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Cépia no eutorizada ABNT-Associagao Brasileirade Normas Técnicas Fae (a) se teams Enseego Eetenoo sowssrteg te set 197 | NBR 13969 Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposi¢gao final dos efluentes liquidos - Projeto, construgao e operacgao Origem: Projeto 02:144.07-002:1996 CB-02 - Comité Brasileiro de Construgao Ci CE-02:144.07 - Comissao de Estudo de Instalacao Predial de Tanques Sépticos NBR 13969 - Septic tank - Units for treatment and disposal of liquid effluents - Project, const Descriptor: Septic tank Valida a partir de 30.10.1997 ceprate © 187 vores eee Imoeso no at ion and operation 60 paginas ‘Sumario Prefacio Introdugéo 1 Objetivo 2 Referéncias normativas 3 Definiges, simbolos e abreviaturas 4 Tratamento complementar dos efluentes de tanque séptico 5 Disposicao final dos efluentes de tanque séptico 6 Amostragem para andlise do desempenho e do mo- nitoramento ANEXOS ‘A Pracedimento para estimar a capacidade de percolacao do solo (k) B Figuras referentes a instalagao C Referencias bibliogréficas Figuras referentes a dados climatolégicos Prefacio AABNT - Associago Brasileira de Normas Técnicas -6 0 Forum Nacional de Normalizacao. As Normas Brasileras, cujo contetdo é de responsabilidade dos Comités Brasileiros (CB) e dos Organismos de NormalizacZo ‘Setorial (ONS), sa0 elaboradas por Comissdes de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratérios e outros) Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no ambito dos CB e ONS, circulam para Votacao Nacional entre os, associados da ABNT e demais interessados. Esta Notma faz parte de uma série de trés normas Feferentes ao “Sistema de tratamento de esgotos", sendo a primeira desta série a NBR 72291993 - Projeto, cons- ttugdo e operagao de sistemas de tanques sépticos. Esta Norma complementa a parte referente ao tratamento e disposigao dos efluentes de tanques sépticos da NBR 7229-1993, que contemplava transitoriamente este assunto em seu anexo B, até a edic3o da presente Norma. {As alternativas para tratamento e disposi¢ao dos efluentes dos tanques sépticos foram revistas, ampliadas detalhadas, assim como foram inclusas outras altermativas para possibilar a adequagdo da qualidade do efluente para situagdes as mais diversas e exigentes possiveis, se for necessitio. A terceira norma, em fase de elaboragio, cujo titulo & “Tratamento e disposi¢a0 final de sdidos do sistema de tanque séptico", vai completar 0 assunto, abrangendo, desta forma, todos os aspectos de tratamento no sistema local de tratamento de esgotos. Esta Norma inclui os anexos A e B, de caréter normativo, 08 anexos C e D, de cardterinformativo. Introdugao Esta Norma fol elaborada para oferecer aos usuarios do sistema local de tratamento de esgotos, que tém tanque séptico como unidade preliminar, alternativas técnicas consideradas vidveis para proceder ao tratamento com- plementar e disposigo final do efluente deste. Em (Cépia no eutorizada decorréncia das necessidades de saneamento basico efetivo das dreas no abrangidas por sistema de rede coletora € tratamento de esgotos de porte, da protecSo do meio ambiente e do manancial hidrico, tomou-se im- peratvo oferecer opodes coerentes com aquelas neces- sidades. Isto ndo impede que um fabricante ou usuario desenvolva outros processos mais compactos, econé- micos ¢ eficientes, como, por exempl, jé incorporando tangue anaerdbio em substtuigdo a0 tanque séptico; reator bioldgico o qual faz uso da membrana fitrante para obtencio direta do efluente para reuso; sistema in- corporando aproveltamento de biogas; sistema de desinfecedo por ultravioleta compacto etc., desde que devidamente comprovades. As alternativas aqui apresentadas foram detalhadas e explicadas. No entanto, 0 usuario néo pode eximir-se da responsabilidade de verificacSo de alguns aspectos técnicos por ocasio do estudo para implantacéo do sistema, tais como os dados sobre vazées reais a serem tratadas, as caracteristicas do esgoto, do solo, do nivel aaiifero, das condigdes climaticas locais etc., quando for De modo geral, em um sistema de tratamento de esgotos, 0 custos de implantagao e de operagéo sao propor- Cionais ao volume de esgoto a ser tratado. Além disso, ‘como regra geral, quanto mais concentrado & o esgoto, mais facil € 0 seu processo de depuracao. Sendo assim, no planejamento do sistema de tratamento de esgotos, é de fundamental importéncia a redugo do seu volume. Isto exige, freqlentemente, a mudanga de procedimento nas atividades consumidoras de 4gua, no habito dos usudrios, na adogao de equipamentos dispositivos saritérios que demandem menos égua para funcionamento, tals como tomeiras com menor azo € mesmo poder de lavagem, vasos sanitrios com volume menor de agua necesséria, no reuso das Sguas antes do seu langamento a sistema de tratamento, etc Diante da escassez dos recursos hidricos facilmente exploréveis, 0 atendimento da populagao das dreas urbanas com gua potével em abundancia esté sendo tarefa cada vez mais dtc de ser cuprida, Com a crescente presséo demogréfica, uma das alter- nativas para contomar este problema é, sem divida, 0 reuso de esgoto, sendo esta a politica que deve ser se- Guida tanto no setor produtivo, para o qual prevé-se sensivel elevacio do custo de Agua no futuro préximo, quanto pela populago em geral. ‘Com um bom planejamento, pode-se obter, ndo raras vezes, uma reducio de até 50% no volume de esgoto. 0 beneficio de reduco do volume de esgoto se estende a todas as alternativas técnicas de tratamento, mais es- pecialmente nos casos de sistemas de disposi¢o final por valas de infltraco, sumidouros e canteiros de evapo- transpiragao. E igualmente importante que sejam avaliados padres de emissao estabelecidos nas leis, necessidade de protegdo do manancial hidrico da area circunvizinha, dis- Pponibilidade da agua etc., para selecdo das alternativas que compdem o sistema local de tratamento de esgotos. ‘As mesmas observacies relativas ao consumo de gua valem para determinados poluentes, cuja tecnologia para NBR 13969:1997 sua remogdo ainda é onerosa (por exemplo: fésforo). A substituigao de determinados produtos (detergentes) por outros que contenham menor teor daquela substéncia tem mais eficdcia em evitar a poluigdo do que operar um sistema complexo para sua remocéo e reduz 0 custo de tratamento, Também constam informages acerca de temperaturas médias @ indices pluviométricos das regiées do Brasil (yer anexo D), de modo que o usuario possa obter nogées répidas sobre aqueles dados, uma vez que diversos pro- cess0s slo afetats pelos ftores climaticos. No entanto, para locais mais citicos, tais como a regio sul, o usuario deve obter informagées mals detalhadas da area onde se pretende implantaro sistema, de modo a assegurar 0 seu funcionamento adequado. ‘Aaplicagio correta desta Norma constitui uma altemativa paralela e confidvel ao sistema convencional de sanea- ‘mento, e contribui para a evolugao do saneamento basico € protecdo ao nosso meio ambiente 1 Objetivo Esta Norma tem por objetivo oferecer altemativas de procecimentos técnicos para o proto, construgao © ope- ragdo de unidades de tratamento complementare dispo- sigao final dos efluentesliquidos de tanque séptico, dentro do sistema de tanque séptico para otratamento local de esgotos. As allemativas aqui ctadas devem ser sele- cionadas de acordo com a5 necessidades e condigSes locais onde é implantado o sistema de tratamento, nao hhavendo restrgdes quanto & capacidade de trtamento das unidades. Conforme as necessidades locais, 28 aitemativas ctadas podem ser utilzadas complementar- mente entre si, para atender ao maior rigor legal ou para efetva protegao do manancialhirico, a entero do éraao fiscaizador competent. 2Referéncias normativas ‘As normas relacionadas a seguir contém disposigdes que, a0 serem citadas neste texto, constituem prescricSes para esta Norma. As edigdes indicadas estavam em vigor no momento desta publicacao. Como toda norma esta sujeita a revislo, recomenda-se Squeles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniéncia de se Usarem as edigdes mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informagéo das normas em vigor em um dado momento, NBR 11799:1990 - Material fitrante - Areia, antracito pedreguiho - Especificacao NBR 11887:1991 - Hipociorito de célcio - Especii- cago 3 Definicées, simbolos e abreviaturas Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definicdes. 3.4 sistema local de tratamento de esgotos: Sistema de saneamento onde as distanclas entre as fontes gera- doras de esgotos, seu tratamento e disposicéo final S80 préximas entre si, ndo necessitando normalmente de rede coletora extensa, coletorronco, pogos de visita, emis- sitios, elevatbrias etc. Copia no autorzede NBR 13969:1997 3.2 reuso local de esgoto tratado: Utlizagao local do esgoto tratado para diversas finalidades, exceto para 0 consumo humano. 3.3 reator biolégico: Unidade que concentra microorga- nismos e onde ocorrem as reagdes bioqulmicas res- ponsdveis pela remogao dos componentes poluentes do esgoto, 3.4 filtro anaerdbio de leitofixo com fluxo ascendente; filtro anaerébio: Reator biolégico com esgoto em fluxo ascendente, composto de uma camara inferior vazia e uma cdmara superior preenchida de meio filtrante submersos, onde atuam microorganismos facuitativos anaerébios, responsaveis pela estabilzago da matéria organica. 35 filtro aerdbio submerso; filtro aerdbio: Reator biolégico composto de c&mara reatora contendo melo fitrante submerso, basicamente aerbbia, onde ocore a depuracao do esgoto, ea camara de sedimentago, onde 0 locos biolégicos sao sedimentados e retomados para a camara reatora 3.6 filtro de areia: Tangue preenchido de areia e outros mmeios fitrantes, com fundo drenante e com esgoto em ‘uxo descendente, onde ocorre a remacao de poluentes, tanto por ago biolégica quanto fisica 3.7 vala de filtrago: Vala escavada no solo, preenchida ‘com meios fitrantes e provida de tubos de distribuicSo de esgoto e de coleta de efluente fitrado, destinada a re- mogdo de poluentes através de ages fisicas e biolég cas sob condigSes essencialmente aerébias, 3.8 meio filtrante: Material destinado a reter sélidos ou fixar microorganismos na sua superficie para depuragao, de esgotos. 3.9 area especifica do meio filtrante: Area total de superficie de uma unidade de volume de um meio fitrante. 3.10 didmetro efetivo do meio filtrante, D,: Diémetro (0,) dos gros do meio fitrante em milimetros, tal que n, em percentagem, dos gréos seja menor que aquele, em termos de massa. 3.11 costiciente de uniformidade do meio filtrante: Relagao entre os diémetros efetivos D,, e D.,, a qual ex- pressa a dispersio dos didmetros de gros componentes do meio; quanto maior este nimero, mais variados s80 08 diametros dos gros. 3.12 porosidade do meio filtrante, n: Relacdo entre volume total de vazios eo volume total de um meio irate, expressa pela relagion = 100 (V/V) 3.13 indice de vazio do meio filtrante, e: Relacao entre o volume total de vazios e 0 volume total de sélidos, tendo a relagdo tal que n= 100 e/(1+2) 3.14 membrana filtrante: Filme com poros de determi nnados didmetros para separacao da fase liquida e fase sélida, utilizado para obtencdo do efluente de de- terminada qualidade. 3.18 vala de infitracao: Vala escavada no solo, destinada €& depuragao e disposigéo final do esgoto na subsuperficie do solo sob condicdo essencialmente aerébia, contendo tubulagdo de distribuiggo e meios de fitrago no seu it terior 3.46 pogo absorvente; sumidouro: Pogo escavado no 3010, destinado & depuracio e disposicSo final do esgoto rn nivel subsuperfcial 3.47 canteiro de infiltrago evapotranspira Cantero artificial de solo, destinado ao tratamento e & Aisposigao final de esgoto, onde se permite a infitracéo e evapotranspiracdo da parte liquida do esgoto. 