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1338 ©) Quantidade de referéncia — a quantidade de Ieite ou equivalente em leite que é atribuida a cada comprador, que corresponde ao total das quantidades de referencia dos respectivos pro- dutores, e ainda aquela que ¢ atribuida ao pro- dutor que vende directamente ao consumo} Campanha leiteira — 0 periodo de 12 meses que decorre de 1 de Abril a 31 de Marco do ano seguinte; 4) Ano civil de referéncia—o periodo que decorre entre 1 de Janeiro ¢ 31 de Dezembro de 1990; ©) Leite —'leite de vaca; J) Outros produtos lécteos — as natas, a manteiga © 0 queijo; 8) Produtor — 0 produtor agricola, pessoa int Vidual ou colectiva, ou seus agrupamentos, que venda 0 leite ou outros produtos lacteos direc. tamente a0 consumo ou os entregue a um com- prador; Exploracdo — unidade ou unidades de produ- 80 geridas pelo produtor; i) Comprador — uma empresa ou agrupamento de empresas que adquiram o leite ou outros produtos lécteos para tratamento ou transfor- mago ou para o ceder a uma ou varias empre- sas de tratamento e transformagao; J) Entrega — toda a entrega de leite ¢ produtos éeteos a um comprador, quer 0 transporte seja assegurado por este, quer pelo produtor ou por qualquer outra entidade; 1) Venda directa — venda ao consumidor de leite ou de produtos licteos, convertidos em equiva- lente em leite, sem intermediagdo de uma empresa de tratamento ou de transformagio do leite ¢ A Art. 3.° — | — Sem prejuizo do disposto no nimero seguinte, a transmissdo de uma exploracéo, a qualquer titulo, total ou parcial, efectuada nos termos da lei geral, implica a transferéncia para o novo titular da quantidade de referéncia correspondente & superficie objecto de transmisso. 2 — No caso de a exploragdo ser objecto, no todo ou em parte, de expropriacdo por utilidade publica ou de dentincia de contrato de arrendamento rural nos termos do artigo 20.° do Decreto-Lei n.° 385/88, de 25 de Out bro, a quantidade de referéncia respectiva manter- na titularidade do produtor, desde que satisfeitos os demais preceitos legais ¢ regulamentares, podendo rever- ter, em caso contrario, para a reserva nacional, 3 — Sempre que um produtor cesse definitivamente a actividade ¢ a respectiva quantidade de referéncia nao se transfira nos termos estabelecidos pelo presente diploma ¢ legislacao complementar, a mesma reverte para a reserva nacional. Art, 4.° — 1 — Quando, no inicio de uma campa- nha leiteira, 0 produtor ndo consiga garantir a total utilizagdo da sua quantidade de referéncia, pode ceder ‘ao comprador, a titulo oneroso e durante a campanha respectiva, a parte que preveja nao utilizar. 2—O comprador pode proceder, no fim de cada campanha leiteira, a redistribuigéo das quantidades de referencia nao utilizadas em beneficio dos produtores ‘que excederam a sua quantidade individual. Art. 5.° E instituida uma imposigdo suplementar sobre ‘as quantidades de leite ou produtos lécteos que excedam ‘as quantidades de referéncia dos compradores e dos pro- dutores que vendam directamente a0 consumo. DIARIO DA REPUBLICA 1 SERIE-A N.* 62 — 15-3-1991 Art. 6.° — 1 — Por portaria do Ministro da Agri- cultura, Pescas e Alimentacao serdo fixadas: @) As normas e critérios que disciplinarao a redis- tribuigao das quantidades de referéncia e a cedéncia temporaria referidas no artigo 4.°, bem como os precos maximos a praticar nes” sas operacdes; +) As normas regulamentares relativas & imposi- do suplementar referida no artigo anterior 2—Nas Regides Auténomas dos Acores ¢ da Madeira, a regulamentacao prevista no mimero ante- rior sera estabelecida pelos respectivos rgdos de governo proprio. Art. 7.° A entidade competente para garantir a exe cugao do disposto no presente diploma e respectivas normas regulamentares ¢ 0 INGA, sem prejuizo das competéncias fixadas por lei 4 DGMAIAA. Art. 8.