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Capitulo Iv Gramética Contetdos essenciais 1. Oportugués: evolucao e distribuicéo geografica no mundo 1.1. Principais etapas da formacao e evolucio do portugués 1.2. Geografia de Portugués no mundo 1.3. Variagao e normalizagao linguistica 1.4, Fonética e fonologia Lexicografia e morfologia 2.1. Léxico e vocabulério 2.2. Relacées semanticas entre palavras 2.3. Processos de formacio de palavras 3. Classes de palavras 4. Sintaxe 4.1. Funcées sintaticas internas ao nivel da frase 4.2. Fungoes sintaticas internas ao nivel do grupo verbal 4:3. Funcées sintaticas internas ao nivel do grupo nominal 4.4, Func6es sintaticas internas ao nivel do grupo adjetival 4.5. Frase complexa: coordenacao e subordinacso y Discurso, pragmatica e linguistica textual 5.1. Texto e textualidade 5.2, Registos de lingua e atos de fala 5.3. Déixis: pessoal, temporal e espacial 5.4, Reproducao do discurso no discurso 5.5. Organizacao das sequéncias textuais 5.6. Intertextualidade 6. Semantica 6.1. Valor temporal 6.2. Valor aspetual 6.3. Valor modal 7. Recursos expressivos 392 copie W- Gramsice Esta sequéncia inclui os contetidos obrigatérios das Aprendizagens Essenciais no 12° ano, bem como ag retoma dos contetidos previstos para os 10° e 11.° anos, para além de ser feita uma abordagem geral aos: conceitos gramaticais de todo o Ensino Basico. ConteGdos essenciais 1. 0 portugués: evolucao e distribuigao geografica no mundo 1.1. Principals etapas da formacao e da evolugao do portugués 0) Do latim ao galego-portugués 0 portugués é uma das muitas linguas que provém do latim e é considerada uma lingua romanica ou novilatina, tal como o galego, 0 castelhano, 0 cataléo, o francés, 0 provencal, 0 italiano, 0 rético (lingua da Récia, regio oriental da antiga Galia, na época pré-romana),o sardo (lingua da Sardenha) e o romeno. Na sua origem esté o indo-europeu, o qual se pode subdividir em varios ramos linguisticos, sendo 0 italico um desses ramos, no qual se integrava o latim, fey Pore errs (um dos ramos eri) artis) Cue Com a romanizacao (finais do século Illa. C,, 0 latim vulgar substituiu as linguas locais existentes na Peninsula Ibérica, Este latim correspondia ao discutso corrente do povo e que, por isso, se distinguia do latim classico, usado pelos escritores eno forum. No entanto, as linguas locais anteriores ao latim, ou seja, pré-latinas, deixaram também uma marca, nomeadamente a lingua dos povos celtas, em topénimos como Coimbra, Evora, Lisboa ou nomes como cama, cabana, camisa, caminho, que sao de origem celta, Neste caso, dizemos que a lingua celta funcionou como substrate. D ‘Substrato ~ conjunto de vestigios das linguas indigenas ou daquelas que faziam a camada linguistica que cedeu lugar & lingua dos povos invasores. Vasco Moret, Hénio Pimenta, Gramdtica de Portugués, Porto Batra, 2015 Por outro lado, a invasao dos povos germanicos, a partir do século V, trouxe novas linguas, que entra: ram também em contacto com o latim, influenciando-o em palavras que ainda hoje usamos, como jardim, sala, rico. Nesse caso, essas linguas funcionaram como superstratos. > Superstrato ~ conjunto de vestigios linguisticos deixados pela lingua de povos invasores. © vocabulério da lingua do territério dominado foi acrescido com elementos linguisticos dos povos que o dominaram durante um certo periodo de tempo. ope OO e 1 Oportaves: ness, vray @ madonga ) Do portugués antigo ao portugués contempordneo Relativamente a essa evolugéo, é possivel considerar dois momentos: ~ do latim vulgar a0 galego-portugués — period anterior ao século Il; * do Portugués antigo 20 portugués contempordneo ~ a partido século XI) @ conrespondendo as [~ seguintes fases: > portugués antigo ou arcaico— séculos XILXV (ex: poesia trovadoresca, Cronica de D, Jodo > Portugués clissieo - séculos XVLXVII ex. obra lirica e épica de Luis de Camoes); > Portugués contemporaneo — a partir do século XIX. 1.2. Geografia do portugués no mundo difusdo do portugues por Africa, Asia e Brasil, dando assim crigem a variedades geograficas © Portugués &, entéo, uma lingua falada na Europa (Portugal « ilhas), mas também fora da Europa, Em Africa e na Asia, verificou-se um fenémeno interessante resultante da necessidade de comunicacéo éfetiva entre povos multilingues - a criacao de erioulos | {nave ela em For.ugal Continental nos rqupaagos dos Acres eda dre Portugués europeu Wariedade europeia). Portugués _ Lingua falada no Bas (variedade rasa) eem ‘Attica (variedades aricanas} nao europeu sree is data Guin Cabo Vd, GuneitsaueCasamania Cowles anos Facets tioulos | do otf da Guiné (Sao Tomé e Principe « Ano Bom Crane indo-portugueses da india e Gebake portuguesa | dositanks CiouosMalsoPotugueses(MasecTra eee Sino-Fortugueses {Macau e Hong Kong), 1.3, Variagéo e normalizaco linguistica Ungua padrao. Variedades geograticas, sociais, situacionais nals), isto 6, no seu emprego dre (ou norma), Variedades Variedades proprias de cada regido, mas que geralmente nao mpedem a comunicagio, _Geograticas __também designadas de dialetos. es, Em designates ‘Variedades | Varedades referentes a alates que partiham o mesmo ambiente socioeconémico, cox {ducacional ou até geracional, também designados de socioletos i Uetelades referentes 3 adaptacéo dainguagem dos alates ds diversas stuagoes | Yeeaces | comunicacio tendo em contao grav de cultura oua dade dosintelecorne relagao ic laclonais | formal ou informal enstente entre eles, o facto des tratar de uma comunicarseerclon iL scr, Copinso VG 7 Insergao (acrescentamento de sons) Supressao (eliminacao de sons) Alteragao (mudangana natureza ou na posicéo de tum som) 1.4, Fonética e fonologia | Protese Epéntese Paragoge Aférese | sincope Apécope Sonorizacao | Palatalizacao Redusao vocalica | Contragio i | Vocalizacao Metatese | Assimilagao Definigao ‘Acrescentamento de um som no inicio da palavra ‘Acrescentamento de um som no meio da palavra [Actescentamento de um som no fim da palavra. Etiminacéo de um som no inicio da palavra, Eliminagio de um som no meio da palavra Eliminagdo de um som no fim da palavra, Evolugao de uma consoante surda (p/t/c) para uma sonora (b/d/9). Passagem de segmentos fonolégicos a umn som palatal lvniicl>Ih/nich. Enfraquecimento de uma vogal ao passar de posicéo ténicaa Stona, Crase ~ contracéo de duas vogals numa s6. ‘Sinérese -contragao de duas vogais num dtongo. Transformacio de um som consonéntico ‘num som vocalic. ‘Mudanca de posigdo de sons dentro de uma palavea Identificacdo de do's sons contiguos que se tomnam iguais. Dissimilagao _Diferenciacéo de dois sons iguais. Nasalizagso ‘Transformagae de um som oral num som nasal A fonologia estuda os sons/fonemas de uma lingua e as alteragoes fonolégicas dos sons/segmentos ‘que formam as palavras. Processo fonolégico Exemplos seribere escrever stella > estrela ante » antes acume(o) > cume ‘apotecaim) » bodega | dolore » door » dor | pede > pee > pé ‘amoreim) > amore > amor lacuim) > lago lupuim) > lobo | a > fo | seniore > senhor lamare > chamar bolo » bolinho | pede > pee > pé | lege > lee » lel ‘ecto > oto ‘absente > cusente super > sobre ostru(m) > nosso Ipsulm) > isso iia > trio fana > ta > Ia Etimologia Dedica-se ao estudo da origem e da evolucao das palavras. timo Palavras divergentes Palavras convergentes | Palavra que se consideraa origer de outras palavres. fx: manum (étime) »manu mo Palavras que, embore tenham o mesmo étimo latino, apresentam formas lferentes.Entr3ra™ na lingua em momentos diferentes, nomeadamente mais tarde. Ex: plenu (étimo) > pleno (via erudita)e cheio (via popular) | Palavras que apresentam a mesma forma, embora provenham de étimos distintos. sat in forma vd fo Ex: sanu (étimo ~ adjetivo) » sao (saudéve!) LLL 2 -Lecloieeeronl 2. Lexicograt e morfologia 2.1, Léxico e vocabulario Co ae: | Pete quejéndo éusada pela comunidadelnguitka, ty Agere Ex: asinha» depressa (ae ete | Pata que ra inexistent e desconhecda pla comunidad inguisica cere Neologismo | Be twittar 2.2. Relagées semanticas entre as palavras | Relagdo semantica de equivaléncia entre duas ou mais palavras que podem ser Uusadas no mesmo contexto, sem que se produza alteracao de significado Sinonimia a0 Relagbes de See Es: Aviva esd vende /Amoradia cats vende oposicéo | Relacao semantica de: ‘oposigéo entre duas ou mais palavras que apresentam Ess detonate ate hearers thipernimo)e sinha ostrmosdesontooneh cine aim) Relagdes de uma dependéncia seméntica. Um hiperénimo pode substitu, em todos os hierarquia | contextos, qualquer um dos seus hipénimos, enquanto }0.contrario jd no é possivel. | Ex ohne} so pone Relagéesde | Holonimia/ | constituinte. O merénimo cia uma elagéo de dependéncis 20 implesr a inclusao Meronimia _ referéncia a um todo (holénimo). (parte / todo) Ex: fro (hoénimo) /capa (merénimol; mo {holnimo) / dedo (merénimo) xs raiz (merénimo) /planta(holénimo) 2.3. Processos de formacao de palavras ©) Processos morfolégicos de formactio de palavras 3 |_| Processes que implicam a dio de constitintes morolégicos Prefixagao (digo de um prefixo a uma forma de base) | Pe antinveheciment,desregular Derivagio | Suffxagso acicdo de um sutixoa uma forma de base) | Bx: lojista, evidentemente | Pretiagte esta (oko deum peo ede un suo oma ease) fas hteneee soma Composiso morfolégica (combinacéo de um radical com outro(s)radieal(ais) ou com uma ou | Mals palavras, Geralmente, entre os radicais ea palavra surge uma vogal de ligacSo. Composi¢ao | Ex: {hipo) + {dromo]» hipddromo {atto}+lamericano}» afro-americano larque} +0 + logia}» arqueologia > - : > as 395 ——— copie N Granta Composigao morfossintética (processo de composigdo que combina duas ou mais palavras). Hi uma relagdosintatica entre os seus elementos, o que implica consequéncias na forma como as palavras so flexionadas em numero. x: surdo(a)-mudo(a) /surdos(as-mudos(as) Determinante Preposicao/ locugao prepositiva Conjuncao/ locugao conjuncional Subclasse Artigo definido Artigo indefinido Demonstrativo Possessivo | Indefinido Relativo Interrogativo Existencial Universal Numeral {3 -Clsses de plows Exemplos este, e336, aquele, o mesmo, o outro, al ‘meu, teu, seu, nosso, voss, seu certo, certa, outro, outra eyo, cuj,cujos, cujas | quale, quais? que? algumyins), bastante(s), muitos), muita(s),poucots oucais, tanto), tantals), wrio(), aris) 1t0d0(9), todas), qualquer, queisquer, nenhumins), rnenhumats), ambos, cada um/uma, doisiduas, tes, quatro, cinco. dobro, tipla, qudéruplo,quintuplo... (mulkiplicativo) ‘meio/metode,trco, quarto, qunto...(racionatio) (cardinal) «.ante, ops até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, segundo, sem, sob, sobre, rds abaixo de, acerca de, acima de, a fim de, além de, antes de, apesar de, a respeto de, atrds de, através de, ‘de acordo com, a par de, ao lado de, 20 pé de, co redor de, defronte de. depois de, em direso oem formo de, em vez de, racas a, junto a/de, para bao de, para cima de, para com, perto de, por causa de, pordetrds de, porentre coordenativas | copulativa _¢, nen, ndos6.. mas tombém, nao. cme também | adversativa mas | Alsjuntiva, 04 04 00. 07, guer. er 0.360 conclusiva logo fae | explicativa pois porquante, que ome 7 | subordinativas causal rave, coma que porque) pos que wi que ave por comparativa Isso que, pelo muito que, tanto mois que, umavez que como, conforme, segundo, (al) qual, tanto) quanta, | radon nto dos ben coma an ome | ‘como... asim, ao passo que, segundo... assim, tdo... como, ic iia compatna | ecm T [seecerat posto que, ainda quando, se bem que, sem que, ‘por menos que, por mais que 5e, caso, ano ser que, contanto que, salvos, desde que, ‘amenos que, no caso de, exceto se [ hate pe pene one 7 ogo que, assim que, desde que, até que, primeiro que, sempre que, todas as vezes que, tanto que, & medida que, ‘a0 passo que, sendo quando Copia W emarea (rm 4 4.1, Fungées sintaticas ao nivel da frase taxe aniode Fungao a anes Definigé | Exemplos Fungio sintitica desempenada pelo consttuinte da (1) Osrapazes moram no Port. frase (grupo nominal) que controla a concordénciacom les moram no Porto, © verbo). | (2) Quem trabatha em Lisboa vive longe. Sujeito™ aa ; Pode ser desempenhada por um GN(1), poruma oracSo (3) Everdade que Lisboa fica fonge, subordinada substantivarelativa (2) ou porumacragio subordinada substantiva completiva (3. sa = ed eee Fungdo sinttica desempenhada pelo grupo verbal (GV), (1) 0 Pedro telefonow ao primo. expressando.o que se diz sobre o sueit (1), (2), (3). Jodo deu um presente. Maria. Predicado a ae (3) AMaria estuda a noitena escola hoteleira, ee sseceerseceees | ccopotoeice | Fangio sina desempenhada n fase por um (1) Joao, tests dstraido, Joao 60 constituinte que ndo controlaaconcordéncia verbal vocativo, tu sujito} ce que serve para chamar ou interpelaro interlocutor. (2) 6 Margarida, como estdselegante! Vocative Ovocativo dstingue-se do sujeto por poder coocorrer (3) anednio, raz me aquele liso, por favor com elena frase (1) e por aparecerisolado por virgula(). ‘Apatece frequentemente em frases dotipo exclamativo (2), | (4) Viste@ Maria, Francisco? i Imperativo (3) ¢ interrogatvo (4). D Nota *Tipos de sujeito + Sujelto simples - sujeto consttuldo por um grupo nominal determinante + nome (1) ou pronome (2 ou por uma oragéo (3). x: (1) Oparque est bem localiza. 2) Elas estudam no Minho. (3) Quem gosta de gelados é quoso. + Sujeito composto —sujeto constituido por uma coordenagéo de grupos nominas(1),de pronomes (2) ‘ou de combinacbes destas categoria (3). fx: (1) © Jodo eo Pedro ganharam o prémio. (2) les elas ficaram eliminados (3) las e Jodo foram aaocinema juntos. 