You are on page 1of 6
Segunda-feira, 30 de Outubro de 2023 Il < J DIARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Prego deste ntimero - Kz: 2.635,00 rie - N.2 206 Presidente da Republica Decreto Presidencial n.2 209/23... 709 ‘Aprova as alteragées ao Contrato de Partilha de Procugao do Bloco Norte da Zona Terrestre de Cabinda, celebrado entre a Concessionaria Nacional e 0 Grupo Empreiteiro co Bloco Norte da Zona Tettestre de Cabinda Decreto Presidencial n.2 210/23. 5710 Aprova 0 Protocolo de Reconhecimento de Certificados, Diplomas, Titulos ¢ Graus Académicos do Ensino Superior entre a Repiblica de Angola e a Reptiblica de Cuba Decreto Presidencial n.2 211/23 .. 715 Aprovao Roteiro para a Implementacio da Nova Arquitectura Remuneratéria da Administracao Publica Decreto Presidencial n.° 212/23... 5734 Aprova o Regulamento sobre a Formaco Especializada em Enfermagem no Sistema Nacional de Sade. — Revoga toda a lesislac3o que contrarie o disposto no presente Diploma Decreto Presidencial n.2 213/23... 5758 Estabelece o Regime Juridica de Incentivo & Producio Nacional. — Revogao Decreto Presidencial 1.2 23/19, de 14 de Janeiro, que aprova o Regulamento da Cadeia Comercial de Oferta de Bens a Cesta Basica ¢ Outros Bens Prioritérios de Origem Nacional. Decreto Presidencial n.? 214/23 .. 5762 Estabelece as Regras sobre a Proteccio Social na Velhice no Ambito do Sistema de ProteccSe Social Obrigatdria das Forcas Armadas Angolanas. — Revoga todas as disposigties que contra- riem 0 disposto no presente Diploma, nomeadamente o Decreto n.° 11-/96, de 12 de Abril, cue estabelece as normas regulamentares © demais orientagées para a aplicac3o correcta e uniforme co Decreto-Lei n.® 16/94, de 10 de Agosto. Decreto Presidencial n.° 215/23 .. 767 Exonera Gilson dos Santos Antunes Carmelino do cargo de Vice-Governador da Provincia de Luanda para o Sector Econémico ¢ Anica Josina Pascoal de Sousa do cargo de Vice-Governacora a Provincia do Namibe para o Sector Politico, Social e Econémico. DIARIO DAREPUBLICA DE @0 DE OUTUBRO DE 2028 SERIE, N.# 206 15758 PRESIDENTE DA REPUBLICA Decreto Presidencial n.2 213/23 de 30 de Outubro Considerando a necessidade de se promover e aumentar significativamente a producao nacional de forma a reduzir as importagdes e diversificar as exportagdes @ assim assegurar a sustentabilidade da economia nacional; Havendo a necessidade de estimular a produgaio e consumo de bens ¢ servigos de origem nacional, possibilitando, assim, a redugao da dependéncia excessiva de produtos importados; Atendendo o disposto na alinea e) do n.2 3 do artigo 29.2 da Lei n.£ 1/07, de 14 de Maio — das Actividades Comerciais, com a redacgéio que Ihe foi dada pela Lei n.° 26/21, de 18 de Outubro; 0 Presidente da Repiiblica decreta, nos termos da alinea m) do artigo 120.2 e don.2 4 do artigo 125.2, ambos da Constituigaio da Republica de Angola, o seguinte: CAPITULO | Disposicdes Gerais ARTIGO 12 (Objecto) O presente Diploma estabelece o Regime Juridico de Incentivo & Produgao Nacional. ARTIGO 22 {Ambito) 1. 0 presente Diploma é aplicavel: a) Aos produtores nacionais de bens de amplo consumo e de produtos com o selo «Feito em Angola»; b) Aos grossistas e retalhistas que exercem actividade de agregagao da produgao nacional; ¢) Outros agentes econdmicos em acgdes que promovem a produgo nacional; 4d) Aos importadores de bens de amplo consumo; e) As Entidades Publicas, nomeadamente os Orgaos da Administracao Central Directa e Indirecta do Estado. 2. Os bens de amplo consumo sio definidos por acto do Ministro da Indiistria e Comércio. ARTIGO 3.2 {Incentivos do Estado) 1. Ainstalacdo em Angola de unidades industriais de processamento e beneficiamento para a produgo dos bens de amplo consumo goza do apoio institucional do Estado, com base nas acgdes de suporte ao investimento privado do Programa de Apolo & Produgdo, Diversificagao das Exportagdes e Substituicao das Importagdes. DIARIO DAREPOBLICA 0€:30 DE OUTUBRO DE 2022 I SERIE, N2 206 | 5758 2. Os retalhistas e os grossistas que exercem actividade de agregacdo da produca nacional, sobretudo das empresas agricolas familiares e das micro e pequenas indlistrias, gozam de incen- tivos do Estado, materializados nas iniciativas de facilitagao e fomento do acesso ao crédito. 