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Pablo Juan Greco, Siomara A. Siloa, Fernando Lucas Greco ij ()| Fundamentos técnico-taticos do goleiro* 11.1. Introdugéo No jogo de handebol, existe uma posigio que exige um atleta de especiais caractertsticas, cecupando 0 principal posto especifico dentro da equipe. Sua tarefa fundamental como tiltimo defensor é basicamente, evitar 0 gol, corrigindo, com suas defesas, os erros de seus companheiros «como iniciador do ataque, organizar e facilcar lidade de contra-aracar de forma eficaz. 4 possi Cada bola defendida deve ser um momento de alegria ao goleito e cada gol sofrido deverd passar de forma natural para a equipe. O trabalho do goleiro € dificil e de enorme responsabilidade. Por meio de seu desempenho, comportamento ¢ in- tervengdes seguras, principalmente nos momen- tos difices, fortalece sua equipe, favorecendo a seguranga ¢ o rendimento de seus companheiros, «estimulando ¢ consolidando 2 combatividade da ‘equipe ¢ influenciando, decididamente, no resul- tado do jogo. Suas falhas sio itrepariveis, pois ele nao vem ajuda ou alguém que possa cobrir sua falha ou erro. A diferenga em relagio aos outros jogadores é que nao pode se permitir a0 erro, pois serh castigado com o gol. Deverd atuar sem titu- beios, devendo estar sempre vigilante ¢ atento, tendo dominio do seu corpo e das suas emosées € concentrago absoluta sobre o atacante que est de posse de bola a fim de que tenha capacidade de responder ao langamento, inclusive antes do momento que o atacante solta a bola. Necessita de intuicgo para jogas, possuindo conhecimento sobre o adversério, com informagées sobre os ti- pos de langamentos que realiza ¢ a situagio por zona predileta do gol, rabalhando sempre com muita seguranga (confianga) ¢ disposigio, visendo obrigat 0 adversério a langar com pouca precisio, permitindo-lhe maiores chances de defesa ou, mesmo, desencorajar o langamento por medo de falhas. Um goleito de handebol se vé submetido a seguidos esforsos durante 0 jogo (violéncia do langamento, bola pequena e dura, proximidade das ages em relagio a0 adversirio, cho duro etc); entretanto, possui vantagens € privilégios 40s quis deve ter conhecimento e dos quais deve saber tirar proveito: utilizagio de todo © corpo para a realizacio de seu trabalho e dea de restrita de atuacio. A disposigao para ser golero, aliada a0 treinamento dos gestos especificos da técnica, leva a0 sucesso. A condigio para a aquisigao da técnica € 4 pritica, © esta, aliada & qualidade do creino, leva & otimizagéo das capacidades habilidades especificas de um bom goleiro. A sorte nfo ¢ obra do acaso, pois quem deseja ser goleiro deve desen- Taco dav Cadere de rendiment do pole de handebsl. Greco J. (Org), 2002. Digitalizado com CamScanner M6 Masui o volver todas as capacidades necessérias a fungi € asim terd sorte, 11.2 Caracterfsticas Conforme as regras do jogo, 0 goleiro de handebol executa, em sua drea especifica, tarefas diferentes em relagio aos seus companheiros. Entre todas as caracteristicas necessérias para realizar com éxito suas fungdes, 0 goleiro deve ter ‘0 dominio dos gestos técnicos, ¢ a inteligéncia tdtica merece uma especial atengao. No processo de treinamento da antecipagio e percepsio, assim ‘como da velocidade de pensamento para decidir ¢ executar prontamente, sem hesitagio, a resposta para a situasio de jogo, a visio global de jogo, a atengdo miltipla, por meio da observacio da bola, a movimentagio dos atacantes ¢ dos pré- prios companhciros, failiando as possibilidades [de uma intervengio segura e precisa, fazem que 0 goleiro seja quem lidera tanto a defesa quanto a safda para o contra-ataque. Isso ocorte pelo fato de ele ter todo 0 campo de jogo sobre seu coman- do, colaborando de forma primordial com sua cequipe. A capacidade de concentrasso para acom- panhar o jogo e