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201052018 13303 Presidéncia da Republica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juridicos LEI N° 13,303, DE 30 DE JUNHO DE 2016, Dispde sobre 0 estatuto juridico da empresa puiblica, da sociedade de economia mista e de suas subsididrias, no Ambito da Unido, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municfpios. Mensagem de veto Regulamento © VICE-PRESIDENTE DA REPUBLICA, no exercicio do cargo de PRESIDENTE DA REPUBLICA Fago saber que 0 Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TITULO | DISPOSIGOES APLICAVEIS AS EMPRESAS PUBLICAS E AS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA CAPITULO | DISPOSIGOES PRELIMINARES. ‘Art. 12 Esta Lei dispde sobre o estatuto juridico da empresa piblica, da sociedade de economia mista e de suas subsididrias, abrangendo toda e qualquer empresa publica e sociedade de economia mista da Unido, dos Estados, do Distrito Federal ¢ dos Municipios que explore atividade econémica de produgao ou comercializagao de bens ou de prestagio de servigos, ainda que a alividade econémica esteja sujeita ao regime de monopélio da Unido ou seja de prestagao de servicos piblicos. § 12 0 Titulo | desta Lei, exceto o disposto nos arts. 22, 32, 42, 52, 62, 72, 89, 11, 12 e 27, ndo se aplica a empresa publica e a sociedade de economia mista que tiver, em conjunto com suas respectivas subsidiarias, no exercicio social anterior, receita operacional bruta inferior a R$ 90.000.000,00 (noventa milhdes de reais). § 22 0 disposto nos Capltulos | ¢ I do Titulo Il desta Lei aplica-se inclusive & empresa publica dependente, definida nos termos do inciso Ill do art. 22 da Lei Complementar n® 101, de 4 de maio de 2000, que explore atividade ‘econémica, ainda que a atividade econémica esteja sujeita a0 regime de monopdlio da Unido ou seja de prestagdo de servigos publicos § 32 Os Poderes Executivos poderdo editar atos que estabelegam regras de governanga destinadas as suas respectivas empresas publicas e sociedades de economia mista que se enquadrem na hipétese do § 12, observadas as diretrizes gerais desta Lei § 42 Ando edigéo dos atos de que trata 0 § 32no prazo de 180 (cento oitenta) dias a partir da publicagao desta Lei submete as respectivas empresas puiblicas e sociedades de economia mista as regras de governanga previstas no Titulo | desta Lei § 52 Submetem-se ao regime previsto nesta Lei a empresa publica e a sociedade de economia mista que parlicipem de consércio, conforme disposto no art. 279 da Lei n° 6.404, de 15 de dezembro de 1976, na condigao de ‘operadora. § 62 Submete-se ao regime previsto nesta Lei a sociedade, inclusive a de propésito especifice, que seja controtada por empresa pilblica ou sociedade de economia mista abrangidas no caput. § 72 Na participagdo em sociedade empresarial em que a empresa pilblica, a sociedade de economia mista ¢ ‘suas subsidiarias nao detenham 0 controle acionério, essas deverdo adotar, no dever de fiscalizar, praticas de governanga @ controle proporcionais @ relevancia, a materialidade © aos riscos do negécio do qual so participes, considerando, para esse fim | - documentos e informagdes estratégicos do negécio e demais relatérios e informagdes produzidos por forga de acordo de acionistas e de Lei considerados essenciais para a defesa de seus interesses na sociedade empresarial investida; Il - relatério de execugao do orgamento ¢ de realizagdo de investimentos programados pela sociedad, inclusive quanto ao alinhamento dos custos orgados e dos realizados com os custos de mercado; hitpsiwww planalte govbiecii_03/_ato2015-2018/20t6HoiN13303.him 1190 201052018 13303 Iil- informe sobre execugao da politica de transagdes com partes relacionadas; IV - analise das condig6es de alavancagem financeira da sociedade; V - avaliagio de inversées financeiras ¢ de processos relevantes de alienagdo de bons méveis ¢ iméveis da sociedade; VI - relatério de risco das contratagdes para execugao de obras, fornecimento de bens e prestagao de servigos relevantes para os interesses da investidora; VII - informe sobre execueao de projetos relevantes para os interesses da investidora; VII - relatério de cumprimento, nos negécios da sociedade, de condicionantes socioambientais estabelecidas pelos érgdos ambientais; IX - avaliag8o das necessidades de novos aportes na sociedade e dos possiveis riscos de redugio da rentabilidade esperada do negécio; X - qualquer outro relatério, documento ou informagao produzido pela sociedade empresarial investida considerado relevante para o cumprimento do comando constante do caput. Art. 22 A exploragao de atividade econémica pelo Estado serd exercida por meio de empresa publica, de sociedade de economia mista e de suas subsididrias, § 12 A constituigéo de empresa piiblica ou de sociedade de economia mista dependera de prévia autorizagao legal que indique, de forma clara, relevante interesse coletivo ou imperativo de seguranga nacional, nos termos do caput do art. 173 da Constituicdo Federal § 22 Depende de autorizagdo legislaliva a criago de subsidiérias de empresa publica e de sociedade de ‘economia mista, assim como a partcipagao de qualquer delas em empresa privada, cujo objeto social deve estar relacionado ao da investidora, nos termos do inciso XX do art. 37 da Constituicso Federal § 32 A autorizagao para participago em empresa privada prevista no § 22 nao se aplica a operagdes de tesouraria, adjudicacdo de agées em garantia e parlicipagées autorizadas pelo Conselho de Administracdo em linha com © plano de negécios da empresa piblica, da sociedade de economia mista e de suas respectivas subsididrias. Att. 32 Empresa publica é a entidade dotada de personalidade juridica de direito privado, com criagao autorizada por lei @ com patriménio proprio, cujo capital social 6 integralmente detido pela Unido, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municipios Pardgrafo Unico. Desde que a maioria do capital votante permanega em propriedade da Unido, do Estado, do Distrito Federal ou do Municipio, seré admitida, no capital da empresa publica, a participago de outras pessoas juridicas de direito puiblico interno, bem como de entidades da administragao indireta da Unido, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios. Art, 42 Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade juridica de direito privado, com criagao autorizada por lei, sob a forma de sociedade anénima, cujas agées com direito a voto pertencam em sua maioria Unido, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municipios ou a entidade da administragao indireta. § 12 A pessoa juridica que controla a sociedade de economia mista tem os deveres @ as responsabilidades do acionista controlador, estabelecidos na Lei n® 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e devera exercer 0 poder de controle no interesse da companhia, respeitado o interesse pablico que justificou sua criacdo § 22 Além das normas previstas nesta Lei, a sociedade de economia mista com registro na Comissao de Valores Mobilidrios sujeita-se as disposigées da Lei n® 6.385, de 7 de dezembro de 1976. CAPITULO I DO REGIME SOCIETARIO DA EMPRESA PUBLICA E DA SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA Segaol Das Normas Gerais Art, 82 A sociedade de economia mista serd constituida sob a forma de sociedade andnima e, ressalvado 0 disposto nesta Lei, estard sujeita ao regime pravisto na Lei n® 6.404, de 15 de dezembro de 1976 hitpsiwww planalte govbiecii_03/_ato2015-2018/20t6HoiN13303.him 2190 201052018 13303 Art, 62 O estatuto da empresa publica, da sociedade de economia mista e de suas subsidiarias devera observar regras de governanca corporativa, de transparéncia e de estruturas, praticas de gestdo de riscos e de controle interno, composicéo da administragdo e, havendo acionistas, mecanismos para sua protecdo, todos constantes desta Lei. At. 72. Aplicam-se a todas as empresas publicas, as sociedades de economia mista de capital fechado e as suas subsididrias as disposigSes da Lei n2 6.404, de 15 de dezembro de 1976, © as normas da Comisséo de Valores Mobiliarios sobre escrituragao e elaboragao de demonstragées financeiras, inclusive a obrigatoriedade de auditoria independente por auditor registrado nesse érgéo. Art, 82 As empresas publicas @ as sociedades de economia mista deverao observar, no minimo, os seguintes requisites de transparéncia’ | - elaborago de carta anual, subscrita pelos membros do Conselho de Administragao, com a explicitagdo dos compromissos de consecugao de objetivos de politicas publicas pela empresa publica, pela sociedade de economia mista e por suas subsidiarias, em atendimento ao interesse colelivo ou ao imperativo de seguranga nacional que juslificou a autorizagdo para suas respectivas criagdes, com definigao clara dos recursos a serem empregados para esse fim, bem como dos impactos econdmico-financeiros da consecugao desses objetivos, mensurdveis por meio de indicadores objetivos; II adequagao de seu estatuto social & autorizacdo legislativa de sua criaga Ill - divulgagao tempestiva e atualizada de informagées relevantes, em especial as relativas a atividades desenvolvidas, estrutura de controle, fatores de risco, dados econémico-financeiros, comentarios dos administradores sobre 0 desempenho, politicas e praticas de governanga corporativa e descrigao da composigao e da remuneracao da administragao; IV elaboragao e divulgagao de politica de divulgacao de informagdes, em conformidade com a legislagao em vigor @ com as melhores praticas; V = elaboragao de politica de distribuigéo de dividendos, a luz do interesse piblico que justificou a criagdio da ‘empresa ptiblica ou da sociedade de economia mista; VI - divulgacao, em nota explicativa as demonstragées financeiras, dos dados operacionais e financeiros das atividades relacionadas a consecugao dos fins de interesse coletivo ou de seguranga nacional; VII - elaboracao e divulgagao da politica de transages com partes relacionadas, em conformidade com os requisitos de competitividade, conformidade, transparéncia, equidade e comutalividade, que deverd ser revista, no minimo, anualmente e aprovada pelo Conselho de Administragao; VIIl- ampla divulgago, ao pablico em geral, de carta anual de governanga corporal documento escrito, em Iinguagem clara e direta, as informagdes de que trata o inciso Ill; fa, que consolide em um inico IX - divulgagao anual de relatorio integrado ou de sustentabilidade. § 12 © interesse piiblico da empresa piiblica e da sociedade de economia mista, respeitadas as razées que motivaram a autorizacao legislativa, manifesta-se por meio do alinhamento entre seus objetivos e aqueles de politicas piblicas, na forma explictada na carta anual a que se refere o inciso | do caput § 22 Quaisquer obrigagées e responsabilidades que a empresa piblica e a sociedade de economia mista que explorem atividade econémica assumam em condigées distintas as de qualquer outra empresa do setor privado em que atuam deverdo: | - estar claramente definidas om lei ou regulamento, bem como previstas em contrato, convénio ou ajuste celebrado com o ente piblico competente para estabelecé-tas, observada a ampla publicidade desses instrumentos, Il-ter seu custo e suas receitas discriminados e divulgados de forma transparente, inclusive no plano contabil. § 32 Além das obrigagées contidas neste artigo, as sociedades de economia mista com registro na Comissao de Valores Mobiliérios sujeltam-se ao regime informacional estabelecido por essa autarquia e devem divulgar as informagées previstas neste artigo na forma fixada em suas normas. § 42 Os documentos resultantes do cumprimento dos requisitos de transparéncia constantes dos incisos I a IX do ‘caput deverdo ser publicamente divulgados na intemet de forma permanente @ cumulativa Att. 92 A empresa pilblica e a sociedade de economia mista adotardo regras de estruturas e préticas de gestao de riscos e controle interno que abranjam: agao dos administradores e empregados, por meio da implementacao cotidiana de praticas de controle interno; Il- érea responsavel pela verificagdo de cumprimento de obrigagées e de gestao de riscos; hitpsiwww planalte govbiecii_03/_ato2015-2018/20t6HoiN13303.him 190 20i0812018 Liss03 IIl- auditoria interna © Comité de Auditoria Estatutario. § 12 Deverd ser elaborado e divulgado Cédigo de Conduta e Integridade, que disponha sobre: | - princfpios, valores @ misso da empresa publica e da sociedade de economia mista, bem como orientagées sobre a prevencao de conflito de interesses e vedagao de atos de corrupcao e fraude; II-instancias internas responsaveis pela atualizacao e aplicagao do Cédigo de Conduta e Integridade; Ill ~ canal de dentincias que possibilite 0 recebimento de deniincias intemas e externas relativas ao descumprimento do Cédigo de Conduta e Integridade e das demais normas internas de ética e obrigacionais; IV - mecanismos de protegao que impegam qualquer espécie de retaliacdo a pessoa que utilize o canal de deniincias; \V-- sangGes aplicaveis em caso de violagao as regras do Cédigo de Conduta e Integridade: VI- previsao de treinamento periédico, no minimo anual, sobre Cédigo de Conduta e Integridade, a empregados administradores, e sobre a politica de gestéo de riscos, a administradores. § 22 A Area responsével pela verificagdo de cumprimento de obrigagdes ¢ de gestdo de riscos