You are on page 1of 410
Segunda Edicao Transplante Or ET A Arte do Microenxerto e IW iiaitaancouconels Unidade Folicular UUM eu) Carlos Oscar Uebel fl REVINTER Scanned with CamScanner Transplante Capilar A Arte do Microenxerto e Minienxerto de Unidade Folicular Segunda Edi¢do Alfonso Barrera, MD; FACS Clinical Assistant Professor of Plastic Surgery, PETC Cy Houston, Texas Carlos Oscar Uebel; MD, PhD Professor and Head, Division of Plastic Surgery, School of Medicine, Pontifical Catholic University RS, ETO DanC) Antonio Juliano Trufino Diretor da Clinica Trufino — Londrina, PR Cirurgido Plastico do Hospital Evangélico de Londrina, PR. Cirurgido Plastico do Hospital Fluminense - Servigo do Prof. Ronaldo Pontes, RJ ‘Membro Titular da Socledade Brasileira de Cirurgia Pléstica (SBCP) ‘Membro da Associagdo dos Ex-Alunos do Pro. Ivo Pitanguy (AEXPI) ‘Membro da Infernational Confederation for Plastic Reconstructive and Aesthetic Surgery (IPRAS). Membro da American Society of Plastic Surgeons (ASPS), Residéncia Médica em Cirurgia Pléstica no Hospital Fluminense — Servico do Prof. Ronaldo Pontes (MEC e SBCP) Residéncia Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitario Regional da Universidade Estadual de Londrina (UEL) Graduado em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) & REVINTER Scanned with CamScanner Os AGRADECIMENTOS~ Gostaria de agradecer aos meus ses filhos, Alfonso, Fernando, sua preciosa esposa, Alana, ¢ minha primeira neta, Rita; e minhas filhas, Laura, Ana Cristina (Kiki), Verdnica ¢ Marisa, por sua paciéncia durante a conclusio deste projeto. Agradego, também, ao meu caro colega e intimo amigo, Carlos Uebel, que me apre~ sentou o transplante capilar; ele é um maravilhoso mentor e tem sido uma inspirag4o para mim por tantos anos no campo do transplante capilar. Karen Berger e sua equipe QMP sio um incrivel grupo de profissionais; gostaria de agradecer-lhes por sua inestimavel ajuda na organizagio das informagdes e por tor- nar possivel este projeto. Meu aprego aos nossos distintos colegas, que contribuiram com sua experiéncia tao admiravelmente para este livro: Drs, Francisco Jiménez, Fernando F. Barrera, James Harris, Marcio Crisdstomo, James Vogel, Marcelo Gandelman, Clerisvaldo Almei- da Souza, Anajara Gazal, Jorge Moojen da Silveira, Joseph Greco e Jerry Cooley. Alfonso Barrera ‘Minha gratidao a minha amével familia: para Waldére2, minha esposa, que ie en= coraja todos os dia; para meus flhos, Juliane e Hiddo, Paulo e Mariana e para meus queridos netos, Matheus e Philip. Muito obrigado para sempre. } y oA i } Carlos Oscar Uebel _ ‘A (ee

. ‘mentos operatérios especificos sio bem descritos e discutidos, assimcomo'asabor- dagens sofisticadas, como estimulagio folicular com o emprego de conceitos avan- sados como as eélulas-tronco. Os autores sio auxiliados por um pequeno grupo de especialistas de todo o mundo, que apresentam técnicas alternativas para se alcancar excelentes resultados. Os autores devem ser parabenizados por reunir esta grande obra, a qual é destinada a sera eitura padrio para qualquer cirurgio que realize a ciruggia de reposiglo capil. Thomas M. Biggs, MD, FACS Professor Clinico Departamento de Cirurgia Plistica Faculdade de Medicina de Baylor Houston, Texas ~ BUA Pa Scanned with CamScanner PREFACIO ~~” Desde a primeira edigio do Traniplante Capilar ~ AArte do Microenxerto e Minien- xxerto de Unidade Folicular, publicado ha mais de 10 anos, muitos avangos e refina- ‘mentos ocorreram no campo do transplante capilat. Por esta razo, Carlos Uebel, meu amigo fntimo, colega e mentor, eeu sentimos que era importante produzir wma nova edigio deste livro para compartilhar estas inovagdes com outros cirurgides plisticos que realizam restauracio capilar. Na elaboragio desta nova edigio, traga- ‘mos nossas trés décadas de experiéncia e observacdes em transplante capilar. Em um esforgo para aprimorar os nossos resultados e tornar mais ficil e seguro o transplant de unidade folicular, com resultados mais previsiveis, ao longo do tempo modifica~ ‘mos nossas técnicas ¢ filosofia, como explicamos em detalhes por todo este livro. Aderindo a técnica meticulosa ¢& selesio apropriada de pacientes, somos agora ca~ pazes de consistente e previsivelmente: * Produzirresultados naturas eesteticamente agradaveis em transplante capilar para calvicie de padrao masculino, alopecia feminina e restaurasao de pelos fa~ ciais (bigode, barba, sobrancelhas e cilios) e corporais; + Alcancar cicatrizagdo imperceptivel na area receptora; ‘+ Melhorara cicatriz da drea doadora pela incisio mais longa e mais estreita das elpsesdadreadoadorae pelo fechamento do local em tens, fequentemen te sem a necessidade de dissecar as bordas; «Disseca ¢ faina doadora em mictoennertos etiniennerts de unidade foliew> =a. lar com ainda maior seguranga e preciso, minimizando a transeccSo folicilar ~ (ocorrendo em menosde 122% dos ios de cabelo;anteriormente 510%). ‘Neste livro, descrevemos melhorias ho manejo do curso e recuperagao pos~* Dperats- ria dos pacientes, No passado, os pacientes desenvolviam, comumente, edema facial \ significativo depois da cirurgia, o qual tinha um pico em torno do segundo ou tercei- 10 dia de pés-operatério e ele ot ela sentiriam dor na area doadora durante os pri- meiros 7 4 10 dias, Minimizamos significativamente ¢ em muitos casos eliminamos completamente o edema e a dor no pés-operatério pela modificagio da nossa solu- ‘so tumescente. ‘A melhoria na sobrevivéncia dos enxertos pelo uso dos fatores de crescimento enti quecidos com plaquetas permitiu resultados aprimorados. O texto discute a revisio de resultados indesejados de procedimentos de transplante capilar prévios erefina~ mentos no tratamento da calvicie na érea da coron (vértice); Temos, também, uma atualizasio sobre engenharia de tecidos e clonagem ¢ 0 uso de plasma injetivel rico em proteinas para acelerar a cicatrizaco e converter 0 cabelo minjaturizado em cabelo terminal. Scanned with CamScanner Preficio No trans Geen locais ey facial usamos agora laminas mais finase agulhas Poe csiat os joe readidade e 3 dircli0,20 oe a cable on una nk ea o oes bee i 8 elhas, moifica ae técnica por fazer as incisdes do local receptor ‘primeiro € depois inet ‘os 05 enxertos de nidade fll ficlitando uma cee ‘is densa de en tos em uma dada sessio. O uso de uma agulha French para fe¢0™ 6, também, apresentado e atualizado. ofieularparacolbeits de cabelo cult aos selecionaddos, tem dafaina ea tée- Existe uma atualizagdo sobre a extrasio de unidade doador a partir do couro cabeludo e do corpo, 2.qual, vantagens definitivas, e um capitulo sobre ‘a combinagao do método cao ee (ACB) cies atrruma ira de cow CAPES composta 20 ai ae de insenos ipdvduns de unidade foils, comseguind? ae zoavel em uma sessio. Um DVD estéincluido como vt, apresentando videos oD dissecgao de enxer- ade has, fos, bigode e barba;ritido- steletas perdi- to de unidade folicular; reconstrusio das sobr plastia ¢ transplante capilar em uma tinica sesso; reconstrugio de Cos das secundariamente a uma ritidoplastia; avangos 0 transplante cap! reconstrutor; e megassessdes de unidade folicular. 