You are on page 1of 18
KARL MARX FRIEDRICH ENGELS OBRAS ESCOLHIDAS ‘Volume 1 A» EDITORA ALFA-OMEGA. ‘Si0 Paulo Direitos Reservados EDITORA ALFA-OMEGA LTDA. 05413 — Rua Lisboa, 489 — Tel.: (011) 852-6400. 01000 — Sio Paulo — SP Impresso no Brasil Printed in Brazil Trabalho assalariado e capital IntrodugSo de F. Engels Este brochura sob a forms de ums série de artigos de fundo na Neus Rheinische Zeitung}, » partir de 4 de abril de 1849. As conferéneias que em sat, ha ‘gun base. Tl epme, fol imptesso, o trabalho ficou fregmentar io. A continuseAo indicada no “a seguir” que se encentra bo fim do artigo don 269 do jornal nio foi obtida em virtude dos acontecimentos que se precipitaram: a invasio russa (is Hungris, as Insurrelgdes em Dresde, Iserlohn, Elberfeld, io ‘Palatinado e em Baden, que levaram & propria supressd0 Jo Jornal (19 se mato de i849), Nao se eneontroa o manaserito pela Hottingen-Zarich, Schweiz ‘Genossenschatts-Buch- ‘druckrei1. Alé agora estas edigdes seguiram exatamente o ‘texto original. Todavia, como pelo menos dez mil cxemplares: da presente reimpressio deverdo circular como obra de pro- ‘paginda, a questdo que se me impunkia era de saber se, hes- tas condigées, 0 proprio Marx autorizaria uma reprodugio sem allersr o texto original Por volta de 1850, Marx ainda nfo tinha concinido sua cri- tica & economis politica. Ele smente o féz no fim da déca- da de 50, Seus trabalhos aparecidos anteriormente no pri mero faseiculo de Contribuicho 2 Critica da Economia Po ties (1859) também diferem em certos pontos dos que. ns- ‘creveu @ partir de 1889. Contém expresses ¢ frases intelras que, em comparscio As obras posteriores, aparecem como inexatas e mesmo incorretas, £ evidente que, nss co ‘uns, destinadas 20 ‘piblico, éste ponto de vista nn- terior, que se enquadra no desenvolvimento intelectual do autor, também tem sua razio de ser, e que tanto o autor 1, Nowe Bhetnitche Zeltang (sNova, Gazita Renanay),_publicads em Co- eetir de ie de jumbo ‘Se 1638 0 19 de malo de’ 1848, ary fl sr ids Be) ‘nipogritiea Suica, Hottingen-Zurich. (N. da BA, tras) os preces parecem, via de regra, delerminados pelo neaso. Desde que @ economia politica se apresentou como cléncia ?, 1 ejFH, seonomla poles clases — sscreve, Mare om = geide Tada Ein ‘lente, comecunce ot, W. Pug rere Bet os Ee catah tots), ee ebmetanes ene esas a or dea anil Segre! Saat bath SW 2 “4A economia politica, no sentido estrito da .vra, embora houvesse furglgs nos Fie” aocle” VEL tas cabs a8 igus porvonlionnes i (fl orm ap gra as inal 0°00 Ae Ings 60 slemay soko, cape Late page aoe) OE da AE 58 tuma de suas primelras tarefas fol investigar a Tel que se senso fcultn ‘neste seaso que determina. a te os ‘meradorias, mas que, na realidad, & dominado pris lel Dentro. dae constantes lutuagdes e oscllagoes “oo Drecos das mercadorias entre a alta © a baixa, € que cla Brocurou 9 ponto central fixo, em témo do qual se realizam ag oscilagées, Em uma palavrs, partia sos ‘pregos das mereadorins, para buscar 0 valor das mercado- Fias, come lei reguladora, pels qual se explicam todas io MutuagSes de precos e A qual, em definitive, tOdas se redu- doris’ era, determinado pelo trabaito necessitio i sun [ro upto, ‘nein incorporado,"e ‘contentowree, com ests explicate, Fouemos fguaimente determonos ura instante. ‘neste. Donte, Mas, para ‘evitar raalentendidos, recordacel que essa ‘exp: Primero sstsdou profundamnente a propriedade. yoo, teas rimeiro’estudou em. propried ° Ernbaiho de eriar o' valor e descobrix que tov Fenlerente ou realmente nevessarlo b produgso et endido. Se, portanto, dizemos