deveré ser vinculada ao diretor-presidente e liderada por diretor estatutario, devendo o estatuto social prever as atribuigées da area, bem como estabelecer mecanismos que assegurem atuagao independente. § 32 A auditoria interna deverd: ser vinculada ao Conselho de Administragao, diretamente ou por meio do Comité de Auditoria Estatutério; II - ser responsdvel por aferir a adequago do controle intemo, a efetividade do gerenciamento dos riscos e dos processos de governanca e a confiabilidade do processo de coleta, mensuragao, classificagao, acumulagao, registro © divulgago de eventos e transagées, visando ao preparo de demonstragées financeiras, § 42 0 estatuto social devera prever, ainda, a possibildade de que a area de compliance se reporte diretamente 20 Canselho de Administrago em situagdes em que se suspeile do envolvimento do diretor-presidente em irregularidades ou quando este se furtar a obrigagdo de adotar medidas necessarias em relagao a situagao a ole relatada. Art. 10. A empresa publica e a sociedade de economia mista deverdo criar comité estatutario para verificar a conformidade do processo de indicagéo e de avaliaggo de membros para o Conselho de Administragao e para o Consetho Fiscal, com competéncia para auxiliar 0 acionista controlador na indicagao desses membros, Pardgrafo tinico. Devem ser divulgadas as atas das reuniées do comité estatutdrio referido no caput realizadas com o fim de verificar 0 cumprimento, pelos membros indicados, dos requisitos definidos na politica de indicagao, devendo ser registradas as eventuais manifestacdes divergentes de conselheiros. Art. 11. A empresa publica no poderé langar debéntures ou outros titulos ou valores mobillérios, conversivels em agdes; lI emitir partes beneficiarias, Art. 12. A empresa publica e a sociedade de economia mista deverao: divulgar toda e qualquer forma de remuneracao dos administradores; II - adequar constantemente suas praticas ao Cédigo de Conduta e Integridade @ a outras regras de boa pratica de ‘governanca corporativa, na forma estabelecida na regulamentagao desta Lei. Paragrafo Unico. A sociedade de economia mista podera solucionar, mediante arbitragem, as divergéncias entre acionistas e a sociedade, ou entre acionistas controladores e acionistas minoritérios, nos termos previstos em seu cestatuto social Art. 13. Allei que autorizar a criagdo da empresa pilblica e da sociedade de economia mista deverd dispor sobre a diretrizes e restrigoes a serem consideradas na elaboracao do estatuto da companhia, em especial sobre: | - constituigao e funcionamento do Conselho de Administragéio, observados 0 niimero minimo de 7 (sete) e 0 nlimero maximo de 11 (onze) membros; II requisitos espectficos para o exercicio do cargo de diretor, observado o nimero minimo de 3 (trés) diretores; lil - avaliagao de desempenho, individual e coletiva, de periodicidade anual, dos administradores e dos membros de comités, observados os seguintes quesitos minimos: hitpsiwww planalte govbiecii_03/_ato2015-2018/20t6HoiN13303.him 4130 201052018 13303 a) exposigao dos atos de gestéo praticados, quanto a licitude e a eficdcia da agao administrativa; ) contribuigao para o resultado do exercicio; ©) consecugao dos objetivos estabelecidos no plano de negécios e atendimento a estratégia de longo prazo; IV - constituigo e funcionamento do Conselho Fiscal, que exercerd suas atribuigdes de modo permanente; V - constituigao e funcionamento do Comité de Auditoria Estatutario; VI- prazo de gestéo dos membros do Conselho de Administracao e dos indicados para o cargo de diretor, que ‘sera unificado e ndo superior a 2 (dois) anos, sendo permitidas, no maximo, 3 (lrés) recondugées consecutivas; VII (VETADO); VIII - prazo de gestéo dos membros do Conselho Fiscal no superior a 2 (dois) anos, permitidas 2 (duas) recondugdes consecutivas. Segdo Il Do Acionista Controlador Art. 14. © acionista controlador da empresa publica e da sociedade de economia mista devera: | - fazer constar do Cédigo de Conduta e Integridade, aplicavel & alta administragéo, a vedagao & divulgagao, sem autorizagao do érgao competente da empresa publica ou da sociedade de economia mista, de informagaio que possa ‘causar impacto na cotacao dos titulos da empresa publica ou da sociedade de economia mista e em suas relagées com ‘© mercado ou com consumidores e fornecedores; II- preservar a independéncia do Conselho de Administragdo no exercicio de suas fungées; Iil- observar a politica de indicagao na escolha dos administradores e membros do Conselho Fiscal. Art. 15, O acionista controlador da empresa publica e da sociedade de economia mista responder pelos atos praticados com abuso de poder, nos termos da Lei n® 6.404, de 15 de dezembro de 1976, § 12 A ago de reparacdo poderd ser proposta pela sociedade, nos termos do art, 246 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, pelo terceiro prejudicado ou pelos demais sécios, independentemente de autorizagao da assembleia~ geral de acionistas, § 22 Prescreve em 6 (seis) anos, contados da data da pratica do ato abusivo, a ago a que se refere 0 § 12, Segao Ill Do Administrador Art. 16. Sem prejulzo do disposto nesta Lei, o administrador de empresa publica e de sociedade de economia mista 6 submetido as normas previstas na Lei n® 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Pardgrafo Unico. Consideram-se administradores da empresa publica e da sociedade de economia mista os membros do Conselho de Administragao e da diretoria, Art. 17, Os membros do Conselho de Administragao e os indicados para os cargos de diretor, inclusive presidente, diretor-geral e diretor-presidente, seréo escolhidos entre cidadaos de reputagdo ilibada e de notério conhecimento, devendo ser atendidos, alternativamente, um dos requisitos das alineas “a’, “b” e “c” do inciso | e, cumulativamente, os requisitos dos incisos I! e Il: ter experiéncia profissional de, no minimo: a) 10 (dez) anos, no setor piblico ou privado, na area de atuagdo da empresa piiblica ou da sociedade de ‘economia mista ou em area conexa aquela para a qual forem indicados em fungao de diregdo superior, ou 'b) 4 (quatro) anos ocupando pelo menos um dos seguintes cargos: 1. cargo de diregao ou de chefia superior em empresa de porte ou objeto social semelhante ao da empresa publica ou da sociedade de economia mista, entendendo-se como cargo de chefia superior aquele situado nos 2 (dois) niveis hierdrquicos nao estatutérios mais altos da empresa; 2. cargo em comissao ou fungao de confianga equivalente a DAS-4 ou superior, no setor ptiblico; hitpsiwww planalte govbiecii_03/_ato2015-2018/20t6HoiN13303.him 5190 201052018 13303 3. cargo de docente ou de pesquisador em areas de