3.48 taxa de evapotranspiragdo: Altura da coluna de ‘gua, dada em milimetros, perdida pelos mecanismos de transpiragao da vegetagao e da evaporacao 3.19 lodo ativado por batelada, [LAB]: Processo de trata- ‘mento essencialmente aerdbio, onde as etapas de de- puragio e a separacéo dos flocos biolégicos séo reall zadas em um mesmo tanque, intermitentemente 3.20 odo biolégico: Material formado de fiocos biologicos, slides orgénicos e inorgénicos, resultantes do cresci- ‘mento biolégico no reator. 3.21 tempo de retencao de sélidos biolégicos, [TRS]: ‘Tempo médio em que os séidos bolégicos permanecem dentro de um reator biolégic. 3.22 lodo biolégico excedente: Parte do lodo biolégico {gerado no reator, que deve ser retirada para manter bom funcionamento do processo biolégico. 3.23 taxa de aplicagao hidréulica superficial: Reiago entrea vazio de esgoto a rea superficial de uma unida- de de tratamento. 3.24 tempo de detengio hidraulica: Tempo médio que a ‘massa hidréulica fica dentro de um tangue 3.25 escoamento superficial: Tratamento complementar u disposicdo final que consiste no escoamento do es- goto na superficie do solo de pequena decividade e com vvegetacdo, com emprego ou no de sulcos no solo. 3.26 demanda bioquimica de oxigénio de cinco dias, a 20°C, [DBO, |: Quantidade de oxigénio consumido para establizar Bioquimicamente © material orgiinico bio- degradavel contido no esgoto, sob condlcdo aerébia, no teste de incubacio durante cinco dias, a 20°C 3.27 demanda quimica de oxigénio, [DQO]: Quantidade de oxigénio consumida para oxidagao da matéria orgéinica contida no esgoto, estimada através da reacdo quimica, utilizando o dicromato de potassio como reagente, sob condigio acida e quente 3.28 sélidos néo filtraveis, [SNF]; sélidos em suspensao: Parcela das particulas sélidas contidas no esgoto ou na agua e que sio retidas pelo processo de fitrago utlizando papel de fitro de diversos materiais. 3.29 indicadores de contaminagao fecal; coliformes Agentes biolégicos que servem de indicadores da ccontaminago do meio hidrico com fezes de animais. (Cépia no autorizada 3.30 agentes patogénicos: Agentes bioldgicos contidos ‘no esgoto, responsdveis pela transmissao de doencas, 3.31 macronutrientes inorganicos: Componentes inor- Ganicos dos poluentes contidos no esgoto, essencial- ‘mente os derivados de nitrogénio e fésforo. 3.32 desidratagdo de lodos: Processos naturais ou me- C€nicos, através dos quais se reduz 0 contetido liquid do lodo, para posterior disposicao final 3.33 taxa nominal de transferéncia de oxigénio: Taxa que mede a capacidade de um equipamento de aeracéo de transferir oxigénio livre para o meio hidrico, sob con- digdes-padro de 20°C e 1,0 alm, em agua lmpa 3.34 esgoto comercial: Despejos liquidos oriundos de atividades comerciais, passiveis de serem tratados biologicamente. 3.35 lagoa com plantas aquéticas: Tratamento onde o fesgoto é mantido em um tanque raso com plantas aqué- ticas futuantes, cuja remocdo de poluentes se dé através de plantas e microorganismos fixos nas raizes das 3.36 leito de secagem: Unidade destinada & desidratacSo de lodo removido, por processo natural de evaporacSo e infitraglo, contendo dispositive de drenagem do liquido. 4 Tratamento complementar dos efluentes de tanque séptico As secdes a seguir, de 4.1 24.4, detalham as alternativas técnicas para o tratamento do efluente de tanque séptico. ‘Sao alternativas que resultam, ainda, na emisséo do efluente tratado que deve ser disposto em algum corpo receptor. Para faciltar 0 trabalho do usuario na consulta desta Norma com respeito & escolha do processo a ser selecionado, so apresentadas as tabelas 1 e 2, que indicam, respectivamente e de modo genérico, as faixas de remogao das alternativas apresentadas e as respectivas caracteristicas principais. Conforme repre- sentado no anexo B, figura B.1, so indicadas algumas alternativas de leiaute da disposi¢ao das unidades de és-tratamento/reuso do efluente de tanque séptico Todas as tubulagdes de transporte de esgoto do sistema devem ser protegidas contra cargas rodantes para no ccausar extravasamento ou obstrugao do sistema, 4.1 Filtro anaerdbio de leito fixo com fluxo ascendente; filtro anaerébio © filtro anaerébio consiste em um reator biolégico onde © esgoto é depurado por meio de microorganismos no aerdbios, dispersos tanto no espaco vazio do reator quan- tonas superficies do meio fitrante. Este é utlizado mais coma retenco dos sélidos. Todo processo anaerébio, é bastante afetado pela variagio de temperatura do esgoto; sua aplicagao deve ser feita de modo ciiterioso. O processo ¢ efciente na redugdo de cargas organicas elevadas, desde que as NBR 13969:1997 utras condigBes sejam satisfatérias. Os efluentes do fitro anaerébio podem exalar odores e ter cor escura. 4.14 Dimensionamento A444 Volume © volume iti do letofitrante (V,), em litros, ¢ obtido pela equacdo: y, ,6NCT onde. N € ondimero de contribuintes; C €a contribuigtio de despejos, emlitros xhabitantes! dia (conforme a tabela 3), T € 0 tempo de detengo hidréulica, em dias (confor- me atabela 4) NOTA - © volume ith minime do leito flrante deve ser de 1 0001 A altura do leito fitrante, ja incluindo a altura do fundo falso, deve ser limitada a 1,20 m. A altura do fundo falso deve ser limitada a 0,60 m, j& incluindo a espessura da la Construgao do fundo falso: no caso de haver dificuldades de construgao de fundo falso, todo o volume do leito pode ser preenchido por meio fitrante. Nesse caso, 0 esgoto afluente deve ser introduzido até o fundo, a partir do qual € distribuido sobre todo o fundo do filtro através de tubos perfurados (ver anexo B, figuras B.2 8.3); ‘altura total do fitro anaerébio, em metros (ver anexo B, figura B.5), 6 obtida pela equacao: Haheh+h, onde: H é a altura total interna do fitro anaerébio; ha altura total do letofitrante; h,€ a altura da calha coletora; h, 6 a altura sobressalente (variével) 4.1.12 Perda de carga hidréulica entre o tanque séptico e 0 filtro anaerébio ‘A perda de carga hidraulica a ser prevista entre o nivel minimo no tanque séptico © 0 nivel maximo no filtro anaeréblo é de 0,10 m. 4.1.1.3 Sistema de distribuigdo de esgoto no filtro anaerébio A distribuigo de esgoto afluente no fundo do filtro anaerébio deve ser feta a) através de tubos verticals com bocais perpen- diculares ao fundo plano, com uma distancia entre aqueles de 0,30 m (ver anexo B, figura B.5); a area (Cépia no autorizeda NBR 13969:1997 do fundo do filtro a ser abrangida por cada bocal de distribuigdo deve ser inferior a 3,0 me, b) através de tubos perfurados (de PVC ou de con- creto), instalados sobre o fundo inctinado do fitro (ver anexo 8, figuras B2,B.3eB.4), 4.1.44 Divisio de vazio nos casos de bocais mitiplos ou reatores miltiplos, A divisio eqlitativa de vazio de esgoto entre os bocais, de um mesmo reator ou entre os reatores é de fundamen- tal importancia para o bom desempenho dos reatores, Para tanto, deve ser feita conforme segue: a) no caso de diviséo de vazdo entre os bocals de lum mesmo reator, 0 dispositive interno para divisdo, deve ser conforme representado no anexo B, figu- raB8a); bb) no caso de se dividir a vazio entre os reatores dis- tintos ou quando se quiser dividir a vazdo exter- namente a um reator, 0 dispositive deve ser feito conforme representado no anexo B, figura B.8 c) 4AAA8 Coleta de efluentes Acoleta de efluentes deve ser felta através de: a) canaletas, conforme representado no anexo B, figura 8.7; b) tubos perfurados; ©) a quantidade de canaletas ou tubulagées e suas respectivas disposigSes devem ser definidas como, segue: nos firos cilindricos, uma canaleta ou tubo por cada bocal de distribuicgo, dispostos parale- lamente ou perpendicularmente (ver anexo B, figurasB.SeB.6); = nos fitros retangulares, uma canaleta ou tubo por cada bocal de distribuiggo de esgotos, de- vendo os mesmas serem dispostos na mesma dirego do maior lado do reténgulo; - nos fltros cuja distribuigo de esgoto afluente & feita através de tubos perfurados no fundo, como nos tanques retangulares, as canaletas ou tubos coletores devem ser dispostos paralelamente quela do fundo (em planta), conforme repre- sentado no anexo B, figura B2. A distancia entre duas canaletas consecutivas nao deve ser su- petiora 15m; = 08 vertedores das canaletas ou furos dos tubos coletores de efluentes do fitro anaerdbio devem ser dispostos horizontalmente, de modo a coletar (8 efluentes uniformemente em todas as suas extensées, 41.16 Sistema de drenagem dos fitros anaerébios ‘Todos os fitros devem possuir um dispositive que permita {a drenagem dos mesmos pelo fluxo no sentido descen- dente, conforme os casos a seguir: a) nos casos de fitros com fundo falso, um tubo-guia (@ 150 mm em PVC) para cada 3 m* do fundo (ver anexo B, figuras B Se B.6); ») nos casos de fitros com distrbuigdo de esgotos através de tubos perfurados instalados no fundo, este deve ter declividade de 1% em direco a0 pogo de drenagem, conforme representado no anexo 8, figurasB.2e 6.3 41.17 Especificagdes do material fitrante © material fitrante para flo anaerébio deve ser espe- cificado como a seguir: 2) brita, pegas de piéstco (em anéis ou estruturados) (u outros materiis resistentes a0 meio agressivo, No caso de brita, uiizar a n® 4 ou n®S, com as dimen- ‘s6es mais uniformes possiveis. Ndo deve ser per- rmitida a mistura de pedras com dimensées distintas, ‘a ndo ser em camadas separadas, para néo causat a obstrugao precoce do filtro; ) a drea especitica do material fitrante nao deve ser considerada como parametro na escolha do mate- rial fitrante 41.4.8 Furos no fundo falso e nos tubos de distribuigio © colata de exgotos 'No fundo falso, o diémetro dos furos deve ser de 2,5 cm, (© nimero total de cavas deve ser de tal modo que a somatéria da area dos cavas corresponda, no minimo, a 5% da area do fundo falso, conforme representado no anexo B, figura B.S, Nos tubos perfurados, os furos devem ter diametro de 1,0 om com a variac3o admissivel de mais ou menos 5%. A disposi¢ao dos Turos deve seguir conforme repre- sentado no anexo B, figura B.4. No caso de se utilizar material pastico como meio fitrante, © fundo falso pode ser dispensado, substituindo-o por telas em ago inoxidavel ou por préprio material ja es- truturado. 