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PUNE OCLC ee Ce RTPA ETD wy ey. CLASSICA pe TL 7 ae Atual Apresentamos a nova edigao da obra Fisica Classica, destinada a alunos do ensino medio. Em relagdo as edi¢bes anteriores, esta apresenta algumas alteracoes. Em primeiro lugar, os cinco volumes da colegdo foram totalmente revisados e redimensionados para esta NOVA VERSAO em trés volumes, respondendo a um pedido dos professores adotantes. Com isso bretende-se acompanhar a seriagéo habitual do ensino médio de trés anos, facilitando o trabalho cotidiano de alunos e professores. Para evitar que assuntos é exercicios importantes fossem excluidos, cada volume acompanhado de um CD-ROM contendo complementos de tearia, leituras e exercicios complementares. Em segundo lugar, foi acrescentado 0 assunto Fisica Moderna, que esta sendo exigido em varios ves- tibulares de todo o pais. - Em terceiro lugar, 0 assunto Analise Dimensional foi dividido ao longo dos trés volumes, ja partir do capitulo 1 do volume 1. No segundo volume, ha um apéndice mostrando como a Analise Dimensional pode ser usada para prever formulas. Em quarto lugar, foram acrescentados varios itens e leituras sobre: aplicacées tecnolégicas; analise de fenémenos naturais; descrigbes de experimentos fundamentais; historia da Fisica : Finalmente, quase todos os capitulos foram reforrriulados, muitos tipos de exercicios foram acrescenta- dos, 05 exercicios de vestibulares foram atualizados e foram incluidas questes do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). As caracteristicas basicas da obra Fisica Classica foram mantidas. Entre elas podemos citar: a obra é completa e abrange todo contetido do Ensino Médio; a teoria é bastante detalhada e aprofundada; a linguagem é simples, sem perder o rigor; hd um grande numero de exercicios resolvidos e propostos que se dividem em: exercicios de aplicacéo, exercicios de reforgo e exercicios de aprofundamento; em cada capitulo-ha varias séries de exercicios de aplicagao e de reforco; todavia, os de aprofundamento formam uma série que é apresentada no final do capitulo; em cada volume, além do sumério geral, organizamos um indice remissivo ao final, A distribuicao dos assuntos pelos trés volumes (incluindo os CDs) é a seguinte: Volume 1: Mecanica (incluindo Fluidomecanica e Gravitacao); Volume 2: Termologia, Optica e Ondas; Volume 3: Eletricidade e Fisica Moderna. Sugestdes e criticas a respeito desta obra serdo bem-vindas e podem ser enviadas diretamente a Editora. Os autores | Conhega sua obra melt TT Cr (© boxe OBSERVAGAO orienta e traz dicas. Nos espacos laterals destacam-se elementos GRAFICOS e Variadas ILUSTRACOES cuja principal funcdo ¢ enriquecer, explicar e contextualzar conceitos e fendmenos descitas pelos autores. A obra € muito rica na qualidade e quantidade de EXERCICIOS, divdidos fem trés grupos: aplicacao, reforgo ¢ aprofundamento. Para cada tipo de exercicio proposto hd sempre lum exerciio resolvido semelhante, Sumario carituco 1B introducdo a Fisica 1, O que é Fisica, ‘Aisa Modern. ‘uta partes da Fis 0.0880 CUISO nse 12. Unidades das grandezas. ‘Sstema Metco Decimal SMO} 3. A Conferéncia Geral de Pesos e Medidas. 4 0'istema Internacional de Unidades 5. A notaciocientica 6. 0s prefixos do SI. 1.01dem de grandeza, Citas para determiar a oem de ance 8, Unidad de tempo... ‘antiga defini do segundo. Aatual dfn do segundo. Imerals de tempo ‘9. Unidades de comprimento. Undades de rea e de volume. 10. Vazao. 11, Uridades de massa O pralema com oquiogiama-pato. 12, Desiade e masa espectca.. Dene relat. 13. Algrsmossigitcativos Aredoasimero Adela esuaso Matigtcaaoe dio led leis 14. Analise dimensional... Grarderas agmensonais. Homogenedade dimensional ortuo2 Introducdo ‘a Mecdnica 1. Movimento repouso Um caso particular interessante. 2 Sistemas de referéncia STiet6Hia a 2 a 4 4 14 4 4. Translate eotacio o ‘5. Ponto material... 4a 6. Grandezas excalrese vets 4“ Cinema veto ecb. a6 Puss CINEMATICA cariruco 3) Velocidade escalar 1. Velocdade ecalar mia 9 Eq dimensional da vlad iad 5D 2. Velcade escalorinstantnea 50 Deena ene velcidade nae velocdade states. 51 Movies nfome : 31 Velocdde zn v0 3 3, Movimento siultineos 9 4.0e0 9 5, Vario evelcdode de um auido numa tuba... equa da connate. a 6A abscissa na tet ne @ Desocomero ear. 8 Dies prorid ee a pots a 8 1. Genlzando 3 dei de vocoder méia.£¢ 8, Fungo hora de um movment (psig x tempo). 6 0, Velacdade escalrnstantnes~ uma deiio figoosa e 10. Meviment progress e revérado ° Hovineto poses. . ° ° Moimento retired. caritu.o 4 i) Movimento uniforme (MU) 1. Definigdo de movimento uiforme B 2. Equagio hora do movimento uniforme 3. Diagramashorérios do movimento uniforme.. Diagrama psiio x tero.. Diagrama da velocidad esclafx 1. B 4. Velocidade ta raves ~T% capituLo ? ® diagramas horarios Delia de veloiade rata... scout tea pti para calcula avlocidade lta... 791+ Imroduo matemstica re eee nena enna Reis de Tigonomevia 5. Caeulo do deslocamentoescalara partir do diagrama Ceflente angular de wa eta, horio da velocidad. = % 2. Detenminago grfca da velocidad escalar més 3, Determinagao grafica da velocidade capituco S Ss Movimento scalar instantinea.. uniformemente variado Caso particular. (uv) 4. Aceleragio escolar Caso geal 1, Aceleragbo eSalat MEK. 8 eae 2. Equagio dimensional da aceleragio ..... se 8B Unidades de acleta¢80 nn = vn 8B ‘APH Dver +3. Aceleracéo escalar instantanea ........0... 89 - ae 8 ‘i Ve au . 4, Movimento acelerado e movimento retardadso.... a” » Groncedas escnlares renders vetorias ms 2. Diregdo e sentido, 5. Os sinais algébricos da aceleracSo escalar e da 3. Vetor, velocidade escalat........ ne an 4. tgvaldade de vette... 6. Movimento unfomerente aid MUN)... 93 au ie 5, Aigo de vetoes 7. Avelacidade escalarno MUV...... sen 8 as0s patclres Diagramas hortos da vloddade eda aceleragio 93 Vetoes de esna dieiio smo sola 8, Posicio do mével em funglo do tempO.... ren 94 Vetores de mesma deco e sentids opostos, ‘Andlise dimensional dos termos da equacéo...... cones 9 ‘Adigo com 0 vetor nulla, Diagrama hordtio posig8o x tEMPO ....ecnsaeesen 94 ‘Adigo de mais de dois vetores 9. Inversio de sentido do movimento... 1.98 6. Regra do paralelogramo, 10, Equagéo de Trice... 11109 7: Lei dos Cossenose Lei dos Senos Propiedad 11. Calcul do deslocamento escalar a partir do diagrama hhorério da velocidade. 7 102 8, Subtragdo de vetores....... 12. A equagio horvia da posigao (demonstagSo)sson.103 _% Multineagso “ bhai? 13. A velocidade escalar média no MU\ 106. eee mee 7 capituco 9 i} Cinematica vetorial cariruto 6 (@} Movimento vertical no werd e vacuo cam 2. Velocidade vetorial média, 1. Queda livre ene m 3, Velocidad A " Equacionamento da queda livre sone WH vere a a inca Caution debi ne Misc Enuagdo hora das ondenadas ou ‘Movimento circular e uniforme.. 62s posicbes mee =v nero ME ‘Movimento retilineo uniformemente elerdo.. 2. Langamento vertical para ima... 18 Movimento reine uifaement tarda Equaionamentoedscusso dos sini algecos da Mavirent cur uniormemente clado velocidade e da aceleracso. ~ NB 4, Aceleracio vetorial média. Sinai lgics dete el oe HB f veto nstantinea Shas gens do seengo eames Amiga wns : Exige: dolar eric. Tata curves Alguns casos particles Movimento retineo e uniform. Movimento crauar euifore. Movimento cular uriformemente aera Propredades do lancamento vertical lire 3. Graficos do movimento vertical no vécuo.. Queda lie angamento vertical para cima 128 NB re 9 119 130 3 a 131 a2 1m 3 a Ms 5, as Ms, 5 M6 6 146 M7 182 155 156 16 162 163 164 164 164 165 165 165 165 167 17 16 168 168 168 168 carituo 10 BP composicao de movimentos 1. composco de movimento de mesma ego rasa, ef, ema mesma dieqioeo meine sen. ones . 2. Campsie movers de dts qua 3. cade dum capo em reac out ath aman roe es carituto 11 @®) cinematica angular 1, Medidas de angulos.. om 2-Desocamento angus. 