hoje em din, sumariamente, com economistas como Ricardo, que o valor de uma mercado: Ha 6 delerminado polo trabalho necessério & sun produgfo, f cam sempre subentendidas as reservas de Marx feitas a pro- Isto € 0 bastante, aqui; 0 mais sera encontrado um ‘em sua Contribuleio & ‘Critica da Economia Politics (1859) e no primeiro volume de O Capital. ‘Mas, assim que os economistas aplicsram esta determinagio do valor pelo trabalho & mercadoria “trabalho”, cairam se “trabalho”? Pelo trabalho necessirio néle incorporado, Qu quantidade de trabslho existe no trabalho de um operario durante um dia, uma semana, um més, um ano? O trabalho de um dia; de uma semana, de um més, de um ano. Se 0 Ir balho € a medids de todos os valores, nllo. podemos cxprimir genio em trabalho o “valor do trabalho”. Todavia, nada 1a ‘bemos a respelto do valor de uma hora de trabalho, se sabe- mos apenas que éle 6 igual a uma hora de trabalho. Isso 1150 nos sproximou do objelivo sequer a espessura de um fio de ho; declara: o valor de uma mereadoria 6 igual ao seu custo de produgio. No entanto, qual 6 0 custo de produplo do tra: batho? Para’ responder s essa pergunta, os economistas to obrigados a violentar a logic. A falta do custo de producso do prépric trabalho, que, infelizmente, nio pode ser cstabe- lecido, procuram entio saber o custo de produgio do ope. rario. E esse pt terminado, Varia segundo © momen. to © as circunstincias, mas, para condigées socials determi madas, para uma determinada localidade, para um setor de Produgio determinado, éle € igualmenie determinado, pelo 54 ‘menos dentro de_certos limites bem estreitos. Vivemos atual. mente sob o regime ds produgio capitalists, onde uma clas se importante, © cada vez mais numerosa da populagae, Alo pode viver senilo trabathando, mediante salirio, para os pos: suldores dos meios de producio — ferramentas, miquinas, raatériagprimas ¢ meise de subssténsia” A base desis mado produpio, o custo de produggo do operirio consiste na soma dos’ meios de subsistencia— ow em seu prego em di- mheiro — que sdo em média necessirios para torecerihes ‘sun capacidade de trabalho, para maniéla, para. subsiitullo Por um novo operério, 120 pronto a doonga, a idade, ou morte © afastem da produgio; em suma, para permiliz & Classe operdria perpetuarse na medids necessirin. Suponhamos que 0 prego om dinheiro désses melos de tub- sist@neia seja, em médla, trés marcos por dia. Nossd opera: io recebe, entio, do capitalista que o emprega um saldrio de tr83 marcos por dia. For esta importinela, 0” cspitalista © faz trabalhar, digamos, doze horas’ por dis. Na verdade, Esse captalisia faz Seus ¢élculos mais ou menos da seguinte Suponhamos que nosso operislo — ajustador — tivesse que trabaliar om uma peo de miquina, que éle termina tm lum dia de trabalho. A matériaprima — 0 ferro, 0 lato #6 Adredemente ‘preparados — custa 20, marcos. O ‘consumo carvéo da maquina a vapor, o desgaste dela, do toro ¢ sas outras ferramentas com as ‘quals traballa | operatio, repre- sentam, caletlados em relagio a um dia ¢ & sua colaparte, 0 valor tie um marco, Ji sdmitimos que © salirio de tres marcos por uma jornada. Isto perfaz um tolal de 24 marc Para nossa pera de méquina, Mas 0 capitalista. conclu. v(¢ Seus eéloulos que deve receber dos clientes um prego médio de 27 marcos, ou sejam trés marcos a mals do que realmente despendeu. De onde vém éstes tres marcos que 0 capltalista embolsa? ‘A economia clissica considera que as mereadorias S80. Yeo Gidas, em média, pelo seu valor, ou seis, pelos precos Niue correspondem as quantidades de fo necessario