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Sexta-feira, 18 de Maio de 2001 DIARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA TSérie—N223 Prego deste ndmero — Kz; 15,00 ‘Toda a correspondéncia, quer oficial, quer relativa @ andneio ¢ assinaturas do «Dirio da| ‘As ues ries. AL? shtie age ABA série. Republica, deve ser dirigida 2 imprensa Nacional — ULEE., em Luenda, Caixa Postal 1305 — End, Tele.’ «lmprensa>y » SUMARIO Presidéncia da Republica Decreto Presidencialn.° 29/01: Nomeia Pedro Ant6nio Saraiva para cargo de Chefe-Adjunto do ‘Cerimonial do Presidente da Repiiblica. Conselho de Ministros Decreto n.* 27701: ‘Aprova o regulamento do fornecimento de energia elécrica. — Revoga toda & legislagdo que contrarie 0 disposto no presente regulamento. Decreto n:* 28/01; Estabelece ov mecanismos de ajustamento das pensbes de velhice, abono de velhice, de invalidez e de sobrevivencia do regime geral da fungho piblica © de seguranca social, — Revoga toda a legislaglo que ‘ontarie 0 disposto no pretente diploma, Dp. Ministérios da Justica e das Obras Publicas Urbanism Despacho conjunto n.” 129/01: Confisea © prédio em nome de Marino Tomé Feit. Despacho conjunto n.” 130/01: Confisca a fracgto aut6noma designada pela letra B do 5.° andar do prédio n.” 5, implantado na Rua Cénego Manuel das Neves (ex-Mouzinho de Albuquerque) Bairro Patrice Lumumba, em. nome de Jofo Nogueira de Almeida Ministérios dos Transportes e das Financas Despacho conjunto n,” 131/01: Cris uma comissto de gestto da TAAG-EP para concluir o diagndstico ‘onganizativoeextrutual para orelangamento da empress, Ministério da Administragao Publica, Emprego e Seguranca Social Decreto executivo n.” 32/01: Cia em todas as provincias o8 Servigos Provincisis de Seguranca ‘Social. — Revogs 0 Decreto executivo n. 44/98, de 21 de Agosto € toda legislacko que contrarie © disposto no presente diploma ‘ASSINATURAS ‘0 prego de cada linha publicada nos Didrios da Replica 1." « 2.*stres 6de Kx: 19,50 ¢ para a 3. série Kz: 23,50, acrescido do respectivo posto do selo, dependendo a publicagto da [3 aiie de dopSsito prévio a efectuar na Tesouraria da lnprensa Nacional —U.E.E. ‘Ano 1 ses Kaz 4500000 Kz: 25 40000 Ka: 1738000 Kz: 1070000 PRESIDENCIA DA REPUBLICA Decreto Presidencial n.° 29/01 de 18 de Maio Por conveniéncia de servigo; Usando da faculdade que me & conferida pelo n.° 3 do artigo 49.° do estatuto orginico dos Servigos de Apoio a0 Presidente da Repdblica e pelo artigo 74.° da Lei Consti- tucional; Nomeio Pedro Antdnio Saraiva para o cargo de Chefe-Adjunto do Cerimonial do Presidente da Republica. Publique-se. Luanda, aos 10 de Abril de 2001. © Presidente da Repiiblica, Jost EDuaroo pos Santos. a CONSELHO DE MINISTROS Decreto n.” 27/01 de 18 de Malo Considerando que a Lei n* 14-A/96, de 31 de Maio — Lei Geral de Electricidade, estabeleceu os principios gerais do regime do exerefcio das actividades de produgio, transporte, distribuigdo e utilizagio de energia eléctrica; Havendo a necessidade de se regulamentar a referida lei, nos termos do seu artigo 55.° e das disposigdes combinadas da alinea f) do artigo 112.° e do artigo 113.°, ambos da Lei Constitucional, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1° — E aprovado o Regulamento do Forneci- mento de Energia Eléctrica, anexo ao presente decreto e do qual é parte integrante, 378 Art. 2.° — As diividas e omissdes que surgirem da inter- pretagdo ¢ aplicagio do Reguiamento ora aprovado, sero resolvidas por despacho do Ministro da Energia e Aguas. Art. 3° — E revogada toda a legislagio que contrarie o disposto no presente Regulamento. Art, 4° — Este diploma entra em vigor na data da sua publicagio, ‘Visto € aprovado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 18 de Outubro de 2000. Publique-se. O Presidente da Repiblica, Jost Eouaroo bos Santos. REGULAMENTO DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELECTRICA CAPITULO I Disposicées Gerais ARTIGO 1 ‘(Objecto do alplosia) © presente diploma estabelece o regime a que fica sujeito 0 fornecimento de energia eléetrica em Muito Alta Tenso (MAT), Alta Tensio (AT), Média Tensio (MT) ¢ Baixa Tensio (BT) As instalagies eléctricas, ARTIGO 2° efinigdes) Para efeitos de aplicagio do presente diploma, adop- tam-se as definigées constantes em anexo a este regula- mento € que dele é parte integrante, ARTIGO 3° (Obrigacio de fornecer energia eléctrica) fornecedor € obrigado a vender energia eléctrica a quem o requisitar, nas condigdes estabelecidas no presente diploma e com observancia das demais exigéncias legais e contratuais. ARTIGO 4° Ausidade de tratamento) O fornecedor, sempre que se trate de fornecimentos de energia eléctrica que apresentem idénticas caracteristicas, obrigado a proporcionar aos clientes tratamento igual, designadamente no que respeita as condigies de ligagdo e as tarifas aplicdveis. DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 5° (Caracteristicas da energin fornecida) A energia eléctrica é fornecida em corrente alternada, & frequéncia de 50 Hz, com a tolerncia de + 2% ¢ A tensio nominal constante do contrato de fornecimento, com # 7% para MAT, AT e MTe, + 10% para BT. ARTIGO 6° (Caracteristcas da igasao) 1, A ligagao a rede das instalagées de utilizagao em BT pode ser monofisica ou trifésica, consoante as caracte- risticas da instalagdo e a poténcia contratada. 