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15-2 | Movimento Harménico Simples2 O QUE E FISICA’ Nosso mundo esta repleto de oscilagdes, nas quais os objetos se movem repetida- mente de um lado para outro. Muitas sao simplesmente curiosas ou desagradaveis, ‘mas outras podem ser economicamente importantes ou perigosas. Fis alguns exem- plos: Quando um taco rebate uma bola de beisebol, 0 taco pode sotter uma oscila- ‘sao suficiente para machucar a mao do batedor ou mesmo se partir em dois, Quando, © vento fustiga uma linha de transmissao de energia elétrica, a linha as vezes oscila (galopa”, no jargdo dos engenheiros elétricos) com tanta intensidade que pode se romper, interrompendo o fornecimento de energia elétrica a toda uma regio. Nos avides, a turbuléncia do ar que passa pelas asas faz com que elas oscilem, causando fadiga no metal,o que pode fazer com que as asas se quebrem. Quando um trem faz ‘uma curva, as rodas oscilam horizontalmente quando sao forgadas a mudar de dire- do, produzindo um som peculiar. ‘Quando acontece um terremoto nas vizinhangas de uma cidade 0s edificios so- frem oscilagoes tao intensas que podem desmoronar. Quando uma flecha é langada de um arco as penas da extremidade conseguem passar pelo arco sem se chocar com cle porque a flecha oscila. Quando se deixa cair uma moeda em um prato metélico a moeda oscila de uma forma tdo caracteristica que é possivel saber o valor da moeda pelo som produzido. Quando um caubsi de rodeio monta um touro set corpo oscila em varias diregdes enquanto o touro gira € corcoveia (ao menos, € 0 que 0 caub6i procura fazer). =e O estudo € 0 controle de oscilagdes so dois objetivos importantes da fisica e da engenharia. Neste capitulo vamos discutir um tipo bésico de oscilagao, conhecido como movimento harménico simples. 15-2 | Movimento Harménico Simples A Fig. 15-la mostra uma seqiiéncia de “instantineos” de um sistema oscilatério sim- ples, uma particula que se move repetidamente para um lado e para outro da origem de um eixo x. Nesta sego vamos nos limitar a descrever 0 movimento. Mais adiante discutiremos como esse tipo de movimento pode ser produzido. Uma propriedade importante do movimento oscilat6rio € a sua freqiiéncia, 0 niimero de oscilagdes completas por segundo. © simbolo de freqiiéncia é fe a uni- dade de freqiiéncia no SI é o hertz (Hz), definido como I hertz = 1 Hz = 1 oscilagao por segundo = 1 s~ (15-1) Tempo (0) ” 12 —P1.15.1 (a) Uma seqiéncia de “instantdneos” (irados em intervalos —— =? ~ de tempo igus) mostrando a posigdo de uma particula enquanto oscila jar emo da origem de um xo entre ne tye OScOmprimentos dos vetores si proporcionais a velocidade escalar da particula.A. 1 “e-6l-—welocidade escalar é mixima quando a particula se encontrana origem er = nla quando ela esté em +r,.Se 0 tempo ré escolhido como sendo zero tn Guando a particula estd em +2, particula retorna para +4 emt=T, ‘onde Té 0 periodo do movimento. Em seguida,o movimento ¢ repetido. «@ (b) Um grafico de.x em fungao do tempo para o movimento do item (a).. MEE Capitic 15 | Oscilacoes Deslocamento ovinsante Fase > he ‘thes 2(i) = Xp COS( 1+ 0) yt | Amplitude” Tempo Freqiéncia Constante de angular fase ou angul de fase FIG.15-2 Nomes das grandezas da Eq. 15-3, que descreve 0 movimento harmonico simples. ‘Uma grandeza relacionada a freqiténcia ¢ 0 periodo T do movimento, que € 0 tempo necessério para completar uma oscila¢do completa (ou um ciclo): (15-2) Todo movimento que se repete a intervalos regulares é chamado de movimento periddico ou movimento harm6nico. No momento estamos interessados em um mo- vimento que se repete de um modo particular, o que esté representado na Fig, 15-La. Nesse tipo de movimento o deslocamento x da particula em relagdo a origem ¢ dado por uma fungaio do tempo da forma A) Sacco Pp) once (153) onde x», € so constantes. Esse movimento é chamado de movimento harmé- nico simples (MHS), uma expresso que significa que 0 movimento periédico é uma funcio senoidal do tempo. O grifico da Eq. 15-3, na qual a funcao senoidal é uma fungaio co-seno, aparece na Fig. 15-1b. (Esse grafico pode ser obtido fazendo a Fig. 15-1a girar 90° no sentido anti-horério e pasando uma curva pelas varias posigoes sucessivas da particula.) As grandezas que determinam a forma do grafico sao mos- tradas na Fig, 15-2.com os respectivos nomes. Vamos agora definir essas grandezas, A grandeza x», denominada amplitude do movimento, é uma constante positiva cujo valor depende do modo como 0 movimento foi produzido. O indice m indica © valor mdximo, jé que a amplitude representa o deslocamento maximo da particula em um dos sentidos. A funcao co-seno da Eq. 15-3 varia entre os limites *1:assim,o deslocamento x(t) varia entre os limites +x, A grandeza dependente do tempo (wt + 4) da Eq. 15-3 € chamada de fase do movimento, ¢ a constante 4 € chamada de constante de fase (ou fingulo de fase). O valor de ¢ depende do deslocamento c da velocidade da particula no instante ¢ = 0. Nos gréticos de x(¢) da Fig, 15-34 a constante de fase € zero. Para interpretar a constante w, denominada freqiiéneia angular do movimento, notamos primeiramente que o deslocamento x(t) deve ser igual a.x(¢ + T) para qual- quer valor de r. Para simplificar esta andlise, vamos fazer ¢ = 0 na Eq. 15-3. Nesse caso, podemos escrever Xn C08 0 = Xp, C08 w(t + T), (15-4) A fungiio co-seno se repete pela primeira vez. quando seu argumento (a fase) au- menta de 2arrad: assim,a Eq. 15-4 nos dé C+ T) = oe + 27 on oe ots 2 br 23 Bs i i fo ye é 4 ~ -—r—}_r—_ © FG. 153 Nos trés casos. curva azul €obtida da Eq, 5-3 com : ¢=0.(a) A curva vermelha difere da curva azul apenas pelo fato de «que a amplitude «da curva vermetha é maior (os deslocamentos da curva vermelha para cima e para baixo so maiores). (b) A curva vermelha difere da curva azul apenas pelo fato de que o periodo da curva vermelha € T” = 1/2 (acurva vermelha esta comprimida horizontalmente). (c) A curva vermelha difere da curva azul apenas pelo fato de que, para a curva vermelha, ¢=~7!4 rad em ver de zero (0 valor ‘negativo de ¢destoca a curva para a dire). 0 15:2 | Movimento Harménico Simples Assim, de acordo com a Eq. 15-2,a freqiéncia angular é x = =2nf. (15-5) Deslocamento A.unidade de freqiléncia angular no SI é 0 radiano por segundo. (Por coeréncia, deve ser expresso em radianos.) A Fig. 15-3 mostra comparagdes entre as fungOes x(¢) de movimentos harménicos simples de diferentes amplitudes, periodos (e, por tanto, freqiléncias e freqiéncias angulares) ou constantes de fase. TESTE 1 Uma particula em oscilagio harmonica simples de periodo T (como a da Fig. 15-1) esté em —x,, no instante ¢ = 0.A particula estd em —xq,eM +rp,€M Ojentte =F_E0 sry owentre O¢ +x, n0 instante (a) ¢= 2,007, (b) t = 3,507 € (c) t= 5,257? i ie ug ‘ A Velocidade do MHS 2-08 Derivando a Eq. 15-3, obtemos uma expressdo para a velocidade de uma particula © em movimento harménico simples: FIG. 15-4 (¢) Odeslocamento x() ax) de uma particula oscilando em um v= a Xy, Cos(wt +4)] ‘MHS com Angulo de fase igual a zer0.0 periodo Teorresponde a uma ou (0) = —coxy sen(eot + 4) (velocidade). (15.6) oseilagio completa. (6) A velocidade v() da particula. (c) A aceleragio A Fig. 15-4a € um gréffico da Eq. 15-3 com ¢ = 0.A Fig, 15-46 mostra a Eq. 15-6, @(!) da particula também com @ = 0. Analogamente & amplitude x,, da Eq. 15-3, a grandeza positiva wt, da Eq. 15-6 ¢ chamada de amplitude da velocidade ¥,.. Como se pode ver na Fig. 15-4b, a velocidade da partfcula em oscilagao varia entre +v,, = +ax,. Note também na figura que a curva de v(t) esté deslocada (para a esquerda) de um quarto de perfodo em