1 aio que tiveros de nossos colegas especia- sumente para este lio. Eles nos lembrarm que 0 finimico, desafiador e sealizador para os nossos ilar estético € Nés nos sentimos privilegiados pel Iistas que contribuiram tio generos faturo do transplanté capilar sera di pacientes, asim como para nés mesmos. Alfonso Barrera Carlos Oscar Uebel Scanned with CamScanner COLABORADORES Alfonso Barrera, MD, FACS Clinical Assistant Professor of Plastic Surgery, Baylor College of Medicine, Houston, Texas Fernando F. Barrera, BA, BM Medical Student, University of Texas Health Science Center School of Medicine, San Antonio, Texas Jerry E. Cooley, MD Private Practice, Carolina Dermatology Hair Center, Charlotte, North Carolina Marcio R. Criséstomo, MD, MS Medical Director, Hair Transplant Center, Fortaleza, Brazil; Diplomate of the American Board of Hair Restoration Surgery Marcelo Gandelman, MD. Private Practice, Sio Paulo, Brazil Anajara Gazzalle, MD Plastic Surgery Resident, Division of Plastic Surgery, Pontifical Catholic University RS, Porto Alegre, Brazil Joseph F. Greco, PhD. President, Greco Medical Group; Director of Clinical Research, OroGen BioSciences, Inc., Sarasota, Florida James A. Harris, MD, FACS Clinical Instructor, Department of Otolaryngology/Head and Neck Surgery, University of Colorado School of Medicine, Aurora, Colorado Francisco Jiménez, MD, PhD Dermatologist and Hair Transplant Surgeon, Department of Dermatology, Demoteenia Clinic, Las Palmas de Gran Canaria, Canary Islands, Spain Jorge Augusto Moojen da Silveira, MD ‘Assistant Plastic Surgeon, Uebel Clinic, Porto Alegre, Brazil Clerisvaldo Almeida Souza, MD Director, Plastic Surgery Clinic, Life Center, Salvador, Bahia, Brazil Carlos Oscar Uebel, MD, PAD Professor and Head, Division of Plastic Surgery, School of Medicine, Pontifical Catholic University RS, Porto Alegre, Brazil James E. Vogel, MD, FACS Associate Professor, Department of Plastic Surgery, The Johns Hopkins School of Medicine, Baltimore; Private Practice, Owings Mills, Maryland; Past President, International Society of Hair Restoration Surgeons (ISHRS) Scanned with CamScanner Capitulo 1 Capitulo 2 Capitulo 3 Capitulo 4 Capitulo 5 Capitulo 6 Capitulo 7 Capitulo 8 Capitulo 9 Capitulo 10 Capitulo 11 Capitulo 12 SUMARIO PARTEI FUNDAMENTOS Anatomia e Fisiologia do Cabelo 3 Francisco Jiménez = Alfonso Barrera = Carlos Oscar Uebel Avaliagio e Selegio de Pacientes 23 Alfonso Barrera» Carlos Oscar Uebel Planejamento Pré-Operatério e Instrugdes do Paciente 51 Alfonso Barrera » Carlos Oscar Uebel « Fernando F Barrera Incorporando 0 Transplante Capilar na sua Pritica 69 Alfonso Barrera PARTEII TECNICA Sedagao Intravenosa 81 Alfonso Barrera , Carlos Oscar Uebel Corresio da Calvicie de Padrio Masculino 87 Alfonso Barrera » Carlos Oscar Uebel Jorge Augusto Mogien da Sifveira Corresio da Calvicie de Padrio Feminino 169 = Carlos Oscar Uebel » Anajara Gazzalle Combinando a Ritidoplastia ao Transplante Capilar 195 Carlos Oscar Uebel » Alfonso Barrera Extragio de Unidade Folicular 217 James.A. Harris Combinasio de Extragio de Unidade Folicular e Transplante- Técnica da Faixa Intocada 237 ~ 3 Marcio R. Criststomo Revisio de Resultados Desfavoraveis ~ 263 James E, Vogel Complicasses 275 Carlos Oscar Uebel = Anajara Gazzalle XV, Scanned with CamScanner Sumério er PARTE II] PROBLEMAS ESPECIAqs ~~ Capitulo 13 Transplante Capilar para Melhorar a Reconstrugio da Face ¢ dy Couro Cabeludo 297 Alfonso Barrera * Carlos Oscar Uebel a Capitulo 14. Corregio da Alopecia Cicatricial apés Ritidoplastia 317 Affonso Barrera» Carlos Oscar Uebel Capitulo 15 Reconstrugio de Sobrancelhas e Cilios 331 Marcelo Gandelman. » Carlos Oscar Uebel Capitulo 16 Corregio da Perda de Cabelo na Area da Coroa 347 Clerisvalds Almeida Souza Capitulo 17 Pacientes Transexuais ~ Feminizacao da Linha de Cabelo Frontal 363 Alfonso Barrera PARTEIV NOVAS DIREGOES Capitulo 18 Beneficios dos Fatores de Crescimento Ricos em Plaqueta 371 Carles Oscar Uebel = Jorge Augusto Moojen da Silveira Anajara Gazzalle Capitulo 19 Beneficios da Terapia Celular Autéloga 391 Joseph F Greco Capitulo 20 ‘Tratamentos com Base em Células ~ Engenharia de Tecidos Clonagem ~ 409 Jerry E. Cooley Indice Remissivo 417 SUMARIO DO DvD Dissecgéo do Enxerto de Unidade Folicular Alfonso Barrera, MD, FACS Reconstrusio de Sobrancelhas, Cilio, Bigode e Barba Alfonso Barrera, MD, FACS Ritidoplastia ¢ Transplante Capilar em uma Uni Alfonso Barrera, MD, FACS “ee Reconstrugio‘da Perda das Costeletas Secundéri Ber ‘Alfonso Barrera, MD, FACS ncéria a uma Ritidoplastia Avangos no Transplante Capilar Estético e R, ‘Alfonso Barrera, MD, FACS prutor Mogassessbes de Unidade Foliculat: Abordagem P: Carlos Oscar Uebel, MD, PhD meal —_ Scanned with CamScanner PARTE I FUNDAMENTOS Scanned with CamScanner caPituLo l a ANATOMIA E FISIOLOGIA DO CABELO Francisco Jiménez « Alfonso Barrera Carlos Oscar Uebel Scanned with CamScanner A\ Hib vsoricament,ocabet tem sido uma fonte de orgulho para os homens éuma caracteristica distintiva que adorna assim como protege. Ele é, também, uma das nossas caracteristicas mais variveis. Amplas diferengas na cor, densidade, textura, comprimento e estilo distinguem as diferentes racas e grupos étnicos. O estilo do ca- belo ¢ 0s adornos evoluiram ao longo dos tempos. Hoje, homens e mulheres valori- zam sobremaneira a moda dos cabelos e dos produtos para melhorar sua aparéncia, Considerando 0 significado colocado no cabelo, é facil compreender porque a sua perda, frequentemente, causa afli¢io emocional intensa e porque as pessoas procu- ram pela restauragao capilar. Um cirurgiéo que realiza transplante capilar deve ter uma compreensio bisica da anatomia e fisiologia do cabelo humano. O transplante capilar exige excelentes habilidades técnicas, uma técnica diferenciada e uma aprecia- do de resultado natural ¢ esteticamente agradavel para produzir uma restauracio otimizada. TIPOS DE CABELO Embora todo cabelo humano tenha a mesma estrutura bisica, ele varia, consideravel- mente, em tamanho, forma e densidade, dependendo de sua localizagao e estagio de desenvolvimento. Os fios de cabelo so, principalmente, compostos de proteinas fibrosas de alfaqueratina. Dois tipos de fios de cabelo sio reconhecidos: 1. Cabelas de Velo sio os cabelos macios, hipopigmentados, sem medula, quase invisiveis, encontrados na testa. Estes cabelos tem menos de 0,03 mm de didmetro e menos de 1 cm de comprimento. Os cabelos de velo se espalham por toda a superficie do corpo e sio dificeis de serem vistos sem uma magni- ficagio apropriada. 