3. Velde angular Vebcde ngl evi xa Eun d pos ang ro CU {erode frequinda Trio eeopi siepinive cs Fexdnenspvbsos : Sovies tis Ter 5. Yanmiso de movimento cer 6 Rlnent.. ‘Apennines. Gre DINAMICA capituto 12 GB) As leis de Newton 1. Dinca 2. Onascmento da Mecca sss ates 3. Aobra de Neon. 4. iia Lei de Newton felons nec 5. Medd de fora. 6 Segunda ede Newton Uae de fo. Morris clad rea Paz: Fem o meso seni da vee cas: Prem seid posto 20 veld? 2. eso Deanne, O quilograma-forga.. 4 Trica te de Neon, Odrandmet ea Ter nid Newton. enue Net. . '. Forgas exercidas po fos. 10. ui mm m M6 vo 8 182 184 1a 186 190 199 “191 ‘31 194 195 203 203 204 “204 207 209 209 210 210 210 20 210 25, 27 m 219 22 2 6 28 11. orga varia 20 12, Referencias inci ea Segura Le de Hew ...230 Reerencis ado ines ar 13, Massa nec e massa gravitacona 2 14. LimitagGs das leis de Newton m capituco 13 @) Algumas aplicacées das leis de Newton 1. Elevadores em movimento vertical 25 Fleador em queda ive 236 Cosme que sei de 5 pra Bi 69> 9 an238 2. Pola fa. 0 Una tide pao poli. 241 3, Decomposiio de fora 25, ‘Coma ecole 5 dees de COMO 286 caspian cela 3 a. 286 2a: pated tem aera, es em repausa ov em mover retieouilome. 4, Pano inclinao. a6 a captruco 14.) Lancamento nao vertical 1. Movimento de pros 29 2. Langamenta hn 260 Calta erro 61 Orica de Rate. et 3.tancomento obo a elton as lies 6 Feamar hn Ride st 4 Estado do alae m Trqs ace cngenenrs mm 5. Equa vets omovies dum pr. 2 6: Akane sino em ea 2% 1. ale. Newan ea eds ca. am 8. Tj poses com oa restane contnte.278 cariruo 15 GB) Forgas de atrito 1. tite dos Fo 2 ge ds orgs dato 25 4. ato de rament 26 4. Fora de tito dninico 209 5. Fea de att ete. 231 fag dt 2 6. ssc do ide... 297 capiru.o 16 §@) Forca eldstica 1 ede Hooke : 304 ‘hol ie : on socio ma 306 carituco 1? Movimento plano em trajetoria curva 1. Os efeitos de uma fora sooner 10 2. Componentes da fora resultante... sone 3M componente tangential soon 3M Aresutante centipeta eT (0 rola da frga FestRaRte ssn 312 3. 0 movimento circular e uniforme. 32 Inserindo a velacidade angular... 38 4. A forga centrifuga - 326 Movimento circular € uniforme 0... 326 Algunexemplos de forascenfugas.. 37 A forga 68 Cot sos 28 capituto 18 (&) trabalho e energia cinética 1, Energia cinética de uma particu 332 Equacto dimensional eunidade de energie 332 2, Trabalho de uma forga constante 333 Trabalho de uma frga constante~ movimento reine. 334 Equacio dimensional e unidade do trabalho... 335 3. Trabalho da forga peso... “ a) Movimento Verte. nsnonnn . 338 Movimento retilineoe oblquo... 339 Combinando um movimento reiines horizontal com um movimento vertical .sunnnie sone BA0 4. Trabalho de uma forga constante em trajetria cumva....340 Traballo do peso em uma trajetra qUaIQUE nnn 341 5. Trabalho de uma forgaVati8VE ..n.uensneenrnnane 344 Movimento em uma dimensio, 384 6, Teorema da energia cine ..ncsunsisncnnnnnnne 347 7. Trabalho da forcaeléstica 353 £8, Trabalho de uma forca varidvel em trajetéia CUN@ u.355 Trabalho de uma fora ceMtipe oue 356 Trabalho da forca normal sobre um corpo que se desloca ‘em superticie curva 2 356 cariruLo 19 (GB) Energia e potencia 1. Forgas conservativas endo conservatvas. 361 Fores 80 CORSENHNEE ssn sey 2. Energia potencil 2 3. Energia potencialgravitcional a tl de telrénca ou plano horizontal de eterna 3g Vatiacio de eneigia potencial gravitaconal..... 364 emo de 3589 (CM). ne 365 4, Energia potencialelistica 367 Sistema bloco-mala "368 Vatiagio da energia potencialelistica, 368 = 5, Energia mecanica~ conservaéo da enegia mecinic Estrategia para aplicagdo do Principio da °c Consenaiog ia Eneigia Mecanica : 6. Dissipagéo de energia mectnica : 5 7. Poténcia. ee Poténcia mecdnica = _ sa Poténcia mecdnica mela 2 Unidade de poténciano sl 3 Poténcie mecénica instantdnea.. ca O cavalo-vapor eo horsepower oa Poténciae velocidad para uma focaconstante 3 ‘Alguns casos particulres a Gratico da poténcia em funcSo do tempo 2 Outras formas de engi... en 8G 8. A conservagio de ene1gi2...esnnn 33 9, Rendimento de uma maquina... 384 capituo 20) Quantidade de movimento e impulso 1. Quantidade de movimento de uma particula 39 2. Impulso de uma forca constante soe 3. Impulso de uma forca varivel At Generalizacdo do Teorema do inputs. 5 Forga MERI on cvs 4. Quantidade de movimento de um sistema 409 5. Forgas intemnas e externas i 6. Pincpio do Conservagio da Quanta 7 Movimento a Apliacbes do Princo da Consvvagio da Quatede de Movimento a - 7. A Segunda Lei de Newton. carituco 24 Gi) colisdes re 1, O que & uma colis80? 20 os 2, Classificago das colisdes “ an Choquessuperelistcs. vt 3. Colsbes unidimensionais. : a 4. Coliséo com supetici ia resiu50 Determinacio do coficerte de oe ; os 5. Casas patiares do chee TE oa, gt Calo uniimensioal eels de massas igus sero as spac Coad gn ee go igais estan una desi : 7 440 deme tro de cariruco 22 GH) cen ° “a 1. 0 que & centro de mass2? 888 2. Localizagio do cento de ™ 44 entio de massa de compos extensos..., 4, Movimento do centro de massa cariruro 23 GB) Estatica dos corpos rigidos J. Momento de uma orga, Cento de gravida, 2. Alavancas ... san 3. Definigdo geral eto sisi 4. Condigio de equilibrio de rotagso_ (Tere as Ts Fors 5, Sistemas indeterminados. 6, Estabilidade do equilibrio de rotagio. caput 24 (8) Gravitagao 1.05 primeiros modelos de mundo ‘Omodeo de Prlome ‘melo de Copco Tyco Bie Galleve Coptrico, 2.0 modelo de Kepler. Pine Lei de Kepler Segunda Lei de Kepler. “excited Kepler. 3. da Gravitgho Universal Foras ratacionas entre coos extensos 4. Copos em orbits cclaes. Inponderabidade. Ateia ede ple ita cela 5 Adagio da rsd eompo soins Ini da rotacio do Tera ‘Aceleragéo da gravidode no interior da Ten. 46. Energia potencial Velcade de escape... cleo estingu. 7. Mards, FLUIDOMECANICA Grhuo 25 (i Fluidostatica ~ Lei de Stevin ‘Peto ' Asistencia & penetracio. “eid em equi eststico {leuido em recipient acelerado. Mens special ‘Sa aa 446 450 451 Asa 455 455 456 456 461 461 465 466 466 66 466 467 467 468 a9 an AB a6 MTB 416 48 473 ABO 483 84 485 48) 489 490 492 AB 493 4 Forgas presses em fides... 495 5. Lede Stn, 6 Parador iain oF Foraem una baragen ‘98 Equiv cei ini 499 Ali de tevin eos gases 69 6.Vasoscomunicantes, 5o4 Mandmeto, 504 7. rincpio de Pascal 508 Mecanismo idles 508 8, Pressioatmostrica 510 Cura de dua, sM Cutras unites de presso si2 Varin da press malic ce ait 512 53 Ocanudint. cartruto 26 @) Fluidostatica - Principio de Arquimedes 1. npc 0 2. Emp densidad 58 Ns esnaos 30 Tuna dg. 20 ued enum ido 2 Semen a 3. Ceo de empuro sa 1. Osigifiad do emp S38 Emp fi dea as times ped 30 captruvo 27 Fuiddinamiea 1. saamento de ios 3 Tite O exoen no 5 33 Phot: Oescannet €rngresie 33 Jp npoteeOicnmeno itor 33 ‘ipo O scanner &eadonko. Ey Tio de exoaneno S34 2. PressBo e velocidade 534 Doi exes io rel 35 3. Equagdo de Bernoulli, 536 Coss privates ‘37 4. Equa de Tricl. 7 sa 5, Tubo de Ventur. 6. Tubo de Pitot... Respostas. 546 Bibliografia S63 Significado das siglas de vestibulares e olimpfadas. 