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Quinta-feira, 16 de Abril de 2020 ARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA 1Série— N° 50 Preco deste ntimero - Kz: 850,00 Tala a waren qe ORCA awe TNATURA ‘wren de cada Tb pica now Dios relative a saincio © asimairas do «Diao Ano | da Replica 1? €27 ste & de Kz 750 e para a Republic deve ser dirisda ® NUDES | se ei Ke 73615940 | 9 5% sae Ke: $500, serxcido do rexpetvo ‘Nacional EP, em Luanda, Ra Henrique de Crentes 22 Clade aba Caing Peacl roe, | S186 xx 43352100 | imposto do seo, dependende a publicag da \onwingrensnicicnal gorro ” Bad telg. | A2* série Ke 22698000 | 3*siede depéstoprévioa cfevtuarnatesowata ingens Ast sae Kx 18013820 } daingresa Nocona -E P SUMARIO Havendo necessidade de definir, nos termos da Lei de Bases do Ambiente, o Regime Juridico das Areas de ‘Assembleia Nacional Conservacao ¢ assesurar que 0 uso da sta flora © fauna selvagem se paute pelos principios constitucionais ¢ do Len 820 sau ambiaul Giveito intemacional relevates, am. especial oF princi “ 2 pics do desenvolvimento sustentavel ¢ da protecgao do Lain 920: ambiente, através da exploracio sustentavel da diversidade Que ater 0 Cig dos Yaeres Moblin biologica nas areas de conservacio ambiental, bem como Loin? 1020 regular as actividades relativas aos recursos feu ‘Dis Aces Bncobets pra Fins de Preven elnvetisn 3 Cini ASSEMBLEIA NACIONAL Lein 820 de 16 de Abe A Constituigao da Repiblica de Angola assegura, no seu artigo 39°, a protecgao do ambiente € consagra o direito € fo dever dos eidaclios de viverem num ambiente sadio € no poluido, determinando, a obrigatoriedade do Estado adop- tar as medidas pertinentes para a protecsz0 do ambicate € do equilibrio ecolégico, a exploragio racional dos rec 0s naturais mum quadro de desenvolvimento sustentavel € 4 punigtio dos actos que ponham em perigo ou lesem a pre servagao do ambiente Considerando que Angola aderin as convengées inter- nnacionais de grande importineia na definigao dos regimes juridicos dos recursos biolégieos, das quais se destacam a Convengao sobre a Diversidade Biolégica, a Convengao sobre © Combate 8 Desertificagao, a Convengao sobre as Espécies Migratérias ea Convengio sabre 0 Comércio Internacional das Espécies da Fauna ¢ Flora Ameagadas de Extingio, das quais decorrem obrigagées itemacicnais do Estado Angolaio no dominio da protecgao da biodiversi- dade, tendo para o efeito aprovado diverses diplomas para a concretizacio das medidas de protecgo do ambiente, da tora susceptiveis de serem desenvolvidas nas areas de conservagtio ambiental, os regimes de concessio de dire tos a eles relativos, no quacro da salvagharda de iualdade dle oportimidades ¢ da paticipagao de tos os cidadaos no processo de cesenvolvimento economico e social do Pais: A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos da alinea b) do artigo 161, da alinea q) do n° 1 do artigo 165.°, conjugado com a alinea d) do n.° 2 do atizo 166, todos da Consituigdo da Republica de “Angola, a sezuinte: LEI DAS AREAS DE CONSERVACAQ, AMBIENTAL CAPITULO Disposicdes Gerais, ARTIGO1* Object) © presente Diploma tem como objecto 2 definigao do ‘Sistema Nacional das Areas de Conservacaio Ambiental com vista a estabelecer os critérios € rearas para a sia criagio, lassificagdo ¢ gestio através de principios que salvag dem a sua preservagio, conservagio e uso sustentave ARTIGO 2° ‘amoito de apieaeao) A presente Lei ¢ aplicivel as Areas de Conservagiio Ambiental do tertitério nacional, bem como as actividades ‘com elas relacionadas. 