2. Cabelos terminais sio mais longos, mais grossos ¢ tem pigmentagao varidvel. Eles caracterizam a idade adulta e excedem 0,06 mm de diametro ¢ 1 cm de comprimento, Subtipos de cabelo terminal so encontrados no couro cabe- ludo, sobrancelhas, lébio superior, queixo, axila, trax e pubis.! Demodo geral, 5 milhdes de foliculos capilares cobrem o corpo humano ao nas~ cimento. Normalmente aceita-se que novos foliculos nao podem desenvolver-se na pele adulta, embora o tamanho dos foliculos possa mudar com o tempo, primaria- mente sob a influéncia dos horménios androgénicos. Por exemplo, em adolescentes do sexo masculino, os pelos de velo da face podem tornar-se pelos terminais da barba ¢ bigode. Em contraste, os cabelos terminais no couro cabeludo podem tornar-se cabelos de velo em homens com calvicie de padrao masculino e em mulheres com alopecia androgenética. Scanned with CamScanner Capitulo 1 # Anatomia e Fisiologia do Cabelo DESENVOLVIMENTO DO FOLICULO CAPILAR Céulas epidérmicas Endentacio ectodérmica erat. capilares Céluas mesenquimais Proeminéncia ‘Misculo eretor do pelo Embriogénese da unidade capiar pela interacdo das células mesenquimaise epidérmicas & _geragio do broto capil com todas as estrutuas hstologias O cabelo eresce a partir dos foliculos, que sfo invaginagées em forma de meia do epi- télio superficial. Em um embrifo, os foliculos capilares originam-se do ectoderma e do mesoderma no terceiro més de gestacio e continuam a se desenvolver nos proxi- ‘mos 3 meses. O primeiro sinal morfolégico do desenvolvimento do foliculo capilar é o aparecimento na epiderme fetal de espessamentos regularmente espagados de célu- las epitelizis, conhecidos como placoides. Estes sinalizam ao mesénquima subjacente para a formaco de um aglomerado de células, chamado de condensado dérmico, que vai desenvolver-se para a papila dérmica. A proliferacio e o crescimento das células do placoide para dentro da derme formario o germe capilar primitivo. Ao longo do comprimento deste epitélio folicular primitivo, duas protuberincias bulbosas sio formadas: a protuberincia superior dard origem A glandula sebécea, e a inferior, tam- bém conhecida como a regio da proeminéncia, coincide com o local de insergo do miisculo eretor do pelo. A regio da proeminéncia recentemente tem atraido consi- deravel atengao porque ela é o principal reservat6rio cutineo de células-tronco.? Scanned with CamScanner 6 ParteI = Fundamentos Foliculo Capilar Primitivo Ci _Glandule sebécea Proeminéncia ‘Mostra-se um corte longitudinal de pele fetal com 21 semanas de idade gestacional corado com hematoxilina ¢ eosina. Observe as duas protuberncias do epitélio foli- cular: a superior transforma-se em glandula sebicea, e a inferior, conhecida como @ proeminéncia, é 0 local de inserso do miisculo eretor do pelo. ‘As células que formam a matriz do cabelo e os melanécitos séo de origem ectodér- mica. Os melanécitos produzem-os granulos de cor no miicleo central, oco, dos fios de cabelo que dio ao cabelo sua coloracio natural. As células da matriz dividem-se€ sio emputradas para cima; elas sfo continuamente substituidas por novas eéfulas que se formam abaixo delas. ~ ni y Scanned with CamScanner Capitulo 1 # Anatomia ¢ Fisiologia do Cabelo 7 Jfesteme Glandulas sudorparas Cuticula Camada de| Bainha Henle Lradicular ‘camada de| interna Huxley Bainha radicular externa ‘Membrana vires Papila é c (contendo Bainha fibrosa aks capiares) Conforme as células da matriz sto empurradas para cima e para fora ¢ tormam-se desidratadas pelo processo de extrusio, elas formam um fio de cabelo tubular de proteina morta chamada queratina. Este tubo oco¢, entdo, preenchido com grinulos de cor (melanina), que dio ao cabelo sua coloragio natural. Conforme envelhece- ‘mos, os melandcitos param de.funcionar, resultando em cabelos cinzentos ou bran- cos.3 Scanned with CamScanner HISTOLOGIA DO FOLICULO CAPILAR ~ Bibo Clelors do GneDug, ope OO bedumi Para se alcansar um fesultado natural eestético no transplante capilar, deve-se prestar pnsio a virios pequenos detalhes, comegando com as importantes caractevetinn Histolégicas dos foliculos capilares, Se cortarmos, longitudinalmente, um folie capilar terminal do couro cabeludo,o foliculo pode ser dividido em trés porgdes:(1) 0 influndibule, que é a porgao superior que se estende a Partir do orificio folicular até a entrada do ducto sebceo, (2) istmo,que é porgio do meio do folieulolitalvex. Periormente pelo ducto sebiceoe,inferiormente, pela inserio do misculoeners, Jo Pelo © (3) o segment inferior, que & a porgio que se estende da insergao de mdsculo eretor do pelo atéa base do foliculo (bulbofoliculat).C bulbo folicular é composto de células da matriz ¢ da papila dérmica. O infundibulo e o istme constituen = oro permanente do foliculo capilas, porque permanecem intactos 26 longo de todo ciclo capilar. Em contraste, o segmento inferior Passa por periodos de regressio e regene- ‘aslo durante o ciclo capilar, E essencial para o cirurgito de transplante capilar saber em qual profundidade estio localizados os compartimentos foliculares mais importantes para a regeneragio capilar. A média de comprimento total de um foliculo capilar terminal do couro cabeludo (ou a distincia entre a superficie epidérmica do couro cabeludo ea papila dérmica) é em torno de4,2 + 0,4 mm,3 embora exista alguma variablidade entre os individuos. ee Scanned with CamScanner Capitulo 1 = Anatomia ¢ Fisiologia do Cabelo MEDIDAS DO FOL{CULO CAPILAR HUMANO DO COURO CABELUDO Comprimento total 42mm