° O presente diploma entra em vigor em I de Abril de 1991. Visto ¢ aprovado em Conselho de Ministros de 24 de Janeiro de 1991. — Anibal Antonio Cavaco Silva — Vasco Joaquim Rocha Vieira — Lino Dias Miguel — Luis Miguel Couceiro Pizarro Beleza — Luis Antonio Damdsio Capoulas — Fernando Manuel Barbosa Faria de Oliveira. Promulgado em 4 de Margo de 1991 Publique-se. Presidente da Republica, MARIO SOARES. Referendado em 6 de Margo de 1991, © Primeiro-Ministro, Anibal Anténio Cavaco Silva. MINISTERIO DA INDUSTRIA E ENERGIA Decreto-L 109/91 de 15 de Margo © licenciamento da actividade industrial tem sido regido pelo Decreto-Lei n.° 46 923 e pelo Decreto n.° 46 924, de 28 de Margo de 1966, aos quais se vie- tam juntar variados diplomas, dai resultando um qua- dro legal manifestamente desactualizado ¢ disperso. desenvolvimento tecnoldgico acelerado que nas décadas recentes se vem verificando, a par de proces- sos de expansdo industrial e urbanistica, provocou alte- ragdes profundas nas condigdes de vida ¢ de ambiente, que levaram a tomada de consciéncia generalizada de que € necessdrio garantir a toda a populagao as condi- Oes indispensaveis a melhoria de qualidade de vida, consagrada como principio constituciona No ambito da actividade industrial impSe-se, assim, € sem prejuizo do direito do seu livre exercicio, que seja assegurada a sua proteceao, a par dos demais dir tos susceptiveis de serem postos em causa pela instala: s&io e laboracdo dos estabelecimentos industriais. presente diploma pretende, assim, ser um instru- mento de protecedo do interesse colectivo, traduzido tanto na seguranca de processos tecnoldgicas como na procura das melhores condigdes de localizagao ¢ labo. ragdo da indiistria, que garantam, quer para o indus- trial, quer para a comunidade, o efeito multiplicador do empreendimento criado N.° 62 — 15-3-1991 Assim: Nos termos da alinea a) do n.° 1 do artigo 201.° da Constituigo, © Governo decreta o seguinte: CAPITULO 1 isposigdes gerais Artigo 1.° Objecto O presente diploma estabelece as normas disciplina- doras do exercicio da actividade industrial, com 0 objectivo da prevengdo dos riscos ¢ inconvenientes resultantes da laboragdo dos estabelecimentos indus- triais, tendo em vista salvaguardar a saiide pibica e dos trabalhadores, a seguranca de pessoas e bens, a higiene seguranca dos locais de trabalho, o correcto ordena- mento do territério e a qualidade do ambiente Antigo 2.° Detinigaes Para efeitos do presente diploma entende-se por: a) Actividade industrial — quaisquer actividades que constem da tabela anexa ao Decreto Regu- lamentar n.° 10/91, de 15 de Margo; 'b) Estabelecimento industrial — todo 0 local onde seja exercida, principal ou acessoriamente, por conta propria ou de terceiros, qualquer activi- dade industrial, independentemente da sua dimensio, do niimero de trabalhadores, eq pamento ou outros factores de producao; ¢) Industrial — pessoa singular ou colectiva que seja proprietaria ou requeira a instalagdo de um. estabelecimento industrial ou que nele exerga em seu proprio nome actividade industrial; d) Estudo de impacte ambiental — estudo sob res- ponsabilidade do proponente, contendo infor- magoes sobre o projecto, zona afectada c con- junto de alteragdes significativas, provocadas por esse projecio a curto ou a longo prazo, sobre o ambiente, nas suas componentes biofi sicas, econdmicas, scio-culturais e humanas ¢ suas inter-relagoes ¢) Técnico responsavel — ténico devidamente qualificado ¢ inscrito na organizagao profissio- nal respectiva que, perante a Administragao Publica e o industrial, se responsabiliza pela elaboragao ¢ execugdo do projecto ¢ pela labo- ragdo do estabelecimento industrial; J) Autoridade técnica de riscos industriais graves {ATRIG) — a entidade criada no ambito do Decreto-Lei_n.° 224/87, de 3 de Junho; 8) Entidade coordenadora — a entidade do Minis- tério da Indiistria e Energia ou do Ministério da Agricultura, Pescas ¢ Alimentago a quem compete a coordenacao do processo de licen- ciamento da instalacao, alteragio ¢ laboracéo de um estabelecimento industrial e, bem assim, a emisséo de licenga; A) Entidades fiscalizadoras — entidades a quem compete a fiscalizacao do cumprimento das regras disciplinadoras do exercicio da actividade industrial, em especial as entidades tes no processo de licenciamento da instalagao ¢ alteragio de um estabelecimento industrial. DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A 1339 Artigo 3.