3. As aliangas entre produtores nacionais, transportadores, industriais e comerciantes con- cretizadas com a formacio de conséreios de varias ordens, cooperativas, ou outras formas de cooperagdo no desenvolvimento da actividade produtiva, gozam de incentivos do Estado, materializados nas iniciativas de facilitagao e fomento do acesso ao crédito. CAPITULO I! Procedimentos de Apoio 4 Produgao Nacional ARTIGO 4.2 (Importagées) 1. 0 processo de importagao deve ser antecedido de consultas ao mercado nacional sobre a existéncia dos bens a importar. 2. A autorizagdo de importacao fica condicionada & demonstragao da celebragao prévia de contratos de compra da produce nacional, da existéncia de iniciativas que visem o investi- mento directo ou indirecto, ou outras formas de fomento da produgao nacional, bem como a efectiva liquidagio de compras feitas aos produtores nacionais, ou a existéncia da garantia da sua futura liquidagdo, 3.0 Departamento Ministerial responsavel pela Fiscalizacao da Actividade Econémica, sobre © dominio dos produtos a importar, emite parecer vinculativo sobre a autorizagao de importa- ¢80 apés verificar o cumprimento do disposto nos numeros anteriores. ARTIGO 52 (Dever de prestacao de informacao) 1. Anualmente, até ao dia 15 de Agosto, deve ser submetida ao Ministério da Industria e Comércio, para efeitos de publicacio, a informacao referente aos préximos 12 meses, sobre os seguintes dados: a) As necessidades de aquisigdo de insumos, pelos produtores nacionais; ¢ b) As intengdes de compra de bens de amplo consumo pelos importadores. 2. A publicacdo referida no numero anterior deve ocorrer até ao dia 15 de Setembro, e con- tera necessidade previsional global, para o periodo dos 12 (doze) meses seguintes, distribuldo por trimestre. 3. Compete ao Departamento Ministerial responsdvel pela Industria e Comércio criar 0 repositério para a publicagdo das informagées sobre a necessidade de contratagao de compra de insumos e bens de amplo consumo de producéo nacional. ARTIGO 62 (Recolha e publicacdo de informagao sobre a producao nacional} 1. Os produtores nacionais devem submeter no portal do Ministério da Industria e Comércio, com a periodicidade e formato a ser definido por acto do Ministro, a informagao sobre precos, quantidade e qualidade da sua produgao. DIARIO DAREPUBLICA DE @0 DE OUTUBRO DE 2028 SERIE, N.# 206 | 5760 2. 0 portal de acompanhamento de precos e quantidades da produgio nacional consiste numa plataforma digital repositéria de uma base de dados das informacdes obtidas directa- mente dos produtores nacionais, das associagdes de produtores e/ou de distribuidores que os representem. 3. Os dads registados no portal so divulgadas nos termos do artigo anterior. ARTIGO 7.2 {Regime de licenciamento nao automatico) Ficam sujeitos ao Regime de Licenciamento Nao Automatico as operagdes de importacao e exportagéio dos bens de amplo consume de produgao nacional. ARTIGO 8° (Compras das entidades puiblicas) 1. As entidades pUblicas contratantes e seus forecedores contratados devem, preferencial- mente, comprar bens produzides em Angola, sendo apenas adquirides a importadores, apés esgotadas todas as possibilidades da sua aquisic&o a produtores nacionais. 2. A efectivagiio do disposto no numero anterior passa pela verificagdo das pecas do pro- cedimento, aquando da comunicagio da deciséo de contratar ao Orgio responsavel pela Regulacio e Supervisio da Contratagiio Publica. 3. Trimestralmente, as entidades publicas contratantes deve remeter, ao érgao referido no n.2 2 do presente artigo, um relatério sobre as aquisic¢ées dos bens produzidos em Angola. 4. A nao observancia do disposto no n.