Infundibulo 08mm Istmo 09 mm Porcio inferior 25 mm Densidade de FU. 65-85 FUs/em? Densidade capilar 260 + 30 cabelos/em? Localizasio da proeminé: mm da superficie do couro cabelu *Proeminéncia conforme definido por imunorreatividade 20 marcadorcitoqueratina 15 pelas cdlar-tonco daprosictoc, ane ete FU, unidade folicula. Uebicnsord Maitiplas unidades foliculares Vista em aproximagio ‘de vérios tamanhos Outro componente-chave do foliculo éo istmo ou porgio média do foliculo. O ist- mo é onde fica localizado o principal nicho de células-tronco epiteliais foliculares (proeminéncia). Os cirurgi6es de transplante capilas devem ser especialmente cui- dadosos para evitar qualquer transecgio cinirgica desta zona de 11mm de extensio,y qque € encontrada 1 mim abaixo da superficie da pele. Um corte vertical de um cabelo seeninal imunomarcado com um anticorpo anticitoqueratina (CK 15) € mostrado com marcasio das células-tronco da proeminéncia (coloragio marrom). Observe que as células-tronco da proeminénci =positivas éstendem-se 20 longo de toda porslo do istmo do foliculo. Um foliulo capilardissecado microscopicamente € mostrado (a direita), em que uma marcaglo oval indica a regiio da proeminéncia CK 15-positiva. Scanned with CamScanner 10 Parte # Fundamentos Epiderme, derme, apéndices dérmicos e tecido subcutineo adiposo podem ser vstos em corte vertical histolégico de pele reticada por bidpsia de pee ou durante a anilise das margens de tecido apds uma excisio de les6es cutiineas. Le A Scanned with CamScanner Capitulo 1 © Anatomia e Fisiologia do Cabelo i CONCEITO DE UNIDADE FOLICULAR Maltiplas unidades folculares de varios tamanhos Vista em aproximagéo Unidade folicular de dois cabelos Unidade folicular de um eabelo No entanto, somente cortes transversais (horizontais) demonstram que os foliculos capilares crescem em unidades foliculares. Em seu artigo de 1984, que foi um marco, “Anatomia Microscdpica Transversal do Couro Cabeludo Humano”, Headington* descreveu a.unidade folicular (FU) como incluindo um a quatro cabelos terminais, um cabelo velo (raramente dois), suas lid ecbicrs a ociadas, insergdes do miisculo eretor do pelo, um plexo vascular perifolicular, uma rede neural perifolicular € 0 perifoliculo (uma banda circunferencial de colégeno adventicio fino que dence Fine a tunidade), Isto sugere que uma unidade constitui,ao menos em algum grau, uma enti- dade fisiolégica. Scanned with CamScanner Esta foto de couro cabeludo occipital doador mostra como os cabelos saem da pele €m agrupamentos (unidades foliculares). A maioria dos agrupamentos nesta irea sio unidades foliculares de dois e trés cabelos, A densidade de FU - 0 mimero de unidades foliculares Por centimetro quadrado (FUfem?)— é um importante conceito para o cirurgiao de transplante capilar quan- do esté avaliando quanto de tecido doador precisa ser colhido, No cous, cabeludo ccipital doador da maioria dos individuos, a densidade de FU varia de 65 a 85 FU/ cm?.5 A densidade de FU ¢ diferente da densidade de cabelos, que é 0 numero de cabelos por centimetro quadrado (cabelos/em2). Como regra de ouro, a densidade africana ten- dem a ter menor densidade de cabelos do que os brancos, que tém média de densi- dade de cabelos do couro cabeludo de aproximadamente 260 + 30 cabelos/em?. Scanned with CamScanner Capitulo 1 ™ Anatomia ¢ Fisiologia do Cabelo 13 CICLO DO FOLICULO CAPILAR - Ais pod ico Novo cabelo Células germinativas secundirias apila dérmica /ANAGENA CATAGENA TELOGENA por ee (seat) | RETORNO PARA ANAGENA crescimento transigao) tio) oor By 5- 5% © foliculo capilar tem a capacidade tinica de reconstituir asi proprio, ¢ esta proprie- dade, assim como seu ficil acesso, 0 faz um érgio valioso e interessante para bidlogos ¢ pesquisadores de células-tronco. Cada foliculo capilar passa, perpetuamente, por periodos ciclicos consecutivos de crescimento (andgena), involusio (catdgena) e re- pouso (telégena). Em humanos, o ciclo folicularé dissincrénice, que significa que foli- culos vizinhos podem estar em diferentes estigios do ciclo. No inicio de um novo ciclo de crescimento (0 comego da anagena), as células-tronco— da proeminéncia sio ativadas pela papila dérmica, emergindo de miltiplos sinais "Positivos e negativos da papila dérmica. Na ativacio, as células-tronco saem da proe- minéncia e proliferam-se para baixo, criando uma longa trilha linear de células, a bainha radicular externa. Enwolvendo a papila dérmica na base do foliculo capilar, as células da matriz dividem-se rapidamente antes de se diferenciarem para cima para gerar o fio de cabelo e seu canal (bainba radicular interna). Nos foliculos capilares maduros, a bainha radicular externa estende-se da proeminéncia para a matriz, od d Gani Asn Mc rom Scanned with CamScanner 14 Parte = Fundamentos Foliculos capilares em diferentes areas do corpo produzem cabelos de diferentes comprimentos, com o comprimento proporcional a duragio do ciclo andgeno, Por exemplo, foliculos capilares do couro cabeludo ficam na andgena por 2.a 8 anos ¢ produzem cabelos longos. A taxa de crescimento média do cabelo do couro cabelu- do € de, aproximadamente, 0,35 mm/dia ou 1.cm/més. Os foliculos capilares das so- brancelhas ficam na andgena por somente 2 a3 meses € produzem pelos curtos. Em média, 90% dos cabelos do couro cabeludo estdo na fase andgena em qualquer mo- mento, 1% estara em catégena, e 5 a 15% em telégena. A fase catégena dos cabelos do couro cabeludo dura algumas semanas, e a fase telégena de 2a 3 meses. Durante a teldgena, o crescimento capilar cessa, ¢ a ligagao na base do foliculo torna-se mais fraca até que o cabelo, finalmente, cai. Presumindo 100.000 cabelos no couro cabe- Iudo com 10% deles na teldgena, aproximadamente, 50 a 100, cabelos telégenos de varias regides do couro cabeludo caem diariamente e so substituidos por novos ca~ belos andgenos em crescimento. / Depois do transplante de cabelo, os enxertos capilares entram nas fases catigena ¢ /-_tel6gena. Por esta raz3o, no se observa crescimento significativo dos enxertos capila- res até que estas fases tenham terminado, aproximadamente 2 a 4 meses depois do A tiaplant, Alda diss, sips dos eabsioccathios foquctichente/ tan Gee, ~~ eatigena e depois na fase tel6gena, em razo do trauma da cirurgia (eflivio teldgeno). Aproximadamente 10% dos foliculos capilares no couro cabeludo sem calvicie esto na fase telégena. Quando a taxa de perda de cabelo excede a taxa de crescimento, adelgasamento ¢, eventualmente, calvicie se desenvolvem. 