atuago da empresa puiblica ou da sociedade de economia mista; ©) 4 (quatro) anos de experiéncia como profissional liberal em atividade direta ou indiretamente vinculada a drea de ‘atuago da empresa publica ou sociedade de economia mista; Il-ter formagao académica compativel com o cargo para 0 qual fol indicado; e Ill - nao se enquadrar nas hipéteses de inelegibilidade previstas nas alineas do inciso I do caput do art. 1 da Lei Complementar n® 64, de 18 de maio de 1990, com as alteragées introduzidas pela Lei Complementar n® 135, de 4 de junho de 2010. § 12 O estatuto da empresa publica, da sociedade de economia mista e de suas subsidiérias poderd dispor sobre a contratagao de seguro de responsabilidade civil pelos administradores. § 22 E vedada a indicagao, para o Conselho de Administragao e para a diretoria: | - de representante do érgao regulador ao qual a empresa puiblica ou a sociedade de economia mista esté sujeita, de Ministro de Estado, de Secretario de Estado, de Secretario Municipal, de titular de cargo, sem vinculo permanente ‘com 0 servigo publico, de natureza especial ou de diregéo e assessoramento superior na administrag4o publica, de dirigente estatutario de partido politico ¢ de titular de mandato no Poder Legisiativo de qualquer ente da federagao, ainda que licenciados do cargo; II - de pessoa que atuou, nos uitimos 36 (trinta e seis) meses, como participante de estrutura deciséria de partido politico ou em trabalho vinculado a organizago, estruturacao ¢ realizagao de campanha eleitoral; IIl- de pessoa que exerga cargo em organizagao sindical; IV - de pessoa que tenha firmado contrato ou parceria, como fornecedor ou comprador, demandante ou ofertante, de bens ou servigos de qualquer natureza, com a pessoa politico-administrativa controladora da empresa piblica ou da sociedade de economia mista ou com a propria empresa ou Sociedade em periodo inferior a 3 ({rés) anos antes da data de nomeagdo; \V- de pessoa que tenha ou possa ter qualquer forma de conflito de interesse com a pessoa polltico-administrativa controladora da empresa pilblica ou da sociedade de economia mista ou com a propria empresa ou sociedade. § 32 A vedagdo prevista no inciso | do § 22 estende-se também aos parentes consanguineos ou afins até o terceiro grau das pessoas nele mencionadas. § 42 Os administradores eleitos devem participar, na posse e anualmente, de treinamentos especificos sobre legistagao societaria @ de mercado de capitais, divulgagao de informagdes, controle intemo, cédigo de conduta, a Lei n2 12,846, de 12 de agosto de 2013 (Lei Anticorrupgao), e demais temas relacionados as atividades da empresa publica ou da sociedade de economia mista. § 52. Os requisitos previstos no inciso I do caput poderdo ser dispensados no caso de indicagao de empregado da ‘empresa pilblica ou da sociedade de economia mista para cargo de administrador ou como memibro de comité, desde que atendidos os seguintes quesitos minimos: | - 0 empregado tenha ingressado na empresa ptiblica ou na sociedade de economia mista por meio de concurso piblico de provas ou de provas e titulos; II - 0 empregado tenha mais de 10 (dez) anos de trabalho efetivo na empresa publica ou na sociedade de ‘economia mista; Ill - © empregado tenha ocupado cargo na gesto superior da empresa publica ou da sociedade de economia mista, comprovando sua capacidade para assumir as responsabilidades dos cargos de que trata o caput. Segdo V Do Conselho de Administracao Art. 18. Sem prejuizo das competéncias previstas no art, 142 da Lei n° 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e das demais atribuigdes previstas nesta Lei, compete ao Conselho de Administragao: | - discutir, aprovar e monitorar decis6es envolvendo praticas de governanca corporativa, relacionamento com partes interessadas, politica de gestdo de pessoas e cédigo de conduta dos agentes; Il - implementar e supervisionar os sistemas de gestao de riscos e de controle interno estabelecidos para a prevencao e mitigagao dos principais riscos a que esté exposta a empresa piblica ou a sociedade de economia mista, hitpsiwww planalte govbiecii_03/_ato2015-2018/20t6HoiN13303.him 6130 201052018 13303 inclusive os riscos relacionados a integridade das informagdes contabeis e financeiras e os relacionados a ocorréncia de corrupgo e fraude; Ill - estabelecer politica de porta-vozes visando a eliminar risco de contradigao entre informagdes de diversas reas e as dos executivos da empresa piiblica ou da sociedade de economia mista; IV - avaliar os diretores da empresa publica ou da sociedade de economia mista, nos termos do inciso Ill do art. 13, podendo contar com apoio metodolégico e procedimental do comité estatutario referido no art, 10 Art. 19. E garantida a participagéo, no Conselho de Administragéo, de representante dos empregados ¢ dos acionistas minoritarios. § 12 As normas previstas na Lei n® 12.353,_de 28 de dezembro de 2010, aplicam-se a participagao de ‘empregados no Conselho de Administragao da empresa publica, da sociedade de economia mista e de suas subsididrias ¢ controladas e das demais empresas em que a Unido, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto. § 22. E assegurado aos acionistas minoritarios 0 direito de eleger 1 (um) conselheiro, se maior numero nao Ihes ‘couber pelo processo de voto miltiplo previsto na Lein® 6.404, de 15 de dezembro de 1976, Art. 20. E vedada a participacao remunerada de membros da administragao ptiblica, direta ou indireta, em mais de 2 (dois) conselhos, de administragao ou fiscal, de empresa publica, de sociedade de economia mista ou de suas subsididrias. Art. 21. (VETADO). Pardgrafo unico. (VETADO), SegaoV Do Membro Independente do Conselho de Admi tragio Art. 22, © Conselho de Administragao deve ser composto, no minimo, por 25% (vinte e cinco por cento) de membros independentes ou por pelo menos 1 (um), caso haja decisao pelo exercicio da faculdade do voto miltiplo pelos acionistas minoritarios, nos termos do ark, 141 da Lei n®.6,404, de 15 de dezembro de 1976, § 12 0 conselheiro independente caracteriza-se por: | - no ter qualquer vinculo com a empresa pibblica ou a sociedade de economia mista, exceto participagéo de capital; Il - no ser cénjuge ou parente consanguineo ou afim, até o terceiro grau ou por adogao, de chefe do Poder Executivo, de Ministro de Estado, de Secretario de Estado ou Municipio ou de administrador da empresa publica ou da sociedade de economia mista; IIL - no ter mantido, nos titimos 3 (trés) anos, vinculo de qualquer natureza com a empresa piiblica, a sociedade de economia mista ou seus controladores, que possa vir a comprometer sua independéncia; IV = no ser ou nao ter sido, nos titimos 3 (trés) anos, empregado ou diretor da empresa publica, da sociedade de ‘economia mista ou de sociedade controlada, coligada ou subsididria da empresa piiblica ou da sociedade de economia mista, exceto se o vinculo for exclusivamente com instituigées piblicas de ensino ou pesquisa; V - no ser fornecedor ou comprador, direto ou indireto, de servigos ou produtos da empresa publica ou da sociedade de economia mista, de modo a implicar perda de independéncia;, VI - no ser funciondrio ou administrador de sociedade ou entidade que esteja oferecendo ou demandando servigos ou produtos @ empresa piiblica ou a sociedade de economia mista, de modo a implicar perda de independéncia; VII - no receber outra remuneragao da empresa piblica ou da sociedade de economia mista além daquela relativa ao cargo de conselheiro, & excegdo de proventos em dinheiro oriundos de parlicipagao no capital § 22 Quando, em decorréncia da observancia do percentual mencionado no caput, resullar nimero fracionério de cconselheiros, proceder-se-4 ao arredondamento para o numero inteito: imediatamente superior, quando a fragéo for igual ou superior a 0,5 (cinco décimos); II imediatamente inferior, quando a frag&o for inferior a 0,5 (cinco décimos). hitpsiwww planalte govbiecii_03/_ato2015-2018/20t6HoiN13303.him 190 201052018 13303 § 32 Nao serdo consideradas, para o cémputo das vagas destinadas a membros independentes, aquelas ‘ocupadas pelos conselheires eleitos por empregados, nos termos do § 12 do art. 19, § 42 Serdo consideradas, para 0 cémputo das vagas destinadas a membros independentes, aquelas ocupadas Pelos conselheiros eleitos por acionistas minoritérios, nos termos do § 22 do art. 19. § 52 (VETADO). Sogo VI Da Diretoria Art. 23. E condigao para investidura em cargo de diretoria da empresa publica @ da sociedade de economia mista ‘a assuncao de compromisso com metas e resultados especificos a serem alcangados, que deverd ser aprovado pelo Conselho de Administragao, a quem incumbe fiscalizar seu cumprimento § 12 Sem prejuizo do disposto no caput, a diretoria devera apresentar, até a titima reuniao ordinaria do Conselho de Administragao do ano anterior, a quem compete sua aprovagao: plano de negécios para o exercicio anual seguinte; Il - estratégia de longo prazo atualizada com analise de riscos e oportunidades para, no minimo, os préximos 5 (cinco) anos. § 22 Compete ao Conselho de Administragio, sob pena de seus integrantes responderem por omissao, promover anualmente andlise de atendimento das metas e resultados na execugao do plano de negécios e da estratégia de longo prazo, devendo publicar suas conclusdes e informé-las ao Congresso Nacional, as Assembleias Legislativas, & Cémara Legislativa do Distrito Federal ou as Cémaras Municipals e aos respectivos tribunais de contas, quando houver. § 32 Excluem-se da obrigagéo de publicagéo a que se refere o § 22 as informagées de natureza estratégica cuja divulgagao possa ser comprovadamente prejudicial ao interesse da empresa publica ou da sociedade de economia mista, Secdo Vil Do Comité de Auditoria Estatutario Art, 24, A empresa publica e a sociedade de economia mista deverao possuir em sua estrutura societaria Comité de Auditoria Estatutério como érgao auxiliar do Conselho de Administragao, ao qual se reportara diretamente. § 12 Competira ao Comité de Auditoria Estatutério, sem prejuizo de outras competéncias previstas no estatuto da ‘empresa pliblica ou da sociedade de economia mista: opinar sobre a contratago e destituigdio de auditor independente; Il - supervisionar as atividades dos auditores independentes, avaliando sua independéncia, a qualidade dos servigos prestados e a adequago de tals servigas as necessidades da empresa publica ou da sociedade de economia mista; Ill - supervisionar as atividades desenvolvidas nas areas de controle interno, de auditoria interna @ de elaboragao das demonstragées financeiras da empresa publica ou da sociedade de economia mista; IV - monitorar a qualidade e a integridade dos mecanismos de controle intemo, das demonstragoes financelras das informagées e medicées divulgadas pela empresa publica ou pela sociedade de economia mista; V - avaliar e monitorar exposig6es de risco da empresa publica ou da sociedade de economia mista, podendo requerer, entre outras, informagdes detalhadas sobre politicas e procedimentos referentes a a) remuneragao da administragao; ») utilizagdo de ativos da empresa publica ou da sociedade de economia mista; ) gastos incorridos em nome da empresa publica ou da sociedade de economia mista; VI - avaliar e monitorar, em conjunto com a administragao e a area de auditoria interna, a adequagdo das transagées com partes relacionadas; hitpsiwww planalte govbiecii_03/_ato2015-2018/20t6HoiN13303.him 2130 201052018 13303 VIl_~ elaborar relatério anual com informagdes sobre as atividades, os resultados, as conclusdes e as Tecomendagées do Comité de Auditoria Estatutario, registrando, se houver, as divergéncias significativas entre administragao, auditoria independente e Comité de Auditoria Estatutdrio om relagao as demonstragées financeiras; VIII - avaliar a razoabilidade dos parmetros em que se fundamentam os célculos atuariais, bem como o resultado atuarial dos planos de beneficios mantidos pelo fundo de pensao, quando a empresa publica ou a sociedade de ‘economia mista for patrocinadora de entidade fechada de previdéncia complementar. § 22 O Comité de Auditoria Estatutario devera possuir meios para receber deniincias, inclusive sigilosas, internas @ externas empresa publica ou a sociedade de economia mista, em matérias relacionadas ao escopo de suas atividades. § 32 0 Comité de Auditoria Estatutério deverd se reunir quando necessério, no minimo bimestralmente, de modo ‘que as informagdes contabeis sejam sempre apreciadas antes de sua divulgagao. § 42 A empresa ptiblica e a sociedade de economia mista deverao divulgar as atas das reunides do Comité de Auditoria Estatutario. {§ 52 Caso 0 Conselho de Administrago considere que a divulgagao da ata possa pér em risco interesse legitimo da empresa piiblica ou da sociedade de economia mista, a empresa publica ou a sociedade de economia mista divulgara apenas 0 extrato das atas. § 62 A restrigao prevista no § 52 ndo sera oponivel aos érgaos de controle, que terdo total ¢ irrestrito acesso a0 conteiido das atas do Comité de Auditoria Estatutario, observada a transferéncia de siglo. § 72 0 Comité de Auditoria Estatutério deverd possuir autonomia operacional e dotago orgamentéria, anual ou por projeto, dentro de limites aprovados pelo Conselho de Administracao, para conduzir ou determinar a realizacao de consultas, avaliagdes e investigages dentro do