-MA/2017)

Sobre o regime jurídico das microempresas e empresas de pequeno porte,

é correto afirmar:

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a) Nesse regime não podem ser incluídas, entre outras, pessoas jurídicas consti-

tuídas sob a forma de sociedade por ações ou que participem de capital de outra

pessoa fiduciária ou que exerçam atividade de arrendamento mercantil.

b) Para os efeitos legais, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno

porte a sociedade empresária, a sociedade simples, as empresas de responsabili-

dade limitada e as sociedades anônimas familiares, de capital fechado.

c) Não se poderão beneficiar do tratamento jurídico concedido às microempresas

e às empresas de pequeno porte as pessoas jurídicas constituídas sob a forma de

cooperativas, mesmo as de consumo.

d) O enquadramento do empresário ou da sociedade empresária como microempre-

sa ou empresa de pequeno porte implicará a resilição dos contratos por elas firmados

anteriormente, com nova celebração compatível com sua atual natureza jurídica.

e) O enquadramento das microempresas e empresas de pequeno porte a seu re-

gime jurídico próprio atualmente independe da receita bruta que aufiram no ano

calendário, relevando apenas a natureza de suas atividades empresariais.

Letra a.

a) Certa, tais pessoas jurídicas não podem se beneficiar do tratamento dado pela

LC n. 123/2006, em atenção ao art. 3º, par. 4º:

§ 4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei


Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para
nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:
[…]
VII – que participe do capital de outra pessoa jurídica;
VIII – que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento,
de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédi-
to imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio,
de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de
previdência complementar;
[…]

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X – constituída sob a forma de sociedade por ações.

b, e) Erradas, em razão de previsão do art. 3º, caput, LC n. 123/2006:

Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou


empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a em-
presa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966
da Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no
Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o
caso, desde que:
I – no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou
inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e
II – no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita
bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou in-
ferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais). (Redação dada
pela Lei Complementar n. 155, de 2016) Produção de efeito

c) Errada. Segundo art. 3º, par. 4º, VI, LC n. 123/2006: Não poderão se benefi-

ciar do tratamento jurídico concedido às microempresas e às empresas de pequeno

porte as pessoas jurídicas constituídas sob a forma de cooperativas, mesmo SALVO

as de consumo.

d) Errada, em atenção ao art. 3º, par. 3º, LC n. 123/2006:

§ 3º O enquadramento do empresário ou da sociedade simples ou empresária como


microempresa ou empresa de pequeno porte bem como o seu desenquadramento
não implicarão alteração, denúncia ou qualquer restrição em relação a contra-
tos por elas anteriormente firmados.

Questão 64    (FCC/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-MA/2016) A

Lei Complementar n. 123/2006 instituiu o regime de arrecadação de tributos conhe-

cido como Simples Nacional. Conforme esta lei, o recolhimento mensal mediante

o documento único de arrecadação do regime simplificado NÃO exclui a incidência

a) do ICMS devido nas aquisições em outros Estados e no Distrito Federal de bens

ou mercadorias não sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto,

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relativo à diferença entre a alíquota interna e a interestadual, que deverá ser pago

com observância da legislação aplicável às demais pessoas jurídicas.

b) do IPI, relativo à saída de produto de fabricação própria, que deverá ser pago

com observância da legislação aplicável às demais pessoas jurídicas.

c) do ISSQN, relativo a serviço prestado pelo contribuinte, no Brasil, quando caiba

a ele pagar o imposto em guia de recolhimento especial, que deverá ser pago com

observância da legislação aplicável às demais pessoas jurídicas.

d) do ICMS devido nas operações de saída interna, promovidas pelo contribuinte,

com destino a consumidor final não contribuinte, acobertadas por documento fiscal

hábil, não sujeita ao regime de substituição tributária, tributação concentrada ou

antecipação do recolhimento do imposto, que deverá ser pago com observância da

legislação aplicável às demais pessoas jurídicas.

e) nem dispensa o pagamento das contribuições instituídas pela União, para as

entidades privadas de serviço social e de formação profissional, vinculadas ao

sistema sindical.