564 510 Indice remissive @B O que é Fisica A isica € a ciéncia bésica da natureza. Ela procura descobrir do que & feito. verso e como seus componentes se combinam, se transformam e se movimentam, No final do século XIX a Fisica estava dividida nas seguintes partes: Mecsnica, Termologia, Optica, Ondulatoriae Eletromagnetismo. A Mecénica procura determinar as leis que governam 0s movimentos. Usando essas leis podemos, por exemplo, langar um foguete que viaje até a Lua (fig. 1). A Termologia estuda 0 calor. Por meio das leis da Termoloaia podemos, por exemplo, construir uma geladeira (fig 2). A Optica estuda a luz. Uma das aplicacbes da Optica & a construcdo de instru Mentos tais como 6culos, bindculos, telescépios e microscOpios fig. 3) AA Ondulatéria estuda um fenémeno chamado onda. Um tipo de onda que nos ¢ familiar € @ onda formada no mar (fig. 4), mas hé outros tipos. Por exemplo, no Volume 2 desta colesao veremos que o som é uma onda, Fag 1. Para reves fis 3. Snort en crc € con fo truido com base foguete, usamos as leis da Mecdnica nas leis da Optic, Figuea 2. Uma ge- ladeira 6 constr ida usando-se as Figura 4A onda formada no mar € um dos leis daTermologia. _tipos de onda. Oqueé Fisica Unidades das prandezas AConferéncia Geral de Pesos e Medidas OSistema internacional de Unidades Anotagocenttica 0s prefixos dot Ordem de grandeza Unidades ce tempo Unidades de comprimenta ozs Unidodes de massa Densidade emassa specifica Agarismos significaivas| Anilise dimensional A palava fisca vem do terme grego lysis (pronunca-se “isis, que atureza", (© Eletromagnetismo estuda os fendmenos elétricos e magnéticos, permitindo, por cexemplo, entender a formacao de raios (fig, 5) @ construcdo de computadores (fig. 6), assim como 0 funcionamento de uma bussola (fig. 7). Figura. 0s aos so descargas elétrcas que oorrem entre duas nuvens Figura 6, Para constuir um computador ne- ‘ouentve uma nuver ea Tena, cesitamos cont be Figura 7. Para entender 0 funcionamento de uma bissola precisamos, entender o magnets. Naquela época (final do século X0X), um tipo especial de transformacao da materia, 'século XIX foram observados alguns fendmenos que a Fisica até entéo sabia explicar. Esses fendmenos s6 puderam ser explicados com a cria las revolucionsris, no inicio do século XX: a Teoria da Relatividade & jantica. A partir dal, a Fisica criada no século XX passou a ser chamade 3, €2 Fisica desenvolvida até 0 final do século XIX foi denominads Fi ‘Quantica conseguiu explicar 0 mecarismo das reacbes quimicas e, a a fusio entre a Fisica e 2 Quimica, A Fisica estuda todas as transfor- pela materia, incuindo as reacbes quimicas. Desse modo, podemos ca como uma das partes da Fisica e, portanto, ja no tem sentido ido entre fendmeno fisico e fendmeno quimico, como se fazia nos quimicos 530 casos particulares dos fenémenos fsicos. Outras partes da Fisica A Teoria da Relatividade e a Mecdnica Quéntica permitiram 0 surgimento de outras ‘especialidades da Fisica, como, por exemplo: a Astrofisica (que estuda os planetas, as estrelas, as galéxias); a Fisica do Estado Sélido; 2 Cosmologia (que estuda 0 sur Simento e as transformacées do Universo); a Fisica de Particulas Elementares (elé- trons, protons, néutrons e outras particulas) Qnosso curso No nosso curso estudaremos quase exclusivamente a Fisica Classica. Apenas nos {ras Ultimos capitulos do volume 3 desta colecdo apresentaremos algumas nocoes de Fisica Moderna. A razéo disso é que a Fisica Moderna exige, para 2 sua compreenséo, ferramentas mateméticas no conhecidas por um aluno de ensino médio. Apenas para ‘adiantar, podemos dizer que: * A Teoria da Relatividade s6 necesséria para estudar 0 movimento de corpos ue se mover com velocidades préximas & velocidade da luz ea interacéo entre Corpos de maséas muito grandes, como planetas e estrelas. * A Mecdnica Quantica 56 ¢ necesséria para estudar o comportamento de objetos "muito pequenos, como moléculas, dtomos, prétons, neutrons elétrons, ete. Portanto, para o estudo de corpos macroscépicos, que nao se movem com veloci- dades muito grandes, podemos usar a Fisica Classica. Em alguns casos, como veremos, podemos analisar © movimento de protons, elétrons e neutrons sem usar a Mecénica Quéntica, desde que suas velocidades sejam pequenas em comparacao com a veloci- dade da luz. Neste volume estudaremos apenas a Mectnica. As outras partes da Fisica serao ‘estudadas nos préximos volumes. Porém, antes de comecarmos o estudo da MecSnica (no capitulo 2), vamos apresentar algumas nocbes que ser80 tteis para o estudo ndo sO da Mecnica, mas também de toda a Fisica, Unidades das grandezas Muitas leis da Fisica s80 apresentadas por meio de equacdes envolvendo gran- ddezas tais como velocidade, forca, energia, et. Portanto, o proceso de medida das randezas é muito importante. Neste capitulo vamos introduzir as unidades de algu- 5 grandezas. As outras unidades serdo apresentadas 4 medida que as grandezas em sendo estudadas. ema Métrico Decimal (SMD) mente no havia uniformidade nas unidades de medida usadas pelos vérios Na realidade, nao havia uniformidade nem dentro de um mesmo pals: as unida- ‘em uma cidade poderiam ser diferentes das usadas em outra cidade. y situac3o comecou a mudar durante a Revolugao Francesa (1789-1799). Em dos membros da Assembleia Constituinte apresentou uma proposta de refor- ides de medida, a qual foi aceita. Entéo, a Assembleia pedi d Academia Figura 8. Antoine Lavoisier (1743-1794) foi_um dos ‘membros do comité encar regado de propor areforma as unidades. No final d0 1791 0 comith apresentou sua propos 1, cujos princi= pontos eran * para qualquer tipo de und, Jade (comprimento, area, massa, etc.) 65 miltiplos Ms iar obtidos usando-se a base 10; subriplos * aunidade de comprimenta que mais tarde seria chamada mex {to (e sunbolizada por m) foi escalhida como sendo a decima tihonésiina parte de um quarto do metidiano terresre que pas- 2A por Panis fig. 9); + sunidade de ma: 4 deveria ser a massa da Aqua pura, a tem: Peratura de 4 *C (pois, como veremos no volume 2, nessa temperatura a densidade da aqua ¢ méyimna), contida num cubo eyo volume é igual a 1 centimetro cabico (fig, 10). Essa iWiade foi charmada grama e simbolizada por g. A proper fol aceita, © assim langada a base do Sistema Métrico Decimal (a palana métrico vern do greqo metron, que significa "me- ida") Fo forrnada uma expedigia de agrimeny 1799 wabalhiou para fazer a medic nes que entre 1792 € 9 precisa do quarto de meridiano vs décima milionésima parte, poder determinar ho do metro, Terminada a tareta, foi construlda urna barra de ‘qual forarn feitas duas marcas cuja distancia (a temperatura ‘Qual a 1 metro, Posteriormente a barra foi substituida Por outs feta de plating @ irda (platina iidiada) (fig. 11), que & mais A veriicou-se que 0 quarto de meridiano era um pouco maior ds. que +e pensava. Entre mudar a definicia de metro e mudar o padi “« platina, aptou-se por mudar a deinicio, ¢ assim 0 metro ficou sesuies a distancia ent 5 duas marcas na barra de platina que cnvtruida como padrao. Feita essa opcéo, 0 comprimento 11 de eneridiano ficou valendo entao 19002288 metios. Les inicial, a unidade de massa (1 grama) deveria ser a ‘quantidavie de aqua pura, a4 *C, contida no volume de 1 cm’. No en- tanto, ee volume foi considerado pequeno demnais para se trabalhar, porlendo conduit a imprecstes, Assim foi substituido pelo volume de un cube cujo lado medicse 1 decimetto (fig. 12), € a nova unidade de foi charnada de quilograma (cujo sinbolo ¢ kg). corattuldo, entao, urn clindro de platina iridiada (ig. 13), cuja rasta 6 iqual a masa de Aqua (a 4 °C). Esse clindto tornou-se 0 pa- ido de inassa, 0 quilograma-padrio. do qu Pe a Fo volume = 1 litro = tde = 1000 em 14m 4 dm Tain Figura 12.8 unidade de massa dada pela quantdade de gua ‘ta, 94, comida erm 1 dm. polo torte alo su 1 metro» TaqGTOT ou x = 10000000 m Figuea9, volume = 1 centimetrocabico = 1 em? Figura 10.A massa da Squa a4 °C contida um cubo de volume 1 cm @ igual a1 gram Figura 11.0 meto ¢ a distinc (a das mareas fits numa bara uma liga de patna ero. €B A Conferéncia Geral de Pesos € Medidas ‘Ags poucos, a Franca foi obtendo a adesdo de outros paises 20 sistema Métrico Decimal (SMD), tendo o ras aderido a ele em 1863, Er 1875 fi realizade 70 Paris 8 1 Conferéncia Geral de Pesos e Medidas (CGPM), da qual particinaram quinze paises {inluind os Estados Unidos e a Gra-Bretanha) que ofialzaram 0 Tatado do Metro. Nessa ocasi3o foi criado um érgao denominado Bureau Internacional de Pes e Medi- das (BIPM), sediado em Sevres, nos arredores de Paris, com @ fungao de estabelecer a5 unidades