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s9i0ai2023, 13:41 Infraesintura Viera INFRAESTRUTURA VIARIA UNIDADE 1 - INTRODUGAO A ENGENHARIA DE TRANSPORTES E INFRAESTRUTURA Eng. Paulo César Pinto, MSc. nitpsilcodely YENG_INVIAR_1 132 s9i0ai2023, 13:41 Infraestnatura Vista hitpslicodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Moodls/EADIConteudo/ENG_INVIAR_1S\unidade,_t/ebookindexhtml 2132 s9i0gi2023, 13:41 Infraestnatura Vista Introducgao Por defini¢ao, transporte se define como a movimentagao de algo que se desloca e que passa de um ponto a outro do espago, seguindo terminada trajetéria e sob a aco de forgas, Com isso, é interessante refletir a respeito de alguns pontos da engenharia de transportes, como: quais as vantagens de um modal rodovidrio? Qual importincia da classificagdo das rodovias? Quais as caracterfsticas do estudo bésico da construgdo de uma rodovia? E quais sio os elementos essenci Com estes aspectos, a engenharia de transportes ¢ uma ciéncia multidisciplinar que envolve diferentes campos de conhecimento, cada um com abordagens caracteristicas para os diversos problemas que se apresentam, cuja unidade deriva do uso de metodologia cientifica e de certos fundamentos basicos. Os profissionais da area so responséveis pelo planejamento e pela operacao de vias, rodovias, sistemas de ttinsito, portos, aeroportos e ferrovias, proporcionando a movimentagio de pessoas, bens e servicos de forma segura, répida, confortivel, econémica e compativel com o meio ambiente, Dessa maneira é fundamental o papel da engenharia de transportes ¢ infraestrutura no desenvolvimento da ivilizasao, tendo como principais os efeitos econdmicos, sociais, culturais e politicos. Para compreendé-los, a seguir voe8 conhecer do tragada vidrio? os sistemas de transporte quais os modais aplicados. 1.1 Sistemas de transporte e tipos de modais Sistemas de transportes consistem nas trajetérias ou caminhos ulilizades para a realizagio do transporte de bens, servigos e/ou pessoas, Podem ser naturais (rios, lagos e oceanos) ou artificiais (rodovias, ferrovias, dutos, canais de navegacio, teleféricos). Para tal, utilizam-se os modais, que constituem os dispositivos capazes de transladar as pessoas ou os bens de um lugar para outro (veiculos rodovitios, ferrovidrios, hidrovidrios e aéreos) Nesse sentido, vocé sabe como se constitul um sistema de transportes? E um modal? E capaz de identificar a importincia da relago entre os dois? Ao estudar os contetidos apresentados ao longo desse estudo, voce poderd responder com clareza a essas a outras perguntas sobre a evolucao da engenharia de transportes € infraestrutura do século XX 1.2 Modal rodoviario No Brasil, o sistema dominante no transporte de mercadorias e de pessoas utiliza 0 modal rodovidrio. Ou seja, os deslocamentos ocorrem por meio de caminhdes e de Gnibus nas rodovias em reas urbanas ¢ rurais. Segundo a Agéncia Nacional de Transportes Terrestres (ANT), dados apurados em 2018 (BRASIL, 2019) indicam que 92,6% dos passageiros utilizam rodovias; 1,81% deslocam-se por meio de metris e ferrovias (modal ferrovisrio); 5,17% vigjam em transporte aéreo (modal aerovidrio), © 0 restante - 0,429 - ‘movimenta-se pelas hidrovias (modal hidrovistrio}. AAinda de acordo com a ANT (BRASIL, 2019), o transporte de cargas apresenta que 63,7% das toneladas/km so transportadas no modal rodovisrio; 20,7% em ferrovias, 11,5% em hidrovias, e © restante por gasodutns/oleodutos ou meios aéreos. Atualmente, o modal rodovisrio brasileiro compreende uma rede de 1.720.000 km de estradas e rodovias. hitpslicodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Moodls/EADIConteudo/ENG_INVIAR_1S\unidade,_t/ebookindexhtml 32 s9i0ai2023, 13:41 Infraestnatura Vista VOCE QUER VER? No video Duplicapdo Serra do Cafezal ~ Rodovia Régis Bittencourt ~ BR-116, 6 posstvel conferit a importéncia de uma rodovia bem projetada, com aspectos ambientais respeltados e economicamente rentivels para os usudtios. -Produzido pela Agencia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e pelo Grupo OH, apresenta informagies ilustradas por mapas e belas imagens aéreas. Dispontvel em: -chttps:/ /wwwyoutube.com/watch?v=moD6Wugio4&t=11s, (https: //wwwyoutube.com/wateh?v=2u0D6Wugio4&t=115)> Dentre os procedimentos do governo federal para solucionar questées do transporte de cargas, tanto as ferrovias quanto as rodovias federais estio sendo privatizadas ou transferidas para os governos estaduais. Além disso, a Unido prevé investimentos na construgao de hidrovias para servir o Mercosul, pela regido Sul, e os mercados asidtico e europeu pelas regides Norte e Nordeste do Brasil. Com essas medidas, a distribuigo do transporte de cargas pode mudar nos préximos anos, na dires3o de um aumento no uso de hidrovias e forrovias, impulsionando assim o desenvolvimento do pais. Observe o quadro a seguir, que apresenta um breve historico do surgimento do modal rodoviario, no mundo, ¢ sua evolugo no Brasil. hitpslicodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Moodls/EADIConteudo/ENG_INVIAR_1S\unidade,_t/ebookindexhtml 4132 1910912023, 18.41 Infraesinatura Vida Primeiras vias construidas a pair de trilhas usadas por povos pré- préhistoia VlasdeCirculacso F* eee Estrada pavimentada por pedrasirregulares entre Roma e Cépua Inspetoria Federal de Obras contra as Secas passou a deliberar sobre construcio de estradas 1937 Criagdodo DNER Departamento Nacional de Estradas de Rodagem Lei Joppert ‘Autonomia técnica e financeira ao DNER (Decreto Lei 8.463) ——— ag ae ae oe trvestimentes uss 2.3 bithdes em infrastruturarodovsria no Bras Pedgio Programa de concess6es rodovisrias Investimentos P pseu Pea USS 1,2 bithdo em infraestrutura rodovisria no Brasil 2019 _Rodoviasno Brasil 1.720.000 km de rodovias estaduais efederais Quatro 1 - Histérico do surgimento do modal rodovidrio no mundo e sua evolugao em territério nacional, segundo dados da ANTT. Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em BRASIL, 2019, Apesar de existirem meios mais barates - ferrovidrio, maritimo, cabotagem etc. ~ hé pelo menos quatro importantes vantagens trazidas pelo transporte rodovisirio: © prego competitvo; o significative poder de Interconectividade, isto 6 a grande capacidade de se chegar onde quiser e aproveitar outros meios de transporte (par exemplo, temos 0s casos de caminhdes que embarcam em balsas para economizarem parte de percurso); a velocidade de entrega, uma das maiores, ea sua capacidade de carga, que abrange quase todas as necessidades. htips:ilcodely-‘mu-contents3.amazonaws.conyMoodle/EADIConteudoiENG_INVIAR_19(unidade_tiebooklindex himl s9i0ai2023, 13:41 As rodovias federais so definidas pela sigla BR, seguida por trés algarismos: o primeiro indica o sentido do tragado visrio (orientagio conforme pontos cardeais); 0 segundo ¢ o terceiro definem a posigo relativa a Infraestnatura Vista VOCE O CONHECE? 0 Plano Nacional de Viagie (PNV) foi criado pela Lei ng 5.917, de 10 de setembro de 1973, No PNY é feita a compllasio do planejamento do modal rodoviério no Brasil, cadastrando todas as rodovias federais pavimentadas, n2o pavimentadas, em obras de implementagio e previstas para escoamento de pessoas, bens e servigos (BRASIL, 1973). Periodicamente, este planejamento é atualizado e esta disponivel em: . capital federal e aos limites do pais. Clique nos itens e veja. Rodovias radiais (BR-OXX) Rodovias que partem de Brasilia/DF. Rodovias longitudinais (BR-1XX) Rodovias com dires4o Norte/Sul. Rodovias transversais (BR-2XX) Rodovias com diresdo Leste/Oeste. Rodovias diagonais (BR-3XX) Rodovias com dire¢o Noroeste/Sudeste ou Nordeste/Sudoeste. hitpslicodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Moodls/EADIConteudo/ENG_INVIAR_1S\unidade,_t/ebookindexhtml 6132 s9i0ai2023, 13:41 Infraestnatura Vista Rodovias de ligagao (BR-4XX) Rodovias que fazem a interligaao entre rodovias mais importantes, nao tendo dire¢ao definida. Quanto a jurisdi¢3o, as rodovias podem ser classificadas conforme apresentado a seguir, Clique nos itens Federais Via arterial que interessa a federagdo, Estaduais _Ligam cidades entre sie a capital de um estado. Municipal __Interesse de determinado municipio. s Vicinais _Estradas municipais com pouco padrio técnico, de pista simples. Para as rodovias estaduais, em geral, adota-se a mesma sistemética de nomenclatura das federais, porém a sigla inicial (federal = BR) é substitufda pela estadual. Por exemplo: RS-122 (rodovia estadual do estado do Rio Grande do Sul, sentido Norte/Sul). VOCE SABIA? Os principais elementos de um sistema de transportes sio: pessoas ¢ bens a serem transportades; vefculos (automévels, tens, embarcagdes etc); vias (rodavias, ferravias ete) terminals (aereportes, portos maritimos); sistemas de controle (sinais luminosos, placas de transito) e os operadores responsiveis pela realizagio do transporte. A quilometragem das rodovias, por sua vez, nao é cumulativa em toda a extenso do tracado vidrio, Logo, toda vex em que a rodovia ultrapassa qualquer limite territorial estadual da Federagio, sua qullomettagem comega novamente a ser considerada (km 0+000). 0 sentido da quilometragem segue sempre o sentido descrito na Divisio de Trechos do PNY, Por exemplo: a BR-101 interliga 0 Brasil no sentido Norte/Sul, percorrendo os estados da Bahia e do Espirito Santo, No marco de divisa desses dois estados, a quilometragem respectiva é hitpslicodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Moodls/EADIConteudo/ENG_INVIAR_1S\unidade,_t/ebookindexhtml 7132 s9i0ai2023, 13:41 Infraestnatura Vista BR-101/BA [km 956+900] e BR-101/ES [km 0+000], Isso significa que a BR-101/BA percorre todo o estado da Bahia em extensio de 956,9 km; quando chega & divisa com o Espirito Santo, a quilometragem reinicia ficando BR-101/ES [km 0+000]. 1.2.1 Classificagéo das rodovias Os dados que compdem a classificagio das rodovias sio de extrema importincia para a correta interpretago das informagdes dos sistemas funcionais de uma estrada No quadro a seguir, 6 possivel observar a classificago funcional das rodovias em territério nacional, suas fungées basicas, pardmetros de referéneia, extensao de rede e fluxo dos servigos ~ entre outras Informagdes 1) deslocamentosintermacionas ou interregionas;2) nivel elevado de mobilidade; 3 igacSo com rodovias similares em egies visinhas. >1sp900 2035% 30a35% 1206020, 4) viagensiterregionas interestaduais; 2) atenderfuncio.essencialdemobilidade; 3) $0.00 1.535% — 15220% % 50a 100 formar sistema continuo na reiso. nerial _vlagensintraestaduas endo servidas pelos sistemas anteriores; 2 forma sistema continuo com rodovias dos sistemas 25a5% — 10220% © 40280 superiores, atendendo fungioessencial de mobilidade, > 10.00 1) viagensintermunicipais; 2) acesso a polos ieradores de tréfego:portos, mneracto, 425% © -8a10% 0 30a70 frque tursticos, producio agricola etc. 1) liga reas servidas como sistema coetor primério ou como sistema arterial; 2) acesso grandes Seas de bain densidade populaconal Coletor >2000 10a15% 720% 3 30260 Secundésio Primislo Secundirio Primdvia Principal 1) viagensintramunicpais; 2) acesso de Local pequenaslocalidadesedreas rural <2000 65a80% — 5a20% 2» 20250 ‘odovias de sistemas superiors. Quadro 2 - Parémetros para classificagao funcional de rodovias. Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em PONTES FILHO, 2013, Conforme Pontes Filho (2013), a classificagio técnica permite a definigSo das caracteristicas para as configuragSes no espaco, com que a infraestrutura vidrla deverd ser projetada, para poder atender & demanda de maneira satisfat6ria e, consequentemente, as fungdes de suas finalidades. Existem diferentes maneiras e formas para a classificagao técnica de um projeto ou rodovia, Essa variagio depende de cada pais ou entidades responsdveis pela administragio pliblica de suas malhas rodovirias, sendo possivel determinar os seus priprios procedimentos, normas e a correspondente adaptagio conforme necessitado. No Brasil, por exemplo, as normas de projeto geométrico do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) foram copiadas e adaptadas a partir daquelas preconizadas nos Estados Unidos, sendo baseadas em trés pardmetros principais de classificarao técnica, veja a seguir clicando nas abas. hitpslicodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Moodls/EADIConteudo/ENG_INVIAR_1S\unidade,_t/ebookindexhtml 8132 s9i0ai2023, 13:41 Infraestnatura Vista Posigao