4.2. Fungées sintaticas internas ao grupo verbal (predicado) Fungo mst Det crenpos Fungéo snica elecionada por um verbo transitive (1) Ontemvisiteium museu direto (1), dato inireto(2)etransitivorpredica- (2) De/um ivro.a0 Jodo. tivo (3). Pode ser constituldo por um GN, pelos prono- mes que desempenham a fungio de complemento Complemento | direto(o,a 05 a5) (4) ou por uma oragao subordinada direto completiva,substituvel plo pronome demonstrativo atono 065. (5) Oprofesordisse que. cidade era Respondea perguntas iniiadas pelalocugao interro- | hlst6riea./O professor disse. {gativao que ou pelo pronome inerrogativo quem. (3) Evacho o museu muito luminoso. (4) Conheco bem a cidade achova Interessant. ne Fungi == ae @ seats SI ioe De me ee) (eS) | Fungo sintatica selecionada por um verbo transitive (1) Falei ao pai. en increta (1) ou transve detoindveto (2. peuseeeented ane rca nae ea mcemoeesoe cont sesaarneen anntihar iio pla preposigio cu pelopronames com °)C2M0%2H RoereeN® funcso de complement indet he thes) sclega {ndirato | As oragées subordinadas substantivas relativas (4) Ndodldscuvidos a quem te quer bem. podem desempenhar esta funcio (4) | (Neo thes cas ouvidos,) | Respond a perguntasnciades pelo grupo preposicional a quem. | Funcao sintatica selecionada por um verbo transitive | (1) Eles vao a Paris, | indreto (1 ou tansivo dietoaiveto(3. Pode) Conmeesingnamocha ser consti por um grupo preposiiona (3) ou : 8) Ele aestouo Miguel dodo | por um grupo adverbial (4). Nido pode ser ea ‘Miat Complemento (4) 6s moram equ 7 substtuide pelos pronomes he, ie nem , 05,0, o mas pode ser substtuido por advérbios de predicado (5) A Susana vaia Lisboa. /A Susana vai all ‘com valor locativo (5). (6) Arevista semanal jornal custou $ euros. Emalguns aos no intro pox peposco, (medi pesor dura.) como no caso de verbos com valor quanticacional 6) Complemento Funciosntsticadesempenhada por um grupo | (1) Oattaf aclamado por todos. agente de | prosaic pa eosin pss | 2 ,quteuntoonecpaa passive (oucontaide 2) equeocore numa ase passva, | Amt flap | Fungi sinttica que ocore com um verbo | (0A cidede de Guimardes fi capitalda | : : — —______ — 401 cape V Grandia i ] Funct) Definigio | Exemplos sintatica | Pedom complemento (3) A construcdo da ponte esté a demorar os nomes formados apartirde verbos ouque ——«-—=—ébastante, mantém a ideia de agio prépria dos verbos (3); (4) Oorgulho no projete é0 que o move. ‘os nomes que exprimem sentimentos (4) | (8) Omarido da Susana é morens./O Complemento ~®S"0ms que exrimem signicadosrelaconas pots do Rodrigo écompreensivo. eae rnomeadamente nomes de parentesco ou que (6) OMinisto da Educagdo demise core) {designam relacdessociais (5); nomes quedesignam (7) perna da mesa esté parte. ‘cargos socais ou prfissionais (6); nomes que {@) Oconteido do envelope permanece no designam relacées de parte-todo (7);nomes que Sages dene desgnam popiedtes ce mesonsou de | oqo Pas €inresionrt rnomes que designam autoria ou tema (9): nomes ee Che desgnam mpresies seco (1) | [Osan do plan hamniz asa Fungao sintética desempenhada por um constituinte (1) No apertamento espagase havia wm no selecionado por nenhum elemento do grupo piano. iesttivo) sintatico de que faz parte, neste caso, onome (1). (2) Anténio Gedeto, poeta, ‘Os modificadores do nome podem ser restritives 0 pseudénimo de Romulo de Carvalho, | [quando restringem a referéncia 30 nome que | ecientista.(aposiivo) Modificador — modificam) ou apositives (quandonao estringem (3) Ne apartamento, ample earejado, donome — areferéncia ao nome que moditicar. aviournphano saath (restritvoe | os modicadores do nome podem ser desempenhades | 4) Gencontrocomes amigos tnha lugar positive) bor grupos nominais (2), grupos adjetivais (3) a sleta (estitvo) ‘grupos preposicionais (4), oragées subordinadas (5)0 piono que estava na saleta era novo. adjetivas elativas restritivas (5) e explicativas (6) (estritivo) (6)0 piano, que foi afinado, era um objeto precioso.(apositivo) 4.4, Funcées sintaticas internas ao grupo adjetival Pee Fungao, . aaa Definigéo Exemplos | Fungio sintstica desempenhada porum grupo _ (1) lesestfosatiseitosporterem obtido 0 oon | preposicional oracional (1) ou nao oracional (2), rimeiro prémio, loadjetivo selecionado por um adjetivo. | (2) les estaocontentes com avitéria Quadro-sintese das funcées sintaticas: ao Biss Vocativo pees ‘Complemento(direto,indireto,obliquo, agente da passiva) a Predicativo (do sujeito, do complemento direto) Sn Modificador do verbo . internes ao Complemento do nome ‘grupo nominal Modificador do nome (restritivo e apositivo) interes a0 — grupo adjetival Complemento do adjetivo CLL 4.5. Frase complexa: coordenacao e subordinagao Frase que apresenta dois ou mais grupos verbais com fungo de predicado ~ duas ou mais oracées. Oragées coordenadas Coordenada copulativa Estabelece uma relacao de adicao, Coordenada disjuntiva | Estabelece uma relacio de altemativa, Sindéticas (introduzidas por conjuncaes | Estabelece uma elacio de oposicso. Coordenada adversa elocugdes nen coordenativas) COordenada conclusiva | Estabelece uma relagdo de conclusio, Coordenada explicativa Estabelece uma relagdo de explicaco ou | de justiticacéo, Assindéticas Sem conjungao ou locucdo expressas. Oragées subordinadas substantivas Introduzidas pelas conjunges subordinativas que, para, se equivalem a ‘um grupo nominal com fungi de sujeito (1, complemento areto (2), complemento ‘oblique (3), complemento donome (4) ou Oracées subordinadas completivas compiemento doadjetivo (5) Introduridas por um pronome ou advérbio relativo (que, oque, onde, quanto) que nio Oracbes tem antecedente ~ equivalem a um grupo nominal com funcao de sujeto (1), de complemento direto (2), de complemento subordinadas substantivas relativas indireto (3), de complemento oblique (4), de predicatvo do sujet (5) ou de medificador do verbo 6). D Nota | 0501 p6s-see a temperatura baixou rapidamente. | OJoa0trabalha ou arrisca-se a ndo ter éxito, Estamos na primavera, mas ofr persiste. 