7. CELULAS-TRONCO FOLICULARES a o Ne o? As células-tronco sao caracterizadas por sua multipoténcia e quiescéncia in vive, eas células-tronco do folfculo capilar séo fundamentais para a regeneracio da unidade pilossebécea. ee Um foliculo capilar contém as células-tronco epiteliais ¢ mesenquimais. O nicho Principal de células-tronco epiteliais foliculares esté localizado na regio da proemi- néncia.?é E importante perceber que, embora a regido da proeminéncia tenha sido inicialmente descrita como a protuberancia anatémica do foliculo capilar & qual 0 Imisculo eretor do pelo se liga, no seu senso biol6gico como um nicks de células- ee cee aia estende-se por toda a extensio da regio do istmo Scanned with CamScanner 2 Capitulo 1 # Anatomia ¢ Fisiologia do Cabelo Células-tronco mesenquimais foram encontradas na papila e bainha dérmicas. Estas células tém a capacidade de se diferenciar em uma gama de tipos celulares, fazendo dos foliculos capilares uma fonte em potencial de células multipotentes com signifi- cancia terapéutica na medicina regenerativa.” Existem, também, evidéncias para apoiar 0 argumento de que as células-tronco epiteliais da proeminéncia e as da bai- nha dérmica/papila dérmica podem desempenhar um papel na cicatrizagio de feri- das, reparando epiderme e derme depois de uma lesio.® J A presenga de células-tronco nos foliculos capilares abriu uma janela para novas estratégias de tratamento na restaurago capilar. Um ntimero de equipes de pesquisa estd trabalhando para isolar e fazer culturas de células-tronco foliculares para inje~ té-las ou transplanti-las para um couro eabeludo calvo receptor, com o objetivo de formar novos foliculos capilares ou ativar e transformar cabelos velo dormentes em cabelos terminais. ANATOMIA APLICADA: ALOPECIAS APROPRIADAS PARA CIRURGIA DE RESTAURAGAO CAPILAR Alopecia, wm texmo genérico para perda de cabelo, resulta de uma diminuisgo de cabelo visivel. Existem aumerosos tipos de alopecia; uns so permanentes e alguns reversiveis, Neste capitulo vamos focar na alopecia androgenética e na alopecia cica- tricial, que sto 9§ des) para a maioria das procuras pela cirurgia de restauragio capilar, i Alopecia Androgenética Alopecia androgenética, ou calvicie comum, é caracterizada pelo progressivo e visi- vel adelgaramento do cabelo do couro cabeludo em homens geneticamente susce- tiveis e em algumas mulheres. O adelgagamento é causado pela gradual miniaturi- zagio dos foliculos capilares. A miniaturizacio resulta na conversio de cabelos grandes (terminais) em cabelos velo pequenos, pouco visiveis e despigmentados. A nivel celular, pensa-se que a miniaturizagio folicular € causada por uma redo ¢ volume da papila dérmica como consequéncia de uma diminuigio do némero células por papila. O padrio clinico da alopecia androgenética masculina é bem descrita no sistema de classificagdo de Norwood? (Capitulo 2). Mais comumente, alopecia androgenética comega com uma recessio.bitemporal, seguida por calvicie no vértice e perda de cabelo mediofrontal, com preservaso do couro cabeludo occipital, mesmo nos casos mais graves. O padrio da alopecia androgenética em mulheres é caracterizado pelo adelgaca- mento difuso Gentral sobre 0 couro cabeludo mediofrontal, conforme descrito por Ludwig!® (Capitulo 2). 15 Scanned with CamScanner 16 Parte I ® Fundamentos Escala fotogréfica de Sinclair de alopecia androgendtica feminina, (Sinclar R, Patel M, Dawson TL etal. Hairloss in women: mia cosmetic approaches to increase hair fullness. Br J Dermatol 165:12-18, 2011) Estas fotos mostram a sequéncia da alopecia androgenética feminina ao longo do tempo. Na alopecia androgenética feminina (também conhecida como perda de ca- belo de padrao feminine), a linha de cabelo mais anterior geralmente é poupada e 0 adelgagamenta do cabelo ocorre no couro cabeludo parietal central. Estas pacientes sto candidatas ao transplante capilar se 0 cabelo do couro cabeludo doador for sufi cientemente grosso ¢ denso. Mulheres com alopecia androgenética geralmente no tém anormalidades nos androgénios circulantes, mas devem ser testadas para defi- ciéncia de ferro (ferro sérico e ferritina sérica), ¢ testes de fungao tireoidiana (TSH T4 livre) devem ser feitos para eliminar outras causas de perda difusa de cabelo. Mulheres com recess6es bitemporais, como as observadas na calvicie de padrio mas- culino, também devem ser testadas para hiperandrogenismo. Alopecia androgenética em homens ¢ mulheres, especialmente quando é intensa¢ prematura, pode ter efeitos psicossociais signficativos, uae Hoclnlal § Gene veenttior suihssetedien ao eemnemeeea. oe 8 observar que, associagSes genéticas inesperadas entre alopecia androgenética preco- as Se, doenga de Parkinson fertilidade diminuida foram meemanene’ clacdeo” Scanned with CamScanner Capitulo 1 # Anatomia ¢ Fisiologia do Cabelo Jase sabe, hé algum tempo, que os androgenios sio importantes na fisiopatologia da alopecia androgenética. Embora a testosterona seja o principal androgénio circulan- te, para ser maximamente ativa nos foliculos capilares do couro cabeludo, ela deve ser, primeiramente, convertida a di-hidrotestosterona (DHT) pela enzima 5-c.-re- dutase. A importincia da DHTycomo fator etiol6gico na perda de cabelo de padtéo masculino € mostrada pela.auséncia desta condigio em-homens com st congénita da 5-c-redutase'tipo'll e pela quantidade variével de retorno do cresci- mento capilar ‘em homens tratados com finasterida, um inibidor seletivo da 5-ct-re- dutase tipo II. Em mulheres, no entanto, nao existe consenso quanto a alopecia sindrogenética de padrio feminino ser realmente androgénio-dependente. A-mai— _oria-das mulheres afetadas no tem hiperandrogenismo bioquimico, e mulheres sem androgénios circulantes podem, também, desenvolver.dlopecia androgenética de pa~ -drio-feminino, sugerindo um possivel papel para mecanismos nao androgénios-de- pendentes. Recentemente foi descoberto que certas prostaglandinas podem, também, ter um papel importante na fisiopatologia da alopecia androgen¢tica. A prostaglandi reduz.o crescimento capilar,e niveis de PGD2 estio elevados no couro cabeludo cal- to.da alopecia androgenic Em contrat, a prostaglandifa Fx (ou seu andlogo, bimatoprosta) estimula.o crescimento.capilar.14 Alopecias Cicatriciais ‘A alopecia cicatricial pode ser dividida nos tipos