You are on page 1of 13

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

2596 - LABORATÓRIO DE PAVIMENTAÇÃO

ASFALTO

Docente: Jesner Sereni Ildefonso


Discentes: Maria Cristina dos Santos RA: 115352
Melissa Rodrigues Watanabe RA: 115520
Turma: 002 e 004
OBS: Dados utilizados da turma 002

MARINGÁ
2023
1

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 2
1.2. Contextualização 2
1.3. Objetivo do ensaio 2
2. MATERIAIS E MÉTODOS 2
2.1. Material de estudo 2
2.2. Método 3
3. RESULTADOS E ANÁLISES 4
3.1. Ensaio de Compactação 4
3.2. Estudo de expansão 5
3.3. Resistência à Penetração 6
3.4. Índice de Suporte de Califórnia (ISC) 9
3.5. Análise da Expansão em relação a Tempo e Umidade 10
4. CONCLUSÃO E DISCUSSÕES 11
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12
2

1. INTRODUÇÃO

1.2. Contextualização

O ensaio de determinação do índice de suporte Califórnia (ISC), também conhecido como CBR
(California Bearing Ratio), é um método utilizado para analisar e caracterizar o tipo de solo de acordo com a
resistência à penetração, umidade ótima de compactação e expansão, ou seja, comparar as características
mecânicas de um cilindro padronizado com relação a penetração em uma brita padrão. Nesse sentido,
determinadas características do solo é possível ver, por meio dos resultados, se o comportamento mostrado é
adequado ou não para a realização da pavimentação. Além disso, caso não seja adequado, pode-se verificar qual
a maneira para se obter o melhor desempenho do material para esta finalidade.
Assim, com este ensaio é possível determinar a resistência de um solo comparado a uma brita padrão. A
resistência do solo ensaiado irá determinar onde é conveniente sua aplicação em projetos de pavimentação para
a construção de estradas e rodovias, por exemplo.

1.3. Objetivo do ensaio

O objetivo deste ensaio (CBR) é de, a partir dos resultados obtidos, determinar o ponto ótimo de
trabalho do solo por meio da análise de gráficos (pressão X penetração; expansão X umidade; expansão X
tempo e CBR X umidade) que permitem verificar o comportamento do solo ensaiado.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1. Material de estudo - ENSAIO DE PENETRAÇÃO

Para o material de estudo (solo), foi utilizado o solo de Mandaguaçú.


O ensaio CBR é pautado de acordo com as normas ASTM D1883, NBR 9895 e DNER-ME
049/94. No ensaio em questão foi utilizado o regulamento da Norma DNIT 172/2016: Solos - Determinação do
Índice de Suporte Califórnia utilizando amostras não trabalhadas - método de ensaio.

Os materiais utilizados para montagem do corpo de prova foram:


● Solo de Mandaguaçú;
● Molde cilíndrico metálico;
● Partes complementares do cilindro;
● Disco espaçador;
● Papel filtro;
● Soquete metálico cilíndrico;
● Balança;
● Haste regulável de base perfurada;
3
● Sobrecargas;
● Suporte com relógio;
● Tanque com água;

O material para o ensaio do corpo de prova foi:


● Prensa.