de medida de todas as grandezas e promover reunides peribdicas da CGPM ‘O metro e o quilograma-padro fcaram sob a guarda do BIPM, 0 ava encarregou de produzir cOpias que foram enviadas aos paises participantes do Tratado do Metro. Nos paises de lingua inglesa que aderiram ao Tatado do Metro, 0 SMD pass ral sad em trabalhoscentfcos, Para autos fins contiuaram a se" usedes 25 unidodes antigas (jarda, pé, polegada, etc), mas sem as imprecisbes de ~antigamente, pois ess85 unidades foram definidas legalmente a partir dos padres do SMD (adiante ‘apresenta- remos essas definic6es). Com o passar do tempo, foi aumnentando o numero de paises participates do tado do Metro. Tr 0 Sistema Internacional de Unidades Em 1960, a 118CGPM estabeleceu uma nova reformanas unidades, ¢ 0 SMD passolt a ser chamado Sistema Internacional de Unidades, com abreviatura internacional St ‘As unidades SI foram divididas em trés grupos: ‘+ unidades de base; © unidades suplementares; © unidades derivadas. ‘apés a 14° CGPM, realizada em 1971, 2s unidades de base passaram a ser as rela nadas na tabela 1. Perceba que, com excecéo da candela, tados os nomes das unida Ge base so masculings: 0 metro, o ampere, o kelvin, etc, Neste lio usaremos aPena Gs tes primeiras unidades; as outras serd0 estudadas nos proximos volumes, ine cnidades suplementares estao relacionadas na tabela 2. Todas as outras Uf dades sao derivadas, isto é, padem ser obtidas 2 partir das unidades de base tunidades suplementares, como veremos a0 longo do curso. eae ane ‘comprimento quilograma | __kg massa “tempo segundo 3 “intensidade de c ampere | A Tpeatatermednimica | _reWin | K “qu mol “intensidade luminosa candela Tabela 1. Unidades de base do SI. Atualmente, a adesao ao S1¢ ‘0s Estados Unidos ainda usam taihos e publicacbes cientifcas, Praticamente total. Entre os paises ocidentais, apenas, antigo Sistema Britanico, embora utlizem o SI em tra- @ Anotagao cientifica Nas varias areas da Fisica a parecer niimeros muito grandes ou muito pequenos, Por cexemplo, a distancia (D) da Ten ce "28 Lua é aproximadamente igual a 380 milhoes de metros: D = 380000000 m erquanto © rio () de um Stoo de hidrogénio ¢ dado aproximadamente por: = 0,00000000005 m fata evita escrevertantos zeros, podemos usar as potencas de 10. Asim, os valores de Der podem ser escritos de outro modo. Tae D = 380000000 m 8 107m = 3,8 - 10): 107m = 3,8- 108m : . 5m Sm 1 + = 0,00000000005 m = TossaqpuaaG "et = 5+ 10°" m 1 Gsesapbsavigula 'COCRRTERGG No caso da distancia D, obviamente temos: 38 - 107 = 3,8- 108, No entanlo, 05 fisicos preferem representar as medidas na forma de um numero. entre 1 e 10 multiplicado por uma poténcia de 10: x- 10° (em que 1 = x < 19) Assim, entre 38 - 107 @ 3,8 - 10%, 05 fiscos preferem 3,8 - 10°. Esse modo de repre- sentar @s medidas costuma ser chamado notagéo cientifica, @ 0s prefixos do SI Com 0 estabelecimento do Si foram adotados alguns prefixos para representar al- gumas poténcias de 10. Apds a 19* CGPM, realizada em 1991, 05 prefixos adotados 520 05 relacionados na tabela 3; nela estdo destacados os prefixos mais usados e que, asim, devem ser memorizados. [ee CTD 10 yocto y 10" deca da 10" Zepto z 10 hhecto h 10% atto a 107 quilo k 10% femto f 10 mega M 10" pico Pp 10° giga GS 107 nano a 10% tera T 10% ‘micro u 10" peta P 10> rl m io" oa E 10? cent € 1" zetta z 107 deci d 10" yotta Y a unidade metro, co simbolo& \Vamos observa o so desses prefixes considerando #1 Mm = 1 megametro = 10° metros = 1000000 m wom Tm = 1 panonetr = 10?meto = = seaaganno™ = gam are ‘p65 a vigula Por razbes histéricas, o quilograma é a nica unidede ja ver com um prefix: de base do SI (vela tabela 1) que kg = quilograma = 10? gramas To Um engano comum é usar a letra K (maiiscula) para indicar 0 prefixo quilo. Como voce pode observer na tabela 3, 0 simbolo do prefix quito é k (rrintsculo). Ha um decreto do governo federal aprovando a Resolucéo n? 12/1888 do Conmetro (Conselho Nacional de Metrologia, Normalizacéo ¢ Qualidade Industrial), 8 qual apre- senta as unidades legais a serem usadas no Brasil € as segtas de uso do Si, Era urn trecho dessa resolucae lems: Na forma oral, os names dos miltiplos © submultiplos decimais das unidades s80 pronunciados por ex:erso, n:evalecendo a silaba tOnica da unidade. ‘As palavias quildmetro, decimetro, centimetro e milfmetro, consagradas pelo uso ‘com 0 acento tanico deslocado para 0 prefixo, s80 as Unicas excecoes a esta regra, assim sendo, 0s outros miltiplos e submiltiplos decimais do metro devem ser pronun= ‘Assim, por exemplo, nanometro é pronunciado “nanométro”, & como ertoneamente apresentam alguns dicionarios. EQpermcenaetct 1. Passe para a notagéo cientifica: a) 529 9) 0,278 b) 7843 h) 0,5697 ) 5971432 i) 749-107 4) 73 i) 59,47 - 10° e) 0,7 k) 0,38 - 10 f) 052 1) 0.7159. 10 2. Lembrando que 0 simbolo do metro é m, apresen- te 0s valores a seguir usando prefixos do SI. b) 10m =) 10m a) 10m b §B Ordem de grandeza ‘As vezes nos interessamos apenas pelo valor aproximado de uma grandeza, e nao eu valor exato. sso pode acontecer por vérios motives. Em alguns casos, porque fal vin dados para fzermos 0 célcuo exato, Em outros, porque fazemos ocalulo aproxima- Go antes de efetuarmas os clculosexatos, apenas Para depois compararmos 0 resulta- dos, de modo a estarmos mais seguros de néo termos cometido nenhum erro nos célculos. i favermos um clcuo aproximado, €comum darmas como esposta a poténcia de 10 mats préxima do resultado encontrado, ea resposta dada dessa maneira costu- tna ser chamada de ordem de grandeza. Consideremos, por exemplo, o ndmero 850. Js paténcias de 10 mais préximas do nimero 850 so 10? e 10%: 40? < 850 < 10° orem, © numero 850 estd mais proximo de 10? que de 102. Assim, a ordem de grandeza de 850 € 10%. Para ebtermas a ordem de grandeza de um numero N qualquer, em primero lugar fazemos sua apresentacao na notacao cientifica N=x: 10° ein que 1 5,5, fazemos x = 10. © Sex < 5,5, fazemos x = 1 io caso de x = 5,5 ¢ indiferente arredondar para mais ou para menos. razdo de usatmos 0 numero 5,5 ¢ que ele estd no on re a do intervalo que vai de 1 a 10 na reta real (fig. 14) Ss 45 : 45 : 10-5,5=45 i Figura 14.0 niimero 5,5 est8 no meio do interval [1;10} Critérios para determinar a ordem de grandeza Vimos que, para obter a ordem de grandeza de um numero N, em primeiro lugar devemos representa-lo na notacao cientifica N= x10" en que 1 5,5, fazemos x = 10e, parax <5,5, yt 10” fazemosx = 1 Fgura 15 , >») Hy autores que preferem outro modo: a proximidade ba- ’ 7] - seada na proporcionalidade, ¥ Way = tay= W0=36 ; i ° —— sim por esse eitetio, sex > VIG, fazemosx= 10. se ss, pores cit lo x < ¥10, fazemos x = 1 No nosso curso usaremos 0 primeiro modo, que é 0 mais usual 6. Supondo que cada pessoa beba 2 litros de égua por dia, qual & a ordem de grandeza do nimero de litros de gua utilizada para beber, pela popu- lagéo brasileira, em um ano? + ovdem de grandeza dos seguintes nimeros: 2) 200 4) 74-10" 4g) 0,027 b} $00 @) 74-10% bh) 0,0031 ©) 4328) 2-107 — i) 0,00074 @ Unidades de tempo an 'No 1a unidade de tempo €0 segundo, cujo PREPS hin AE RCRtnIC Eee Gell simbolo és. No entanto, frequentemente, usamos ‘outras unidades néo pertencentes ao SI, como, _Minuto| _min_| 1 min = 605 | por exempo,ominuto, ahora, oda, a semana, hora | h | 1h= 60min = 36005 ano, o século, etc. (tabela 4). STE ECT Devemos tomar cuidado para no confundir _%# aa ede ae ele ‘© minuto “unidade de tempo” com 0 minuto ano a | 1a=365d5h48 min 46s “unidade de angulo"; 0 mesmo cuidado deve ser tomado em relaco ao segundo. ‘Assim, se quisermos representar, por exemplo: Tabela 4, Algumas unidades de tempo nao pertencentes 20 SI. 3 horas, 20 minutos e 40 segundos ‘devernos escrever 3 h 20 min 40 s endo 3h 20°40" Aantiga defini¢3o do segundo Um dia ¢ equivalente a 86 400 neo sess Hsien nto 1 segundo = do aa soar méclo Gta O dia solar equivalia 20 intervalo de tempo entre dois pores do sol consecutivos (no capitulo 11 veremos que ha um outro dia, o dia sideral). INo entanto, @ medida que foram sendo construidos reldgios cada vez mais precisos, verficou'se que a rotacéo da Terra no ¢ uniforme, isto é, o tempo gasto pela Terra para efetuar uma rotacao completa em torno do seu eixo nao ¢ sempre o mesmo. Além disso, na média, 0 valor de um dia aumenta 1 milésimo de segundo a cada 100 anos. A razéo principal disso é o fenémeno das marés (que explicaremos com mais detalhes ro capitulo 24, mas ha também a contribuigao (em menor escola) de ventos de grande intensidade e dos derretimentos e congelamentos das geeiras. Aatual definigao do segundo Como consequéncia dos problemas que acabamos Ge apontar, 2 13* CGPM, de 1967, resolveu usar para ‘efinir 0 Segundo um relégio atémico que utiliza 0 is6- t0p0 133 do césio "ICs. O tomo de césio emite uma adiagao (veremos 0 que & isso no volume 3), a partir da qual se define atualmente o segundo. 