relagdo a curva de x(2); quando 0 médulo do deslocamento € mé- ximo [isto 6, quando x(r) = x,],0 médulo da velocidade é minimo [isto é, v(2) = 0). Quando 0 médulo do destocamento é minimo (isto é,zero),0 médulo da velocidade E maximo (isto €, Vy. = atin). A Aceleragaéo do MHS Conhecendo a velocidade v(1) do movimento harménico simples, podemos obter ‘uma expresso para a aceleragio da particula derivando essa velocidade. Derivando a Eq.15-6,obtemos: tt + af) = T= 4 Lor, sen(or+4)] ou eX, COs(wt +b) (aceleragio), (15-7) A Fig. 15-4c é um grafico da Eq, 15-7 para 0 caso em que ¢ = 0.A grandeza positiva xp da Eq, 15-7 é chamada de amplitude da aceleragao d,,, ou seja,a aceleracao da particula varia entre os limites +a,, = +e7x,,, como mostra a Fig. 15-4c, Observe também que a curva da aceleragdo a(#) esta deslocada (para a esquerda) de T/4 em relagio a curva da velocidade v(2), Podemos combinar as Eqs. 15-3 e 15-7 para obter (= que € relagdio caracteristica do movimento harménico simples: x), (15-8) 15:2 | Movimento Harménico Simples Assim, de acordo com a Eq. 15-2,a freqiéncia angular é x = =2nf. (15-5) Deslocamento A.unidade de freqiléncia angular no SI é 0 radiano por segundo. (Por coeréncia, deve ser expresso em radianos.) A Fig. 15-3 mostra comparagdes entre as fungOes x(¢) de movimentos harménicos simples de diferentes amplitudes, periodos (e, por tanto, freqiléncias e freqiéncias angulares) ou constantes de fase. TESTE 1 Uma particula em oscilagio harmonica simples de periodo T (como a da Fig. 15-1) esté em —x,, no instante ¢ = 0.A particula estd em —xq,eM +rp,€M Ojentte =F_E0 sry owentre O¢ +x, n0 instante (a) ¢= 2,007, (b) t = 3,507 € (c) t= 5,257? i ie ug ‘ A Velocidade do MHS 2-08 Derivando a Eq. 15-3, obtemos uma expressdo para a velocidade de uma particula © em movimento harménico simples: FIG. 15-4 (¢) Odeslocamento x() ax) de uma particula oscilando em um v= a Xy, Cos(wt +4)] ‘MHS com Angulo de fase igual a zer0.0 periodo Teorresponde a uma ou (0) = —coxy sen(eot + 4) (velocidade). (15.6) oseilagio completa. (6) A velocidade v() da particula. (c) A aceleragio A Fig. 15-4a € um gréffico da Eq. 15-3 com ¢ = 0.A Fig, 15-46 mostra a Eq. 15-6, @(!) da particula também com @ = 0. Analogamente & amplitude x,, da Eq. 15-3, a grandeza positiva wt, da Eq. 15-6 ¢ chamada de amplitude da velocidade ¥,.. Como se pode ver na Fig. 15-4b, a velocidade da partfcula em oscilagao varia entre +v,, = +ax,. Note também na figura que a curva de v(t) esté deslocada (para a esquerda) de um quarto de perfodo em relagdo a curva de x(2); quando 0 médulo do deslocamento € mé- ximo [isto 6, quando x(r) = x,],0 médulo da velocidade é minimo [isto é, v(2) = 0). Quando 0 médulo do destocamento é minimo (isto é,zero),0 médulo da velocidade E maximo (isto €, Vy. = atin). A Aceleragaéo do MHS Conhecendo a velocidade v(1) do movimento harménico simples, podemos obter ‘uma expresso para a aceleragio da particula derivando essa velocidade. Derivando a Eq.15-6,obtemos: tt + af) = T= 4 Lor, sen(or+4)] ou eX, COs(wt +b) (aceleragio), (15-7) A Fig. 15-4c é um grafico da Eq, 15-7 para 0 caso em que ¢ = 0.A grandeza positiva xp da Eq, 15-7 é chamada de amplitude da aceleragao d,,, ou seja,a aceleracao da particula varia entre os limites +a,, = +e7x,,, como mostra a Fig. 15-4c, Observe também que a curva da aceleragdo a(#) esta deslocada (para a esquerda) de T/4 em relagio a curva da velocidade v(2), Podemos combinar as Eqs. 15-3 e 15-7 para obter (= que € relagdio caracteristica do movimento harménico simples: x), (15-8) BEY Capitulo 15 | Oscilagves Assim, como mostra a Fig. 15-4, quando o deslocamento esté passando pelo maior valor positivo a aceleracdo possui o maior valor negativo e vice-versa. Quando o deslocamento é nulo, a acelerago também é nula. Pe Tatica 1: Angulos de Fase Observe