4.14.9 Cobertura do fitro anaersbio CO filtro anaerébio deve possuir uma cobertura em laje de concreto, com a tampa de inspecao localizada em cima do tubo-guia para drenagem. Esta pode ser substtuida pela camada de brit, nos casos de se ter tubos perturados para coleta de efluentes e onde ndo houver acesso de pessoas, animais, carros ou problemas com odor, com a parede sobressalente acima do solo, de modo a impedir © ingresso de aguas superficias (ver anexo B, figu- rasB2,B83eB35) (Cépia no autorizada 6 NBR 13969:1997 Tabela 1 - Faixas provaveis de remogao dos poluentes, conforme o tipo de tratamento, consideradas em conjunto ‘como tanque séptico (em %)12. Processo| —Filtro Filtro Fitrode | Vala de Lagoa com anaerébio | aerdbio areia fitragao Las plantas Parametro submerso DB0,.., 40475 60295 soaes | soa so 70295 70a90 bao 40270 50480 4oa7s | 40a75 6090 70a8s SNF 60290 80295 7oa9s | 70a95 8095 70a9s Sélidos TOoumais | 90 0umais 100 100 ‘90a 100 100 Jsedimentaveis Nitrogénio : 30880 soae0 | Soaso 60890 70890 jamoniacal trate : 30870 30a70 | s0a70 30870 50880 Fostato| 20450 30870 30a70 | s0a70 50390 70890 Coltormes fecais : 2 990umais | 99,5 0umais - i Para obtengo de melhores resuitados, deve haver combinagSes complementares 210s valores limites inferiores so referentes a temperaturas abaixo de 15°C; os valores limites superiores slo para temperatures ‘cima de 25°C, sendo também infuenciados pelas condigées operacionais e grau de manutencéo As taxas de remopio dos colformes no devem ser consideradas somo valores de aceltago, mas apenas de referénca, uma vez {que 0.5% residual de colfermes do esgoto representa centenas de mihares destes. Tabela 2 - Algumas caracteristicas dos processos de tratamento (exclui tanque séptico) Processo | Filo Filtro Filtro de Vala de Lagoa com anaeréblo | aerébio arela fitragao LAB plantas Jcaracteristic® ‘submerso lArea necessaria | Reduzida | Reduzida Média Média Média Média loperacao simples | Simples simples | Simples | simples simples [custo operacional | Baixo Alto Madio Baixo Ato Baixo Manutengao simples | Simples simples | Simples | Mediana simples ‘complexidade lodoricor no eftuente | sim Nao Nao Nao Nao Nao Copia no autorzede NBR 13969-1997 7 Tabela 3 - Contribuigao didria de despejos e de carga organica por tipo de prédio e de ocupantes Contribuigo | Contribuiggo de Prédio Unidade deesgoto carga orgénica ud ‘9080,,/d 1. Ocupantes permanentes Residéncia Padrio alto Pessoa 160 50 Padrdio médio Pessoa 130 45 Padrio balxo Pessoa 100 40 Hotel (exceto lavanderia e cozinha) Pessoa 100 30 Alojamento provisério Pessoa 80 30 2. Ocupantes temporérios Fabrica em geral Pessoa 70 25 Escritério Pessoa 50 25 Edificio piblico ou comercial Pessoa 50 25 Escolas (extematos) e locais de longa permanéncia | Pessoa 50 20 Bares Pessoa 6 6 Restaurantes e similares Pessoa 25 25 Cinemas, teatros e locais de curta permanéncia Lugar 2 1 Sanitrios piblicos" Bacia sanitéria 480 120 " Apenas de acesso aberto 20 piblco (estagdo rodo ec) ‘eroviéria,logredauro pica, estidio de esportes, locals para eventos Tabela 4- Tempo de detengao hidréulica de esgotos (7), por faixa de vazio e temperatura do esgoto (em dias) vazio ‘Temperatura média do més mais tio dia Abaixo de 15°C | Ente 15°C 25°C | Maior que 25°C ‘até 1 500) 47 10 0.92 De 1 501 3000 1,08 092 083 De 300124500 1,00 083 075 De4 501 26000 092 075 07 De6 001.47 500 083 og7 058 De 750149000 075 0.58 0.50 ‘Acima de 9.000 07s 0,50 0,50 (Cépia no autorizada 4.1.2 Nimero e disposigio do filtro anaersbio Conforme a concep¢ao do sistema local de tratamento, pode-se instalar desde um fitro anaerébio para cada tanque séptico até um dnicofitro anaerébio para um grupo de tanques sépticos. 41.3 Materiis de construgio © filtro anaerébio pode ser construido em concreto ar- mado, plstico de ata esisténcia ou em fbra de vidro de alta resisténcia, de modo a néo permit a infitragdo da gua externa & zona reatora dof e vice-versa. Guando instalado no local onde ha trénsito de pessoas ou carros, © célculo estrutural deve levar em consideracao aquelas cargas. No caso de fos abertos sem a cobertura de la- je, somente s80 admitidas Squas de chuva sobre a su- perfcie do fro. Quando instalado na érea de alto nivel aalifero, deve ser prevista aba de establizacdo. 4414 Limpeza do filtro anaerdbio CO filtro anaerdbio deve ser limpo quando for observada a obstrugio do leito fitrante, observando-se os dispostos a seguir: a) para a limpeza do filtro deve ser utiizada uma bomba de recalque, introduzindo-se o mangote de sucgo pelo tubo-guia, quando o filtro dispuser da- quele; b) se constatado que a operacao acima ¢ insufciente para retirada do lodo, deve ser lancada gua sobre a superficie do letofitrante, drenando-a novamente. Nao deve ser feita a “lavagem" completa do fitro,, pois retarda a partida da operacao apds a limpeza; ©) nos filtros com tubos perfurados sobre 0 fundo inclinado, a drenagem deve ser feita colocando-se ‘mangote de suc¢o no pogo de sucedo existente na caixa de entrada, conforme representado no ane- x0 B, figuras B.2 e B.3. Se constatada a insuficiéncia de remogo de lodo, deve-se seguir a instruggo da alinea b). 415 Disposigio de despejos resultantes da limpeza de filtro anaerébio Os despejos resultantes da impeza do filtro anaersbio em nenhuma hipétese devem ser langados em cursos de gua ou nas galerias de Sguas pluvais. Seu recebimento em Estages de Tratamento de Esgatos é sujeto &prévia aprovagio e regulamentago por parte do érgio respon- sével pelo sistema sanitrio local No caso de o sistema jé possuir um leito de secagem, 0 despejo resuitante da limpeza do filtro anaerdbio deve ser langado naquele. 4.16 Identificagio © filtro anaerébio fabricado conforme esta Norma deve ser identificado através de placa afixada em lugar facilmente visivel, ou por outro meio distinto, contendo: a) data de fabricagao e nome de fabricante; NBR 13969:1997 ) a conformidade com esta Norma; ©) 0 volume ati! total eo nimero de contribuintes admissiveis. 4.2Filtro aerébio submerso O filtro aerdbio submerso é o processo de tratamento de esgoto que utiliza um meio de fixago dos microorga- riismos, imerso no reator, sendo 0 oxigénio necessario fomecido através de ar introduzido por meio de equi- pamento. Sua caracteristica é a capacidade de fixar gran- des quantidades de microorganismos nas superficies do meio, reduzindo o volume do reator biolégico, permitindo depuracao em nivel avancado de esgoto, sem neces- sidade de recirculagdo de lodo, como acontece com 0 lodo ativado, 421 Camaras componentes do filtro aerébio submerso © fro aerébio submerso € composto de duas cémaras, sendo uma de reacao e outra de sedimentacdo. A cmara de reagdo pode ser subdividida em outras menores, para a remogdo eficiente de poluentes tais como ritrogénio e {ésforo. A cdmara de sedimentagdo deve ser separada da cémara de reacéo através de uma parede com abertura nna sua parte inferior para permit o retorno dos sélidos por gravidade. 422 Dimensionamento das cimaras caracteristicas dos ‘elementos componentes 422.4 Volume itil das cdmaras Os volumes iitels, em litros, de cada cémara so calcu- lados como segue. a) clara de reagao: V,,=400 +0,25NC. b) cdmara de sedimentaco: v, 150 +0,20NC onde. Vu © Vip 880 08 volumes iteis das cémaras de réacdo é de sedimentagao; Né ondmero de contribuintes & unidade; C 0 volume de esgoto por pessoa por dia (litrosidia x pessoa - ver tabela 3). 4.2.2.2 Divisio da cimara de reagio Pode-se optar pela diviséo da cdmara de reagao em duas ‘ou mais partes, para obter melhor remogo de poluentes. Na diviséo em duas cdmaras seréfeita a primeira aerébia aerada e a segunda andxica sem aeracao. A propore3o Copia NBR 13969:1997 autorzada de volumes deve ser de 3:1. Para diviséo em trés cémaras, a seqliéncia deve ser aerébia-andxica-aerdbia, com proporcao de volumes de 2:1:1. Ver figuras B.9 e B.10. 4223 Area superficial da cimara de sedimentagio ‘A rea superticial (A) da cémara de sedimentago deve ser calculada pela equacéo: onde. A,é a drea superficial em metros quadrados; N€ ondmero de contribuintes & unidade; © 0 volume de esgoto por pessoa por dia (metros cibicosidia x pessoa), 422.4 Emprege de dispositive acelerador de sedimentagio Permite-se 0 emprego de dispositive acelerador de sedi- mentagao para reducio da area superficial da cémara de sedimentacio e amortecimento do chogue hidréulico (ver figuras 8.9 eB. 10). Deve-se prever ouso deste quan- do é previstaintensa variagao de vazdo afluente, mesmo quando a érea superficial da cémara de decantacéo obtida satistaga os valores convencionais da taxa de aplicago superficial 4225 Dimensionamento do dispositive de sedimentagio Para o dimensionamento do dispositiva de sedimentagéo deve ser consultado o anexo C, referéncia bibliogréfica 1 20, e atendido o dispasto a seguir: a) 08 aceleradores de sedimentagdo podem ser de tubo circular ou quadrado, placas paralelas ou, ainda, de outros formatos que permitam, comprovadamente, a boa remogdo das particulas no decantador, pode- se também ultlizar material similar empregado como meio fitrante na cémara de reaco, porém com uma area especitica maior (ver anexo B, figuras B.9 B10); b) 0 angulo de inclinago do dispositive nao deve ser superior a 40° em relacdo & horizontal; 0 comprimento relativo do sedimentador (caso seja utiizado) deve ser inferior a 40; 4) a disposicdo dos sedimentadores deve ser de tal forma que facile sua lavagem periédica €) 0 dispositivo de sedimentago, como acima espe- cificado, pode ser substituido por meio fitrante simi lar ao utilizado no reator, porém com area especifica do meio de pelo menos 150 m*/m?. A espessura da camada fitrante deve ser de pelo menos 0,50 m, de- vendo permitr sua facil lavagemiremogo, quando 42.26 Caracteristicas do material de sedimentadores (Os sedimentadores devem ser fabricados em material resistente contra a agressividade do meio, nao devendo apresentar deformagées durante o uso. Devem ser modu- lados e permitra facil remoeao, substitui¢éo ou lavage. 4227 Inclinagio das paredes ¢ abertura da cimara de sedimentagio ‘As paredes da cdmara devem ter inclinago no minimo de 60° em relacdo a horizontal, para permit deslizamento or gravidade dos sélidos sedimentados e seu retorno para a cimara de reacdo. A abertura inferior da parede separadora entre as cdmaras de sedimentacdo ¢ de reacdo deve serde 0,15 m. 42.28 Passagem do esgoto da cimara de reagio para a cimara de sedimentagio © esgoto efluente da cémara de reago deve ser intro- duzido para a cémara de sedimentacdo por meio de uma ppassagem com largura de no minimo 0,05 m. No deve ser utiizada a abertura inferior da cémara de sedi- ‘mentacao para tal fim 42.29 Caracteristicas de material do meio fitrante © leito fitrante da cémara de reagéo deve ser enchido Por material que permita o crescimento dos microorga- ‘ismos na sua superficie. Assim sendo, a area espectica do material (em mim) deve ser considerada no seu pro- Jeto. Deve ser evitado o emprego de materais com elevado valor de drea especiica, que causem obstrugdo precoce 40 lito ou que difcultem a limpeza doletofitrante, assim como aqueles com formato que permita passagem direta do uxo (by-pass) (© material de enchimento deve ser resistente ao meio corrosivo, evitando-se o emprego de materiais que sofram desgastes ou deformagies ao longo do tempo. 42.210 Modulagio dos meios fitrantes Os meios filtrates devem ser dispostos em médulos menores, de modo que permitam fécilretirada dos mes- ‘mos para manutenco. 42.211 Altura do leit fitrante A altura do leito fitrante deve ser definida deixando-se uma distancia de no minimo 0,40 cm entre o fundo da c&- ‘marae a parte inferior do lito fitrante. 42.12 Equipamentos de aeragao © oxigénio necessétio ao tratamento aerdbio ¢ forecido através de equipamentos de aeracao de modo continuo 10 (Cépia no autorizeda NBR 13969:1997 ¢ ininterupto. Para tanto, os equipamentos de aeragdo devem satistazer as condicBes de 4.2.12.1 a4.2.12.4. 42.124 Vario de ar Para o céleulo da vazio de ar a ser utlizada na cémara de reagio devem ser seguidos 0s itens abaixo: a) a vazio de ar necessétia, em ltros/minuto, para o filtro aerébio submerso deve ser calculada como segue: 30NC 1440 onde. N @ 0 nimero de contribuintes ao filtro aerébio ‘submerso; C6 ocontibuigdo de esgoto por cada contribuinte, ‘em iosicia x pessoa (ver tabela 3); ») para casos em que o sistema recebe esgotos de origem nao exclusivamente doméstica (tals como bares, restaurantes etc), a vazio de ar deve ser calculada considerando 0 valor de 80 mde aridia ar kg de DBO removido, devendo prever a concen- tragdo minima de oxigénio dissolvide (OD) de 1,0 mgiL no eftuente do reatoraerado. 42.122 Céleulo da poténcia necessitia do soprador Para 0 calculo da poténcia de soprador deve-se atender a0 disposto a seguir a) a poténcia necesséria do soprador deve ser obtida levando-se em considerago todas as perdas rela- tivas aodifusor de ar, tubos, curvas, valvulas, medidor de aretc.,calculadas para o ponto mais desfavoravel do sistema de aeragio; b) a pressio de saida do soprador deve ser obtida somando-se a perda de carga acima apurada com a altura maxima de limina de agua acima do difusor, ©) a poténcla requerida do soprador pode ser obtida pela equacao abaixo: fel" eate onde. P, & a poténcia requerida do soprador, em aliiowatts; wé a vazio da massa de ar, em quilogramas por segundo; Ra constante de gas (8,314 kiikmol.K);, ‘T, €2 temperatura do ar na entrada, em Kelvins: P, € a presséo absoluta da entrada, em aullopascals; P é. pressio absoluta de saida, em qulopascals; © é aeficiéncia da maquina; 4) dependendo do local e do ambiente a ser ins- talado, deve ser prevsto fir de arno soprador, cla perda de carga deve ser computada na alinea a). 