primério e secundirio. No tipo pri- mario, o proprio cabelo ¢ 0 alvo da destruigio. Na alopecia cicatricial secundiria, 0 foliculo é um “inocente espectador” e é destruido de maneira nio especifica. Um paciente com alopecia cicatricial deve ser avaliado clinica e histologicamente para classificar-se, especificamente, a condigio. nanan 7 Scanned with CamScanner 18 Parte I # Fundamentos i ilar, alopecia fibrosante ee Iiquen plano pilar, alop« 3 . triciais-primérias, como Iiquen | fio médio-supe- Fn cae wr re om 403 NCTA Tica \ é ie er cea aes : posteriores ciclos foiculares- leva a uma tante destruigao das _spetda permanente-dos foliculos. capil Aenioes#8x40,normalmente,candidatosapropriados para o transplante iris Alopecia fibrosante no deve ser confundida com*, perda de cabelo de pa- drao feminino vista na Paciente da p. 16, \p Estas alopecias cicatriciais primérias possuem uuma tendéncia a serem progressivas ¢ de recorrerem, intermitentemente, a¢ longo do tempo. tL Scanned with CamScanner Capitulo 1 = Anatomia e Fisiologia do Cabelo 19 CONCLUSAO Cirurgides que realizam procedimentos de transplante capilar devern estar equipa~ dos para restaurar costeletas, a linha de cabelo temporal e retroauricular, sobrance- has, eflios, bigode, barba e freas do couro cabeludo. Uma base sélida em anatomia ¢ fisiologia ¢ essencial para produzir resultados bem-sucedidos. Como nosso entendi- mento da anatomia ¢ fisiologia do cabelo cresceu, tornou-se claro que a sobrevivéncia otimizada dos enxertos e 0 crescimento final do cabelo dependem do transplante de mais do que fios de cabelo desnudos. Enxertos ligeiramente largos ¢ enxertos de unidade folicular intactos sio mais bem- sucedidos, conforme demonstrado por Seager, em 1997.16 Dissecar os microenxer- tos de FU a um fio de cabelo desnudo pode diminuir a porcentagem da pega dos enxertos, Nao se sabe se € 0 plexo vascular perifolicular, as glindulas sebaceas ou os apéndices que so necessiirios a sobrevivéncia. Seager relatou 4139 de sobrevivencia ce crescimento de cabelos comenxerta.de unidade folicular. (Presumivelmente, cabe~ os que estavam na fase telégena nao foram, inicialmente, contados, mas no final tiveram crescimento capilar.) Os cabelos na fase teldgena.sio, também, incluidos quando micros e minienxertos ligeiramente largos sio transplantados. Deve-se ter cuidado para nao fazer enxertos muito largos, particularmente quando se estiver transplantando sobrancelhas.ou cilios. Nestas situagdes, enxertos de FU defioinica_ ultrafinos sio necessérios; estes devem ser, ee préximo ao fio de cabelo. . fe cabe oor [ino Scanned with CamScanner 20 Parte ® Fundamentos CONCEITOS ANATOMICOS FUNDAMENTAIS + Na cofheita da elipsedoador, cui deve fer inciso no nel profundo do suboutineo e superficial fsca para preservar os nerves e vasos occipital. A dissecgo deve separar o plano entre otecido subeutineo e a iscs. f «A clasiciadedocourocabeludo na rea doaora & geamente, maim inka méin occipital etoma-se menos listiclateralmente em direio is orelhas etémporss: «+A densidade de cbel ,gealente, maior na ina media ediminui em dresi0 lateral «Sao recomendados locais receptores com profundidade d 4mm) média de comprimento dos cabelos terminais do couro ¢ equipararcom @ «Os enzertos de unidadeflicular devem se inserdos no loca eeeproe X= ete mest a angulagio e orientagdo do cabelo residual para mi ara ‘crescimento capilar. ar! «+ A epiderme do enxerto deve permanecer superficial & epider tvar que oeabelo ces para dentoe isos de incusto epidemics, «« Encertos maiores do que uma unidade foicular produzirio wma SPAN ‘natural como resultado da compresio REFERENCIAS 1. Mens J, Wyss AR. ‘Multituberculate and other: ‘mammal hair recovered from Palaeogene excreta. Nature 385:712-714, 1997. 2. Cotsarelis G, Sun TT, Lavker RM. Label-retaining cells reside in the bulge area of pilosebaccous unit: implications for follicular stem cells, hair cycle, and skin carcinogenesis. Cell 61:1329-1337, 1990. 3, Jimenez F,Izeta A, Poblet E. Morphometric analysis of the human scalp hair follicle: ‘practical implications for the hair transplant surgeon and hair regeneration studies. Dermatol Surg 37:58-64, 2011. 4, Headington JE: Transverse microscopy anatomy of the human scalp. Arch Dermatol 120:449-456, 1984. 5. Jimenez F, ‘Ruifernandez JM. Distribution of human hair in. follicular units. Dermatol Surg 25:294-298, 1999. 6. Hsu YC, Pasolli HA, Fuchs E. Dynamics between stem cells, niche and progeny in the hair follicle. Cell 144:92-105, 2011. 7. Driskell RR, Clavel C, Rendl M, et al. Hair follicle dermal papilla cells at a glance. J Cell Sci 124:1179-1182, 2011. 8. Jahoda CA, Reynolds AJ. Hair follicle dermal sheath cells: unsung participants in ‘wound healing. Lancet 358:1445-1448, 2001. 9. Norwood OT. Male pattern baldness: classification and incidence, South Med J 68:1359-1365, 1975. 10. Ludwig E. Classification of the types of androgenetic alopecia (common baldness) occurring in the female sex. Br J Dermatol 97:247-254, 197. 11, Ells JA, Skebbing M, Harrap SB, ea. Polymorphism of the androgen receptor gene is associated with male pattern baldness. J Invest Dermatol 116:452-455, 2001. WL i i R, Brockschmide FF, Kiefer AK, ef al. Six novel susceptibility loci for early-onset androgenetic alopecia and thei dation wit Senet ocean their unexpected sociation with common diseases. PLOS Scanned with CamScanner Capitulo 1 * Anatomia e Fisiologia do Cabelo a 13. Garea LA, Liu Y, Yang Z, ef al. Prostaglandin D2 inhibits hair growth and is elevated in bald scalp of men with androgenetic alopecia. Sci Transl Med 4:126ra34, 2012. 14, Khidir KG, Woodward DF, Farjo NP, ¢ al. The prostamide-related glaucoma therapy, bimatoprost, offers a novel approach for treating scalp alopecias, FASEB J 27:557-567, 2013. 15. Harries MJ, Sinclair RD, MacDonald-Hull S, ¢f af Management of primary cicatricial alopecias: options for treatment. Br J Dermatol 159:1-22, 2008. 