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7 = Termodinamica CONTEXTUALIZACAO Quando vocé utiliza qualquer meio de transporte motori- zado (moto, carro ou Gnibus) que se movimenta pelas ruas € avenidas de sua cidade ou pelas rodovias que interligam as Cidades do pais, certamente esta se beneficiando da tec- ologia que derivou do estudo dos gases e da conversao de calor em trabalho, conhecido por termodinémica. Neste campo de atuacdo da fisica ha indmeras outras aplicacées praticas e com perspectivas de melhoria, principalmente em termos do rendimento das denomina- das maquinas térmicas, que nos dias atuais € muito baixo. Também a crise de energia de origem hidroelétrica abriu muitas possibitidades de uso e aperfeigoamento das usinas termoelétricas, muitas delas também com principios da termodinamica, ‘As maquinas térmicas em geral trabatham em ciclos, com o gas sofrendo ‘ou nao mudancas na presso, no volume e na temperatura. 0 principal ciclo termodinamico teérico ¢ conhecido como ciclo de Carnot. GASES IDEAIS As grandezas pressao, volume e temperatura sao chamadas variaveis de estado de um gas. Para um gas ideal, a relagao entre essas grandezas € dada pela equagao de Clapeyron: p-Ven-R-T onde: 2 pressao (p), exercida pelo gés € conseqiiéncia das colisdes de suas moléculas contra as paredes do recipiente que o contém; 0 volume (V), ocupado pelo gas, é 0 volume do recipiente que 0 contém; a temperatura absoluta (T) é uma medida do estado de agitagdo das moléculas do gas e sua relago com a temperatura medida na escala Celsius (0,) ¢ T= 0, + 273. 95. O niimero de mols (n) é a relacéo entre a massa (m) do gs e a molécula-grama (M) do mesmo. 1 ™ R € a constante universal dos gases ideais ou perfeitos cujo valor so depende das unidades de medida. Os valores mais usados sa mol-K Seja uma determinada massa de gas me no estado inicial (p,,V,,T,) que sofre uma mudanca para o estado final (p,Vy T,) Ea = Eg INICIO RT, © Pe Ve Py Vy +R-T, (i) Dividindo as equagdes Ie II, membro a membro, obtemos: Py _ ORT, -= a PaVe Lei Geral dos Gases Perfeitos BV, WORT, qt te Transformacio isobarica é aquela na qual a pres- Py= Bef sfo do gés € mantida constante. = LIM Y= constante tu T Transformacao isométrica ou isocérica é aquela nna qual 0 volume do gas € mantido constante. Ve lsométrica Transformacao isotérmica é aquela na qual a tem- peratura do gas é mantida constante. T,=T, = p,-V,=p,V, pV =constante TRABALHO DE UM GAS 0 trabalho realizado por um gés, numa transformago isobarica, € dado pelo produto da presséo pela variago de volume sofrida pelo gas. &=pav > =p, -¥,) Se o sistema realiza trabalho. Se o sistema recebe trabalho. Se o sistema nio troca trabalho. V,>V, 39550 V, B<0 No diagrama p versus V o trabalho é dado numericamente pela area hachurada: SA trea Numa transformagéo cictica representada no diagrama p X V, 0 trabalho realizado € numericamente igual 8 érea intemna do ciclo, Ciclo realizado no sentido horério S>0 Ciclo realizado no sentido anti-horério 6 0 energia interna aumenta > AU > 0 AT <0 energia interna diminuiu> AU <0 AT = 0 — energia interna constante > AU = 0 1? LEI DA TERMODINAMICA 0 principio da conserva¢ao da energia nos processos termodinamicos pode ser dado pela relacao: AU=Q-@S (1° Lei da Termodinamica) variacao de energia interna calor trocado pelo gas = trabalho realizado ou recebido pelo gas A maquina térmica € um dispositivo que, operando em ciclos, transforma calor em trabalho. 0 trabalho realizado pela maquina térmica (energia itil) € dado pela diferenca entre o calor recebido da fonte quente (Q,) € © calor rejeitado (perdido) para a fonte fria (Q,). O rendimento (n) ¢ obtide comparando-se o trabalho realizado pela maquina em relacdo & quantidade de calor recebida: a=4> <1 1 = Sadi Carnot ideatizou um ciclo que proporcionaria um rendimento maximo a uma maquina térmica. Esse ciclo, denominado Ciclo de Carnot, € constituido de duas transformacdes isotérmicas e duas adiabaticas. Nota: Transformagao adiabatica é aquela em que néo ha troca de calor. E AB: expansio isotérmica a eet BC: expansio adiabatica af CD: compressao isotérmica e % p-V=cte. 4-2=8-1 4. Os diagramas a seguir representam transformagdes entre ‘0s mesmos estados de uma massa de gés ideal, mantida constants, Sendo 1 2 0 trecho de uma isoterma, esta- belega a correspondéncia entre os nmeros eas letras uti lizados para indicar os estedos gasosos. Transtormagéo 