2. A alimemtagdo, em BT, de instalagées eléctricas euja Poténcia instalada exceda 9,9 KVA seré triffsica, salvo acordo prévio do fornecedor. @ 3. Em MAT, AT e MT, a ligagio as instalagtes eléctricas, € tifésica, em casos especiais devidamente fundamentados: € com prévia autorizagio do érgio de tutela, ouvida a Entidade Reguladora, a ligagdo poderd ser monofisica ou bifésica, 4. Sempre que solicitado, o fornecedor indicaré as carac- terfsticas necessdrias ao dimensiénamento da instalagio. ARTIGO 7° (Alteragio da tensio ou da poténcia de curto-ciruito) 1, O fornecedor, sempre que razBes de ordem técnica ou econémica o aconselhem, pode proceder a alteragio da tenstio do fornecimento ou da poténcia de curto-circuita, indemnizando 0 cliente pelos encargos decorrentes d adaptagiio ou substituigdo do respective equipamento, revertendo os materiais e aparelhos substituidos revertem para o fornecedor. 2. Em MAT, AT € MT, o programa de trabalhos respei- tantes & mudanga de tenséo ou de poténcia de curto-cire deve ser levado ao conhecimento individual dos clientes por aviso escrito, ARTIGO 8° (Permanénecia e continuldade do fornectmento) 10 fornecimento de energia eléctrica & permanente ¢ ‘continuo, salvo caso fortuito ou de forga maior ou acordo do cliente, . 2. 0 fornecimento de energia eléctrica pode, todavia, ser interrompido por razdes de interesse pablico ou de servigo ‘ou por facto imputdvel ao cliente. 1 SERIE—N. 23—DE 18 DE MAIO DE 2001 ARTIGO 9° Unterrupgéo do fornecimento por randes de interese piblico) [A imerrupgio do fornecimento de energia eléetrica por razbes de interesse pablico pode ter lugar quando se trate da ‘execugiio de programas oficiais de restrigBes de consumo ou de esquemas de deslastragem de cargas, bem como da reali- zagio, sem qualquer aviso prévio, de trabalhos que a as € bens torne inadidveis. seguranga de pess ARTIGO 10" interrupgae do fornecimeint por razies de servigo) 1. A imerrupgdo do fornecimento de energia eléctrica por razdes de servigo pode ter lugar quando haja neces- sidade de realizar manobras ou trabalhos de figaglio e de ampliagio ou conservagio da rede. » 2. A interrupgao do fornecimento em MAT, AT ¢ MT seri feita aos domingos em nimero ndo superior a 18 por no em relagiio @ eada cliente ¢ durante o perfodo di compreendido entre as 5 horas ¢ as 15 horas ¢ deverd, sempre que possivel, ser anunciada aos clientes com a antecedéncia de 48 horas, por aviso individual, ou por antincio publicado nos érgiios de difusio massiva, quando afecte grande nimero de clientes. Este regime pode, em casos especiais devidamente justificidos, ser alterado mediante acordo com os clientes ou entidades envolvidas. 3. A interrupgio do fornecimento em BT obedecerd aos condicionalismos indicados no néimero anterior, mas 0 aviso aos clientes serd sempre feito utravés de antincio nos érgios de difusio massiva. » ARTiG0 1 (anerropsio do orci por facto Impatstel wo ent) 1. A interrupgio do fornecimento de energia eléctrica as instalagdes de utilizagZo, por facto imputivel uo cliente, pode ter lugar quando este deixe de sutisfazer alguma das obrigagdes cujo incumprimento é expressamente sancio- nado com a interrupgiio, nos termos do presente diploma. 2. No caso previsto no numero anterior, © fornecedor deve avisar o cliente em falta, por mei de carta ou por qualquer outro meio adequado, de que vai fazer uso do direito de interromper 0 fornecimento, indicando o motivo € fundamento da interrupgao. referido no niimero anterior s6 pode ser lo 0 prazo de 8 dias sobre a data da entrega do aviso ¢ relativamente a instalagdio de utilizagtio a que 0 incumprimento respeita. 379 4. 0 fornecedor fica dispensado da observancia do estabelecido nos n.* 2 € 3, quando a interrupgio do forneci- mento se impuser, por razdes de seguranca, como medida orgente. 5. A interrupgiio do fornecimento nao isenta 0 cliente da responsabilidade civil ou criminal em que haja incorrido. 6. Sempre que se verifique interrupgio do fornecimento de energia eléctrica, por facto imputdvel ao cliente, € haja que proceder-se ao seu restabelecimento, o cliente é ‘obrigado ao pagamento dos encargos de religaglo. ARTIGO 12° (Responsubilidade durante a laterrupgto do fornesimento) As instalagdes de utilizago so consideradas em tensdo- durante a intesrupgio do fornecimento de energia elSctrica, sendo da responsabilidade do cliente quaisquer acidentes ou varias que resultem do restabelecimento do fornecimento. CAPITULO IT Fornecimento de Energia Eléctrica ARTIGO I (Requisigio) 1. A requisigdo do fornecimento de energia eléctrica serd feita através da entrega an fornecedor do pedido de ligaglo devidamente preenchido. 2. 0 fornecedor no prazo de 15 dias, deve prestar a0 requisitante uma informagio circunstanciada das condigdes e data provével da ligagio. ARTIGO 142 (Poténcia requisitada) 1. A poténcia requisitada seri a indicada no pedido de ligagio. 2. A poténcia requisitada indicada no pedido de ligagdo poderd ser alterada, com a anuéncia do requisitante, mediante avaliagio das condigdes € caracteristicas da instalagdo de utilizagdo a aliementar, 3.0 atendimento imediato da poténcia requisitada, dependerd da capacidade dispontvel da rede de distribuigao, de modo a respeitar as caractertsticas técnicas da energia fornecida, ARTIGO 15° (Prazo para infcto do fornecimente) 1. Em BT, o prazo para execuglo, pelo fornecedor. dos ramais, chegadas ou entradas necessérias & alimentago das instalagdes de utilizagio do requisitante é de 30 dias, a contar da data do pagamento, por este, dos encargos de estabelecimento, 380. 2, Tratando-se de uma instalagio de utilizagao, situada a mais de 100 metros da rede de distribuigdo existente e exterior a uma circunferéncia de raio de 0,6 Km, com centro no posto de transformacdo que serve essa rede, mas em que, por acordo com o requisitante, se torne vidvel o forneci- mento, 0 prazo de execugdo referido no niimero anterior seri o estabelecido nesse acordo. 