hierarquica na classificagao funcional Conforme se observa no quadro em sequéncia Volume Médio Diario de Trafego (VDM) Fungo da composigio de cargas e eixos dos veiculos passantes (geralmente, o VDM € projetado no décimo ano). n casos de intersegdes, utiliza-se 0 Volume Horirio de Projeto ( VHP ), considerando o fluxo em horirios predeterminados. Nivel de servigo ou relevo Classifica-se o terreno pela Linha de Maior Declividade (LMD} IMD < 5%: relevo plano; = 5% 15%) 7 D do trecho; b: final do trecho; i: inclinagao do terreno; D: distancia horizontal; E: distancia vertical. Figura 1 = Exemplo aplicado ao relevo montanhoso. Fonte: Blaborada pelo autor, 2019. De acordo com Pontes Filho (2013), 0 relevo montanhoso apresenta mudancas abruptas entre o terreno natural e o greide, tanto longitudinal quanto transversalmente, Dessa forma, para conformar-se a geometria horizontal e vertical da rodovia, demanda significativas obras de terra, bem como contensdes em encostas e taludes. Veiculos pesados so impactados significativamente, em muitos casos necessitando faixas adicionals para que consigam trafegar em local exclusivo para a velocidade de operagio necessaria, Ji 0 relevo plano caracteriza-se por grandes distincias de visibilidade permitidas pela geometria sem que resulte em dificuldades construtivas ou custos mais elevados. Vefculos pesados mantém velocidade constante sem necessidade de torque maior, ¢ normalmente as rampas, quando existentes, apresentam inclinago inferior a 2%. Segundo Sengo (2008), 0 relevo ondulado possui declividades do terreno natural que exigem operagses de movimentacio de terra (cortes ¢ aterros) para conformagio do perfil da rodovia (greide), com ocasionais inclinagées mais acentuadas, oferecendo restrigo ao desenvolvimento normal dos alinhamentos horizontais verticais (curvas e rampas). Velculos pesados reduzem velocidade, mas sem necessidade de arrasto por tempo significative. A partir da classe de projeto da rodovia, do VDM ou VHP, do relevo e do nivel de servigo, define-se a velocidade de projeto ou velocidade diretriz. Por definicZo, a velocidade diretriz é a maior velocidade na qual 6 trecho rodovidrio pode ser percorride pelo usuério com seguranca, considerando apenas as limitagées impostas pelas caracteristicas geométricas da rodovia, sendo a velocidade selecionada para fins de projeto geométrico da rodovia (SENGO, 2008). Observe o quadro a seguir, que mostra a classificagao técnica das classes de projeto, principais caracteristicas evelocidades diretrizes consideradas. hitpslicodely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EADIConteudo/ENG_INVIAR_1S\unidade,_t/ebookindexhtm! 10132 s9i0ai2023, 13:41 Infraestnatura Vista 10 ViaEypressa total de acessos decsioadministatva/potica 1 A Pistabupia paral deacesoe o co inca pel nivel de senico 8 >1400¥P0 100 049200 vecuo pr hora VPH) 4 o0-vPo<1.400 0 so M_ Pista simples 30010100 0 60 « - a spapo<00 vf = © ‘0 Fy Quadro 4 - Classes de projeto para novos tracados vidrios. Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em BRASIL, 1999, Conforme demonstrado neste tépico, a classificagio das rodovias depende de varios fatores, os quais se relacionam com todas as caracteristicas peculiares da rodovia. Na sequéncia desse estudo, serio abordados 1s conceitos bisicos e essenciais para a construgao de uma estrada, 1.2.2 Estudos para construgdo de uma estrada ‘A implantagio de novo tracado geométrico para a construgio de uma estrada é feita a partir dos seguintes estudas: de trifego, geoldgico e geotécnico, hidrolégico e topografico, Por meio desses estudos, sto gerados oito projetos de engenharia: geamétrico, de obras de terra/contensdes, terraplenagem, pavimentago, drenagem, obras de arte, intersegSes e sinalizacio, Também sao realizadas as seguintes andlises; viabilidade técnica e econémica, desapropriagées, impacto ambiental, orgamento previsto e cronograma de execu hitpslicodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Moodls/EADIConteudo/ENG_INVIAR_1S\unidade,_t/ebookindexhtml wise s9i0ai2023, 13:41 Infraestnatura Vista VOCE QUER LER? Para complementar seus conhecimentos a respeito dos termas e nomenclaturas que se aplicam aos transpartes rodovidrios, indicamos a leitura do documento “Terminologias utlizadas’ (BRASIL, 2007). Elaborado pela Diretorla de Planejamento e Pesquisa do DNIT, apresenta diversas caracteristicas relacionadas as rodoviérias_usualment rodovias. Disponivel em De acordo com Sengo (2008), os termos do projeto geométrico da rodovia, ou seja, onde o tracado da estrada staré localizado, so iniciados pelo reconhecimento da regio. Fssa primeira etapa consiste no levantamento de dados de campo (mapas, cartas, fotos aéreas, topogratia, dados socioeconémicos, trafego, geologia e bacias hidrol6gicas), pontos obrigatérios de passagem (cidades, vilarejos), determinagio das diretrizes gerais e parciais, levantamento de quantitativos e custos preliminares das alternativas e da avaliagao de tragados. Apés o reconhecimento da regido e obtengao dos dados de campo ¢ realizada etapa em escritério visando & preparacio das plantas com os perfis levantados, comparagéo dos diversos estudos realizados, bem como indicagio e justificativa do tragado mais conveniente, As escalas de plotagem so: planta topogrifica 1:20,000, perfil da linha de reconhecimento horizontal 1:20,000 e vertical 1:2.000 e segées transversais 1:1000, De modo demonstrative, considera-se 0 cendrio apresentado na figura a seguir, na qual o tracado compreendido entre os pontos A e B de menor distancia seria em linha reta (tracejado). Contudo, ha necessidade de ligagio da rodovia com determinada cidade e com modal portudrio (desenvolvimento socioecondmico e cultural da regio), bem como a transposi¢ao de leito de um rio (em que o melhor projeto fem termos de obra de arte especial se dé no lugar onde est localizada a representagio de uma ponte). Dessa forma ha adequagio horizontal do tragado viério da rodovia, servindo para contemplar as premissas de projeto determinadas pelos estudos preliminares. hitpslicodely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EADIConteudo/ENG_INVIAR_1S\unidade,_t/ebookindexhtml 12132 1910912023, 18.41 Infraesintura Viera