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V M Samael Aun Weor - O Templo de Hércules
V M Samael Aun Weor - O Templo de Hércules
Resplandecente companheiro daquele maravilhoso templo de Jagrenat, do qual tanta coisa nos fala A. Snider em sua
extraordinária obra intitulada La Creation et ses mystéres, era o glorioso Santuário de Hércules, o Cristo, na submersa
Atlântida.
Inolvidáveis momentos de bela poesia são aqueles em que o rei Evandro explica, com eloqüência, a Enéas, todo o
encanto do sacro banquete oferecido em honra de Hércules.
Se o Deus Vulcano, o Terceiro Logos, merece de verdade tanto elogio, que diremos do Senhor, o Cristo, o Segundo
Logos, Hércules?
O coro dos adolescentes cantou deliciosamente no sagrado banquete, entoando elogios ao Senhor, enquanto
enumerava com singular beleza os seus altos feitos e os seus trabalhos. Hércules estrangulando as serpentes
venenosas que vinham para lhe tirar a vida, quando ainda era muito criança. (Lembremo-nos de Herodes e a
decapitação dos inocentes). Hércules decapitando a Hidra de Lerna, aquela serpente tentadora do Éden, a horrível
víbora do templo sinistro da Deusa Kali.
Hércules limpando os estábulos de Áugias com o fogo sagrado, as 49 regiões subconscientes da mente humana onde
moram todas as bestas do desejo.
Hércules matando valentemente o furioso leão de Neméia, o que significa, eliminar ou extinguir o fogo luciférico.
Hércules levando Cérbero, o cão infernal, das trevas para a luz. Cérbero representa o instinto sexual. Tudo isso é
certamente admirável e digno de todo louvor e glória. E pensar que Hércules… Ó Deus! Repete suas façanhas cada
vez que vem ao mundo. Isso é terrível… grandioso… Primeiro trabalhamos na Forja Incandescente de Vulcano, o
sexo, para depois encarnar a Hércules em nós mesmos.
Infeliz do Sansão da Cabala que se deixa dormir por Dalila; aquele que troca seu cetro de poder pelo osso
de Ônfale, bem cedo sentirá a vingança de Dejanira e não lhe restará outro remédio que a fogueira do monte Etna para
escapar dos devoradores tormentos da túnica de Nesso. Do alto da rocha Tarpéia, são precipitados ao abismo todos
aqueles que atraiçoam a Hércules. Nos tempos da submersa Atlântida, o templo de Hércules levantava-se sobre uma
montanha rochosa. A extraordinária escalinata de mármore que dava acesso ao templo, com sua ciclópica e imponente
massa, fazia dele um precioso irmão gêmeo do egípcio Philae e de muitos outros venerandos santuários mayas,
aztecas e nahoas.
Pensem por alguns momentos na cidade dos Deuses (Teotihuacan) no México, nos secretos caminhos e criptas desse
sagrado lugar, ignorados pelos turistas, e não se esqueçam jamais das colossais construções feitas sob o templo de
Hércules.
De fato, sob a fachada posterior do Templo, se abria um régio pórtico com doze estátuas representando os Deuses
Zodiacais e que simbolizavam, claramente, as doze faculdades do homem e do Doze Salvadores, dos quais falou tão
sabiamente o grande Kabir Jesus.
Dizem as velhas tradições que tal pórtico era semelhante à célebre Casa do Anão, também chamada Casa do Mago
ou Casa de Deus, do grande Teocali, no México.
Os Iniciados entravam reverentes e temerosos sob aquele terrível pórtico e passavam sob as colunas de Hércules.
Essas colunas eram de ouro puro e nelas estavam gravadas com caracteres sagrados as palavras Adam Kadmon. Os
M.M. conhecem muito bem o J e o B, plus ultra. Sete áureos degraus conduziam o Iniciado até um grande recinto
retangular. Aquele misterioso lugar estava todo revestido de ouro puro e se correspondia, exatamente, com a nave
superior, sempre aberta para as preces do mundo profano.
Essa era a Câmara do Sol. Existiam mais outras quatro Câmaras e em todas elas resplandeciam os mistérios.
A segunda cripta era inefável e a ela se chegava descendo por cinco lances de estanho prateado, o sagrado metal de
Brihaspati, Júpiter ou Io.
Na terceira Câmara, resplandeciam os planetas Marte e Vênus. A coloração vermelha de um e a brancura de espuma
do outro davam ao local aquele tom rosáceo e formoso. Dos sete palácios solares, o de Vênus-Lúcifer é o terceiro,
tanto na cabala cristã como na judaica, que fazem dele a mansão de Samael.
Os titãs da alegoria ocidental estão intimamente relacionados com Vênus-Lúcifer. Shucra, o regente do planeta Vênus,
encarnou na terra como Ushanas, Uriel em hebraico. E ele deu leis perfeitas aos habitantes deste mundo que,
infelizmente, em séculos posteriores foram violadas.
Eu conheci Ushanas ou Uriel no continente polar quando ainda a primeira raça povoava a superfície deste planeta. Ele
escreveu um valioso livro com caracteres rúnicos.
Lúcifer é o aspecto negativo, fatal, de Vênus. Na aurora, Vênus resplandece e as forças luciféricas se agitam.
Vênus é realmente o Irmão Maior, o Mensageiro da Luz da Terra, tanto no sentido físico como no sentido místico.
Saturno e a Lua brilhavam, frente a frente, sobre o altar, na quarta câmara iniciática do templo de Hércules.