° Regulamentagio As normas técnicas necessarias & regulamentacao do presente diploma sero aprovadas por decreto regula- mentar, do qual constarao, nomeadamente: @) A classificagao das actividades industriais, tendo em conta o grau e a natureza do risco € 0 inconvenientes para o homem e 0 ambiente inerentes a0 seu exercici b) A classificagao dos estabelecimentos industriais, de acordo com as actividades neles exercidas; ©) Os elementos constituintes do processo de licen- ciamento, seus tramites processuais ¢ respecti- vos prazos, consoante a classificacao do esta- belecimento industrial. Artigo 4.° Dever geral de seguranca A actividade industrial deve ser exercida por forma a garantir a seguranca quanto as pessoas ¢ bens ¢ as condigdes de trabalho ¢ ambiente, tendo em conta 0 grau de desenvolvimento tecnolégico existente ¢ 0 grau de risco da actividade em causa. Artigo 5.° Dever geral de prevensio de siscos 1 —0 industrial deve exercer a sua actividade de acordo com a regulamentacdo aplicdvel e adoptar medi- das de prevenga0 no sentido de eliminar ou reduzir os riscos susceptiveis de afectarem as pessoas ¢ bens, as condigdes de trabalho ¢ o ambiente 2— Sempre que detecte alguma anomalia no funcio- namento do estabelecimento, o industrial deve tomar as medidas adequadas para’ corrigit a situago e, se necessdrio, proceder a suspensdo da laboracao. Artigo 6.° Seguro de responsabilidade «i Agueles que exercam actividades industriais que envol- vam alto grau de risco, como tal classificadas nos ter- ‘mos do Decreto-Lei n.°'224/87, de 3 de Junho, sao obri- ‘gados a segurar a sua responsabilidade civil nos termos gerais aplicaveis. Artigo 7.° Rectamasves 1 — A todo 0 tempo poderdo terceiros, devidamente identificados, apresentar reclamagao fundamentada relativa a instalacdo, alteragao ¢ laboracao de qualquer estabelecimento industrial, junto da entidade coorde- nadora, das entidades fiscalizadoras dos servicos regio nais do respectivo ministério ou da entidade a quem ‘couber a salvaguarda dos direitos ¢ interesses em causa, que a transmitirdo & entidade coordenadora acompa- nhada de um parecer fundamentado. 2 — A entidade que receber a reclamagio dard dela conhecimento ao industrial. 3 — A entidade coordenadora tomar as providén- cias necessérias, nomeadamente através de vistorias para andlise e decisdo das reclamacées, consultando, 1340 € sempre que tal se justifique, as entidades a quem cabe a salvaguarda dos direitos ¢ interesses em causa. 4— Da deciséo tomada a entidade coordenadora dara conhecimento ao industrial, ao reclamante ¢ as entidades consultadas. CAPITULO II Licenciamento Artigo 8.° Obrigatoriedade de licenclamento 1 — A instalagdo, alteragdo € laborago dos estabe- lecimentos industriais ficam sujeitas 4 prévia autoriz ga0 do organismo ou servigo do Ministério da Agi cultura, Pescas ¢ Alimentagéo ou do Ministério da Industria e Energia que superintender na actividade industrial em causa 2 — Ao organismo ou servigo referido no niimero anterior cabe a coordenaao de todo 0 proceso de licenciamento, sendo, para esse efeito, o interlocutor linico do industrial Artigo 9.° Processo de licenclamento 1 — 0 pedido de licenciamento a apresentar pelo industrial 4 entidade coordenadora tera de ser acom- panhado da autorizagdo relativa a localizagio e do estudo de impacte ambiental, se exigivel, nos termos da respectiva lei 2 —O industrial deverd indicar os técnicos respon- saveis quer pela elaboragdo e execugao do projecto industrial, quer pela instalagao do estabelecimento industrial. 3 — A entidade coordenadora ouvir as entidades com atribuigées no Ambito industrial, respectivamente nas areas do ambiente, da satide e da higiene e segu- ranga no trabalho. 4— As entidades consultadas ao abrigo do mimero anterior, ao emitirem 0 seu parecer, terdo de o funda- mentar nos diplomas legais e regulamentares aplicaveis. 5 —A nao recepgao do parecer das entidades con- sultadas dentro dos’ prazos fixados no Decreto Regu- lamentar n.° 10/91, de 15 de Margo, sera considerada como parecer favoravel 6 — As condigdes ¢ exigéncias colocadas pelas enti- dades a que se refere 0 n.