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en POLITICAS PU PUBLICAS E SOCIAIS DO GOVERNO FEDERAL (2014 - 2016): EM UM TERRITORIO DE MUDANCAS ITAGUAT - RIO DE JANEIRO - BRASIL?’ Carlos Alberto Sarmento do Nascimento”? Lamounier Erthal Villela’? Introducao e aspectos metodoldgicos Esta capitulo busca analisar a atuacio do Servigo de Convivéncia e Fortalecimento de Vinculos (SCFV) no Municipio de Itaguai/RJ, com base no process! dialdgico entre sociedade civil, Estado e politi- cas publicas e sua aplicacao nos territorios atendidos, tendo como seus rulo integrante da dissertagdo de mestrado defendido pelo autor principal values, abeil de 2016 no programa de pés-graduagio em Desenvolvimento » Dildos: Péblicas — PPGDT, da Universidade Federal Rural do Rio de —UFRRI,o discente teve apoio da Coordenacio de Aperfeigoamento de Pessoal ‘el Superior — Capes. ea 28 Doutorando de Pés-Graduagio em Cincia, Tecnologia ¢ Tnovaste Sonpectis Innere Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFR) Bolsista CAPES/P:é-Integracio, Pesquisador do Programa de Ensino, Pesquisa e Extensio em Desenvolvimente Tenitorial - PEPEDT - UFRRJ, E-mail: casamento@ig.com.br - PGDT/UFRR], Coordenador do Programa vale ik lcm er Desenvolvimento Territorial PEPEDT/ é Ensino, Pesqui: Extensio em si UPR) eee Unjveridade Federal Rural do Rio de Jonsio UFRRJ, “mail: amounier.erthal@gmail.com. 165 Digitalizado com CamScanner vestigar do SCFV / MDS, comparado a sua concepgio te6ri ca ( orientacao técnica, instrumentos de Resto ¢ legislative com 4 i Sy (cotidiano) do servigo, nas seis unidades do Centro de Ref cing Assisténcia Social -Cras - no Municipio de Itaguai/Ry, Brag Tendo como,objetivos especificos: i) Contextualizar 25 mg gas socioecon6micas ocorridas no Municipio de TraguaiRy aponi chegada dos empreendimentos e megaempreendimentos na . ii) Descrever a construcio e evolugao da politica Publica dos Scry, iii) Identificar e analisar problemas e entraves na politica Public, & SCFV, comparando seus Pressupostos tedricos metodolégicos, ut. zando como parametro as entrevistas e a Pesquisa de campo desen- volvida nas unidades atendidas pelo servico; iv) Averiguar 2 rag, do usuario e da sociedade civil na construgao, execucio e avaliacéo dy politica publica do SCFY, utilizando como pardmetro os Conceitos de gestio social, controle social e cidadania deliberativa. Entrevistas O modelo de entrevista empregado utilizou oipadtaod de ques: toes semiestruturadas (VERGARA, 2009) com perguntas hibridas (abertas e fechadas), no qual o entrevistado teve a oportunidade de expressar sua opiniao (caso fosse do seu interesse), sobre as questies apresentadas. Foi utilizada a Proposta de saturacao das respostasle Guest, Bunce e Johnson (2006), onde ocorrendo uma similaridade OU repeticao nas informacées dos entrevistados, “a saturagio design’ © momento em que o acréscimo de dados e informagdes em um Pesquisa nao altera a compreensio do fendmeno estudado” (THIRY -CHERQUES, 2009, p.49), Correram ao todo 102 entrevistas, sendo quatorze com e ‘usuarios dos SCFV em cada uma das seis unidades do Centro dee M166 Digitalizado com CamScanner - aa da Assisténcia Social (Cras apencit da ial (Cras), no municfpio de Itaguail fe a Fereco 0 SCEV), perf > icipio de Ttaguai(local s.Também foram entre ont ‘ He um total de oitenta ¢ quatro ysunitto stados trés profissionai: gi aa a ssionais pedagdgi- cos por unidade, nos seis equipamentos do Cras, totalizando cea yrofissionais aa cquipe pedagégica, responsaveis diretos pel gfo pritica da politica publica no territério(Quadro 1) la execu- Quadro 1 - Universo de amostragem Entrevistados Niimero por unidade do Cras (x6) | Total | Usuarios 14 84 | Profissionais pedagogicos ae 13 102 | Fonte: Elaboragio propria Apés as entrevistas, foi realizado o tratamento dos dados com a finalidade da construgéoquantitativa de tabelas a partir das respostas discursivas dos entrevistados, utilizando uma proposta da anilise de discurso como instancia de captar um saber 0 que esta além de uma superficie textual contrastando a fala das entrevistas com as tabelas construidas (ROCHA; DEUSDARA, 2005). Durante o tratamento dos dados também foi utilizada a de como um mecanismo de captacio do aspecto metaforico do que é dito pelo entrevistado, com © intuito de uma construgio analitica dos dados (QUIVY; CAMPENHOUDT, 1995). Assim, a andlise do discurso seri utilizads como tama perspectiva “indicando que o pesquisador nao ‘Jeseabre nenhuma“dimensio oculta” do real (trata- fe de um real quer saciolégico, quer psicolégico), as participa de uma intervengio sobre 0 mi r mat (ROCHA; e DEUSDARA, 2005, p320). ‘ 167 Digitalizado com CamScanner Foram realizadas pesquisas de crest met tubrosde 2014 ¢ dezembrorde 2015, em todos os seis tenis 8% unidades de atendimento do Centro de Referéncia da ‘Actas : Social -Cras - no municipio de Itaguai(locais onde sig fete nc atividades socioedicativas'do SCFV). As principais finalid, ity sas visitas foram: (a) conhecer os espacos fisicos onde sloofe, day, os servigos; (b) perceber qual é 0 perfil dos usuarios atendidy bs servico; (c) compreender como € 0 territdrio onde o SCFY ese rido; (d) realizar a coleta de dados — entrevista. Msp. Territorialmente, as seis unidades do Cras sio subdividig, seguinte forma: 1- CrasBrisamar, 2 —CrasCaliférnia, 3 - Cras he tro, 4 -CrasChaper6, 5 -CrasEngenho, 6 —CrasMazomba, Figura 1 - Divisio de Unidades Cras em Itaguai - RJ RAS Brisymae GRAS Caiterin RAS Genero ‘GRAS Capers RAS Engen eye emet Fonte: Elaborado pelo autor Ao todo, o recorte temporal desta pesquisa (Gil, 2002) ocot¥ atte os anos de 2014-2016, com atualizacio de informagées dunt © ano de 2017, entretanto, foi necessaria uma retomada em deter nados momentos histéricos, em que se observou. Digitalizado com CamScanner y + ¢ regio, devido a i “pragual € TEBE € A implementagi ; f dell ae também porque se deu prinef aa cejemepasonrtemnay ent 0Ss ea alo SCEV : Principio a institucionalizacio da ote pubuics »com suas bases politicas ¢ metodolégicas pit Ori0. ; Unteuolnpoa Mudangas socioecondémicas do municipio de Itaguai ! cr not No inicio da década de 1970, a regio do municipio de Itaguai recebia os primetros empreendimentos que seriam embrides do sur- gimento de dois grandes complexos na regio, o Complexo industrial de Santa Cruz e o complexo do Porto de Itaguaf. Pode-se citar como destaque as construgoes da Gerdau-Cosigua(Companhia Siderirgi- cada Guanabara), conchuidas no ano de 1973 ¢ a construgdo da Nu- clebras Equipamentos Pesados $.A.