0 segundo € a duracdo de 9192631 770 periodos da radiagéo correspondente & transigao entre os dois niveis hiperfinos do estado fundamental do césio-133. Intervalos de tempo Para representar instantes de tempo é costume usar a letra f, as vezes com Indices; por exemplo: fy ty ff Para representa intervals de tempo, usammos 0 simbolo At. Assim, dados dois instantes de tempo t, et, com t, posterior a t, temos: at=t, Baronet 2. Calcule o valor aproximado do ntimero de segun- dos contido em um ano. Resolugio: 1 ano = 365 dias; 1 dia = 26h; 1h = 36005 asin: +)s ano (265 (26) (2500-5) = (365) (24) (36) - 10% s 31536 - 10s = 315360 345-10: 8. Considere um rel6gio de ponteiros. Em um més, ual o niimero aproximado de voltas executadas pelo ponteiro dos minutos? Figura 17. Relgio atico. Suponhamos que num determinado dia um filme cexibido na televisso inicie no instante t, = 14 h 15 min € termine no instante t, = 16 h 25 min. A duracéo do filme foo interalo de tempo At dado por: t= t-t, = 16h 25 min— 14h 15 min t= 2h 10min 91 Calcule a ordem de grandeza do nimero de bati- das do coracéo de um ser humano ao longo de sua vida. 40. petemine of sloes de x y © 2 nos casos a sie 2) she xhynin ») 32h=ahymin 45208 @ Lh=xhymin xhyminzs 41, Em uma prova de comida, que comesou as 9h 43 min 32 s, 0 atleta vencedor atingiu a linha de chegada 4s 12 h 27 min 13 s. Calcul o intervalo de tempo correspondent a0 percurso desse atleta, Imeroug s Fisiea dentro da caixa, a ser 80 cm, a) 0.2m >) 0,48 m* ©) 48m t da gua passou ual era o volume do ee 4) 20m ©) 48m 34, § = pon antigas, que gastam em méia 40 lites or descarga. (Galileu, n° 140, mar 2003.) @ Vazao Suponhamos que um liquide esteja escoando por um can (fig. 24). Sendo Vo volume do liquido que 2280 (@) do liquido através de 5 € definida por: 10 cilindrico cuja secéo reta Passa por Sno intervalo de tempo At, a Visando a economia de agua, foi idealizada uma caixa de descarga de bacia sanitéria com formato de um paralelepipedo retorretangulo, cuja base possui 32 cm de comprimento e 10 cm de largura, sendo 0 consumo por descarga, em média, 20% do volume de Sgua consumido na descarga das bacias antigas. Nessas condighes pede-se: a) a altura da caixa de descarga atual; b) o niimero de litros de Sgua que s40 econo- : ‘mizados em 30 dias, em uma residéncia com 5 pessoas que acionam, cada uma, em média, a descarga 4 vezes ao dia, considerando que as bacias antigas foram substituidas pelas atuais. No Sl a unidade de vazdo é m's, que pode ser escrita de outro modo: Mis = mis * oon 35. 36. Um liquido flui através | 32. Um tangue é alimentado de um cano cilindrico de modo que por uma seco reta passam 720 litros a cada 2,0 minutos. Calcute: a) a vazdo em L/s, cm’/s e m’/s; ») o tempo necessério para que passe um volume de 270 litros por uma secio reta do cano; ) © volume que passa por uma seco reta em 20 segundos, Por duas torneiras. A. Primeira tomeira, funcionando sozinha, enche ¢ tanque em 4,0 horas e a segunda tomeira, fur ‘quanto tempo 0 tanque ficaré cheio? Inuodusto 2 ises f 44. (UFF-RI) As tomeiras T, e T, : ; cialmente vazio tris tormeiras, em qu: Unidades de massa © conceito de massa é mais complexo do que parece 3 Pr- meira vista. No capitulo 12 e no volume 3 (na parte relativa 2 loderna), faremos discusses mais detalhadas, mas. Por gpresentaremos esse conceito do modo como surgi historicamente. inicalmente a massa aparece como uma gran ‘de matéria que ha num corpo. Desse modo, se 2 nidade, duas moedas idénticas a trés moedas idénticas & primeira fers0 massa de 3 unidades, e assim por diante. A massa de um corpo pode ser obtida por meio da comparacao desse corpo com corpos-padrao, utiizando-se uma balanca de bracos iguais. No caso da figura 25, por exemplo, diremos que 0s corpos A eB tem a mesma massa, se a balanca ficar em equillbrio 20 se Colocar o corpo A em um dos pratos da balanca € © corpo 8 no \deza que mede tidade de uma moeda € de 1 ut terdo massa de 2 unidades, Naturalmente esse processo ni «2s de objetos muito grandes (como, por exemplo, a Terra) nem muito pequenas (como, por exemplo, um proton), nesses casos 40 uttizados outros métodos, que veremos mais adiante. Vimos que a unidade de massa no S! € 0 quilograma (ka). ‘Assim, por exemplo, na figura 26 0 corpo C esta equilibrado numa balanga de bracos iguais pelos corpos A e B, de massas respectivamente iguais sere 1,0 kg e 0,8 kg. Portanto, 2 massa do copa s Como ja vimos, 0 quilogram i fixo (0 prefixo quit, 1°92 € Unica unidade de base do SI que cantém um pt 1kg = quiograma = 109 9 19 = 107g ar 1t= 1 tonelada = 10° kg us Tunidade de massa atomica = 1,66 - 107 kg Aunidade de massa atOmica (cujo valor néo precisa * memorizado) & usada na Fisica Atomica e ¢ aproxi- damente igual & massa do proton e & do néutron, problema como quilograma-padrao imos que o padréo de massa é um cilindro de platina iridiada, quardado no Bureau nacional de Pesos e Medias. Nos iltimos anos observou-se uma pequena diminui- na massa dese cilindro (cerca de 50 microgramas). Ainda nao se sabe exatamente i240, Mas uma das hipoteses aventadas ¢ que ao longo do tempo o cilindro venha »rando gases que ficaram aprisionados em seu interior durante o processo de fundicao, ualmente, hé muitos fisicos empenhados na tarefa de encontrar um outro padrao de 128Sa que seja mais preciso e menos sujeito a variacoes. een dete ransformacée: 43, Em uma amostra de 2,0 mg do elemento quimico a f polénio, ha 6,0 - 10% atomos. Calcule a massa de 2) igemkg cada stomo de polio em: » Ta a) miligrama; ©) imgemg : eee 4) 2temkg avila 45. (UF-M6) Dona Margarida comprou terra adubada para sua nova jardineira, que tem a forma de um paralelepfpedo retangulo, cujas dimensdes inter- nas sio: 1 m de comprimento, 25 cm de largura e 20 cm de altura. Sabe-se que 1 kg de terra ocupa um volume de 1,7 dm’. Nesse caso, para encher totalmente a jardineira, a quantidade de terra que dona Margarida deverd utilizar 6 aproxima- damente: a) 85,0 kg b) 8,50kg ¢) 29,49 d) 294,1 kg é ita e inexoravelmente, a razdo de Scat ete compora 30g de zeae que do se conte do ical ja se escoaram, quantos dias de vida ‘ainda restam a personagem? a) 100) 50. «) 600. a) 2000.4) 1000 qual seré a quantidade de amoxicilina 4 ‘AB, (Cefet-PR) Um antibidtico de uso pediatrico 6 pela crianga até o término do tratamento? io sob a forma de 400 mg de amoxicilina para cada 5 mL de solugdo, Uma crianca com a idade de 30 meses, com 15 kg de massa, deve fazer See oe ae uso de 4 mL desse medicamento a cada 12 horas, b) 288-10"kg —e) 649 2 Considerando que o tratamento deve durar 9 dias, ) 5,769 Densidade e massa especifica Consideremos um corpo de massa m e volume V. Definimos a densidade do por aus apg inte observar que V é o volume total do corpo, jincluindo eventuais es- interior, como 