o efeito do angulo de fase dem um grifico de «(). Quando 6 = 0,x(0) possui um grafico como o da Fig 15-4a, uma curva co-seno tipica. Um valor de ¢ po- sitivo desloca a curva para a esquerda ao longo do exo. (O leitor pode se lembrar disso usando o simbolo +d, onde a seta para cima indica um aumento de ¢ e a seta para a esquerda indica o deslo- ‘camento resultante da curva.) Um valor de # negative desloca a ‘curva para a direita, como mostra a Fig. 15-3¢ para = — 7/4, ‘Quando dois gréficos de um MHS tém ngulos de fase dife- rentes dizemos que estdo defasados ou que existe uma diferenca de fase entre os dois grificos. Entre as curvas da Fig. 15-3¢ existe ‘uma diferenga de fase de 24 rad. ‘Como o MHS se repete apés um perfodo Te a fungao co- seno se repete a cada 2rrrad, um periodo T representa uma dife- renga de fase de 27rrad. Na Fig. 15-4, x(t) esté com a fase deslo- cada um quarto de periodo para a dircita (— m2 rad) em relagao a (2) € coma fase deslocada meio periodo para a direita (~2rrad) em relagio a a(é). Um deslocamento de fase de 2x rad faz com {que uma curva de MHS coincida com si mesma, isto €, permanega inalterada. 15-3 | A Lei do Movimento Harménico Simples ‘Uma vez conhecida a forma como a aceleragao de uma particula varia com o tempo, podemos usar a segunda lei de Newton para descobrir qual é a forca que deve agir sobre a particula para que ela adquira essa aceleragdo. Combinando a segunda lei de Newton com a Eq, 15-8 encontramos, para o movimento harménico simples, a seguinte relagdo: (ma? x. (15-9) Este resultado, uma forca restauradora proporcional ao deslocamento, jd foi encon- trado em outro contexto: é a expresso matematica da lei de Hooke, Fema P= —ke, (1s-10) para uma mola, sendo que neste caso a constante eldstica é dada por k= mo?. (as-1) Podemos, na verdade, tomar a Eq. 15-10 como sendo uma definicao alternativa do movimento harmonico simples. Em palavras: sistema bloco-mola da Fig. 15-5 constitui um oscilador harménico simples linear (ou, simplesmente, oscilador linear), onde o termo “linear” indica que F é pro- porcional a x e nao a alguma outra poténcia de x, A freqiiéncia angular « do movi- ‘mento harménico simples do bloco esta relacionada & constante elistica k e & massa ‘m do bloco pela Eq. 15-11,que nos di £ 1s m Combinando as Eqs 15-5 ¢ 15-12 podemos escrever, para o periodo do oscilador linear da Fig. 15-5, fe k De acordo com as Eqs. 15-12 ¢ 15-13, uma grande frequéncia angular (e, portanto, um pequeno perfodo) esté associada a uma mola rigida (k elevado) e a um bloco eve (m pequeno). (frequéncia angular) (15-12) he x0 He FIG.15-5 Umoscilador harménico simples linear. Nao ha atrito com a superficie, Como a particula da Fig. 15+1,0 bloco se move em movimento hharmOnico simples quando ¢ puxado ‘ou empurrado a partir da posigio -£ = O¢ depois iberado. O deslocamento & dado pela Eq. 15-3 Te (periodo). (45-13) ‘Todo sister 15-3 | A_Lei do Movimento Harménico Simples oscilatorio, seja ele um trampolim ou uma corda de violino, possui uma certa “elasticidade” ¢ uma certa “inércia” e, portanto, se parece com um oscila- dor linear. No 0 dor linear da Fig. 15-5 esses elementos esto concentrados em partes diferentes do sistema: a elasticidade esta inteiramente na mola, cuja massa desprezamos, ¢ a inércia esta inteiramente no bloco, cuja elasticidade é ignorada. Em uma corda de violino, porém, os dois elementos estéo presentes na corda, como ‘vamos ver no Capitulo 16. Vas 2 Qual das seguintes relagdes entre a forga F exercida sobre uma particula € posigéo x da particula produz um movimento harmOnico simples: (a) F = ~Sx, (b) F = —400x!,(¢) F= 10x ou (d) F= 3°? Exemplo FEI Um bloco cuja massa m € 680 g estd preso a uma mola cuja constante eldstica k é 65 Nim. O bloco € puxado sobre uma superficie sem atrito por uma distancia x = 11 cm