-Nuclep (vinculada ao Ministé- rio da Ciéncia, Tecnologia e Inovacao € com sua subordinagao direta 4 Comissio Nacional de Energia Nuclear), no ano de 1975.Também se a construgio do distrito industrial de San- ta Cruz (Complexo industrial de Santa Cruz) localizado no bairro de mesmo nome e com espago total de 6.2 milhdes de m’, dando inicio a criagio de um grande ‘malha de industrias no mesmo espago geogrifico, tornando-se trés décadas depois um sistema de clusters. Atualmente, entre empreendimentos megaempreendimentos, que merecem destaque por seus aportes de eat publicos e privados estiio: ‘A ThyssenKrupp ~ CSA, Sree 5 ee co ‘Atlantico, Companhia Siderargica Nacional -CSN, Porto Sudeste a ‘ | Prosub - EBN / Odebrecht. Cabe 0 do Brasil $/A, Estaleiro nave’ i es . jo da BR 493 ~ Rodovia Raphael destaque também para construgi ; : ‘d d Nt ida Magalhies (Arco Metropolitano), inauguraco ne ano eyerneie es 8 ‘a parte)> atravessando OS municipios de Ttaborai, de 2014 (primed P Duque le Caxias, Nova Iguagu, Japeri, Sero- Guapimirim, Mas go teve come principal intuito criar uma pédica € Ttaguai. ‘A construg! no mesmo ano, iniciou- 169 Digitalizado com CamScanner anne pontow industriais estratégicos do Kota nie o Comper Complexo Petroquin, Janeiro ¢ 08 complexos industriais de Santa Cry, ef “a, {neilitando 0 eyeoarento de cargas diversas 4, Jom de eriar una rota de indGstrias do pet 4 ye inter lips i 4 podoviit qt i yeiro (pr incipalme Rio de Jay co do Rio de Porto de Haygtntl © Ttaiualy i ao longo de toda transporte de carga, impactando diretasner, isagem de toda a regido. yeampl giio dosempreendimentosemegaer,. PIB do Municipio em mais de 321,124% 0-204 (1.017.259 PIB — 4.283.923 Pip) ocorrendo um aumento de R$ 3.266.664 milhdes no PIB municipal, 9 investimento piblico/privado na regiao incentivou a migracin populacional para o municfpio em 23.61%, no periodo 2007-2014, devido buscas por oportunidades de empregos oferecidos por esses novos megaemprcendimentos ou pelas empresas satélites (terceiri- dora de servicos, atraindo mao de obra (especializada e specializada), de diversas regides do Brasil, principalmente de Minas Gerais ¢ Sul da Bahia, e de outros paises, como: Bolivia, Chi- a ¢ Alemanha (NASCIMENTO; FRANCISCO, 2015). Essas mudangas socioecondmicas ocorridas no Municipio de Itaguai, principalmente apés 0 ano de 2007, resultaram em uma série de questdes de ordem social, que afetaram a rotina local e provoca- ram problemas, como: 1, Caréncia socioeconémica, afetando ques- toes relacionadas ao turismo local; 2, Aumento da criminalidade, desemprego ¢ custo de vida. (TOMAZZONI, 2009); 3. Utilizacio se en eo eae (NASCIMENTO; VILLELA, 2015) Sia nn Oe cn ns in linet 106 afastamos a ou la escala municipal), onde quanto mit nos aproximamos das regides perifics o Porto de ! ; a yodovia, o que resultaria no aumenty 4 CHRO dy segmento trabalhado fluxo de te nos aspectos FCO! Aimplement preendimentos elevou 0 gomente no perfodo 2001 Bon. Digitalizado com CamScanner Fr da principal mancha urbana municipal, maiores sio as tendéncias a0 acirramento das desigualdades sociais com familias de baixa renda, cixos de ocupacio disformes e adensamento populacional em alguns pairros, ¢ baixo nimero de habitacdes, Grande parte dos moradores dessas regides periféricas sao in- dividuos advindos de outros Estados e municipios em busca de vagas no mercado de trabalho local. Isso resultou em uma dicotomia de realidades dentro do mesmo municipio, com um centro que oferece minimamente servicos ptiblicos e privados como: saneamento basico, educagao, seguranga, satide, transporte publico e um entorno pobre e carente das necessidades basicas. Aparentemente, a aplicabilidade pratica do aumento do PIB municipal impulsionado pela implementagio dos megaempreendi- mentos nio foi transferida de forma igualitaria no municipio, oca- sionando o estrangulamento ¢ a superlotagao do bairro central que concentra os servicos ptiblicos e privados locais e também apresenta um processo de gentrificagéo que desloca e desapropria a populagio pobre para espacos lim{trofes da mancha urbana distante de seus lo- cais de trabalho, lazer, comércio ¢ servi¢os. Em outras palavras, 0 territério se vé refém de um novo com- plexo industrial, o que induz a um alienamento de parte de seus ha- bitantes que trocaram valores socioculturais € indenitirios locais pela necessidade da insergao ¢ exploragio do ae cao pela acumulacao de renda ou bens. E ° que Marx termina como a" ‘uni- A «9s, das capacidades, dos prazeres, das forgas pro- versalidade dos desejos, das capac ‘ troca universal” (MARX dutivas, dos individuos, produzida numa ; 1991, p.80). cas socioculturais ¢ de desigualdades Nessa peal agent no Municipio de Ttaguai no ano econdmicas € SOC ica do servigo Projovem Adolescente, (atual de 2009 a politica P al finalidade era atuae com grupos de vulnera- SCFV), cujo principe 2007, P- 39), mais impactadas Por essas mu- bilidade e risco » spulagio moradora das localidades mais dangas e justamen 171 Digitalizado com CamScanner | 8 rm Neca, distantes do centro do municipio ¢ mais impac das pel estruturais ¢ ccondmicas ocorridas na regio na tiltima q Apolitica publica do Servico de Cony; e Fortalecimento de Vinculos e suas territorializagdes no municipio de Itaguay, vencig O Servigo de Convivéncia e Fortalecimento de Viney (SCFV) ¢ uma proposta de politica publica do governo federal responsabilidade do Ministério de Desenvolvimento Social ¢ Ari tio MDSA—MDS até 2016), desenvolvido em cardter Nacional com execugio pratica nas unidades municipais de atendimento do Centes de Referéncia da Assisténcia Social — Cras, Sua origem é a Medids Proviséria 238, de 2005, e a Lei n° 11.129 de 2005, ratificado na le n° 11.692 de 2008, periodo em que © servico era oficialmente conhe- cido como “Projovem Adolescente”e atendia exclusivamente jovens entre 14 e 18 anos. No ano de 2013, 0 MDS identifica a necessidade de ampliacio do servigo devido a “situagdo de vulnerabilidade soci decorrente da pobreza” (BRASIL, 2005, p.33)existentes em outras faixas etdriase agrega beneficiados entre 6 a 13 anos € com mais de 60 anos. Atualmente, o SCFV € teoricamente caracterizado em pri- ticas educativas que priorizam um universo cultural ¢ histdrico ¢ um conjunto de relagées € inter-relacdes a serem considerados, bem como situagées a ser objeto da agdo articulada das diversas politica publicas.