42.123 Dispositves de ditusio do ar ‘A difusio de ar no firo aerébio deve ser feta através de disposivos que nao permitam a fic obstrugao, como a seguir: a) discos, placas ou tubos de cerémica b) tubos perfurados envoltos por tecidos; €) discos de bolhas grossas; 4) aeradores mecainicos submersives; e)outros, 42.124 Disposigio do(s) dusor(es) de ar {A disposigéo do(s) ditusor(es) de ar no fundo da cémara de reacio deve ser de tal modo que permita a distribuigao uniforme das bolhas de arno volume do meio fitrant. 4213 Sistema de limpezairtirada de lodo Deve ser previsto, para cada cémara fechada de reacéo, uum tubo-guia para limpeza desta. Para reatores com maiores dimensées, deve-se prever a instalaco de uma bomba hidréulica de pequena poténcia para retirada periédica do lodo biolégico acumulado no fundo para ‘aumento do intervalo de limpeza, 42.44 Instalagio, manutengio ¢ ‘equipamentos eletromecinicos operagio dos 42.144 Soprador © soprador deve ser acondicionado em uma caixa-abrigo € deve esta protegido contra chuva e umidade. O conjunto deve ser instaado, preferenciaimente, sobre a tampa do reator. A caixa ou soprador deve estar munida de uma lampada-piloto para sinalizagao do funcionamento do soprador 42.142 Bomba de retirada do lodo biolégico Nas unidades maiores, o lode biolégico desprendido do meio filrante deve ser removido periodicamente para Impedir a deterioragao da qualidade do efluente tratado € a obstruco precoce do melo fitrante. Deve ser prevista a instalagao de uma bomba para retirada e envio do lado para o tanque séptico ou para o leito de secagem. 42.143 Sistema de operagio dos equipamentos © soprador deve ter operagéo continua e a bomba deve ter acionamento/desligamento manual, devendo possuir lampada-piloto. épia NBR 13969:1997 1 42.144 Manutengio dos equipamentos eletromecinicos Os equipamentos eletromecanicos devem ser ins- ppecionados periodicamente, de acordo com as recomen- ddages dos fabricantes, para manter 0 adequado funcio- namento do processo. 42.15 Operagio e manutengio do sistema Para manter um funclonamento adequado, deve ser observado o seguinte: a) o sistema de fitro aerdbio submerso deve ser ins- pecionado periodicamente; b) © lodo acumulado no fundo do reator deve ser removido periodicamente conforme a instrucao do fabricante; )omeio fitrante, assim como 0 sedimentador (quan- do houver) devem ser lavados com jato de agua, aps a drenagem do liquido do filtro; d) 0 fabricante do fitro aerébio submerso deverd for- rnecer manual de operacao do sistema para correto funcionamento do mesmo; @) © lodo acumulado no fitro e retrado petiodica- mente deve ser etomado ao tanque séptico instalado a montante do fitro; caso haja leito de secagem, 0 lodo poderd ser disposto diretamente nele; 1) a limpeza do sistema deve ser feta com emprego de materiais e equipamentos adequados para im- pedir 0 contato direto do esgoto e lodo com 0 ape- rador. 4.2.46 Material e cuidados na construgio do reator 4216-1 Estanqueidade e durabilidade © material ¢ 0 método de construcdotfabricagio do fro aerdbio submerso dever ser selecionados de modo que permitam absoluta estanqueidade © durabilidade do conjunto, 42.162 Sistema antiflutuago Para locais com alto nivel aquifer, devem ser previstos dispositivos que permitam estabilidade do conjunto, con- tra a pressdo de empuxo, tal como a aba de esta- bilidade 42.17 Tampio de inspegio © filtro aerébio submerso deve possuit tampées de ins- ego para permitir a inspecdo visual, instalago re- ogo dos dispositivos internos, assim como a limpeza periddica 4.2.48 Identiticagio © filtro aerdbio submerso fabricado conforme esta Norma deve ser identiicado através de placa afixada em lugar facilmente visivel ou por outro meio distinto, contendo: a) data, nome do fabricante, tipo e nlimero de série; ») conformidade com esta Norma; ©) volume util total e némero de contribuintes ou car- 92 admissivel ¢) caracteristicas dos equipamentos (vazdo de ar, poténcla do motor, tenso, corrente etc.) €) volume e caracteristicas do meio fitrante. 4.2.19 Montagem e teste de funcionamento © tabricante do fitro aerdbio submerso deverd proceder 3 montagem do fitro no campo e dar a partda inicial do proceso, devendo garantir a qualidade do efluente con- forme preserito no Manual de Operacio, conforme os pro- cedimentos de amostragem e analses fisico-quimico- bioldgicas, conforme a seco 6 4.3 Valas de filtragao efiltros de areia ‘So processos de tratamento ciéssicos, consistindo na fitagdo do esgoto através da camada de areia, onde se processa a depuracao por meio tanto fsico (retenca), uanto bioquimico (oxidaco), devido aos microorganis- mos fixos nas superticies dos grdos de areia, sem neces- sidade de opera¢ao e manutenco complexas. 43:1 Aplicagio © sistema de fitragio se caracteriza por permitir nivel elevado de remoco de poluentes, com operagao in- termitente, podendo ser utlizado nos seguintes casos: 8) quando o solo ou as condigées climéticas do local no recomendam 0 emprego de vala de inftracSo ou canteiro de infitragaolevapotranspiragao ou a sua instalago exige uma extensa drea nao disponivel b) a legislagao sobre as aguas dos corpos receptores texige alta remogdo dos poluentes dos efluentes do tanque séptico; ©) por diversos mativos, for considerado vantajoso o aproveitamento do efluente tratado, sendo adotado ‘como unidade de polimento dos efluentes dos pro- ccessos anteriores. 4.2 Caracteristicas construtivas dos ftros de areia Deve-se atender ao disposto a seguir: 2) sobre a superficie do filtro aberto de areia devem ser admitidas somente as aguas das precipitacbes pluviométricas diretas; ) no devem ser permitidas percolagdes ou in- fitragBes de esgotos a0 meio externo ao fro de areia; «) conforme a necessidade local, pode ser empregado © filtro compacto pré-fabricado de pressdo em substituigdo ao filtro aberto. 4.3.21 Fatores determinantes no projeto e na operagie dos fitros de areia (0s seguintes fatores deve ser considerados no projeto ena operacao dos ftros de areia: a) especificago do material para fitracao, 12 (Cépia no autorizeda NBR 13969:1997 b) manutengo da condico aerébia e intermiténcia na aplicagao de esgotos; €) taxa de apicacio; 4) altemancia de uso; ) manutengo, 43.22 Especificagio do meio filtrante a ser utilizade para fitragae ‘So 0s seguintes os matetiais que podem ser utiizados ‘como meio fitrante, conjuntamente ou isoladamente: a) arela, com didmetro efetivo na faixa de 0,25 mm a 41,2 mm, com coefciente de uniformidade inferior a 4; b) pedregulho ou pedra britada; ‘As disposigdes em camadas dos materiaisfitrantes esto representadas no anexo B, figuras B.11 e B.12; as espe- cificagdes adicionals devem ser de acordo com a NBR 11799. 4.3.2.3 Manutengio da condigao aerdbia e intermiténcia na aplicagie 0 filtro de areia deve ser operado de modo a manter condigo aerébia no seu interior. Para tanto, a aplicago do efluente deve ser feita de modo intermitente, com emprego de uma pequena bomba ou dispositive dosador, permitindo o ingresso de ar através do tubo de coleta durante 0 periodo de repouso, Deve ser prevista caixa de reservacdo do efiuente do tanque séptico com uma bomba de recalque ou com um siffo, a montante do filtro. A primeira é utlizada prefe- rencialmente onde o nivel previsto do filtro de arela esté cima do nivel de tubulago de efluente do tanque séptico; a segunda opgao é adequada onde o filtro de arela est tem nivel inferior a saida do tanque séptico. O volume da caixa deve ser dimensionado de modo a permitir no ‘maximo uma aplicagao do efluente a cada 6 h. ‘As vazes do sifao podem ser calculadas como segue, rndo considerando as perdas: a= a0 Q= a/@aH) onde. a 6a rea da seco transversal do tubo de siffo, em ‘metros quadrados; Q éavazio do sitio no inicio da descarga, em metros, ciibicos por minuto; Q, 6 a vazio do sifao no final da descarga, em me- tros cibicos por minuto; H é a altura manométrica maxima, em metros: H, éa altura manométrica minima, em metros; 9 € a aceleragio da gravidade, em metros por se- gundo quadrado. Os detalhes do fitro esto representados no anexo B, figuras B.11 e B.12; a caixa de sifao esta representada no anexo B, figura B.8 b. 43.2.4 Taxa de aplicagio ‘A taxa de aplicagao para célculo da area superficial do filtro de areia deve ser limitada a 100 Lidia x m, quando da aplicagdo direta dos efluentes do tangue séptico; 200 Lidia x m? para efluente do processo aerdbio de tratamento. Para locais cuja temperatura média mensal de esgoto & inferior a 10°C, aquela taxas devem ser limitadas, respectivamente, a 50 Lidia x me 100 Lidia x m= 4.3.25 Alternincia de uso ‘Além da intermiténcia do fluxo de efluente, deve ser prevista alterndincia de uso do fitro de areia para permitir a digestdo do material reido no meio ftrante e remogo dos sélidos da superficie do fitro de areia. Para tanto, devem ser previstas duas unidades de fitro, cada uma com capacidade plena de filtragdo. © filtro deve ser substituido por outro quando se observar um excessivo retardamento na velocidade de fitrago do esgoto. 43.2.6 Manutengio do filtro de areia Durante o petiado de repouso de um dos fitros, deve-se proceder & limpeza e manuten¢o daquele em repouso. ‘Apis a secagem da superticie do filtro de areia, deve-se proceder & raspagem e remorao do material depositado ra superficie, juntamente com uma pequena camada de areia (0,02 m a 0,05 m). A camada removida de areia deve ser reposta imediatamente com areia limpa com caracteristicas idénticas aquela removida. A eventual vegetaco na superficie do fitro deve ser imediatamente removida 4.3. Vala de filtro O sistema de vala de fitracio se diferencia do fitro de areia por néo possuit érea superficial exposta ao tempo, sendo construido no préprio solo, podendo ter suas pa. redes impermedveis. No anexo 8, figuras 8.13, B.14 ¢ B.15, estdo representados exemplos de instalagao das valas de fitracéo. 