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Direito Civil IV
Direito Civil IV
Aula 2
FUNDAMENTO DA POSSE
DIREITO CIVIL IV
NOÇÕES GERAIS SOBRE A POSSE
Jus possessionis
Se alguém, instala-se em um imóvel e nele se mantém, mansa e pacificamente,
por mais de ano e dia, cria uma situação possessória, que lhe proporciona direito
a proteção.
Tal direito é chamado jus possessionis ou posse formal, derivado de uma posse
autônoma, independentemente de qualquer título.
POSSE NÃO É:
Detenção
Embora, no entanto, a posse possa ser considerada uma forma de conduta que se
assemelha à de dono, aponta a lei, expressamente, as situações em que tal
conduta configura detenção, e não posse. Assim, considera detentor (fâmulo da
posse) conforme o art. 1.198 do Código Civil:
"Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de
dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento
de ordens ou instruções suas.
Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do modo como prescreve
este artigo, em relação ao bem e à outra pessoa, presume-se detentor, até que
prove o contrário"
Igualmente, não induzem posse, conforme anuncia o art. 1.208 do Código Civil:
"Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim
como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão
depois de cessar a violência ou a clandestinidade".
Ex.: roubo ou furto
POSSE E DETENÇÃO
Semelhança: Os dois institutos têm características semelhantes, considerando
que, em ambos os casos, tanto o possuidor quanto o detentor exercem poder
fático sobre a coisa.
Diferença: o possuidor tem o direito de ajuizar ações possessórias ou de
usucapião (pois possui a coisa como sendo sua, de forma definitiva).
O detentor não compartilha desses direitos, pois apenas conserva a coisa em seu
poder, mas em nome de outrem, isto é, do possuidor.
Locador posse indireta pois ele tem posse da coisa, se ele acordar e quiser vender
a casa ele pode
Locatário tem direito de uso, ele tem posso direta
Exemplo: duas pessoas tem a posse de um imóvel, dois irmão são os
proprietários, o irmão 1 mora na casa e o irmão 2 não mora
O irmão 1 tem posso direta e o irmão 2 tem posse indireta
Ex.:
Direta- locatário (Aquele que tem poder temporariamente)
Indireta- locador (Defende sua posse contra o indireto)
Uma posse não anula a outra > elas são paralelas
DIREITO CIVIL IV
•Esquematizado
- Direito Civil
Contratos em espécie - direito das coisas,
pág. 374 a 393 segunda parte, capítulo 3.
-Artigos 1.197,
1.199, 1.200, 1.201
1.202, 1.208,
11.211 do Código Civil.
Aula 3
É aquela em que uma única pessoa, física, jurídica, tem sobre a mesma coisa, posse plena,
direta ou indireta.
Plena é a posse em que o possuidor exerce de fato os poderes inerentes à propriedade, como
se sua fosse a coisa.
Podem estabelecer uma divisão de fato para a utilização pacífica do direito de cada um,
surgindo, assim, a composse pro diviso.
Permanecerá pro inidiviso se todos exercerem, ao mesmo tempo e sobre a totalidade da coisa,
os poderes de fato (utilização ou exploração comum do bem).
Posses paralelas
Posse múltiplas
Art. 1.200 cc – É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária”. A posse justa é
mansa, pacífica e adquirida sem violência.
Injusta, posse que ocorre por pelo menos um dos vícios da posse (violência, clandestinidade ou
precariedade). Não produz efeitos contra o legítimo possuidor (para quem esta situação
jurídica não passa de detenção), muito embora o possuidor injusto possa fazer manejo dos
interditos possessórios contra atos de terceiros.
Violência e a clandestinidade podem, porém, cessar. Nesse caso, dá-se o convalescimento dos
vícios. Enquanto não findam, existe apenas detenção. Cessados, surge a posse, porém injusta.
Com efeito, dispõe o art.1208 do código civil que não induzem posse os atos violentos ou
clandestinos, “senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade”.
A crença do possuidor de encontrar-se em um situação legítima. Basta que a posse seja justa.
Ainda que de má-fé, o possuidor não perde o direito de ajuizar a ação possessória
Justo título > ex. quando se tem escritura, recibo de compra e venda para transferência
Juris tantum>
Art. 1202- A posse boa-fé só perde este caráter no caso e desde o momento em que as
circunstâncias façam presumir que o possuidor não ignora que possui indevidamente.
Cpc art.558
Aula 5
A proteção possessória
Esbulho: quando você não posse sobre sua propriedade, ex.: invasão
Turbação quando você não 100% de posse sobre sua propriedade, quando você quer fazer
algo mas não pode porque tem alguém usufruindo de parte da sua posse.