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ARTIGO O Modelo de Crengas na Satide ea Teoria do Comportamento Planeado na Educacao para a Satide Anténio de Jesus Couto * cognitivos que | paraa sade O Modelo de Crencas na Satide Hii j4 muito tempo que os psicdlogos da satide procuram compreender os factores que influenciam 4 decisio individual, em relagio a sade O Modelo de Crencas na Saiide (MCS), devenvolvido por Becker na década de 70 postula que uma decisio de um individuo com vista a ter tum comportamento saucivel € determinada, funda imentalmente, por quatro variaveis psicologicas a)Percepcio da suscepitiilidade a determinada doen byPerwepeio da gravidade dessa doenca c)Percepeio dos beneficios de determinadas ecoes; ) Compontamental Frsquéncia da Ocomncia Percebid Componente | a | para a concordincia com esta pressdo getal socal ‘A norma subjectiva, por sua vez, € assumida para ser determinada por crencas nommativas sobreo que de relevante os grupos ou individuos acredizam acerea do comporamento, este pressionado pela motivacao para a concortlincia_ com cada um desses grupos, O terceiro determinante € 1 medica da forca do controlo que o individuo tem sobre 0 comporta mento em questio. 0 contralo comportamental percebido, como o novo componente & chamado,é centendido como sendo uma medics do grau pelo qual o comportamento € percebido como estanda sob o controlo do individuo, O controlo comportamental percebido proprio, baseado numa avaliacio do poder de factores provaveis para facilitar ou inibira realiza cdo comportamento, cada um influenciado pela sua frequéncia de ocorréncia, Elesincluem factores de conirolo interno (informacao, delice aspessoais, habilidades, capacicades, emogdes) ¢ factores de Controlo exteno (oportunidades, dependéncia dos outros, barreiras). De acordo com a TCP, € provavel que os individuos tenham uma acco particular saucivel se eles acreditarem que 0 comportamento pesa_num resultado particular que eles avaliam e se sentirem que a accao é facilmente controlada pela sua vontade € tiver poucas harriras € muitos factores, faciltadores paraa sua eficcia | tmencio Comporamet Comporamento Figuea 5~A Teoria do Comportamento Planeado, segundo CONNER & NORMAN (1994: 5), Diferengas ¢ Semelhangas entre o Modelo de Crengas na Satide ¢ a Teoria do Comportamento Planeado A primeira diferenca é que o MCS prediz a actual probahilidade de comportamento numa determinada direccdo, enquanto a TCP 6 prediz 0 comporta- mento via intencdo comportamental, No entanto, \irios autores tém demonstrado que colocando a intencio entre os preditores ¢ © comportamento, nethors o nivel de predicio do comportamento quando se utiliza 0 MCS, Isto segue a linha de BECKER ef al. (1977), citado por CONNER & NORMAN (1994), que tem sugerido que a intenco pode intervir entre variiveis no MCS € 0 comportamento saudivel Uma segunda diferenca é quea TCP investiga as crengas do individuo ¢ as avaliagdes do resultado do comportamento, & avaliagio do resultado ou consequéncias ndo € requerido no MCS: os resultados das acgdes Slo registados apenas como beneficios ou barreiras percebidas, Uma terceira diferenca é que a TCP considera as percepgdes das normas/pressdes sociais do individuo, enquanto que as influéncias normativas no MCS sto simplesmente registadas entre muitas outras vantavers na disposicio para 0 construto da accao, Similarmente, a TCP nao inclui aspectos tais como as mensagens dos “mass media", que si includes nas disposigées para a acco, componente do MCS. A TCP assume que as variiveis registadas sob a disposicao para ace (tas como mensagens icio-demogriticos..) estio 6 influenciam o comportamento dos media, factores fora do modelo por via dos seus efeitos nas crengas comporta- mentais € crengas normativas (LISKA, 1984, citado por CONNER & NORMAN, 1994). £ possivel, também, identificar algumas semelhangas entre exes dois modelos, Primeirament de consequéncias. O MCS operacionaliza isto como ambos os modelos segistam a semethan beneficios “minus” harreiras, enquanto a TCP usa 0 resultado deavaliagies, faciltadores e inibidores dt ia do comportamento, 9 | Referencia Segundo, os dois modelos contém erencas normativas, como parte de disposigdes para a acco no MCS e como parte de norma subjectiva na TCP. Terceito, tanto um como outto operacionalizam ‘extensiio para a qual o comportamento esti sob 0 como 0 controlo control da vontade: a TCI petcebido © @ MCS como barreias & acco. Nota Final Como nota final, parece-nos importante realgar a utilidade destes dois modelos explicativos: dos processos cognitivos que podem levar & pritica de comportamentos saudiveis, no dimbito da educacao para a sade Também de ressaltar que as priticas de educagio para a sate baseadas nestes principios ‘Jo so compativeis com os modelos que tém a transmit preocupacio de, simplesmente, informacio. Pelo contrario, a énfase & posta no: individuo, procurando conhecer algumas das suas dimensoes fundamentais para 0 sucesso da eclucacio para a satide, passando pelo valor que atribui a sua sade, suas crencas, suas atitudes € er alguma cost de Forma a ter disposiclo para f comportamentos saudiveis, Bibliografia BISHOP, George D. ~ Health Psychology: Boston: Allyn and Bacon, 19, ‘CONNER, Mars; NORMAN, Pail ~Comparing the Health Belief Model and the Theory of Planned Behaviour in health screening. tn: RUTTER, D. R; QUINE, Lyn (ed) ~ Social Psychology and health: European Perypectives Aldershot: Avebury, 1998 PHIPPS et al. ~ Enfermeyem Médico-Cirurgica, 2 ed, ol. Lisboa: Lusodidacta, 1991 SPARKS, Paul ~ Food choice and health: Applying, assessing and extending the Theory of Planned Fehaviour. In; RUTTER, D. R; QUINE, Lyn (ed) ~ Social Psychology and health: European Perspectives Aldershot: Avebury, 1994 ‘TEINEIRA, José A SIDA, Lishaxt ISPA, 1993, alho ~ Psicologia da Satide

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