Figura 2 Determinago inicial do tragado horizontal de radovia para ligagio AB. Fonte: Elaborada pelo autor, 2019. ‘Ainda com relagdo a figura apresentada, se considerarmos o tragado vidrio como em linha reta para ligado de ‘ACB, a estrada construida ficaré monétona, o que pode causar sonoléncia ao motorista, Além disso, provavelmente haverd grandes movimentagées de terra, pois nao se considerou o relevo para adequagao do tragado © diminui¢ao de escavagdo e aterros. Assim sendo, além de pontos notiveis que devem ser Interligados pelas rodovias, também ¢ preciso realizar andlises téenicas para concepsao do tragade Clique na interago a seguir para conhecer as principais etapas de um projeto rodovirio. Reconhecimento: levantamento e andlise de dados da regi onde ficam os lugares nos quais a estrada teri de passa Sio definides os principais obstaculos topogrificos, geolégicos © hidrol6gicos. Explorasao: levantamento topogrifico, hidrolégico e geotécnico detalhados de uma faixa de terreno onde se projeta o eixo da estrada. Estaqueamento do tracado a cada 20 m, langamento do perfil e dimensionamento de curvas. htips:ilcodely-‘mu-contents3.amazonaws.conMoodle/EADIConteudoiENG_INVIAR_19(unidade_tiebooklindx himl 13132 s9i0ai2023, 13:41 Infraestnatura Vista Anteprojeto: definigao dos elementos téenicos (geometria da via, drenagem, terraplenagem & pavimentagio) e econdmicos (estimativa de custos, valor do empreendimento, fonte de recursos eviabilidade). Estudo de campo: primeiro deslocamento da equipe técnica ao local, executando levantamentos mais complexos /detalhados (trfego, topografia,hidrologia e geotecnia in loco). Projeto final: apresentago e detalhamento de todas as informagées que possibilitam a construgio da via (projetos técnicos, executivos e memoriais descritives da obra). As built: etapa posterior & implantag3o da rodovia, na qual todas as alteragées realizadas em decorréncia das peculiaridades na execusio so detalhtadas e anexadas/alteradas no projeto final Uma estrada, quando bem projetada, nao deverd apresentar inconvenientes como curvas fechadas e frequentes, greide muito quebrado e com declividades fortes ou visibilidade defictente. Recomenda-se evitar essas caracteristicas indesejéveis, bem como garantir que a estrada nao tena tragado reto e continuo (pois ha fadiga do motorista por falta de atividade, ou seja, de curvas). ‘As curvas, por sua vez, devem ter o maior raio possivel, evitando frenagens bruscas principalmente quando © veiculo jé iniciou seu trajeto neste sentido (aumento do vetor de forga centrifuga). A rampa maxima somente deve ser empregada em casos particulares e com a menor extensio possivel, evitando diminuigio considerdvel da velocidade de operago da via por causa de veiculos pesados {caminhées), Estas sio situagdes em que podem ser previstas faixas adicionais (maior custo). A visibilidade deve ser assegurada em todo 0 tracado, principalmente naqueles locais onde ha cruzamentos com outras rodovias ou ferrovias, intersegdes, acessos e nas curvas horizontais e verticais. Devem ser evitadas, ou minimizadas, as operagdes de terraplenagem, obras de terra, contengdes e cortes em rocha devido ao custo elevado e & complexa operago com méquinas pesadas ou com explosivos (PONTES FILHO, 2013), Devem ser compensadas as movimentagdes de terra, de corte e de aterro, O langamento do nivel em que a plataforma rodovidria estaré (greide) deve prever que as regiées onde ocorram escavasées sejam compensadas com aquelas que tenham aterro (evitando bota-fora ou empréstimo de material). Recomenda-se que as distancias de transporte sejam minimas, isso significa que o material escavado deve ser disposto no aterro mais perto do local, evitando movimentagio e custos inerentes. Os aterros, por sua vez, devem prever locais de empréstimo os mais préximos possiveis ou utilizar material proveniente das operages de corte do proprio tracado vidrio (greide). 1.2.3 Elementos do tragado vidrio Os profissionais que atuam, ou pretendem dedicar-se, ao setor de Engenharia de Transportes e Infraestrutura devem conhecer e compreender a nomenclatura dos sistemas. Esse conhecimento é fundamental na realiza¢o dos estudos e projetos para implantagio de uma rodovia. hitpslicodely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EADIConteudo/ENG_INVIAR_1S\unidade,_t/ebookindexhtm! ais s9i0ai2023, 13:41 Infraesintura Viera Nesse sentido, o DNIT publicou o documento "Glossirio de Termos Técnicos Rodoviirios” (BRASIL, 2017), no qual se encontram, em ardem alfabética, os principais termos utilizados para projetar uma estrada ou para fins de caracterizacio dos elementos que a constituem. Também apresenta a fungao e © conceito de cada termo, demonstrando sua importancia para uma rodovia Veja as * Acostamento: drea da plataforma adjacente as pistas de ir algumas dessas deserigbes. rolamento, destinada para estacionamento provisério de veiculos e com fungiio de protec3o das camadas subjacentes do pavimento da infiltragdo da agua e erosdo. * Alinhamento horizontal: projecdo do eixo da rodovia no plano horizontal (eixo cartesiano x-y/latitude-longitude) a fim de determinar o tragado vidrio em planta e o percurso da rodovia. * Alinhamento vertical: projecdo do eixo da via no plano vertical, considerando suas caracteristicas altimétricas (greide da rodovia). * Bordos da pista: limites laterais da faixa de rolamento. Em pista simples, junto ao acostamento (quando houver). Em pista dupla, o limite a direita do sentido do trafego é denominado bordo externo, e aquele a esquerda, bordo interno. * Capacidade: nimero maximo de veiculos que passam por determinado trecho da rodovia em certo espaco de tempo. = Comprimento de transi¢ao da tangente (abaulamento): extensdo ao longo da qual se processa 0 giro da pista para eliminar a declividade transversal em sentido contrario ao da superelevacdo a ser alcangada. Seu término coincide com 0 inicio do comprimento de transi¢do da superelevacao. = Comprimento de transi¢ao da superelevacao: extensdo ao longo da qual se processa o giro da pista em torno do eixo de rota¢do para dotd-la de superelevacao a ser mantida no trecho circular. * Cota vermetha: denominacdo para estacas de altura de corte ede aterro. * Dispositivos de drenagem: finalidade de evitar que a 4gua pluvial precipitada em dreas adjacentes, 4guas subterraneas do lencol freatico ou cursos d’dgua atinjam ou danifiquem a pista ou plataforma. hitpslicodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Moodls/EADIConteudo/ENG_INVIAR_1S\unidade,_t/ebookindexhtm! 