43.3.1 Fatores determinantes no projeto e na operagio das valas de fitragio Para o projeto e operacio das valas de fitracao devem ser observados os seguintes fatores: a) especticago do material para fitrago b) taxa de aplicagéo; ) manutengo da condico aerdbia no interior do filto eintermiténcia na aplicagdo de esgoto; ) processo construtivo; e) alternancia épia NBR 13969:1997 13 43.32 Especificagio do material para fitrago ‘So os seguintes os materiais que podem ser utiizados como meio fitrante, conjuntamente ou isoladamente: a) areia, com diémetro efetivo na faixa de 0,25 mma 41,2 mm, com indice de uniformidade inferior a 4; b) pedregulho ou pedra britada, 43.33 Taxa de aplicagio de efluente ‘A taxa de aplicagdo do efluente a ser considerada nao deve ser superior a 100 Lidia x m?para efluente do tanque séptico, érea relativa & superficie horizontal de apoio das tubulagées. Os intervalos de aplicagdo de efluente do tanque séptico em vala de filtragao nao devem ser Inferiores a6 h, 4.3.14 Manutengio da condigio aerébia na vala A vala de filtragio deve ser operada em condicées aerdbias. Para tanto, devem ser previstos tubos de venti- lagdo protegidos contra o ingresso de insetos, conforme representado no anexo B, figura B.13. Além disso, o fun- clonamento da vala deve ser intermitente, conforme descritoem 4.3.2.3, 4.3.5 Proceso construtivo e instalago {As valas de fitrago devem ser construidas observando 0s seguintes aspectos: a) deve-se prever uma sobrelevagio do solo, na casio de reaterro da vala, de modo a evitar aerosao do reaterro devido as chuvas, dando-se uma declvi= dade entre 3% e 6% nas suas laterals; b) nos locals onde o terreno tem inclinagao acen- tuada, como nas encostas de morros, as valas devem ser instaladas acompanhando as curvas de nivel, similarmente ao caso da vala de infitracao repre- sentada no anexo B, figuras B.20 a) eB.20b); €) no caso da alinea b), 0 campo de fitragao deve possuir um sistema de drenagem das aguas pluviais, de modo a nao permitr a erosdo da vala ou ingresso de aguas nelay 4) a camada de brita ou pedra situada acima da ca- mada de areia deve ser coberta de material per- meavel, tal como tela fina contra mosquito, antes do reaterro com solo, para ndo permit a mistura deste com a pedra e 20 mesmo tempo permitic a eva poragio da umidade; €) conforme as caracteristicas geolégicas do local, a vala de filracdo deve ter as paredes do fundo e la- terais protegidas com material impermedvel, tipo mantas de PVC, de modo a nao contaminar 0 aatifero; £) 08 materiais de meio fitrante devem ser dispostos nna vala conforme representados no anexo B, figu- rasB.13eB.15; 9) para instalagdo da vala de filtragéo na area reduzida (por exemplo, quinta), pode-se optar pelo leiaute representado no anexo B, figura B.14 4.1.2.6 Alternincia de uso Para permitir a digestao aerébia de material retido na vala de ftragdo e desobstrucao dos poros do meio itrante, as valas de ftraco devem ser operadas alternadamente. Para tanto, devem ser previstas pelo menos duas uni- dades, cada uma com capacidade plena de fltracao. O intervalo entre a alterndncia ndo deve ser superior a trés 44 Lodo ativado por batelada (LAB) € 0 processo de tratamento que consste na retengio de esgoto no tangue reator, onde se processa a depurago e formacSo de flocos de microorganismos basicamente aerdbios, cujo oxigénio necessario € fornecido através de ar injetado pelos equipamentos. Os floces séo sepa- rados do liquido tratado na fase de sedimentag3o no ‘mesmo reator, drenando-se o efluente 44:1 Aplicagio O sistema de tratamento complementar do efluente de tanque séptico por processo LAB se caracteriza por sua eficiéncia comprovada na remogo de poluentes, aliada & simplicidade operacional © construtiva. Operacional- mente se caracteriza pela intermiténcia do processo depurativo, com drenagem periédica do esgoto tratado, Apesar da sua simplicidade operacional, ainda exige ‘manutengZo regular, com intervalos menores do que nos ‘outros processos, tais como fitro aerdbio submerso, ftros de areia etc. Assim sendo, é um processo mais vantajoso para locais com vazées maiores, com pardmetros de langamento no corpo receptor bastante restringentes. No anexo 8, figura B.16, esta representado esquema ope- racional de um LAB, 4.42 Fatores e pardmetros de projeto do LAB ‘Similarmente ao fitro aerébio submerso, essencialmente © LAB se compée de um dnico tanque reator onde se processam a remoco de poluentes, sedimentacao dos sélidos e drenagem do efluente tratado, de modo ciclco, Portanto, ¢ um processo compacto de tratamento. Uma parte do lodo biolégico gerado no processo deve ser retirada periodicamente (lodo excedente) e enviada para tanque séptico para digestao anaerdbia. O sistema de liga‘desliga do equipamento de aeragdo deve ser através de timer, com sistema de drenagem manual ou auto- ‘mético. O tempo de detengo hidrdulica a ser considerado 6 de um dia, com apenas um ciclo por dia, devendo a drenagem do efluente ser realizada no periodo de menor vvazio afluente de esgoto. O dimensionamento deve aten- der ac dispostoem44.2.1a4424 44.2.4 Volume itil total do reator, incluindo © volume correspondente a0 lodo Para casos onde ha a possibilidade de apuragdo, sejam de origem doméstica ou comercial, baseada nos dados éria 14 fo autorzada NBR 13969:1997 levantados, obter 0 volume itl do reator muttipicande- se por dois a vazio dria apurada, ara casos onde no ha estimativas de vazio, adotar a seguinte equacao: v, Ne onde: V,, 6 0 volume itil total do reator, em los; No nimero de contribuintes; © 6 a contrbuigdo por pessoa de esgoto, em litros por dia (ver tabela 3) 4.422 Altura de volume do lodo no reator (© volume de armazenamento do lodo a ser considerado deve ser igual a0 volume didtio de esgoto, devendo ser prevista uma altura de no minimo 1,5 m para o volume de lode. 4423 Altura sobressalente Deve ser prevista uma altura sobressalente de 0,5 macima da altura itil total do liquido. 4.4.24 Formato do reator Desde que se possa obter boa mistura no seu contetido por meio de equipamento de aeracio selecionado, no hia restrigo 20 formato do tanque reator. 4.4.3 Dimensionamento do equipamento de aeragio © mistura Para o célculo da poténcia do equipamento de aeracio, devem ser considerados os prescritos em 4.4.3.1 a 4437, 4.43.1 Carga orginica afluente no reator ‘A carga organica afluente no tanque reator deve ser ava- liada conforme o tipo de esgoto a ser tratado (residencial, comercial ou misto). Considerar em cerca de 30% a reducio da carga organica devido ao tanque séptco, Para esgotos exclusivamente doméstcos, considerar uma carga orgénica individual conforme a tabela 3, prevendo todas as cargas pro- venientes de eventual sazonalidade no uso e ocupacSo do imével. 44322 Carga orginica afluente didria Considerar em 2,5 vezes a carga orgénica afuente didria como sendo a demanda total de oxigénio no reator, j& incluindo as demandas devidas & oxidacao da matéria orgéinica,nitrificacdo e respiracao endégena. 44.23 Aeragio Considerar como sendo 20 h o tempo de aeracdo no reator por dia, 4.4.34 Potincia do equipamento de aeragio Como sistema de ar difuso: a) a poténcia necessétia do soprador deve ser obtida levando-se em considerago todas as perdas rela- tivas ao difusor de ar, tubos, curvas, valvulas, medior de ar etc.,calculadas para o ponto mais desfavoravel do sistema de aeracio; b) a pressio de saida do soprador deve ser obtida somando-se a perda de carga acima apurada com a altura maxima de lémina de agua acima do aifusor, ©) a vazio de ar necesséria pode ser calculada pela equagio seguinte: D. On 4,201 x0,222E onde. D,, & 2 demanda de oxigénio, em quilogramas por da; 0, & 2 vazio de arnecesséria, em metros cicos por da; E & a eficincia de transferéncia do oxigénio do difusor, d) a poténcia requerida do soprador deve ser obtida pela formula abaixo: wRT, er Bate onde. P, & a poténcia requerida do soprador, em auilowatts; w é a vaaiio da massa de ar, em quilogramas por segundo; Réaconstante de gés, (8,314 kilkmol.K); T, a temperatura do ar na entrada, em Kelvins; P, 6 a pressao absoluta da entrada, em auilopascals; P &a pressio absoluta de saida, em quilopascals; @ é aeficiéncia da maquina; €)fitro de ar dependendo do local, do ambiente e do tipo de difusor adotado; deve ser previsto filtro de ar no soprador, cula perda de carga deve ser registrada ema), (Cépia no autorizeda NBR 13969:1997 Com outros equipamentos (aeradores mecanicos submersiveis ou flutuantes) a) a demanda total de oxigénio deve ser plenamente satisfeita por equipamento de aerac3o, durante o tempo de aeracao de 20 h; para isto, deve-se utlizar © valor da Taxa de Transferéncia de Oxigénio do equipamento, obtido sob condigSes reais de campo, conforme estabelecido pela “Standard Methods for Examination for Water and Wastewater, 18° edicao, anexo D, referéncia 85", sendo que a poténcia do equipamento deve ser obtida pela seguinte equagao: Da, Re 20TTC onde. P, € poténcia do aerador, em quilowatts; D,, & a demanda de oxigénio, conforme 44.32, em quilogramas por dia; TTC & a taxa de transferéncia no campo, em quilogramas de O, por quilowatts-horas; b) deve-se ter culdado na sua selegio conforme 0 local de instalago do reator, em fungio da prox- midade das residéncias/area de transito das pessoas, ou animais domésticos, e estes equipamentos de aeracdo devem ser providos de dispositivos que Teduzam o nivel de emissao dos aerosséis/barulho ou, sendo, equipamentos submersiveis que tém baixo nivel de aerossdis. 44.3.5 Dispositivo de drenagem A coleta do efluente tratado & componente importante dentro do sistema de LAB. O dimensionamento e a loca- lizago adequados do dispositive dentro do reator podem evitar a deterioracao do efluente final na fase inicial da operagio de drenagem. ‘Acdrenagem do efluente deve ser feta a) por dispositivo flutuante, de modo a captar 0 efuente a partir da supertci do liquido. O vertedor anexo ao dispositive flutuante deve ter dimensées de modo que a taxa de aplicagéo hidréulica ndo sela superior a 200 mim x dia) em relaco & vazao média. Este método tem a vantagem de reduzir 0 tempo necessétio para inicio da drenagem. 0 cispo- sitvo futuante deve possuir tubos-guias para néo causar seu tombamento; ) de modo fixo, com altura do bocal de captacdo situado acima de 1,50 m do fundo. Este método sim- plifica 0 dispositivo de drenagem, mas exige maior intervalo entre a interrupcao da aeracao e 0 inicio de drenagem, 15 4.4366 Indicador de nivel d'agua ‘Sempre que possivel, deve ser instalado um dispositive indeador de nivel o'Sgua no reator, para a viualzagSo dose, para fella a operapto do elton 442.7 Misturador CConforme o nivel de remocao exigido dos nutrientes con- tidos no efluente tratado, principalmente o N e oP, pode- se instalar um misturador submersivel ou similar para ppromover a mistura entre 0 esgoto e a massa biolégica durante a fase de caréncia de oxigério. 4.44 Material de construgio do tanque reator © tanque reator pode ser construido em talude de terra protegido com manta de PVC, FRP etc. Deve-se, sempre {que o reator fol enterrado, prever drenos ao seu redor, de modo a evitaro ingresso das aguas que nao o esgoto. 4.45 Operagio do LAB Encher o reator com esgoto, aeré-lo, sedimenté-to drenar 0 efluente tratado. © ciclo completo esta representado no anexo B, figu- raB.16. Para sua operacdo adequada, devem ser observados os, ‘seguintes aspectos: a) 0 controle do processo biolégico deve ser feito por volume de lodo retirado do reator e enviado ao tan- ue séptico para digestio; ») para promover a remogaé efciente de Ne P, além de reduzir 0 consumo energétco, devem ser intro- duzidos ciclos aiternados de fase aerdbia e fase de caréncia de oxigénio, desligando-se o equipamento de acragao ligando-se 0 misturador, tomando 0 cuidado de nao haver abstrugao precoce dos dispo- sitivos dfusores de ar 4.5 Lagoa com plantas aquaticas" 45:1 Aplicagio E recomendada para locais com temperatura média anual Inferior a 15°C, com baixa taxa de incidéncia solar ou com alta ocorréncia de neblinas e névoas que possam reduzir a incidéncia solar direta (basicamente, regiao sul do Brasil). Nestas condigdes, este processo tem a vanta- {gem de no permitr a proliferago de pernilongos, fator critica na instalagdo deste sistema em regio de clima quente. Tem baixo custo construtivo em relacao a lagoa de establizacao; operacionalmente simples © de baixo ‘custo, com boa remo de carga orgiinica e de nutrientes. Deve ser prevista uma area anexa para permitir a dis- pposicdo e secagem das plantas aquaticas removidas. As Alagoa com plantas aquitices & uma lagoa de esgoto onde se permite 0 crescimento intenso de plantas aquaticas Mutuantes, tis ‘come aguepé © outras plantas com raizes abundantes, de modo a permit fixagdo de microorganismos responsiivels pela depurago do espoto nas mesmas. Além disso, as plantas aquéticas, ao crescerem, absorvem nutrentes contidos no esgoto. 