Letra a.

a) Certa. O art. 13, par. 1º, LC n. 123/2006, destaca os tributos que deverão ser

pagos normalmente, sem levar em conta o tratamento diferenciado proporcionado

pela referida lei, incluindo o ICMS conforme hipótese descrita:

§ 1º O recolhimento na forma deste artigo não exclui a incidência dos seguintes impos-
tos ou contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, em relação
aos quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas:
[…]
XIII – ICMS devido:
[…]
h) nas aquisições em outros Estados e no Distrito Federal de bens ou mercadorias, não
sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto, relativo à diferença en-
tre a alíquota interna e a interestadual

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b, c, d) Erradas. Tais tributos devem ser pagos através do documento único de ar-

recadação, estando incluídos, portanto, no tratamento diferenciado proporcionado

pela LC n. 123/2006, conforme art. 13.

• Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ;

• Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI;

• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL;

• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS;

• Contribuição para o PIS/Pasep;

• Contribuição Patronal Previdenciária – CPP para a Seguridade Social;

• Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Pres-

tações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comu-

nicação – ICMS;

• Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS.

Além disso, para responder a questão é importante observar/lembrar se as pecu-

liaridades previstas na alternativa estão destacadas como aquelas em que o tributo

deve ser pago sem o benefício da LC n. 123/2006.

e) Errada, em razão do art. 13, par. 3º, LC n. 123/2006:

3º As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional


ficam dispensadas do pagamento das demais contribuições instituídas pela
União, inclusive as contribuições para as entidades privadas de serviço social
e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical, de que trata o art. 240
da Constituição Federal, e demais entidades de serviço social autônomo.

Questão 65    (FUNDATEC/FISCAL DE TRIBUTOS JÚNIOR/PREFEITURA DE FOZ

DO IGUAÇU-PR/2018) O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, median-

te documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições:

I – Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ).

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II – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre

Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de

Comunicação (ICMS).

III – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).

IV – Taxas.

Quais estão corretos?

a) Apenas IV.

b) Apenas I, II e III.

c) Apenas I, II e IV.

d) Apenas I, III e IV.

e) I, II, III e IV.

Letra b.

Os tributos abrangidos pelo Simples Nacional estão previstos no art. 13 da LC n.

123/2006, e são os seguintes:

• Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ;

• Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI;

• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL;

• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS;

• V – Contribuição para o PIS/Pasep;

• VI – Contribuição Patronal Previdenciária – CPP para a Seguridade Social;

• VII – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e So-

bre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de

Comunicação – ICMS.

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Questão 66    (CESPE/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-RS/2019)

Uma cooperativa criada para industrializar produtos rurais insurgiu-se contra lan-

çamento decorrente de ICMS por substituição tributária, sob o argumento de já ter

realizado pagamento relativo a esse Tributo por meio do recolhimento mensal em

documento único de arrecadação do Simples Nacional.

De acordo com a Lei Complementar n. 123/2006, o argumento apresentado

pela cooperativa

a) é válido caso, de fato, o tributo tenha sido integralmente pago na forma do Sim-

ples Nacional.

b) não é válido, pois nenhuma cooperativa poderá aderir ao regime tributário do

Simples Nacional.

c) não é válido, pois essa cooperativa não pode aderir ao Simples Nacional e não

pode recolher ICMS por substituição tributária pelo documento de arrecadação

única mensal.

d) não é válido, pois, embora essa cooperativa possa recolher o ICMS mediante

substituição tributária pelo documento de arrecadação única mensal, ela não pode

aderir ao Simples Nacional.

e) não é válido, pois, embora essa cooperativa possa se enquadrar como microem-

presa, ela não pode aderir ao Simples Nacional.

Letra c.

