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Análise Fílmica

1 – O filme se inicia com um G.p.g que mostra um bando de caganceiros em seus


cavalos andando em contra-luz e ambienta o espectador, com o auxílio da música
tema(Mulher Rendeira), no universo do sertão. Vale ressaltar que a cena é típica dos
filmes de Faroeste Estadunidenses

2 - Diálogos sem tempo morto, próprios do ritmo de narrativa clássico

2.1 – Plano e contra plano

3 – Utilização de plongée e profundidade de campo para reafirmar a grandiosidade e o temor à


figura do cangaceiro

4 – Montagem que acompanha o ritmo da narrativa, tornando-se mais rápida em momentos


de adrenalina e mais lenta em momentos mais calmos. Exemplo: quando os cangaceiros
invadem o vilarejo, logo nos primeiros 10 minutos de filme. (característica do impressionismo)

5 – músicas bastante regionalizadas

Roteiro:
Enredo principal muito bem estabelecido, que acompanha a história do herói
(Teodoro) com foco no romance proibido dele com Maria Clódia e que escala de
maneira gradual.

Contém ainda um enredo secundário que é o conflito entre o Terceiro Volante, grupo
de voluntários que desejam proteger seu vilarejo, e os Cangaceiros

Época: imprecisa, quando ainda havia cangaceiros. *

Lima Barreto dizia com convicção que iria fazer o verdadeiro retrato do Brasil, pois o
que havia de "original e bonito" estaria da Bahia para cima. O Sul, ao contrário, dizia, já
se havia "contaminado" de hábitos, "da mentalidade e feição humana alienígena". Ou
seja, no Nordeste estaria o autóctone, o original, e no Sul o que havia de estrangeiro,
tanto na mentalidade quanto nos hábitos e costumes, além da constituição física. Essa
leitura perpassa o filme de Lima Barreto do começo ao fim, a ponto de marcar a
escolha dos atores pelos physiques de role que mais representassem essa razão
dualista: um cangaceiro "autêntico" e bravo, porém bárbaro, é negro, caracterizando a
tal raça mestiça; seu opositor, também cangaceiro bravo, porém racional e instruído, é
branco como os "alienígenas" do Sul." (O rural no cinema brasileiro - TOLENTINO,
2001, p. 67).

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