16 (Cépia no autorizeda NBR 13969:1997 ppassatelas a0 redor da lagoa devem ter largura suficiente para 0 acesso de caminho ou equipamento de coleta (quando for 0 caso) e remocao periédica das plantas em 452 Dimensionamento da lagoa com planta aquitica ‘Alagoa com plantas aquaticas deve ser dimensionada com 08 seguintes parametros: a) taxa de aplicagio hidréulica superficial, devendo ser adotado 0 valor limite de 600 mi(ha.dia); b) a profundidade maxima da lamina liquida deve ser limitada entre 0,7 me 1,0 m, com altura sobres- salente de 0,30 m; ©) @ relago comprimentollargura da lagoa deve ser superior a 10, sendo que allargura deve estarlimitada a10m; ) quando a relaco acima nao for possivel, devido a problemas topogréficos ou do formato de terreno, recomenda-se dividir a lagoa em unidades miitiplas ) as lagoas com plantas aquaticas devem conter telas/anteparos suspensos facilmente removivels, compartimentando a superficie da lagoa, de modo a permitir um crescimento uniforme das plantas em toda a sua area, mantendo-se a distancia entre os anteparos inferior a 10 m (ver anexo B, figura B.17). 453 Detalhes construtivos e operacionais da lagoa com plantas aquéticas ‘As margens, assim como as passarelas da lagoa, deve ser protegidas de modo a ndo permit os danos causados pela operagao de remogao periica de plantas aquaticas. ‘Ao redor do dispositive de saida do efluente deve ser instalada protego com tela de material nao corrosivo para impedir a saida das plantas junto com o efluente. Nao deve haver imegularidade no fundo da lagoa. A operagéo para manutengdo da lagoa com plantas aquaticas consiste basicamente na remocio periédica desta, de modo a manter uma populacao total controlada a manutenco do crescimento permanente para re- ogo dos nutrientes. Além disso, a remoco periédica das plantas impede a morte delas ¢ consequente aumen- to da carga poluente na lagoa e assoreamento precoce da mesma A coleta e a remoco das plantas em excesso podem ser feitas tanto manualmente quanto mecanicamente, de ‘modo a manter populagdes de plantas aproximadamente iguais nos compartimentos. A planta aquatica removida pode ser misturada com outros materiais, pds a secagem, para a produgao de compostos orgénicos, ou introduzida diretamente no campo agricola. 4.6 Clorac A cloragao faz parte de uma série de alternativas para desinfeceao do esgoto. Todos 0s efluentes que tenham como destino final corpos receptores superfciais ou galerias de dguas pluviais, além do reuso, devem sotrer desintecodo. Esta deve ser efe- tuada de forma criteriosa, compativel com a qualidade do corpo receptor e segundo as diretrizes do érgio am- biental, Entre as alternativas existentes para cloragao foi se- lecionado 0 método de cloracdo por gotejamento (hi- pociorito de sédio) e por pasta (hipociorito de calcio), uma vez que estes representam menor preocupagao em nivel operacional (© menor tempo de detencdo hidréulica para 0 contato ser considerado ¢ de 30 min. Para o caso de hipaclort, devem ser observadas as especiicagdes constantes na NBR 11887. No anexo B, figura 8.18, esta ilustrada uma das alter- nativas para a cloracdo. No entanto, onde o porte do sis- tema de tratamento justificar outro processo de de- sinfecgo, este podera ser adotado. 0 esgoto ciorado deve conter, apés 0 tempo de contato, uma concentraco de cloro livre de pelo menos 0,5 mail. 5 Disposigdo final dos efluentes de tanque séptico 5.1 Vala de infiltragao £ 0 processo de tratamentoldisposiglo final do esgoto ‘que consiste na percolaco do mesmo no solo, onde ocor- Te a depuracio devido aos processos fisicos (retencdo {de sélides) € bioquimicos (oxidago). Como utliza 0 solo como meio fitrante, seu desempenho depende grande- mente das caractersticas do solo, assim como do seu rau de saturaco por agua 5.11 Emprego da vala de infiltragie ‘A-vala de infitragao pode ser utiizada para disposi¢go final do efluente liquido do tanque séptico doméstico em locais com boa disponibilidade de area para sua insta- lago e com remota possiblidade presente ou futura de contaminagéo do aquifer. Nao é recomendado 0 uso de vala de infitracio onde solo ¢ saturado de agua. Na medida do possivel, deve ser adotado 0 sistema de aplicacéo intermitente, para melhorar a eficiéncia de tratamento e durablidade do sistema de intitragao. 5.1.2 Precaugio contra contaminagio do aaiifero Ainstalagao de vala de inftragdo deve ser precedica por avaliagao técnica, de modo a nao haver a contaminacéo do agilfero utiizado na regido, causada pelos nitratos, virus e outros microorganismos patogénicos. Para tanto, © niimero maximo instalével de sistema tanque séptico- Vala de inftraco deve ser limitado a 10 unidadesiha. 5.1.3 Fatores determinantes no projeto e no uso da vala de infitragao. Para 0 projeto e 0 uso da vala de infitrago devem ser observados 0s seguintes parametros: a) caracteristicas do solo onde a vala de infitrago serd instalada, épia NBR 13969:1997 17 b) nivel maximo do aailifero e a distincia vertical minima deste; ©) manutengio da condiglo aerébia no interior da vala; 4) distncia minima do pogo de captario de éoua; )processo constutivo; £)altemancia; 4) indice pluviometrco. 5.1.24 Caracteristioas do solo © sistema de infltrago do efluente no solo depende, basicamente, das caracteriticas do solo onde & instalada a vala. Além da capacidade de percolagao do solo, exerce influéncia fundamental na remocio eficiente dos agentes patogénicos e de fésforo, a composi do solo constitute, além da sua saturaco. A capacidade de percolago no solo deve ser determinada através do teste descritono anexo A 5.1.22 Distincia minima do lengol aqiifero Deve ser mantida uma distincia minima vertical entre o undo da vala de infitracio e o nivel maximo da superticie do aglifero de 1,5 m. Quando o nivel do aatifero for alto e houver possiblidade de rebaixamento do mesmo por meio de sistema de drenagem, pode-se optar por dre- nnagem para permitir a construgdo da vala, 20 invés de canteiro de evapotranspiracio (ver 55 € 5.6) 5.1.3.3 Manutengo da condigio aerdbia na vala O sistema de vala de infltrago deve ser construldo e operado de modo a manter condicao aerébia no interior da vala de infitrago. Devem ser previstos tubos de exaustdo nas linhas de tubulacdo e uso alternado das valas, conforme representado no anexo B, figura B.19. Quando a aplicago for por processo intermitente, 0 interval entre as aplicacdes néo deve ser inferior 6 h 5.1.24 Distincia minima do pogo de captagio de Sgua ‘A vala de infitrago deve manter uma distancia horizon- tal minima conforme as caractersticas do solo de qualquer pogo para captacio de dgua, de modo a permitr tempo de percurso do fluxo de trés dias até atingir 0 pogo. 5.1.25 Proceso construtivo No sistema de disposicao final do efluente no subsolo, os detalhes construtivos exercem influéncia fundamental na sua durabilidade e funcionamento, devendo ser obser- vvados os sequintes aspectos: 42) © fundo, assim como as paredes laterais da vala de inftracio, no devem sotrer qualquer compacta- fo durante a sua construc; ) as supercies de percolacéo, quando houver compactacio voluntéria ou involuntaria, devem ser escarfcadas até uma profundidade de 0,10 m a 0,20 mantes da colocagao do material de suporte do tubo de distribuigdo de esgoto; 6) todas as tubulagées de transporte de esgoto do sistema devem ser protegidas contra cargas rodantes, para no causar extravasamento ou obstrugso do sistema; 4d) as tubulacées de distrbuigéio na vala devem ser instaladas de modo a no causar represamento do lesgoto no interior da vala;, «) quando as condigées locais forem propicias, deve- se optar por distribuigo por conduto forgado para favorecer a distribuig&o uniforme e impedir a obstru- 80 precoce do solo; f) deve-se prever uma sobrelevagio do solo, na ‘casio de reaterro da vala, de modo a evitara eroso do reaterro com a chuva, conforme representado na figura B.20 b), 49) nos locals onde o terreno tem inclinagéo acen- tuada, como nas encostas do morro, as valas devem ser instaladas acompanhando as curvas de nivel, de modo a manter 2 declividade das tubulagées, cconforme alinea d) e anexo B, figura B.20 a), hh) no caso da alinea g), 0 campo de infitracao deve ossuir um sistema de drenagem das 4guas pluvias, de modo a nao permitir a eroso da vala ou ingresso das aguas nela; i) @ camada de brita ou pedra deve ser coberta de ‘material permedvel, tal como tela fina, antes do reaterro com solo, para néo haver a mistura deste com a pedra e, ao mesmo tempo, permitir a eva- poragdo da umidade; 1) no permitic plantio de drvores préximo as valas, ppara nao danificar as valas devido as raizes das k) 08 detalhes de uma vala de inftragio tipica esto representados no anexo B, figura B.19, 5.1.36 Alternincia do uso Para manutengiio da condigso aerébia no interior da vala de infitracZo e desobstrugao dos poros do solo, deve ser previsto uso alternado de valas. Assim, o nlimero minimo de valas deve ser dois, cada um correspondendo a 100% dda capacidade total necesséria. Pode-se optar por trés valas, cada uma com 50% da capacidade total. As valas devem ser alternadas em um pprazo maximo de seis meses. sanz ice pluviométrice Nos locais de alto indice pluviométrico, conforme re- presentado no anexo D, deve ser evitado 0 ingresso de 18 (Cépia no autorizeda NBR 13969:1997 4quas pluviais nas valas de infitrago para no causar 0 desprendimento dos agentes patogénicos retidos, assim como condigées anaerdbias na vala, sendo necessério prever uma cobertura com material impermedvel sobre a camada de britalpedra antes do reaterro Deve-se prever, também, sistema de érenagem das ‘4guas pluviais em torno do campo de infitragzo. 5.1.2.8 Dimensionamento da vata de infiltragSo Avala de infitragdo deve ser dimensionada considerando ‘a mesma vazio adotada para océlculo do tanque séptico. Para tanto, exceto nos casos onde haja levantamentos sobre 0 consumo de agua e respectva taxa de retomo, ddever ser considerados os valores constantes na tabe- la 3, adm dos estabelecidos abaixo: a) valores de taxa de aplicagéo: conforme a tabe- eat; b) 0 célculo da area total necesséria é feito confor- mea tabela A.1; ©) para efeito de célculo da drea de infltrago, deve ser consideradas as superfcies laterais e de fundo situadas no nivel inferior ao tubo de dlstrbuigo do efuente, conforme representado no anexo B, figu- raB.19; d) 08 tubos de distribui¢do no interior da vala deve ter diametro de 100 mm, com cavas laterais de 001m @) a declvidade do tubo deve ser de 0,003 mm para aplicagio por gravidade e continua; f) sempre que possivel, deve-se optar por conduto forcado, com distribuico de esgoto intermitente, 20 Invés de distribuigao continua por gravidade. Nesse caso, a declvidade do tubo de distribuicSo pode ser zero. O intervalo entre as aplicagdes nao deve ser inferiora 6h; 49) os materiais de enchimento da vala de infltracao podem ser britas até numero quatro ou pedras com caracteristicas correspondentes, dispostos conforme representado no anexo 8, figura B.19 a); h) adisténcia, em planta, dos eixos centrais das valas de infitragao paralelas nao deve ser inferior a 2 m. 6.2 Canteiro de infiltrago e de evapotranspiragao Eo proceso que consiste na disposicao final do esgoto, tanto pelo processo de evapotranspiracao através das folhas de vegetacdo quanto pelo processo infitrativo no solo. 5.21 Aplicagio © canteiro de infitrago e de evapotranspiragao é empre- gado em locais no propicios simples infitragéo, substituindo o solo e/ou condigdes destavordvels por so- los de melhores caracteristcas. © canteiro permite também a evapotranspiragao do liquido, reduzindo o volume final do esgoto. © canteiro deve ser coberto de vegetacao com raizes ppouco profundas para a prote¢o do canteiro e para ace- lerar a evapotranspiracao do liquido. ‘Area do canteiro nao deve ser arborizada e, se possivel, © canteiro deve ser instalado em local aberto, com boa ventilagao e insolacao. © esgoto deve ser aplicado no canteito de modo inter- mitente. ‘So considerados locais nao propicios para inftragao: a) com nivel aqaifero raso; ») com rocha fissurada ou fraturada no subsolo que permita rapido escoamento do esgoto para o lengol aiitero; ©) com camada de arela ou solo arenoso que no ermita bom tratamento do esgoto, com taxas de percolagdo extremamente elevadas; d) com solos com taxas de percolago muito redu- 2idas, exigindo extensa area para infitracao. 