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SUMARIO 1 Objetivo 2) Kemet cormerenton SAEMPLAR OFICIAL DE NORMA BRASILEIRA 4 Condigdes gorais aay A COR VERMELHA DESTE CARIMBO € UM 5 een DOS REQUISITOS DE SUs AUTENTICIDADE ere Proibida Qualquer Reprodugéo Total/Parcial 1 omertvo Esta Norma fixa as condicdes exigiveis para o projeto e execugao de terrenos re forga ‘om aplicagao especlfica aos terrenos reforgados por terra armada. 7 2. NORMAS COMPLEMENTARES Na aplicagao desta Norma é necessario consul tar: de corpos-de-prova cilindricos de concreto - 52 jos) mi io di ocd Z ) I AR DOr Especificagao NBR 8044 - Projeto geotécnico - Procedimento NBR 9288 - Emprego de terrenos reforgados - Procedimento DIN 934 - Parafusos hexagonais 3 DEFINIGOES Par, efeitos desta Norma & adotada a defini¢ao de 3.1 3.1 Terra armada Sistema constituldo pela associagao do solo de aterro com propriedades —_adequa eh Origomn: £B-1618/35 (Projeto 2:04.09-004) €B-2 — Comité Brasileiro de Construglo Civil CE-2:04,09 — Comissiio de Estudo de Terreno Reforgado ABNT — ASSOCIAGAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS SISTEMA NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZACAO E QUALIDADE INDUSTRIAL Palavras-chave: solo. terra armada. terreno retorgado. NBR 2 NORMA BRASILEIRA REGISTRADA COU: 624.131:624,043 ‘Todos os direitos reservados 20 paginas z NBR 9286/ das, armaduras (tiras-metalicas ou nao) flexiveis, colocadas, em geral, horizon talmente em seu Interior, & medida que o aterro val sendo construfdo, e por uma pele ou paramento flexfvel externo fixado as armaduras, destinado a IImitar o aterro. 4 CONDIGOES GERAIS 4.1 Deseripao do. processo 4.1.1 Elementos construtivos pré-fabricados © processo terra armada utiliza, além do material do aterro, elementos pré-fabri cados, que sao. a) armadura b) escamas (acabamento externo do macigo); e ¢) acessorios omplementares. ALT Armaduras Constituem, em conjunto com o material de aterro, os dois elementos essenciais do processo terra armada. Sao as armaduras, pegas lineares que trabalham por a arte da oO c) bom coeficiente de atrito com o material de aterro; d) flexibilidade suficiente para nao limitar @ deformabilidade vertical do macigo em terra armada, e permitir facilidades construtivas; e) boa durabilidade. 41.1.2 Eecamas (acabanento externo do macigo) Tém fungao estrutural secundaria no seu funclonamento, sendo responsaveis pelo ‘equilfbrio das tensdes da periferta préxima ao paramento externo. Séo as escamas em geral, placas pré-moldadas de concreto, armado ou nao, Interligadas, mas con servando juntas abertas entre si para efeito de drenagem e de articulagao das pe as. 4.1.1.3 Aceesdrios complenentares S’o constituldos de: a) dispositivos de ligagao entre escamas e armaduri b) talas de emenda de armaduras; c) juntas entre as escamas; d) parafusos; e) chumbadores, que auxiliam no igamento das escamas, permitindo seu manuseio e montagem; NBR 9286/1986 pa Erte ene f) sistema de pino e furo verticais, para permitir boa flexibilidade ho. rizontal e movimentos diferenciados entre as escamas. 4.1.2 Montagen Deve ser feita ao mesmo tempo que a terraplenagem do aterro, conforme as fases construtivas descritas em 5.3.2.2. 4.2. Classificagio das obras 4.2.1 Bm fungao da vida itil 4.2.1.1 Podem ser classificadas em duas categorias a) vida Gti} até 30 anos; b) vida Gtil a partir de 30 anos. 4.2.1.2 Esta classificagao permite estabelecer premissas para qualificagio e quantificago dos materials de construgdo a serem utilizados (ver 5.2.2). 4.2.1.3 ‘Entende-se que, em todo o perfodo estabelecido como vida dtil, os mate rais em uso devam oferecer wi eguranga no minimo igual aquela estabelecida no a) obras nao inundaveis; b) obras inundaveis por agua doce; c) obras inundavels por agua selgada; d) obras especiais 4.2.2.1 OF Obras que no serao, nem parcial nem totalmente, submersas. 4.2.2.2 Obras imindaveis por dgua doce Obras que podem ser, total ou parcialmente, permanente ou temporariamente, sub mersas em agua cuja salinidade, medida em teores de cloretos e sulfatos, nao ul trapasse 3 da agua potavel (ver 5.2.1.2). 4.2.2.3 Obrae inundivets por dgua salgada Obras que podem ser, total ou parcialments permanente ou temporariamente submer, sas em agua do mar ou agua salobra Nota: Entende-se por agua salobra aquela cuja salinidade esté compreendida en. tre a da agua doce e a da agua do mar. 4 NBR 9286/1996 4.2.2.4 Obras eapeciais Obras submetidas a condigdes de agressividade especiais (P.ex.: obras de estoca gem e de protecao contra Ifquidos agressivos). 