° 3 sero obrigatoriamente integradas na licenga a conceder. 7 — Sempre que se verifiquem pareceres contrad rios por parte das varias entidades intervenientes na apreciacao do projecto, a entidade coordenadora pro- moverd as acgdes necessdrias com vista & concertagao das posigdes assumidas, salvaguardando os valores da satide, da higiene e seguranga e do ambiente, ¢ funda- mentard a sua decisdo em razdes de facto e de direito, no caso da nao adopsao dos pareceres nao coinciden- tes com a mesma. Artigo 10.° Lcenga pare obras A licenga de obras para instalar ou alterar um esta- belecimento industrial s6 poder ser concedida pela cdmara municipal respectiva apés 0 industrial fazer DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A N.° 62 — 15-3-1991 prova da autorizagdo emitida para o efeito pela enti- dade coordenadora do respectivo processo de licencia mento industrial Artigo 11.° Laborasio © industrial sé podera iniciar a laboragdo apés a apresentacao do pedido de vistoria a entidade coorde- nadora do respectivo processo de licenciamento indus- trial e a indicagao do técnico responsavel pela labora- 0 nos casos em que esteja previsto. CAPITULO IIL Fiscalizagio e medidas cautelares Artigo 12.° Fisealizagio 1 — A fiscalizagéo do cumprimento das disposigdes legais sobre o exercicio da actividade industrial incumbe especialmente a entidade coordenadora ou aos servicos regionais do respectivo ministério, nos termos da sua regulamentag&o organica, sem prejuizo das competén- cias das demais entidades intervenientes no processo de licenciamento, no ambito das respectivas atribuigdes. 2—As demais entidades fiscalizadoras poderao, sempre que seja necessério, solicitar & entidade coor denadora a adopeao de medidas a impor ao industrial, para prevenir riscos € inconvenientes susceptiveis de afectar as pessoas € os bens, as condi¢des de trabalho ¢ 0 ambiente, sem prejuizo da observancia das normas internacionais sobre a actividade inspectiva nas relacdes de trabalho. 3 —O industrial ¢ obrigado a facilitar a qualquer das entidades fiscalizadoras a entrada nas suas instala- Ges ¢ a fornecer-lhes as informagdes e apoios que Ihe sejam fundamentadamente solicitados, com vista & fis- calizago do cumprimento da legisla¢do ¢ das condi- ‘ges que the tenhiam sido fixadas pela entidade coor- denadora. 4 — Quando, no decurso de uma acgio de fiscaliza- 80, qualquer das demais entidades fiscalizadoras detec- tar incumprimento as medidas por ela prescritas, deve levantar um auto da ocorréncia, dele dando conheci- mento & entidade coordenadora, organizando ¢ ins- truindo 0 respective processo contra-ordenacional. Artigo 13.° Medias cautelares Sempre que seja detectada uma situacao de perigo grave para a satide, a seguranca de pessoas ¢ bens, a higiene e seguranga dos locais de trabalho ¢ o ambiente, a entidade coordenadora e as demais entidades fiscali- zadoras, de per si ou em colaboragao, devem tomar imediatamente as providéncias que em cada caso se jus- tifiquem para prevenir ou eliminar a situagao de perigo, podendo vir a ser determinada a suspensdo de laboragao € o encerramento preventivo do estabeleci mento, no todo ou em parte, ou a apreensdo de todo ou parte do equipamento, mediante selagem, por um prazo maximo de seis meses. N.° 62 — 15-3-1991 Artigo 14.° Interrupgio do fornecimento de energia eléstrica A entidade coordenadora pode, por sua iniciativa ou a pedido de quaisquer entidades fiscalizadoras, solici: tar a Direccdo-Geral de Energia a notificagao das enti- dades distribuidoras de energia eléctrica para interrom- perem o fornecimento desta a qualquer estabelecimento ndustrial, sempre que se verifique: 4) Oposigdo as medidas cautelares previstas no artigo anterior; b) Quebra de selos apostos no equipamento; ©) Reiterado incumprimento das medidas, condi ‘gOes Ou orientagdes impostas para a laboragao. Artigo 15.° Cessagdo dus medidas cautelares 1 — A cessacdo das medidas cautelares previstas no artigo 13.