0: precosestdo altos, logo 0 consumo baixa. Alario chegou tarde, pois 0 comboio atrasou-se. Arrume!a mala, despedi-me, part sem olhar para tds. (1) € possive/ que amanha ndo venha. (2) Todos desejam que. future seja melhor. (3) Eleesqueceu-se de que tinha de apanhar o avido, (4) Tenho receio (de) que te esquesas das malas no ‘aeroporto, (5) A Maria esté confante (de) que a sua equipa ‘ganharé 0 tornelo, (1) Quem chegou tarde néo assist a0 espetdculo (2) Ele come quanto pode. (= aquilo que) (3) epede dinheiro a quem 0 tem. (= Ihe) (4) Ela alojarse-¢ onde houver lugar. (9) Ele ndo Equem me pintaste. (6) Compreio telemével onde havia pregos mais simpaticos, As oragdes subordinadas substantivas podem ainda ser classificadas como finitas (se a forma verbal for fnta, estando no indicativo, no conjuntive, no condicional ou no imperativo) e nis finitas (se a forma verbal for nSo. finita, estando no infinitive pessoal ou impessoal, no gertindio e no participlo passado), x: Ocsertor disse que o novo romance sairia na primavera. (oragao subordinada substantiva completivafinita) Oescritor admite ter terminado o remance. (oragao subordinada substantiva completiva nae finita participial) Quem rouba éladrdo, (oragéo subordinada substantivarelativa finita) Ele ndo tem que comer. (oragdo subordinada substantiva relativa nao finita infinitiva) cope Gramatco @) _ Oracées subordinadas adjetivas Giw—‘Relativas restrtivas Introduzidas por pronomes, determinantes ou | fle lew um ivro queé muito (ndo sladas por virgulasalteram —_ advérbioselatvos (que, oque caua,cujo, onde). | interessante : significado do antecedente) _-_~Equivalem a umadjetivo ou grupo adjetival com Os ladroes que me funcSo demodificadordonome restive, | roubaramocarro foram | apanhodos. Relativas explicativas Introduzidas por pronomes, daterminantes ou | Oescitor, eu terra natal cist dev egulae apenas adverbios relatives (ue, o que, o qual, cujo, onde). | fica no Ribatejo, ganhow 0 gerecontuminformerio Equlvalem a um adjetivo ou grupo adjetival com | Prémio Nobel, telativamente a0 antecedente) _fungdo de modiicador do nome apositvo. Oragées subordinadas adverbiais ‘As oragées subordinadas adverbiais (finitas e ndo finitas) desempenham as fungdes sintaticas de modi- ficadores do verbo ou de frase, introduzidos por grupos adverbiais ou preposicionais que exprimem dife- rentes ideias. CCausais - exprimem a razao/causa do evento descrito na CChegueia tempo porque | subordinante | saicedo de casa Introduzdas por uma conungaoylocugao causal porque que, sto | (Modfcador do verbo) | qe.) | | Finais-exprimem aintengSo‘fnalidade do evento descitona _-Saromdssetepara | subordinate | jantarem com os amigos Introduzidas por uma conjungSo/locugio final (para, para que). (Modificador do verbo) Temporais ~ exprimem uma ideia de tempo relativamente Quando estive de férias, 2 subordinante imate Introduzdas por uma conjungéelocugio temporal (quande logo | (Wodfcador do verbo) que...) Oragaes ae a 7 Oreos das | Concessivas —transmitem umaidela decontrasterelativamente __Emboraesteja fio, a eerbiae | Ssuberdnante cles ndoprescindem de Introduzidas por uma conjungéo/locusio concessvalembor, cone no parue. (Gesempenham rege apesorde..) (Modificador de fase) modmicadore:) Condicionais ~ exprimem a condicao em que se verifica 0 facto ‘Se treinares muito, poderds expresso pela subordinante ‘ra0sjogosolpicos, Introduzidas por uma conjungéo/locucdo condiciona (se casa, salvose). __(Wodificador de frase) ‘Comparativas - estabelecem uma comparagao telativamente {Leio tanto poesia como 2 subordinante. (lio) fegdo, (Wer nota) Introduzidas por uma conjungio/locucao comparativa (como, ‘mais... do que, menos... do.que. Consecutivas-exprimem a consequéncia de um facto apresentado | fstavatanto fa quee na subordinante | ogondoserealizou . Introduzidas pela conjungée que (precedida na subordinante por ‘(Wer nota) tal, téo, tanto, tamanho....). | D Nota Quer as comparativas quer as consecutivas ndo desempenham qualquer funcéo sintética, visto que nao témm mobi: lidade na frase, estando dependentes do elemento subordinante. 404 ee 5. Discurso, pragmiatica e linguistica textual Qualquer concretizacdo oral ou escrita da linguagem diz respeito ao discurso, sendo a Pragméticaa 8 tea que estuda o discurso na sua realizago em contexto. Quanto & Linguistica textual, cabe-Ihe o Papel ose de estudar o discurso enquanto unidade de sentido, >} 5.1. Texto e textualidade ce) Video Hé determinados principios a que um texto deve obedecer para assegurar a sua correcdo semsntica ¢ linguistica. Desses principios destacam-se a coeréncia e a coesio, ) Coeréncia textual Um texto & coerente se as situacoes nee recriadas forem conformes aquilo que & conhecido acerca do mundi e s¢ forem respeitados alguns prncipios bésicos de natureza l6gico-conceptual. Ao der-se “hs ‘was estio molhadas porque ndochoveu’,estéa ser produzido um texto incoerente, porque se verfce uma © entre as ideias expostas. O segmento de frase “As ruas esto molhadas” ndo ests de acordo com 0 segmento “nao choveu’ Ha tés principios gerais que devem ser respeitados na estruturacdo de um texto coerente * 2ndo contradigao ~ a representagao de situacdes logicamente incompativeis deve estar excluida do texto, Ex: Néo serd coerente dizer-se ‘Oniimero 3¢ impar eé par’: va tautologia/redundancia - implica que um texto coerente nao seja informativamente nulo 5 No fragmento ‘As vidvas sé recebem 50% das pensées do respetivo marido,S6tém direto a 50% do dfnheiro que o marido recebia em vida’, verifica-se uma redundéncia de sentido desnecesséria * 2 relevancia ~ exclui a representacio de situacdes/eventos que no estejam relacionados entre $i O que distingue um texto coerente de urn conjunto de enunciados soltos/fragmentados € justamente © facto de, no primeiro, se recriarem situagdes que se interigam (espacial ou temporalmente, ou em funcéo de conexsesiigacoes de diversa ordem: causa/consequéncla, meio/fim, contrast ete). b) Coeséio textual Um texto no pode ser o resultado da soma de frases isoladas nem de idelas desconexas, A unidade semantica de um texto deve ser garantida por uma série de elementos formas que permitem articular ¢ interligar sequencialmente os componentes do texto, da palavra ao pardgrafo e do parsgrafo 20 texto, assando pelas oracdes & pelas frases, ‘Mecanismos de coesdo textual ~ lexical: reiteracao e substituigtio ‘A coesio lexical diz respeito aos processos que se concretizam na repeticSo da mesma palavra 20 longo do texto ou na sua substituicao. Reiteragao/ isita é um grande prosadr. Vieira fol eximio na arte de pregar. Viera ndo esqueceu a defesa dos Repeticao ‘merindios. + Sinonimmia | Gk: Asmemirias de Madotenaatomentovam-a. As lembrangos persequianna. | + Antonia Ex: De velha se tome a nove Substituigo + Holonimia/meronimia I x: A plntura de Picasso ¢incompardvel.As coves, as formas e a luminosidade articulam-se de | forma original. Hiperonimia/hiponimia x: Opomar de Cesdrioproduzia diversas érvores de fait laranjiras, pereits e macieiras “a Capito v -Granance = gramatical: referencial,frasico, interfrasica, temporal + Elementos de coesao referencial - processos que se baselam na existéncia de cadeias de referéncia§ ou anaféricas, compostas por um elemento linguistico (0 referente) que ¢ retomado por outro(s)= (correferente(s)), cujo entendimento s6 é possivel atendendo ao significado do referente. Concre-? tiza-se com o recurso a » anafora — processo pelo qual os termos anaforicos retomam, no decorrer do discurso, 0 antece- dente jé mencionado eo respetivo valor; Ex.: Quando vio Jodo, ele pareceu-me muito abatido. ‘Aanéfora pode ser nominal, verbal ou adverbial. + Elementos de coesdo frasica — processos que ligam os