2558 DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 5° (Detnicces) As expresses, termos e conceitosutilizados, na presente Lei, tém o significado constante das defines sesuintes: @ cAcompanhamento», recotha, compilagao, andlise € prestagio de infarmagao sobre os recursos florestais, famisticos € actividades a eles rela- cionades: b) crea de Conservactio Ambiental», espago geo ‘arafico do tertério nacional com caractersticas naturais relevantes, definido, delimitado e pro- teaido por lei, que tem a fungio de assesurar a conservago de longo prazo do patriménio natural ¢ cultural, bem como os servigos eco- -sistemicos associados: ©) «crea Contigue, terrenos que circundam wma Area de Conservacao Ambiental nos quais as actividades econémicas esto sujeitas a um regime especial com vista @ minimizar os seus impactes newativos na area de Conservacio Ambiental; «& cens do Dominio Piblicon, bens da propricdlade do Estado, incluindo os do dominio publico das Autarquias Loeais, que so inalienave: atiliveis ¢ impenhoréveis, sem pre concessao temporéria para a realizagao de fins de interesse publico, ©) «Cage, perseguigao, captura, apanha, mutila- 0, abate de especies da Fauna Selvagem, em qualquer fase do seu desenvelvimento, ou a condugao de expedigoes para aqueles fins, JP «Comunidades Loccis, win grupo social coerente de pessoas residentes dentro ou nos arredores das éreas de conservagao ambiental: 8) «Conservagdo», protecgao, preservagao, maruiten- io, reabilitagao, restauragao © methoramento da flora efhuna selvagens, e seus recursos gené- ticos, bem como todas as medidas visando o seu uso sustentvel; Wi «Conservagéo ex situ», conservagae de compo- nentes da diversidade biolégica fora dos seus habitats natura; 1D «Conservagdo in sido», conservagio dos e°0s sistemas, habitats natursis da flora e fauna, a Imanutenglo € recuperagio de populagGes vis- veis de espécies no seu meio natura: {j) «Desmatcmento», corte raso de aevores ov destrui- fo total da vegetago numa dada area; BW Desertifcagdon, process de dewradaca0. de terras, natural ou provocado pela remogio da cobertura vegetal ou pela utlizagio predatéria «que pode transformar essas teras em zonas ari- das on desertos, D «Bicossistemen,, win conjunto dindimico de comuni- dades vegetais, animais ¢ de microrganismos ¢o seu ambiente nio vivo, que interage como uma imidade funcional; m) «Beossisiema Frégilo, aquele que, pelas suas caracteristicas naturais ¢ sua localizagio geoari- fica, ¢ susceptivel de répida dearadagao dos seus atributos e de dificil recomposig0; n) «coturisman, segmento da actividade turistica que utiliza de fornia sustentivel 0 patriménio natural ¢ cultura, incentiva a sua conservagio € interpretagio, promovendo o bem-estar das comunidades loeais 0) «species Ameagadias de Kstingtion, espécies da fama € da flora que enffentam un riseo muito elevado de extingio no seu ambiente natural ‘mum faturo préximo, incluindo as espécies cujos smimetos s€ tenham resizido, drasticamente, a ‘nn nivel critico ou cujos habitats tenham sido earadados de forma tal que pona em petigo @ sa sobrevivencia: p) «ispécies Endémicar, espécies da fauna © da flora que s6 ocorrem naturalmente no teritorio nacional, exeluindo qualquer especie que seja introduzida no territério de Angola por accdo humana; @) «Bspécies Brbticany, espécies que niio si0 nativas ‘mama area specifica, 17) «Bspécies Invasoram, qualquer espécie que, wna vez introduzida numa determinada area, cons- titmi ameaga para os ecossistemas, habitats ¢ outras especies, 8) «Espécles Mgratérias», espécies que migra sazonalmente de uma zona ecolégica para outra; 6 «Fauna, conjunto de animais selvagens e mari- hos, vertebrados ¢ invertebrados, mamiferos, anfibios, aves © repteis, peixes, erusticeos © moluscos de qualquer espécie, em qualquer fase do seu desenvolvimento, que vivem natural- ‘mente numa determinada area; 1) «Fiscaliza; do», inspeceao, supervisio e viilincia das actividades relativas aos recursos da flora € da fauna, com vista a garantir 0 cumprimento da legislagao aplicével, bem como as correspon- dentes medidas de