Conforme previsão do art. 3º, § 4º, VI, da LC n. 123/2006, as cooperativas não

podem aderir ao Simples Nacional:

§ 4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei


Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para
nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:
[…]

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VI – constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;

Além disso vale destacar que o recolhimento do ICMS por substituição tributária,

segundo art. 13, par. 1º, da LC n. 123/2006, devem ser recolhidos em paralelo

àqueles que fazem são recolhidos através de documento único de arrecadação.

Questão 67    (CESPE/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-RS/2019)

O Simples Nacional

a) depende, para o seu ingresso, da formalização dessa opção pelas sociedades

empresariais.

b) é obrigatório para microempresas e facultativo para empresas de pequeno porte.

c) afasta a incidência de tributos federais, estaduais e daqueles que o Distrito Fe-

deral fiscaliza na condição de estado-membro.

d) pode ser retratado no mesmo ano-calendário em que a microempresa exceder

o limite de faturamento relativo ao seu enquadramento.

e) é inaplicável a sociedade limitada cujas cotas sociais pertençam, em um terço

ou mais, a empregado público.

Letra a.

a, b, d) A adesão ao Simples Nacional é opcional para o contribuinte, nos termos

do art. 16 da LC n. 123/2006, deve ser formalizada, e será irretratável para todo o

ano-calendário.

c) Errada. O Simples Nacional também afasta a incidência de tributos municipais.

e) Errada. Não há tal previsão na LC n. 123/2006.

Questão 68    (CESPE/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-BA/2019) Observados os requisitos

legais, o SIMPLES Nacional permite o recolhimento mensal, mediante documento

único de arrecadação, entre outros,

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a) do imposto de importação, do ISSQN e do IOF.

b) do IOF, da COFINS e do ITR.

c) da CSLL, do ISSQN e do IRPJ

d) da COFINS, da CSLL e da contribuição para o FGTS.

e) do ITR, da contribuição para o PIS/PASEP e da contribuição para o FGTS.

Letra c.

Gabarito nos termos do art. 13 da LC n. 123/2006:

• Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ;

• Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI;

• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL;

• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS;

• Contribuição para o PIS/Pasep;

• Contribuição Patronal Previdenciária – CPP para a Seguridade Social;

• Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Pres-

tações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comu-

nicação – ICMS;

• Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS.

Questão 69    (CESPE/AUDITOR/TCE-RS/2012) De acordo com a Lei Complemen-

tar n. 123/2006, julgue o item abaixo.

A sociedade de propósito específico, constituída apenas de optantes do SIMPLES

Nacional, deve apurar o imposto de renda das pessoas jurídicas com base no lucro

real, mantendo a escrituração do livro-diário e do livro-razão.

Certo.

Gabarito conforme art. 56, par. 2º, IV, da LC n. 123/2006:

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Art. 56. As microempresas ou as empresas de pequeno porte poderão realizar negócios


de compra e venda de bens e serviços para os mercados nacional e internacional, por
meio de sociedade de propósito específico, nos termos e condições estabelecidos pelo
Poder Executivo federal. (Redação dada pela Lei Complementar n. 147, de 2014)
[…]
§ 2º A sociedade de propósito específico de que trata este artigo:
[…]
IV – apurará o imposto de renda das pessoas jurídicas com base no lucro real, devendo
manter a escrituração dos livros Diário e Razão;

Questão 70    (CESPE/PROCURADOR/PGE-SE/2017) Considerando as normas do re-

gime tributário do SIMPLES Nacional e o disposto no Estatuto da Microempresa e da

Empresa de Pequeno Porte – Lei Complementar n. 123/2006 –, julgue os itens a seguir.

I – A empresa individual de responsabilidade limitada não pode ser enquadrada

como microempresa para efeito de adesão ao SIMPLES Nacional.

II – Para o enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno porte,

a sociedade empresária deve, em cada ano-calendário, ter receita bruta in-

ferior a determinado montante legal, excluídas as vendas canceladas e os

descontos incondicionais eventualmente concedidos.

