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Memorial Nicole Final
Memorial Nicole Final
Guarulhos/SP
Outubro/2023
Sumário
Introdução..........................................................................................................................3
Considerações finais..........................................................................................................9
Referências bibliográficas...............................................................................................10
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OBESIDADE INFANTIL
Nicole SCARLETT 1
INTRODUÇÃO
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Graduando do Curso de Segunda Licenciatura em Geografia – Faculdade Faveni.
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quadro, inclusive através de pequenas medidas como proibição de alguns alimentos na
escola, nas cantinas e projetos que ensinem a importância da boa alimentação e
atividades físicas.
Portanto, através deste memorial, busco elucidar inforamações sobre a obesidade
infantil através de referenciais teóricos, bem como relatar a minha experiência como
aluna e vitima do bullying pelo peso na infância, para trazer novas contribuições com o
olhar de futura professora, sobre como podemos trabalhar este problema em sala de aula
buscando minimizar este problema e as consequências negativas na vida escolar do
aluno que se encontra com sobrepeso ou obeso.
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1. A obesidade e o ambiente escolar
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Por esta desorganização, comia muitas besteiras, a minha lancheira era lotada de
alimentos industrializados e eu tinha a liberdade de comer qualquer coisa que me
agradasse, como uma tentativa dos meus pais de amenizar a ausência em minha vida.
Segundo Diniz (2010), algumas famílias acabam superalimentando o filho para
suprir uma falta na relação, de tempo ou afeto. Por se sentirem culpados, tendem a
encher os filhos de brinquedo, comida e permissividade, possibilitando problemas
comportamentais e de obesidade na infância.
Com isso, fui uma criança obesa e sofri muito na escola com o bullying,
caracterizado como:
[..] todas as formas de atitudes agressivas, intencionais ou repetidas, que
ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudante, contra
outros, causando dor, angustia, e sendo executadas dentro de uma relação
desigual de poder. Atos repetidos entre iguais, e o desequilíbrio de poder são
características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima
(ARAMIS ET AL, 2015, P.3).
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agressores, inclusive vejo como antes os insultos e violência eram considerados como
brincadeiras normais.
Diante disso, Silva (2011), mostra que quando não existe intervenções efetivas
contra esse tipo de violência, o ambiente escolar como um todo, torna-se contaminado.
Todos os alunos são vítimas, mesmo que indiretamente, pois experimentam de
sentimentos de ansiedade, angustia e medo. E também, quando não há uma medida
adequada para esses casos, os alunos podem adotar comportamentos agressivos por
entenderem de forma errônea, que o comportamento agressivo não acarreta em
nenhuma consequência. Por isto, enquanto professora, lutarei para que outras crianças
não tenham sua trajetória marcada por algo tão cruel e vejam a escola como um
ambiente acolhedor e propício para o desenvolvimento de cidadãos plenos.
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por estas dificuldades para auxiliar nos pontos necessários para reverter este quadro o
mais cedo possível, proporcionando qualidade de vida aos alunos.
Sobre a questão do bullying, verifiquei que algumas medidas estavam sendo
tomadas, porque acredito muito que o aluno oprimido não deve ser o responsabilizado,
então antes de pensar que ele tem que emagrecer para não sofrer, o aluno agressor
precisa aprender a respeitar e conviver com as diferenças. No entanto, a ideia do projeto
era para reverter o cenário que víamos na escola: a péssima alimentação, focando
exclusivamente na saúde desta população ainda tão jovem.
Para isto, fiz uma pesquisa e apresentei algumas atividades que poderíamos
trabalhar em sala e assim fizemos. Desenvolvemos aulas mostrando sobre a importância
da alimentação saudável e as suas implicações na saúde, aplicamos dever de casa para
desenvolverem com os pais visando a mudança de hábito, fizemos receitas saudáveis na
escola para ensinar alguns conceitos de ciências, e foi um sucesso.
Em pouquíssimo tempo, notamos que os alunos substituíram alimentos da
lancheira como refrigerantes e salgadinhos, por frutas, sucos caseiros, pães e bolos que
ensinamos nas aulas.
Outro fator importante nesta mudança de hábito, é a Lei Nº 13.027, conhecida
como ‘’ Lei da Cantina’’, que controla a oferta de alimentos oferecidos nas cantinas
escolares, sendo que os lanches e bebidas hipercalóricas, devem ser substituídos por
alimentos mais saudáveis como lanches naturais, sucos e frutas, atendendo os
parâmetros do ‘’Guia Alimentar da População Saudável’’, estabelecido pelo Ministério
da Saúde, além de vetar as propagandas que estimulem a compra de guloseimas em
ambiente escolar (MELLO, 2015).
Com esta nova oferta nas cantinas, foi muito mais fácil garantir a alimentação
adequada das crianças, e associado aos novos hábitos alimentares, procuramos também
realizar atividades ao ar livre, para resgatar o brincar sem uso de tecnologia, e os alunos
gostaram muito. Foram atitudes simples, que estavam perdidas devido à falta de tempo
dos pais, mas que certamente os alunos levarão para suas vidas e terão uma saúde muito
melhor.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DINIZ, Maria Claudia. Saúde como compreensão de vida: avaliação para inovação na
educação em saúde para o ensino fundamental. Ensaio – Pesq. Educ. Ciênc., v.12, n. 1,
abr. 2010.
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