gestio; ¥) «Habitat», local ou sitio onde tm organismo ou. populagao ocorre naturalmente; 1W) «Momunentos Naturaisy so Areas de Conser- ago Ambiental que contém um ot varios elementos naturais particulares, de impertancia excepeional ou tinica, preservados devido sua raridade, & sua qualidade estética ou @ sua nportincia cultural intrinseca; I SERIE -N¢ 50 —DE 16 DE ABRIL DE 2020 2559 8) «Paisagens Protegidasy sto areas terrestres, abrangendo por vezes o litoral e aguas adjacen- tes, onde a interacgao entre a acgao humana € a nnatureza modelaram a paisagem com qualidades estéticas, ecologicas ou culturais especificas € cexcepcionais e que, por vezes, tém grande diver- fade biologica. v) «Parques Navionais» sto areas terrestres, costeiras ‘ou Zonas marinhas criadas para proteger a inte~ ‘aridade ecolégica de um ou varios ecossisternas, conde as espécies da flora e da fauna, os habitats das espécies e todos os alributos da natureza so conservades em bases ambientais ¢ culturais, para beneficio das geracoes actuais ¢ futuras: 2) «Pescam, actividade efectiva de captura, apanha, remogao, recolha ou colheita, por qualquer pro ccesso, dos recursos biolégives aquaticos; aa) «Recursos da Blodlversidade>, conjuate de recursos naturais compost por fatina, flora e as componentes do meio fisico ebiolégico: bb) «Recurso Genérico», qualquer material de origem, vegetal, animal ou de microrganismos que con- tena unidades funeionais de hereditariedade & que tenha valor actual ou potencial para a huma- nidade; cc) «Reservas Naturais» sao Areas de Conservagao Ambiental em virtude de possrirem espécies, habitats e/ou ecossistemas raros on endemicos ou caracteristicas geoldgicas ou fisiolégicas de especial importancia; dd) «Reporoamenton, restabelecimento de cobertura ‘vegetal, ou de fauna selvagem, apés a remogao da totalidade ou parte da cobertura da flora natu ral on de espécies da fauna que integravam un dado ecossistema, ee) «Sitios para Gestdo de Habitat on Espécies <0 ‘reas terrestres, costeiras ou zonas marinas dedicadas para a conservasio de espécies parti- culares ou habiraus; PiUso Sustentinveln, gestio © aproveitamento dos recursos da flora ¢ da fauna de tal mode que nifo se esgotem ou se degradem, sejam mantidas as fungdes ecolégicas da diversidade biologica € que niio seja prejudicado 0 valor econémico, social € estético dos seus ecostistemas para as gcragdes presentes e futuras; 8) «Zonas Fhimidasy, Ingares onde a terra est coberta de agua pouco profinda, corrente ou estatica, temporal, intermitente ou permanente, abrangendo zonas costeiras, pantanos, albutei ras e bragos de rios, quer naturais ou artificiais incluindo as areas adjacentes; hh) «Zoneamenion, definigto de sectores ou zonas dentro de uma Area de Conservagao Ambiental, de acordo com umn plano de gestdo, objectivos medidas especificos nele previsto, de modo a ating os objectivos da area em causa, ARTIGO4? GFnatidades) [A presente Lei tem as seguintes finalidades: @) Promover a gestio sustentivel da flora © da fauna das Areas de Conservagio Ambiental que assegure 0 equilibrio com a protecgio dos ecos- sistemas e da diversidade biolégica; ) Assegiwrar a contribuigao das Areas de Conserva- (80 Ambiental, da sua diversidade biolosica ‘bem como das actividades a elas relativas, para 0 desenvolvimento sustentavel; ©) Contribuir para a satisfagio de necessidades bisicas, na geragao de rendimentos © empregos € a prozressiva melhoria da qualidade de vide das geragies presentes e vindouras, tendo em consideragio 0 uso sustentivel dos recursos qe constitem o cbjecto das Areas de Conservagio Ambiental, 4 Estabelecer os principios e rearas gerais de conser- ‘vagio da flora efaumna das Areas de Conservagio, Ambiental e seus ecossistemas, ©) Estabelecer os prineipios ¢ critérios gerais de _Bestto e ordenamento dos recursos da