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TCC - Contribuição Da Fisioterapia Na Assistência Ao Parto para A Autonomia Materna e Enfrentamento Da Violência Obstétrica - Revisão Narrativa de Literatura
TCC - Contribuição Da Fisioterapia Na Assistência Ao Parto para A Autonomia Materna e Enfrentamento Da Violência Obstétrica - Revisão Narrativa de Literatura
CURSO DE FISIOTERAPIA
Ribeirão Preto
2021
HELENA MIELLE MOLINA
ISABELLE FERNANDA ZANIN
JÚLIA DE CARVALHO TAVEIRA
LAÍS PIERINI FERREIRA CUSTÓDIO
LÍVIA SIMÕES SANTANA
MARIA IZABEL MARIM PITA DUARTE
ROSA MARIA DOS SANTOS
Ribeirão Preto
2021
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio
convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a
fonte.
C782
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________________________
Dra. Elaine Cristine Lemes Mateus de Vasconcelos
Centro Universitário Barão de Mauá - Ribeirão Preto
___________________________________________________________________
Dra. Paola Marini Valério
Centro Universitário Barão de Mauá - Ribeirão Preto
___________________________________________________________________
Me. Letícia Holtz Barbosa Motta
Centro Universitário Barão de Mauá - Ribeirão Preto
Ribeirão Preto
2021
AGRADECIMENTOS
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................8
2 OBJETIVOS............................................................................................................11
2.1 Objetivo geral......................................................................................................11
2.2 Objetivos específicos.........................................................................................11
3 MÉTODOS..............................................................................................................12
4 REVISÃO DE LITERATURA..................................................................................13
4.1 Evolução histórica do parto..............................................................................13
4.2 Principais tipos de parto....................................................................................14
4.2.1 Parto normal....................................................................................................14
4.2.2 Parto cesário....................................................................................................15
4.2.3 Parto a fórceps............................................................................................….16
4.2.4 Parto humanizado......................................................................................…..17
4.3 Violência obstétrica..................................................................................…......18
4.4 Humanização da saúde, assistência ao parto e legislação pertinente...…...21
4.4.1 Breve histórico da humanização da saúde...................................................21
4.4.2 Humanização da assistência ao parto...........................................................22
4.4.3 Implantação do parto humanizado nos serviços de saúde.........................23
4.4.4 Legislação pertinente ao parto humanizado.........................................…....24
4.5 A pandemia da Covid-19 e a violência obstétrica...........................................26
4.6 A atuação do fisioterapeuta no trabalho de parto...........................................26
4.6.1 Deambulação e adoção de posturas verticais..............................................28
4.6.2 Fisioterapia respiratória..................................................................................29
4.6.3 Eletroterapia.....................................................................................................29
4.6.4 Massoterapia....................................................................................................30
4.6.5 Banho quente..................................................…………...…...….…................30
5 DISCUSSÃO......................................................................…..................................32
6 CONCLUSÃO.................................................................….....................................35
REFERÊNCIAS.............................................................…......................................…36
8
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 MÉTODOS
4 REVISÃO DE LITERATURA
feto ou deixar sequelas incorrigíveis. O sofrimento fetal pode ser identificado por
meio da ausculta fetal ou mesmo pelo exame ultrassonográfico (CUNHA, 2011).
Vale acrescentar que o ambiente precisa proporcionar condições de
realização da cesárea, pois caso haja falha do uso do fórceps, deve-se iniciar a
cesárea. Além disso, a falta das condições de praticabilidade e a inexperiência dos
médicos são fatores contraindicados para a realização do parto a fórceps (CUNHA,
2011).
feminino sobre seu corpo, tornando-o passivo e regrado (OLIVEIRA et al., 2017;
SADLER et al., 2016).
Esse cenário aproxima-se, especialmente, das mulheres de baixo nível
socioeconômico e de minorias étnicas, que estão vulneráveis ao poder institucional e
profissional, com manifestações opressoras e dominadoras, que modificam a
subjetividade feminina como característica essencial para a construção da
assistência centrada na mulher e do exercício de sua plena cidadania
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2014).
Segundo o dossiê “Violência obstétrica: parirás com dor” (CIELLO et al.,
2012), a violência obstétrica pode ser classificada em seis categorias, sendo estas:
física; psicológica; sexual; institucional; material; e relacionada à mídia, conforme
descrição a seguir:
Violência obstétrica de caráter físico: representada por práticas e
intervenções desnecessárias e violentas, em específico com o corpo da mulher, sem
o seu consentimento, além de situações que causem dor ou dano físico, destituídas
de evidências ou fundamentação científica, tais como a privação da ingestão de
líquidos e alimentos; imobilização de braços ou pernas; tricotomia; manobra de
Kristeller (procedimento banido pela Organização Mundial da Saúde em 2017);
aplicação de soro com ocitocina; cesariana eletiva sem indicação clínica; e negação
de acesso aos recursos para alívio da dor, sejam não farmacológicos ou
anestésicos.
Violência obstétrica de caráter psicológico: considerada toda conduta
ou comportamento que afete a mulher, gerando sentimentos ou sensações de
inferioridade, diminuição da autoestima, insegurança, instabilidade emocional, medo,
acuação, enganação, alienação, além da perda de integridade, dignidade e
prestígio.