ordenar rapidamente suas respos- tas estd presente nos sessenta minutos de jogo. desenvolvimento das capacidades de fle- sxibilidade ¢ alongamento, velocidade de desloca- mentos, reagio ¢ agio, forga explosiva c resisténcia so fundamentais ¢ imprescindfveis para o sucesso do goleiro, influenciando diretamente na técnica expectfica a ser trabalhada, No processo de trei- namento de base, dentro do trabalho de aprendie zagem motora, os pontos fundamentais a serem trabalhados si0 0 equilibrio dinmico, a destre za ea manipulagio com bola, a dissociagio de membros, a coordenagio dinamica geral, a nogio espago-temporal e a coordenagio com pressio de tempo € com pressio de organizagio (duas ages simultineas). 11.3. Aspectos gerais da técnica ‘A técnica especifica em relagio a posigio de base deverd ser equilibrada, cOmoda e deve facili tara chegada a todas as zonas do gol com efciéncia e velocidade, Deveri, também, set ajustada &s suas caracteristicas biotipoldgicas, psicolégicas ¢ fisi- cas, respeitando seu estilo ¢ individualidade. Em geral, o apoio é sobre a planta dos pés, com os calcanhares ligeiramente levantados ¢ 0s pés ali- nhados com a largura dos ombros. E necessério adotar uma técnica definida € cespecifica para poder ter 0 efeito adequado as ex- géncias do jogo. A técnica do goleiro se divide em defensiva e ofensiva. Nas agGes defensivas, 0 gale ro deve interceptar ou cortar a trajetéria da bola, depois controli-la e realizar 0 passe aos seus com panheiros. Nas eécnicas ofensivas, deve set um grande passador de longa distancia. Conhecer © treinar as técnicas individuais de cada jogador de campo, com passes ripidas, curtos ¢ exceurados iciar araques de ‘com qualidade e precisio, po muito éxito, garantindo um contra-ataque rdpido ¢ efetivo para sua equipe. nrc Digitalizado com CamScanner 11.3.1 Técnica defensiva Considerado 0 primeiro € 0 tkimo defensor, 0 gokiro atua coonenando e colaborando com 0s jog domes de quadra, onganizando eorientando a defisa em relagfo ao set posicionamento, rabaltando em con- junto com o bloquecio ¢ com 0 marcador dos pontas. + Posigaes e sicuagées em fungio da cit- culagéo de bola, ante o deslocamento dos atacantes + Momento da intervengio: ante os langa- -mentos entre 6 m ¢ 9 m (pontas, pivd, infitragio dos armadores), forados 9 m, nos 7 me na iniciagio do contra-ataque. + Atuacio fora da area de 6 m, incer- ceptagio do contra-ataque (dissuadir, retardar ou interceptat), partindo ve- lozmente sem indecisio, procurando chegar primeiro ou a0 mesmo tempo, criar indecisio, Realizar a intercepta- ‘gio do contra-ataque, pois a bola de gol a gol vale 1 gol, ¢ se 0 atacante receber a bola livie € 0 goleiro nao sait, 8 suas chances sfo poucas. Essa antecipagio visa nao s6 cortar 0 passe, mas, também, evité-lo e retardé-lo, ou forcar 0 erro de passe do adversitio. 11.3.2 Posigao de base De modo geral, esta posigio serd a0 centro do gol, um pouco adiantado da linha de gol, con- ooh c Fowowunossremteasraneos oo couiina | 147 forme sua estatura, variando de 0,5 a 1,5 metro. Deve-se manter a cabega erguida com naturalida- de, orientagio frontal ao portador da bola, com total controle do campo visual da bola, olhos em sua trajetéria, tronco ligeiramente inclinado A frente, pernas simétricas, afastadas & largura dos ombros, ligeiramente flexionadas e peso do corpo dividido uniformemente; pés cotalmente apoiados no solo (base firme de sustentagio), des- locamentos curtos, rpidos e deslizantes, com lar- gura cémoda propiciando possbilidades de agio posterior répida; bragos de acordo com a postura adotada, devendo se sentir & vontade, As mfos se mantém naturalmente abertas ¢ voltadas para 0 objetivo. Toda a atitude deve ser relaxada e des- contraida. Nunca deve segurar a bola, mas, sem- ‘pre que posstvel, utilizar as duas maos nos movi- mentos, assegurando 0 sucesso € a continuidade de agées. Ficura 11.1 ~ Posigio de base, Na Figura 11.1, observam-se erés cones co- ocados de forma que o goleiro se desloque entre cles, mantendo a posigio bisica. S: Digitalizado com CamScanner Mosust or Hasinn 11.3.3 Situagio de posigio na agio a posigio assumida pelo goleiro em rela- io a0 langamento, Eo lugar que 0 goleiro ocupa cem cada momento, devendo estar situado no cixo centre bola 0 gol, no centro da bissetriz entre 0s postes ea bola, Sua atengio © concentragio devem estar voltadas para o atacante de posse de bola ¢ sua circulacio, A situagio do goleiro poders variar de acor- do com a distincia em relagio linha de gol, Para Fours 11.2 =. diminuir angulos de lancamento, 0 goleizo oi do gol, diminuindo sua distancia em telecon a9 zeae cante, com o inuito de prejudicar a qualidade do seu langamento, surpreendendo-o, indutindora a fim de tirar proveito, Quando sair? No sromenta do langamento. + Zona central (1,5 sm). + Zona lateral (1,0 m). + Zona extrema (0,5 m). + Tio de7 m (até 4 m, até a linha de marcatoria), ituasio do goleiro em relagio & linha de gol. Digitalizado com CamScanner Para favorecer sia ago © sua velocidade de oe de mo rento, 0 goleino toma a posigao idlindo com a links de gol, Ficuna 11.3 ~ Posigio do goleira no momento de che- pyar’ rave, na siutagio de langamento do ponta, Ficuea 11.4 ~Delocamente do goleto para heya bola, No deslocamento para se chegar & bola, 0 oleiro deve estar preparado para defenders por- tanto, a perna do lado do deslocamento deve ser 4 que chega & bola, © a outra serve como apoio, conforme demonstrado na Figura 11.4. 11.3.4 Deslocamentos FEstio determinados em fungio da situagao € da atitude do jogador atacante. Os especificos si0 curtos, répidos e deslizantes, com a finalidade de estar em posigio de base o maior tempo possivel. Poderio ser executados com os pés em movimen- tos alternados ou simultineos, de forma semicir- cular ¢ frontalmente para frente e para cri, para obter a situagio étima de intervencio. O raio da trajet6ria € definido em fungio de qualidades an- tropométricas. O goleiro se desloca procurando anteceder aos movimentos e estabilizar-se antes do lansamento, avaliando as possibilidades do ataque, a posigio do atacante segundo seu setor de eficécia, a qualidade do seu langamento e a si- tuagio da defesa para reposigio de bola e contra- -ataque. 11.3.5 Formas de intervengio 11,3.5.1 Em relagdo aos diferentes segmen- tos do corpo Defisa com a mio Para langamentos aos angulos superiores, se clevaré rapidamente uma mio, executando um pequeno passo com o pé do mesmo lado. Para maior seguranga, poderao ser utilizadas ambas as méos para bolas com menor poténcia e maior dis- tancia, Em nenhum caso deve-se segurar a bola: Digitalizado com CamScanner 130) Maso oy Haxoreon ela deve ser rebatida na srea de onde pode ser recuperida ot por cima da linha do gol. Desta maneira além de se evitar 0 gol, se impede que a bola possa cair em posse do adversitio. O corpo € ‘0s bragos devem formar uma linha direta com os pés ea perna de apoio. Ficura 11.5 ~ Posicionamento do goleiro para defesa com as mos no Angulo superior. Defesa com o pe Para langamentos baixos nos angulos infe- riores, 0 goleiro defende com o pé, acompanhado com a mio, Para este ato, deve realizar um passo lateral com a perna do lado do langamento (es- pacato), girando o pé de maneira que sua parte interna esteja na diregdo da bola, para opor a ela a maior superficie posstvel de contato, Durante a extensio da pera, pé nio deve ser clevado j d0-soloexcessivamente. O regulamento permite possibilidade de defender o langamento com per- nas, joclhos e coxas. ivecene oun bbs Jo Pi ow ren 8 | area ERNE CT NRB CCM TAA EL IP Figura 11.6 ~ Posicionamento do goleiro para defen com os pés no angulo inferior. Defesa com o tronco Para os langamentos ditigidos diretamente 20 tronco do goleiro, quando no existe outra possibilidade, deve-se defender com o tronce. Ocorre normalmente ou por erro no lancamen- to feito pelo adversério, desvio da bola pelos de- fensores ou ainda pelo mal-posicionamento no momento de defesa do langamento por parte do goleizo. Além de uma boa condigio muscular abdominal, sio recomendéveis espumas de pro- tego € outros componentes que completa a vestimenta do goleiro, particularmente no han- debol feminino. 