16, Seager DJ. Micrograft size and subsequent survival. Dermatol Surg 23:757, 1997. Scanned with CamScanner | CAPITULO 2 a AVALIACAO E SELECAO DE PACIENTES Alfonso Barrera » Carlos Oscar Uebel Scanned with CamScanner elos. A . jar novos cab Ax © presente momento, nao temos nenhum método Lai or pvigho dos cabe- Todas as técnicas atuais para restaurago capilar envolvem a reals! sto limita- ‘i a ; te capilar ¢ losexistentes do paciente. Portanto, os candidatos a0 aes Pensidade favo- dos aqueles que possuem uma superficie de local doador com eS U4 densi- riveis em relagdo ao tamanho da érea a ser transplantada. ae ‘tal ¢ temporal) ¢ dade e maior o tamanho da potencial area doadora (éreas ie Tndividuos mais menor for a drea de superficie a ser enxertada, melhor é ocane cabs Diversos centros velhos com padrées de calvicie mais previsiveis séo pacientes WEEN de clonar mundiais esto trabalhando com a engenharia de tecidos em ae vn laboratorio foliculos capilares ou de cultivar e multiplicar foliculos ae var pacts (Capitulo 20). Quando isto for bem-sucedido, seremos apart Ce 1) cog. com limitada quantidade de cabelo doador (pacientes CoM C0 otiminaremos sitaremos apenas coletar uma amostra dos foliculos capilares Cee Ad citantolo completamente a morbidade do local doador. No presente m » transplante depende da disponibilidade de cabelo autélogo. nicagio so essenciais. Os pacientes Itados que podem ser alcanga- do dos seus Cuidadosa avaliago do paciente ¢ boa comur devem ter expectativas realisticas em relacio aos resul ; podem dos. Eles devem entender que 0 procedimento envolve a redistribuicao d cabelos que jé existem, ¢ que, atualmente, nao existe nenhum método de criar novo cabelo. Portanto, existem limites para a densidade capilar que pode ser esperada. To- dos os pacientes, especialmente os mais jovens, precisam entender que a calvicie de padrao masculino é uma condigao progressiva, e que a perda de cabelo vai continuar; assim, existe alta probabilidade de que eles venham a precisar de sessdes adicionais de transplante capilar no futuro. Para se obter o melhor resultado possivel, frequen- temente serdo necessdrias duas sess6es e, em alguns casos, trés. No entanto, uma me- lhora razoavel pode, frequentemente, ser obtida em apenas uma megassessio. Os pacientes com menos de 30 anos sio, geralmente, os mais exigentes. Eles preci- s ae + a cae ave Porserem muito jovens, é impossivel determinar, antecipadamen- » © ponto tinal de sua queda de cabelo. Conservadorismo é recomendado nestes Scanned with CamScanner Capitulo 2 ® Avaliagio Sclegio de Pacientes 25 PADROES DE PERDA DE CABELO Grau Il de Ludwig Grau Il de Ludwig ‘A calvicie de padrio masculino é, de longe, o tipo mais frequente, seguida pela alo- pecia (padrio) androgenética em mulheres. Os pacientes aqui mostrados represen- tam padroes tipicos de perda de cabelo. Scanned with CamScanner 26 Pare» Findanets Sy Alopecia pés-cinirgica pode ocorrer depois de ressecgao oncolégica do couro cabe- Judo ou das sobrancelhas. Apés rejuvenescimento facial ou procedimentos craniofa- ciais, no é incomum a perda das costeletas ou de cabelos frontal, temporal ¢ retroa~ uricular. Alopecia pés-traumttica inclui perda de cabelo como resultado de lesées, como queimaduras, lesdes traumiticas de couro cabeludo e sobrancelhas, ¢ avulsées do couro cabeludo, Scanned with CamScanner Capitulo 2 * Avaliasio e Seleso de Pacientes 27 Exemplos de perda de cabelo congénita incluem a auséncia de pelos de bigode em catos de fssua labial bilateral (obviamente no antes da puberdade), alopecia tran gular temporal e nevo sebiiceo de Jadassohn. Scanned with CamScanner i = Fundamentos Sistemas de Classificagio Classificagao de Norwood A ae & ic Tansplant, 2nd ed. Springfield, Il Charles € Thomas, 1984 vu De Norwood OF, hil Re. ai |A clasificagéo mais comumente utilizada para a calvicie de padrdo masculino é ela descrita por Norwood? ne : E AM Tipol Exste minima ou nenhuma recesséo da linha caplar anterior na frea frontotemporal. a Recessées triangularesfrontotemporais simétricas que se esten- dem, posteriormente, a no mais do que 2 cm anteriores ao pla- no coronal desenhado entre os canais auditivos externos. TipoIII As recessdes frontotemporais estendem-se, posteriormente, além de 2 cm anteriores linha coronal, desenhada entre os ca- nais auditivos externos. Tipo Ikenice Primariamente, uma perda de cabelo no vértice, mas pode ser acompanhada por uma recessio frontotemporal que nao excede ; aquela descrta para o tipo Il Tipo IVA recessiofrontotemporal é mais grave que no tipo III. Os ca belos na érea do vértice so esparsos ou ausentes, mas estas reas sito separadas por uma banda de cabelo moderadamente denso 2 que atravesa a parte superior da cabega, ipo V ‘h perda de cabelo tanto na area frontotemporal como na dea de véctice € mais extensae somente separada por uma banda rsa € mais i - fae P estreita de cabelo pela parte superior da ca- Tipo VI A banda de cabelo. que se ce nao existe mais, As di Tipo I Parava as reas frontotemporal e vérti- as areas estéo interconectadas, Toda a Tipo vr pest estende © posteriormente, a . c apenas cet forma de calvcie de padrio masculino Existe apenas u ima estreita belos fino expunge Banda cm forma de feradura de ca Scanned with CamScanner Capitulo 2 © Avaliagio e Selegio de Pacientes 29 AO: Na va De Norwood OF, ShiellR, eds. Har Transplant, 2nd ed. Springfield, Il: Charles C Thomas, 1984 Norwood também descreveu uma variante tipo a menos comum que se aplica a, aproximadamente, 3% dos casos de calvicie de padrio masculino em que a calvicie comesa na linha de cabelo anterior, sem uma peninsula de cabelo, e avanca em dire $0 posterior. Os padroes de variancia anterior tipo a sio classificados assim: Tipo Ha Toda a linha de cabelo anterior é alta na testa. A peninsula me- diofrontal é representada por somente poucos cabelos esparsos. A dea de desnudamento estende-se a no mais do que 2 cm da linha mediofrontal. Tipo [la A érea de desnudamento alcanga, essencialmente, a linha medi- ocoronal. TipoTVa _A firea de alopecia estende-se posteriormente a linha medioco- ronal. Tipo Va Este €o mais avangado grau de alopecia eestende-se ainda mais Pposteriormente. Se ela progredir, pode tornar-se indistinguivel dos tipos Ve VI. Ludwig Classification Gru! Grau Grau i De Ludwig E. Ludwig's Casifcation of female androgenic alopecia, Br J Dermatol 97:247, 1977 A classfcasio mais comumente utilizada paraflopecia androgenética Tominina 6 a classficasio de Ludwig.