a partir da posigao de equilfbrio em x = 0 liberado a partir do re~ pouso no instante ¢ = 0. (a) Quais sdo a freqliéncia angular, a freqiténcia e o perio- do do movimento resultante? FERED 6 sistema tioco-mota consttui um ose dor harménico simples linear, com o bloco executando um MHS. Céleulos: A freqiiéncia é dada pela Eq. 15-12: k_ (Nm 0,68 kg. ~ 98 radis. De acordo com a Eq. 15-5, freqiiéncia & pa 2 2T800's Qn mrad 178 rad/s (Resposta) = 1,56 Hz ~ 1,6 Hz. (Resposta) De acordo com a Eq. 15-2, 0 periodo é i f 1S6Hz (b) Qual é a amplitude das oscilagdes? TEESE i usencia de atrito, a encrgin mecinica do sistema bloco-mola é conservada. Raciocinio: O bloco ¢ liberado a 11 em da posi¢do de equil- brio, com energia cinética nula e o maximo de energia poten- cial elastica. Assim,o bloco tera energia cinética nula sempre que estiver novamente a 11 cm da posicio de equilibrio, 0 que significa que jamais se afastara mais do que 11 cm de po- sigdio de equilfbrio, Seu deslocamento maximo de 11 em: 164s =640 ms, (Resposta) Xm = Mem, (Resposta) (c) Qual é a velocidade maxima v,,, do bloco ¢ onde se en- contra o bloco quando tem essa velocidade? FEI a vetocicace maxima v, € a amplitude da velocidade at, na Eq. 15-6. Céleulo: Assim, temos: Vpq = Xp = (9,78 rad/s)(0,11 m) = 1mis, (Resposta) Esta velocidade maxima é observada quando 0 bloco esta passando pela origem; observe as Figs. 15-4a ¢ 15-4, onde se pode observar que a velocidade é maxima em x = (d) Qual é 0 médulo a, da aceleragao maxima do bloco? BEE 6 mnscutoc,, da aceteragto méxima é aam- plitude da aceleragio w?x, na Eq. 15-7, Caleulo: Assim, temos: Gy = Xp = (9,78 rad!s)°(0,11 m) = ms’, (Resposta) Esta aceleragio maxima é observada quando o bloco esta nas extremidades da trajet6ria, Nesses pontos a forga que age sobre 0 bloco possui 0 médulo maximo; observe as Figs 15-4a e 15-4c, onde se pode ver que os médulos do deslocamento e da aceleracdo so méximos nos mesmos instantes. (¢) Qual é a constante de fase ¢ do movimento? Caleulos: A Eq. 15-3 fornece o deslocamento do bloco em fungio do tempo. Sabemos que no instante = 0 0 bloco esta em x = x, Substituindo essas condi¢des iniciais, como sfo chamadas,na Eq. 15-3 e cancelando ,, obtemos 1= cos d. (5-14) ‘Tomando o inverso da fungdo co-seno, obtemos = rad. (Resposta) Capitulo 15 | Oscilagdes (Qualquer Angulo que seja um multiplo inteiro de 2 rad também satisfaz a Eq. 15-14: escolhemos o menor angulo.) (8) Qual é a fungao deslocamento x(1) do sistema bloco-mola? Céleulo: A forma geral da fungao x(1) é dada pela Eq. 15-3. Substituindo as grandezas conhecidas, obtemos: Em t = 0 0 deslocamento x(0) do bloco de um oscilador li- near como o da Fig. 15-5 é —8,50 cm. (Leia x(0) como “x no instante zero”.) A velocidade do bloco v(0) nesse instante 0,920 m/s,e a aceleragao a(0) é +47,0 mis, (a) Qual é a freqiiéncia angular w desse sistema? I oon bioco om ws, Eqs 15-3, 156 15-7 fornecem 0 seu deslocamento, velocidade e aceleracio, respectivamente, todas contém a freqiléncia angular ©. Céleulos: Vamos fazer 1 = 0 nas trés equagdes para ver se uma delas nos fornece o valor de w.Temos: (0) = x,.¢08 4, (15-15) ¥(0) = ~ar, sen d, (15-16) e (0) = wx, C08 6. (15-17) AEQ. 15-15 nao contém w, Nas Eqs. 15-16 e 15-17 conhece- ‘mos o valor do lado esquerdo, mas nao conhecemos x, € «. Entretanto, dividindo a Eq, 15-17 pela Eq, 15-15 elimina- ‘MOS x» € be podemos calcular o valor de w: = [oO = |_ 4 Y x0) ¥ 0.0850 = 23,5 rad/s. (Resposta) (b) Quais so os valores da constante de fase ¢ e da ampli- tude x,” 2(0) = Xp cOs(or + 4) (0,11 m) cos{(9,8 radis)s + 0] 1.11 cos(9,81), (Resposta) onde x esta em metros € sem segundos, Céleulos: Conhecemos « e queremos determinar 6 & xy. Dividindo a Eq. 15-16 pela Eq. 15-15, obtemos wt. (0) Explicitando tan @,temos: (0) ex(0) = -0,461. mor, send =-wtand, Xp, COS a (235 rad’s)(-0,0850 m) Esta equacao possui duas solugdes: $= 25% e = 180" + (-25°) 55°, (Normalmente apenas a primeira dessas solugdes € mos- trada pelas calculadoras.) Para escolher a solugdo correta testamos as duas, usando-as para calcular valores da ampli- tude 4,,, De acordo com a Eq. 15-15, para 6 = ~25°, = 2) _ ~0,0850m cosh cos(=25°) 0,094 m, Para & = 155°, x, = 0,094 m. Como a amplitude do MHS deve ser uma constante positiva, a constante de fase ¢ a amplitude corretas S30 $= 155° ex, = 0,094m=94em, (Resposta) LUN EOE Tatica 2: Identificagio do MHS No MHS linear a acele- ragio a e 0 deslocamento x do sistema estdo relacionados através deuma equagao da forma 4a = ~(constante positiva)s, segundo a qual a aceleragao ¢ proporcional ao deslocamento a partir da posigio de equilfbrio, com o sinal contrario Quando ‘encontramos essa expressiio para um sistema oscilat6rio po- demos imediatamente compari-la com a Eq. 15-8, identificar 4 constante positiva como sendo igual a @? ¢ assim obter uma expressiio para a freqigncia angular do movimento. Em se- guida, podemos usar a Eq. 15-5 para ealeular 0 perfodo Te a freqiiéncia f Em alguns problemas 6 possivel escrever uma expressio para a forga F em fungao do desiocamento x. Se 0 movimento € um MHS linear, a forga e 0 destocamento estao relacionados: através da equacao F = ~(constante positiva)x, segundo a qual a forga proporcional ao deslocamento, com 0 si- nal contrario. Quando encontramos essa expresso podemos ime- diatamente comparé-la com a Eq, 15-10 e identificar a constante positiva como sendo igual a k. Se a massa é conhecida podemos usar as Eqs. 15-12, 15-13 ¢ 15-5 para calcular a frequiéncia angular ,0periodo Tea frequencia 1541 AEnergia de MovinentsHernéric Sinles EE 15-41 A Energia do Movimento Harménico Simples Vimos no Capitulo 8 que a energia de um oscilador linear é transformada repetida- mente de energia cinética em energia potencial ¢ vice-versa, enquanto a soma das duas, a energia mecdnica E do oscilador, permanece constante, Vamos agora exami- nar essa situago em termos quantitativos ‘A energia potencial de um oscilador linear como o da Fig, 15-5 esté inteira- ‘mente associada mola, Seu valor depende do grau de alongamento ou compressio da mola, ou seja, de »(¢), Podemos usar as Eqs. 8-11 e 15-3 para obter a seguinte ex- pressiio para a energia potencial: vO (15-18) Atengdo: A notagio cos” A (usada na Eq. 15-18) significa (cos A)" € ndo é 0 mesmo que cos A?, que significa cos( A?) A energia cinética do sistema da Fig, 15-5 esta inteiramente associada ao bloco, Seu valor depende da rapidez com a qual 0 bloco esta se movendo, ou seja, de v(0), Podemos usar a Eq. 15-6 para obter a seguinte expressao para a energia cinética: (15-19) Usando a Eq. 15-12 para substituir a? por kim, podemos escrever a Eq. 15-19 na forma =the? =4kxd c0s*(o1 +4). Lmo? x2, sen*(wt +0), K()=4 mv? =L kx? sen'(or +9), (15-20) De acordo com as Eqs. 15-18 ¢ 15-20, energia mecdnica é dada por E=U+K = $kx?, cos* (wt +d)+1 kxd sen? (wt +d) = tke} [eos? (wr +4)+ sen? (wt +4)] Para qualquer angulo a, cos! a + sen? a Assim,a grandeza entre colchetes aqui ¢ igual a unidade, ¢ temos E=U+K=1h}, (15-21) A energia mecéinica de um oscilador linear é de fato constante ¢ independente do tempo.A energia potencial e a energia cinética de um oscilador linear sao mostradas em fungao do tempo /,na Fig, 15-64, e em funcao do deslocamento x, na Fig. 15-66. Agora podemos entender por que um sistema oscilatorio normalmente contém um elemento de elasticidade e um elemento de inércia: 0 primeiro armazena ener- gia potencial e o segundo armazena energia UE as aa as ope Te es oer Naseer ieee a ests giattien eet ccalta:* siciseammnomamames Se eet ee £09 = KD) mo £9) + Ks) ® FIG. 15-6 (a) Energia potencial U(O.energia cinética K() eenergia meciinica & em fungao do tempo t para um oscilador harmonico linear. ‘Observe que todas as energias s0 Positivase que a energia potencial ‘ea energia cinética passam por dois maximos em cada perfodo.