escopo de suas atividades, inclusive com a contralagéo e ullizagéo de especialistas extemnos independentes. Art. 25. © Comité de Auditoria Estatutério sera integrado por, no minimo, 3 (trés) e, no maximo, § (cinco) membros, em sua maioria independentes. § 12 Sao condigdes minimas para integrar 0 Comité de Auditoria Estatutario: do ser ou ter sido, nos 12 (doze) meses anteriores & nomeagao para o Comité: a) diretor, empregado ou membro do conselho fiscal da empresa puiblica ou sociedade de economia mista ou de ‘sua controladora, controlada, coligada ou sociedade em controle comum, direta ou indireta; b) responsavel técnico, diretor, gerente, supervisor ou qualquer outro integrante com fungao de geréncia de equipe envolvida nos trabalhos de auditoria na empresa piiblica ou sociedade de economia mista; II = nao ser cénjuge ou parente consanguineo ou afim, até o segundo grau ou por adogao, das pessoas referidas ro inciso I; Ill - no receber qualquer outro tipo de remuneragao da empresa pilblica ou sociedade de economia mista ou de sua controladora, controlada, coligada ou sociedade em controle comum, direta ou indireta, que nao seja aquela relativa 4 fungdo de integrante do Comité de Auditoria Estatutario; IV - no ser ou ter sido ocupante de cargo pitblico efetivo, ainda que licenciado, ou de cargo em comisséo da pessoa juridica de direito publico que exerga o controle aciondrio da empresa publica ou sociedade de economia mista, nos 12 (doze) meses anteriores & nomeagao para o Comité de Auditoria Estatutario, § 22 Ao menos 1 (um) dos membros do Comité de Auditoria Estatutério deve ter reconhecida experiéncia em assuntos de contabilidade societaria, § 32 O atendimento as previsées deste artigo deve ser comprovado por meio de documentagao mantida na sede da empresa piblica ou sociedade de economia mista pelo prazo minimo de 5 (cinco) anos, contado a partir do titimo dia de mandato do membro do Comité de Auditoria Estatutério. Segao Vill Do Conselho Fiscal Art. 26. Além das normas previstas nesta Lei, aplicam-se aos membros do Conselho Fiscal da empresa publica da sociedade de economia mista as disposigées previstas na Lei n® 6,404, de 15 de dezembro de 1976, relativas a seus Poderes, deveres e responsabilidades, a requisitos © impedimentos para investidura e a remuneragao, além de outras disposicdes estabelecidas na referida Lei hitpsiwww planalte govbiecii_03/_ato2015-2018/20t6HoiN13303.him 9190 201052018 13303 § 12 Podem ser membros do Conselho Fiscal pessoas naturais, residentes no Pais, com formagao académica ‘compativel com o exercicio da fungao e que tenham exercido, por prazo minimo de 3 (trés) anos, cargo de direao ou assessoramento na administragao piblica ou cargo de conselheiro fiscal ou administrador em empresa § 22 0 Conselho Fiscal contaré com pelo menos 1 (um) membro indicado pelo ente controlador, que deverd ser sservidor piblico com vinculo permanente com a administragao publica. CAPITULO III DA FUNCAO SOCIAL DA EMPRESA PUBLICA E DA SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA Art. 27. A empresa pilblica e a sociedade de economia mista terdo a fungéo social de realizagdo do interesse coletivo ou de atendimento a imperativo da seguranga nacional expressa no instrumento de autorizagao legal para a sua criagao. § 12 A realizacdo do interesse coletivo de que trata este artigo deverd ser orientada para o alcance do bem-estar ‘econémico @ para a alocagao socialmente eficiente dos recursos geridos pela empresa publica e pela sociedade de ‘economia mista, bem como para o seguinte: | = ampliagdo economicamente sustentada do acesso de consumidores aos produtos e servicos da empresa publica ou da sociedade de economia mista Il - desenvolvimento ou emprego de tecnologia brasileira para producdo e oferta de produtos e servigos da ‘empresa puiblica ou da sociedade de economia mista, sempre de maneira economicamente justificada. § 22 A empresa publica e a sociedade de economia mista deverdo, nos termos da lei, adotar praticas de sustentabilidade ambiental e de responsabilidade social corporativa compativeis com o mercado em que atuam. § 32 A empresa publica e a sociedade de economia mista poderdo celebrar convénio ou contrato de patrocinio ‘com pessoa fisica ou com pessoa juridica para promogo de atividades culturais, socials, esportivas, educacionais e de inovagao tecnolégica, desde que comprovadamente vinculadas ao fortalecimento de sua marca, observando-se, no que ‘couber, as normas de licitagao e contratos desta Lei TITULO DISPOSIGOES APLICAVEIS AS EMPRESAS PUBLICAS, AS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA E AS SUAS SUBSIDIARIAS QUE EXPLOREM ATIVIDADE ECONOMICA DE PRODUGAO OU COMERCIALIZACAO DE BENS OU DE PRESTACAO DE SERVICOS, AINDA QUE A ATIVIDADE ECONOMICA ESTEJA SUJEITA AO REGIME DE MONOPOLIO DA UNIAO OU SEJA DE PRESTAGAO DE SERVIGOS PUBLICOS. CAPITULO | DAS LICITAGOES Segaol Da Exigéncia de Licitagao e dos Casos de Dispensa e de Inexigibilidade Art. 28. Os contratos com terceiros destinados a prestagdo de servigos as empresas piblicas ¢ as sociedades de ‘economia mista, inclusive de engenharia e de publicidade, a aquisigao e a locagao de bens, a alienacao de bens e ativos integrantes do respectivo patriménio ou execugao de obras a serem integradas a esse patriménio, bem como a implementagao de énus real sobre tais bens, serao precedidos de licitagao nos termos desta Lei, ressalvadas as, hipéteses previstas nos arts. 29 ¢ 30 § 12 Aplicam-se as licitages das empresas piiblicas e das sociedades de economia mista as disposigdes constantes dos arts, 42 a 49 da Lei Complementar n® 123, de 14 de dezembro de 2006. § 22 O convénio ou contrato de patrocinio celebrado com pessoas fisicas ou juridicas de que trata o § 32 do art. 27 observara, no que couber, as normas de licitago e contratos desta Lei § 32 Sao as empresas piblicas ¢ as sociedades de economia mista dispensadas da observancia dos dispositivos deste Capitulo nas seguintes situagées: | - comercializagao, prestagao ou execucéo, de forma direta, pelas empresas mencionadas no caput, de produtos, servigos ou obras especificamente relacionados com seus respectivos objetos socials; hitpsiwww planalte govbiecii_03/_ato2015-2018/20t6HoiN13303.him 10190 201052018 13303 Il ~ nos casos em que a escolha do parceiro esteja associada a suas caracteristicas particulares, vinculada a oportunidades de negécio definidas e especificas, justificada a inviabllidade de procedimento competitivo. § 42 Consideram-se oportunidades de negécio a que se refere o inciso II do § 32 a formagao e a extingao de parcerias e outras formas associalivas, socielérias ou contratuais, a aquisigéio e a allenagao de parlicipacdo