+ Ela consiste nos seguintes graus: — Grau Perda de cabelo leve Grau era de cabelo moderada Grav III Perda de cabelo intensa Scanned with CamScanner t/ 30 Parte] # Pundamentos ilar geralmente é mais ge jo;na maioria Para mlheres, 0 adelante ee elgagamento sigifiativo das éreas dos casos poupa a linha de ea rca dea com razodvel boa qualidade e densidade do vértice, teraporale Pa ‘occipital. Mulheres que desenvolvem alopecia andro- de cabelo tende a ser 9 Tere nente, aumento anormal nos androgénios circulantes Benet et jormonais. Muita, de fato, possuem niveis normais de androgé~ 2 desert alton Pode er que os eceptores de androgénio no folicloeapilar vies unarenafeisou tenham maior afinidade de ligago &di-hidrotestosterongo sj aque pode ou nio ser de origem genética. Outros Tipos Comuns de Perda de Cabelo e Alopecias Embora a predisposigdo genética seja a causa da maioria das formas de perda de cabelo, outras fontes de perda de cabelo incluem: : : * Perda de cabelo como resultado de uma cirurgia estética de rejuvenescimento facial: evantamento coronal eendoscépico da testa pode causar pe discos teletas, perda de cabelo na linha de cabelo temporal ¢ distorsao da linha de cabelo retroauricular. ; © Perda de cabelo do couro cabeludo e da face associado a queimaduras ¢ outras lesbes trauméticas. + Anormalidades congénitas da face ou couro cabeludo, como malformagses vasculares, nevo melanocitico e fissura labial bilateral, que requer excisio ou revisio cinirgica. + Pés-ressecgdes oncoldgicas, como resultado de excisdes de tumores de pele ou do couro cabeludo, AAs téenicas atuais de transplante de unidade folicular (FU) capilar podem ajudar a melhorara estética nas reconstrugées da face e do couro cabeludo, Em casos selecio- nados,injegdes de gordura autéloga com alguns meses de antecedéncia do procedi- ‘mento de transplante capilar podem ajudar a preparar o local receptor, fazendo dele um terreno melhor para os enxertos. NATUREZA PROGRESSIVA DA PERDA DE CABELO Uma das caracteristicas mais importantes da calvicie é sua natureza progressiva. A taxa de perda de cabelo pode diminuir depois dos 40 anos, mas ela nunca cessa com- pletamente. Este assunto jé foi muito bem coberto por Marritt e Dzubowé e por Norwood,” que a descreveram como uma condigao de “progtessiio e previsibilidade”. Quando a perda de cabelo é corretamente avaliada, isto ira fornecer os parametros Parase estabelecer um programa de restauragaio capilar para todaa vida do paciente. Sabemos que a calvicie tem trés causast h ditatiedade fornece os melhores parame Vicie do paciente, Normalmente encont calvicie pode ser rastreada pela geneal observacio da Benealogia materna, ereditariedade, horménios e idade. A here- tros para a avaliaco do futuro curso da cal- “2M05 que a predisposigio do paciente para 2614 materna: os avés maternos e irmaos, Pela Scanned with CamScanner Capitulo 2" Avaliasio ¢ Selegdo de Pacientes 31 A perda de cabelo em homens e mulheres ocorre naturalmente ¢ tem, geralmente, tem uma origem genética. Estas condigdes hereditrias parecem ser controladas por um gene simples, autossémico dominante, ligado ao sexo. A expressio deste gene depende dos niveis de androgénios circulantes. Os sinais iniciais de adelgagamento correlacionam-se, claramente, com a puberdade em individuos de sexo masculino, quando os niveis de androgénios (testosterona) comegam a se elevat, convertendo, gradualmente, cabelo terminal em cabelo velo, Inicialmente isto resulta em um recuo da linha de cabelo e, dependendo das caracteristicas genéticas herdadas, pode progredir até que reste apenas uma margem de cabelo temporal e occipital. A testosterona secretada pelos testiculos ¢ o principal androgenio circulante no plas ma nos homens, enquanto nas mulheres os esteroides suprarrenais, sulfato de des droepiandrosterona, sulfato de androstenediol ¢ 4-androstenediona sio os mais abundantes pré-androgénios. Um pré-androgénio é um esteroide de 19 carbonos que convertido em androgénio ativo no tecido-alvo. A redugiio enzimatica da tes- tosterona e dos androgénios mencionados anteriormente em mulheres pela 5-ct- redutase em di-hidrotestosterona é necessiria & indugéo da perda de cabelo andro- genética em homens ¢ mulheres.® Outra causa de calvicie progressiva é a idade: conforme os pacientes envelhecem, podemos observar, em adigio a perda definitiva, um adelgacamento do cabelo im- plantado. Perde-se 0 cabelo de todo o couro cabeludo, incluindo a érea doadora, con- forme se pode observar neste paciente de meia-idade cujo cabelo implantado come- oua se adelgacar com 8 anos de pés-operatdrio. Um segundo transplante aumenta- ré.a sua densidade capilar. Scanned with CamScanner 32 Parte = Fundamentos Depois do segundo transplante Seis anos de pés-operatério Antes da ciurgia AA perda de cabelo pode ser, também, observada na regio occipital, onde existe wm aumento da érea da coroae um adelgagamento de todo o cabelo da regio posterior. Podemos avaliar melhor a natureza progressiva da calvicie na area da coroa. ‘A natueza progresiva da calvcie € uma realidade para profssionais da restau- ra¢ao capilar, assim como para seus pacientes que procuram uma solugao para a calvicie através da cirurgia. Uma vez que os pacientes observem esta Progresso, tles, confiantemente, retornam para seus médicos para milltiplas reposig6es ao longo do tempo. Ohomem na pigina 33 recebeu tes procedimentos de reposigo capilar a0 longo de 15 anos. Ele émostrado no pré-operatério e 5 anos depois da sua primeira reposigio capila. As crostas dos cabelos implantados sio mostradas em aproximaco. Aos 7 12 anos de pés-operatéro seu cabelo hava se adelgagado, e ele fot submetido a pro- cedimentos de eposigo caplaradicionais. Ele é mostrade com 18 anos de pés-ope- ito om oa densidade capilar, que é evidente na vista com aproximagio de sua Suprendentement, qualidade ea forsa dos cabelos implantados em, alguns paci- ei ara dif [pat PO fempo indefinido, sem adelgacament® subsequente ou calvicie Sistole nn Por causa de uma caracteristica muito particular e uma alta quali- dade histol6gica da 4 gica da drea doadora, que & a i + aa 7 iparentemente im i i- ‘aledade, horménios ou envelhecimenre hne aos efeitos da here Scanned with CamScanner Capitulo 2 ® Avaliagio e Selegio de Pacientes 33 Scanned with CamScanner 34 ParteI ® Fundamentos Scanned with CamScanner Capitulo 2 = Avaliagdo e Sclego de Pacientes 35 Este paciente recebeu reposisio de cabelo com minienxertos ¢ foi submetido a uma sessio subsequente de microenxerto anos depois para aumentar a densidade capilar. Ele é mostrado com 14 anos de pés-operatério. O cabelo transplantado ainda tem boa qualidade, confirmando que, em alguns pacientes, a calvicie e o adelgacamento podem ser imperceptiveis. Scanned with CamScanner

You might also like