(b) Energia potencial U(x), energia cinética K(x) e energia mecdinica E em fungao da posigao x para ‘um oscilador harménico linear de amplitude x, Para.x = 0,aenergia € toda cinética: para x =r, € toda potencial ‘A grande pega que aparece na fotografia de abertura do caps tulo esté pendurada em quatro cabos ¢ oscila como um pén- dulo quando 0 vento faz o edificio balangar. Quando editicio se inclina em uma diregdo (leste, por exemplo) a pega faz 0 mesmo, mas com um certo retardo,de modo que quando final- ‘mente oscila para leste o edificio esté se inclinando para oeste. Na verdade, o movimento do péndlo se mantém sempre de- fasado do movimento do edificio,e tende a compensé-lo. BEET Ceptsic 15 | Osctngdes Outros edificios utilizam tipos diferentes de amor- tecedor de massa, como sao chamados esses dispositivos para combater oscilagdes. Alguns, como o do edificio John Hancock, em Boston, possuem um grande bloco que oscila na extremidade de uma mola, movendo-se em um trilho lu- brificado. O principio ¢ 0 mesmo do péndulo: 0 movimento do bloco est sempre defasado em relagdo ao movimento do edificio. ‘Suponha que o bloco possui uma massa m = 2,72 x 105 kg ¢ foi projetado para oscilar em uma frequéncia f = 10,0 Hze com uma amplitude x,, = 20,0 cm. (a) Qual é a energia mecanica total E do sistema bloco- mola? MERI A cocesia mecanica £ (a soma da gia cinética K=4myv* do bloco com a energia potencial U =4 kx’ da mola) € constante durante © movimento do oscilador. Assim, podemos escolher qualquer posigao do bloco para caleular o valor de E. Célculos: Como foi dada a amplitude x, das oscilagdes, va- mos calcular o valor de E quando o bloco esté na posigao X = %_ com v = 0. Para determinar 0 valor de U nese ponto precisamos primeiro calcular valor da constante elistica k. De acordo com a Eq. 15-12 (w = Jk/m) e a Eq. 15-5 (w = 2aff), temos: k= me? = m(2afP (2,72 x 10° kg)(27)°(10,0 Hz)? = 1,073 x10" Nim. Podemos agora calcular E: E=K+U=1my? +ike = 0 + 4(1,073 x 10° N/m)(0,20 my? = 2147x107 J =21 «107. (Resposta) (b) Qual é a velocidade do bloco ao passar pelo ponto de ‘equilibrio? Célculos: Estamos interessados em calcular a velocidade no ponto x = 0,no qual a energia potencial é U = + kx” = 0 € a energia mecdnica total é igual a energia cinética. Sendo assim, podemos escrever E=K+U=Lmv? +h kx? 24147 x 10? J = 4(2,72 10° kg)? + 0, 2,6 m/s. (Resposta) ‘Como neste ponto toda a energia do sistema foi convertida em energia cinética, esta ¢ a velocidade maxima ¥,, ou Fio de suspension 7 Reade referencia FIG. 15:7 Umpéndulode torgioé uma versao angular de um oscilador hharménico simples linear. O disco coscila em um plano horizontal; areta de referencia oscila com amplitude angular 0, torga0 do fio de suspensio armazena energia potencial de forma semelhante uma mola e produz.o torque restaurador. 15-5 | Um Oscilador HarmGnico Simples Angular A Fig, 15-7 mostra uma versio angular de um oscilador harménico simples; nesse caso, 0 elemento de elasticidade esta associado a torgao de um fio suspenso,¢ nao a0 alongamento ¢ a compressao de uma mola. O dispositivo recebe o nome de péndulo de torcao. Quando fazemos girar o disco na Fig. 15-7, produzindo um deslocamento angu- lar @a partir da posigao de equilibrio (na qual a reta de referéncia esta em @ = 0) eo liberamos, ele passa a oscilar em torno dessa posicao em um movimento harmonico simples angular. A rotacao do disco de um Angulo @em qualquer sentido produz um torque restaurador dado por (15-22) onde « (letra grega capa) é uma constante, a chamada constante de torgo, que de- pende do comprimento, do dimetro e do material de que € feito