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HHA

Aula 03
Curso de Eng. Civil
Universidade Paulista
Aula presencial com atividades

Prof. Me. eng. Aldo Roberto


SEÇÃO TRANSVERSAL DE CANAIS
TRAPEZOIDAIS

A secção transversal de um trapézio


pode ser calculada por uma destas duas
fórmulas:

B+b
S= *h ou S = h * (b + m * h)
2
6. ELEMENTOS QUE CARACTERIZAM OS
CANAIS

O perímetro molhado de um canal


trapezoidal pode ser obtido por meio da
fórmula:

P = b + 2 * h m +1 2

Quanto maior o perímetro molhado de um canal,


maior será a superfície de contato entre a água que escoa
e as paredes; o atrito ocasionado por este contato
contribui para reduzir a velocidade média do escoamento.
6. ELEMENTOS QUE CARACTERIZAM OS
CANAIS
6.3. Raio hidráulico (Rh)

Raio hidráulico é a relação entre


a seção molhada (A) e o perímetro
molhado (P) de um canal.

A
Rh =
P
VELOCIDADES MÉDIAS MÁXIMAS
RECOMENDADAS PARA QUE NÃO OCORRA
EROSÃO NO CANAL.

Tipo de solo Velocidade média máxima


recomendada (m/s)
Arenoso 0,3 a 0,7
Barro-arenoso 0,5 a 0,7
Barro-argiloso 0,6 a 0,9
Argiloso 0,9 a 1,5
cascalho 0,9 a 1,5
Rocha 1,2 a 1,8
EX. CANAIS DE DRENAGEM

1) O raio hidráulico do canal trapezoidal da


figura é:
Base(b) = 6 m;
altura (h) = 3 m; 3m

Talude (m) = 4/3:1


6m

S = h * (b + m * h)
P = b + 2 * h m +1 2
EX. CANAIS DE DRENAGEM

1) O raio hidráulico do canal trapezoidal da


figura é:
Base(b) = 6 m;
altura (h) = 3 m;
Talude (m) = 4/3:1

Resolução .

Rh= Am / Pm = h(b+m*h) / b+ 2*h (*raiz 1+ m2);

Rh = 30 / 16 = 1,875 m
EX. CANAIS DE DRENAGEM

2) Determinar ou calcular no canal trapezoidal a área


molhada, o perímetro molhado e o raio hidráulico para o
canal do esquema seguinte com o talude (m) de 1: 0,58;
altura da lamina d’água (h) = 2m; base (b) = 1m.

Am = h(b+ m*h) ;

Pm = b + 2*h *(raiz 1+ m2);


EX. CANAIS DE DRENAGEM

2) Determinar ou calcular no canal trapezoidal a área


molhada, o perímetro molhado e o raio hidráulico para o
canal do esquema seguinte com o talude (m) de 1: 0,58;
altura da lamina d’água (h) = 2m; base (b) = 1m.

Am = h(b+ m*h) ;

Pm = b + 2*h *(raiz 1+ m2);


6. ELEMENTOS QUE CARACTERIZAM OS
CANAIS
Y
6.5. Declividade do canal (I) I = = tan 
X
Nível da água

X
Fundo do canal
 Y

A declividade I define a inclinação do fundo do canal em


relação ao plano horizontal.
DECLIVIDADE DOS CANAIS

Para canais de irrigação e de


drenagem de pequenas dimensões, os
valores usuais de I variam entre 0,1 e 0,4%,
ou seja:

• 0,001 m de desnível por metro de


comprimento de canal até,
• 0,004 m de desnível por metro de
comprimento de canal.
7. DIMENSIONAMENTO DE CANAIS
CONSIDERANDO MOVIMENTO UNIFORME