III – O recolhimento de tributo pelo regime especial unificado de arrecadação do

SIMPLES Nacional não exclui a incidência do ICMS devido nas operações su-

jeitas ao regime de substituição tributária.

Assinale a opção correta.

a) Apenas o item I está certo.

b) Estão certos apenas os itens I e II.

c) Estão certos apenas os itens I e III.

d) Estão certos apenas os itens II e III.

e) Todos os itens estão certos.

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Letra d.

Item I) Errado. Segundo art. 3º da LC n. 123/2006, a EIRELI pode aderir ao Sim-

ples Nacional:

Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou em-


presas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa
individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei
n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Regis-
tro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso,
desde que:

Item II) Verdadeiro, conforme par. 1º do art. 3º da LC n. 123/2006:

§ 1º Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o produto
da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços pres-
tados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas
e os descontos incondicionais concedidos.

Item III) Verdadeiro, conforme art. 13, par. 1º, XIII, “a”, da LC n. 123/2006.

Questão 71    (CESPE/PROCURADOR/PGE-AM/2016) Considerando o desenvolvi-

mento da relação jurídica tributária, julgue o próximo item.

Admite-se a extinção de microempresa e de empresa de pequeno porte median-

te baixa de seus atos constitutivos, independentemente de comprovação de sua

regularidade fiscal; nesse caso, será subsidiária a responsabilidade dos titula-

res, dos sócios e dos administradores no período da ocorrência dos respectivos

fatos geradores.

Errado.

Segundo art. 9º, par. 5º da LC n. 123/2006:

§ 5º A solicitação de baixa do empresário ou da pessoa jurídica importa responsabi-


lidade solidária dos empresários, dos titulares, dos sócios e dos administradores no
período da ocorrência dos respectivos fatos geradores. (Redação dada pela Lei Comple-
mentar n. 147, de 2014)

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Questão 72    (CESPE/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-RS/2019)

Uma cooperativa criada para industrializar produtos rurais insurgiu-se contra lan-

çamento decorrente de ICMS por substituição tributária, sob o argumento de já ter

realizado pagamento relativo a esse Tributo por meio do recolhimento mensal em

documento único de arrecadação do Simples Nacional.

De acordo com a Lei Complementar n. 123/2006, o argumento apresentado

pela cooperativa

a) é válido caso, de fato, o tributo tenha sido integralmente pago na forma do Sim-

ples Nacional.

b) não é válido, pois nenhuma cooperativa poderá aderir ao regime tributário do

Simples Nacional.

c) não é válido, pois essa cooperativa não pode aderir ao Simples Nacional e não

pode recolher ICMS por substituição tributária pelo documento de arrecadação

única mensal.

d) não é válido, pois, embora essa cooperativa possa recolher o ICMS mediante

substituição tributária pelo documento de arrecadação única mensal, ela não pode

aderir ao Simples Nacional.

e) não é válido, pois, embora essa cooperativa possa se enquadrar como microem-

presa, ela não pode aderir ao Simples Nacional.

Letra c.

Conforme previsão do art. 3º, § 4º, VI, da LC n. 123/2006, as cooperativas não

podem aderir ao Simples Nacional:

§ 4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei


Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para
nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:
[…]

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VI – constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;

Além disso vale destacar que o recolhimento do ICMS por substituição tributária,

segundo art. 13, par. 1º, da LC n. 123/2006, devem ser recolhidos em paralelo

àqueles que são recolhidos através de documento único de arrecadação.

Questão 73    (CESPE/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-RS/2019)

O Simples Nacional

a) depende, para o seu ingresso, da formalização dessa opção pelas sociedades

empresariais.

b) é obrigatório para microempresas e facultativo para empresas de pequeno porte.

c) afasta a incidência de tributos federais, estaduais e daqueles que o Distrito Fe-

deral fiscaliza na condição de estado-membro.

d) pode ser retratado no mesmo ano-calendário em que a microempresa exceder

o limite de faturamento relativo ao seu enquadramento.

e) é inaplicável a sociedade limitada cujas cotas sociais pertençam, em um terço

ou mais, a empregado público.