2.2. Método

O ensaio foi realizado com uma amostra de solo de Mandaguaçu. Assim, para a compactação da
amostra foi colocado um disco espaçador, o cilindro, papel filtro e a parte complementar do cilindro. O
processo de compactação foi feito em cinco camadas, por meio de soquete grande, utilizando a energia normal,
fazendo com que fosse realizado 12 golpes por camada. Após compactar a última camada, retira-se o colarinho.
No cilindro com o solo, coloca-se outro papel filtro na base e retira-se os espaçadores. Coloca-se a base
perfurada com haste regulável de altura em cima do corpo de prova recém compactado, também coloca-se as
sobrecargas que seriam como os pesos dos pavimentos e adiciona o suporte com o relógio comparador,
regulando a haste para deixar em uma leitura desejável (a partir de 1,0 para ser mais fácil identificar a retração
caso ocorra).
Posteriormente, deixa este cilindro em imersão no tanque de água durante 4 dias e a cada 24
horas faz-se a leitura para ver a evolução do corpo de prova, isto é, para ver a expansão e/ou retração. Durante 4
dias já é tempo suficiente para a peça estar estabilizada. Com o corpo de prova compactado e acondicionado
desta maneira, depois retira o excesso de água e faz-se a ruptura do corpo de prova na prensa, com o
assentamento do pistão de penetração no solo, por meio de uma carga de aproximadamente 45 N.
Posteriormente, aciona-se, através da manivela, uma velocidade constante para realizar o ensaio e fazer as
leituras nos tempos estabelecidos do corpo de prova.
Para o cálculo da expansão absoluta, pode-se utilizar a equação (1).

𝑙𝑒𝑖𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑙𝑒𝑖𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑛𝑜 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑛𝑠ô𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜


𝑒𝑥𝑝𝑎𝑛𝑠ã𝑜 (%) = 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑣𝑎
* 100 (1)

A partir das leituras realizadas (deflexão do anel) é possível calcular a carga por meio da
equação (2) e (3). E, ao fim, realizar o cálculo do CBR a partir da equação (4).

𝑦 = 2, 1918𝑥 + 11, 565 (2)

𝑦
𝑃𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 = Π*𝑑
2 (3)
4

𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎
𝐶𝐵𝑅(%) = 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜
* 100 (4)
4
3. RESULTADOS E ANÁLISES

3.1. Ensaio de Compactação

A Tabela 1 apresenta os dados de umidade e peso específico aparente seco, referente ao ensaio
de compactação, realizado com a energia normal.

TABELA 1 - Dados da umidade e do peso específico aparente seco dos corpos de provas

Umidade(%)
CP1 CP2 CP3 CP4 CP5
8 10,17 11,92 14,02 15,74

Peso Esp. Aparente Seco (g/cm³)


CP1 CP2 CP3 CP4 CP5
1,631 1,834 1,943 1,917 1,831

Com os dados de umidade e peso específico aparente seco determinados, foi possível traçar a
curva de compactação para esses cinco primeiros corpos de provas, como mostra a Figura 1.

FIGURA 1 - Curva de compactação

Com o traçado do gráfico foi determinado a umidade ótima e a massa específica seca máxima a
partir do ponto mais alto da curva, sendo Yd máx = 1,960 gf/cm³ e Wót = 12,7%.
5

3.2. Estudo de expansão

Nas Tabelas 2,3,4,5 e 6 são apresentados as expansões que cada corpo de prova demonstrou ao
longo de 5 dias, obtido através da equação (1).

TABELA 2 - Expansão do corpo de prova Nº1 a cada dia

EXPANSÃO Altura: 113,9 mm


Data Leit. (mm) Dif. (mm) Expansão (%)
07/07/2023 1 - -
C1 08/07/2023 1,96 0,96 0,843
09/07/2023 1,97 0,97 0,852
10/07/2023 1,98 0,98 0,860
11/07/2023 1,98 0,98 0,860

TABELA 3 - Expansão do corpo de prova Nº2 a cada dia

EXPANSÃO Altura: 114,5 mm


Data Leit. (mm) Dif. (mm) Expansão (%)
07/07/2023 1 - -
C2 08/07/2023 1,35 0,35 0,306
09/07/2023 1,36 0,36 0,314
10/07/2023 1,36 0,36 0,314
11/07/2023 1,37 0,37 0,323

TABELA 4 - Expansão do corpo de prova Nº3 a cada dia

EXPANSÃO Altura: 113,9 mm


Data Leit. (mm) Dif. (mm) Expansão (%)
07/07/2023 1 - -
C3 08/07/2023 1,12 0,12 0,105
09/07/2023 1,12 0,12 0,105
10/07/2023 1,11 0,11 0,097
11/07/2023 1,11 0,11 0,097

