You are on page 1of 6

Geografia

Lucas

MercoSul
___

Rúbia Emanuely Costa

Yasmin Kelly Ribeiro Cruz

Matheus Henrique Ribeiro Rodrigues

Introdução
O que é o MercoSul ?
2

O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) é um processo de integração regional conformado


inicialmente pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai ao qual recentemente incorporaram-se a
Venezuela* e a Bolívia, esta última em processo de adesão.

Os idiomas oficiais do Mercosul são o espanhol e o português. A versão oficial dos documentos
de trabalho será a do idioma do país sede de cada reunião. Desde 2006, através da Decisão CMC
N° 35/06, foi incorporado o Guarani como um dos idiomas do bloco.

O MERCOSUL é um processo aberto e dinâmico. Desde sua criação teve –

Como objetivo principal propiciar um espaço comum que gerasse oportunidades comerciais e de
investimentos mediante a integração competitiva das economias nacionais ao mercado
internacional.

Como resultado, concluiu múltiplos acordos com países ou grupos de países, outorgando-lhes,
em alguns casos, status de Estados Associados –é a situação dos países sul-americanos–. Eles
participam de atividades e reuniões do bloco e contam com preferências comerciais com os
Estados Partes. O Mercosul também tem assinado acordos de tipo comercial, político ou de
cooperação com um diverso número de nações e organismos nos cinco continentes.

Desde seus inícios o MERCOSUL promove como alicerces da integração os princípios de


Democracia e de Desenvolvimento Econômico, impulsionando uma integração com o rosto
humano. Em linha com esses princípios, acrescentaram-se diferentes acordos em matéria
migratória, trabalhista, cultural, social, entre tantos outros a salientar, os quais resultam de
suma importância para seus habitantes.

Esses acordos significaram a incorporação das dimensões Cidadã, Social e de Integração


Produtiva, entre outras, para as quais, por um lado, foi necessário adaptar e ampliar a
institucionalidade do bloco em toda a região, atendendo a demandas e aprofundando a
participação efetiva da cidadania por diferentes vias; e por outro, teve de dotar-se de
mecanismos de financiamento solidários próprios, tais como o Fundo para a Convergência
Estrutural do MERCOSUL (FOCEM), entre outros fundos.

FOCEM, mediante uma contribuição anual de mais de 100 milhões de dólares, financia projetos
que buscam promover a competitividade, a coesão social e a redução de assimetrias entre os
integrantes do processo.

As potencialidades do MERCOSUL nas mais diversas áreas são imensas visto que em seu
território de quase 15 milhões de km2 conta com grande variedade de riquezas e tesouros
3

naturais que possui a humanidade: água, biodiversidade, recursos energéticos e terras férteis.
Todavia, sua maior riqueza reside em sua gente, pois graças a uma população de mais de 295
milhões de pessoas, possui um patrimônio invalorável de diversidade cultural, étnica,
linguística e religiosa que convive harmoniosamente, tornando o MERCOSUL em uma região de
paz e desenvolvimento.

Objetivos do Mercosul

O Mercosul tem como objetivo promover a integração dos países da América do Sul,
especialmente os do Cone Sul, nos âmbitos econômico, político e social. Igualmente, deseja
preservar a democracia dos países do continente sul-americano.

O principal requisito para entrar no Mercosul é possuir um governo democrático. Países que não
cumprirem esta regra são suspensos de forma temporária ou permanente do bloco, como já
aconteceu com o Paraguai (2012) e a Venezuela (2017).

O Mercosul também promove a integração dos povos sul-americanos através de mostras e


bienais de arte.

O dia do Mercosul é celebrado anualmente dia 26 de março e cada ano existe um tema em torno
do mercado comum.

Países do Mercosul

Atualmente, o Mercosul é composto por Estados Partes, que possuem voz e voto; e Estados
Associados, que apenas participam das discussões, mas não tem poder de decisão.

Os Estados Partes são cinco:

Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela

Os Estados Associados são:

Chile (desde 1996), Peru (desde 2003), Colômbia, Equador (desde 2004), Guiana e Suriname
(desde 2013).
4

O Paraguai, membro desde a criação do Mercosul, foi suspenso de forma temporária do bloco
em função da deposição do ex-presidente Fernando Lugo em junho de 2012. Cabe dizer que o
Paraguai só foi suspenso dos acordos políticos, pois os econômicos continuaram em vigor. No
entanto, em 2013 foi reincorporado à instituição.