Letra a.

a, b, d) A adesão ao Simples Nacional é opcional para o contribuinte, nos termos

do art. 16 da LC n. 123/2006, deve ser formalizada, e será irretratável para todo o

ano-calendário.

c) Errada. O Simples Nacional também afasta a incidência de tributos municipais.

e) Errada. Não há tal previsão na LC n. 123/2006.

Questão 74    (CESPE/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-BA/2019) Observados os requisitos

legais, o SIMPLES Nacional permite o recolhimento mensal, mediante documento

único de arrecadação, entre outros,

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a) do imposto de importação, do ISSQN e do IOF.

b) do IOF, da COFINS e do ITR.

c) da CSLL, do ISSQN e do IRPJ

d) da COFINS, da CSLL e da contribuição para o FGTS.

e) do ITR, da contribuição para o PIS/PASEP e da contribuição para o FGTS.

Letra c.

Gabarito nos termos do art. 13 da LC n. 123/2006:

• Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ;

• Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI;

• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL;

• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS;

• Contribuição para o PIS/Pasep;

• Contribuição Patronal Previdenciária – CPP para a Seguridade Social;

• Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Pres-

tações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comu-

nicação – ICMS;

• Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS.

Questão 75    (CESPE/PROCURADOR/PGE-SE/2017) Considerando as normas do

regime tributário do SIMPLES Nacional e o disposto no Estatuto da Microempresa

e da Empresa de Pequeno Porte – Lei Complementar n. 123/2006 –, julgue os

itens a seguir.

I – A empresa individual de responsabilidade limitada não pode ser enquadrada

como microempresa para efeito de adesão ao SIMPLES Nacional.

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II – Para o enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno porte,

a sociedade empresária deve, em cada ano-calendário, ter receita bruta in-

ferior a determinado montante legal, excluídas as vendas canceladas e os

descontos incondicionais eventualmente concedidos.

III – O recolhimento de tributo pelo regime especial unificado de arrecadação do

SIMPLES Nacional não exclui a incidência do ICMS devido nas operações su-

jeitas ao regime de substituição tributária.

Assinale a opção correta.

a) Apenas o item I está certo.

b) Estão certos apenas os itens I e II.

c) Estão certos apenas os itens I e III.

d) Estão certos apenas os itens II e III.

e) Todos os itens estão certos.

Letra d.

Item I) Errado. Segundo art. 3º da LC n. 123/2006, a EIRELI pode aderir ao Sim-

ples Nacional:

Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou em-


presas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa
individual de responsabilidade limitada e o empresário a que serefere o art. 966 da Lei
n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Regis-
tro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso,
desde que:

Item II) Verdadeiro, conforme par. 1º do art. 3º da LC n. 123/2006:

§ 1º Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o produto
da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços pres-
tados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas
e os descontos incondicionais concedidos.

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Item III) Verdadeiro, conforme art. 13, par. 1º, XIII, “a”, da LC n. 123/2006.

Questão 76    (CESPE/ASSESSOR TÉCNICO JURÍDICO/TCE-RN/2015) Pessoa ju-

rídica que se dedica à atividade de compra de direitos creditórios resultantes de

vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring), ou que tenha

sócio domiciliado no exterior, não pode recolher impostos nem contribuições que

compõem o simples nacional, por força de expressa vedação legal.

Certo.