4.3 Concepgaio dae obraa 4.3.1 Comportamento doe macigoe face ao solo de fundagao Uma obra em terra armada comporta-se como um aterro face ao solo de fundacao. A grande area de fundacao e a flexibilidade do macigo terra armada, que Ihe possi bilita suportar recalques diferenciais significativos, permitem adotar, en rela 30 3 ruptura do solo de fundago, coeficientes de seguranga menores que os das fundagdes comuns. A articulagao das escamas permite que elas se movimentem umas em relagdo 35 outras com deformages diferenciais da ordem de até 1:75. 4.3.2 Inveetigagiee Sua importancia depende do tipo de obra a construir e das informagdes ja existen tes sobre o solo de fundagao, (ver NOR 8044). 4.3.2.1. Reeonheetmento norma SOs fe pe = perfis geotécnicos do local da obra 4.3.2 celtaveis do terreno de fundagao, podera ser dispensado novo reconhecimento nor 2 Uma vez que Informagdes ja disponfvels permitam definir qualidades a mal. 4,3.2.1.3 Caso o reconhecimento normal Indique um solo de fundagao de qual ida de duvidosa, tornar-se-& necessario um reconhecimento espec! fico. 4.3.2.2 Reconhecimento espectfico 4.3.2.2.1 Para obras sobre solos de baixa capacidade de carga, o reconhecimento especlfico deve verificar a seguranca & ruptura do solo de fundacao, com base em pardmetros de resisténcia Interna obtidos através da caracterizacao do solo e de ensalos "in situ" e/ou de laboratério sobre amostras indeformadas. 4,3.2.2.2 Para obras sobre solos muito compresslvels, 0 reconhecimento espect fico, além de verificar @ seguranga & ruptura do solo de fundagao, deve conduzir a um estudo da evolugao dos recalques a0 longo do tempo, com base em paranetros da deformabilidade do solo obtidos de ensaios de adensamento e/ou de outros en saios. NBR 9286/1986 OO — EE 4,3.2.2.3 Para obras sobre encostas instaveis, o reconhecimento @ andlogo ao previsto em 4,3.2.2.1 e 4.3.2.2.2, devendo-se considerar também as hipdteses mais desfavoraveis de ruptura profunda na verificagéo da estabilidade da obra. Quando necessario, deve igualmente compreender a execugao e a interpretagao de medidas piezométricas. 4.3.3. Drenagem Quando se utilizar material de aterro pouco permeavel, ou onde ocorrer surgimen to significativo de agua, deve-se prever dispositivos que permitam aumentar a eficiéncla da drenagem, escoando a agua sem carreamento de finos, e evitando com prometer a estabilidade da obra tanto na fase construtiva, quanto apés sua con. clus3o. Este objetivo pode ser alcancado por solucdes com uso de filtros (col ches e valas drenantes) com material granular adequado e/ou geotéxtels, ou ou tras que produzam bom resultado. 4.3.4 Encontros de pontes e d toe 4.3.4.1 0s macigos em terra armada podem ser utilizados com encontros — portan tes. Neste caso, eles so, ao mesmo tempo, arrimo de aterro e fundagdo do tabu BAIXA Tam 0 aterro do acesso) WPiaday arr 4.3.4.3. 0s encontros portantes exigem sempre um reconhecimento especifico, com estudo de recalques do solo de fundagéo 5 CONDIGOES ESPECIFICAS 5.1.1 Premiesas 5.1.1.1 0 funcionamento do macigo emterra armada baseia-se, principalmente, na existéncia de atrito entre a terra e as armaduras. Sua justificativa técnica @ felta a partir da resistenc do solo ao cisalhamento, considerada nas condi gées mais adversas de umidade a que a obra possa vir a ser submetida. 5.1.1.2 Inicialmente deve ser feito um pré-dimensionamento e depois a verifica So da estabilidade interna e externa do macigo. Se necessario, 0 processo se uird, por iteragdes sucessivas, com a Fixagao de novos pré-dimensionamentos, @ té que as condigdes de estabilidade venham a ser satisfeitas. 8 NBR 9286/1986 5.1.2 Pré-dimenstonanento Baseia-se na experiéncia adquirida no calculo de um grande nimero de obras. 5.1.2.1 Notagdee utilizadas Devem ser utilizadas as notagdes constantes da Figura 1. AEP ASTATE PS r \ poaeinet a =pBAIXARDOC stare do paramente “omprimento dat srmadurat targura.de bowe do mecigo (oem sempre igual» L) Ingato do talude de montante com # horizontal fingilo do talude de jusente com a horizontal FIGURA1 $.1.2.2 Picha 5.1.2.2.1 0 risco de ruptura do solo de fundagao na regiao junto ao paramento, além de outras consideragdes praticas (possibilidade de posterior descalgamento da obra por pequenas escavagées adjacentes, eventual fuga de finos, etc), impoem a adogao de uma ficha para os macicos em terra arma 5.1.2.2.2 Em condigdes normals, quando no h evidéncia de outros riscos 3 esta bilidade do solo de fundagao, adota-se o seguinte critério de comprimento de fi cha (D): a) D= 0,1 H quando o terreno a jusante do macigo for horizontal; b) D = 0,1 a 0,2 H quando o terreno a jusante do macico for inclinados c) 0D = 0,40 m ‘min Nota: 0 comprimento da ficha (D) pode ser dispensado no caso de assentamento do macigo em rocha. 