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UNIVERSIDADE PÚNGUÈ
EXTENSÃO DE TETE
Escola Superior de Ciências Económicas e Contábeis
6ºGrupo
Eduardo Eugênio Mateus Pania
Ernesto Vicente Mendes Da costa Saguate
Gloria Rosa Esmenia Sofia
Marcelo João Júnior
Samira Dulá
Tamara Limbane Msowoya
Yanara Nogueira
Tete
Setembro de 2023
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6ºGrupo
Eduardo Eugênio Mateus Pania
Ernesto Vicente Mendes Da costa Saguate
Gloria Rosa Esmenia Sofia
Marcelo João Júnior
Samira Dulá
Tamara Limbane Msowoya
Yanara Nogueira
Tete
Setembro de 2023
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Índice
CAPÍTULO I ......................................................................................................................... 5
1. Introdução....................................................................................................................... 5
1.1. Objectivos................................................................................................................ 5
CAPÍTULO II ........................................................................................................................ 7
3. Conclusão ........................................................................................................................ 22
4. Referências Bibliográficas................................................................................................ 23
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CAPÍTULO I
1. Introdução
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivos Geral
Analisar a abordagem de satisfação no trabalho.
1.3. Metodologia
O presente estudo é eminentemente bibliográfico/documental. Consistiu na procura de
referências teóricas publicadas em documentos, tomando conhecimento e analisando as
contribuições científicas ao assunto em questão.
E é de natureza totalmente teórica e foram posteriormente também analisados outros
materiais bibliográficos já publicados pela Internet para posterior compilação e descrição, até
que se chegou ao actual estado do trabalho.
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CAPÍTULO II
2. Referencial Teórico
2.1. Satisfação no trabalho
supervisão técnica e de Recursos Humanos (RH), valores morais, segurança, serviço social,
autoridade, utilização de habilidades, políticas e práticas da organização, compensações,
avanço na carreira, responsabilidade, criatividade, condições de trabalho, companheiros de
trabalho, reconhecimento e realização.
Já de acordo com Zanelli, Borges-Andrade, Bastos e cols (2004), “diferentes aspectos
do trabalho são considerados como fontes de satisfação no trabalho, sendo os mais frequentes
os factores chefia, colegas de trabalho, o próprio trabalho, salários e oportunidades de
promoção”.
Segundo os mesmos autores:
[...] enquanto chefia e colegas de trabalho constituem-se em
dimensões relativas ao ambiente social, o próprio trabalho
representa as atribuições do cargo ocupado. Salário e
oportunidades de promoção são, por sua vez, dois aspectos de
gestão de pessoas pelos quais a organização manifesta sua
retribuição ao empregado, constituindo-se em duas maneiras
possíveis do empregado observar resultados de seus
investimentos na organização e avaliar sua relação de troca com
esta.
A dúvida sobre quais variáveis estariam implicadas na satisfação do indivíduo tem
conduzido pesquisadores a adoptar uma visão diferenciada que aborda a Satisfação no Trabalho
sob a óptica da personalidade, do ambiente ou ainda da interacção, que combina factores de
personalidade e ambientais (SPECTOR, 2003).
Zanelli (et. alli. 2004, p. 303) mostra que as “dimensões ou aspectos particulares no
trabalho são diferentes, podendo variar de situação para situação”. Por este motivo, a satisfação
no trabalho é de difícil mensuração e, a segunda vertente pode ter uma justificativa com maior
embasamento.
2.3. Causas da satisfação no trabalho
Pesquisas têm sido feitas e chegou-se à conclusão de que o que leva os funcionários a
se identificarem ou não com seu trabalho, está vinculado à perspectiva ambiental, mas que,
pessoas com o trabalho em condições similares podem mudar o seu grau de satisfação. Para
Spector (2003, p. 230) de acordo com esse ponto de vista, a satisfação no trabalho “é um produto
de adequação entre o indivíduo e seu trabalho”. O autor ainda propõe que o ambiente externo e
a personalidade podem impactar na satisfação no trabalho, bem como sua influência conjunta.
Um factor importante a ser lembrado, é que os motivos que podem gerar satisfação em
uma determinada cultura, não necessariamente são os mesmo factores que geram satisfação em
outras culturas. Spector (2003, p. 224) diz que pessoas apresentam sentimentos diferentes em
relação ao trabalho, o isso envolve valores básicos que variam de local.
Inicialmente, faz-se a relação da satisfação no trabalho com o salário e seus benefícios,
estes, considerados factores extrínsecos de satisfação. Oliveira (2006, p. 82) diz que “partindo
do contrato de trabalho, o trabalhador despende energia para produzir em força de uma
remuneração pelo trabalho, com a qual reproduz sua energia: o salário”. Com essa ideia,
conclui-se que o salário e os benefícios são os meios que o trabalhador possui para conseguir
seus bens fundamentais, satisfazendo assim suas necessidades. Contudo, esse benefício não
pode ser cancelado, pois isso pode causar uma atitude de inversão à satisfação, ou seja, a
insatisfação.