(BRASIL, 2010).Os eixos estruturantes dessa politica pt blica indicam Propostas de convivéncia social, mundo do trabalho ¢ Participacio cidada, proporcionando a construgio dos temas tran* versais com agdes nas unidades fisicas dos Cras, atuando como ve lécus de preferéncia de atendimento politico-administrativo ee tralizadodos Setvicos da protegdo social basica, com uma teorizagt Digitalizado com CamScanner politic public A populacso e famili populacio e farnilias vulneraveis, aestrutura ff servi ndo ae rutur a fisica do servico a localidades mais di Jo municipio. lades mais distantes na ral F sponte qo centro ¢ Entender a territorializacio ¢ ZaC4O © as caracteristic i ae pervs ‘ ‘as de um - ~ nacional no Ambito local, é reconhecer que o ambient: mde 7 AA es iente onde oO cervigo est inserido tem um papel fundamental na construgio d bli , aad © solitica publica, entretanto, nao ¢ o tinico fator determinante ; » a ara essa atuagao. Nesse contexto, a principal fungao da divisao verrteral go SCFV por meio das unidades do Cras, vi 6 oS Fi nee ae ‘Tas, visa buscar as conexGes intrinsecas de cada microterritorio atendido, com a perspectiva de detectar problemas especificos de cada localidade e tragar um perfil de servigos que contemplem a necessidade do usuario. Figura 02 -Territorializagao SCFV @ Municipio ‘Territorio BB Unidade do CRAS: A SCEV «© (as), (20079) 4 SUAS (MDS) Fonte: laborado pelo auton a Part do case SD 173 Digitalizado com CamScanner senta predicados comung 7 + de Itaguaf apr oO municif ‘a ree oe do Rio de Janeiro e Baixads espagos localizac ae urbanizado € conforme ° distancia ly. minense, oO” TG construindo cenarios de caracteristicas — to desse nile 1) Ostet ;torios do CrasBrisamar, Cras Calif (SIMOES, . a Engenbo, € bairro do Leandro (CrasMazony anne que diz respeito As caracteristicas urbanas, Pri gio St ALC) s a a maior complexidade social, além de , seo erogeneidade na populagao (MARQUES, 2002) dng ee tar uma maior disponibilidade de equipamentos bibliog iss roximos. OS territérios dos CrasChaperé e Mazomnta, ae sovesenta uma maior auséncia do poder publico, com fly ntes ptiblicos que identifique a presenca g, de equipamentos ¢ age i ‘tuido com caracteristicas de agrovila, 0 ten. Estado.Mesmo consti tério do CrasChaperd nao oferece uma agricultura local, os pouess casos percebidos durante a pesquisa de campo indicam caracteristicy de subsisténcia das familias proprietarias dos terrenos, apresentands nessa configuragado uma anilise continum(GRAZIANO DA SILVA, 1999) com uma imbricagao das caracteristicas urbanas e rurais no mesmo espaco. O territério do CrasMazomba (Bairros Mazomba e Mazom- binha) e o bairro do Piranema (Cras California) apresentam carac- teristicas tipicamente rurais com uma menor densidade populacio nal, maior homogeneidade dos moradores e um menor adensament0 populacional, um maior distanciamento entre as residéncias € um economia mais dependente da natureza etc. (MARQUES, 2002) cr geese CrasBrisamar, apieleta Bi i catacteristicas soc a a os bairtos de tha da Madeira e C, urbanos, rurais.¢ costal tides pesqueias (que ira e Coroa Grande, onde existem a dos megaempreen, ae sistem mesmo com a chegada ¢ amp™ ntos em sua regio), com sua base econdm' amente € com um: Gis Digitalizado com CamScanner 4 giseamente A pesca artesanal ¢ 4 yt s do vero. 90 tutismo, prines a noe 2 necifico, foi notado durant iba : a do CrasBrisamas, CrusChapery ttt de «pit padeoe™ com a disputa violent ie f {oe drogas ¢ poderes patamilitars ¢, pode 1 0 espagos fisicos eo Ciel ah fico f puta” Solel I w % pstadosO territdrio do CrasMazomie que denota a : * a : fe rural, expoe @ presenca do tréfico a Ser uma regio animais sil et tie ici da mata atlintica nativa. O ¢, rasCentro aprese . CMO que os “ngenho © Crae ' Cras 5 paralelos en inados “tnilicias” ivestre a 7 : i su regio de comum movimentagio popular du nta-se wm territorio com os principais equipamentos ai o dia, cos & pri- got st oe i municipio, uma regifo de al do pe bandono ¢ Pouca movimenta- IS sional durante o perfodo noturno. : a pesd a de campo, questionarios \\ oP fi resultados los aos usuarios do SCFV do mu- estionarios foram aplicad de miltiplas escolhas e discur~ Os qué sipio de Ttagual. Com 10 perguntas sins (caso fosse de interesse do respondente), numeradas de 1 até 10, pura facilitar a catalogagao das respostas. Na sequéncia, os questiond- fisforam aplicados aos profissionais pedagdgicos do servigo, também om op¢io de uma complementasao discursiva, sendo enumerndas de ILaté 15. Como ja citado, ados 02questionsirios 2 foram ao todo aplic: pari dhidido entre 84 usuarios do SCFV (14 pot unidades), 18 pros” visdaequipe pedagégica do servigo (3 PO iad aes do A partir da pesquisa de campo nos t ‘is vi qualita- } ine no municipio de Itaguat-RJ, foram aes aplicados ) € quantitativos com base nas fichas dos a de campo, anal Wee isa ntrevistas livres realizada: do Cras durante apes”. Mo a teorj en Se adades d¢ atendiment ra e a pratica nas seis unidat 175 Digitalizado com CamScanner edo SCEV conforme os aspectos tedricos (metodolg, Foe rumentos de gestiio ¢ legislativo) pro ‘encial