3. Em MAT, AT ¢ MT, a ligagio a rede das instalagdes, eléctricas em que as linhas de alimentagdo 4 se encontrem estabelecidas, serd feita no prazo de 15 dias a partir da celebragio do respectivo contrato ou da realizagio de vistoria pelos servigos oficiais, se posterior, salvo se outro diferente for acordado entre o fornecedor e 0 requisitante, tendo sobretudo em conta a limitagdo constante do n° 2 do 14, do Capftulo Il deste regulamento, 4. Nao havendo ainda linhas de alimentagio, o forne- cedor deve estabelecé-las, depois de licenciadas ¢ de satisfeitos os encargos para com 0 fornecedor estabelecidos neste regulamento, observando os prazos definidos nos artigos seguintes. ARTIGO 16° (Prazo para o estabelecimento de linhas em MT) 1. O prazo para a execugiio dos trabalhos relativos ao estabelecimento de linhas de alimentagdo em MT seré fixado por acordo entre o fornecedor e o requisitante, tendo em atengdo o tempo necessério para a sua realizagio mas no poderd, salvo o caso previsto no nimero seguinte, exceder 120 dias. 2, Sempre que 0 estabelecimento de linhas para alimen- taco obrigue a realizagdo de trabalhos suplementares na rede, designadamente 0 reforgo ou ampliagio das insta- lagdes existentes, 0 prazo referido no numero anterior poderd ser aumentado do tempo necessdrio & execugiio desses trabalhos; 0 fornecedor deve dar conhecimento do novo prazo ao requisitante, ARTIGO 172 ‘(Prazo para o estabelecimento de linhas em MAT e AT) © prazé para o estabelecin® nto de linhas de alimentagdo €m MAT e AT seré sempre fixado por acordo entre fornecedor € o requisitante. ARTIGO 18° (Contagem dos prazes) Os prazos referidos nos artigos anteriores stio contados @ partir da data em que se mostrem cumpridas as exigéncias referidas no n.”4 do artigo 152 DIARIO. DA REPUBLICA ARTIGO 19 (Tensdo de alimentasio) 1, A energia eléctrica serd fornecida em BT, desde que a poténcia requisitada ou atribufvel ao fornecimento, nao ‘exceda 50 KVA’s nas redes urbanas ¢, 10 KVA’s nas redes rurais, 2. Quando a poténcia requisitada for superior aos valores referidos no n. 1, a tensdo de alimentagio seré fixada pelo fornecedor, 3. Quando a tenso de alimentaglo for fixada em MT, nos termos do n.° 2, o fornecedor poderd exigir que o requi- sitante ponha gratuitamente & sua disposicao, um local ‘apropriado para o estabelecimento ¢ exploragiio de um posto de transformagao. 4, Para efeitos de aplicagdo do disposto no n.° 3, as. instalagdes de utilizagio das diferentes fracgdes de und] mesmo edificio, mesmo que em propriedade horizontal, so consideradas no seu conjunto. ARTIGO 20° (stalagbes de transformasio) Em MAT, AT e MT, as instalagdes de transformago que servem as instalagdes de utilizagdo do cliente serio fornecidas ¢ instaladas por este, ficando sua propriedade. ARTIGO 21° (Limite das instalagdes do fornecedor) 1, Em BT, a instalagao terminal do fornecedor compre- ende: 4) todo 0 equipamento ¢ materiais que se encontrem 4 montante da portinhola, incluindo esta; 4 5) niio existindo portinhola, © equipamento e mate- riais que se encontrem a montante do aparelho de corte de entrada ou, tratando-se de uma insta- lagao colectiva, o equipamento ¢ materiais que se encontram a montante dos terminais de entrada do aparelho de corte do quadro de colunas; ©) 0s transformadores de corrente para a contagem de energia, os contadores e os aparelhos de corte de entrada, 2, Em MAT, AT e MT, a instalagao terminal do forne- ‘cedor compreent 4) nas linhas aéreas, todo 0 equipamento e materiais que se encontrem a montante dos isoladores de amarragdo das linhas 2 instalagdo do cliente, incluindo estes isoladores, mas excluindo os péra-raios; LSERIE—N? 23—DE 18 DE MAIO DE 2001 +) nas linhas subterrfineas ow mistas que terminem em cabos subterraneos, todo 0 equipamento ¢ materiais que se encontrem a montante dos terminais de entrada do primeiro aparetho de seccionamento ou de corte da instalagio do cliente: ¢) na alimentagdo méltipla todo 0 equipamento materiais a montante do terminal de safda do aparelho de corte geral da instalago do cliente. 3, Sao propriedades do fornecedor os equipamentos de medida e acess6rios por ele instalados, salvo convengdo escrita em contritio. ARTIGO 22° (Projecto das instalagGes de utilizagdo) 1. O requisitante do fornecimento de energia eléctrica & obrigado a apresentar ao érgdo de tutela, 0 projecto da instalagao de utilizagao, conforme o Regulamento de Licenciamento das Instalagdes Eléctricas. 2. Em MAT, AT e MT, o requisitante deve apresentar também o projecto das instalagies de transformagio. ARTIGO 23° (Replsto das requlsigSes de fornecimento de energla eéctrica) O fornecedor € obrigado a manter um registo actua- lizado das requisigdes de fornecimento de energia eléctrica € a elaborar estatfticas das mesmas e dos prazos decorridos até ao inicio do Fornecimento ou ligagao. CAPITULO IIL Encargos secgao Encargos em BT ARTIGO 24° ‘Encargos de ligagio A rede e de Iniclo de fornecimento) Em BT, 0 requisitante do fornecimento de energia eléctrica & obrigado ao pagamento dos seguintes encargos: 4) pelo estabelecimento do ramal, chegadas ou entra- das necessérias, 0 valor resultante da aplicagao dos critérios definidos pelo fornecedor ¢ aprova- dos pelo érgio de tutela, ouvida a Entidade Reguladora; 5) pelo inicio do fornecimento da energia eléctrica & instalagSo de utilizagdo jé igada a rede de distri- buigdo, o valor resultante da aplicagZo dos critérios acima referidos. 