0 caso da figura 27. yr maci¢o e homagéneo (fig. 28), 2 densidade pode ser chamada de 11) do material de que € feito 0 corpo. Fiwa7 Py fee Ne ional de Unidades, a unidade de massa especifica ou den- idade 6 o kg/m?, mas frequentemente sdo usadas as unidades g/cm? e kg/L. No re syerccio 47 mostraremos que E i 1 glem? = 1 kg/L = 10? kgim? i Observe que: a, ee ce No volume 2, no estudo da Termotogia, veremos que @ massa especifica de uma substancia varia com a temperatura e, no caso dos gases, varia também com a Pr sees Ns tabela 7 apresentarnos alguns valores de densidade (ou massas especticas) Figura 28. PTT oe ee ec fee arlaorceaonvel | 4 093 “_ metcrio (20°C) 136-107 cdo mar) ; vidro comum (24228): 10° agua (a 4°C) 1,00: 10° aluminio 27108 ‘agua do mar 4,03 107 aco 7,86 10° gel 0917-10" cobre 892-10 sangue humano_ 1,06 - 10° | prata 113-108 copohumano(méda) | 10-10 | uo as 19,3: 10% ‘Alcool etlico (a 20 °C) 0,79: 108 | patina 214-10 gasolina (a 20°C) (0,68 20,72): 10 cortica 022.108 senie202e) (08209) madeira (0,124 1,3)-10° Tabela 7. Densidades, opie ern nee noe 1 Sa minalmente detnido como a massa de agua (0 4 °C) ae ‘Arazio de a denne Que sua Massa especifica seja 1,00 g/cm* ou 1,00 1 Sa i a Ie a definicao jeialta temperatura de 4 °C & que, como veremos no estudo Termologa 8 densdade da agus ¢ manna 55a temperatura Densidade Telativa Consideremos dois reagan esses (0u corpos), A e 8. Denominamos densidade de A em Is) © Quociente; Ne cael aE Unto em gel trams cava refed () 2 bua 9 cdo ane MMSE er gel tomers ocrgenis como teeocs (eC © 0 vel do mar 2 dersidade réatva nio tem unidede, pois ¢ 0 quociente de duas cgrandezas de mesma unidade, Seon endo que a Calcule a densidade do corpo sabendo q massa especifica do cobre € 8,92 g/cm’. ‘50. Sabendo que a massa especifica do aluminio & 2,7 g/cm’, calcule: 4) amassa de um corpo macigo de aluminio cujo ‘volume & 30 cm’; b) © volume de um corpo macigo de aluminio ccuja massa € 2,16 ke, S1. Na figura representamos um corpo feito de duas partes. Uma das partes tem volume V, , = 30 om? @ densidade d, = 4,0 g/cm; a outra tem volume ¥, = 70 cm e densidaded, = 2,0 g/cm. Caleute a densidae do corpo. i Hl ‘ocupa volume On a ee eaten 5 Galle o lune aprosimado (em Utes) do corpo 0 ee (eum bomen de masa 70 ky (onsute a abe) tem a forma de una casa | 2. te mass epecics do a9 do cur stp 10 cieice de lo inteme B= 400 ea © alo || either site ernie 00a), ‘elena densidad do cur em relat go ap "Y ‘54 Ao nivel do mar e & temperatura de 27 °C, a den- ‘idade do ar € 1,177 kg/m. Calcule « massa do ar contido em uma sala em forma de paralelepipedo ‘de Lacon §,000 m. 4,000 m © 3,000 m. ‘SS. (Fuvest-SP) Uma chapa de cobre de 2 m', utili- sada em um coletor de energia solar, ¢ pintada com tinta preta cuja massa especifica, apds a secagem, ¢ 1,7 g/cm’. A espessura da camada ¢ da ordem de 5 jim. Qual ¢ a massa de tinta seca existente sobre a chapa? SB. As massas especificas do cobre e do aluminio sio, Tespectivamente, iguais a 8,92 g/cm’ e 2,7 g/cm’. Qual € a densidade do cobre em relagdo a0 amp-SP) Impressionado com a beleza de uma moga (1,70 m de altura e 55 kg de massa) um escultor de praia fez a estd- Algarismos significativos Quando fazemos uma medida, ela nunca é totalmente pre- isa, hd sempre uma incerteza. Essa incerteza se deve a varios fatores, como, por exemplo, a habilidade de quem faz a medi- da e 0 numero de medidas efetuadas. Mas o principal fator de incerteza € 0 limite de preciso dos instrumentos. Por exemplo, suponhamos que vamos medir 0 comprimento de uma caixa de fstoros, como indica a figura 29, usando duas réguas di- ferentes, a régua A e a réqua B. A régua A esta graduada em centimetros; a régua B apresenta cada centimetro dividido em Fgura 29. 10 mm. ‘Observamos primeiramente a medida fornecida pela régua A. Vemos que 0 com- primento x maior que 4 cm e menor do que 5 cm, mas vemos também que x esta mais proximo de 5 que de 4, isto , x > 4,5, Podemos fazer entdo uma estimativa do comprimento x, fornecido pela réqua A 4,7. Pela régua A temos certeza do algarismo 4, mas 0 algarismo 7 ¢ duvidoso; na tealidade, observando a figura vemos que x, pode estar entre 4,6 e 4,8, isto é, ha uma incerteza de 0,1 cm para mais ou para menos. Uma maneira de expressar isso ¢ dizer que a medida fornecida por A x,= 47 £0,1.Gn cart duvidoso ‘em que 0,1 cm ¢ 0 valor estimado da incerteza Caprtes tua dela, de areia © do. mesmo: moga. Faga uma estimativa dos a) volume da estatua (em litros); b) ordem de grandeza do nimero de areia usados na escultura, Sabendo que o volume do tiquido A #0 de B, a densidade da mistura, em g/cm, a) 240) 220) 2.00 +b) 2.30 4) 2,10 59. Sabe-se que a massa especifica do 2.7 g/cm’. Uma bola feita de aluminio ‘metro 20 cm ¢ massa 10 kg. Essa bola ¢ ‘maciga? Suponhamos que alguém quisesse arriscar mais uma casa decimal na medida, colo cand, por exemplo: ,73 cm E facil perceber que isso ndo é razodvel, pois 0 algarismo 7 j4 é duvidoso e, assim, « algarismo 3 € mais duvidoso ainda; os fisicos diriam que o algarismo 3 no é signifi- «cativo, pois, CoM @ instrumento usado, nao temos a menor condicdo de estimar o al- gavismo que vem apds 0 7, Nessa medida ha dois algarismos significativos: 0 algarismo certo, 4, €0 primeiro duvidoso, 7 Observemos agora a medida x,,feita pela régua B. Ai vemos que o comprimento x é pouco maior que 4,7, e um pouco menor que 4,8. Podemos entéo avaliar o compri- ‘0 %, como sendo 4,75 em, com uma incerteza que pode ser avaliada em metade im milimetro (ou 0,05 cm), e expressar a medida por: % = 4,75 + 0,05 cm ae certos. duvidoso 1e a Incerteza avaliada é de 0,05 cm. Nessa medida dizemos que ha trés algarismos «ativos: 05 algarismos certos 4 e 7 e o algarismo duvidoso 5. s exercicios em geral no mencionaremos a incerteza, > contarmos © ntimero de algarismos significativos de uma medida devernos ter tum cuidado especial com 0 algarismo zero: 0 zero ndo ¢ significativo quando serve 25 pata localizar a virgula decimal. Por exemplo, na medida: 0,00037099 no significativos significativos 0s quatro primeiros zeros no sao significativos. ‘Assim, tomando cuidado com o caso especial OU EE) do zero, temos: 05 cuidados com 0 uso do numero correto Ge algarismos significativos devem ser mani dos quando usamos a notacéo cientifica, As- sim, por exemplo, 1,2 + 10° nao tem o mesmo Significado fisico que 1,20 - 10° No primeiro caso temos dois algarismos Significativos, enquanto no segundo caso te- mos tr Arredondamento Mais adiante veremos que muitas vezes necessitamos diminuir a preciso da medi- {isto 6, considerar uma aproximagdo da medida de um ndimero menor de algarismos Snficatvos; tal processo chama-se arredondamento, Assim, temos, por exemplo: 4,73 = 4,7 004,73 = 5 6,28 = 6,3 06,28 = 6 Nao ha a reara de arredondamento. Adotaremos as sequintes Se © algarismo a ser eliminado for 4 ou menos, o arredondamento é para menos, * s-0 algarismo a ser eliminado for 5 ou mais, o arredondamento é para mais, Assim, por exemplo, tem 5,8, mas 5,87 = 5,9. subtraimos) medidas, 0 niimero de easas decimais do re- nam sas decimais encontrado entre os termos ‘om 1,53: sa forma ele fica com 0 mesmo ‘enor nlimeros de casas decimals Quan dimes) medidas, © ndmero de algarismos significa eae eaustade ¢ igual 20 menor nimero de algarismos signifieatives encontrados Assim, por exemple: 452 5.876 35,9 3 significativos ) 10km ©) 14km @) 17 km e) 20 km 25, (Enem-MEC) Em uma praca pablica, hé uma fonte } que é formada por dois citindros, um de raio re E altura hy e 0 outro de raio R e altura h,. 0 clin dro do meio enche e, apés transbordar, comeca 2 encher 0 outro. 