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RADIOLOGIA EM ODONTOPEDIATRIA

➔ A radiologia é um exame complementar ao diagnóstico - achados clínicos e os sintomas do


paciente sempre serão soberanos
➔ Quando lançar mão das radiografias?
◆ Traumas: causam obliterações no canal dentários (que ficam atrésicos) pela deposição
cálcica; fraturas radiculares; espessamento do ligamento periodontal (pode indicar um
deslocamento dentário (germe do IC p. se foram mais distante do plano oclusal, enquanto
que o IL se forma mais próximo)

◆ Cáries extensas: observar grau de comprometimento ou proximidade da câmara pulpar


● No dente decíduo, deve-se observar a região de furca, se possui alguma lesão ou
radiolucidez. Isso porque lesões nessa área são um sinal de necrose pulpar, uma vez
que essa região apresenta elevado número de foraminas (poros), em que
rapidamente toxinas e microrganismos chegam, causando reabsorção óssea. A lesão
chega mais rápido na furca, do que no ápice dentário.

● Caso a lesão na furca esteja muito próxima ou prestes a irromper a crista do germe
permanente, deve-se realizar a exoodntia. Isso porque prioriza-se a saúde dos
dentes permanentes e deixar a infecção tão próxima do germe pode acabar o
infeccionando.
◆ Erupção atrasada ou fora da ordem: pode ser causada por algum trauma (gengiva
fibrosada), dente supranumerário, odontoma. Caso tenha algum fator impedindo a erupção
de um dente, o ideal é removê-lo
◆ Alveolite: avaliar grau de infecção internamente
➔ Condicionamento do paciente
◆ Técnica falar, mostrar e fazer
◆ Crianças muito novas: pedir auxílio para acompanhante para sentar na cadeira, em alguns
casos mais de uma pessoa ajudando é necessário
◆ Começar com regiões mais fáceis: anterior superior > anterior inferior > superior posterior >
posterior inferior (película machuca assoalho)
➔ Efeitos radioativos
◆ A exposição radiográfica tem efeito cumulativo
◆ Alterações:
● As células das crianças estão em desenvolvimento e quanto mais jovens as células,
maior é o risco delas sofrerem alguma mutação devido a radiação, principalmente
células proliferativas (germinativas)
● Proteção do paciente: aparelho com localizadores abertos e filtros, filmes sensíveis,
rapidez de sensibilização do filme, avental de chumbo e protetor de tireóide
● Proteção do profissional: ficar atrás de barreira na parede
➔ Tipos de películas
◆ Número 1 (infantil), 2 (adulto) e a película oclusal (nº4)
● Película de adulto é mais utilizada porque nela conseguimos visualizar tanto o dente
decíduo quanto o germe do permanente
➔ Técnicas periapical
◆ Incidência do rx deve ser na região do ápice dentário
◆ Visualização no sentido M-D e I-A
◆ Avalia dentes e estruturas adjacentes
◆ Diagnóstico de lesão de cárie, proximidade com a CP, fraturas/reabsorções radiculares,
lesões periapicais, anomalias dentárias
◆ Desconfortável para crianças
1. Técnica da Bissetriz
● Busca-se a bissetriz entre os ângulos formados entre o longo eixo do dente e o eixo
do filme para que o feixe de raio X seja perpendicular a esse ângulo.
● Posição da cabeça:
○ Superior: plano tragus-asa do nariz paralelo ao solo
○ Inferior: plano tragus-comissura labial paralelo ao solo
● Dispensa o uso do posicionador, mas é mais difícil e tem mais chance de distorções
e erros
● Técnicas alternativas: aleta de mordida dobrando a ponta do filme (somente para
dentes posteriores); técnica oclusal modificada
● Odontodisplasia regional (dentes fantasmas)
● Como saber a posição de um dente intruído com a radiografia?
○ Se o dente intruído estiver maior que o dente homólogo, é sinal de que a
intrusão fez com que o dente se aproximasse do germe do permanente.
Logo pode ou está traumatizando o germe, devendo ser excluído
○ Se o dente intruído estiver menor que o dente homólogo é sinal de que ele
se distanciou do germe do permanente. Nesse caso, esperar a erupção
natural em até 6 meses, depois disso exo.
2. Técnica do Paralelismo
● Os feixes de raio X incidem perpendicularmente ao filme e ao longo eixo do dente,
que devem estar paralelos entre si.
● É feito com posicionador, o que garante padronização e mais taxa de sucesso para a
radiografia
3. Técnica de Clark
● Mesialização ou distalização do cone para observar um objeto em diferentes
ângulos e saber sua posição
● Se a estrutura observada se mexer junto com o cone (mesioradial = estrutura foi pra
mesial) é sinal que essa estrutura está mais para palatina. Se a estrutura for no
sentido contrário do cone, ela está mais para vestibular
● Investigação de anomalias, processos patológicos ou corpos estranhos
● Localização de dentes não irrompidos
● Dissociação dos condutos radiculares
● Fraturas dentárias
4. Técnica Interproximal
● Principal indicação é para cárie interproximal
● VIsualização de coroa e crista óssea
● Caso não tenha posicionador, pega o filme nº 2 com uma pedaço de papelão e põe
no meio da película. Passa fita ou rolinho de algodão e faz a aleta de mordida
5. Técnicas extra-orais
● Panorâmica
○ No mínimo 4 anos
○ Indicação: visualização de supranumerários ou odontomas, cistos; porém não
dá tanta definição pela distorção que possui.
○ Não dá pra analisar bem a cárie inicial, se ela está próxima a câmara pulpar
○ Também dá pra analisar o estágio de Nolan dos dentes para sabermos se
devemos pôr ou não mantenedores ao extrairmos dentes decíduos (quando
o dente tem 1/3 de raiz formada não precisa de mantenedor).
● De mão e punho
○ Calcificação do osso sesamóide - se estiver começando a aparecer significa
que a criança está começando a entrar no pico de crescimento
○ Intervenção na maxila = epífise menor que a diáfise + sem sesamóide
○ Intervenção na mandíbula = epífise maior (capeando) que a diáfise + com
sesamóide

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