Social - SUAS. compilagdes ¢ manipulagées dos dados ca guestionirios ¢ nas fichas aplicadas com os atores locais, foi a My desenvolver uma relagio de como ocorre aatuagao do usu sin sociedade civil na construgio, execugio e avaliacio da ca do SCF, identificando quais sio as propostas de controle social ¢/ ou cidadania deliberativa relacionada vimento das atividades nas seis unidades do Cras ond atividades do SCFV. Abaixo segue os resultados quanti perguntas realizadas, nas tabela 1 a 15 e na sequéncia, de sete (A até G), problemas/entraves identificados a tas nos territérios das unidades dos Cras. técenic Unico de A Ape + Otien, tags Postos Pelo Singh Sm, Oliticg pibj, Stig, Soci, = een" e cotter fe tativos cas 15 huma list Partir das yg. Respondentes: Usuarios SCFV - Ttaguai. Total de entrevistas: 84 (14 por Unidade) Questées de mimero 1 até 10 Tabela 1- Hé quanto tempo vocé participa do SCEV? = 6 meses 15% +de1ano 8% + 6 meses 11% 2 anos 4% Lano 2% +2 anos. 68% amos 68H) Tabela 2 - Hi quanto tempo vocé mora nessa localidade (territério)? i= eee Até 6 meses 0,00%, Qanos 1% Se ON dened ina a ano 1% 2anose meio —_0,00% Jano e meio 4% 3.anosoumais 94% 176 Digitalizado com CamScanner gC eV contempla suas expectativas come o usitdrien di do servicn? a" at __—- i i eas mM. yc Nio de 5 foi/é ouvido durante 0 wets ce processo de elaboracéo do SCFY ov avid es? a* ee —CO __ Nao 70% 11% ‘Empre racteristicas territoriais (histéricas, espacos publi- bea $CFVutiliza as ca “pg comunidade se), no desenvolvimento cas erin Sim. 119 Nao 84% Em parte 5% Tabela 6- Existem outras atividades no local onde yoce mora que conselhos comunitarios. vocé participa como conselhos de bairro, colegiados etc? associagdes de | 109% Sim Nao 90% id ‘i ase jvidades este opinifo,a prefeitur® posteria melhor propostssessat Sim 700% 177 Digitalizado com CamScanner AAs mnadangan que corvernm com a cheyada de novas ing Pabela 8 A ude de vida da comunidades "(ny empreendimentos) atecarany a qui sim ee — 2 MD Naw 14%, = Nao tenho opinido formulada ™, Positivamente 1% Negativamente 99% —— —— ‘Tabela 9 - O governo do ex-prefeito Luciano Mota afetou a qualidade do Sep OMY; nc ‘Sim 92% Nao 3% Nao tenho opinifio formulada 5% Positivamente 0,00% Negativamente 100% ‘Tabela 10 - Vocé tem boas expectativas para a continuidade do SCFV em furan proximo? Sim : 96% Nio 2% _Em parte 2% Respondentes: Profissionais da Equipe Pedagégica - tag : Total de entrevistas: 18 (3 por unidade) Questdes de Numero 11 até 15 Digitalizado com CamScanner y quanto ® a | LET E_ *% | empo voce trabalha com 0 SCFV? an? sanoe mere 12% anos < 6% anos © meio 18% 64% 43, an0s ou mais Sim 33%, Nao 28% 39% dade atividades com a participagio ativa 5 e de valorizagao do territério? (cons- realizados 08 unic ies 13 - 540 un tai das atividades) dos usuario Sun 28% Nio 17% a Tabela 14 - Vocés recebem algum apoio da SMAS ou do MDS, n& tlaboragdo & planejamento das atividades do SCFV? Nio 346 Em parte 55% ) Digitaizado com CamtSeanner ‘Tabela 15 -Em su . voces recehem equipamentos (mater cinstrumentais) tém espago fisico para re opi iais peday. " rn Pin alizagio das atividades? *85ticg, a 55% aa artir da pesquisa realizada nas seis unidades do Cras og territorios atendidos pelo SCEV no Municipio de Ttaguag e me nos questionarios realizados, foram identificados setcentr se refere 4 atuagdo e desenvolvimento da politica publi municipal, que sao: Com base AVES no te ca eM nivel A) Espaco fisico inadequado paraa realizacao das atividades As espacosde atendimento do SCFV atuam na “medida em que as diversas politicas deslocam-se para o territério [...] para uma aco resolutiva, uma identidade territorial, dentro de seus critérios de atendimento, em um mesmo setor urbano” (MDS, 2011, p. 22). Neste sentido, os espagos fisicos dos Crastém um papel fundamental para o desenvolvimento das atividades, servigos e politicas puiblicas na instancia local. Entretanto, as unidades do Cras no municipio de Itaguaf apresentam dificuldades para a realizacio dessas prestezas. Principalmente, nas de carater de aluguel, que nao sio construi com o intuito de utilizacio dos usuarios ¢ a aplicagao das politicas publicas, Essas dificuldades fisico-estruturais so sinalizadas no relt~ to dos proprios Profissionais pedagégicos que consideram “o ia go minimo e precério [...] onde existe uma quadra, totalmente ™ Conservada € sem nenhuma condigao de uso” (Equipe pedagdgice CrasBrisamar).“O espago fisico no é adequado para a realiaagio das Digitalizado com CamScanner |] tendo que adapti-lo | Muito mal distribuide [ad] oe cf jut * ejucicade em dias de chuva’ ({r » pe 1” (Equine " jazomba): IMipe pedagdgica, C oe ot Hogtica, Cras- ‘ada a disparidade das pr ox nit paridade das propostas de eo Nstrucio Gio ¢ utiliza- cos fis cos das unidades do C, des do TS NO Municip def 10 de Tag espagor ord com OS predicados propostos pet ai, vad se comparative entre a teoria ¢ a witea 8. Buse ando Oc 8 ea alugados, 0 que : unidades do is ee SIL, 2009), que possam peo “ is le referencia para o convivio grupal, an egurar es- i ° gesenvolviment® de relagdes de afetividade, solid: e mn e Fito mutuo” (BRASIL, 2010, p.37),nao aten ee ariedade re grios ¢ da equipe profissional local, resultando Sees tanque entre 0s direcionamentos do MDS eo que an es atendidas em nivel municipal. dees alidad naga pas loc: B) Déficit/falta de equipamentos de trabalho itica ptiblica de carter nacional, com um erfil educativo, que visa 20 desenvolvimen- jxos estruturantes da convivéncia social 0 cidada (BRASIL, 20092). vidas a partir de uma série rreativas, O SCFV é uma poli tragado metodolégico de p todo individuo a partir dos ei do mundo do trabalho € da participaca Nese sentido, as atividades sao desenvo ‘aticasesportivas € ect de propostas, como: danga, capoeira, Pr gatite, musicalizagao etc. Para a realizagio das atividades educativas Enecessério além do espago fisico apropriado, adequados, ae bolas diversas, canetas, lapis, quadros, a icais, latas de spray etc. ed re durante a ap! vinden oe a pedagdgicas evista es do atraso e falta desse fados (Tabela 15) indicaram Mi. mater apitos, instrumen s com observadas rei- 055% dos en- materiais as entrevista 1 os profis~ { do servigo foram j ¢ materiais, (4 que 40 receberam 08 Licagio 4 181 Digitalizado com CamScanner AY icos € instrumentais, especificos para a realizacig f “Usamos materiais de anos atras ou até mesmo J temos que improvisar, ou trazer de casa [ in pedagég' atividades. éprios i ae — Lae (Equipe pedagégica ~ CrasBrisamar ¢ Cone te Outros 39% dos entrevistados (Tabela 15), apontaram 0), “4s vezes, os materiais chegam atrasados, faltando e na maiotig le chega o que pedimos [...] 