81. (U. E. Londrina-PR) Dois liquidos misciveis tém, espectivamente, densidades d = 3,0 g/cm’ e d= 2,0 g/em’. Qual é a densidade, em g/cm’, de uma mistura homogénea dos dois liquidos composta, em volume, de 40% do primeiro e 60% do segundo? a) 15 b) 22 c) 24 d) 28 034 eat) © capimlefante é uma designario _£ 82. (PUC-SP) A densidade de determinada substinia a que tetine mais de 200 variedades de no estado liquido € 6,90 g/cm’. Ao solidificar-se, apim € se destaca sua densidade passa para 7,25 g/cm’. A porcen- tagem de contragéo de seu volume tem valor aproximado: @) 5.6% b) 4,8% €) 6.0% 83, (Enem-MEC) Pelas normas vigentes, o litro do lcool hidratado que abastece os veiculos deve ser constituido de 96% de alcool puro e 4% de gua (em volume). sidere uma regiéo ® plantada com capim- ite que mantém produtividade constante © passar do tempo. Para se obter a mesma As densidades desses componentes sio dadas na tabela. Substancia Densidade (9/1) i 7 Rees i a Be aot MR ea et consti: Pas es acer eee en lcool hidratado fora das normas. Colhew uma amostra do produto em cada posto e mediu a densidade de cada uma obtendo: - 2 Densidade do a combustivel (g/L) 822 820 VST) Introdugao 4 Mecanica 2 parte da Fisica: a Mecanice. Conforme (IER Mavimento e repou: é0 movimento. é 0 estudo do mor Bi sseras oe onto de vista pratico: é utilizado por mé- 3 Trae por engenheiros das equipes de Formula 1 EB teietsra s; por um aluno para medir 0 tempo gasto € 0 que néo falta por 5 primeiros fisicos a introduzir a expe- Com ele nasceram as equagbes de alguns johannes Kepler (1571-1630) apresentou vetoriais 5 em torno do Sol. No entanto, foi n (1642-1727) 0 primeiro a apresentar iente os movimentos. Seu trabalho estava ue de Kepler e foi intitulado Principios Matema- em 1687. toniana foi imediato e duradouro, dada a consis- de duzentos anos ela reinou. Houve, é verdade, necessi- , feitos mais tarde por alguns fisicos; no entanto, ermaneceu inalterada até o inicio do século XX, quando surgiram rias — a Mecdnica Relativistica e a Mecdnica Quantica — para Yomenos que a Mecénica Newtoniana nao conseguia explicar. explicar alguns Com o surgimento dessas duas novas teorias, a Mecdnica Newtoniana passou a ser chamada Mecénica Classica, a qual abordaremos neste volume. A Meca- nica Quantica e a Relativistica sero abordadas no volume 3 desta colecao. ‘A Mecénica Classica estuda os movimentos de baixa velocidade e a Me- nica Relativistica s6 teré interesse para movimentos de altissima velocidade (v > 3000 km/s). A Mecanica Quantica somente sera necesséria para 0 estudo dos fendmenos atémicos e nucleares, Veremos em nosso curso que as leis da Mecénica Classica s8o dadas por equacbes que envolvem duas grandezas: velocidade e aceleracéo. Para estudar as leis da Mecanica, precisamos conhecer com profundidade esses dois concei- tos e por isso costumamos dividir a MecSnica em duas partes: a Cinematica e a Dinamica. Na Cinematica estudamos a trajetoria, a posicao do mével, a velocidade e a aceleracdo. Na Dinamica relacionamos essas grandezas com a massa, a for- ‘ca, a energia e a quantidade de movimento. © nosso estudo comecara com a Cinematica. KEE capt? Movimento e repouso Oconceito de movimento e de repouso ¢ relativo, Dizer que um deterrinado spbjeto esta em Movimento ou em repouso depende de onde ele estd sendo observado. se lotal € chamado referencial. Se alguém observa o objeto, esse alguém sera cha- mado observador. = Velamos um exemplo inicial: um caminhao passa numa om nz arregando uma enorme pedra na sua carroceria. Sentado q puma cadeira, sobre a carroceria, est4 um garoto (G) e na rua, oe ‘ encostado a um poste, esta um rapar (A) tose T Adotaremos dois referencias distintos: o poste e a cadeira, S 20km/h, ron unto 20 poste temos o observador B (rapaz) e, na cadeira, 0 ibbservado G (garoto), Estudemos o estado de movimento da ® pedra em relac3o a cada um dos referenciais, Para o observador R, 0 caminhao esté em movimento; logo, a pedra que ele carrega est em movimento * Para o observado G, a pedra est ern repouso. Assim, concluimos que a pedra pode estar em movimento ou em repouso, depen: endo do referencial escolhido para a observacao. Mais uma pergunta: o poste esta em movimento ou em repouso? A resposta depende B)soreferencial: para o observador R, o poste esta em repouso, mas para o observador G No caminhdo, o poste esta em movimento. Figura Um caso particular interessante Dois automdveis percorrem uma mesma estrada retilinea, com velocidades idénticas "eno mesmo sentido. Um passageiro do carro de tis, fixando seu olhar exclusivamente no carro da frente, Bem sequer olhar para a estrada, tem a sensacdo de que este esta em repouso a sua frente. Do mesmo modo, um passageiro sentado no banco de tras do carro da frente, fixan- ido seu olhar exclusivamente no carro de tras, tem a sensacdo de que este estd parado. Desse modo, podemos afirmar que 0 carro da frente esta HEM repouso em relacdo ao carro de tras e vice-versa (o de tras ‘std em repouso em relacdo ao carro da frente) S=o Dois avides de caca, em pleno voo, podem realizar opera- Figura 2. Dois automéveis estdo em movimento em re- de abastecimento. Basta que nao haja movimento relat lao estrada, porém um est em epouso em elacG0 20 outa, 3. Operago de abastecimento de avides de caga em pleno voo, Embora os aves estejam em movimento em rlacio & Tera, movimento relativo entre eles. Sistemas de referéncia Em alguns estudos 6 comum colocarmos um sistema de coordenadas carte- Nas para determinarmos com preciséo a posicao de um determinado ponto Eamesmo de um corpo de pequenas dimensbes. Esse sistema de eixos tam- bém nos ¢ titil NO estudo do movimento do ponto. Assim, escolhido o referen- Gal, fixamos nele os eixos cartesianos, ‘3 Em alguns casos a posicdo do ponto é determinada com apenas dois ex0s: abscissa e ordenada, x ey (fig. 4). Em outros casos somos obrigados a lancar mao de um sistema de tr&s eixos triortogonais (x,y, ) (fig, 5) dando-nos uma dela espacial da posicao do ponto. Quando um ponto estiver se movimentando sobre um dos eixos do sistema, Glzemos que o seu movimento unidimensional. Quando o movimento se der Sobre um plano cartesiano (x), dizemos que o movimento ¢ bidimensional.F- halmente, quando o movimento for espacial, isto 6, estiver ocupando © espa¢o do sistema (x, y, 2), dizemos que ele ¢ um movimento tridimensional Quando trabalhamos com um sistema de eixos cartesianos, definimos: um Ponto esté em repouso se, e somente se, as trés coordenadas (x,y, 2)se manti= Yerem invariaveis com o tempo. Se qualquer uma das trés sofrer uma variaga ‘com © tempo, por definicao, o ponto se movimentou. 6B trajetéria Imaginemos um corpo de dimensdes muito pequenas, Praticamente um ponto, em movimento em relacéo a um referencial R, previamente escolhido, Em cada instante, esse Ponto deverd ocupar uma posicéo no espaco, @ qual sera definida por um ponto geométrico. Passado um determi« nado interalo de tempo, o conjnto dos pontos geome ag tricos ocupados pelo corpo formaré uma linha denominada trajetéria, ‘Apenas para visualizarmos, varios imaginar uma peque- rna bola de borracha sendo langada da pessoa A para @ pes- soa 8 (fig. 6). A trajet6ria sera 0 conjunto dos sucessivos pontos ocupados pela bola no seu movimento, Na figura 6 ela esta representada pela linha pontithada. A definigao de trajet6ria, no entanto, para 0 caso de um corpo permaner do ao referencial R: dize se desloca sobre trilhos de constante. : retilinea eve desprezivel. (Qobservador B assistiu a uma superposicdo de dois mo- Himentos: 20 mesmo tempo em que a bola vai caindo, ela se desloca para a frente, acompanhando o movimento da fate. © resultado ¢ uma curva denominada pardbola, J) Observeros a figura 9, uma simulacdo de uma fotogratia I esttoboscdpica mostrando a bolinha em diversos instante, BP) Eiinteressante notar que, em todos os instantes (t,t, { 1), 2 bolinha se manteve na mesma vertical que passa pel : pponto M onde ela tocou o chao da carreta ‘ Translagao e rotagao Dizemos que um segmento de reta AB executa