Violência obstétrica de caráter sexual: se define como qualquer
conduta imposta à mulher que cause violação da sua intimidade ou pudor,
sobrevindo sobre o autocontrole de sua integridade sexual e reprodutiva,
independente do acesso ou não aos órgãos sexuais e partes íntimas do seu corpo.
Refere-se a práticas de: episiotomia sem prescrição médica; exames de toque
invasivos constantes ou agressivos; lavagem intestinal; cesariana sem o
consentimento informado; ruptura ou descolamento de membranas sem
20
A mulher em trabalho de parto deve ser orientada a dar voz ao seu corpo:
ouvi-lo e perceber qual movimento será mais oportuno para o que está sendo
vivenciado. É comum o desejo de movimentar-se, e pesquisas apontam que o ato de
deambular e a posição de cócoras estão associados à ação da gravidade e à
ampliação do canal de parto. As posturas verticais também auxiliam na
contratilidade da musculatura lisa uterina que fica mais efetiva, muito provavelmente
devido à melhor irrigação sanguínea que proporcionam quando comparadas ao
decúbito dorsal por tempo prolongado, pois se previne a oclusão da artéria aorta e
da veia cava, evitando o indesejável sofrimento fetal mesmo em um período
expulsivo prolongado (BAVARESCO et al., 2011).
O ato de movimentar-se da mãe possibilita um melhor encaixe do bebê à
pelve materna, e várias são as posturas que podem ser estimuladas pelo
fisioterapeuta no trabalho de parto, por exemplo, sentada, quatro apoios, ajoelhada,
segurando-se a uma corda presa ao teto ou a uma barra, inclinada para frente
apoiada em uma parede, posição de Simms (decúbito lateral esquerdo) ou cócoras
sustentada. Estas posturas irão proporcionar um maior relaxamento do assoalho
pélvico, canal do parto e, também, da musculatura dorsal, além de auxiliarem na
diminuição do uso da analgesia quando utilizadas no primeiro e no segundo estágios
do trabalho de parto (BAVARESCO et al., 2011).
Outra forma de promover um relaxamento global da mulher para além do
assoalho pélvico, consiste no uso da bola suíça. O fisioterapeuta pode auxiliar a
mulher a realizar exercícios na bola suíça associados aos exercícios respiratórios,
acalmando a futura mãe e trazendo consciência para o momento vivenciado. Assim,
a bola suíça é mais uma opção confortável de posição vertical que pode ser
assumida durante o trabalho de parto (OLIVEIRA; CRUZ, 2014).
A importância da adoção da postura vertical é tamanha que há evidências
científicas de que diminui os seguintes aspectos relacionados ao parto: o período
expulsivo; o uso de ocitócitos na indução e na condução do trabalho de parto
29
4.6.3 Eletroterapia
4.6.4 Massoterapia
5 DISCUSSÃO
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BRASIL. Projeto de Lei N.º 7.867, de 2017. Dispõe sobre medidas de proteção
contra a violência obstétrica e de divulgação de boas práticas para a atenção à
gravidez, parto, nascimento, abortamento e puerpério. Brasília: Câmara dos
Deputados, 2017. Disponível em:
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=AC09E8
8E486EE2C6AC480F5277D5BCDB.proposicoesWebExterno1?codteor=1574562&fil
ename=Avulso+-PL+7867/2017. Acesso em: 31 mar. 2021.
https://www.scielo.br/j/csc/a/JQVbGPcVFfy8PdNkYgJ6ssQ/?format=pdf&lang=pt.
Acesso em: 05 maio 2021.
DINIZ, S. G. et al. Violência obstétrica como questão para a saúde pública no Brasil:
origens, definições, tipologia, impactos sobre a saúde materna, e propostas para sua
prevenção. Journal of Human Growth and Development, São Paulo, v. 25, n. 3, p.
377-384, 2015. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rbcdh/v25n3/pt_19.pdf.
Acesso: 22 abr. 2021.
https://www.scielo.br/j/icse/a/g5QhYLCVmhdNkmbkySCTRbC/?format=pdf&lang=pt.
Acesso em: 20 jun. 2021.
https://www.scielo.br/j/tce/a/gTk46nQYfqhG6XmbSkyZ6sL/?lang=pt&format=pdf.
Acesso em: 25 jun. de 2021.
SADLER, M. et al. Moving beyond disrespect and abuse: addressing the structural
dimensions of obstetric violence. Reproductive Health Matters, London, v. 24, n.
47, p. 47-55, 2016. Disponível em:
https://www.tandfonline.com/doi/pdf/10.1016/j.rhm.2016.04.002. Acesso em: 18 abr.
2021.
SADLER, M.; LEIVA, G.; OLZA, I. COVID-19 as a risk factor for obstetric
violence. Sexual and Reproductive Health Matters, London, v. 28, n. 1, p. 46-48,
2020. Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7888052/pdf/ZRHM_28_1785379.pdf.
Acesso em: 05 ago. 2021.
VICENTE, A. C.; LIMA, A. K. B. S.; LIMA, C. B. Parto cesáreo e parto normal: uma
abordagem acerca de riscos e benefícios. Temas em Saúde, João Pessoa, v. 17, n.
4, p. 24-35, 2017. Disponível em: https://temasemsaude.com/wp-
content/uploads/2018/01/17402.pdf. Acesso em: 05 maio 2021.