0 que prejudica a tealizacio das atv des” (Equipe pedagégica - CrasChaperé e California). atraso i ineficiéncia na compra correta e entrega dos materiais, segundo : proprios profissionais, desanima e afeta 0 seu cotidiano de trabalhy prejudicando sua rela¢io com a secretaria municipal de assisténcig social e impactando diretamente na qualidade das atividades oferec;.. das. A falta de materiais dificulta a aplicabilidade pritica da Propost, tedrica, impossibilitando a realizac&o com qualidade das atividades tendo como maiores prejudicados os usudtios que acabam por nic usufruirem de um servico piblico de qualidade. tiaig C) Déficit na capacitacao/formacao para os profissionais da equipe pedagégica Segundo a indicacdo do tracado metodolégico (BRASIL, 2009a), os profissionais que atuam diretamente no SCFV,devem, periodicamente receber capacitages para a realizacdo de seus plane- jamentos e de suas atividades. Essa Preparagao vai além do conceito técnico € se aproxima da subjetividade da atuacio de um agente pi- blico (BRASIL, 2005). Conforme as normativas técnicas do MDS “quanto mais qualificados os servidores piiblicos, menos sujeitos 4 manipulacao e mais Preparados para enfrentar os jogos de pressio€ de cooptagao nos espacos institucionais, conferindo maior qualidade ao trabalho realizado” (MDS, 2007a, p.19). Entretanto, segundo os resultados das entrevistas realizada 028 unidades do Cras no municipio de Itaguai, apenas 11% dos profis: Digitalizado com CamScanner sn come ecb Wao de suas atividades, outros 55% d, 11608 4 dos 38, gO ' oh aah icebido capacitag r bata cocretatt cm reunié propria secretaria municipal de i Fah et pam te. pela eM igndts Pe templa a indi G | fe nao conte pla ain icagio do MDS (20075) ia social, 20074) de curses gsi» ie gO para Me profissionais do setor, Outros 44% ap 4) dos pro ssionais entrevistados, nao receber 8 4 “ie 7 acitagao OU formasio, esta situacao afera fie nenhurna at 00° Janejamento das atividades no sentido, vee a a8 F idades porque eles s6 mandam ¢ aaa je A elaboragao & oplanejamento das atividades pay 1 ject! stad 8S sem nenhum apoio [...] Falta de chborsode os es oltado para os técnicos, com os temas que serao rabalhados pa (Equipe pedagdgica — CrasChaperé e Centro) 702m ‘A falta de um capacitagao para a equipe pedagégica impacta di- na ‘“dentidade do trabalhador da assisténcia social referen- rincipios éticos, politicos € técnicos, qualificada para assumir mo que 2 implantacao do SUAS requer” (MDS, 20075, entemente, afeta também a qualidade das atividades oferecidas 28 usuarios do servico. Nesse sentido, oferecer “foruns, se nindtios, oficinas, capacitacoes conjuntas, ajudam na equalizacio de na composi¢ao de linguagens comum, € no encontro do pa- i ado 4 sua operagao” (MDS, 2007b, p27), f° condigdes de trabalho, afetando Litica publica. de capacit cho entrevistados er » “em parte” esparad ssi ‘el ent cada em PU protagoms 18) e consequi conceitos, dif organizativo a sulta consequenteme! pusitivamente @ aplicagao pratica da po! D) Falta de articulagao intersecretarial e politicas publicas bh A tipificagio nacional (MDs, 2014), indica que*s politica aa he hecessitam buscar um process© de articulaga° ae on = m propostas similares em nivel municipal com ° intito J 183 Digitalizado com CamScanner uma pr Jo continuada que priorize a oferta de um tery a vaca qualidade aos scus ustiatios. 0 dy Essa indicagio visauma atuagao direta das redes SOcioass distingi lat as sig ch m distingao de secretaria que se alinham as Propostas das So. Iiticas sociais - de satide, de educagio, de trabalho etc, ~ xa como um processo dialégico entre agentes puiblicos de Bestio, na esfera municipal como regional, no proporcionando a aplcayi dade de uma politica publica que converta em um servico mais e i sistente para a populagaio dos territdrios atendidos, oe Esta situacio indica uma precariedade do servico, visto que nj foram apresentados durante a pesquisa nas unidades do Cras ort espacos piblicos de outras secretarias como quadras, pracas, biblio. tecas, teatros, escolas etc. para a realizagao das atividades de forms conjunta ou parcerias que levassem a atividades associativas, AMent, E) Dificuldades na criacao de vinculos com historicidade, identidade e cultura local Uma das agées fundamentais da politica publica do SCFV éa construcao e odesenvolvimento das atividades no territério onde os usuarios do servico estao inseridos, utilizando a historicidade e iden- tidade dessa sociedade civil, estimulando as capacidades dos usuétios, promovendo uma convivéncia Social e a participagao cidada que con- duza a um processo de gest&o social e bem comum entre seus pares (BRASIL, 2009a, 2009b, 2010, MDS, 2013). Ou seja, a construgio do SCFV deve ser formulada e aplicada em um contexto endégens, em que os atores locais e as caracteristicas do territério sejam agentes principais desse processo. Porém, o panorama apresentado nas entrevistas nas unidades de atendimento no Municipio de Itaguai, apontaram que 8496 dos usuarios entrevistados (Tabela 5) nfo percebem a utilizacio de a racterfsticas histéricas, espagos publicos, comunitirias etc. Na elt Digitalizado com CamScanner yolvimento das atividades, “71 PS) Te: oe ese " as a pistoria le vida ni ‘ 6 ni Wed oe ). 