5.1.2.3 Disposigdes conetrutivas Devem ser obedecidas as seguintes disposigées construtivas: a) 0 paramento em escamas @ colocado sobre uma soleira de concreto sim ples (f., > 13 MPa) que complementa a ficha; a soleira objetiva ape nas prover uma superficie limpa e divelada para o infcio de montagem das escamas, tendo fungdo estrutural (ver Figura 2); b) quando os macigos em terra armada séo Implantados sobre terrenos in clinados, devence deixar uma banqueta com largura nfo inferior a 1,00 m junto ao paramento (ver Figura 2). Para fins de primeiro pré-dimensionamento, deve-se prever, para os macigos en terra armada, comprimentos de armadura iguais ou superiores a 0,5 H (obras sim ples) e 0,7 H (obras especiais; P.ex.: encontros portantes, barragens, etc) 5.12.41 s de segdo nao gu Obras para as quais o comprimento de algumas armaduras deva ser reduzido em rela s30 a0 comprimento corrente, devem ser objeto de uma justificativa especial Nos casos de macigos em encostas, os comprimentos das armaduras podem ser escalona dos, conforme Figura 4, desde que: a) 0 comprimento mfnimo seja superior 2 0.44 (LL. > 0,4 H) b) sejam cuidadosa e especificamente verificadas as condicées de equi MMbrio externo. IFIGURA 3 @BAIXARDOC - L > 0,6 H+ 2m (para valores de H > 20 m GONCRETO FIGURA4 NBA 9286/1986 2 5.1.3 Verificagio da estabilidade interna 5.1.3.1 Principios basicos 5.1.3.1.1 Atrito soto-armadura Devido ao atrito que se desenolve entre o solo e as armaduras, est: so sollch tadas & tragao, conferindo ao material "terra armad uma coesio aparente na di regao das armaduras e proporcional a sua densidade e a sua resisténcia. 5.1.3.1.2 Dtatribuigao dos esforgos de tragao'das armaduras Numerosos ensalos e experimentacées tém evidenclado a distribuigao de tracdes ao longo das armaduras nos‘diversos niveis (ver Figura 5). Deve-se observar 0 se guinte: a) em qualquer nivel, @ trag3o maxima nao ocorre no ponto de fixagao da armadura ao paramento, mas sim no Interlor do macigo; b) 0 lugar geométrico dos pontos de trag3o maxima nos diversos nfvels de armadura, passa pelo pé do paramento e atinge o topo do macigo a uma distncia do paramento de aproximadamente 0,3 H; 0 lugar geo métrico das traces méximas separa duas zonas no interior do maci : umgmmeona: | | agmeensom "a sobre, ., coll OM > AR A . 1 on ae: 5 das-para dentro do maclgo armadi aches : t variacka 08 TRAGKO AO LONGO LAS De UNA ARMADURA FIGURAS. x NBR 9286/1986, 5.1.3.2 Caracteristicas dos matertais para o cdleulo 5.1.3.2.1 As caracterIsticas mecdnicas do material de aterro, para efeito de di menslonamento, s&o as seguintes: a) peso especIfico, devendo seu valor ser justificado; b) atrito Interno, sendo o coeficiente de atrito aparente solo-armadu ra definido como: Onde: max = tensdo tangencial maxima mobilizada no contato solo-ar 5, = tensdo efetiva vertical média do nivel considerado (P.ex.: resultante do peso de terras sobrejacentes a0 nivel considerado) Nota: a) 0 coeficiente f* deve sempre ser suposto constante ao longo de uma de terminada armadure b) Para os aterros compactados cuja granulometria atenda aos critérios de inid os fo: Be 1 rd a es 4 LFF eM f= fot (1-2) ata do (4), para z < Zo a Zs f* = tg do, para Z 2 Zo onde: Tange bo = Angulo de atrito interno minimo (ver Figura 6) de solos que atendam aos critérios estabelecidos para os tipos A e B da Ta bela 1 (determinado por ensaio de cisalhamento rapido sobre amostras com a umidade dtima e compactada até atingir 90% do peso especifico aparente seco maximo do ensaio de compactagao, com energia Proctor Normal): no caso de utilizagao de solos di ferentes dos tipos A e 6 adotam-se os valores de ve’ da Ta bela 1. Para fins de correla 36° c) 0 trecho inclinado da reta representativa de f* = f (2) € decorrente , adota-se ¢o minimo igual a da influéncia da dilatancia do material de aterro nas vizinhacas da ar madura; esta influéncia decresce com a profundidade e é desprezivel a

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