TABELA 5 - Expansão do corpo de prova Nº4 a cada dia

EXPANSÃO Altura: 113,9 mm


C4 Data Leit. (mm) Dif. (mm) Expansão (%)
6
07/07/2023 1 - -
08/07/2023 1,06 0,06 0,053
09/07/2023 1,05 0,05 0,044
10/07/2023 1,05 0,05 0,044
11/07/2023 1,04 0,04 0,035

TABELA 6 - Expansão do corpo de prova Nº5 a cada dia

EXPANSÃO Altura: 113,9 mm


Data Leit. (mm) Dif. (mm) Expansão (%)
07/07/2023 1 - -
C5 08/07/2023 1,03 0,03 0,026
09/07/2023 1,03 0,03 0,026
10/07/2023 1,02 0,02 0,018
11/07/2023 1,02 0,02 0,018

3.3. Resistência à Penetração

As tabelas 7,8,9,10 e 11 mostram o resultados referente ao ensaio de resistência à penetração com os


cálculos feitos para a carga e pressão através das equações (2) e (3) e o cálculo do CBR a partir da equação (4),
sendo a pressão padrão para as penetrações em 2,54mm e 5,08mm, respectivamente 70 kgf/cm² e 105 kgf/cm².

TABELA 7 - Penetração corpo de prova Nº1

CP 1
Pressão
Leitura (0,01 Pressão
Pen. (mm) Tempo (min) Carga (kgf) corrigida CBR (%)
mm) (kgf/cm²)
(kgf/cm²)
0,63 0,5 4 20,33 1,052 -
1,27 1 5 22,52 1,166 -
1,9 1,5 6 24,72 1,279 -
2,54 2 6 24,72 1,279 1,83
3,17 2,5 6 24,72 1,279 -
3,81 3 6 24,72 1,279 -
4,44 3,5 7 26,91 1,393 -
5,08 4 7 26,91 1,393 1,33
6,35 5 7 26,91 1,393 -
7,62 6 7 26,91 1,393 -
8,89 7 8 29,10 1,506 -
10,16 8 8 29,10 1,506 -
11,43 9 9 31,29 1,620 -
12,7 10 10 33,48 1,733
7
TABELA 8 - Penetração corpo de prova Nº2

CP 2
Pressão
Leitura (0,01 Pressão
Pen. (mm) Tempo (min) Carga (kgf) corrigida CBR (%)
mm) (kgf/cm²)
(kgf/cm²)
0,63 0,5 43 105,81 5,477 -
1,27 1 55 132,11 6,838 -
1,9 1,5 59 140,88 7,292 -
2,54 2 60 143,07 7,405 10,58
3,17 2,5 64 151,84 7,859 -
3,81 3 67 158,42 8,200 -
4,44 3,5 68 160,61 8,313 -
5,08 4 70 164,99 8,540 8,13
6,35 5 74 173,76 8,994 -
7,62 6 77 180,33 9,334 -
8,89 7 82 191,29 9,901 -
10,16 8 85 197,87 10,242 -
11,43 9 87 202,25 10,469 -
12,7 10 91 211,02 10,922

TABELA 9 - Penetração corpo de prova Nº3

CP 3
Pressão
Leitura (0,01 Pressão
Pen. (mm) Tempo (min) Carga (kgf) corrigida CBR (%)
mm) (kgf/cm²)
(kgf/cm²)
0,63 0,5 40 99,24 5,136 -
1,27 1 79 184,72 9,561 -
1,9 1,5 109 250,47 12,964 -
2,54 2 138 314,03 16,254 23,22
3,17 2,5 156 353,49 18,296 -
3,81 3 175 395,13 20,452 -
4,44 3,5 193 434,58 22,494 -
5,08 4 210 471,84 24,423 23,26
6,35 5 240 537,60 27,826 -
7,62 6 263 588,01 30,435 -
8,89 7 293 653,76 33,839 -
10,16 8 314 699,79 36,221 -
11,43 9 335 745,82 38,603 -
12,7 10 355 789,65 40,872
8
TABELA 10 - Penetração corpo de prova Nº4