nelas incorporadas. O ‘preco médio de nossa peca “de maquina — 21 marcos — seria, entdo, igual ao sou valor, igual ao trabalho rela ‘Mas, dsses 27” marcos, 21 marcos ja cons: Atitufam valores que existiam antes de 0’ nosso ajustador (er comeado a trabalhar, Vinte marcos esiavam incorporados hha matéria-prims, um mareo no carro queimado durante o trabalho ou nas ‘miquinas e ferramentaswtilizadas para fs: se fim, © euja eapsckdade de producio fol redusida corres: Ponderitemente o esta quantis, Restam seis marcos. que To- Fam screscidos ao valor da, matéria-prima. Nas estes rels Mureos, como o admitem 0s proprios economistas, do |Bo- dem ‘provir senifo do trabalho’ que fol seresceniado A mate Hirprima. pelo nosso opera. Suse Goze horas de. trabalho ‘erlaram, portanto, um novo valor de sels marcos. Desta for. ma, teriamos descoberte finaimente © que € "0 valor do tra: ‘balho”. 55 Jario (mein hora em cada uma de suss deze horas) ¢ sels horas para o capitalists, ‘A dificuldade diants de qual falhavam os melhores econo- mistas, enguanto partiam do valor do “trabalho”, desaparece desde 'o momento que partimos do valor da férea de, ra. Yalho © ndo do valor do “trabalho”. Rm nossa sociedade a pitalista atual, a {Orga de trabalho 6 uma mercadoria como, {das as outras, embora constitun mercadoria anuilo ‘espe: cial. Com feito, tem propriedade particular de ser Une forga que eria valor, uma fonte de valor, e, prineipalmente, mediante uso apropriado, a fonte de um valor superior ‘no dels propria. No atual estado de producto, a {Ores humans de trabalho no. produz em um din de trabalho somente Um Valor maior do que > que posvul na realldade edo que tla propria custs; a cada nova descoberia clentifien, a cads hove para a. palnvra trabalho, expresso pels qual se em ‘105s sociedade capitalista atual, = quantidade de trabalho social- mente necessirio, ineorporado em uma determinada meres da classe operéria. De tOda a massa de produtos crlada pels classe operéria nfo Ihe cabe sendo uma parte, E, como ‘ear bamos de ver, n outre parte que a classe capltalista conser © que necessita reparfir, ainda, com a classe dos proprietarios de terra, tornsse, a eaila nova descoberta ow invengio, cada, ‘vez maior, enguanto que a parte relativa & classe operdtis (calculada’ por pessoa) ou s6 aumenta malto lentamente ¢ de maneira insignificinte, ou permanece estacionéria, ou ain- r clrcunstincias. fas, erminam por criar um confito em que, b economia 1 talista atual, 36 rests perecer. De um lado, as riquezas in comensuraveis © um excedente de produtos que os rompra- dores nio podem absorver. De outro, a grande massa da. vo. ciedade proletarizada, transformada em agsalariados ¢ incs- Pacitada, por ésse proprio fato, de se apropriar désse oxce- dente de produtos, A divisho da em uma pequena classe, imensamente rica, e em uma grande classe de ssala- Findos que nada possal faz com que essa sociedade fique tu 58 ocledade, ¢. pelo trabalho obrigatsno. pars todas, os melos Se vi etre da vin, de deaenvovenge © de DOr om aculdades do corpo e. do espiri lente b cisposigho de todos em sbundincls cada ver intior os 2 ngiteas comemoraram_o Dia Internacional do ‘fra- no primelra Ggpeia do Tr de Malo que, e150 cornca- ‘ashe nerprimelr, orn 59 Trabalho assalariado e capital 2, Trntacne daw revotuctes do, 23-0 do feveraira 2 © fe Margo exh Vitus ¢ ue 28 de marco ct Borin Wega So ‘Ropiblica burguesa, Estados que se imaginavam, ambos t&o independentes da luta de classes, como da revolugio euro Péia. ‘Agora, que nossos loltores viram desenvolverse a luta de

You might also like