diversos constituintes de uma oracao ou frase simples, de forma a torné-1os unos: > nexos de ordenacdo das palavras e das funcées sintaticas na oragdo/frase; nexos de concordancia em género e/ou ntimero das palavras; > nexos de regéncias verbais (preposigGes exigidas pelos verbos); complements exigics pelos verbos. + Elementos de coesao interfrasica — processos que asseguram a interdependéncia semantica entre frases simples, frases complexas e pardgrafos: > coordenacao (assindética e sindética); » subordinacéo; > pontuacao; > conectores e organizadores do discurso. Marcadores discursivos Usarse... articular ideias de contrasts, @posicdo, mas, porém, todavia, contudo, no entanto, apesar de, ainde que, embora, restrigdo ‘mesmo que, por mais que, se bem que. adicionar e agrupar elementos e ideias_¢,além disso, endo, ndo so... mas também como aindo, bem como, ‘assim como, por um lado... pr outro lado, nem... nem Introduzir uma conclusao a partirda pols, portante, por cansequint, assim, logo, enfim, concluindo, dela principal emconciusao. resumit reafirmar por outras palavras, ou sea, em resumo, em suma, ou melhor. exemplificar por exerpio, isto & ou seja, 60 caso de, nomeadamente, em particular, ‘saber, entre outios. comparar ‘como, conforme, ambém, tanto... quanto, tal como, essim como, pela mesmarazao, Indicar uma consequéncia por tudo isto, de modo que, de tal forma que, dai que, tanto... ue, éporisso que. dar uma opiniéo ‘na minha opinido, ameu ver,em meu entender, parece-me que, do meu ponto de vista. cexprimira davida _tlvez provavelmente,éprovdvel que, possivelmente,porventra Insistr nas deias ja expostas com efeito, efetivamente, na verdade, defacto. eclarecer,explcar uma ideia quer isto dizer isto (no) significa que, por outraspalavras, isto €. organizar as idelas por ordem ‘em primeiro lugar, num primeiro momento, antes de, em segundo lugar Sequencial (no tempo ou no espaco) __em sequida, seguidamente, depois de, ¢p6s até que, simultaneamente, ‘enquanto, quando, por fim, finalmente, co lado, @direita,@ esquerda, em cima, no meio, naquele lugar. > Ce Introduziraciocinlos que apresentam | como intuto de, para (uel. fim de. com o objetivo de, por forma. a intencao, 0 objetivo com que se produz 0 que é descrto antericemente anunciar uma ideia de causa pols, pois que, visto que jd que, por mais que. dado que, uma vez que, or causa de indicar uma hip6tese ou condigso $8 e280, menos que salvo se, exceto se, nao serque, desde que supondo que. exprimirum facto dado como certo | com certeza,naturaimenteéevidente que, certamente sem vida que. cevidenciar ideias alternativas Fosse... fos, 0U(.. Ou) O70. 0F0, quer... quer. ~ Elementos de coesio temporal -processos que assequram a compatibilidade semSntica ao nivel da localizagao e da ordenacéo temporal: Y ordenacao correlativa dos modos e dos tempos verbais, tendo em conta seu valor; > recurso a advérbios e/ou expressées adverbiais; > utlizagéo de expressdes preposicionais com valor temporal > uso de datas e de marcas temporais; > recurso a articuladores indicadores de ordenacao. 5.2, Registos de lingua e atose fala ‘Ao analisar uma determinada situacdo de comunicacio & necessério ter em consideracéo os registos de lingua © os diversos atos de fala, 5. 1. Registos de lingua Os registos de lingua - formal e informal - estao. associados a diferentes formas de tratamento, me- diante a relacao que se estabelece entre os. interlocutores, tendo em conta aspetos como a Posi¢do social, maior ou menor familiaridade, idade, entre outros. 0 registo formal ¢utilizado em situacdes formals, na oralidade ou na escrta; & portanto, um registo Cuidado em que esta presente a corresao linguistica, se utiliza um vocabuléro rico, assertvo e diversi. ado e formas de tratamento cuidadas Ex. 0 senhor! a senhora... (formal) Senhor Doutor, Professor Doutor... (académico) ‘Senhor Presidente, Senhor Primeiro-Ministro, Vossa Exceléncia... (honorifico) ‘Monsenhor, Vossa Eminéncia, Vossa Santidade... (eclesidstico) © registo informal é utilizado em situagdes informais, na oralidade ou na escrita; &, portanto, um re- Sisto mais descontraido no qual se utiliza vocabulério e construcées frasicas mais simples e as formas de tratamento séo informais: Ex: tu, querido (familiar) 5.2.2, Atos de fala Os.atos de fala estao relacionados com a intengo comunicativa de quem fala, Podem ser Diretos - traduzem enunciados totalmente explicitos e que orientam, de forma evidente, o intetlocu- tor para o objetivo pretendido pelo locutor. Ex: Estou cansada e vou dormir. x: Podia fechar a janela, por favor? Coptotv -eomsica Indiretos - traduzem enunciados que nao revelam de forma literal, ou seja, explicita, a intengo comu-g nicativa do locutor ao proferir 0 enunciado, sendo através do contexto que se identifica a intencdo co: municativa do locutor. Ex: Amanhé tenho de acordar téo cedo.. i (enunciado proferido num contexto social, em que no é revelada diretamente a vontade de que 0 encontro de amigos termine), Ex. Esté tanto frio! (enunciado proferido num contexto escolar, por exemplo, em que o aluno nao pede explicitamente & professora para fechar uma janela). Os atos de fala podem ainda ser: Consiste na emissdo de enunciados, ou seja,no proprio ato de falar Atolocutério | (do atin loquor falar, dizer, pronuncia. | Consiste no efeito produzido pela emissio de enunciados—influenciar, rita emocionar,seduzir, Ato perlocutério | oor, Consiste no objetivo que se pretende alcancar com a emissdo de determinados enunciados - cexprimirordens, dar conse, constatar um facto, fazer uma promessa ~ ou sea, na intengao Atoilocutério | comunicativa do locuto, através de diferentes marcas inguisticas (verbos, ipas de frase, pontuaséo. Classificagao “Traduzem a posicao do locutorrelatvamente a verdadefalsidade do enunciado, podendo assumica forma de: ‘Atos ilocutérios ; assercies »Admito que dizes a verdade, Creo que hd aqui um engano. assertivos vse ” ee descrigdes »Anoite estava estelada eem redor tudo er silencio, constatagées > Esté bom tempo. ‘Traduzem uma alteragdo,criando uma neva realidade. Para que tal acontega, é necessario que o ocutor ocupe determinada posicio social e esta seja reconhecida pelo interlocutor, podendo assumir a forma de. Atos ilocutérios | Nomeasdes A Engenheira Maria Sousa serd a nova CEO da empresa. (palavras proferidas pelo eclarativos) | Presidente do Conselho de Administracéo da empresa). ‘condenagées » Declaro oréu inocente do crime de que éacusado. (palavras proferidas pelo jul) demissdes Estd despedido!