Segundo art. 17, I, da LC n. 123/2006, a referida empresa não pode aderir ao Sim-

ples Nacional:

Art. 17. Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacio-
nal a microempresa ou empresa de pequeno porte: (Redação dada pela Lei Complemen-
tar n. 167, de 2019)
I – que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria
creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a re-
ceber, gerenciamento de ativos (asset management) ou compra de direitos creditórios
resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring) ou que
execute operações de empréstimo, de financiamento e de desconto de títulos de crédito,
exclusivamente com recursos próprios, tendo como contrapartes microempreendedores
individuais, microempresas e empresas de pequeno porte, inclusive sob a forma de
empresa simples de crédito; (Redação dada pela Lei Complementar n. 167, de 2019)

Questão 77    (CESPE/JUIZ ESTADUAL/TJ-SC/2019) Para os efeitos da Lei Comple-

mentar n. 123/2006, observados os limites de receita bruta e os demais requisitos

legais, consideram-se como microempresas, além da sociedade empresária,

a) a sociedade por ações, as cooperativas de consumo e o empresário.

b) a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o

empresário.

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c) a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e as coo-

perativas que não sejam de consumo.

d) a empresa individual de responsabilidade limitada, o empresário e as cooperati-

vas que não sejam de consumo.

e) a sociedade simples, a sociedade por ações e o empresário.

Letra b.

Segundo o art. 3º da LC n. 123/2006, consideram-se microempresas ou empresas

de pequeno porte:

• a sociedade empresária,

• a sociedade simples,

• a empresa individual de responsabilidade limitada e

• o empresário a que se refere o art. 966 da Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de

2002 (Código Civil).

Questão 78    (CESPE/JUIZ ESTADUAL/TJ-PR/2019) De acordo com disposição do

Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, poderá ser

beneficiária de tratamento jurídico diferenciado a pessoa jurídica que

a) tiver filial no Brasil e sede no exterior.

b) tiver sido constituída sob a forma de cooperativa de consumo.

c) tiver sido constituída sob a forma de sociedade por ações.

d) tiver derivado da cisão de empresas, ocorrida em até três anos-calendário

anteriores.

Letra b.

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O par. 4º, art. 3º da LC n. 123/2006 destaca as pessoas jurídicas que estão proi-

bidas de aderir ao Simples Nacional, as quais estão destacadas no quadro esque-

mático presente na aula:

Está proibida de se beneficiar do Simples Nacional a pessoa jurídica:


i. de cujo capital participe outra pessoa jurídica;
ii. que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de
pessoa jurídica com sede no exterior;
iii. de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário
ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado
nos termos desta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultra-
passe o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
iv. cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital
de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a
receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste
artigo;
v. cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurí-
dica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite
de que trata o inciso II do caput deste artigo;
vi. constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
vii. que participe do capital de outra pessoa jurídica;
viii. que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desen-
volvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e
investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de
títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercan-
til, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar;
ix. resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de
desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos
5 (cinco) anos-calendário anteriores;
x. constituída sob a forma de sociedade por ações.
xi. cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante
do serviço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade.

Perceba que as cooperativas, em geral, não podem aderir ao Simples Nacional. No

entanto, tal proibição não será aplicável se ela for uma cooperativa de consumo.

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Questão 79    (CESPE/NOTÁRIO E REGISTRADOR/TJDFT/2019) O Estatuto Na-

cional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte – Lei Complementar n.

123/2006 – estabelece tratamento diferenciado e simplificado às microempresas

(ME) e às empresas de pequeno porte (EPP) com o objetivo de fomentar o pequeno

negócio como forma de geração de empregos e renda.

Em relação à simplificação das relações trabalhistas, as ME e EPP estão dispensa-

das, entre outras, da seguinte obrigação trabalhista:

a) proceder a anotações na carteira de trabalho e previdência social.

b) arquivar os documentos comprobatórios de cumprimento das obrigações traba-

lhistas e previdenciárias, enquanto tais obrigações não prescreverem.

c) comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego a concessão de férias coletivas.

d) apresentar a guia de recolhimento do fundo de garantia do tempo de serviço e

informações à previdência social.

e) apresentar a relação anual de informações sociais e do cadastro geral de empre-

gados e desempregados.

Letra c.