um movi- mento de translacdo em relacdo a um determinado referen ® Gal se durante o movimento ele se mantiver paralelo & sua #pe5iGH0 original. Na figura 10, iustramos um movimento de itanslacso executado por uma haste AB. Observemos que, fm todos os instantes em que esta sendo mostrada, ela se Mranteve paralela & sua posicéo inical instante t = 0) Essa definicao pode ser estendida para um corpo qual- {uer, Bastando tomar sobre esse corpo um segmento de reta everificar se este se mantém paralelo a sua posicdo orginal durante o movimento, AA Terra em sua Grbita em torno do Sol executa um mo- Himento de translacdo, pois seu ebxo se mantém sempre pa- Falelo & posicSo inicial (estamos desprezando os pequenos Movimentos de precesséo). Durante um trecho da viagem, numa rodovia retiinea, automével executa um movimento de translacao. {Quando o professor desliza o apagador de uma ponta & Hutra da louse, mantendo-o sempre paralelo a posicdo ini- ele executa um movimento de translacao (fig. 11). ‘O movimento de rotagao pode ser entendido faciimente ‘observarmos um CD girando num toca-CD (fig. 12). Num nado intervalo de tempo seus pontos executam si- Multaneamente © movimento de rotacéo em torno de um. Ponto central. Qualquer corpo podera executar um movi- to de rotacdo, desde que todos 0s seus pontos girem M torno de um ponto central (0s ponteitos de um relagio executam um movimento de 0 em torno do eixo central do mostrador. A hélice de Nentlador realiza um movimento de rotacéo em torno Seu eixo central. A Terra realiza um movimento de rota- #0 em torno de seu exo. Um jogador de futebol bate uma falta e a bola toma um feto", popularmente conhecido como “bola de rosca", ou {Sua trajetdria torna-se sinuosa, Isso significa que a bola u dois movimentos simuiténeos: translagao e rotacao. parabola M Figura 9, Flashes sucessivos da queda da bolinha vista pelo observador B em repouso na plataforma. Ele va parabola, elie Figura 10, Uma haste AB em movimento de tran perewe rar cerat: | Eeaac ti eee es Figura 11. Apagador executando um movimento de translagao sobre a lousa. Figura 12. Um toca-CD, A Terra executa pelo menos dois movimentos simultaneos: translacdo em torno do 4o em torno de seu préprio eixo. Uma bailarina dancando num paico pode ‘Simultaneamente dois movimentos: um de translagdo e outro de rotag3o em Inada B Ponto material de translacao, cujas din ound? analisamos um corpo em repouso ou em mewimente GS MEE Sy neTsOes Possam ser desprezadas, chamamos es COfpO de Benen TA a e dimens8es de um corpo podem ser desprezadas por trem sido comparads co 2 de outro corpo bem maior ou entao porgue na anise do fendmend eles 29 tem renhuma interferéncia. Observamos ainda que na definigao de ponte material © dU Sera desprezivel ¢ 0 tamanho do corpo e nao sua massa. Mais adiante vamos estucsr 25 leis da Mecanica e veremos que muitas delas serdo valida apenas Para o ponto mats= Tial, porém envolvendo a sua massa ___Velamos um exemplo simples: um carrinho de supermercado est caffegado 0 elancias cuja massa total é de 40 kg, Estando ele em repouso, 26 analisarmos 25 for ‘as externas que o mantém ern equilbio, podemos consideré+lo um ponte materia de massa 40 kg Em alguns casos usamos também o termo particula para © ponto material. Por ‘exemplo, estamos analisando um saco chelo de bolinhas de vidro e nos interessamos ‘apenas pela massa dessas bolinhas, sem nos importarmos com 0 volume. Poderiamos chamar as bolinhas de particula. A definicao de ponto material implica, portanto, que © corpo em estudo nao estela m movimento de rotacéo, nem de osclagéo, néo Soffa deformacbes e, ainda, que as suas dimensbes ndo interfiram nos resultados do experimento realizado. Um carro realizando uma viagem poder ser considerado um ponto material, pois suas dimensoes sero despreziveis em relagao ao comprimento da estrada. Por outro lado, séo irrelevantes as dimensoes do carro quando estudamos a sua velocidade e 0 tempo de viagem, ‘Ao estudarmos © movimento de translacao da Terra em sua érbita em torno do Sol, consideramos que ela seja uma simples particula, Quando o corpo em estudo ndo puder ter desprezadas as suas dimens6es, ou mesmo estiverreaizando um movimento de rotacao, ele ser chamado corpo extenso. Um automével, quando & manobrado no interior de uma ‘garagem, deve ser considerado corpo extenso, pois ndo pode ramos desprezar suas dimenses para entrar numa vaga entre dois carros. Um pego girando seré também um corpo extenso, pois possui movimento de rotacao. 0 CD da figura 12 deve ser je seis Considerado corpo extenso, pos tem rota, Quando etud2- Fgura 13, Movimento de vasa da Tera mos o movimento de rotacdo da Terra em toro de seu exo, tla no pode ser chamada de ponto material, mas sim de corpo extenso. GB Grandezas escalares e vetoriais “No estudo da Fisica faremos uso de varias quantidades de grandezas. Na introdugo de Mecanica (capitulo 1), voc® 6 foi apresentado a algumas delas: massa, comprimen- to, tempo, 4te2, etc. é em uma das grandezasfsicas pode ser classifcada em uma das duas modalia- des: escalar ou vetorial. % ‘Uma grandeza fisica -que fica perfeitamente definida por ur nd- ‘mero, positive ov negativa, . apropriada, aa capo? Gh oae Tor & feira e pedir que Ihe vendam 2 kg de fej, certamente serd con Pols a massa é uma grandeza escalar e basta citar 0 valor e a unidade para ido dizemos informalmente: esta fazendo muito fro e a temperatura deve estar ita de -2 °C, expressamos corretamente essa grandeza, pois ela ¢ escalar. @ exemplos de grandezas escalares: 0 comprimento, a rea, o volume, massa, 0 mp0, a densidade, a temperatura, etc randeza fisica vetorial, para ficar completamente definida, ne- além do valor numérico e unidade, de uma informacdo geométr- Tos dé a orientacao espacial da grandeza MOS, Por exemplo, o caso ilustrado na figura 14, em que 2 ba particula tenha partido do ponto A e percorrido a distancia de 5 cm. figura 14, Deslocamento de um ponto Kessaria a informacao complementar: para onde ela se deslocou. ISSO Apara B Set feito por um segmento orientado AB, como esté na figura valor da grandeza é denominado médulo ou intensidade e se tra- anto, de um nimero seguido de uma unidade fisica, No exemplo guta 14, 0 médulo do deslocamento vale 5 cm. i 0 e sentido sao conceitos distintos. Dizemos que duas retaspa~ = —_____ elas tem a mesma diregdo. Na figura 15 os segmentos AB e CD, ber as retas re s tem a mesma direcdo, pois sa0 todos paralelos entre si. ido € @ orientacdo imposta ao segmento ou a reta. Na figura 16 fam acrescentadas orientacdes as retas e aos segmentos. As duas retas aS F € 5 tem O mesmo sentido. Os segmentos AB e CD da figura sentidos opostos. ara indicar a direcdo e 0 sentido de uma grandeza vetorial usamos ta denominada vetor. Mais adiante, no capitulo 8, estudaremos = ‘ Mente as operacdes que envolvem vetores, Em resumo, as gran- etoriais apresentam sempre trés caracteristicas: médulo, diregao Sem A 8 c Figura 15. Retas © segmentos de mesma direcio. A — “8 c D eracéo, a forca, etc. No decorrer do nosso curso, toraremos conheci Figura 16, Retas e segmentos orien- ‘de outras grandezas vetoriais. Antes, vejamos dois exemplos. tados. ¢aé uma grandeza vetorial. Para caracterizar uma fora damos 0 lulo, a sua direcdo e 0 seu sentido. Na figura 17, representamos arrinho sendo empurrado da esquerda para a dirita, num plano ho- al, por uma forca de intensidade de 5,0 N. Para representar a forga ‘um vetor, representado na figura por uma seta. slocidade 6 uma grandeza vetorial, pois a simples indicacao de diulo nao é suficiente para caracterizar 0 movimento. Precisamos direcao e o sentido. Observernos a figura 18, em que, com uma (vetor velocidade), estamos indicando a direcdo e o sentido to de cada carro, Os valores 60 kri/h e 40 krrvh s80 0s modu

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