7.1. Equação geral


Plano horizontal

W = H2O. L. A
L = 1m

Para L = 1 A
p  W
W = H2O . A
F
W é peso do volume de
água no trecho
Corte longitudinal de um
estudado
canal
7. DIMENSIONAMENTO DE CANAIS
CONSIDERANDO MOVIMENTO UNIFORME
Considerando que:
• F é a componente de W que produz o movimento
da água no canal (paralela à direção do
escoamento).
• p é a componente de W que exerce pressão no
fundo canal (perpendicular à direção do
escoamento).
sen  = F/W  F = W. sen
F = H2O. A. sen
(Força que produz o escoamento)
7. DIMENSIONAMENTO DE CANAIS
CONSIDERANDO MOVIMENTO UNIFORME
7.2. Forças que opõe resistência ao
escoamento
• Peso específico do líquido (H2O);
• Perímetro molhado do canal (P);
• Comprimento do canal (L);
• Uma função da velocidade média da
água no canal (f = f (V)).
7. DIMENSIONAMENTO DE CANAIS
CONSIDERANDO MOVIMENTO UNIFORME

A resultante R destas forças, que


irá se contrapor à força F, será dada
pela expressão:
R = H2O. P. L. f(V)

ou R = H2O. P. f(V),

(considerando L = 1 m)
7. DIMENSIONAMENTO DE CANAIS
CONSIDERANDO MOVIMENTO UNIFORME

Para que o movimento seja uniforme


(equilíbrio dinâmico), deve haver equilíbrio
entre as forças aceleradoras e retardadoras. Ou
seja:

H2O. A. sen é proporcional a H2O. P. f(V)

A
P
.sen   f (V ) Rh. sen   f (V )
Considerando que a inclinação do fundo dos
canais em relação ao plano horizontal é
sempre pequena, podemos dizer que  é
muito menor que 10 e que, portanto:
sen  tg
Então, a tangente do ângulo  é a própria
declividade I do canal, conforme definido
anteriormente. Então podemos escrever:

Que é a equação geral da


Rh.I  f (V ) resistência ao escoamento nos
canais.
7.3. EQUAÇÕES PRÁTICAS PARA
DIMENSIONAMENTO DOS CANAIS
Rh .I 2/3 1/ 2

V= Q = V.A
n
Equação de Manning Equação da continuidade

V é a velocidade média Q é a vazão escoada no


do escoamento (m/s); canal (m3/s);
Rh é o raio hidráulico do V é a velocidade média do
canal (m);
escoamento (m/s);
I é a declividade do
fundo do canal (m/m); A é a área molhada na
n é um coeficiente dado seção transversal (m2).
em função da
rugosidade das paredes
e do fundo do canal
7. DIMENSIONAMENTO DE CANAIS
CONSIDERANDO MOVIMENTO UNIFORME
Tipos de problemas:

1º) Conhecendo n, I, A e Rh, calcular Q (resolução


direta);
Exemplo: Saber a vazão em canal já construído ou
formado por unidades pré-moldadas.

2º) Conhecendo n, A, Rh e Q, calcular I (resolução


direta);
Exemplo: Saber qual deverá ser a declividade do canal.

3º) Conhecendo Q, n e I, calcular A e Rh (por


tentativas).
Exemplo: Definir que forma deverá ter o canal.
7. DIMENSIONAMENTO DE CANAIS
CONSIDERANDO MOVIMENTO UNIFORME
Exemplo de cálculo para o terceiro tipo de problema:

Deseja-se construir um canal para conduzir água


até uma lavoura de arroz irrigado por inundação. O
canal deverá ter seção transversal trapezoidal, retilínea
e uniforme em todo o seu comprimento e declividade
de 0,4%. A vazão a ser transportada é de 310 l/s.
Dimensione a seção transversal deste canal
(forneça todas as dimensões esquematizadas num
desenho), considerando que a velocidade média da
água não deve ultrapassar 0,9 m/s e a inclinação lateral
das paredes (m) deve ser de 1,5:1.
Com relação à natureza das paredes, utilize o
coeficiente de Manning para canais com paredes de
terra, retos, uniformes e em bom estado (n = 0,025).
Equações necessárias:

A = h(b + m.h) P = b + 2.h m + 1


2

ÁREA MOLHADA PERÍMETRO MOLHADO

2/3 1/ 2
Rh .I
V= Q = V.A
n
VELOCIDADE MÉDIA VAZÃO
7. DIMENSIONAMENTO DE CANAIS
CONSIDERANDO MOVIMENTO UNIFORME

Todos os cálculos referem-se à seção


molhada A:

A 1

1,5
b = 0,4m
7. DIMENSIONAMENTO DE CANAIS
7. DIMENSIONAMENTO DE CANAIS
CONSIDERANDO MOVIMENTO UNIFORME
Passos para a resolução do problema:

a) Haverá duas variáveis indefinidas neste tipo de


problema, h e b, já que o tipo de solo permitirá definir o
valor de m. Para resolver o problema deveremos pré-
definir uma delas e trabalhar com a outra, fazendo
tentativas.
Iniciaremos escolhendo qual valor será
estabelecido, h ou b. Neste exemplo vamos supor que
o valor de b tenha que ser definido em função das
dimensões da caçamba da retroescavadora que será
contratada para construir o canal.
Definiremos b = 0,4m. A seguir atribuiremos um
valor qualquer para h e daremos prosseguimento aos
cálculos;
7. DIMENSIONAMENTO DE CANAIS
CONSIDERANDO MOVIMENTO UNIFORME

b) Com o valor de h escolhido, calcular a seção


molhada A;
c) Calcular o perímetro molhado P;
d) Calcular o raio hidráulico Rh;
e) Calcular a velocidade média do escoamento V.
Se o valor calculado for maior que o limite
estabelecido para impedir erosão, mudanças
terão que ser feitas de modo a reduzir a
velocidade média. Pode-se conseguir isto
aumentando o perímetro molhado ou reduzindo a
declividade do canal, quando isto for possível;
7. DIMENSIONAMENTO DE CANAIS
CONSIDERANDO MOVIMENTO UNIFORME
f) Calcular a vazão Q e verificar se coincide ou
aproxima-se suficientemente do valor solicitado no
enunciado do problema.
• Caso o valor encontrado seja menor que o
necessário, o valor de h deverá ser aumentado,
numa nova tentativa.
• Caso a vazão seja excessiva, o valor atribuído a
h deverá ser reduzido.
• A seqüência de cálculos deve ser refeita até
encontrarmos o valor de Q necessário, como no
exemplo do quadro apresentado a seguir;
7. DIMENSIONAMENTO DE CANAIS
CONSIDERANDO MOVIMENTO UNIFORME

largura do fundo (b) Altura de água Área molhada Perímetro molhado Raio hidráulico Velocidade Vazão

(metros) (metros) (m2) (metros) (metros) (m/s) (m3/s)

0,4 0,4 0,40 1,84 0,217 0,91 0,366


0,4 0,35 0,32 1,66 0,195 0,85 0,275
0,4 0,38 0,37 1,77 0,208 0,89 0,328
0,4 0,37 0,35 1,73 0,204 0,88 0,310

Considerando uma borda livre para evitar transbordamentos


de 0,13m, as dimensões da seção transversal S do canal serão:

1,9m

0,5m

0,4m
EX. CANAIS DE DRENAGEM
3) Calcular a vazão de um canal retangular com as
seguintes características:
largura do fundo = 1,5 m
altura da lâmina normal = 0,80 m
declividade = 0,3 metros por mil metros
material = madeira (n = 0,014)
Q=?
EX. CANAIS DE DRENAGEM
3) Calcular a vazão de um canal retangular com as
seguintes características:
largura do fundo = 1,5 m
altura da lâmina normal = 0,80 m
declividade = 0,3 metros por mil metros
material = madeira (n = 0,014)
Q=?
1. circulares

Seção parcial:

K
Q= ∙ D2,667 ∙ i0,5
n

Q ∙n 0,375
D=
K ∙ i 0,5

Seção parcial
K h/D K
(%)
50 0,156 0,5 0,156
60 0,200 0,6 0,209
70 0,244 0,7 0,260
80 0,284 0,8 0,304
90 0,315 0,9 0,331
95 0,324 0,95 0,334
100 0,311 1,0 0,311
a) Calcular o diâmetro do bueiro de concreto do esquema a seguir para que a altura de água
seja igual a 90% da seção total.

Q = 2,36 m3/s
i = 0,0002 m/m (0,2%o)
n = 0,015 (concreto)
h D

Solução:
Seção parcial = 90% da seção total  K = 0,315
2,36 ∙ 0,015 0,375
D=
0,315 ∙ 0,0002 0,5

D = 2,18 m
HIDRÁULICA E
HIDROLOGIA
APLICADA

Regimes de escoamento
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Fim da aula

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