flora e da fama das Areas de Conservagio Ambiental para © apoio e desenvolvimento dos aspectos biol6gi- 03, teenoléicos, econémicos, sociais, culturais ambientais pertinentes; fi Promover a investigagao cientifica nas Areas de Conservagio Ambiental relativa aos recursos da flora, da fauna, da diversidade biol6zica, dos ecossistemas e a disserinagto dos conhecimen- tos dela resultante, ARTIGOS* (Pvincipios geras) 1. As Areas de Conservasao Ambiental de Angola so pattiménio nacional cuja proteceio e preservag’io cons- tituem obrigagbes do Estado, dos cidadios e das pessoas singulares e colectivas. 2. Os recursos da flora ¢ da fauna das Areas de Conser~ ‘vagao Ambiental sio propriedade do Estado. 3, Para além do previsto nos nimeros anteriores, devem, ainda, ser observados os seguintes prineipios: a) «O Principio do Desenvolvimento Sustentiveb», os recursos da diversidade bioldgica nas Arens de Conservagao Ambiental devem ser avaliados, inventariados e utilizedos de forma sustentavel nna perspectiva de uma abordagem ecossistémica para garantir a sua regeneragio on reprodusio natural e conservacio; 2560 DIARIO DA REPUBLICA b) «O Principio da Consulta Piblicay consiste na auscultagao do cidadao para a sua intesragao na tomada de decisio dos processos de criagao € requalificagio das Areas de Conservagio Ambiental, que pode ser representado por asso- ciagdes, comunidades cientifcas,instintigdes do poder local ou tradicional ou por outras formas derepresentagio; ©) «0 Principio da Valorizagdo das Areas de Conser= vacdlo Ambiental», a gestéo, 0 aproveitamento Util © efectivo das Areas de Conservagio Ambiental, ¢ feita de acordo com os parime- ‘ros ficados na lei, bem como tendo em conta a protecr30 do ambiente € 2 utilizagao economi camente eficiente e sustentavel dos recursos da diversidade biolosica, @ «0 Principio do Acesso, Partilha Justa ¢ Equi- iativa dos Beneficios», 0 envolvimento das comninidades locais nas actividades de explo- ragao das Areas de Conservagio Ambiental & pernitido, nos termos da presente Lei, sendo elas as auardias destes locas, de formas a obte- ram beneficios tangiveis, ©) «O Principio da Prevengdo ¢ da Preceaicdo», proteccao do ambiente implica que as actungdes nas Areas de Conservacdo Ambiental sejam ava- Jiadas antecipadamente, de forma a eliminar ou mitigar efeitos adversos, BO Principio da Imvestigagtio Cienifica e Deser volimenio Tecnolégicon, consiste na promosio € eriagio do conhecimento sobre a gestio das Areas de Conservacio Ambiental e dos recursos associados. As universidades © as instituigdes de investigagio devem promover, no seu seio, temas de investigagaorelacionados a estas éreas 8) «O Principio de Colaboracdo Institucionaly, tendo em vista a natureza multidimensional do ambiente © os seus aspectos econdmicos, sociais, culturais, a gestao sustentavel das Areas de Conservacio Ambiental depende da cola- baragio © coordena¢io institucional entre os sectores responsiveis, tais como agricultura © florestas, ordenamento do teritério e habitagao, comércio, turismo ¢ outros intervenientes a fim, de promover uma gestao tepresentativa que ati cule os interesses e necessidades de todos, 1h) «O Principio do Poluidor Pagadory, todo aquele que, Hicita ou ilcitamente, de forma directa ou indirecta, voluntéria ou involuntariamente, pro- ‘vogue denis nas reas ce conservagtio ambiental, deve ser obrigado a assumir 0 custo dareposigao da situago anterior, © pagamento dos custos no isenta © responsivel do cumprimento de coutras nomnas ou smgbes que eventualmente the sejam aplicaveis; 8 «O Principio da Publicidade», as Areas de Con- servacio Ambiental devem ser publicitadas seja para a sua divulgagao junto das popuulagdes, seja para atrai turistas ou potenciais investidores, 4. 