(palaviasditas pelo patrao ao seu subordinado) Esta também assaclado a atos como casamentas ou batizados: Declaro-vos marldo e mulher. Traduzem a intengéo do locutor perante 0 seu interlocutor, levando-o a agi a concretizar ago, ppodendo assumira forma de: ‘Atosilocutétios | "dens Néoestragues a planta! diretivos | pedidos » Compra o timo numero da revista, por favor. ‘conselhos »£ melhor queestudes esa materia sugesties » Nao queresirao teatro hoje? ‘Traduzema intengao do locutor relativamente a uma acao futura, padendo assumira forma de: [Promessas » Garanto-te que sare! a tempo de apanhar 0 comboto, jJuramentos » Prometo acompanhar-te aodentsta, j ameagas >No terds 0 lvro que queres sendo acabares os exercicios, Atos ilocutérios ‘compromissivos | Traduzem o estado de espirito do locutor, podendo assumir a forma de: agradecimentos £stou grata pelo apoio que me deste nesta fase dificil congratulagées Felicit-te pelo sucesso atingido, ‘condoléncias > Lamenta a tua perda, desculpas > Perdoa-me se teofendl. Nao era a minha intencao. Atos ilocutérios | lexpressivos 53.) ae 5: once, propria age Déixis: Pessoal, temporal e espacial Emaualquer ato de enunciagsg, ie mente para reaidades especie s 1:0 tempo e 0 est fa enuncia lo ‘sociada ao ato de mostrar, apontar através da linguagem. (ae) so otontam se elementos inguisticos-dettcos que apontam verbal: axaiose 10 ato enunciativo, Tipo de dis Tumremrremmeiiiiiiiiiniiatniieiibiaitcacat a See fxemplos + Pronomes pessoais Eu fique roto com a homenagem ao meu oi. pessoa) Vos trouxestes uma nove dinamicae empresa. (2° pessoa) Debris pessoal * Determinanesrnomes poses + Vecativoe formas de tratamento + Flexio verbal (pessoa) * Avéiblos elocucdes adverbiis com valor Fr ‘Aqui nde fori, masala remperarura locativo (agua lem. émaisbaia, Denis espacial * FYSP0skteselocucdes prepostivas(aolado _Acatt est a td do sod e,atrés de.) ine nee + Verbos que indica Bo# ave nica movimento wr.) Aqueleretgine bonita + Determinantes/pronomes demonstratves 1 Aavérbios de temporde designagdo(eis) Hoje € dade ogo ec aman dia de polkmica, 1 Determinantes/pronomes demonstatwos_Estasemana voua um concerto, * Aéletivos(atuol contempordnee, hodierno, Antero €contempordneo de Fc futuro, Déixis temporal do estudo na véspera dos exame. + Nomes véspera,antevéspera.) Antes dejantar vou a0 ainda. + Prenosices elocusées prepositivas (aps, ‘ontes de depos de.) + Flexo verbal tempo) 5.4, Reproducao do discurso no discurso ©) Citas, discurso direto, discurso indireto e discurso indireto livre AA citagao é uma forma de reproducio de um texto num outro texto, sendo que a referéncia a0 autor e/ou d obra é assinalada através do recurso a aspas ou a um tipo diferente de letras, por vezes em italic, ‘Modos de relato do discurso + Discurso direto - reproducdo textual de uma mensagem anteriormente produzida, sendo essa re roducio precedida de verbos declarativos interrogativos, de opinigo, de expressdo de sentimentos, de interacéo ou, ainda, com valor conotativo.O discurso deto assinala-se graficamente por dois pon tos, pardgrafo e travesséo. Ex: ‘Carlos abotoou 0 colarinho do pequeno,e disse: = Nao é absolutamente nada, minha senhora." (Ea.de Queits, Os Maias, Porto Editora, 2016), + Discurso indireto - relato de uma mensagem, introduzida por um verbo normalmente declarativo ou interrogativo a0 qual se segue uma oracao subordinada completiva ou uma oracdo nde finita infinitive | Be: ‘Carlos lamentava também que uma exsténcia de solteirdes Ihes impedisse, aelee ao avd, de recebe- rem senhoras” t (€ca de Queirds, Os Maias,Porto Editora, 2016) copie IV -Gramatica Se os dois modos de relato do discurso anteriores, ¢ possivel acrescentar: insoae + Discurso indireto livre —relato de uma mensagem em que se mantém as marcas do discurso indi-3 reto e do discurso direto, mas com omisséo do verbo declarativo e da conjungao introdutéria da= oragao subordinada completiva. i Ex: “Perdera a corrida por uma pouca-vergonha! 0 protesto ali era um arrocho! Porque o que havia’ naquele hipédromo era compadricee ladroelrat” {Ea de Queitds, Os Maias, Porto Editora, 2016) b) Verbos introdutores de relato do discurso Tipos de verbos | Exemplos Verbos declarativos ‘firma, dizer, declara,comunicar, profen, assert Verbos interrogativos Verbos de opiniao Verbos de sentimento Verbos de interacio Verbos com valor conotativo perguntar,inquii, questionar. considerar, cre, julger,ajuizaropinar. lamentar,lastimar, desabater, concorde, felctar. ‘acrescentar, continua, atlhar, reutar, prometer,ordenar. srosner,trovear,ribobar. 5.5. Organizacao das sequéncias textuais Todo o texto é constituido por sequéncias que definem a estrutura intema de uma obra, Sao cinco lessas sequéncias e apresentam um conjunto de caracteristicas que permitem a sua catalogacao, Sequéncia 5s Géneros textuais fi textual ae Marcas onde predomina Narragdo de eventos —_—Recurso.a tempos verbais diversos Romance vivides por personagens _ (preterito perfeto, pretérito imperfeito Novela ‘num certoespaco.e com _ e presente doindicativo) ea verbos eae uma sequenciaizagso de agio. 7 Narrativa teniptal Conectores ¢articuladores discursivos oe {que apontam para asequencializacso —-—Biografia. espaciotemporal. Expressdes que revelam a progressio dos eventos, Descrigao de um objeto/ Recurso a verbos copulatives (ser estar, Retrato tema/assunto através parecer) ao presente e pretérito ; da eferéncia acs seus _ imperteito do indicativo. Descritiva —_tragosdistntivos Presenca de conectores com valor aditvo, | Surge associada a Predominios de expressbes valorativas sequéncia narrativa ede adjetivos, Defesa de um ponto _—Recursoa verbos de opiniso no presente Sermo ‘ de vista com oobjetiva do indicativo (cer, julgar considerar..). | iscurso politico deconvencerpersuad Predominio de conectoresariculadores Texto pubiciio 2 Interlocutor. do discurso ao servico da progressdo Steins Argumentativa tematic, bse 410 Presenca de marcas linguisticas ao servigo dda expressao de um ponto de vista, com recurso a processos de modalizacao. Dislogo argumentativo Debate Sequencia | Géneros textuais gto Marcas textual elo | i | onde predomina Exposkoobjetiva | Recursoao presente doinlcatvo. Atigos de natureza s9breumtemalassunto! _pedominiodo recurso 3 penene cientifea Ripoam yy eneeconertocent aia denis vndaaotoune, | eobletvedeintomar | co stencoe aden imerocutor T tune Interao comunicatva | Recurso a divs eu/tu/aquie ogo) | entre locutores, Aternincia entre a primeira ea segunda imerindoum decade psn | aneee Presenga de formas de tratamento | Dialogat (frmalinorma) | Recurs0 20 presente do indicativo @ 20 imperative. | Presenca de marcas caracteristicas da oralidade e do discursodireto, | 5.6. Intertextualidade Um texto é sempre um mosaico de outros textos, embora umas referéncias sejam mais evidentes que Cutras. Assim, o texto principal tem o nome de hipertexto, sendo o(s) hipotexto(s) 05 textols) nele ‘eferido(s). Ao dislogo mais ou menos dreto que um hipertexto estabelece com hipotexto dé-seo nome de intertextualidade. Reproducéo direta de um excerto textual, normalmente assinalada por aspas (o que ndo Geet, acontece no texto saramaguiano devido a originalidade do seu dlscurso) ia Fragmento de um texto célebre, devidamente ldentificado, como mote para o hipertexo, folarafe estabelecendo uma relagao com o conteido deste Alusio | Refeenca a um texte pesioa ou acontecimenta sem quc hele ideniicaca deta Reformulagao de uma sequéncia textual por outra palavas, sem alteracao de signifiado, ergot | Reformulag equéncia textual p ° 80 de signiticad om vista feciltar a compreensio. 