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COMARCA DE
Autos n°
CAIO, anteriormente qualificado nos autos em epígrafe, por seu advogado ao final
firmado (procuração anexa), vem respeitosamente perante Vossa Excelência
apresentar
RESPOSTA À ACUSAÇÃO, com fundamento nos artigos 396 e 396-A, do Código de
Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostos:
DOS FATOS
DO DIREITO
O FATO É ATÍPICO
O denunciado foi acusado de ter praticado o delito de extorsão qualificada pelo
emprego de arma quando da cobrança de uma dívida, instrumentalizada em nota
promissória assinada pela vítima e dada em garantida do pagamento de um
empréstimo, com vencimento no dia 15 de maio de 2010.
Ocorre que o crime de extorsão se caracteriza quando alguém, mediante violência ou
grave ameça, constrange para receber vantagem indevida.
Com efeito, no presente caso resta claro que o denunciado cobrou uma dívida
devidamente constituída através de nota promissória assinada pela vítima, portanto,
a vantagem é devida, o que descaracteriza o crime de extorsão do artigo 158, do
Código Penal.
Em conclusão, ausente a elementar do tipo
"vantagem indevida", a conduta do denunciado se torna atípica, devendo ser ele
absolvido sumariamente em relação ao crime de extorsão.
DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
Ademais, tendo em consideração que a vítima tem o prazo de seis meses para
oferecer a queixa-crime, nos termos do artigo 38 do Código de Processo Penal e 103
do Código Penal, sendo certo que os fatos se deram na data de 24 de maio de 2010,
teria ela até a data de 23 de novembro de 2010 para exercer o seu direito, o que não
ocorreu.
Portanto, passados mais de 06 meses da data dos fatos ocorreu a decadência e o
denunciado deve ter extinta sua punibilidade, nos termos do artigo 107, IV, do Código
Pe-nal.
DO PEDIDO