1.3.5.2 Em relagao A trajetéria da bola Defesa de bola alta Arremesso de cima para baixo, em suspen” sfo. A bola ver de uma altura superior 8 1" Digitalizado com CamScanner Impulsio no pé contritio (0 pé mais afastado da trajetéria da bola, sem deslocamento). A outra perna, em suspensio, se deslocard lateral- mente para atingit 0 ponto de contato com a bola, juntamente com a elevagio do braco cor- respondente & altura adequada, projetando-o ligeiramente para frente. Cobertura maior do Angulo, Nao girar o tronco. Posicionar de fren- te para a bola. Pés direcionados para frente. Na clevagio de um braco na bola, 0 ganho de altu- ra € maior, porque o deslocamento da cintura escapular, elevando-se do lado que elevamos o braco, permite isso. Se levantarmos a perna do lado, deslocamos, também, a cintura pélvica, ¢ esse ganho em alcance aumentaré, favorecendo, também, a intervengao para defesas em qual- quer altura. Em qualquer sentido do movimen- to a situacio é a mesma, sobretudo em sentido iagonal, em que, para se levar os dois bracos, tornam-se necessarios uma torgio do tronco € tum ligeiro atraso de movimentos. A diferenca talvez no v4 além de um palmo, mas é 0 bas- tante para defender certas bolas que de outra maneira entrariam. A defesa deve ser realizada apenas no sentido de desviar a bola. Deve-se ‘sperar € nao sair pata frente. Defesa de bola de média altura Brago © perna correspondentes, realizan- do a impulsio na perna contréria (a fundo ou clevagio). © brago conteério a0 da defesa atua- 14 como ponto de equilibrio no contato com a bola. Bragos sempre & frente dos joelhos, a fim de propiciar o ataque & bola. Para defesas a meia altura altas ¢ longas, utilizam-se os dois bragos, havendo clevagio da perna, mas um ataque ‘em diagonal & fundo com inelinagio do tronco e para defesas curtas, com um brago s6. E necessé- rio muito trabalho de mobilidade na articulagio coxo-femoral. Ficura 11.7 ~ Posicionamento do goleiro para defesa de bola de média altura com as duas mios. Digitalizado com CamScanner ut Mosca or Hx Ficura 11.8 ~ Posicionamento do golero para defesa de bola de média altura com uma mio. Defisa de bola baixa A caracterfstica principal é realizar a defesa com auxilio das pernas ¢ dos pés, Olha-se para 2 bola, desloca-se 0 corpo todo, 0 trabalho de peras & em diagonal, dando-se preferéncia 20 trabalho com as maos, deixando-se 0 brago livre a frente das pernas ¢ visando-se atacar a bola. Para os goleiros com dificuldades em defesas bai- xas, deve-se utilizar maior afastamento dos pés, mantendo o posicionamento entre eles igual, va- riando, ainda, com movimento de flexao do joe Iho lateral para bolas entre as pernas. Os goleitos ‘30 muito altos devem flexionar um pouco mais as pernas para, por meio de um pequeno salto, realizar 0 movimento com maior amplitude melhor impulsio. A méo faz parte do movimen- to de defesa, trabalhando como recurso para au- mentar 0 contato ¢ a superficie de defesa da bola. O equilbrio a0 movimento é dado com o brago contrério quando da utilizasio de um s6 brago ho movimento, sendo & com a projecio ¢ i nagio do tronco & frente, Ficuna 11.9 ~ Posicionamento do goleiro para defesa de bola baixa. Movimencos de espacato e queda com meio rolamento para tris sio também muito uilizados nesse tipo de defesa, Ficun 11.10 ~Posicionamento do goleiro para defesa de bola baixa (final da ago), Defesa de bola quicada Quando se trata de langamentos 3 meia al- tura ou de quadcil do aracante, especialmente nos casos de bolas picadas na frente do goleio, é ab- soluramente conveniente combinar a defesa com © pé ¢ com a mao. O alcance da bola deve ser 0 ‘mais préximo possivel do solo, em razio da maior dificuldade de controlar as trajetérias ascenden- — Digitalizado com CamScanner tes. Olhar pa a bola é fundamental, bem como fazer a flexio ea queda do corpo. FicuRs 11,11 ~ Posicionamento do goleiro para defesa de bola quicada. 