0 que indica ae sobre nosso ¢ nao busearn sah pl S ‘acum des cotidiane” saber Hone eescumpriment Fae (Usuarie ce ento da que é tie ) € propaste (5: . N tido de a finalidade seria des nic sobre © pairro € 0 territério, a um olha i dificuldad . » “de modo nar analiti nid se dil les, estimulando-o. a perceber suas p 7 vie vontribuam para qualificar : o ee envolverern on po- “f a : ansfor ver i i mn. Isto significa valorizar 0 conhecinnente o o ambiente ° es pairro/tertitOri0 e sua contextualizacio a em profundidade pale 32). cidade” (BRASIL, ‘om relagao_ 20s profissionais pedagégi COs i tad0s apontam que 33% (pergunta Dink entrevistados, os Jo entre 0 SCFY, usuario e territér icaram que ex (Tabela 13) a tio. Enquanto 28% dos jpontam uma 4 = 3 aloriz : construgao partici- y a © territdrio através de “todas de conversa com perguntas esporddicas [... eventos de acolhi ; [J caminhadas ecolégicas, satide ¢ qualidade de vida (Ec ee dagégica — CrasBrisamar € Mazomba). cea , Os maiores indices nas perguntas 12 e 13 referem-se 4s opsio ‘As veres” 0) 9) * 1 * vee com 39% @ 55% respectivamente, indicando que na visio oo ssionals existe une processo de construsio participati a que al va e a o territdrio, entretanto, ainda de forma deficitiria. ae ee lade nos resultados entre os atores entrevistados indi- ta de uma dialogicidade (A. BERMAS, 1987), entre esses eae “Ainda falta esse link © o territério part identificacfio dos reai “ ‘A interagio € re Oar reais problemas e solugoes wl interagao entre ir . x eos to se re do SCFV e 0 territério sao qquase nulas, desse modo, Drsentey? ine uma integracao eficiente entre at 0 rofissional pedagdgico ~ . ue : Sidade de el He ode ser analisado 4 pat laboragao de atividades so“ gest 08 profissionais ativa com OS usudrios e que V: ntre gestio € tir desst PO joeducativas ™ 185 Digitalizado com CamScanner j aN tend, ada unig b fato € : ara O Usuario © nig que dedutivamente os profissionais pedagégicos ou coordenacin ° Secretaria de Assisténcia supde que ¢ relevante para a Sociedade - atendida. vil 0 intuito de valorizaros aspectos socioculturais dos territéy de metodologias especificas para ¢ Cras, a partir do que de fato é relevante p F) Impacto dos megaempreendimentos no ambito local Teoricamente, o SCFV deve utilizar as questées de historic. dade e identidade cultural local (BRASIL, 2009a), para sua constry- cao e pratica das atividades, utilizando-se de caracteristicas locais, Entretanto, com a chegada dos megaempreendimentos na Tegiao do municipio de Itaguai ¢ seu entorno, o que se expde nos territdtios atendidos pelas unidades do Cras, é um processo de descaracteriza- cao da identidade cultural dessas localidades, pois as “sociedades pas- sadas dedicaram-se com afinco a preservagdo de suas tradigdes [.] a sociedade contemporanea alimenta a crenga singela de que a posse 0 usufruto de bens materiais [...] so a fonte de toda a felicidade” (LISBOA, 2009, p. 11). Segundo 79% (Tabela 8) dos respondentes, com a chegada dos megaempreendimentos toda a regiao foi afetada, 99% (Tabela 8) dos que sentiram essas mudangas apontam como negativa esst nova realidade, principalmente nos territérios do CrasBrisamar que tem caracteristicas turisticas e pesqueiras e do territdrio do CrasMa- zomba, onde a atividade predominante é a rural e com caracteristicas de agricultura familiar. Dentre os aspectos negativos citados pelos entrevistados, destacam-se questdes como: Impactos negativos 9° 30 Segundo referéncias do PEPEDT - Programa de Educagio Pesquisa e Extensio Desenvolvimento ‘Territorial ¢ Politicas Publicas Tiss . Digitalizado com CamScanner A violéncia, poluigio, ¢ qo jenter V0 Be luigio, engarrafamento jo * si , ft Mesconpectmen ‘0 de quem siio seus vizinhos problemas de 1 acl Zinhos © processos aga $08 § cag ts wo i Muita poluigio, pocira de minério af afeta no go 7 de a cidade oie s fron deseo traneparte aa pio, fou ito nen qua de is eth ee n pedems ns rn pa esses em- dim - Es 4 saindo muita gente si propriagio(Usuirio~ cake Tudo piorou, nfo conhecemos mis nososvznbos poluigdo dos caminhies que pssam o dia todo elas Pepradas que a cada dia que passa fica mais eae sada, além da poeira que fica o dia todo no ar. Tanto pocira de brita da peri, como o minéso do CSA Tudo esticada vez pior, ¢ a populagio esta largada € Bando que esté melhorindo quando pereberos aepemos abandonados, destruiose lagados 2 Pro pria sorte” (Usuarios — CrasChapers). erda da identidade local jndividualiza o homem » (PASSET, 2002), dificulta tivoafetando, Essa ago de p co leva 4 sua “in construgao critica m aspecto cole strutiva de uma politica social jtorio. Eo que segundo Mar- autada nos aspec Ma : : ma ideologia de uma socieda- do homem, em um cuse (1973) pode ser dei de industrial, pautada 9 ° sistema ames em rel gnicas, Jimitando-se @ receber uma cstrutura sistemica pronta © nao dialogic Diferente do que € proposto pelo panne uma politica publica que !uta contra “a desist ‘ Tentes 4 sociedade capitalista contemportn ve $0 estatal para o seu desenvolviment "al eine dificult a segundo Weber (1979), acaba por ® Seco = i execucio pratica na me ida em que inter ine- 187 Digitalizado com CamScanner G) Atividades oferecidas ndo condizem a os anseios dos usuarios Os problemas relacionados a historicidade / dentidade cy ral locale o impacto que os megaempreendimentos causam na re, _ como citado nos itens (E e F), pode ser demonstrado na 7 onde 25% (Tabela 3), dos usuarios entrevistados apresentaram-ce = tisfeitos com as atividades oferecidas, enquanto os outros 75% i entrevistados (somando os que nao se sentem contemplados 18% os que se sentem contemplados em parte 58%), nao Percebem nas atividades oferecidas pelo SCFV uma alternativa oriunda de Stas necessidades, com “atividades mais diversificadas [...] escutando a vontade e interesse da populagao. Colocando nossas esperancas na realidade” (Usuario ~CrasCaliférnia). Na pratica, o que ocorre gio atividades reduzidas, com pouca diversidade de Propostas € profis- sionais, resultando em um desinteresse dos usuarios e dificultando a utilizagao e valorizacao da identidade, historicidade