381 ARTIGO 25° ‘Encargos por aumento de poténcia) 1. Em BT, sempre que seja requisitado um aumento de poténcia e no seja necessirio estabelecer uma ligagio a rede inteiramente nova, o requisitante pagar a diferenga entre o valor do novo encargo de estabelecimento e 0 valor daguele que, no momento, corresponda & poténcia anterior- mente requisitada, valores estes resultantes da aplicagio dos critérios referidos no artigo anterior 2. Na falta de elementos que permitam determinar a poténcia anteriormente requisitada, considerar-se-& que esta 6 igual A poténcia contratadd. 3, O aumento de poténcia que implique a substituigio do ramal, chegada ou entrada existente, serd tratado, para todos os efeitos, como uma nova requisigio. SECGAO IL Encargos em MAT, AT e MT ARTIGO 26° (Prineiplo geral) requisitante do fornecimento de energia eléctrica € obrigado ao pagamento dos encargos previstos nos artigos seguintes, ARTIGO 27° (ncurgos de igagdo) A ligagiio & rede das instalagdes de utilizagdo em que a linha de alimentagio ja se encontre estabelecida dé lugar ao pagamento dos encargos de ligagdo de acordo com os ceritérios referidos no artigo 24° ARTIGO 28° (Encargos de estabelecimento em MAT, AT eMT) 1. 0 estabelecimento de linhas de alimentagao em MAT AT e MT, dé lugar ao pagamento do custo desse estabeleci- mento, acrescido do custo do painel de safda, quando estes se destinarem ao uso exclusivo do requisitant 2. Os critérios para determinar os encargos de estabele- cimento sio os-constantes do anexo referido no artigo 24.° ARTIGO 29° (Encargos por aumento de poténcia em MAT, AT e MT) ‘Sempre que seja requisitado um aumento de poténcia em MAT, AT e MT, 0 requisitante ser4 obrigado a pagar os encargos resultantes da alteragio efectuada, segundo as regras estabelecidas no artigo 25.° do presente diploma, com ‘as necessirias adaptagdes, ARTIGO 30° (Eneargos por mudainga do ponto de entrega) Sempre que, numa instalago de utilizagio, a mudanga do ponto de entrega nao origine 0 estabelecimento de uma linha de alimentagio inteiramente nova, s6 haverd lugar ao pagamento dos encargos relativos & mudanga efectuada. ARTIGO 31 (Encargos por ligago directa) 1. Se o requisitante do fornecimento de energia elée pretender, por razées tecnicamente atendiveis, dispor de ‘uma ligago directa & subestacdo ou ao posto de secciona- mento do fornecedor, suportar& integralmente 0 custo do estabelecimento da respectiva ligagio. 2. O disposto no niimero anterior é aplicivel as instala- bes de utilizagdo ja abastecidas quando seja requisitada uma ligagio directa ao posto alimentador. ARTIGO 32° (Encargot por ligagio mitpla) 1. Se, a pedido do requigitante, 0 abastecimento de uma instalagio de utilizagdo for feito mediante o estabelecimento de linhas de alimentagio diferentes que partam cada uma de segmentos independentes da rede, fica a seu cargo 0 respectivo custo. ~ 2, Se a alimentagdo a que se refere o niimero anterior for feita no interesse do fornecedor, 0 requisitante apenas suportard a taxa ou encargos correspondentes ao estabeleci- ‘mento de uma dnica linha de alimentagio, mas deverd por & disposigao do fornecedor o local para a instalaglo do posto de seccionamento, para garantir a continuidade. CAPITULO IV Utilizagio das Instalagies ARTIGO 33° (Condigies de lgagio® rede) 1. As instalagdes do cliente, s6 comegardo a ser abaste- ciidas de energia eléctrica depois de licenciadas e vistoriadas pelos servigas competentes por estes consideradas em conformidade com as normas de seguranca. 2. © abastecimento das instalagdes de utilizago no cconstitui o fornecedor em responsabilidade por danos resul- tantes do nao cumprimento, pelo cliente, das normas de seguranga. ARTIGO 34° (Conservagio das instalagtes de utllizagto) 1. O cliente deve manter a sua instalagio de utilizagio em bom estado de conservacao © funcionamento e de acordo com as normas de seguranga. DIARIO DA REPUBLICA 2. 0 cliente € obrigado a manter intactos os selos apos- tos pelo fornecedor, designadamente os existentes nos aparelhos de medida e de protecgo ou de corte, ano modi- ficar a posigdo desses aparelhos e respectivas ligagdes, a nio deteriorar nem dar uso indevido 20 material do forne- cedor ¢ a manter livre 0 acesso aos seus aparethos. ARTIGO 35. nspeosio das Instalagies do clente) 0 fornecedor tem © diteito de inspeccionar as instala- ‘goes do cliente ligadas & rede, podendo proceder, para 0 efeito, as medigdes € verificagdes que entender conve- nientes. ARTIGO 36° {(Dieito de Interromper o fornecimento) A oposigio do cliente & inspecgdo das instalagGes, w niio adopgdo de medidas de seguranca destinadas & protecgio de pessoas e bens, a ndo correcgiio do factor de poténcia, a falta de pagamento dos encargos estabelecidos neste diploma ou a inobservancia da obrigagdo de reparar as deficiéncias dos ‘equipamentos das instalagdes, nomeadamente no respeitante as harm6nicas, conferem ao fornecedor o direito de interromper o fornecimento de energia eléctrica & insta- Lago, com observancia do disposto no artigo 11.° ARTIOO 37° Forneclmento de encrgla elétria a terceros) 1. Nenhum cliente poderd utilizar a sua instalagdo de utilizago para fornecer energia eléctrica a terceiros. 2. A violagio do estabelecido no némero anterior confere ao fornecedor 0 direito de interromper o forneci- mento de energia eléctrica, com observancia do disposto no artigo 11° CAPITULO V Contratos SECGAO | Disposigies Comuns ARTIGO 38° (Titulo contratual) © contrato de fornecimento de energia eléctrica seré titulado por documento escrito e 0 seu clausulado geral, obedecerd ao estabelecido no contrato-tipo a ser aprovado pelo Srgio de tutela, ouvidos os fornecedores ¢ a Entidade Reguladora, ARTIGO 39° ‘Alteragio da Identifieagdo do cliente) 1. Sempre que se opere qualquer alteragio nos elemen- tos de identificagiio do cliente constantes do contrato, nomeadamente nome, firma, designagio social, residéncia I_SERIE — N.