15182 s9i0ai2023, 13:41 Infavsttura Visria lidade de parada: extensdo da via a frente que 0 motorista deve poder enxergar para que, apés detectar determinado obstéculo que o obrigue a parada total, possa Distancia de vi imobilizar o veiculo antes de atingi-lo. Distancia de visibilidade de ultrapassagem: extensdo de via a frente que o motorista deve poder enxergar antes de iniciar a manobra de ultrapassagem de um veiculo a sua frente, executando a manobra sem interferéncia do veiculo que esta trafegando em sentido oposto. Eixo: linha de referéncia na horizontal que define o tracgado viario em planta (elementos planimétricos da rodovia). Faixa de rolamento: faixa longitudinal da pista, designadae projetada para movimento continuo de veiculos. Greide: perfil do eixo de rotacdo da pista referido a superficie acabada da plataforma de terraplenagem. Greide de pavimentagao: perfil do eixo de rotagdo da pista referido superficie acabada de pavimentaco (superficie de revestimento da rodovia). Perfil: linha que representa de forma continua a situacao altimétrica de um alinhamento sobre uma superficie plana. Perfil do terreno: perfil de uma linha, por exemplo, o eixo ou um bordo da pista de rolamento, disposta sobre a superficie terrestre. Pista de rolamento: drea da plataforma destinada a circulacdo de veiculos em movimento continuo. Plataforma: secdo da rodovia compreendida entre os limites externos dos pés de corte e/ou cristas de aterro. Rampa: declividade longitudinal do greide da pista ou plataforma. Seu valor normalmente é dado pela tangente do Angulo formado com o plano horizontal. Rampa de superelevagao: rampa relativa do bordo da pista ou do acostamento com relacao ao eixo de rotagao. Seg¢do transversal: alinhamento superficial que conforma transversalmente a rodovia (pista, acostamentos, plataforma e taludes) até a intersegaio com o terreno natural. hitpslicodely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EADIConteudo/ENG_INVIAR_1S\unidade,_t/ebookindexhtml 18182 s9i0ai2023, 13:41 Infavsttura Visria Superelevacao: declividade transversal em um tinico sentido onde a pista é dotada de curvas com caimento voltado para o centro da curva (lado interno). Objetivo de contrabalancear a forca centrifuga. Superlargura: acréscimo total de largura da pista, ao longo de curvas de concordancia horizontal, para possibilitar a manutencao dos afastamentos transversais entre veiculos de trafego contrario. Talude: face do corpo estradal que se estende além do bordo da plataforma. Sua inclinagdo sobre a horizontal geralmente é obtida conforme angulo de atrito do solo local. Veiculo de projeto: veiculo tedrico de determinada categoria, cujas caracteristicas fisicas e operacionais representam uma envoltéria da predominancia de certa categoria. Velocidade diretriz ou velocidade de projeto: maior velocidade com que um trecho rodoviario pode ser percorrido com seguranca quando 0 veiculo tem somente limitacdes impostas pela geometria da via. Volume Horario de Projeto (VHP): fluxo de veiculos por hora que deve ser atendido em condigdes adequadas de seguranga e conforto pelo projeto da via; Volume Médio Diario (VMD): fluxo médio de veiculos por dia durante determinado periodo de tempo (quando nao especificado, considera-se anual). 1.2.4 Projegdio da estrada sobre plano horizontal Para a projesio de um tragado de rodovia sobre plano horizontal, todos os elementos da rodovia devem ser representados em termos do plano cartesiano xy e/ou latitude e longitude, Dessa forma, nao se leva em conta altitude, e somente so consideradas as informagdes importantes de uma estrada. Pontes Filho (2013) aponta os seguintes elementos: eixo da estrada com a indicacao do estaqueamento; representacdo do relevo com respectivas curvas de nivel; bordas da pista; pontos notaveis do alinhamento: ponto da circular (PC), ponto de interse¢do (Pl), ponto de tangente (PT), e demais pontos que sergo melhor detalhados a seguir; hitpslicodely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EADIConteudo/ENG_INVIAR_1S\unidade,_t/ebookindexhtml 782 s9i0ai2023, 13:41 Infavsttura Visria elementos das curvas horizontais (raios, comprimentos, angulos etc.); localizagao e limites das obras de arte correntes, especiais e de contencSo; linhas indicativas dos offsets de terraplenagem (pé de aterro e cristas de corte), dos limites da faixa de dominio, das divisas de propriedades, identificagao dos proprietarios (para fins de possiveis indenizag6es), tipos de cultura e indicagdes de acessos as propriedades privadas e publicas; servicos publicos existentes, bem como propostas para sua realocacao (se for o caso). execucao de desenhos suplementares (drenagem, pavimentagao, sinalizagao, meio ambiente, tubulacao de gas, rede hidrdulica e elétrica etc.). Observe a figura a seguir, que mostra exemplo de tracado vidrio e representac3o dos elementos horizontais. hitpslicodely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EADIConteudo/ENG_INVIAR_1S\unidade,_t/ebookindexhtm! 