5 Parédia | Imitacdo de um texto, desvrtuando a sua intencdo primar, com o objetivo de ordiculavizar ImitacSo criativa Recriagio de um texto introduzindo-he tracos de originalidade. (Pastiche) | ay ra GB vio a2 apiiev-orsnatco 6. Semantica 6.1. Valor temporal © tempo é uma categoria gramatical que exprime a localizacéo de uma situacao/acio, tendo como$ referéncia o momento da enunciagao (valor deitico) ou. momento expresso anteriormente no enunciado (valor anaférico).. i ‘Assim, uma determinada a¢ao & situada no passado, no presente ou no futuro, em relagso a0 momento! de produgio do enunciado (déixis temporal), sendo possivel, a partir dai, situar as acdes em termos de anterioridade, simultaneidade ou posterioridade 0) Formas de expresso do tempo (localizacéo temporal): flexao verbal, verbos auxil advarbios, preposigdes ou expressbes de tempo e oracées temporais 0s tempos verbas simples e composts) revelam as marcas do presente do pasado do futuro, Flexdo verbal | relativamente 20 momento de enunciaglo, fe: Achas mesmo que tcl um vnte no teste, como tive no ateror? Articulados com os verbos principals, eemetem para diferentes tempos, Ex: Prometo que vou estudar para o teste. (verbo auxiliar no presente do indicativo + verbo principal Natio. no infinitive = dela de futuro) auxiliares Estive aestudar até agora, (verbo auxiliar no pretérito perfeito do indicative + verbo principal no infinitive = ideta de passado) i‘ | Os advérbios de tempo marcam as alterndncias entre os ts tempos, estabelecendo a Grupos enaisicasal | sequencializag30 dos acontecimentos, adverbiais e jg, ER! Primeir, estudo;s6 depois iri treinar. Preposicionals) "cia stéem casa agora/neste momento. detempo | Ex: Ireiacabar o capitulo napréxima semana. /Amanha naa hd aulas. Oposigées entre passado, presente e futuro, a partir do momento de enunciacSo. ‘As oragées adverbials temporals marcam a ideia de tempo, tal como as coordenadas copulatvas. x: Molacabel trabalho, ful possear Acabeio trabalho, vestio equipamento efulteinar. Verbos auxiliares CO aspeto gramatical pode ainda estabelecer diferencas relativamente & duracéo das situag6es, marcar (0 seu inicio ou o seu fim, pelo que ¢ importante ter em conta o valor dos verbos auxiliares aspetuais. 0s verbos auniliares formam com os verbs principais complexos verbais com valores aspetuais de tipo inceptivo ou pontual, durativo, cessative (exigindo que os verbos principais se encontrem no infini- tivo ou, raramente, no geriindio) + valor inceptivo Bx: comecara... (sequido de infinitivo) + valor durativo Ex. estar 9, continuar a, fcar a, andar a, ira, vir... (seguidos de infinitivo) + valor cessativo E Ex: deixarde, acabar de... (seguidos de infinitive) DNota Tal como os auxiliares modais e a0 contrario dos auxilares dos tempos compostos edo auxilar da passiva, (05 verbos auxilares aspetuals n3o obrigam a que o citico se encontre adjacente 20 verbo auxtlar. x: Jodo andaa mentir-me./0 Jodo anda-mea menti. (Jodo comecou a mentirme./0 Jodo comecou-me a ment, Verbos auxiliares modais \Verbos auxiliares que formam com 0 verbo certeza, possibilidade, tre no infinitivo: ee fr? Principal um complexo verbal com um valor modal de a, Probabilidade ou obrigatoriedade; e exigem que o verbo principal se encom. “Gass + valor de certeza: tera certeza de, estar certo de. Ex: Eu tenho a certeza de irlé amanhé. + valor de possibilidade: poder, é possivel Ex: Eu posso ir ld amanhd. + valor de probabilidade: dever,é provavel Ex: Eu devo it lé amanhé. + valor de obrigacao: ter de. Ex: Eu tenho deir Id amanha, b) Relacdes de ordem cronolégica Relacdo que se estabelece | quando duas ou mals acées se SUDSIUSGRIY cecenrolam ao mesmo temp aso ctiblece Ahan une sora nts Anterioridade Relagao que se estabelece ‘quando uma acao ocorre depois de uma outa, 6.2. Valor aspetual A categoria aspeto, apesar de se relacionar com a categoria tempo, assim, uma categoria gramatical através da qual s Enquantoo Manuellia.a Mariapintava. ("ecurso a uma oracéo subordinada adverbial temporal) | tanto eco teevisdo (recurso i estrutura de coordenacéo} les leram o romance de Tolstol antes de verem o filme. (recurso a uma oracao subordinada adverbial temporal) les leram o romance evitam o filme. (recurso a estrutura de coordena¢so) | 1974 Porugalconquistoua democracia, Apati-dessa data os tonstormacdes soca foram mutes (recurso andfora ou saa um temo equivalents) es comprarar0 CD, depois de asistram a specu. (recurso a uma oragéo subordinada adverbial tempore) é independente desta. O aspeto é, #€ exprime o modo como uma determinada situacdo é Perspetivada, tendo por base a sua estrutura temporal interna, O valor aspetual de um enunciado resulta quer do aspeto lexical quer do aspeto gramatic + Aspeto gramatical ~ expresso pelo valor auxiliares aspetuais, ou ainda por certas cot uantificadores, advérbios, ora¢des subordin: Valor perfetivo Seg Valorimperfetive | A.acio apresertase | Aasao apresenta-se como ser ENaeoesene verdadelra, apontando para u atemporais, _ Aacio apresenta-se como completamente como nio conclude al. de certos tempos verbais ou complexos verbais com nstrucdes linguisticas que contam com a presenga de adas... A Mata ja teu veo. A Maria estava ater olivr, quando vi indo sempre As baleias sée mamiferos. uma pluralidade de situagées encaradas como universais e 413 opiate W -Crmaseo ‘ago sucede-se durante um periodo limitado A Maria fevanta-se sempre cedo. detempo, Naloc habitual | Ovalor habitual combina-se frequentemente __Habitualmente, &é uma volta pelo com 0 valor iterative, parque todas as manhas. : ‘Aaséo repete-se regularmente durante um ‘A Moria tem-se levantado mois tarde Valor iterativo | certo periodo de tempo (delimitado ounso ——_ultimamente, | detimitado). | 6.3. Valor modal ‘A modalidade exprime diferentes tipos de atitudes e de opinides do locutor/falante, ou seja, a sua subjetividade, relativamente ao contetido informativo do seu enunciado e ao seu interlocutor. O locutor pretende expressar um valor O Sermo de Santo Anténio aos Peixes foi pregado oda de certeza | em Sie tuisdo Merarhee. ed Olocutor pretende expressar um valor | £ possivel que 0 orador tivesse sofrido ameacas. de probabilidade/possibilidade. Talvez a Inquisgao tivessepressionadi os colonos. O locutor pretende agir sobre 0 Tensde estar atento 4 mensagem, interlocutor através de um enunciado eves