11.3.5.3 Em relagio a distincia dos langamentos Defesa dos lancamentos de curta distincia Posigées centrais Sio 0s mais dificeis de deter, pois oferecem © maior angulo de langamento, Neste caso, é van- tajoso reduzir o Angulo mediante uma corrida para frente, encurtar a distancia, fcando de 1 a 3 metros de distancia do langados, ¢, no momento do langamento, o movimento para frente deve ser parado ¢ estar na posisio fundamental de defesa. Sair com 0 corpo, deixar os bragos abertos ¢ volear 4 atacar; safda pelo lado contrdtio, ataca com 0 tonco a bola, naturalmente volear€ atacar. Obri- 2.0 piv6 a retificar 0 langamento, nfo permitin- do.0 langamento reto (mais forte). Fosmnuintios rresieo-rhninas po conieo | 133 Ficura 11.12 ~Posicionamento do goleiro para defesa 1a posigio central Posigoes externas (pontas) O goleiro se posiciona no poste correspon- dente, cobrindo completamente o primeiro poste, ‘com o brago levantado deste lado. Os lancamen- tos executados no segundo poste serio defendidos com o outro brago, tronco ou pés. O corpo do go- Iciro estard ditecionado permanentemente para 0 langador, ¢ 0s movimentos sio executados para 0 outro lado lateral, ou seja, para centzo da quadra eno para tras ou para a largura da linha de gol. ‘Uma corrida para frente produz éxito, no caso de langamentas potentes, pois redux mais ainda © escasso Angulo de lancamento. Movimentos de pés sio caracterizados por passos curtos, acom- panhando 0 salto do artemessador dos extremos. © movimento de defesa & curto € ripido, pois 0 goleiro ndo sai muito, Siuado no momento do langamento, tranquilo, calmo, scm movimento, Deve mover-se antes e se posicionar, pois 0 ata- cante quer que o goleiro tome a iniciativa. No tra balho em conjunto com o defensos, nao permitir © Jangamento; realizar o langamento com menor Digitalizado com CamScanner ase | atoew or torn Angulo; nio tocar no arremessador (muda a traje- tsria do salto ¢ conseqientemente o langamento). Ficura 11,13 Posicionamenco do golciro para defesa de lancamento dos pontas, Defesa dos langamentos de coniracatague O recurso utilizado, © qual denominamos defesa em “Y", é realizado com ou sem execugio de salto, A movimentagio dos brasos é de bu. x0 para cima e acompanha a perna flexionada, Quanto 0 adversétio estiver mais préximo do gol, os movimentos deverio ser mais amplos , quanto mais A frente, mais curtos ¢ préximos do corpo. Deve o goleiro tera capacidade de rag no ar para qualquer movimento vatiado em re- lagio & tajetéria da bola realizado pelo ataque, Neste tipo de defesa 0 goleiro perde a condicio futura de uma nova reagio répida e sequencial, Nio deve ser utilizada como técnica bisica, re- petindo-a em cada agio. A titica defensiva do goleiro na defesa do contra-ataque & a mesma dos langamentos de 6 metros, © movimento se inicia com uma saida para a frente e defesalate- ral, fechando o angulo. Ficuna 11.14 — Posicionamento do goleto para defest de langamento de contra-ataque. Digitalizado com CamScanner Defesa dos langamentos de sete metros Para defender, o goleiro deve estar preparado para o jogo sabendo para quiem e onde langat, Ficus 11.15 ~Posicionamento do goleiro para defesa de langamento de 7 metros. O jogador tem, no maximo, teés ou quatro tipos de langamentos ¢ locais em que gosta de lan- gat (um ou dois é 0 normal). goleiro tem opgoes de: + deixar o atacante lancar onde ele pre- fere; + enganar o atacante, levantando ‘uma perna ¢ retornando; levantan- do uma perna e um brago junto com © pé de apoio; ¢ levantando uma per- nae trocar saltando, saindo a frente. © goleiro pode ou no realizar uma pré- -defesa, em fungio do nivel de dificuldade de sua intervengéo. Sua posigéo fundamental poderd di- yor!" Senge emonmonmani oe: minuir ou nio a distincia com o atacante, deslo- lose ou po niclo-se A sua frente, O posicionamento inicial mais utilizado, antes da autorizagio do drbitro, & de 4a 5 metros Jo primciro caso, o executante se d§ conta da posigio imediatamente e, no segundo a0, & perturbaclo em sua concentragio, distrain= do-se naquilo que previa realizar, O importante & ‘que; no momento do langamento, 0 goleiro abte- nha a sua posigfo fundamental bisica para poder reagit ripido 0 suficiente em todas as diregdes ¢ movimentos, O conhecimento do jogador adversirio em relagio as suas caracteristicas € possibilidades pode favorecer e determinar a0 goleiro a esco- Jha da melhor forma defensiva de sua atuagio, relacionadas com diferentes distincias e posigdes iniciais. Na cobranca realizada por jogadores ar- madores, 0 goleiro poder sai mais ¢, no caso de langadores pontas ou pivd, poderd esperar mais. Por exemplo, para fancamentos precisos ¢ no potentes, permanecer na linha de gol ¢ esperar 0 Jangamento; permanecer na posigio basica € no momento do langamento siltar contra 0 langa- dor; permanecer 1a 2 metros 3 frente do langa- dor de forma passiva ¢ com uma posigio biisicas langar-se sobre o langamento; estar a 3 metros da linha de gol ¢ saltar contra o langador; estar a 4 metros da linha de gol ¢ deixar langar ou provocar um langamento de cobervura: preparar armadilhas, obrigando ou indwzindo o aracante a0 langamento. Estar tranquilo e no fintar com demasiada antecipagio é fundamental, além de observar que, nos langamentos com queda, deve 15s Digitalizado com CamScanner Mast on Hasna reagir a0 brago do langamento e nao sobre 0 cor- po. No jogo psicolégico com o atacante, ter uma titica, buscar a sua forma de comportamento, encontrar a melhor forma de atuar, 11.3.6 Fintas Nem sempre o goleiro deve esperar tranqui- lo ou passivo pelas possiveis agbes dos adversirios. Poderi provocar determinada direcio do langa- mento do jogador adversirio, escolher 0 angulo altura com a utilizagio de fintas. E muito prova- vel a obtengio do éxito se utilizar estas fintas. Es- tas ndo devem ser realizadas com demasiada ante cipagio, pois simulam ages ¢ aticudes, induzindo ao langamento para provocar erros do atacante. A finta serd tdtica e tecnicamente perfeita quando for obtida depois do movimento de engano, con- digo de voltar & posigio inicial correra e, a partir dai, reagic. Priotitariamente, deverd ser utilizada nos langamentos de 7 m ¢ 6 m das 2onas centrais (de curta distancia). A mesma finta nfo deve set repetida, ou, pelo menos, ndo imediatamente. No duelo goleiro x atacante, triunfard 0 jogador psi- cologicamente mais forte. 11.3.6.1 Tipos de fintas Fintas para eleger um angulo: + Dircica para a esquerda, + De-cima para baixo, + Em cima de um lado para o outro Fintas para eleger a altura do langamento: + Saldae retorno, + Definigéo de um pé de apoio, 11.3.7 Técnicas ofensivas Logo apés uma defesa com éxito, 0 goleiro deve colocar a bola em jogo em diferentes velo- cidades, conforme o placar do jogo. Se a equi- pe esté perdendo, realiza-se 0 mais rapidamente possivel, ou lentamente, quando a equipe esté “curtindo” © momento se se encontrar a fren- te do marcador. Deve realizar, de preferéacia, passes longos, 20 meio campo, possibilicando um ataque répido. Somence realizaré um passe curto quando o longo for taticamente inadequa- do ou arriscado pela posigio de defensores que possam intercepté-los. E considerado 0 iniciador do ataque ¢, também, 0 tilimo atacante, pois é responsdvel pela reposigdo de bola e inicio do contra-ataque, podendo também atuar como sé- timo jogador. «@) Recuperagdo da Bola + recepcionar — controle total da bola: + amortecer ~ médio controle; + deslocar/rebater — dificil controle. 