Lembrem-se que desde a época atlante se desenharam claramente os dois sendeiros: o da direita e o da esquerda,
cuja luta de mais de 800 mil anos é cantada simbolicamente no poema oriental do Mahabbarata, o poema da Grande
Batalha.
Descendo um pouco mais, os Iniciados atlantes penetravam na quinta cripta que era a de Hermes, Mercúrio, o qual
luzia esplendoroso sobre a ara.
Mercúrio, como planeta astrológico, é o Núncio do Sol, solaris luminis particeps. Mercúrio é o chefe e o evocador das
almas, o arquimago e o hierofante.
Mercúrio toma em suas mãos o caduceu ou martelo de duas serpentes para chamar de novo à vida as infelizes almas
precipitadas no Orco ou Limbo, tum virgam capit, hac animas ille evocat orco, com o propósito de fazê-las ingressar na
milícia celeste.
Lembrem-se que no Limbo vivem muitos santos, sábios varões e doces donzelas que acreditaram poder se Auto-
Realizar sem a magia sexual. Pobres almas!… Não fabricaram seus corpos solares, o traje de bodas da alma, porque
não trabalharam na Forja Incandescente de Vulcano. Bem-aventurados daqueles que compreenderam de forma
íntegra a sabedoria das cinco criptas do templo de Hércules.
• Runa Kaum
• A Região do Purgatório
• O Templo de Hércules
Textos de: V.M Samael Aun Weor
Novamente encontramos que a crença em uma região paraíso na qual brota uma série de
dons imortais, principalmente o poder da imortalidade ou a luz do conhecimento, é
comum a quase todos os mitos do paraíso, e se em uma determinada tradição seus dons
procedem do dourado fruto de uma árvore maravilhosa, em outra se converte em um
cálice, o Grial sagrado, ou em algum manancial de águas puríssimas que proporcionarão
ao iniciado o regresso e a recuperação de uma série de valores perdidos. Praticamente a
formulação é a mesma, o grande segredo somente é acessível através de uma longa série
de provas ou iniciações em determinados mistérios.
A antiga Hélade conserva uma das mitologias mais completas e diversas que são
conhecidas, desde a existência própria do monte Olimpo, morada dos deuses,
perfeitamente localizado na geografia, até os conflitos que enfrentam seres
sobrenaturais e homens, todo o rico panorama da mitologia grega, resulta muito
próximo às próprias paixões da espécie humana.
Alguns estudiosos sugeriram que determinadas partes dos mitos helênicos transmitem
informações iniciáticas para os que possuem a chave de seu deciframento; e em nosso
caso, os denominados "Trabalhos de Herakles ", servem como pano de fundo a um
conhecimento de ordem superior, situado unicamente ao alcance de contados indivíduos
ou adeptos de ordens esotéricas.
E o próprio pai dos deuses, Zeus, quem o engendra com o propósito de encontrar um
protetor tanto para os seres humanos quanto para Os imortais.
A Herackles surge um competidor, Euriste°, falo que será forçado a efetuar os famosos
"doze trabalhos" ou provas de iniciação. Em uni deles, o herói se encaminha para o
jardim das Hespérides, que eram filhas de Atlante de Hesperis, e guardavam a árvore
das maçãs de ouro do fabuloso jardim localizado na extremidade ocidental do mundo,
mais além do rio Oceano.
Conto antes fizera Gilgamés, Herakles acorre a Nem), o deus profético, para que lhe
indique a forma de chegar até o paraíso. Após uma série de aventuras, entre as que se
encontra a morte no Cáucaso de águia que devorava as entranhas de Prometeu, chega ao
"Jardim das Hespérides".
Ali arremete contra o dragão Ladon que guardava o acesso e o inata. Recolhe
então o dourado fruto da árvore situada em meio deste paraíso e presenteia as maçãs à
sábia Atenea, que ao final as restitui a seu lugar de origem.
Este famoso jardim não o vigiam querubins com espadas flamejantes, mas um dra
gão e duas mulheres filhas de Atlas, que segundo a mitologia grega, era quem mantinha
a Terra sobre suas costas (dele procede o termo atlante, repetindo-se esta conexão em
outros mitos).
Outra coincidência com a epopéia suméria que citamos, é que o paraíso grego pertence
a uma região muito isolada no ocidente e para chegar até ela são necessários bons
ofícios de um ser sobrenatural, Nereo.
A maçã de ouro
Se nos fosse factível algum tipo de interpretação sobre o mito, diríamos que
através de uma série de imagens é explicada a busca da maçã do conhecimento superior,
empreendida por alguns homens escolhidos em nosso remoto passado.
Da mesma forma que o símbolo do Graal, que para os albigenses e cátaros era fonte de
um saber hoje praticamente perdido, a maçã de ouro é o conjunto da grande tradição que
foi proporcionada pelos primeiros iniciadores das culturas mais destacadas, quando a
'Ferra ainda conservava seu estado original.
Eles, os mestres do cosmos, puseram a nossa disposição um saber que resultava muito
superior à circunstância evolutiva da espécie e haveriam de reintegrá-lo a seu lugar de
procedência. De fato, foi produzido um desmanche entre a situação criada
artificialmente por uma intervenção externa e a natureza objetiva do homem nesse
instante concreto.
De algum modo, tão destacado acontecimento de uma série histórica não contida nos
manuais, foi estendido às mais diversas culturas, atuando como catalizador para os
poucos que ainda conservavam esse fio da tradição tecido por Ariadne.
A atração que exerceu esse insólito lugar impregna povos tão antigos como os celtas,
dos quais conservamos algumas tradições e uma cultura megalítica insuficientemente
conhecida.