Quanto às obrigações trabalhistas, a LC n. 123/2006 destaca aquelas que as ME/

EPP não precisam cumprir. Veja o art. 51:

Art. 51. As microempresas e as empresas de pequeno porte são dispensadas:


I – da afixação de Quadro de Trabalho em suas dependências;
II – da anotação das férias dos empregados nos respectivos livros ou fichas de registro;
III – de empregar e matricular seus aprendizes nos cursos dos Serviços Nacionais de
Aprendizagem;
IV – da posse do livro intitulado “Inspeção do Trabalho”; e
V – de comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego a concessão de férias coletivas.

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Questão 80    (CESPE/PROCURADOR/PGE-PE/2018) Desde 2016, Lia é microem-

preendedora individual no ramo de venda de calçados nacionais e opta pelo recolhi-

mento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores

fixos mensais. Em 2017, ela auferiu renda bruta anual de R$ 80.500 e estima, para

2018, o crescimento dessa renda em mais de R$ 1.000 em relação ao ano anterior.

Neste ano, ela pretende expandir seu comércio com a abertura de mais um pon-

to de venda e participar, como sócia, em empresa de sua irmã, cuja atividade é a

venda a varejo de roupas.

Nessa situação hipotética, à luz da Lei Complementar n. 123/2006, Lia será desen-

quadrada do atual regime de recolhimento caso

I – sua renda bruta aumente conforme o esperado em 2018;

II – se torne sócia da empresa de sua irmã;

III – abra o novo estabelecimento.

Assinale a opção correta.

a) Apenas o item I está certo.

b) Apenas o item II está certo.

c) Apenas os itens I e III estão certos.

d) Apenas os itens II e III estão certos.

e) Todos os itens estão certos.

Letra e.

Para que uma pessoa se enquadre como Microempreendedora Individual – MEI,

é preciso que ela aufira renda até R$ 81.000,00 no ano anterior e seja optante do

Simples Nacional. Ocorre que, se ela auferir renda acima deste valor, será desen-

quadrada da situação de MEI. Além dessa hipótese, o par. 4º do art. 18-A da LC

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n. 123/2006, prevê mais hipóteses em que a MEI não poderá recolher através do

Simples. Veja:

Art. 18-A. O Microempreendedor Individual – MEI poderá optar pelo recolhimento dos
impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais,
independentemente da receita bruta por ele auferida no mês, na forma prevista neste
artigo.
1º Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se MEI o empresário individual
que se enquadre na definição do art. 966 da Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002
- Código Civil, ou o empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comer-
cialização e prestação de serviços no âmbito rural, que tenha auferido receita bruta, no
ano-calendário anterior, de até R$ 81.000,00(oitenta e um mil reais), que seja optante
pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática prevista
neste artigo.
§ 4º Não poderá optar pela sistemática de recolhimento prevista no caput deste ar-
tigo o MEI:
I – cuja atividade seja tributada na forma dos Anexos V ou VI desta Lei Complementar,
salvo autorização relativa a exercício de atividade isolada na forma regulamentada pelo
CGSN; (Redação dada pela Lei Complementar n. 147, de 2014) (Produção de efeito)
II – que possua mais de um estabelecimento;
III – que participe de outra empresa como titular, sócio ou administrador; ou
[…]
V – constituído na forma de startup. (Incluído pela Lei Complementar n. 167, de 2019)

Querido(a) aluno(a), chegamos ao final do nosso curso!

Esperamos que você tenha aprendido o suficiente para fazer uma boa prova de

Direito Tributário e alcançar a tão sonhada aprovação!

Conte conosco nessa jornada!

Lembre-se sempre de reler as partes grifadas nas aulas, seus resumos, e refaça

as questões que você errou! Além disso, leia os dispositivos legais com frequência,

a maior parte das questões tem suas respostas baseadas neles!

Estamos disponíveis no Fórum de Dúvidas!

Um forte abraço e sucesso!

Diego Degrazia e Lis Ribas.

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