18182 s9i0ai2023, 13:41 Infraestnatura Vista Figura 3 - Exemplo de tracado vidrio e elementos horizontais representados. Fonte: Elaborada pelo autor, 2019. Os alinhamentos consecutivos que definem a diretriz de tragado (sentido da rodovia) devem ser concordados através de curvas horizontais. Como o raio é 0 elemento que define a curva, a escolha do valor do raio de curvatura para fazer a concordancia horizontal decorre de uma avaliago e decisdo de projetista que deve ser atendida apés uma série de condigdes prévias, descritas a seguir. ® Independentemente da classe da rodovia, preferencialmente o valor de raio deve ser o mais amplo possivel, compatibilizando- se imposicées de relevo, custos operacées da via no sentido de oferecer ao usuario conforto e seguranca, integridade para os veiculos e cargas além de menor desgaste do revestimento e dos pneumatics. © So vilidas para as definices dos arcos de curvas todas as condicionantes estudadas para 0 posicionamento da sequéncia de alinhamentos do tragado. Particularmente recomenda-se escolha de raios que: (1) melhor adaptem a rodovia ao terreno natural, (2) preservem o meio ambiente através de compatibilidade do trfego curvilineo com a manuteng3o de drvores frondosas ou aguadas, areas de preservac3o permanente, nascentes de rios etc. hitpslicodely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EADIConteudo/ENG_INVIAR_1S\unidade,_t/ebookindexhtml 19132 9002028, 1341 Infavsttura Visria e (3) tenham o menor efeito sobre o custo das desapropriagées, evitando-se a coincidéncia com edificages e instalagdes suburbanas e rurais. * Ovalor adotado com raio de curvatura para diferentes velocidades V nao pode ser inferior ao minimo preconizado por diretrizes técnicas do DNER/DNIT, sendo estes apresentados no quadro a seguir. letra cnt Raio Minimo (m) . = Plano 540 345 230 230 135 Ondulado 345 «(210 170 125 55 Montanhoso 210 115 80 50 25 (Quadro 5 - Valores de raio minimo em curva horizontal conforme classe de rodovia e relevo, Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em PONTES FILHO, 2013 Apos a representagio das caracteristicas da projegio da estrada sobre o plano horizontal, & essencial demonstrar os conceitos especificos e exemplos de curva horizontal de uma rodovia, conforme abordados a seguir. 1.2.5 Curva horizontal em rodovia As cutvas de concordancia horizontal em rodovia so os elementos utilizadas para adequar/concordar os alinhamentos retos. Essas curvas podem ser classificadas em trés tipos. Clique nos cards e veja slo, Simples Quando se emprega apenas um arco de circulo. hitpslicodely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EADIConteudo/ENG_INVIAR_1S\unidade,_t/ebookindexhtm! 20132 s9i0ai2023, 13:41 Infraestnatura Vista Compostas com transigao (Quando utilizadas radidides na concordncia entre dois alinhamentos retos. Compostas sem transigo Quando sio utilizados mais que dois arcos de circulo de raios diferentes. Via de regra, evita-se a utilizagdo de curva composta sem transi¢ao por ser menos segura que as demais, podendo gerar mudangas abruptas de raio no desenvolvimento da curva pelo motorista (maior potencial de acidentes), ‘As informagSes a seguir exemplificam a relacdo da qualidade da infraestrutura de transportes com o desenvolvimento de um pafs. hitpslicodely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EADIConteudo/ENG_INVIAR_1S\unidade,_t/ebookindexhtm! 21132 s9i0ai2023, 13:41 Infraestnatura Vista CASO Na atualidade, a Infraestrutura de transportes & fundamental para o desenvolvimento do pais. Se compararmos os dados dos Estados Unidos (pals desenvolvido) com os do Brasil (pais em desenvolvimento), podemos observar que a malha rodevidria norte-americana € muito malor do que a brasileira, Enquanto a malha de autoestrada brasileira apresenta densidade de 13 quilémetro (km de autoestrada por 1,000 km? de area) com uma extensio total de 11.000 quilémetros de vias duplicadas, a malha dos Estados Unidos tem densidade de 7,7 quildmetros (kim de autoestrada por 1.000km? de area) com ensio total de 75200 quilémetros. Esses nimeros sio de extrema importin pois se relacionam ao desenvolvimento do pais, considerando 0 conforto e a seguranca a0 usuario, Portanto, a qualidade da infraestrutura de transportes e das redovias é fundamental ao desenvolvimento de uma nacio (MALAJONIOR, 2013), Quando duas curvas se cruzam em sentidos opostos, com o ponto de tangéncia em comum, so denominadas curvas reversas, Ou seja, o motorista executa uma manobra a esquerda (curva A esquerda) e na sequéncia (apés pequena extensio de tangente) deve proceder manobra & direita (curva A direita). Por meio do langamento do tragado vidrio, utilizados alinhamentos retos, é realizado o célculo da poligonal aberta onde ser projetada a cutva de concordancia horizontal, conforme representado por meio da figura a seguir e pelo memorial de céleulo demonstrado na sequéncia, Comprimento e projesio dos alinhamentos: * coordenadas A: X1 = 1247,2662; Y1 = 435,9361; * coordenadas B: X2 = 505,8765; Y2 = 205,0774; * coordenadas C: X3 = 237,1761; Y3 = 561,2391; ® PX1-2=X1 -X2=741,4197; PY 1-2 =Y1-Y2 = 230,8587; ® PX 2-3 =X2 - X3 = 268,7004; PY 2-3 = Y2 —- Y3 = 356,1618. Céleulo da Deflexio: a= 180~ (RO-R1) M618 _ 37,9305" “idol Ry = Ry a= 180 - (37,0305° - 72,7047") Entio, deflexiio = 70,2647", Sendo 0 cilculo do Rumo: hitpslicodely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EADIConteudo/ENG_INVIAR_1S\unidade,_t/ebookindexhtml zara s9i0ai2023, 13:41 Infraestnatura Vista 2657008 | 44615 . Ry = RRM x SS — 37,0305 Através dos dados postos, obtém-se 0 seno, 0 cosseno e a tangent, apresentados a seguir na Planilha de Caco da Poligonal Aber t \C (237,1761; 561, 5391) Norte ‘A(1247,2962; 435, 9361) B (505,8765; 205, 0774) Planitha da Poligonal Aberta Se ‘A1247,29 43593 O() E) St) NG) B 505,87 205,07 741,41 — 230,85, — 776,53, 3,215 37°01'50" NO 0,6022 0,7982 — —70715'52" € 237,17 561,23 446,15 — — 356,16 44615 0,754 — — — — — Figura 4 -Célculo da poligonal aberta referente & curva horizontal. Fonte: Elaborada pelo autor, 2019. A definiga0 do tragado de uma estrada por meio de linhas retas que concordem diretamente com curvas circulares criari problemas nos pontos de concordiincia da curva. A descontinuidade existente da curvatura no ponto de passagem da tangente para a circular (PC) e no ponto de passagem da circular para a tangente (PT) ‘no pode ser aceita em um tragado racional (PONTES FILHO, 2013). Dessa maneira, é necesséria a existéncia de um trecho com curvatura progressiva, ao relacioné-la com PCs € PTs, devendo assim respeitar as seguintes finalidades, conforme Pontes Filho (2013) * Permitir uma variagdo continua da supereleva¢ao: nos trechos circulares hd necessidade de superelevacdo, a qual depende da velocidade e do raio, podendo atingir valores de até 12%, em certos casos, apesar de esse valor ser indesejavel. Se essa variagdo for feita dentro da curva tera a inconveniente condigao de necessitarmos da inclina¢ao total logo apds o PC, quando o valor desta ainda é praticamente zero. Essa situagao sera ainda mais grave se a forca