° 23—DE 18 DE MAIO DE 2001 ‘ou sede, deverd este, no prazo de 15 dias, contados da data de alteragio, comunicar as alteragdes ao fornecedor, sob pena de suportar as consequéncias da omissio. 2. O fornecedor faré averbar, no contrato, a alteragdo verificada, ARTIGO 40" (Alteragio do contrato) As alteragdes de poténcia que impliquem nova requi- sigdo, obrigam A celebragio.de um novo contrato ou A elaboragio de uma adenda ao contrato ja existente. ARTIGO 41°, ‘(Abandono das instalagies do cliente) No caso de abandono das instalagdes, o cliente deve comunicar © facto ao fornecedor, sob pena de manter a sua responsabilidade relativamente & mesma instalagdo, desig- nadamente quanto aos encargos relativos a consumos de cenergia e, a poténcia, bem como de danos causados a rede. SECCRO I Contratos em MAT, ATe MIT ARTIGO 42° (Poténcia conteatada) A poténcia contratada é a indicada no contrato como tal € ndo pode ser superior & poténcia requisitada; a poténcia ccontratada é substituida pela maior das poténcias tomadas a partir do momento em que esta for superior Aquela. ARTIGO 43° (Limite da poténcia tomada) ‘Nas instalagdes ligadas & rede MAT, AT € MT, o cliente do poderé tomar, durante o primeiro ano de fornecimento, uma poténcia superior & que figura no contrato; em cada um dos anos seguintes, o cliente poderd, no entanto, indepen- dentemente de nova requisigio, tomar uma poténcia igual a contratada no fim do ano anterior, acrescida de 10% ARTIGO 44° (Aumente da postnela contratady) 1. O cliente é obrigado a requisitar um aumento de poténcia contratada sempre que, tratando-se de instalagées ligadas & rede MAT, AT ou MT, tome ou pretenda tomar ‘uma poténcia que exceda a poténcia contratada acrescida da percentagem estabeecida no artigo anterior. 2. No caso referido no némero anterior, € aplicével o fabelecido nos artigos 28.° € 29.° do presente regula- mento, ARTIGO 45° ‘Reduglo da poléncia contratada) 1. A poténcia contratada s6 poder ser reduzida a partir os primeiros 12 meses de vigéncia do contrato © mediante requisigdio do cliente. 2. O fornecedor suspendera os efeitos da redug’o sobre a facturagio até 12 meses contados do més anterior aquele em que foi igualada, ou jé nao foi atingida, a nova poténcia contratada, 3. Qualquer requisigiio de aumento de poténcia, feita decorridos 12 meses sobre o pedido de redugao, confere a0 fornecedor 0 direito de cobrar, durante o tempo decorrido a partir do tempo de suspensio a que se refere o némero anterior, 0 encargo do tarifério relativo & nova poténcia ou, se for inferior, & poténcia contratada anterior ao pedido de redugio. 4, No prazo de 30 dias contados da data da apresentagdo da requisigdo, 0 fornecedor comunicaré por escrito a0 cliente, as modificagdes que este deve efectuar na sua instalagio, 5.0 fornecedor provederd modificagio ou substituiglo do equipamento de medida ou de controlo, no prazo a acordar com o cliente, podendo exigir-Ihe 0 pagamento antecipado, total ou parcial dos encargos inerentes, ARTIGO 462 : (Alteragiio do contrato) As alteragies de poténcia que impliquem nova requi- sigdo obrigam a celebragio de um novo contrato ou a celaboragdo de uma adenda ao contrato jé existente, ARTIGO 47° (Cessto das instniagbes) 1. No caso de cessiio das instalagdes, 0 cedente € obrigado a comunicar 0 facto ao fornecedor, indicando o nome, firma ou designagio social do novo cliente e, quando for caso disso, a morada ou sede deste. 2..0 novo cliente € obrigado a celebrar outro contrato de fonecimento de energia eléctrica, 3. A comunicagdo a que se refere 0 n° | e a celebragio do contrato a que se refere 0 n.° 2 deverio ser efectuadas no prazo, respectivamente de 15 ¢ 30 dias, contados da data da cessiio das instalagdes. 4. O incumprimento das obrigages impostas nos nimeros anteriores confere ao fornecedor o direito de interromper o fornecimento de energia eléctrica, com obser- vncia do disposto no artigo 11.° do presente regulamento, ARTIGO 48° (Duragio do contrato) 1.0 contrato de fornecimento de energia eléctrica terd a duragdo de um ano ¢ serd sucessivamente renovado por igual periodo, sem prejutzo do direito de deniincia, 2.0 inicio e termo do prazo contratual coincidird com 0 inicio e termo do ano civil; no primeiro perfodo de vigéneia do contrato, n duragio deste sera igual ao tempo que decorrente a data da assinatura do respective contrato € 31 de Dezembro do ano seguinte, 3. A deniincia, sujeita d forma escrita, terd de ser feita com dois meses de antecedéncia em relagtio ao termo do contrato ou da sua renovacao. ARTIGO 49° (Resolugio do conteato) 1. A alteragiio das circunstancias em que as partes fundaram a decisdo de contratar, designadamente uma modificago do sistema tarifério que implique alteragi clausulado contratual, pode ser motivo de resolugio do contrato. 2. A parte que pretenda usar 0 diteito consignado no nlimero anterior deverd fazer, por escrito, a correspondente declaragio de resolugio, considerando-se 0 contrato extinto + decorridos 2 meses apés a recepgio, pela outra parte, da referida declaragio. 3. O contrato resolve-se, ainda, independentemente de qualquer formalidade, sempre que haja uma interrupgio de fornecimento por facto imputével ao cliente, que se prolongue por um perfodo stiperior a 180 dias, SECCRO Il Contratos.em DT ARTIGO 50° (Poténeius conteatada e tomada) 1A poténcia contratada é a indicada_no contrato como tal e nda pode ser superior A poténcia requisitada, 2. Para clientes no abrangidos pelo disposto no n.