4) Reposigio da Bola Ripido controle da bola apés o langamento, Fealizando o passe a0 companheiro mais préximo Digitalizado com CamScanner de sua drea desmarcado cya segs, © apoio ime- dato saindo da Sea para jogar 2x 1. ¢) Langamento de contra-ataque O passe deve ser feito a0 jogador livre, des- marcado € mais adiantado, de qualquer local da rea, Sao feitos passes longos, de meia distincia, ¢ langamentos diretos 20 gol adversito. 4) Partivipagto no ataque Como jogador de quadra, auxilia a equipe ‘no apoio na saida de bola, no caso de bolas per- didas, na cobranga de tiros livres ¢ lateral préxi- mos de seu gol, em superioridade e inferi de numérica, ou defesas individuais. Também deve ser treinada a saida de bola répida com passes curtos, geralmente para a lateral perto da rea de 9 m, para organizar 0 contra-ataque sustentado, 11.4 Consideragées finais Dever o goleiro ter consciéncia clara de que a fungio de defesa de langamentos apenas inicia 0 trabalho a ser realizado por ele € que a mudanga de defensor para atacante deverd ser répida: defesa — posse de bola - equilibrio — passe potente, preciso para safda da bola da Arca conforme a situago com passes curtos ot longos. Os deslocamentos rcalizadas deverio ser ‘com movimentos de passo normal, para se posi= cionar © mais répido possivel com duplo apoio. Os saltos poderio ser ralizados com impulso em uma ou duas pernas. As quedas, em algumas sitt- ages de jogo, sio empregadas como recursos, nio sendo fundamentais. Nos casos de inferioridade numética e finais de par 0 goleiro, se for um bom jogador ¢ com extraordinéria prudéncia, po- derd intervir na circulagio de bola, participando do jogo ofensivo, De maneira geral, a maior preocupagio do goleiro deverd ser a de adequar a técnica a set utilizada na defesa do langamento ¢ plancjar 0 trabalho a ser desenvolvide durante os txcinos para, de acordo com os conhecimentos sobre © adversirio, especialmente, atender as carac terlsticas préprias de se organizar menralmente para o préximo jogo. Busca-se, cada ver mais, cenriquecer a gama de movimentos, aumentando suas possibilidades de intervengio, ¢ trabalhar paralelamente com as cendéncias ¢ inovagées dentro do handebol, parcicularmente em rela- fo a0s sistemas ofensivos e aos atacantes. Tais afirmagbes sio preocupagées inerentes a relagio goleiro-treinador. Independentemente do conhecimento das eécnicas apresentadas, parte-se do princt- pio de que “o que nfo se quer melhorar deixa de ser bom”. Devemos estar atentos, de olhos bem abertos, abrindo novos horizontes, ob- servando novos goleiros, novas tendéncias influéncias, wr Digitalizado com CamScanner Museu or Hasorno Referéncias Barcenas, D.; Rowan, J. D. Técnicas det alonmane. Madi: Gymnos, 1995. Fanxowskl, M. Ma; ENtiquez, E. Estudio mo- nogrifico de los jugadores de campo: aspectos técnicos. Madri: Esteban Sanz, 1982. v. 1. VA. Balonmano. Coleccién de los depor- tes olimpicos. Madri: Comité Olimpico Es- pafiol, 1991. Baacenss, Ds ROMAN, J. D. Balonmano:t&- nica y metodologia. Madri: Gymnos, 1991 ANTON, J. L. Balonmano: metodologla y alro rendimiento. Barcelona: Paidotribo, 1994. Lasterns, G.s Pon, J. Mai ANDRES, F. 1013 Ejerccis juegos aplicados al balonmano: fan- damentos y ejercicios individuales, Barcelo- na: Paidorribo, 1992. ¥. 1 10 u Lasts, Gay POnZ, J. Mus Avie, Kony jercicios y juegos uplicadon al balonmann: fan. damentos y ejercicios individuales, Barcelo nna: Paidotribo, 1992. ¥. 2. Taosst, H. D. 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