centripeta necessaria for maior que a forca de atrito maxima, assim o veiculo nao conseguird descrever a curva e saira da estrada. Com a variacao realizada antes da curva, teremos hitpslicodely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EADIConteudo/ENG_INVIAR_1S\unidade,_t/ebookindexhtml 28132 s9i0ai2023, 13:41 Infavsttura Visria da mesma forma uma condic&o inconveniente que é criar a forca transversal na reta. A fora de atrito devera ser suficiente para que oveiculo nao saia da estrada. Criar uma variagao continua da aceleragSo centripeta na passagem do trecho reto para o trecho circular: a forga centripeta tem valor nulo na reta e, dependendo do raio, pode assumir valor significativo imediatamente apds o PC. O aparecimento de uma forga transversal de maneira brusca causa impacto no veiculo eem seus ocupantes, acarretando desconforto para estes e falta de estabilidade para aquele. Gerar um tracado que possibilite ao vefculo manter-se no centro de sua faixa de rolamento: o veiculo em movimento nao passa do trecho reto para o trecho circular instantaneamente, esse giro é feito em um intervalo de tempo no qual veiculo percorre uma trajetéria de raio varidvel, diferente do tragado da estrada. Uma curva de raio varivel possibilita que a trajetéria do veiculo coincida com o tracado ou, pelo menos, aproxime-se bastante deste. Proporcionar um trecho fluente, sem descontinuidade da curvatura e esteticamente agradavel: isso ocorre devido a suave variacao da curvatura. A descontinuidade na curvatura gera inseguranca ao motorista, que pode nio sentir confianga para entrar na curva. Quando a deflexio for 8 < 5° (ou também chamado de Angulo central: Ac < 5) para evitar a aparéncia de quebrado no alinhamento, os raios deverdo ser suficientemente grandes para proporcionar desenvolvimentos Circulares minimos L, obtidos pela seguinte equacio: D>30*5 Com D e R em metros e & em graus 0 que corresponde a: R> (8) — 17188 Quando 0° < 6 < 15° nio é necessario langamento de curva horizontal, porém essa situaso devera ser evitada. Séo imposstveis de projetar (desenhar), sob aspectos operacionais e de aparéncia, a existéncia de curvas horizontais sucessivas no mesmo sentido quando existe entre elas um trecho em tangente. Devesse estudar a substitui¢lo por uma Gnica curva ou, nfo sendo possfvel, deve-se prever uma extensio T de tangente intermedidria que reduz esse problema e que seria de uma extensio superior ao trajeto de aproximadamente 15 segundos percorridos & velocidade diretriz, ou seja T= wv hitpslicodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Moodls/EADIConteudo/ENG_INVIAR_1S\unidade,_t/ebookindexhtm! ais s9i0ai2023, 13:41 Infraestnatura Vista Curvas com raios muito grandes (maiores que 5.000 metros) apresentam dificuldades para serem percorridas, e seus usos deverio ser evitados. Isso ocorre devido & pequena deflexio unitiria que se verifica, muitas vezes, inferior ao grau de sensibilidade das rodas diantelras atuaco do motorista sobre o volante. Nesses casos, 0 motorista tem a sensagao de que esta trafegando em linha reta, contudo, pode ser surpreendido na operasao de ultrapassagem devido ao maior tempo para executé-la (maior distancia a ser percorrida na faixa contriria em relaso ao outro vetculo trafegando em sua faixa); ou seja, a faixa contréria esta posicionada como o bordo externo da curva, tendo maior distancia efetiva que o bordo interno, Anorma do “Manual de Projeto Geométrico” do DNER (atual DNIT) farnece valores dos raios acima dos quals, se podem dispensar 0 emprego de uma transic&o, valores estes associados & velocidade diretriz. (BRASIL, 1999), Em termos nacionais, existem dois tipos de curvas que poderio ser utilizadas para a concordancia horizontal: curva circular simples e curva de transis. Séo cutvas projetadas em fungo da velocidade diretriz da rodovia e das dificuldades causadas pelo relevo. 0 valor do raio R nos diré 0 tipo de curva para concordar as tangentes, conforme apresentado no quadro a seguir. hitpslicodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Moodls/EADIConteudo/ENG_INVIAR_1S\unidade,_t/ebookindexhtm! 25132 s9i0ai2023, 13:41 Infraestnatura Vista te oa : 2 1800 Simples Pl a < 1800 Transigd0 on age 21400 ‘Simples © ondul add <1400 Transigao > 1000 Simples Montanhoso =z. < 1000 Transicdo 21400 simples ang < 1400 Transigao > 1000 simples Hell Ondulado e000 ra 2700 simples Montanhoso ae <700 Transigao 2700 simples Plano = <700 Transigao 2350 Simples v Ondulado 7 <350 Transicdo 2200 Simples Montanhoso =z <200 Transigao Quadro 6 - Valor minimo do raio da curva horizontal com relagio classe da rodovia, Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em BRASIL, 1999, Com essas informagdes, finalizam-se os principais conceitos de curva horizontal de uma rodovia Na sequéncia, serio abordados os parimetros bisicos de uma curva circular simples, com suas caracteristicas, definigées e exemplo de demonstragdo pritica, 1.2.6 Curva circular simples So as curvas mats usadas para concordarem as linhas retas (tangentes), dependendo do sentido em que se percorre o eixo da rodovia. 0 ponto em que a tangente encontra a curva, ou seja, 0 ponto em que se inicia a curva chama-se PC (ponto de inicio da curva) é 0 ponto em que a curva encontra a outra tangente ou seja 0 ponto onde inicia a tangente chama-se PT (ponto de inicio da tangéncia), Os principais quesitos técnicos sao divididos em trés tens, Clique nas abas e vejaquais sio eles hitpslicodely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EADIConteudo/ENG_INVIAR_1S\unidade,_t/ebookindexhtml 26132 s9i0ai2023, 13:41 Infraestnatura Vista Pontos fundamentais 0: centro da curva; PI: _ponto de interseso das tangentes com indice n ou o vértice da curva; PC: ponto de inicio da curva podendo ser 4 esquerda (PCE) ou A direita (PCD); PT: ponto de inicio da tangente. Elementos principais Te tangente; R: aio (definido pelo projetista, conslderando Tabela 6); ‘A: Angulo central (AC = 6); &: defiexio D: desenvolvimento do arco (D), Elementos secundarios BD: distancia entre Pl ea curva sobre o segmento que passa pelo centro da curva; f flecha maxima; ¢/2: semicorda Apresenta-se, a seguir, um exemplo com seu memorial de célculo de uma curva circular simples, a qual é ‘mostrada em figura na sequéncia. © Tangente: 7 = R*tan (42) T = 350*tan (= ) = 246,2721m * Desenvolvimento: D = “2:4e 429,2001m Afastamento: E = T*tan 42 © B= 246,2721 *tan™*™ — 7,9602m Ponto de Interseées das Tangentes: Pl = 38 estacas + 776,53 m; Ponto de Curva: PC = PI-T 'C = (38 estacas + 16,5733 m) - (12 estacas + 6,27 m) = 530,26 m hitpslicodely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EADIConteudo/ENG_INVIAR_1S\unidade,_t/ebookindexhtml 27is2 1910912023, 18.41 Infraesintura Viera * Ponto de Tangente: PT = PI+D PT = (26 estacas + 10,26 m) + (429,20 m) = 959,50 m © Grau da Curva: Gp = 4S? Gr = HE = 3,2740° = 196,44" * Deflexdo por metro: dm a dm = 194,44’/40 = 4,911’ pT=47+19,5013 PC =26+10,3012 PL A Rim) T(m) Dim) E(PC) a) 38+16 5733, 350 350 286,272 429,20 © 26+10,3012.