e caracteristicas endégenas de cada territorio atendido. Precisamos do retorno dos profissionais, les sairam, trocaram as atividades e nés nio fomos ouvides. [..] Maior ntimero de atividades como danga, informit ca, capoeira [...] atividades fisicas, artesanato, croché, pintura em tecidos. Algo que seja novo, ou seja, uma novidade(Usudrios - CrasBrisamar, Engenho ¢ Ma- zomba). Temos que buscar melhorias préprias, pois falta coisas basicas como bola, passcio diversidades atividades [...] nos fins de semana com pais, 268 © com a familia [...], pois o Cras ni é s6 nosso, r | Digitalizado com CamScanner toda a comunid: o atendimento fi como falta uma série de coisas, em falta com a popula sendin t sido bairro (Usudtio ~ CrasChapers ¢ Centro). Consequentemente, 0 usuario nfo se reconhece como ator do socesso dat politica publica, como reflete no resultado onde 100% (fabela 7), dos usudrios entrevistados informam que as atividades poderiam melhorar, justamente, no sentido de uma “maior diversi- dade de passcios, opgoes cultuais ¢ lazer”(Usudrio -CrasChaperd). ‘A falta de ividades condizentes com o anseio da populagio acaba refletindo em um distanciamento do usuario com o servico, devido a escolamento entre o que ¢ solicitado pela sociedade civil local ¢ ido na pratica. Instancias de gestao social, controle social e cidadania deliberativa ea politica publica e Social do SCFV no Municipio de Itaguai A partir da pesquisa, foi tragado um panorama, entre @ ativi- dade pratica do SCFV no municfpio de Ttaguai ¢ os conceitos de gestdo social, controle social e cidadania deliberativa, termos estes que tém em sua esséncia a atuacao de instincias da sociedade civil em um processo de construgao cidada que tenha como resultado o bem comum (TENORIO, '2012). Sucintamente, podemos definir os termos da seguinte forma: jal; Em sintese, 4 gestio social pode ser apresen- Gestio soc a . * tada como a tomada de decisio coletiva, sem coer¢io, com base na radar fe da ingoagers ma alga «no entendimento nae do como process®, na transparéncia, como pressuposto ¢ na exlaecido como PE imo [x] em outas paves pode haver Sayer oo (CANCADOSTENORIOS PEREIRA, 2011, ».69)- 189 aie Digitalizado com CamScanner | Mais Controle social:entende-se a existéncia de mecani fera priblic A a além do momento elcitoral: amenta, Sho, fi for i Tag. mais diversas 4 ¢ de formas dis 8, visando a interceder ah. flo ¢ i i st ta. mente quanto 4 formulagio ¢ implementagao de politicas publ & canalizar opinides ¢ interesses dos grupos politicamente Organi em determinado tema com 0 objetivo de ouvi-los quanto 4 execucig politica FONSECA; BEUTTENMULLER, 2007, p.75), 2?" Cidadania deliberativa:“Cidadania deliberativa fle timidade das decisées politicas devem ter origem em Processos de discussao, orientados pelos principios da inclusio, do Pluralismo ¢, igualdade participativa, da autonomia e do bem comum” (TENG. RIO, 2007, p. 54). O proprio MDSA (ex MDS), indica, metodologicamente que a construgio dos SCFV deva ser pautada em uma ideologia pluralists da participagdo da sociedade civil em que 0 sujeito, seja agente pri- mordial de construgio, execugio anilise de politicas puiblicas e so- ciais, partindo dele e sendo ele o maior beneficiado, ou seja, “trazen- do conhecimentos especializados, praticas diferenciadas, diferentes leituras da realidade, construindo tendéncias e interesses, aliancando decisées, pactuando prioridades na definigio de objetivos ¢ metas’ (MDS, 2007p, p. 32). Dessa maneira a politica publica deve ser cons- tituida de uma forma ampla e coletiva entre todas as instincias do controle social, tendo o usuario do servigo (sociedade civil) como principal beneficidrio desse processo, desenvolvendo as atividades de uma forma coletiva e em parceria com o Estado e o mercado (CAN- CADO, 2013). Entretanto, 0 panorama apresentado nas entrevistas nas stis unidades do Cras, onde o SCFV ¢ oferecido, foi uma realidade dis- tinta da teoria proposta pelas diretrizes do MDSA, na qual 70% dos usuarios que participaram dos questionfrios (Tabela 4) indicara™ que nao foram ouvidos durante 0 processo de elaboragio de sus Digitalizado com CamScanner ye denota uma fragili 3, 0 es . civi dtl ~, sociedade civil e a politi A ent eo cert! ade dialogica (I TABERMAS, . ‘A ptiblica do SCF prio oferega a demanda, 0 seryj lo SCFYV, por mais ~jo da mesma (Profissional ped m que os usuarios do servigo n cO na , we ¥ ‘ ‘Mo estd preparado agogico, Cras F "ae wae! *Begico, Cras Engenhio) ‘A edie @ horizontal na concepgi Ho percebem um proc Nae grquico a cepcao dessa politica piiblica em pectivas unidades. Nio, eles (ges ‘iblicos) na Res (gestores piiblicos) nao se preocuparam com isso (Dialogar com 0 usudrio) ao | LJ Nio foi feito nenh eee eee nhuma pesquisa, entrevista, re para pegar nossas opinides, sobre como de as atividades ou como poderiamos contribuir no diaa- dia do servigo(Usuario dos CrasChaperd Engenho). Ocenario que se apresenta referente ao SCFV no municipio de éde um mercado local que acaba ditando o ritmo das acoes, do sujeitos altamente tecnicistas € desumanizados (LISBOA, do o Estado um. papel de conivéncia, nao proporcionando ducativas de uma forma cooperativa com os usu que vise 3 valorizagdo dos seus aspectos enddgenos Iragual forman 2009), ten! atividades socioe rios do territ6rio enaturais. ae SCEV ‘A realidade observada com relagio as atividades oe AFH ee i instrumental (RA- aproxima-se da concepsao de uma racionalidade ae er MOS, 1989), no sentido de se buscar resultados tec is ae ae 4 > + < @ pio 08 Meio, econémico, onde que import sio os eft 979) contribuindo dando um “cidadao burocratiaa 0” WEBER, jes direcionadas ta constitui¢do de uma sociedade que cena an jaida a0 CAMPO ine ‘para a utilizagdo de um tipo de agio reacionsl ae jes | i ‘ os aofera das relago dustrial, ou material, mas também, 4 esfer esa dominaga veca {...] limitando apen? inacio burocratica [ee 3) &do consumo” (LISBOA, 200% P: 1 a Nesse sentido, a politica publi “mento de uma proposta pautada n° sel Digitalizado