° sera determinada, a requerimento do inte- ressado, apés vistoria ao estabelecimento, no decorrer da qual se demonstre terem cessado as circunstancias que Ihes deram causa, sem prejuizo, em caso de contra. -ordenagdo, do prosseguimento do respectivo processo. 2—No ‘caso de interrupgao de fornecimento de energia eléctrica, o mesmo devera ser restabelecido mediante pedido da entidade coordenadora & Diregedio- -Geral de Energia 3 — Sempre que 0 proprietario ou detentor legitimo do equipamento apreendido requeira a sua desselagem, demonstrando fundamentadamente 0 propdsito de pro- ceder & sua alienacdo em condigdes que garantam que 0 destino que Ihe vai ser dado nao ¢ susceptivel de ori- ginar novas infracgdes ao presente diploma, a entidade coordenadora deve autorizar essa desselagem, indepen- dentemente de vistoria. CAPITULO IV Contra-ordenagdes Antigo 16." Cont rdenagies © coimas 1 — Constitui contra-ordenagao punivel com coima de 50 000$ a S00 000$ no caso de pessoas singulares € de $0 0008 a 6 000 000$ no caso de pessoas colectivas: a) A instalagio, alteragao ou laboragio de um. estabelecimeno industrial sem a prévia autori zagio a que se reporta 0 n.° | do artigo 8.° 0 artigo 11.°; b) A inobservancia ‘das prescrigdes estabelecidas na regulamentaco técnica aplicivel e das medidas impostas ao abrigo do n.° 2 do artigo 12.° 2. — Constitui contra-ordenagdo punivel com coima de 50 0008 a 500 0008 a inobservincia das obrigagdes previstas no Ambito do licenciamento, as relativas & obrigatoriedade de apresentayao de técnicos responsi- veis, ao averbamento da transmissao do estabelecimento 4 comunicacdo da suspensdo da laboragao ¢ da ces: sagao do exercicio da actividade industrial 3— A negligéncia é sempre punivel. DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A 1341 Artigo 17." Sangoes acessérias Quando tal se justifique, simultaneamente com a coima poderdo ser ainda determinadas, como sangdes acessOrias, a privagdo do direito a quaisquer subsidios outorgados por entidades piiblicas por um prazo que nao poderd exceder dois anos e a apreensdo do equi: pamento utilizado na prética da infra Artigo 18.° Entidades competentes 1 — O processamento das contra-ordenagdes ¢ a apli- cago das coimas € sangdes acessorias competem as idades fiscalizadoras, consoante a natureza da infrac- do em causa. 2 — A receita de coimas aplicadas tem a seguinte dis: tribuigao: 4) 30% para a entidade que aplica a coima; 5) 10% para a entidade coordenadora; ©) 60% para © Orgamento do Estado. 3 — Exceptuam-se do estabelecido no niimero ante- rior as coimas aplicadas por contra-ordenagdes em matéria de higiene e seguranca dos locais de trabalho, fem que a receita reverterd: a) 40% para a entidade que aplica a coima; 5) 10% para a entidade coordenadora; ©) 50% para o Fundo de Garantia © Actualizayao de Pensdes. CAPITULO V Taxas Artigo 19.° Taxus € despesas de controle | — E devido o pagamento de taxas pelos seguintes actos relativos a instalagao, alteragdo ¢ laboragio dos estabelecimentos industriais: 4) Apreciagdo dos pedidos de aprovagao das ins talagdes, suas alteragdes ou adaptacoes, apro- vagdo das condigdes de laboracdo ¢ averbamen- tos da transmisséo; b) Vistorias relativas ao proceso de livenciamento ou resultantes de qualquer facto imputavel ao industrial; ©) Vistorias a realizar para apreciagao de recursos hierarquicos; 4) Vistorias para verificagao do cumprimento das, medidas impostas nas decisdes proferidas sobre as reclamacdes € os recursos hierdrquicos; 2) Selagem e desselagem de maquinas, aparelhos € demais equipamento. 2 —Os montantes das taxas previstas no nimero anterior serdo objecto de portaria, que incluird as regras para o seu cdlculo com base na aplicagéo de factores multiplicativos sobre uma taxa base, permitindo a diversificagao do valor consoante a classe dos estabe- lecimentos, 0 nuimero de trabalhadores ¢ @ poténcia ins- talada, 1342 3 — As despesas a realizar com colheitas de amo: tras, ensaios laboratoriais ou quaisquer outras avalia- es necessdrias para apreciagdo das condigdes de labo- Tago de um estabelecimento constituem encargo das entidades que as tenham promovido, salvo se se vier a verificar inobservancia das prescrigdes técnicas ob gatérias, caso em que os encargos sao suportados pelo industrial. 