em sociedades e outras formas associativas, societarias ou contratuais © as operacdes realizadas no ambito do mercado de capitais, respeitada a regulacdo pelo respectivo érgao competente. Art. 29, E dispensavel a realizagao de licitacdo por empresas piblicas e sociedades de economia mista: | - para obras e servigos de engenharia de valor até R$ 100.000,00 (cem mil reais), desde que nao se refiram a parcelas de uma mesma obra ou servico ou ainda a obras e servicos de mesma natureza e no mesmo local que possam ‘ser realizadas conjunta e concomitantemente; II para outros servigos e compras de valor até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) e para alienagées, nos casos previstos nesta Lei, desde que nao se refiram a parcelas de um mesmo servico, compra ou alienagao de maior vulto que possa ser realizado de uma s6 vez; Ill - quando no acudirem interessados 4 licitagdo anterior e essa, justificadamente, nao puder ser repetida sem prejuizo para a empresa publica ou a sociedade de economia mista, bem como para suas respectivas subsididrias, desde que mantidas as condigdes preestabelecidas; IV ~ quando as propostas apresentadas consignarem pregos manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional ou incompativeis com os fixados pelos érg4os oficiais competentes; V - para a compra ou locagéo de imével destinado ao atendimento de suas finalidades precipuas, quando as necessidades de instalagdio e localizago condicionarem a escolha do imével, desde que o prego seja compativel com 0 valor de mercado, segundo avaliagao prévia; VI - na contratagao de remanescente de obra, de servigo ou de fornecimento, em consequéncia de rescisio contratual, desde que atendida a ordem de classificagao da licitacao anterior e aceltas as mesmas condigdes do contrato ‘encerrado por resciséo ou distrato, inclusive quanto ao prego, devidamente corrigido; VII na contratagéio de instituig&o brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional ou de instituigdo dedicada a recuperacao social do preso, desde que a contratada detenha inquestionavel reputacdo ético-profissional e no tenha fins lucrativos; VIII - para a aquisicao de componentes ou pegas de origem nacional ou estrangeira necessérios a manutengao de ‘equipamentos durante o periodo de garantia técnica, junto ao fornecedor original desses equipamentos, quando tal condi¢ao de exclusividade for indispensavel para a vigéncia da garantia; IX = na contratagaio de associagao de pessoas com deficiéncia fisica, sem fins lucrativos ¢ de comprovada idoneidade, para a prestagdo de servicos ou fomecimento de mao de obra, desde que o prego contratado seja ‘compativel com 0 praticado no mercado; X - na contratagao de concessionério, permissiondrio ou autorizado para fornecimento ou suprimento de energia elétrica ou gas natural e de outras prestadoras de servico puiblico, segundo as normas da legislagao especifica, desde ‘que 0 objeto do contrato tenha pertinéncia com o servigo pubblico. XI - nas contratagdes entre empresas piblicas ou sociedades de economia mista e suas respectivas subsididrias, para aquisi¢ao ou alienaco de bens e prestago ou obtengo de servicos, desde que os precos sejam compativeis com 08 praticados no mercado © que 0 objeto do contrato tenha relagdo com a atividade da contratada prevista em seu estatuto social, XII - na contratagao de coleta, processamento e comercializago de residuos sélides urbanos reciclavels ou reutilizavels, em areas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associagées ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas fisicas de baixa renda que tenham como ocupagao econdmica a coleta de materiais reciclaveis, com 0 uso de equipamentos compativeis com as normas técnicas, ambientais e de satide publica; Xill- para o fornecimento de bens e servicos, produzidos ou prestados no Pals, que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnolégica e defesa nacional, mediante parecer de comissao especialmente designada pelo dirigente maximo da empresa publica ou da sociedade de economia mista; XIV - nas contratagées visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3°, 4°, 5° ¢ 20 da Lei n® 10,973, de 2 de. dezembro de 2004, observados os principios gerais de contratacao dela constantes; XV - em situagdes de emergéncia, quando caracterizada urgéncia de atendimento de situagao que possa ‘casionar prejuizo ou comprometer a seguranga de pessoas, obras, servigos, equipamentos e outros bens, piblicos ou particulares, © somente para os bens necesséirios ao atendimento da situagao emergencial e para as parcelas de obras © servigos que possam ser concluidas no prazo maximo de 180 (cento e citenta) dias consecutives e ininterruptos, contado da ocorréncia da emergéncia, vedada a prorrogagao dos respectivos contratos, observado o disposto no § 2%; hitpsiwww planalte govbiecii_03/_ato2015-2018/20t6HoiN13303.him 110 201052018 13303 XVI- na transferéncia de bens a érgaos e entidades da administragdo publica, inclusive quando efetivada mediante permuta; XVII - na doacdo de bens méveis para fins @ usos de interesse social, apés avallacdo de sua oportunidade & conveniéncia socioeconémica relativamente a escolha de outra forma de alienagao; XVIII -na compra e venda de agdes, de titulos de crédito e de divida e de bens que produzam ou comercializem, § 12 Na hipétese de nenhum dos licitantes aceitar a contratagdo nos termos do inciso VI do caput, a empresa publica e a sociedade de economia mista poderdo convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificagao, para a celebragao do contrato nas condigdes ofertadas por estes, desde que o respectivo valor seja igual ou inferior ao ‘orcamento estimado para a contratagao, inclusive quanto aos pregos atualizados nos termos do instrumento convocatério. § 22 A contratagao direta com base no inciso XV do caput nao dispensard a responsablizago de quem, por ago ‘ou omissao, tenha dado causa ao motivo ali descrito, inclusive no tocante ao disposto na Lei n® 8,429, de 2 de junho de 1992 § 32 Os valores estabelecidos nos incisos | e Il do caput podem ser alterados, para refletir a variagao de custos, por deliberagéo do Conselho de Administrago da empresa piblica ou sociedade de economia mista, admitindo-se valores diferenciados para cada sociedade. ‘Art. 30. A contratagio direta serd feita quando houver inviabilidade de competigzio, em especial na hipdtese de: | - aquisigao de materials, equipamentos ou géneros que s6 possam ser fomecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusive; Il - contratago dos seguintes servigos técnicos especializados, com profissionais ou empresas de notéria especializagao, vedada a inexigibilidade para