A Venezuela, que aderiu ao bloco em 2012, foi suspensa em 2017. Isso porque o país não estava
cumprindo os objetivos traçados, sobretudo, relacionados com a democracia e os direitos
humanos.

A Bolívia deu mais um passo para sua incorporação efetiva ao bloco em 2015, quando assinou
um Protocolo de Adesão ao Mercosul.

0rganização do Mercosul

Partindo do "Protocolo de Ouro Preto", assinado em 17 de dezembro de 1994, o Mercosul tem


uma estrutura institucional composta por:

Conselho do Mercado Comum (CMC): o instrumento encarregado da direção política no


processo de integração. A presidência deste Conselho é exercida de maneira rotativa, a cada seis
meses, por cada um dos Estados Partes.

Grupo Mercado Comum (GMC): trata-se de um grupo com poder de decisão para fixar
programas de trabalho e negociação de acordos com terceiros em nome do Mercosul.

Comissão de Comércio do Mercosul (CCM): auxilia o GMC a elaborar a política comercial do


bloco.

Comissão Parlamentar Conjunta (CPC): possui caráter consultivo, deliberativo e de formulação


de Declarações, Disposições e Recomendações. Possui até 64 parlamentares.

Foro Consultivo Econômico Social (FCES): órgão de consulta que figura entre os setores da
economia e da sociedade, manifestando-se por indicações ao GMC.

Secretaria do Mercosul (SM): de estatuto permanente sediada em Montevidéu, Uruguai.

Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (FOCEM): destinado a financiar programas


de promoção da convergência estrutural.
5

Protocolo de Olivos: para a Solução de Controvérsias entre os Estados Partes. A partir da


admissão desse protocolo, foi estabelecido o Tribunal Permanente de Revisão com o intuito de
garantir a correta interpretação, aplicação e cumprimento do conjunto normativo do Bloco.

Instituto Social do Mercosul: com o desígnio de subsidiar a formulação de políticas sociais em


nível regional.

A estrutura do Mercosul também possui órgãos específicos para resolução de controvérsias,


tais como os Tribunais Ad hoc e o Tribunal Permanente de Revisão.

Funcionamento do Mercosul

O MERCOSUL é um processo de integração de carácter intergovernamental, onde cada Estado


Parte tem um voto, e as decisões devem ser tomadas por consenso e com a presença de todos os
Estados Parte.

Toma suas decisões mediante três órgãos: o Conselho do Mercado Comum (CMC), órgão
superior do MERCOSUL, que conduz politicamente o processo de integração, o Grupo Mercado
Comum (GMC), que vela pelo funcionamento cotidiano do bloco, e a Comissão de Comércio
(CCM), incumbida da administração dos instrumentos comuns de política comercial. Assistindo
os mencionados órgãos existem mais 300 foros de negociação nas mais diversas áreas, os quais
se integram por representantes de cada país membro e promovem iniciativas para ser
consideradas pelos órgãos decisórios.

Uma vez negociadas e aprovadas pelos órgãos decisórios do bloco, as normas são obrigatórias e,
quando for necessário, as mesmas deverão ser incorporadas nos ordenamentos jurídicos
nacionais mediante os procedimentos previstos pela legislação de cada país.

Para efeitos de garantir a vigência simultânea das normas MERCOSUL nos Estados Parte foi
estabelecido um procedimento para a incorporação da normativa MERCOSUL no ordenamento
jurídico dos Estados Parte com fundamento no Art. 40 do Protocolo de Ouro Preto.

Com o correr do tempo e para efeitos da implementação de suas políticas regionais, o


MERCOSUL criou em distintas cidades diversos organismos de caráter permanente entre os
quais, o Fundo para a Convergência Estrutural do MERCOSUL (FOCEM), o Instituto de Políticas
Públicas em Direitos Humanos (IPPDH), o Instituto Social do MERCOSUL (ISM), o Parlamento
6

do MERCOSUL (PARLASUL), a Secretaria do MERCOSUL (SM) e o Tribunal Permanente de


Revisão (TPR).

Créditos
https://www.mercosur.int/pt-br/

You might also like