———47+19,5013, Figura 5 - Representago de uma curva horizontal simples. Fonte: Elaborada pelo autor, 2019. A locacao da curva horizontal é realizada por deflexdes sucessivas. A figura a seguir demonstra como é feita a locagdo topografica das estacas da curva, htips:ilcodely-‘mu-contents3.amazonaws.conMoodle/EADIConteudoiENG_INVIAR_19(unidade_tiebooklindx himl 28132 1910912023, 18.41 Infraesintura Viera Deflexdo=AC Gh-Fas ds. tt ds} pr PT PC, 6 6 G G G S A b Figura 6 - Locago da curva horizontal. Fonte: Elaborada pelo autor, 2019. Observe o quadro a seguir, que apresenta o memorial de célculo considerando a curva horizontal anterior, htips:lcodely-‘mu-contents3.amazonaws.conMoodle/EADIConteudoiENG_INVIAR_19(unidade_tiebooklindex himl 20132 s9i0ai2023, 13:41 26+ 10,26 a 28 29 30 31 2 3B 34 35 36 a 38 39 40 4a 2 8 44 45 46 474195 Come observado em exemplo pritico, o célculo de uma curva circular simples ¢ relativamente tranquilo, Ao adquirir esses conhecimentos, vocé j esté apto para realizar esse tipo de levantamento, 0 calculo e, posteriormente, a locagao da curva. Economicamente, essa atividade pode ter alto fator de impacto para 0 profissional Sintese Concluimos o estudo da Introdugao a Engenharia de Transportes e Infraestrutura, Agora, vocé ja conhece os principais conceitos de engenharia de infraestrutura e sabe que seu dominio e dedicasio ao contetido é fundamental para uma boa carreira profissional na 4rea de engenharia de transportes, bem como no convivio Eo 98,22 98,22 98,22 98,22 98,22 98,22 98,22 98,22 98,22 98,22 98,22 98,22 98,22 98,22 98,22 98,22 98,22 98,22 2,4555 Eero ners 0 50,388 148,608 246,828 345,048 443,268 541,488 639,708 737,928 836,148 934,368, 1032,588 1130,808 129,028 1327,248 145,468 1523688 1621,908 1720,128 1818348 1916,568 1919,0235 Infraestnatura Vista Eo 0°50! 23,28" 1°38 13" 1°38" 13" 1°38" 13" 3°38'13" 1°38'13" 1°38" 13" 1° 3813" 1°38'13" 1°38'13" 1°38" 13" 1°38" 13" 1°38" 13" 1°38" 13" 1°38" 13" 1°38'13" 1°38" 13" 1° 3813" 1° 38'13" 1°38'13" 0° 02'27,4" Quadro 7 - Memorial de célculo de lacasio de curva horizontal. Fonte: Blaborada pelo autor, 2019. junto a classe de engenheiros especialistas nessa area, Nesta unidade, vacé teve a oportunidade de: hitpslicodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Moodls/EADIConteudo/ENG_INVIAR_1S\unidade,_t/ebookindexhtm! 7 ° 0° 50' 23,28" 2° 28' 36,48" 4° 06! 49,68" 5° 45' 02,88" 7°23! 16,08" 9° 01'29,28" 10°39'42,4" 12°17'55,6" 13°56'8,88" 15°34'22,1" 17°12'35,3" 17° 10°48, 20°29" 1,70" 22°07" 14,9" 23° 45'28,9" 25°23 41,9" 27° 01'54,9" 28°40" 7,68" 30°18'20,9" 31° 56'34,1" 32°50" 1,44" 0192 s9i0ai2023, 13:41 Infraestnatura Vista * conhecer as definigdes relacionadas aos transportes, os principais aspectos e as caracteristicas da engenharia de infraestrutura; = compreender a importancia do modal rodovidrio e suas porcentagens em relacao aos outros modais; * estudar a Lei 5.917, de 10 de setembro de 1973, que trata do Plano Nacional de Viacao; « identificar a classificagdo das rodovias; * verificar os itens a serem estudados na construgdo de uma estrada; = reconhecer os elementos do tragado vidrio; ® aprender como realizar a projegao da estrada sobre um plano horizontal; * identificar as caracteristicas de uma curva horizontal em uma rodovia; * identificar as caracteristicas de uma curva circular simples em uma rodovia. “@ Clique para baixar o contetido deste tema. Bibliografia ANTAS, Paulo Mendes et al. Estradas: projeto geométrico e de terraplenagem. Rio de Janeiro: Interciéneia, 2010. BRASIL, Agéncia Nacional de Transportes Terrestres - ANT, Relatério Anual 2018 - v. un, fev, 2019, ___. Presidéncia da Repiiblica, Casa Civil. Lei n. 5.917, de 10 de setembro de 1973, Aprova o Plano Nacional de Viasao e dé outras providéncias. Dispontvel em: , Acesso em: 25/07/2019. __.. Ministério dos Transportes, Departamento Nacional de Estradas de Rodagem - DNER, Manual de Projeto Geométrico de Rodovias Rurais, Rio de Janeiro: IPR-DNER, 1999. ___. Ministério dos Transportes. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes ~ DNIT. Sistema Nacional de Viago - SNV versio atual, Brasilia - DF, 29 mar 2019 Disponivel em <. Acesso em: 25/07/2019. __.. Ministério dos Transportes. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT. Glossério de Termos Técnicos Rodovisrios. 2. ed. Rio de Janeiro: [PR-700, 2017. hitpslicodely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EADIConteudo/ENG_INVIAR_1S\unidade,_t/ebookindexhtml 31132 970072025, 18:41 Infavsttura Visria _. Ministério dos Transportes. Departamento Nacional de Infraestrutura de ‘Transportes - DNIT. ‘Terminologias Rodoviérias Usualmente Utilizadas, v 1.1, BraslliaDK, ago. 2007. Disponivel em: . Acesso em: 25/07/2019, CAMPOS, Vania Barcellos Gouvéa, Planejamento de transportes: conceito e modelos. Rio de Janeiro: Intercigncia, 2013 DUPLICAGAO Serra do Cafezal - Rodovia Régis Bittencourt - BR-116. Produg3o: Agéncia Nacional de ‘Transportes Terrestres - ANTT; Grupo OHL, Brasil, 2013, video, O6min30s. Disponivel em: . Acesso em: 25/07/2019. MAIA JONIOR, Humberto. A malha de estradas brasileiras é um vigésimo da americana, Revista Exame, 13 jun. 2013. Disponivel em: . Acesso em: 03/08/2019. NABAIS, Rui José da Silva, Manual Basico de Engenharia Ferroviaria. Sio Paulo: Associacio Brasileira de Pavimentagao, 2014. 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