com CamScanner jo permanente da dade civil do territg, scios da esfera privada de uma gestio estrate Oe yoltada somente para o mundo do trabalho, linear, objetivo e nig ie ‘ Com uma idcologia de racionalidade funcional MANNEygy 1973) que visa ao determinismo humano, nao se Preocupands cont meios que conduzem 0 processo ¢ sim com 0 resultado, Priotizany, critérios funcionais especificos, distanciando 0 cidadao da Participa “o de instincias de controle social existentes no territdrio, Sto ¢ da participag rio, A, Tr ximando-se dos ; Nao temos conhecimento dessasatividades, que nip divulgadas[..] nio fomos apresentados a ese cope nifo sabemos se eles existem e como podemos fize, integri-los (Usuétios - CrasBrisamar e Cento), T para Eo que Souza (2005) trata como uma Patticipacio secundarizada, sem efetividade, construida de forma priticae distinta de sua concepgio, realizada em um sentido burocratico, diferente do que € previamente estabelecido na Constituicao Federal de 1988 que trata dos instrumentos de gestio como alternativa na Participagio popular nas instancias publicas. Assim sendo, as propostas de cidadania deliberativa indicadas teo- ricamente pelo MDS, sofrem alteragées, quando chegam a nivel priti- co, distanciando-se de sua indicagao tedrica que sugere o pluralismo de participacdes. Ou seja, a “politica se torna, portanto, objeto da adminis- traco, despolitizando-se [...] como a neutralidade técnica e politica dos seus métodos de tomada de decisées” (LISBOA, 2009, p 15). Na verdade, a participagiio do usuario € exces grande parte as atividades que realizamos sio err tadas, estiio muito mais preocupados em mantet ¢ pessoa obediente, parecendo uma empresa e pou? aborda pensamento eritico das pessoas que partir” pam das atividades (Profissional da equipe ped#e°? ca -Cras Centro). Digitalizado com CamScanner esultado destas agées é um “Ff, ‘etades joi jo ¢ nho como campo de e505 no qual a correlacio de fa dispritas “cn - ¢ forga “its = golugoes sositivas” TEAS tem pray oy 10 de i Pp Mike) (MDS, 2007 papel decisive ¢ . om ns yosigto fas diretrizes técn lo MDS, para a sua pratic e NOS se} resultam : Seis territdri em uma politica piblicn, “ees isha de 1s 1p. 15). As ¢ © metodolégicas d de pe de Ita ual, ip? .. ai Pde dificuldade de aproximagio pritica d Atica da sociedad: nciedade cus ; eet ; ue fica nitido € a construgio de pecedor das realidades do territ6rio, um planeja civil operam de forma mreremente d - par litica publica nao represents cas metodolégicas. um B eas agoes da pol ge suas propostas tedri consideragées finais Pode-se concluir que 4 politica publica do Servigo d yivencia € Fortalecimento de Vinculos (SCFV), tenta te i a uma aproximaao com as diversidades culturais, economics cas, historicas € ambientais existentes nos territérios nacio® almer atendidos, entretanto, jsso nao garante & aplicagio dessas ricas na pratica. FV é metodologicament® substanciado part suprir as necessidades ais que ates : a e diividas dos profission tica didria dessa politic difculdadi ! a publica. Porém, foi aver! todas acs de transi¢ao entre a concepsa© redrica eat del ss unidades atendidas por ss" politica publica 80° taguai-RJ. da ee. entraves rel: Panorama le civil na construs! Cotidia: 1a de racionalidade instrument) i no das atividades, situagio fineira 2° mundo pre! dades de participayl® sent um ) dent do empresariah, acionados as dificuldaces jo coletiva do SC FV apre monoldgicd 193 Digitalizado com CamScann er aparentando uma espécie de doutrinamento do Pensamenty g pulagao local, inclusive com relagéo ao seu papel junto ag Poli cas publicas e sociai Pouco se observou sobre propostas de praticas 8OCiog ducats ‘0 de cada uma das u a yas com um cunho cultural caracterf ‘a A es 7 B atendidas, especialmente os territétios localizados em aseay es Ire is e periurbanas. Teoricamente, essas atividades deveriam Condurig usuarios a sairem do estagio de inércia com relagéo a Patticipacs, . instancias de controle social nos conselhos locais existentes, visto . a proposta metodoldgica do MDS afirma como primordial 9 SChy enquanto formador da participagao da sociedade civil na melhoria d, cotidiano de sua comunidade, realidade nao observada no Cotidiang do servico nos territérios atendidos por esta pesquisa. Foi identificada durante a aplicaco dos questionérios uma fra. gilidade no processo dialégico entre os usuarios e os profissionais pedagégicos do servigo, e, principalmente, entre sociedade civil, pro- fissionais pedagégicos e a coordenagées locais e municipais, o que re- sulta na fragilidade da relacao entre esses atores, 0 que acarreta a nio aplicagao pratica das caracteristicas histéricas e culturais endégenas das comunidades atendidas. As falhas no processo dialégico entre as coordenagées € os territérios atendidosresultam em uma falha na aplicabilidade da gestao social, controle social e cidadania deliberativa nos espagos atendidos pelo SCFV. Positivamente, percebeu-se em todas as unidades visitadas do SCFV o comprometimento dos grupos de profissionais (equipe pe- dagégica, técnica e de apoio), essa dedicacio dos profissionais das unidades dos Crasindica um ideal de racionalidade substantiva, pos apesar de todas as adversidades apresentadas, o servico se cumpre em parte, devido as relacdes interpessoais e de amizade criadas 0 longo do convivio entre os usudrios do SCFV e os profissionais das unle™ des, propiciando um elo de confianga. s Como proposta, indica-se a criagdo de capacitagao / formas? a 194 - Digitalizado com CamScanner os protien diretamente envolvic ‘ Saree gt D8 oy (EqPSS pedagogicas, técnicos COM 0 service a of f pioPr Gecretatio(a) de Assisténci if unidade, ¢¢ fo nivel ici . cia Social), aan enasaa wo i ndamento das propostas pedapoye 1), para (jue tent f) apacitacd cas ¢ enhar ip ndo essa capacitagio pautada nos cc © metodotigicas de ONCeitos de ges , , wer. se + 5 sci i gocial € cidadania deliberativa ¢ com uma visio r to soc ont tic’ ubjetiva e

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