jero Sermo na integra. com valor de imposicao/obrigacao Modalidade ene es eon | Ofecutor petende agit sobre 0 ‘Nao desvirtues amensagem. interlocutor através de um enunciado | Podesirao cinema com os teus amigos. ‘com valor de protbigdo/permisséo. O locutor pretende exprimir uma E pena que a crise corteo futuro a tantos jovens! Modalidade n a coe opiniao/apreciagao sobre ocontelido Desograda-me tal situacao. de um enunciado. Expresséio da modalidade A modalidade pode ser expressa de varias formas. As mals comuns recorrem a: + alguns advérbios Ex: possivelmente, necessariamente, provavelmente. + adjetivos com valor mod: Ex: agradével, bom, mau. + entoagao + verbos modais Ex: auxiliares (como dever, poder) ou principals com valor modal (como obrigar, pensar, crer) Eee 7 Recsos exeessins 7, Recursos expressivos tp eS) os Anéfora Anastrofe Enumeracéo Paralelismo Anivel sintatico Repeti¢ao de uma ou mals palavras no inicio de frases ou versos sucessivos, Intesifcando a icla a expressar. xs “Podias er fran, buganviia/Podias fosse eu juno, ser groseha./Podis ser... (Rosa Lobate de Farie) Alteragao da ordem comum das palavras numa fase, antepond o determinante 20 determinado, cs “Estas sentencas ais ovelho hanrada estava /proferindo” (Luis de Camées) Supressao de elementos de ligacéo (normalmente conjungées coordenativas copulativas) entre palavras ou frases, conferindo aa enunciado um ritmo répido. Bx: “Rola a chuva /regaa terra/re99 orio/regaa rua.” (Cecilia Mereles| Exposicao sucessiva de elementos da mesma classe gramatical (predominantemente nomes ou verbos), apresentados de acordo com uma determinada logica, de modo a intensificar uma ideia. xs “Mandel viros dcidos./as bases € os sas, /es drogas usadas |..." (Anténio Gededo) Repeticdo de uma frase, de uma ideia ou de uma construcéo frisica, xi “Tanto sonho! Tanta magoal/ Tanta coisa!/Tanta gente!” (anténio Gededo) Repeti¢ao propositade do elemento de ligacdo entre palavras ou frases (normalmente conjuncdo | Coordenativa copulativa), conferindo frase ou verso um ritmo mais lento. Polissindeto Aliterasao Assonancia Onomatopeia Alegoria Antitese Apéstrofe Comparacao Pes “Aqui eno patio # na tua eno vapor eno comboio eno araim e ande quer que nos encontremos|...J° (Sebastiso da Gama) Anivel fénico Repeticao de sons consonénticos semelhantes em momentos proximos da frase ou do verso, para reforgar 0 sentido e aceleraro ritmo, Pcs “tha a chuva que chegal /E.a enchente./Otha ochéo quefoge com achuva” (Cecilia Meiteles) Repetigio de sons vocdlicasidénticos. Ex: ‘Olhaa botha didgua ne galho /Othao orvalho!” (Ceci Meireles) Recursoa palavras que reproduzem sons ou uidos. Exs “Drods, dengrenagens, rr-rrrreternot” (Alvaro de Campos) Anivel semantico Expressiio de uma ideia abstrata através da sua materialzacio, xs Os peines, no Sermo de Santo Anténio, representam 05 vicios € as virtudes dos seres humanos. Apresentaco de uma deia através do contraste entre duas reaidades diferentes, Bx: “Eu que sou fia. solide, eal. /A ti, queés bela rdgl.assustada” (Cessrio Verde) Chamamento ou interpelagio de pessoas ou coisas personificadas, com frequente recurso a0 vocativa Fes "VE peixe aleivoso evil qualéa tua maldade ...1" (Padre Antonio Viera) Felacdo de semeihanca estabelecida pela conjuncéo como, por expresso equivalente (@ semelhanca de, ta, mais do que...) ou por verbos que sirvam para comparar (parecer, ascemethar-se lembyer... Fc: “Ealuz, os horas, as colinas/Sdo como pranto em torno do seu rosto. (Sophia de Mello Breyner Andresen) > as cops W -cramstca = (Ea) stenisme deo Gradagso Hipslage Hipérbole Interrogacao retérica Ironia Metéfora | Expresso de uma ideia ou realidade desagradavel de um modo suave e atenuado, | Bx: “Morto./ Seu corpo liso e belo que vivera / Como as popollas acres, dorme agora” (Ary dos Santos Sucessdo de palavras ou grupos de palavras, em ordem ascendente ou descendente, de modo aintensificar a expressdo de uma ide. Ex: *Ocorrem-me em revista exposicbes, paises / Madrid Pais, Petersburgo,o mundo!" (Cesétio Verde} | Inversio de sentido em que se transfere para uma palavra uma caracterstica que, na realidade, pertence a outra, Ex: “As ilenciosas tapecarias da antecdmora: ca de Queirés) | Emprego de terms exagerados com o objetivo de enftizar uma determinadacaractevistica Ou realdade. x: “Ela s6 vu a igrimas em fio / Que de uns ede outros lhos derivados /Seacescentoram em. grande large ia” (Luis de Camées) Apresentacio de uma pergunta (de que nao se espera resposta) a fim de conferir maior destaque & | questéovenfatizar 0 assunto, Ex: “Ftudo se passava numa outra vida /e havia para as coisas sempre uma saida / Quando fossa? Evprépriondo seidizer” (uy Belo) | expresdo de uma dei afrmando, através depalaras expresses, precsamenteocontéi. Ex. “OCarlosj4ndo fez poucoexclamou Eg, indo. Pastela sua peed, sue tolete'@0 seu Yaetonte por esse faci educao gost!” (a de Ques) Aproximacio de dias ealidades que, & partida, ndo apresentariam relacées de semelhanga evidentes entre si. Formalmente pode ser caracterizada como uma comparagao a que falta a palavra ou expressio comparatva, | Be: “Porque os outros 580 os timuloscaiados” (Sophia de Mello Breyer Andresen) Referéncia a uma realidade através de uma palavra que remete para uma outra com a qual mentém determinadas rlagées, assumindo diversas modalidades: a causa pelo efeito; 0 conereto pelo Metonimia | pstrato;o autor pela obra; 0 instrumento pela pessoa; o contetido pelo continente, Ex: “Lalla (0s livros de) Proudhon, Augusto Comte, Herbert Spencer.” (Ega de Quel) ‘Apresentagio de uma ideia contraditéria na apresentagso de uma realidade, uma vez que os Paradox0 OU eros se excluem mutuamente. inna i ona x: “Amoré um fogo que arde sem se ver” (Luis de Camdes) [Apresentacio de uma reaidace de modo detalhado e descritivo, quando poderia ser referida de Perifrase modo mais sintético. Bx: "Amancha escura,ntidae convera, avangava, comia aluz mortal (= eclipse do Sol) (Ega de Quetés) ‘AtrbuigSo de qualidades, sentimentos ou acbes especificas dos seres humanos a seresinanimados, = absteagoes ou animals. Personificacso) , : -0 eldgioperseque 0 tempo, admita-Ih 0 cor dos cabelas ea maneiracerta de andar (Vode Pedro Mésseder) Repeticdo da mesma ideia por palavras ou expressbes redundantes e desnecessérias, com 0 obje- Pleonasmo __ tivode realcar 416 — Ex: "Vielaramente visto" (Luis de Camoes) . Referéncia ao significado de uma palavra através de outra que com ele mantém uma relacéo dein ‘luséo: a parte pele todo; 0 género pela espécie; 0 singular pelo plural; a matéria pelo objeto: 0 ‘ago fisico pelo ser. x: “ocidental praia lusitana’ (= Portugal) (Luis de Camoes} IMistura de sensacées que pertencem a sentidos diferentes. x: "brancuras quentes" (visual e tact) (Cesstio Verde)

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