o fio. ‘A comparacao da Eq, 15-22 com a Eq. 15-10 nos leva a suspeitar que a Eq. 15-22 € a forma angular da lei de Hooke e que podemos transformar a Eq. 15-13, que for- nece 0 periodo do MHS linear, na equacao para o perfodo do MHS angular: substi- tuimos a constante eléstica k na Eq. 15-13 pela constante equivalente, a constante da Eq. 15-22, ¢ substituimos a massa m na Eq. 15-13 pela grandeza equivalente, 0 momento de inércia J do disco. Essas substituigdes levam a rae! {que € a equagéio correta para o periodo de um oscilador harménico simples angular, ‘ou péndulo de torcio. (PEndulo de torso), (15-23) TATICAS PARA A Wee Tatica 3: Identificag3o do MHS Angular Quando um sistema executa um movimento harmdnico simples angular, sua aceleragao angular a e seu deslocamento angular 6 estio relacio- nados através de uma equacao da forma ‘= ~(constante positiva) Esta equagio € a equivalente angular da Eq. 15-8 (a = ~w7x) ¢ ‘mostra que a aceleragio angular a € proporcional ao desloca- ‘mento angular 0 a partir da posicio de equilibrio, com o sinal contrério, Quando encontramos uma expresso com essa forma podemos identificar a constante positiva como sendo igual a wc, assim, calcular os valores de w, fe T. exemple FEY A Fig. 15-8a mostra uma barra fina cujo comprimento L é 12,4 eme cuja massa m é 135 g, suspensa em fio longo pelo ponto médio. O periodo T, do seu MHS angular € medido como sendo 2,53 s. Um objeto de forma irregular, que seré chamado de objeto X, é pendurado no mesmo fio, como na Fig. 15-8b, ¢ 0 seu periodo 7, é medido como sendo 4.76 s Qual é 0 momento de inércia do objeto X em relagdo a0 cixo de suspensao? BEEISEINGT 6 momento de inércia tanto da barra quanto do objeto X esti relacionado ao periodo através da Eq. 15-23. Calculos: Na Tabela 10-2e 0 momento de inércia de uma barra em torno de um eixo perpendicular passando pelo ponto médio € dado por “| mL? Assim, para a barra da Fig. 15-8a, temos: 1, =jbmL? =(4)(0.135 kg)(0,124 m)?* = 1,73 x 10 kg-m2. Vamos agora escrever a Eq. 15.23 duas vezes, uma para a barra e outra para o objeto X: = 1, =?" a nat f. ie € 156 | Péndulos EET “Também é possivel identificar o MHS angular a partir de uma expresso para o torque rem fungao do destocamento angular 6,j4 que essa expresso deve tera forma da Eq. 15-22 (= ~«6), ou seja, ~(constante positiva)6, Esta equacdo € a equivatente angular da Eq. 15-10 (F = ~kx) © ‘mostra que o torque 7 € proporcional ao deslocamento angular @.a partir da posigao de equilforio, mas tende a fazer o sistema girar no sentido oposto. Se temos uma expresso com essa forma podemos identificar a constante positiva como sendo a constante de torgao x. Se conhecemos 0 momento de inércia I do sistema, ‘podemos determinar T. Fio de! auspensio, @ (Ober X FIG. 15.8 Dois péndulos de torcdo,compostos por (a) um fioe ‘uma barra e (b) 0 mesmo fio e um objeto de forma irregular. A constante x, que é uma propriedade do fio, € a mesma nos dois casos; apenas os periodos e os momentos de inér- cia sao diferentes. ‘Vamos elevar as duas equagdes ao quadrado, dividir a segunda pela primeira e explicitar /, na equacao resultante. O resultado € 0 seguinte: 73 x 10" kg-m?) A768)" (253s) = 6,12 X 10 kg-m’. (Resposta) 15-6 | Péndulos Voltamos agora nossa atencao para uma classe de osciladores harménicos simples nos quais a forga de retorno est associada & gravitagao, e nao as propriedades elas- ticas de um fio ou de uma mola. O Péndulo Simples Se uma maga é posta para balanar na extremidade de um fio longo, ela desereve um movimento harmdnico simples? Caso a resposta seja afirmativa, qual é 0 perfodo T do movimento? Para responder a essas perguntas considere um péndulo simples, composto por uma particula de massa m (chamada de peso do pendulo) suspensa BEET)

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