0s principios estabelecidos no niimero anterior sao de ccaracter obrigatério para todos os intervenientes na gestio da flora, da fauna selvagem € no uso de recursos existentes nas Areas de Conservacio Ambiental CAPITULO IL Categorias ¢ Gestao das Areas de Conservacio Ambiental Disposicoes Gerais ARTIGOS* (Pinaidades¢ principios espectcos) 0 estabelecimento das categorias das Areas de Conser= vacio Ambiental ¢ a definiglo das respectivas regras de sgeslao visa assegurar a conservarao da diversidade biol6- sgica, considerando as seguintes finalidades on prineipios especificos: a) A conservagao de ecossistemas, especialmente os egradados e ameagados de extingdo ou vulner’- veis, bem como os dotados de maior diversidade bioldsica, b)A conservagao de espécies, em especial as raras ou, vulneraveis, ameagadas de extingao, de grande valor cientifico ou estético, ou endémicas, bem como dos habitats sensiveis; ©) A conservagao in situ de recursos gencticos, ) A preservagao de valores culturais € estéticos; @) A conservagio de paisagens de valor estético ou de ‘outro modo cultural; P Ainvestigagio cientifiea; ) O ecoturismo, I A gestao sustentivel de espécies ¢ dos ecossiste- mas naturais, D Arecuperagao de areas ¢ de habitats dearadadas;, JP Contribuir para o desenvolvimento cconsmico € social, em especial local, pela promogio do ccoturisme ¢ da patticipagao das comuidades locais nos beneficios resultantes das actividades relacionadas com a gestio de Areas de Conser= ‘vague Ambiental, ARTIGO 7” (Obrivagoes do Estado) 1. O Estado deve criar, manter, monitorar ou reabili- tar uma rede de Areas de Conservacio Ambiental visando a preservagiio de paisagens e da diversidade bioléaica para ‘as geracdes actunis e futuras e para a aplicagio de medidas especiais de gestio de ecossistemnas, espécies e paisagens 2. As Areas de Conservagio Ambiental de ambito nacio- nal sto crindas e alteradas por lei I SERIE -N¢ 50 —DE 16 DE ABRIL DE 2020 2561 3. Cabe a entidade a quem for delezada competéncia pelo Titular do Pocler Executivo e aos demais sectores inter- Venientes assewnrarem, em especial: 4) A identificagao de areas de importincia para a realizagto das finalidades previstas no artigo anterior, b) A compatibilizagio entre 0 ordenanento do terri- trio, do espago marinho e a criaglo de éreas de conservagao ambiental, ©) A formulagao de propostas de elassificagao, reclas- sificacio ¢ redimensionamento de Areas de Conservagiio Ambiental; @) A.adopsa0 de programas de reabilitagao de Areas de Conservagio Ambiental degradadas ede cria- sao de outras: ©) A aestio sustentivel de Areas de Conservacio Ambiental; A Aadopsao de planos de gestao das diferentes Areas de Conservagiio Ambiental; 2 O asseguramento da formaciio dos trabalhadores que prestam servigo nas Areas de Conservagio Ambiental; ‘i A informagao e a participagao dos cidadaos, em «especial das comunidades ruris, na constituicao fe gestio de Areas de Conservago Ambiental, { Asseaurar a cooperagao intemacional, em especial na identificagto, classificagto e reclassificagao de Areas de Conservacio Ambiental, a criagaio das Areas ‘Transftonteirigas de Conservacio Ambiental e na formagao dos seus gestores, _P Assegurar a fiscalizagio € monitorizagio das Areas de Conservasao Ambiental. ARTIOO 8° ireitos ¢deveres dos cds) 1. Os cidadaos tem o diteito de exercicio do ecoturismo nas Areas de Conservasao Ambiental, beneficiar das oportu- nidaces de emprezo, bem como o direito a informagio sobre 6 fimeionamento das mesmas ¢ as respectivas categorias, 2. Os cidadios devem, nas Areas de Conservagio Ambient 4) Abstersse da pritiea de actos proibidos pelos regimes das diferentes categorias de Areas de Conservagio Ambiental, ) Sujeitar-seao pagamento das taxas correspondents, 0 uso ot exploragio de Areas de Conserva¢io Ambiental, nos termos a definir em regulamento, ARTIGO 9* (Comunidades oats nas Ares de Conservagto Ament) 1. As comunidades locais que residem nas Areas de Conservagiio Ambiental antes da sua criagio #80 parte inte- srante destas. 