servigos de publicidade e divulgagao: a) estudos técnicos, planejamentos e projetos basicos ou executives; ») pareceres, pericias © avaliagdes em geral; ©) assessorias ou consultorias técnicas @ auditorias financeiras ou tributarias; 4) fiscalizagéo, superviséio ou gerenciamento de obras ou servigos; ©) patrocinio ou defesa de causas judiciais ou administrativas; f) treinamento e aperfeigoamento de pessoal: 4g) restauragao de obras de arte e bens de valor histérico. § 12 Considera-se de notéria especializagéo o profissional ou a empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiéncia, publicagées, organizacéo, aparelhamento, ‘equipe técnica ou outros requisites relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial & indiscutivelmente 0 mais adequado a plena satisfagao do objeto do contrato. § 22 Na hipétese do caput e em qualquer dos casos de dispensa, se comprovado, pelo érgao de controle externo, ‘sobreprego ou superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano causado quem houver decidido pela contratagao direta e 0 fornecedor ou prestador de servicos. § 32 0 processo de contratagéo direta seré instruldo, no que couber, com os seguintes elementos: caracterizacao da situagao emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa, quando for o caso; II- razdo da escolha do fomecedor ou do executante; Ill -justiicativa do prego, Segao ll Disposig6es de Cardter Geral sobre Licitag6es e Contratos Art, 31. As licitagées realizadas e os contratos celebrados por empresas puiblicas e sociedades de economia mista destinam-se a assegurar a selecao da proposta mais vantajosa, inclusive no que se refere ao ciclo de vida do objeto, e a evitar operagées em que se caracterize sobreprego ou superfaturamento, devendo observar os principios da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da eficiéncia, da probidade administrativa, da hitpsiwww planalte govbiecii_03/_ato2015-2018/20t6HoiN13303.him 12190 201052018 13303 ‘economicidade, do desenvolvimento nacional sustentavel, da vinculagao ao instrumento convocatério, da obtengao de competitividade e do julgamento objetivo. § 12 Para os fins do disposto no caput, considera-se que ha: | = sobreprego quando os pregos orgados para a licitagéo ou os pre¢os contratados so expressivamente superiores aos pregos referenciais de mercado, podendo referir-se ao valor unitério de um item, se a licitago ou a contratagao for por pregos unitarios de servigo, ou ao valor global do objeto, se a licitagao ou a contratagao for por prego global ou por empreitada; II - superfaturamento quando houver dano ao patriménio da empresa puiblica ou da sociedade de economia mista caracterizado, por exemplo: a) pela medigo de quantidades superiores as efetivamente executadas ou fornecidas; b) pela deficiéncia na execugao de obras e servigos de engenharia que resulte em diminuigao da qualidade, da vida util ou da seguranga; €) por alteragées no orgamento de obras e de servigos de engenharia que causem o desequilibrio econdmico- financeiro do contrato em favor do contratado; 4d) por outras alteragdes de clausulas financeiras que gerem recebimentos contratuais antecipados, distorgo do ‘cronograma fisico-fnanceiro, prorrogagao injustificada do prazo contratual com custos adicionais para a empresa publica ‘ou a Sociedade de economia mista ou reajuste irregular de pregos. § 22 0 orgamento de referéncia do custo global de obras e servigos de engenharia devera ser obtido a partir de custos unitérios de insumos ou servigas menores ou iguais @ mediana de seus correspondentes no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Indices da Construgao Civil (Sinapi), no caso de construgao civil em geral, ou no Sistema de Custos Referenciais de Obras (Sicro), no caso de obras e servicos rodovidrios, devendo ser observadas as peculiaridades geograticas. § 32 No caso de inviabilidade da definigéo dos custos consoante o disposto no § 22, a estimativa de custo global poderd ser apurada por meio da utilizagao de dados contidos em tabela de referéncia formalmente aprovada por érgaos ‘0u entidades da administragdo publica federal, em publicagdes técnicas especializadas, em banco de dados e sistema ‘especifico instituido para o setor ou em pesquisa de mercado. § 42 A empresa piblica @ a sociedade de economia mista poderdo adotar procedimento de manifestagio de interesse privado para o recebimento de propostas © projetos de empreendimentos com vistas a atender necessidades previamente identificadas, cabendo a regulamento a definicdo de suas regras especificas. § 52 Na hipdtese a que se refere o § 42, o autor ou financiador do projeto poderd participar da licitagao para a ‘execugdo do empreendimento, podendo ser ressarcido pelos custos aprovados pela empresa publica ou sociedade de ‘economia mista caso nao venga o certame, desde que seja promovida a cessao de direitos de que trata o art. 80. Art. 32. Nas licitagdes e contratos de que trata esta Lei serdo observadas as seguintes diretrizes: | - padronizagao do objeto da contratagéo, dos instrumentos convocatérios e das minutas de contratos, de acordo ‘com normas internas especificas; II - busca da maior vantagem competitiva para a empresa piblica ou sociedade de economia mista, considerando ‘custos e beneficios, diretos e indiretos, de nalureza econdmica, social ou ambiental, inclusive os relativos a manutengao, a0 desfazimento de bens e residuos, ao indice de depreciagdo econdmica e a outros fatores de igual relevancia; Ill - parcelamento do objeto, visando a ampliar a participago de licitantes, sem perda de economia de escala, ¢ desde que nao atinja valores inferiores aos limites estabelecidos no art, 29, incisos | e Il; IV - adogéo preferencial da modalidade de licitag&o denominada pregao, institulda pela Lei julho de 2002, para a aquisigao de bens e servicos comuns, assim considerados aqueles cujos padrées de desempenho © qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificagées usuais no mercado; \V - observagao da politica de integridade nas transagdes com partes interessadas. § 12As licitagdes e os contratos disciplinados por esta Lei devem respeitar, especialmente, as normas relativas a: | - disposigao final ambientalmente adequada dos residuos sélidos gerados pelas obras contratadas; II - mitigagao dos danos ambientais por meio de medidas condicionantes de compensagao ambiental, que serao definidas no procedimento de licenciamento ambiental; IIL utilizagao de produtos, equipamentos e servigos que, comprovadamente, reduzam 0 consumo de energia e de recursos natural hitpsiwww planalte govbiecii_03/_ato2015-2018/20t6HoiN13303.him 13190

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