Para o empregado estar satisfeito com o trabalho ele precisa estar satisfeito também com
seu chefe, seu superior. É ele quem exerce a função de líder do grupo. Tanto para Bowditch e
Buono (1992) quanto para Robbins (2010) o líder é quem tem a capacidade de influenciar
pessoas para alcançar determinada meta ou objectivo. O chefe deve saber conduzir, trazer
motivação aos seus subordinados, pois isso pode reflectir positiva ou negativamente nos índices
da organização.
Segundo Robbins (2010, p. 75) “trabalhos interessantes que fornecem treinamento,
variedade, independência e controle, satisfaz a maioria dos funcionários”. Desta forma, quanto
mais a organização proporciona formas de crescimento e desenvolvimento, mais o empregado
tende a ficar satisfeito com seu trabalho.
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Staw e Ross (apud. SPECTOR, 2003) descobriram que a satisfação no trabalho muda
de acordo com a função executada ou de emprego. Desse modo, os empregados podem gostar
ou não de suas atribuições, de acordo com a personalidade de cada um. Pereira (2004) afirma
que outra maneira de encarar o problema satisfação depende de como o trabalho deve por si só,
satisfazer o homem. Esta satisfação vem da motivação intrínseca citada por Minarik (apud
BERGAMINI, 2008) onde a motivação interior impulsiona o indivíduo a utilizar suas aptidões.
A organização também deve proporcionar um ambiente agradável para que os
funcionários tenham abertura para suas competências. Há também uma forte correspondência
entre o quanto as pessoas apreciam o contexto social de seu local de trabalho e a satisfação que
sentem no geral. Para Guerrier (apud NUNES, 2003) a satisfação no trabalho torna-se um
conceito não global, mas multidimensional, segundo o qual os funcionários podem estar
satisfeitos com os colegas de trabalho, por exemplo, mas insatisfeitos com a natureza do
trabalho em si. Para Bergamini (2008) as organizações que permitem o atendimento dos
interesses e aspirações pessoais, também melhoram sua produtividade devido à forma
individual com que consideram cada pessoa.
Finalizam-se os factores com a declaração de Bergamini (2008 p, 8) que afirma a
substituição da remuneração pelo relacionamento interpessoal como factor de satisfação entre
os funcionários, “a ênfase no relacionamento interpessoal é, então, o mais directo substituto da
remuneração por produção”. Mostra assim, que um factor intrínseco pode proporcionar uma
maior satisfação que factores extrínsecos.
O relacionamento interpessoal garante um ambiente agradável tanto para o grupo quanto
para à organização, proporcionando as pessoas, mais prazer em trabalhar. Segundo Moscovici
(2002) o relacionamento interpessoal e o clima influenciam-se recíproca e circularmente,
caracterizando um ambiente agradável e estimulante ou desagradável, podendo causar a
satisfação ou insatisfação, necessário para manter a relação entre os indivíduos na organização.
como algo constante, infinito e complexo encontrado em todos os seres humanos. (FLEURY;
FLEURY; CASADO et.al, 2002). Maslow (1954) citado por Fleury e Casado afirma: “O
homem é um animal que deseja e que raramente alcança um estado completo de satisfação,
excepto durante pouco tempo. À medida que satisfaz um desejo, sobrevém outro que quer
ocupar seu lugar. Quando este é satisfeito, surge outro ao fundo. É característica do ser humano,
em toda a sua vida, desejar sempre algo.” Ele parte da premissa de que a motivação (que, por
sua vez, é o que determina o comportamento observável dos indivíduos) é em si mesma
determinada por um impulso genérico no sentido de satisfazer necessidades. (BUENO, 2002)
A teoria de Maslow sobre a teoria das necessidades identifica cinco níveis distintos de
necessidades individuais, como mostra a figura 1. As necessidades são classificadas em
necessidade de nível inferior e de nível superior. (SCHERMERHORN JR.; HUNT; OSBORN,
1998). De acordo com Robbins (2002), a divisão da pirâmide em dois níveis é justificada pela
diferença na natureza dos factores de satisfação. As necessidades de nível baixo são satisfeitas
a partir de factores extrínsecos. Como exemplos de factores extrínsecos nas organizações
podem-se citar remuneração, local de trabalho adequado e segurança no emprego; no geral,
pode-se concluir que, quando as empresas pagam salários mais altos os seus empregados terão
a maioria das suas necessidades básicas atendidas. Já as necessidades de nível alto, são
satisfeitas a partir de factores intrínsecos, que, de acordo com Bergamini (2008), refere-se à
necessidade de auto-realização, que representa a busca de individualização, ou seja, o objectivo
que visa atender a mais alta inspiração do ser humano, de ser ele mesmo, podendo usufruir de
toda a sua potencialidade, sem perder sua individualidade.
À medida que as primeiras, ou necessidades mais básicas (ou de ordem inferior), fossem
satisfeitas, surgiriam às necessidades dos níveis seguintes, até se chegar às mais elevadas.
Aplicando a teoria de Maslow ao desempenho no trabalho: O trabalho e o ambiente de trabalho
podem satisfazer uma ampla gama de necessidades, instrumentais e terminais, desde
necessidades de sobrevivência até as de auto-realização. As necessidades e a capacidade de
satisfazê-las, no entanto, dependem das características das pessoas e da situação de trabalho.