° $ deste artigo, a poténcia tomada, para efeitos de facturagio, & a maior poténcia média verificada em qualquer perfodo ininterrupto de L5 minutos, durante o espago de tempo a que a factura sespeita. 3, Sempre que se verifique a inexisténcia de equipa- mento de medigio de poténcia tomada, considera-se que esta € igual a poténcia contratada. DIARIO_DA REPUBLICA 4. A poténcia contratada passa a ser a maior poténcia tomada, a partir do momento em que esta for superior Aquela. 5, Nos casos em que o tarifério defina taxas mensais fixas pura a poténcia a facturar, o fornecedor goza do direito de instalar aparelhos limitadores da poténcia tomada, devidamente calibrados e selados. AKTIGO 31° (Aumentos de poténcia) 1. O cliente é obrigado a requisitar um aumento de poténcia, sempre que tome ou pretenda tomar uma poténcia {que exceda os valores estabelecidos no artigo 50.° 2. Se o cliente ndo estiver abrangido pelo n.* 5 do artigo $0.* e, ndo der cumprimento a obrigagio estabe- lecida no néimero anterior, o fornecedor fica com o direito de tomar medidas para impedir que a poténcia exceda 4 poténcia contratada, 3. No caso referido no n 1, é aplicavel o estabelecido nos artigos 19° 25.° ARTIGO 52" (Redugio da poténciacontratada) 1. A poténcia contratada s6 poderé ser reduzida a partir dos primeiros 12 meses de vigéncia do contrato e mediante requisigao do cliente. 2, No caso de clientes niio abrangidos pelo disposto no a? 4 do artigo 452, 0 atendimento de qualquer pedido de redugio da poténcia contratada poderd ser suspenso pelo fornecedor, até que decorram 12 meses durante os quais a poténcia tomada nfo tenha ultrapassado a nova poténcia contratada, 3. Salve quando tenham decorride 12 meses sobre uma reducdo de poténcia, qualquer pedido de aumento de poténcia confere ao fornecedor 0 direito de cobrar a diferenga entre as taxas mensais correspondentes d nova poténcia ¢ a poténcia resultunte da redugdo, desde a data em. que esta foi concedida. ARTIGO 53° (Duragio do contrato) 1. O contrato de fornecimento de energia eléetrica terd a duragio de um més € serd sucessivamente renovado por igual periodo, sem prejutzo do direito a dendincia, 2, Em casos especiais, devidamente justificados, poderdo ser acordados prazos diferentes do referido no ndmero anterior. I SERIE—N. 23—DE 18 DE MAIO DE 2001 3. A dendncia, sujeita a forma escrita, terd de ser feita ‘com 5 dias de antecedéncia em relagao ao termo do contrato ou da sua renovagéo. ARTIGO 54 (Resolugio do contrato) 1. A resolugdo do contrato pode verificar-se: @) por acordo entre o fornecedor ¢ o cliente; +) pela interrupgio do fornecimento de energia eléc- trica, por facto imputdvel ao cliente, que se prolongue por um perfodo superior a 90 dias. 2, Resolvido o contrato, o fornecedor goza do direito de roceder ao levantamento do material"e’dos aparelhos que Ihe pertencem, CAP{TULO VI Caugio ARTIGO 55° (Prestasio de causdo) 1, © requisitante do fornecimento de energia eléctrica terd de garamtir, antes ou em simultineo com a assinatura do contrato, 0 cumprimento das obrigagdes contratuais, mediante a prestagiio de uma caugio. 2. A caugio a que se refete 0 nimero anterior serd prestada por meio de depésito em dinheiro ou fianga banedrria, 3. Os encargos decorrentes da prestagio de caugdo serdo suportados pelo requisitante. 4. Quando a caugdo seja prestada por depésito em dinheiro este seré restitudo ao cliente, com dedugdo das quantias eventualmente em divida, no caso de extingio do ccontrato. 5. Em casos especiais, devidamente justificados, o fornecedor poderé dispensar, parcial ou totalmente, a prestagdo de caugio. ARTIGO 562 (Valor eéteulo da caugio) © valor da caugdo a prestar é determinado da seguinte forma: a) Em MAT, AT e MT. CePex texh 5) Em BT xPoxtexh emque, C— 0 montante da caugo em Kwanzas . Po —€ a poténcia contratada em Kw. 385 te — € a taka de energia em vigor, correspondente & tensio de fornecimento, h — € 0 tempo de utilizagio mensal da poténcia contratada em horas, definido no tarifério em vigor. ARTIGO 572 (Atterago ou reconstitulgdo da eaugio) 1. A caugio prestada seré alterada sempre que haja aumento ou redugio da poténcia contratada. 2. A caugdo serd reconstituida quando se verifiquem correcgées tariférias, de forma a adequé-la & nova tarifa do nfvel de tensdo correspondente. 3, Sempre que a caugdo prestada haja sido total ou parcialmente utilizada para solver dividas do cliente, € este obrigado, no prazo que pata o efeito Ihe for fixado pelo fornecedor € nunca inferior a 15 dias, a proceder & sua reconstituigdo, 4, Quando haja redugio da caugio, o montante em excesso deve ser devolvido ao cliente no prazo de 15 dias a contar da data do facto que the deu origem, ARTIGO Sa (nterrupciio de fornecimento) ‘A mora no reforgo ou reconstituigdo da caugéo confere a0 fornecedor o direito de interromper o fornecimento de energia eléctrica, com observancia do disposto no artigo 11.2 CAPITULO VII Medico da Energia e da Poténcia ARTIGO 59° (Principio geral) 1, Em BT, a energia activa ¢, quando for caso disso, a energia reactiva, siio as indicadas pelos aparelhos de medigio. 2, Para efeitos de facturagio, a poténcia a considerar send a contratada, para os clientes abrangidos pelo n° 5 do artigo 50.° e a indicada pelos aparelhos de medigio, para os restantes clientes. 3. Em MAT, AT e MT a energia consumida e a poténcia tomada pelas instalagGes de utilizagio so as indicadas pelos aparelhos de medigio, ARTIGO 60° ‘Aparelhos de medio) 1. Os aparethos de medigio so fornecidos ¢ instalados pelo fornecedor e devem ser de um dos tipos oficialmente aprovados e estarem devidamente aferidos e selados. 