1 > 2: isotérmica T, =Ty-Corresponde 20 trecho C > A Tiansformagio 2 — 3: isoctrica V, = Vp, Comesponde ao vecho A> B. Transformagio 3 - 1: isobérica P, = P,. Comesponde ao trecho BC. 5. Um gas ideal sofre uma transformagao isobérica sob pres- ‘so de 100 Pa, Calcule o trabalho realizado pelo gés, quan- do 0 volume passe de 10 m® para 30 m*. p= 100 Pa av 20 mt Sendo p constant, S=p-av= 10-20-2000 S=20004 6. Um gs esté submetido @ presséo constante, dentro de Lum recipiente de volume invariével. Provocando uma ex ppanséo isobérice desse aés, seu volume varia como mos- 112.0 gréfico abaixo. Ao passar do estado X para o estado Y, 0.985 realiza um trabalho que, em joules, é igual a are bia 012 310 2108 P own) 7.0 gas de um dos pneus de um jato comercial em woo encon- ‘tre-se a temperatura de ~33°C. Na pista, imediatamente ap6s ‘© pouso, a temperatura do gés encontrase a +87 °C. a) Transforme esses dois valores de temperatura para a escala absolute, 3 + 273 = 240K 87 +273 = 360K 'b) Supondo que se trate de um gés ideal e que o volume do pneu nnao varia, calcule a raz80 entre as pressao ini cial e final desse processo. 8. Uma bomba de encher pneus de bicicleta 6 acionada rap: damente, tendo a extremidade de saida do ar vedada. Con- seaentemente, 0 ar 6 comprimido, indo do estado 1 para o estado 2, Nessas condi¢des, podemos afirmar que a transformacao termodinamica verificada na passagem do estado 1 para o estado 2 aproxima-se mais de: a) uma isométrica, porque o volume do ar se mantém. b) uma isotérmica, porque a temperatura do ar n&o se altera. c) uma isobarica, porque a pressao do ar nao se altera. {d))uma adiabética, porque praticamente néo ha troca de calor do ar com © meio exterior. €) uma isoeérica, porque o volume da cémara se mantém. Devido @ rapider de operacdo néo hé tempo suficiente para pas ssa calor de dentro para fore da bomba, Por outro lado © trabalh« recebido @ transtormado ern energia interna, que softe um acrés timo, aumentando a temperatura do ar interno. au=d-3 au=-3 S0saT>0sT,>1 100 98. 0 6mbolo do cilindro abaixo varia sua posig&o em 5,0 cm, 0 g6s ideal no interior do cilindro sofre uma expanséo isobérica, sob pressao atmosférica. O que ocorre com a temperatura do gés durante essa transformacao ter modinamica? Qual 0 valor do trabalho (A@) realizado sobre o sistema pela atmosfera durante a expansao? Da- dos: presséo atmostérica = 10° Nim’, érea da base do ém- bolo = 10 cm. Gla temperatura aumenta; AB = -5,0 J b) a temperatura diminui; AS = 6,0 J. )a temperatura aumenta; AS = ~5,0- 10-7. 4) a temperatura no muda; A = 5,0 - 10°7J e) a temperatura diminui; AG = -0.5 J. 0 gas racebe trabalho, portanto 6 < 0. p= 10°Nim? AV =A: Ah = 106m? 6 om = bcm? AV = 50+ (10-2m)? = 60 10°% m?= 6-10 B= -p-av=-10°-5-10= -50J S=-s0) y, p=ce = = = seV,>V,=1, Taumenta 10. O grafico mostra o diagrama p x V de um gas ideal, que se expande de 0,1 m? para 0.5 m?, ao receber 100 kJ de calor. Nesse processo, a energia interna do gés aumenta ou diminui? Determine essa variacéo. PU nn) Se 0 volume aumentou de 0,1 m? para 0,5 m?, entao o gis rece: bbeu trabalho, que fez aumentar a pressao e a temperatura. As- sim, @ enetgia interna aumenta, au=a-6 Q= 100 kJ = 100- 10° = 1,0- 10° BE tog = M+ 107-10.5-0.1) _ 9 igey 2 au =0-G= 10-108: 10'=2- 10 AU =2- 10°) ‘11. Uma turbina a vapor opera entre as temperatures de 927°C 27°C. Qual seria 0 rendimento méximo de uma maquina tedrica que operasse entre essas temperaturas? 1200 K 12. Umciclode Carnotoperaentreas temperaturas 500 Ke 300K. ‘Améquina recebe por ciclo 1,5. 10° J de fonte quente. Qual é ‘a quantidade de eneraia que maquina devolved fonte ria, por ciclo? S= 6005 B=0,-0, + 600=1500-a, 0, = 9005 ‘A energia devalvida & fonte fia serd igual 8 900J. eee Lia ue LS) 1. Numa transformacao isobarica, 0 volume de certa massa de um gas perfeito altere-se de 2 ¢ para 8 ¢. Se a tempe- ratura inicial do gs era de 177°C, qual a temperatura final, expressa em graus Celsius? 2 177 + 273 = 450k yy, cea tebe 5% = 1800-273 = 1827°C => 1827 °C 2. Um recipiente indilatével e vedado hermeticamente con- tém um gas em seu interior. Se a temperatura ¢ de 27 °C, ‘8 pressio exercida pelo gés € de 1 atm. Considere 0 98s, como ideal. A pressao do gas seré de 2 atm, se a tempera tura no interior do recipiente for, er °C, igual a a) 54 ) 108 300 @327 ) 600 Ve cte 8, = 600 ~ 273 327°C 102

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