° 1 do presente artigo implica a responsabilidade disciplinar, administrativa e financeira do érgao maximo da entidade publica contratante. ARTIGO 9.2 {Monitorizago e avaliagao) 1.0 Ministério da Industria e Comércio reporta mensalmente as informagdes referente aos procedimentos de importagao e 4 execug’io das medidas para a substituigdio das importages & Comiss8o Multissectorial de Implementagao do PRODESI. 2. A Comissao Multissectorial de Implementagao do PRODESI apresenta trimestralmente a Comissdo Econémica do Conselho de Ministros um relatério sobre as informagdes previstas no nimero anterior. CAPITULO III Disposigées Finais e Transitérias ARTIGO 10.2 (Actualizagao) 0 Titular do Departamento Ministerial responsavel pela Industria e Comercio procede, anualmente, a actualizagao dos bens de amplo consumo de produgo nacional, sempre que ponderosas razdes de interesse puiblico o justificarem. DIARIO DAREPOBLICA 0€:30 DE OUTUBRO DE 2022 ISéRIE, N2206 | 5761 ARTIGO 11.2 (Publicacao previsional) Para 0 Exercicio Econémico de 2024, os produtores e importadores devem prestar informa- ges constantes do n.2 1 do artigo 5.2 ao Departamento Ministerial responsével pela Industria © Comércio, no prazo de 30 dias, contados desde a entrada em vigor do presente Diploma, para efeitos de publicacao. ARTIGO 12.2 (Revogacao) E revogado 0 Decreto Presidencial n.° 23/19, de 14 de Janeiro, que aprova o Regulamento da Cadeia Comercial de Oferta de Bens da Cesta Bésica e Outros Bens Prioritarios de Origem Nacional. ARTIGO 13.2 (Diividas e omissées) As dividas e omissées resultantes da interpretagao € aplicacaio do presente Diploma sao resolvidas pelo Presidente da Republica. ARTIGO 14.2 {Entrada em vigor) 0 presente Decreto Presidencial entra em vigor 90 dias apés a sua publicacio. Apreciado pela Comissao Econémica do Conselho de Ministros, em Luanda, aos 26 de Setembro de 2023. Publique-se. Luanda, aos 23 de Outubro de 2023. 0 Presidente da Repiiblica, JOAO MANUEL GONGALVES LOURENGO. (23-8161-E-PR) DIARIO DAREPUBLICA DE @0 DE OUTUBRO DE 2028 | SERIE, N.# 206 | 5762 PRESIDENTE DA REPUBLICA Decreto Presidencial n.2 214/23 de 30 de Outubro A Protecgio Social na Velhice é uma das componentes essenciais do Sistema de Protecclo Social Obrigatéria das Forcas Armadas Angolanas, que visa assegurar a estabilidade material e moral dos militares a partir do momento que deixam de ter capacidade de prestar a sua con- tribuiggo as Forgas Armadas Angolanas; Havendo a necessidade de se ajustar as normas regulamentares sobre a Protec¢o Social Obrigatéria na velhice das Forcas Armadias Angolanas ao novo contexto constitucional e legis lativo, com vista a permitir a sua correcta aplicacdo para a garantia de uma protecciio social mais eficaz € que corresponda as legitimas expectativas dos militares abrangidos pelo seu Ambito de aplicacio; 0 Presidente da Repiblica decreta, nos termos da alinea m) do artigo 120.9 e do n° 4 do artigo 125.2, ambos da Constituig’o da Reptblica de Angola, o seguinte: REGULAMENTO SOBRE A PROTECCAO SOCIAL OBRIGATORIA DAS FORCAS ARMADAS ANGOLANAS NA VELHICE ARTIGO 12 (Objecto) O presente Diploma estabelece as Regras sobre a Protec¢do Social na Velhice no ambito do Sistema de Proteccdo Social Obrigatéria das Forgas Armadas Angolanas. ARTIGO 22 (Ambito de aplicagaa) AProtecedo Social na Velhice regulada pelo presente Diploma aplica-se ao militar do Quadro Permanente (QP), e concretiza-se através da atribuigao do direito & pensao de reforma, ARTIGO 3.2 (Excluséo) Esto excluidos do Ambito de aplicagao do presente Diploma os militares do Servico Militar por Contrato e do Servi¢o Militar Obrigatério. ARTIGO 42 {Direito a pensdo de reforma) E beneficidrio do direito & pens&o de reforma por velhice o militar do Quadro Permanente que preencha as condigdes e os requisitos previstos no presente Diploma. ARTIGO 5. (Condigées para a aquisigao do direito & pensao de reforma) 1. Tem direito a pensdo de reforma: a) O Oficial General que atinja 65 {sessenta e cineo) anos de idade ou complete 40 (qua- renta) anos de servico militar;

You might also like