386, 2. O cliente pode instalar, por sua conta, para efeitos de dupla medigdo, um segundo equipamento de medigdo, cujos aparelhos sejam de um dos tips oficialmente aprovados e da mesma classe de precisiio que os instalados pelo forne- cedor ¢ estejam devidamente aferidos e selados. ARTICO 61." ‘Medico de energia em BT) 1, Em BT, a medig&o de energia € feita a tensio do fornecimento. 2, Nas instalagSes de utilizagio em que haja energia a facturar a pregos diferentes, as correspondentes parcelas deverdo ser registadas separadamente, ARTiGo 62° (Medigdo de energia em MAT, ATe MT) 1. A medigo da energia fornecida em MT é feita & tensio priméria, quando a poténcia contratada for superior a 400 € & tensfio secundaria, se a poténcia contratada for igual ou inferior Aquele valor; neste dltimo caso, a medigdo de energia eléctrica serf feita A tens primfria, se o cliente 0 solicitar e suportar a diferenga dos encargos de adaptagSo do respectivo equipamento. 2. A medigdo da energia eléctrica em MAT ¢ AT é sempre feita & tenso priméria. 3; Nas instalagdes em que haja consumos a facturar a pregos diferentes, as correspondentes parcelas deverdo ser ‘medidas separadamente. ARTIGO 63° (Dupla medigio) 1, No caso de dupla medigao previsto no n.° 2 do artigo 60.°, 0 consumo a facturar é 0 que resultar da determinagio da média das indicagées dadas pelos dois equipamentos de medigo. 2, Sempre que o forecedor instale um novo sistema que facilite as operagies de medida, o cliente que disponha de equipamento de medigo proprio deverd equipé-lo com os dispositivos necessérios & sua integracio nesse sistema; enquanto o niio fizer, apenas serdo consideradas, para efeitos de facturagio, as indicagdes dadas pelo equipamento de medigio do fornecedor. ARTIGO 64° (Controte da poténcia« tomar & rede) © fornecedor pode colocar, sem qualquer encargo para 0 cliente, na entrada de qualquer instalagio deste, dispositivos destinados a impedir que a poténcia tomada exceda 05 limites estabelecidos no contrato, sem prejuizo dos acréscimos previstos no artigo 43.° do presente diploma, DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 65° (Leitura dos aparethos de medisio; 1, Em BT, a leitura dos aparelhos de medigiio ¢ feita periodicamente, com intervalos no inferiores a um més nem superiores a seis. 2, Em MAT, AT e MT a leitura daqueles aparethos é a mensalmente em datas previamente fixadas e comuni- ccadas ao cliente, 3, Sempre que a leitura dos aparelhos de medigéo tiver de ser feita em perfodo ou data diferente do estabelecido, por facto imputdvel a0 cliente, este é obrigado ao paga- mento de uma taxa de leitura extraordindria, cujo valor & caleulado de acordo com os critérios a que se refere 0 artigo 24° deste regulamento. ARTIGO 66° ‘Impossibilidade de lelturs) 1, Em BT, sempre que, por facto imputével ao cliente, a Jeitura dos aparelhos de medigiio no possa ser feita durante seis meses seguidos, o fornecedor poderd interromper o fornecimento, com observancia do disposto no artigo 11.°, se apés duas novas diligéncias feitas em dias diferentes anunciadas, se mantiver a impossibilidade de efectuar a leitura, 2, Em MAT, AT ¢ MT, a interrupgdo do fomecimento poderd efectuar-se quando a leitura dos aparelhos de medig&o néo possa ser feita nas datas fixadas, por facto imputdvel ao cliente. ARTIGO 67° ‘Aferisdo dos aparethos de medigio) 1. Os aparethos de medigio serdo aferidos sempre que se suspeite ou detecte defeito no seu funcionamento. 2, Se o cliente exigir uma aferigio em laboratério oficial © este confirmar que os aparelhos de medigdo se encontram dentro dos limites legais de tolerdncia, é de sua conta 0 pagamento dos respectivos encargos; em caso contrério, serdo esses encargos de conta do fornecedor. 3. No caso de existir duplo equipamento de medigdo a aferigdo dos respectivos aparelhos 6 obrigatdria sempre que a diferenga entre as indicagdes dos dois equipamentos, em dois perfodos sucessivos de leitura, ultrapasse 3% da indicagfio que apresente valor mais baixo, no caso de forne- cimento em BT ¢ 2% em MAT, AT e MT; os encargos com a aferigdo serdo de conta do proprietério do equipamento desregulado. L_SERIE—N° 23—DE 18 DE MAIO DE 2001 4, Em qualquer dos casos referidos nos nimeros anterio- es, a aferigdo dos aparelhos deve ser feita sem ruptura dos respectivos selos. ARTIC 65° (Medi¢io da energia no caso de mau funcionamento, do equipamento de medigio) 1, A medigio da energia serd corrigida em conformidade com 0 estabelecido no artigo 86.°, sempre que, havendo um nico equipamento de medigao, este acuse defeito de funcionamento ou, havendo equipamento duplo, a desafi- nagdo ou avaria seja simultinea. 2. Nas instalagdes de utilizagio equipadas com duplo equipamento de medigio, em que apénas um destes acuse defeito de funcionamento, a energia e a poténcia serio ‘medidas pelo outro. CAPITULO VILL Facturagio SECGAO Facturasio da Energia eda Poténcia ARTIC 69° (Prinefplo geral) 1. A facturago da energia e da poténcia é feita por aplicagio das tarifas em vigor, as indicagdes dadas pelos aparelhos de medidire segundo as regras estabelecidas no tatifério. 2. Por cada ponto de entrega devidamente equipado com aparelhos de medida seré emitida uma factura na qual serBo debitados designadamente a energia consumida e a poténcia tomada. SECGAO It Forma e Perlodictdnde de Facturagio em MAT, AT e MT ARTIGO 70° . (Periodicldade da facturagio) A facturagdo da energia e da poténcia & feita miensal- mente, na sequéncia do estabelecido para as leituras, conforme estabelecido no n.