5.2.2 Dimensionamento Para o dimensionamento devem ser considerados os pardmetros prescritos em 5.2.2.1a5.227. 5.2.2.4 Vala do canteiro A vala do canteiro deve ser dimensionada conforme 5.1.38, adotando-se o valor de K estimado inicialmente para 0 tipo de solo a ser utiizado para formagio do canteiro. 5.2.22 Area superficial do canteiro © dimensionamento da area do canteiro deve levar em conta o indice pluviométrico e a taxa de evapotranspiracio disponiveis da regio. Quando néo houver estes dados disponiveis, admite-se 0 emprego de métodos de est- magio tais como Combinado ou outros mais adequados, Caso a diferenca liquida entre a precipitagdo e evapo. transpiragio no seja sufciente nos 50% do periodo de dados considerados (os dados avaliados néo devem ser inferiotes a cinco anos) para permitira evapotranspiracSo do efluente aplicado no canteiro, este deve ser consi- derado como sendo apenas cantero de infltraggo. ‘A diferenca liquida mensal entre a precipitago e evapo- transpiragdo a ser considerada deve ser aquela menos tavoravel épia NBR 13969:1997 19 5.2.22 Altura total do canteiro ‘altura total do canteiro deve ser definida como segue: a) no caso de nivel aqiifero raso, o fundo da vala deve situar-se no minimo 1,5 m acima do nivel mé- ximo deste; b) no caso de subsolo com rocha fraturada, o fundo da vala deve estar no minimo 1,5 m acima da rocha;, ) no caso de solo com elevada taxa de percolacao, © fundo da vala deve estar no minimo a 1,5 mda superticie do solo; d) no caso de solo com taxa de percolagio muito baixa, 0 fundo da vala deve estar no minimo a 1,5 m da superficie do solo natural; ) a inclinagZo do talude deve ser de um (vertical) para dois (horizontal), no minimo. 5.2.24 Solo a ser utilizado para formagio do canteiro O solo a ser utlizado para formago do canteiro deve ter capacidade de percolapéo determinada apés a formago do canteiro e antes da instalagao de sistema de infitrago para dimensionamento correto da extensio total neces- sétia do canteiro. 52.25 Construgio do canteiro Para a construgdo do canteiro deve ser minimizado 0 lemprego de equipamentos pesados, tais como caminhées e tratores, para nao causar a compactagao do solo conseqiente reducdo da capacidade inftrativa do can- teiro. 52.26 Aplicagio de exgoto no canteiro Na aplicacdo intermitente de esgoto no canteifo, o sistema de aplicacao deve ser dimensionado para permit até quatro aplicagdes por cia. 5.2.27 Detalhes do canteiro de evapotranspiragio Os detalhes do canteiro de evapotranspirago deve ser conforme representados na figura B.21 6.3 Sumidouro © sumidouro é a unidade de depuragao e de cisposico final do efluente de tanque séptico verticalizado em re- lago & vala de infitraco. Devido a esta caracteristica, seu uso € favordvel somente nas reas onde o aaiifero € profundo, onde possa garantir a distancia minima de 41,50 m (exceto areia) entre o seu fundo e o nivel aquifero Os critérios e as consideragées principals seguem aque- las relatvas as da vala de inftragdo, exceto no que tange 20 processo aerdbio, uma vez que se toma dificil manter aquela condi¢io no ‘interior do poco. Por esta razéo, a obstrugdo das superticies intemas do sumidouro & mais precoce. Na ocasiao da substtuicdo por outro poco, reco- menda-se a exposi¢do 20 ar lvre das paredes internas do sumidouro substituido, durante pelo menos seis me- ‘es, tomando-se 0 cuidado de néo ocorrer acidentes, para permitir a recuperacdo da capacidade infitratva Para o dimensionamento, adotar os parémetros da vala de infitrago. No entanto, sendo o sumidouro uma uni- dade geraimente verticalizada, € frequente & ocorréncia de diversas camadas com caracteristicas distintas, necessitando, normalmente, de se proceder a apuracdo da capacidade de inftragao para cada camada, para depois obter a capacidade média de percolaco (Kz) Pode-se obter 0 valor de K,.., somando-se os produtes de K para cada camada pela fespectiva espessura e di- Vidindo-se o resultado pela soma total de espessuras das camadas, conforme o anexo A. No anexo B, figura B.22, esto ilustrados alguns leiautes de aplicago do sumiouro. 5.1.4 Sumidouro na regi rio arenosa (K,,,, > 500 min/m) Neste caso, o dimensionamento deve seguir os para- ‘metros prescritosem §.3.1.15.3.1,7. $52.1. Céloulo da irea de infitragion Pata o caiculo da drea de infitracio deve ser considerada 2 tea vertical interna do sumidouro abaxo da geratiz inferior da tubulago de langamento do afluente no su- ‘midouro, acrescida da superficie do fundo. 5.2.4.2 Ciloulo da érea total © célculo da area total necesséria deve ser obtido conforme o anexo A. 5.2.4.3 Altura tit ‘Aatura it do sumidouro deve ser determinada de modo amanter distancia vertical minima de 1,50 m entre o fundo do pogo e onivel maximo aquifero. 5.3.1.4 Redugio da altura itil Caso haja necessidade de reduzir a altura util do su- rmidouro, devido & proximidade do nivel aquifero, pode- se feduzir tanto 0 diémetro quanto a altura do mesmo, aumentando porém o niimero daqueles conforme repre- sentado no anexo B, figura B.22 bt). 5.2.1.5 Distincia A disténcia minima entre as paredes dos pogos miitiplos deve serde 1,50 m. 5.3.1.6 Didmetro interno (© menor diémetro intemo do sumidouro deve ser de 030m. 20 (Cépia no autorizeda NBR 13969:1997 5.3.17 Distribuigio do esgoto ‘A distribuigo do esgoto aos sumidouros miitiplos deve ser feita através de caixa dstribuidora de vazio, conforme representado no anexo B, figura B.8 c). 5.32 Sumidouro na regido arenosa com nivel de agiifero profunde Para regido arenosa, com baixo valor de K (menor que 500 minim), pode-se optar, para néo contaminar o aaiifero, por alternativas como segue: a) para garantir a protegao do aquifero no solo, deve ser prevista uma camada filtrante envolvente do sumidouro com solo, tendo K > 500 minim, conforme representado na figura B.23; b) a distancia do fundo do sumidouro e o nivel maximo do aqilfero deve ser superior 1,50 m; ©) a espessura da camada protetora nao deve ser inferior a 0,3 m, no devendo softer compactacao ‘mecanica durante 0 enchimento do pogo. 54 Galeria de éguas pluvi Cerfluente do sistema local de tratamento de esgoto pade ser langado nas galerias de aguas pluviais, desde que satisfaga aos seguintes requisitos: a) possuir padrées de caracteristicas fisico-quimico- biolégicas de langamento a0 corpo receptor para onde a galeria langa suas aguas, inclusive os casos, definidos em 5.5.1 ) © padrdo minimo de langamento na galeria deve ter caracteristicas conforme a tabela 5; 6) todos os efluentes lancados nas galerias de aguas pluviais devem softer desinfeccao, atendendo a0 descrito em 4.6; d) deve ser dada autorizaco pelo érgio local com- petente para o langamento do efluente tratado na galeria de aguas pluviais; €) 08 parémetros da tabela 5 devem ser verificados fem pelo menos 80% das amostras coletadas ao longo do periodo de 12 meses, em intervalos regulares. 5.5 Aguas superficiais Os efluentes do sistema local de tratamento de esgotos podem ser lancados diretamente nas aguas superficiais, tais como rios, lagos, mares etc., observando-se os se- guintes aspectos: 5.5.1 Qualidade do efluente CO efiuente deve ser de qualidade tal que atenda aos pa- rametros de lancamento a0 corpo receptor, fixados na leislagdo federal, estadual ou municipal. Na auséncia destes parémetros, devem ser observadas as classifi cagdes seguintes e os respectivos parametros, conforme atabela 6. - classe a: na represa destinada ao abastecimento Ublico, ou nos rios formadores da represa até 10 km a montante dela, independente da distancia do ponto de captagao e do volume de reservacao da represa = classe b: nos corpos receptores com captagao a jusante para abastecimento publico; = classe c: nas aguas litoraneas, praias © nos rios que desaguam nas praias frequentadas pelas pes- soas para recreacao, - classe d: nos demais corpos receptores. 5.52 Dispositives de langamento Devem ser previstas protecdes adequadas para o lan- tgamento do efluente no corpo receptor, de modo a no Causar erosdo na margem ou para néo causar obstrugéo ro fluxo da égua ou transito das pessoas. Estas protegoes devem ser aprovadas por érgaos competentes quanto & sua instalagdo, devendo ser resistentes contra enchentes ou marés, além de evitar 0 refluxo da agua na ocasio daquelas. Tabela 5 - Valores para langamento nas galerias de 4guas pluviais Pardmetro Valor Parametro Valor 0B0,.., Inferora6omgit. | Oxigénio dissolvido | Superior a 1,0 mg/L Dao Inferora 150mg | Sélidos sedimentaveis| Inferior a0,5 mall pH Entre6,0e90 Sélidos nao fitréveis | Inferior a 50 mgit totais Temperatura Inferior a 40°C Coliformes fecais | <1 000NNMP/100 mL. Ole0s e graxas Inferiores a 50mgit. | Cloro residual ive | Superior 20,5 mg/L (Cépia no autorizeda NBR 13969:1997 Tabela 6 - Pardmetros e seus valores limites do efluente trat de langamento 21 ado nas aguas superticiais de acordo com as classes Parémetro Classe a Classe b Classe Classe d Temperatura (°C) Inferora40 | inferiora4o | Inferior a40 | Inferiora 40 PH Entreseo | enteseo | Enteseo | Entrebes DBO... (mg/L) Infeiora20 | Inferiora30 | inferiora $0 | Inferiora 60 QO (mit) Inferioraso | Inferiora75 | Inferior 125. | Inferior a 150 Oxigénio dissolvido (mg/L) Superiora2 | Superiora2 | Superiora2 | Superiora2 Sélidos sedimentaveis(rllL) Inferiora0,t | inferiora0,t | inferira0,5 | Inferior at SNF totais (mg/L) lnferora20 | Inferiora20 | inferioraS0 | Interior 60 Nitrogénio amoniacal (mg/L) InteroraS — | interior aS | inferioras | Interior aS Nitrato-N (mail) lnferora20 | inferiora20 | inferiora20 | Inferiora 20 Fosfato (malt) Inferorat | inferior at | inferiora2 | Inferior aS Coliformes fecais (NMP/100 mL) Inferior a1 000 | Inferiora 1.000 | inferior a500 | Inferiora 1 000 Oie0 e graxas (mail) Inferora 30 inferiora30 | inferiora 10 | Inferiora 50 6.6 Reuso local No caso do esgoto de origem essencialmente doméstica ou com caracteristicas similares, 0 esgoto tratado deve ser reutlizado para fins que exigem qualidade de agua no potavel, mas sanitaramente segura, tais como it rigagdo dos Jardins, lavagem dos pisos ¢ dos veiculos automotivos, na descarga dos vasos sanitéios, na ma- rutengo paisagistica dos lagos e canais com gua, na imigago dos campos agricolas e pastagens ete © uso ocal de esgoto tem a vantagem de evitar problemas como aligago com a rede de égua potdvel, exiblidade nos graus de qualidade das aguas a serem reusadas conforme a necessidade local ete © tipo de reuso pode abranger desde a simples reci- culago de agua de enxégie da maquina de lavagem, com'ou sem tratamento aos vasos sanitérios, até uma remogo em alto nivel de poluentes para lavagens de Freqlientemente, 0 reuso ¢ apenas uma extensao do tra- tamento de esgotos, sem investimentos adicionais ele- vados; assim como nem todo 0 volume de esgoto ge- rado deve ser tratado para ser reutiizado. ‘Admite-se também que © esgoto trtado em condigdes de reuso possa ser exportado para além do limite do sis- tema local para atender & demanda industrial ou outra demanda da area préxima No caso de utlizaczio como fonte de agua para canals e lagos para fins palsagisticos, dependendo das condigdes locals, pode ocorrer um crescimento intenso das plantas aquiticas devido & abundancia de nutrientes no esgoto tratado. Neste caso, deve-se dar preferéncia & alternativa de tratamentos que removam eficientemente o fésforo do esgoto. No anexo 8, a figura B.1 representa alguns es- ‘quemas de reuso local de esgotos. 