4 — Nao podem ser efectuados os actos pelos quais seja devido 0 pagamento de taxas, enquanto estas nao forem pagas, com excepedo das vistorias, as quai poderdo ser efectuadas apds a emissao das guias res- ectivas Artigo 20.° Forma de pagamento das taxas 1 — As taxas e 0s quantitativos correspondentes a despesas feitas pelos servigos, que constituam encargo do industrial, sero pagos no prazo de 30 dias, na Caixa Geral de Depésitos, contra recibo, cujo dupli- cado € entregue a entidade que pratica 0 acto. 2 — Os quantitativos arrecadados serdo consignados a satisfagao dos encargos dos respectivos servigos com a execucdo, desenvolvimento ¢ aperfeicoamento das acgdes de controlo do exercicio da actividade industrial € com 0 recurso aos meios de apoio técnico necessé- rio, sendo a sua movimentagdo efectuada nos termos legais. 3 — O servigo processador das receitas deve trans- ferir para as demais entidades, por transferéncia ban- céria ou cheque, as respectivas participacées na receita, com uma relagdo discriminada dos processos a que se referem, até dia 10 de cada més. Artigo 21.° Cobranca coercive das ts A cobranga coerciva das dividas provenientes da falta de pagamento das taxas far-se-d pelo processo de exe- cugdo fiscal, servindo de titulo executivo a certidao pas- sada pela entidade que prestar os servigos CAPITULO VI Disposigdes finais e transitérias Artigo 22.° Recurso biertrquico recurso hierdrquico necessério das decisdes profe- ridas a0 abrigo do presente decreto-lei, com excepcao das relativas ao processo de contra-ordenacdo, tem feito suspensivo, podendo, no entanto, a entidade para quem se recorre atribuir-Ihe efeito meramente devolu- tivo, quando considere que a sua ndo execugdo ime- diata causa grave prejuizo ao interesse publico. Artigo 23.° Regulamentacdo téeniea de actividades industrias © exercicio de determinadas actividades industriais, podera ser objecto de regulamentagéo especifica, mediante decreto regulamentar, contendo as prescrigdes DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A N.° 62 — 15-3-1991 técnicas ¢ demais condicionalismos, de acordo com a sua natureza e riscos prérios, por forma a assegurar © respeito pelas regras basicas estabelecidas no presente decreto-lei ¢ a realizagdo dos seus objectivos. Artigo 24.° ‘Técnicos responséveis Por portaria dos ministros da tutela sera estabelecido © estatuto dos técnicos responsaveis, no Ambito deste diploma. Artigo 25.° Processos em curso Nos processos de licenciamento em curso aplicar-se-4, com as necessarias adaptacoes, o estabelecido no pre- sente diploma e respectiva regulamentagao, Artigo 26.° Norma revogatéria So revogadas as disposigdes dos diplomas legais sobre o exercicio das actividades industriais relativas as matérias abrangidas pelo presente diploma, nomeada- mente: @) A Portaria n.° 6065, de 30 de Margo de 1929, no que se refere a estabelecimentos constan- tes da tabela anexa a0 Decreto Regulamentar n.° 10/91, de 15 de Marco; b) O Decreto-Lei_n.° 46923 © 0 Decreto 1n.° 46 924, ambos de 28 de Marco de 1966, € a Portaria n.° 22 106, de 7 de Julho de 1966; ©) A Portaria n.° 24 223, de 4 de Agosto de 1969; 4) O Decreto Regulamentar n.° 55/79, de 22 de Setembro: €) O Decreto-Lei n.® 351/80, de 3 de Setembro; A) O Decreto-Lei n.° 364/88, de 14 de Outubro; 1) A base xi! da Lei n.° 1947, de 12 de Fevereiro de 1937; A) O artigo 69.9 do Decreto-Lei n.° 29 034, de 1 de Outubro de 1938. Artigo 27.° Entrada em vigor © presente diploma entra em vigor no dia 1 de Janeiro de 1991 Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 25 de Outubro de 1990. — Anibal Anténio Cavaco Silva — Luis Miguel Couceiro Pizarro Beleza — Luis Francisco Valente de Oliveira — Arlindo Marques da Cunha — Luis Fernando Mira Amaral — Arlindo Gomes de Car- valho — José Albino da Silva Peneda — Fernando Nunes Ferreira Real. Promulgado em 25 de Fevereiro de 1991 Publique-se. © Presidente da Republica, MARIO SOARES. Referendado em 26 de Fevereiro de 1991. © Primeiro-Ministro, Anibal Anténio Cavaco Silva,

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