(MAXIMIANO, 2007).
Pérez-Ramos (1980) ressalta ainda que “o modelo teórico de Maslow é importante para
compreender e explicar o comportamento das pessoas na situação de trabalho, especialmente
em termos de satisfação, enfatizando a tendência humana de progredir e ultrapassar os
respectivos níveis da escala hierárquica.”
necessidades de alta escala. Porém, mais de um grupo de necessidades pode estar satisfazendo
ao mesmo tempo, e que ao enfrentar a frustração de tentar satisfazer uma necessidade de alto
nível pode ocasionar na regressão para uma necessidade de nível mais baixo.
Quanto a valência, Casado (2002, p.256) diz que: Valência é a orientação afetiva em
direção a resultados particulares. Pode-se traduzi-la como a preferência em direção, ou não, a
determinados objetivos. Diz-se que algo tem valência positiva se atrai o comportamento em sua
direção. Um objetivo de valência zero é aquele ao qual uma pessoa é indiferente. Um alvo com
valência negativa é aquele que o indivíduo prefere não buscar. Para Schermerhorn e John (1999,
p.92) pode-se dizer que a valência é o valor que os resultados do trabalho trazem para o
indivíduo que desenvolveu certa atividade.
Casado (2002, p.256) diz acerca de expectativa que: ...é o grau em que a pessoa acredita,
ou espera, que seus objetivos sejam atingidos. Diz respeito à probabilidade que a pessoa enxerga
na consecução de seus alvos. É definida como a crença de que determinado ato será seguido de
um resultado em particular. Trata-se de uma associação entre ação e o resultado da ação. A
teoria da expectativa trabalha com a idéia de que o indivíduo planeja e tenta antecipar os
acontecimentos de sua vida, adequando esforços e direcionando-os para alcançar suas metas
(CASADO, 2002, p.257). Quanto a força, Casado (2002, p.256) diz que: Ou, dito de outra
forma, a força de inclinação para uma ação depende da força da expectativa (probabilidade) de
que o ato será seguido por um resultado de alta valência. É o reconhecimento da capacidade de
planejamento do ser humano que diferencia essa teoria das demais, e ela tem excelente
aplicação dentro do modelo de gestão compartilhada de carreiras.
Para Dubrin (2003, p.116) essa necessidade de realização está relacionada com a
capacidade de progredir no trabalho, de assumir responsabilidades, estabelecer metas que
exijam maior desempenho, realizar actividades de níveis mais elevados com o próprio mérito.
A necessidade de poder é o desejo de se sentir responsável e influente para com o
comportamento das pessoas, valorizam o status e a competitividade. Por fim, a necessidade de
afiliação corresponde a relação amigável com os demais membros da organização, deixando a
competitividade em segundo plano.
cita que uma pessoa pode estar insatisfeita exclusivamente com as condições de trabalho,
enquanto o outro pode estar insatisfeito com a remuneração e oportunidades de crescimento.
Ambos estarão insatisfeitos, porém, por razões diferentes (SPECTOR, 2006).
Para Siqueira et al. (2008), estudos realizados demonstraram que características
pessoais dos indivíduos no ambiente de trabalho, pouco contribuem para explicar variações em
níveis de satisfação. Os autores referem-se às características pessoais como: idade, sexo, estado
civil e nível de escolaridade. Afirmam, ainda, que as dimensões que conseguem medir essa
satisfação, que conseguiram manter-se ao longo de décadas, foram cinco: satisfação com o
salário, os colegas, a chefia, a natureza do trabalho e as promoções.
Internacionalmente, uma conhecida escala de satisfação no trabalho é o Questionário de
Satisfação de Minnesota (QSM), desenvolvido por Weiss, Dawis, England e Loftquist (1966).
O QSM possui duas versões, uma de 100 itens e uma versão reduzida de 20 itens. Em ambas,
o questionário é composto por perguntas sobre 20 facetas da satisfação no trabalho, que seriam:
atividade; independência; variedade; status social; supervisão (relações humanas); supervisão
(técnica); valores morais; segurança; serviço social; autoridade; utilização de 29 habilidades;
políticas e práticas da organização; compensações; avanço; responsabilidade; criatividade;
condições de trabalho; companheiros de trabalho; reconhecimento e realização. A versão
reduzida é utilizada para medir a satisfação global ou satisfação intrínseca e extrínseca. Já a
versão completa é utilizada para avaliar as pontuações individuais das 20 facetas (SPECTOR,
2006).
A satisfação intrínseca está relacionada à natureza das tarefas do trabalho em si e aos
sentimentos dos indivíduos com relação ao trabalho que realizam. A satisfação extrínseca
refere-se a outros aspectos do trabalho, tais como remuneração e benefícios. Tanto a satisfação
extrínseca quanto a intrínseca são a combinação de diversos fatores, sendo que alguns
pesquisadores questionam como os itens podem ser classificados nos grupos intrínsecos e
extrínsecos (SPECTOR, 2006).
CAPÍTULO III
3. Conclusão
4. Referências Bibliográficas
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2008.
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