5.6.1 Planejamento do sistema de reuso © reuso local de esgoto deve ser planejado de modo a ppermitr seu uso seguro e racional para minimizar o custo de implantagao e de operagao. Para tanto, dever ser defnidos: 2) 08 usos previstos para esgoto tratado; ») volume de esgoto a ser reutlizado; ©) grau de tratamento necessitio; 4) sistema de reservacio e de distribuigdo; €e) manual de operagao ¢ treinamento dos respon- 5.62 0s usos previstos para o esgote tratado Devem ser considerados todos os usos que 0 usuario precisar,tais como lavagens de pisos, calgadas, irigacdo de jardins e pomares, manutencao das agua nos canais, @ lagos dos jardins, nas descargas dos banheiros etc. Nao deve ser permitido o uso, mesmo desinfetado, para ltrigacdo das hortaligas e frutas de ramas rastejantes (por exemplo, melo e melancia). Admite-se seu reuso para plantagSes de milho, arroz, trigo, café e outras arvores frutiferas, via escoamento no solo, tomando-se o cuidado de interromper a irrigag3o pelo menos 10 dias antes da colheita 22 (Cépia no autorizeda NBR 13969:1997 5.6.3 Volume de esgoto a ser reutilizado 0s usos definidos para todas as dreas devem ser quan- tiicados para obten¢ao do volume total final 2 ser reusado, Para tanto, devem ser estimados os volumes para cada tipo de reuso,considerando as condigées locais (clima, freqUéncia de lavagem e de irigago, volume de gua para descarga dos vasos sanitéros, sazonalidade de reuso etc). 5.464 Grau de tratamento necessério © arau de tratamento para uso miitiplo de esgoto tratado 6 definido, regra geral, pelo uso mais restringente quanto qualidade de esgoto tratado. No entanto, conforme o Volume estimado para cada um dos usos, podem-se rever graus progressivos de tratamento (por exemplo, se 0 volume destinado para uso com menor exigncia for expressivo, nao haveria necessidade de se submeter todo © volume de esgoto a ser reutiizado a0 maximo grau de tratamento, mas apenas uma parte, reduzindo-se o custo de implantacao © operacao), desde que houvesse sistemas distintos de reservacdo e de distribuigéo. [Nos casos simples de reuso menos exigente (por exern- plo, descarga dos vasos sanitarios) pode-se prever 0 uso da agua de enxaglie das maquinas de lavar, apenas desinfetando, reservando aquelas aguas e recirculando {a0 vaso, em vez de envid-las para o sistema de esgoto para posterior tratamento. Em termos gerais, podem ser definidas as seguintes classificagées e respectivos valo- res de pardmetros para esgotos, conforme o reuso: - classe 1: Lavagem de carros e outros usos que equerem 0 contato direto do usuario com a agua, ‘com possivel aspiracdo de aerosséis pelo operador, incluindo chafarizes: turbidez inferior a cinco, coliforme fecal inferior a 200 NMP/100 mL; sélidos dissolvidos totals inferior a 200 mgiL; pH entre 6,0 & 8,0; cloro residual entre 0,5 mg/L e 1,5 mglL. Nesse nivel, seréo geralmente necessétios trata- ‘mento aerdbio (filtro aerébio submerso ou LAB) se- uido por filracdo convencional (areia e carvao ativado) e, inalmente, cloragéo. Pode-se substituir a filtragdo convencional por ‘membrana fitrante; - classe 2: lavagens de pisos, calgadas e irrigacao, dos jardins, manutencao dos lagos e canais para fins paisagisticos, exceto chafarizes: turbidez in- ferlor a cinco, coliforme fecal inferior a 500 NMP/100 mL, cloro residual superior a 0,5 magi. Nesse nivel & satisfatério um tratamento biolégico aerdbio (fitro aerébio submerso ou LAB) seguido de fitrago de areia e desintegao. Pode-se também substtur fitraco por membranas fitrantes; - classe 3: reuso nas descargas dos vasos sanitérios: turbidez inferior a 10, coliformes fecais inferiores a 500 NMP/100 mL. Normalmente, as aguas de en- xaglie das maquinas de lavar roupas satisfazem a este padrao, sendo necessario apenas uma clo- ragdo. Para casos gerais, um tratamento aerdbio se- uido de fitracao e desinfesao satstaz a este padrio;, - classe 4: reuso nos pomares, cereais, forragens, pastagens para gados e outros cultives através de escoamento superficial ou por sistema de itigago pontual. Coliforme fecal inferior a 5.000 NMP/100 mL e oxigénio dissolvido acima de 2,0 mgiL. As aplicagdes devem ser interrompidas ppelo menos 10 dias antes da colheita 5.65 Sistema de reservagio e de distribuiggo © reuso local de esgoto seguro e racional tem como base Um sistema de reservacao e de distribuigo. Ao mesmo tempo, todo o sistema de reservacao e de distribuicao para reuso deve ser identificado de modo claro e incon- fundivel para ndo ocorrer uso erréneo ou mistura com 0 sistema de aqua potavel ou outros fins Devem ser observados os seguintes aspectos referentes 20 sistema: a) todo © sistema de reservagao deve ser dimen- sionado para atender pelo menos 2 h de uso de 4gua no pico da demanda didria, exceto para uso na Ir- Tigagdo da rea agricola ou pastori; b) todo o sistema de reservagio e de distribuigao do esgoto a ser reutllzado deve ser ciaramente iden- tifcado, através de placas de adverténcia nos locais estratégicos e nas torneiras, além do emprego de cores nas tubulagdes e nos tanques de reservacao, distintas das de 4gua potavel; ‘¢) quando houver usos miitiplos de reuso com qua- lidades distintas, deve-se optar pela reservagao dis- tinta das 2quas, com clara identficagao das classes de qualidades nos reservatorios e nos sistemas de distribuigao; ) no caso de reuso direto das aguas da maquina de lavar para uso na descarga dos vasos sanitérios, deve-se prever a reservagao do volume total da agua de enxagile; 2) 0 sistema de reservacio para aplicagao nas cul- turas cujas demandas pela agua nao sao constantes durante 0 seu ciclo deve prever uma preservacao ou area alternada destinada ao uso da agua so- bressalente na fase de menor demanda, 5.6.6 Manual de operagio e treinamento dos responsiveis, Todos os gerenciadores dos sistemas de reuso, princi- palmente aqueles que envolvem condominios resi- denciais ou comerciais com grande numero de pessoas voltadas para a manutencdo de infra-estruturas bésicas, devem indicar o responsavel pela manuten¢éo € operagao do sistema de reuso de esgoto. Para tanto, o responsivel pelo planejamento e projeto deve fornecer manuais do sistema de reuso, contendo f- guras e especicagées técnicas quanto ao sistema de tratamento, reservagao e distrbuigo, procedimentos para operagio correta, além de treinamento adequado 20s responsaveis pela operagao. 6 Amostragem para anélise do desempenho e do monitoramento Todos os processos de tratamento e disposi¢ao final de esgotos devem ser suibmetidos & avaliago periédica do épia NBR 13969:1997 23 desempenho, tanto para determinar o grau de poluigdo causado pelo sistema de tratamento implantado como para avaliagdo do sistema implantado em si para efeitos de garantia do processo oferecido pelo fomecedor. Esta avaliacio deve ser mais freqiente e minuciosa nas areas consideradas sensiveis do ponto de vista ambiental e sanitério, mas principalmente do ponto de vista de pro- tego de manancias, ‘A.amostragem do afluente e do efluente do sistema local de tratamento deve ser feita, exceto na fase inicial de operacao, quando deve haver acompanhamento pelo menos quinzenal até entrar em regime, com frealiéncia pelo menos trimestral © tipo de amostragem a ser considerada deve ser com- posta proporcional & vazo, com campanha horaria co- brindo pelo menos 12h consecutivas. Quando nao houver condigées para determinacio correta da vazo, esta deve ser estimada conforme as observacées baseadas nos sos de agua. Para monitoramento dos sistemas de infitracio no solo (vala de infltrago, sumidouro, cantero de infitracso de evapotranspiracéo), devem ser fetas amostragens a pattr dos pogos ou cavas escavados em volta das uni- dades, em profuncidades distintas, por meio de amostras compostas no proporcionais. Os parametros a serem analisados so relativos a: a) nos lancamentos aos corpos receptores super- ficiais e nas galerias de Aguas pluviais, aqueles defi- nidos nas legislagées municipal, estadual e federal, assim como definidos nesta Norma; b) na disposi¢go no subsolo, nitrato, pH, coliformes fecais e virus. Todas as amostras coletadas devem ser imediatamente preservadas e analisadas de acordo com os proce- dimentos descritos no “Standard Methods for Examina- tion of Water and Wastewater’ na sua titima edigao. JANEXO A 24 (Cépia no autorizeda NBR 13969:1997 Anexo A (normativo) Procedimento para estimar a capacidade de percolacio do solo (K) ‘A1Paraavala de infiltragao © ensaio para estimar a capacidade de percolagao des- crito aqui deve ser feito cuidadosamente, tendo em mente que conforme 0 modo de execucao pode resultar em valores bastante distintos para um mesmo tipo de solo. ‘A época de execugio do ensaio é também fator que in- fluencia nos resultados, © ensaio deve ser precedido de uma etapa preliminar para simular a condi¢io de solo saturado (condigao critica no sistema de absor¢0). ‘Apesar da imprecisfo, este ensaio é o mais simples que se conhece e, desde que seja utilizado em conjunto com (08 ensaios de tato e visual do solo, pode ser instrumento Util para avaliagao da capacidade de infltrago do solo. © nivel maximo do aqiiifero na area prevista deve ser conhecido antecipadamente. AAA Os instrumentos necessarios para se proceder a0 ensaio so os sequintes: = relégioy, - cronémetro; = régua; -trado com © 150 mm; = dispositive para medigdo do nivel d'égua na cava, conforme iustrado na figura B.16-c; ~ Agua em abundancia A.A.2 Os procedimentos a serem seguidos so os seguintes: a) 0 nero de locais de ensaio deve ser no minimo 3 pontos, distribuidos aproximadamente de modo a cobrir reas iguais no local indicado para campo de infitrago; b) com 0 trado de @ 150 mm, escavar uma cava ver- tical, de modo que o fundo da cava esteja aproxi- madamente no mesmo nivel previsto para fundos das valas;, NOTA. Este nivel deve ser determinado, levando em conta «8 distincia minima do fundo da vala em relagdo ao nivel rméximo do aqlifeo local (cerca de 1,50 m) cota de said do efuente de tanque séptco €)retirar os materiais soltos no fundo da cava e cobri cofundo com cerca de 0,05 mde brita, d) encher a cava com agua até a profundidade de 0,30 m do fundo e manter esta altura durante pelo menos 4 h, completando com agua na medida em que desce o nivel. Este periodo deve ser prolongado para 12h oumais se o solo for argiloso; esta constitul uma etapa preliminar para satura¢ao do solo; e) se toda a agua inicialmente colocada inftrar no solo dentro de 10 min, pode-se comegar 0 ensaio Imediatamente; 1) exceto para solo arenoso, o ensalo de percolago do deve ser feito 30 h apés o inicio da etapa de sa- turago do solo; 9) determinar a taxa de percolago como a seguir: - colocar 0,15 m de Agua na cava acima da brita, cuidando-se para que durante todo o ensaio, no seja permitido que o nivel da agua supere 0,15 m; - imediatamente apés o enchimento, determinar © abaixamento do nivel d'égua na cava a cada 30 min (queda do nivel) e, apés cada deter- ‘minago, colocar mais agua para retornar ao nivel de0,15m, = 0 ensaio deve prosseguir até que se obtenha diferenca de rebaixamento dos niveis entre as duas determinagdes sucessivas inferior a 0,015 m, em pelo menos trés medigées neces- sariamente; = no solo arenoso, quando a agua colocada se infiltra no periodo inferior a 30 min, o intervalo entre as lelturas deve ser reduzido para 10 min, durante 1 h; assim sendo, nesse caso, 0 valor da queda a ser utiizado ¢ aquele da titima leitura; hy caleular a taxa de percolacéo para cada cava escavada, a partir dos valores apurados, dividindo- se 0 intervalo de tempo entre determinagdes pelo rebaixamento lido na itima determinaco. Por exemplo: se o intervalo utiizado é de 30 min e 0 desnivel apurado € de 0,03 m, tem-se a taxa de percolagdo de 30/0,03 = 1 000 min’m; i) 0 valor médio da taxa de percolagio da drea é obtido calculando-se a média artmética dos valores das cavas; |) ovalor real a ser utlizado no célculo da area neces- séria da vala de infltrago deve ser o especificado na tabela A.1; ) obtém-se o valor da area total necesséria para area de inftragao dividindo-se o volume total diio estimado de esgoto (mdia) pela taxa maxima de aplicacéo ddr

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