° 2 do artigo 65° ARTIGO 712 (Energia eléctrica medida & tenslo secundérta) Sempre que a energia eléctrica fornecida em MT seja medida 4 tenso secundéria, a sua facturaco obedecerd as seguintes regras: 4) a poténcia medida sera adicionada da poténcia de perdas no ferro do transformador e o total acrescido de 1% correspondente & poténcia de perdas nos enrolamentos; 387 +) a energia activa medida serd adicionada das perdas de energia no ferro, calculadas com base em 720 horas de utilizagéo por més da poténcia correspondente, ¢ 0 total acrescido de 1% correspondente as perdas de energia nos enrola- mentos; as 720 horas so distribufdas por horas de vazio, por horas cheias e por horas de ponta na proporgiio do que esteja estabelecida no tarifério em vigor; ©) a energia reactiva medida seré adicionada de uma parcela igual a 10% da energia activa medida ‘em igual perfodo, correspondente & participagio do transformador na circulagio de energia reactiva, ARTIGO 72 (Potéacia irregularmente tomada) 1, Sempre que um cliente tome a rede uma potencia superior aos limites estabelecidos no contrato, a facturagio dda poténcia tomada em excesso serd agravada com uma taxa de 50%, relativamente aos meses em que se tenha verificado a irregularidade, 2. O estabelecido no niimero anterior no dispensa 0 cliente do cumprimento das obrigagdes impostas no presente diploma relativas ao aumento de poténcia, ARTIGO 73° (Facturagio durante a interrapglo do fornecimento) A interrupgao do fornecimento da energia eléctrica, por facto imputdvel ao cliente, ndo suspende a facturagio da poténcia, ARTIGO 74° ‘Reclamagto) 1. Areclamagio de qualquer factura deveré ser feita por escrito, podendo 0 fornecedor exigir o preenchimento de impresso proprio, 2. A reclamagao deve ser apresentada, nas instalagBes do fornecedor, no prazo de 2 meses a contar da data da factura, 3. O recebimento da reclamagiio no suspende © paga- mento, salvo prova de erro material evidente ¢ o fornecedor terd de pronunciar-se sobre ela no prazo de 30 dias a contar da data da sua recepgao. 4. A falta de decisiio no prazo referido no niimero anterior € havida, para todos os efeitos, como deferimento da reclamagio. SECGAO Ii Forma e Perlodicldade de Facturagio em BT ARTIGO 75? (Pertodicidade de facturasio) A facturagdo de energia e da poténcia é feita periodica- mente, com intervalos nio inferiores a um més, garan- tindo-se ao cliente que os intervalos de pagamento nao serfio superiores a dois meses. ARTIGO 76° . (aeturagio a energlareactiva) Se 0 cliente néio proceder & montagem do equipamento destinado a evitar que a energia eléctrica seja utilizada com factor de poténcia com valores fora dos limites oficial- mente estabelecidos, o fornecedor pode facturar a respectiva ‘energia reactiva consumida em excesso, de acordo com 0 tarifério em vigor. ARTIGO 77 (Poténeta iregularmente tomada) Sem prejufzo do estabelecido no n.° 2 do artigo 51°, sempre que os clientes af referidos tomem & rede uma poténcia superior aos limites estabelecidos no contrato, a facturago da poténcia tomada em excesso serd agravada em 50%, relativamente aos meses em que se tenha verificado a irregularidade. . ARTIGO 78° ‘(Facturagio da poténeia durante a interrapgio do fornecimenta) ‘A imerrupgdo do fornecimento da energia eléctrica, por facto imputivel ao cliente, nfio suspende a facturagao da poténcia. ARTIGO 79 ‘(Rectamagio) 1. A reclamago de qualquer factura deverd ser apresen- tada ao fornecedor no prazo de 3 meses a contar da data.da sua apresentagao, 2, © recebimento de reclamagio ndo suspende 0 pagamento, salvo a existéncia de erro material evidente. 3. A falta de resposta, por parte do fornecedor, no prazo de 30 dias a contar da data da recepgdo da reclamagio, € havida, para todos os efeitos, como defcrimento desta. CAPITULO IX ‘Pagamento das Facturas ARTIGO 80° (Lugar do pagaments) © pagamento das facturas relativas ao consumo, taxas ou servigos prestados seré efectuado nas instalagdes do fornecedor, noutros locais por ele indicados ou em instituicdes bancérias, DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 81° (Prazo de pagamento) 1, Em BT, as facturas serdio pagas no prazo de 10 dias contados da data da sua apresentagio ou do primeiro dia do aviso piiblico da sua disponibilidade, nos locais indicados pelo fornecedor. 2. Em MAT, AT e MT, as facturas devem ser pagas no prazo de 30 dias contados da data da sua apresentagio. ARTIO 82° (Constitulgfo em mora) A falta de pagamento no prazo estabelecido no artigo anterior constitui o cliente em mora e na consequente obrigagio de pagamento de juros, & taxa fixada na legis- Jago em vigor. ARTIGO 83° \dnterrupgio do fornecimente) Sem prejuizo do estabelecido no nimero anterior, 0 atraso no pagamento de qualquer factura ou de juros de ‘mora confere ao fornecedor o direito de interromper, ao Cliente faltoso, © fornecimento de energia eléctrica, com observancia do disposto no artigo 11.° ARTIGO 84¢ (Restabeleclmento do fornecimento) cliente a quem tenha sido interrompido 0 forneci- mento de energia eléctrica nos termes ‘do artigo anterior s6 poderé obter o restabelecimento do fornecimento depois de haver procedido A regularizagdo da divida, de haver suportado a reconstituigo ou agravamento da caugio e de haver pago os encargos de religacao estabelecidos, nos termos do artigo 24° CAPITULO X Erros de Medico, de Leitura ¢ de Facturacio ARTIGO 85° (Correegdo dos erros de medio) 1. Ds erros de medigdo da-energia e da poténcia resultantes de qualquer anomalia verificada no equipamento sero corrigidos tendo em conta todos os elementos com relevancia para a determinag&o do consumo real verificado

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