CP 4
Pressão
Leitura (0,01 Pressão
Pen. (mm) Tempo (min) Carga (kgf) corrigida CBR (%)
mm) (kgf/cm²)
(kgf/cm²)
0,63 0,5 5 22,52 1,166 -
1,27 1 9 31,29 1,620 -
1,9 1,5 15 44,44 2,300 -
2,54 2 23 61,98 3,208 4,58
3,17 2,5 27 70,74 3,662 -
3,81 3 32 81,70 4,229 -
4,44 3,5 38 94,85 4,910 -
5,08 4 44 108,00 5,590 5,32
6,35 5 56 134,31 6,952 -
7,62 6 64 151,84 7,859 -
8,89 7 76 178,14 9,221 -
10,16 8 85 197,87 10,242 -
11,43 9 97 224,17 11,603 -
12,7 10 108 248,28 12,851

TABELA 11 - Penetração corpo de prova Nº5

CP 5
Pressão
Leitura (0,01 Pressão
Pen. (mm) Tempo (min) Carga (kgf) corrigida CBR (%)
mm) (kgf/cm²)
(kgf/cm²)
0,63 0,5 4 20,33 1,052 -
1,27 1 6 24,72 1,279 -
1,9 1,5 9 31,29 1,620 -
2,54 2 12 37,87 1,960 2,80
3,17 2,5 14 42,25 2,187 -
3,81 3 16 46,63 2,414 -
4,44 3,5 18 51,02 2,641 -
5,08 4 21 57,59 2,981 2,84
6,35 5 25 66,36 3,435 -
7,62 6 29 75,13 3,889 -
8,89 7 34 86,09 4,456 -
10,16 8 37 92,66 4,796 -
11,43 9 40 99,24 5,136 -
12,7 10 45 110,20 5,704

Com os dados de pressão e penetração foi traçado o gráfico da Figura 2 referente ao corpo de prova Nº5.
9

FIGURA 2 - Curva Pressão x Penetração do CP 5 da turma 2

Como não houve inflexão no trecho inicial, não será necessário realizar a correção da pressão.

3.4. Índice de Suporte de Califórnia (ISC)

Com os maiores valores obtidos nas penetrações de 0,1 e 0,2 polegadas, respectivamente, para as
penetrações em 2,54mm e 5,08mm, apresentadas nas tabelas 7,8,9,10 e 11, foi traçado o gráfico da Figura 3.

FIGURA 3 - Relação CBR x Umidade


10
O maior valor de CBR apresentado no gráfico é de 23,26% para uma umidade ótima de 11,92%.

3.5. Análise da Expansão em relação a Tempo e Umidade

Na Figura 4, foi traçado o gráfico de Expansão x Tempo dos corpos de provas.

FIGURA 4 - Expansão x Tempo

Na Figura 5, é traçado o gráfico com os valores de expansão máxima e com a umidade de cada corpo de
provas.

FIGURA 5 - Expansão x Umidade


11

4. CONCLUSÃO E DISCUSSÕES

A partir dos dados coletados, em que a CBR máxima é de 23,26% para uma umidade ótima de 11,92%,
ao rebater essa umidade ótima no gráfico da relação entre a expansão e a umidade, temos que a expansão
máxima do solo utilizado no seu CBR máximo é menor que 1%.
Com essas informações, podemos concluir que, levando em conta essa expansão máxima e o CBR
máximo calculado e considerado que o ensaio foi realizado com a energia normal de compactação, o solo que
foi utilizado pode ser utilizado como material de subleito, pois apresenta uma expansão menor ou igual a 2% e
um C.B.R. ≥ 2%, como implica o Manual de Pavimentação (DNIT. 2006).
12
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Norma DNIT 172/2016 – ME: Solos - Determinação do índice de Suporte Califórnia utilizando
amostras não trabalhadas – método de ensaio.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. DNIT – IPR 719.


Manual de Pavimentação. 3ª Edição. Rio de Janeiro, 2006.

You might also like