2. Sto direitos das comunidades locais: @) 0 wo € fruigao dos recursos da flora e da fauna para sua subsisténcia: b) A patticipagao nas decisdes sobre a claboragao de planos de gestdo das Areas de Conservacdo Ambiental 3. Sao deveres das comunidades locais: a) Abster-se da pritica de actos que possam causar spactos negativos nas Areas de Conservagio Ambiental, em especial, as acydestipificadas na presente Lei como infracgdes: b) Sujeitar-se a0 Regime Juridico da Area de Conser- vvagio Ambiental | SECGAO T (Categorias day Areas de Conserve Ambiental agtiGo 10 (Clawsineaga das Areas de Conserve Ambiental 1. As Areas de Conservagiio Ambiental quanto a0 meio podem ser taestres, aqusticas e marinas 2. Segundo 0 seu regime juridico, as Areas de Conser- ‘vagdo Ambiental sto classificadas nas seauintes catezorias «Categoria I — Reservas Naturtis, ») Categoria 11 — Parques Nacionais, ©) Categoria II] —Monnmentos Naturais; @) Categoria IV — Sitios para Gesto de Habitat ox Expécies; ©) Categoria V —Paisogens Frotegidas. 3. Sempre que necessirio, podem ser criadas Areas ‘Transfionteirigns de Conservagiio Ambiental e érens de rele- vante inteesse de conservaro ambiental, de acordo com as calegoriasreferidas no nimero anterior 4. As Areas de Conservagtio Ambiental podem ser rovdeadas por dreas contiguas, constituidas por espagos com regime especial e que visam a sua protec¢ao. ARTIGO I? (Rectassearo e2ediensananente) 1. As propostas de reclasificagio e redimensionamento as Areas de Conservacio Ambiental para a reaizago das finalidadese observancia dos principio previstos no artigo 6° sao aprovadas por Ici. 2. As propostas referidas no numero anterior devem basear-se nos planos teritriais, urbanisticos, tlorestas, faumisticos,turisticos, ordenamento das peseas eda aquicul- tura, ou fins econémicos exploratorios em éreas de grande riqueza geoldgica enos relatérios técnico-cieatificos. 3. Cabe a entdade a quem for delegada competéncia pelo Titular de Poder Executivo, com outros sectores inte venientes no processo, elaborar a proposta referida nos rimeros anteriores. 4.0 Estado deve incentivar a realizaglo, por institu 4¢8es nacionais ¢ estrangeirns, em especial as instituigdes cientificas ¢ de desenvolvimento tecnologico e associngsex de defesa do ambiente, dos estudos necessarios a class cagao, reclassificagao e redimensionamento de Areas de Conservagio Ambiental. 2562 DIARIO DA REPUBLICA 5. Os orgiios da Administragtio do Estado ou do Poder Local, conforme os casos, bem como as Associagbes de Defesa do Ambiente ou de interesse local, podem apresentar propostas fimdamentadas de classificagao, reclassifieagio & redimensionamento de Areas de Conservagao Ambiental, 6. Apos a reclassificagao ou redimensionamento, as Areas de Conservagao Ambiental devem constar de planes especiais terttoriais, urbanisticos, florestais, faumisticos ‘minerais estabelecidos ¢ aprovados, nos termos da legisla- 80 em vigor. ARTIGO 12° (egimes especies das Areas de Conservarae Ambiental) As Areas de Conservagio Ambiental, em fungio da sua categoria, dispoem de Estatutos, estrutura de gestao ¢ rea Inmento aprovados pelo Titular do Poder Executive, sECCAO Mt ins Hspeciticose Regime das Areas de Conservacio Ambiental par Categorias ARTIGO 13° (Reservas Naturais) 1. As Reservas Naturais visam a realizagio dos seguin- tes fins: @ A protecgae de habitats, de ccossistemas © de especies da flora e da fauna em estado natural, visando a sua preservagiio e conservacio com 0 minimo de inter vengo humana; b) Garantir as geragses actuais © futuras a possi- Dilidade de conhecerem ¢ de usuftuirem dos beneficios de areas naturais; ©) A promogio do ecaturismo. 2. Segundo o seu arau de incidéncia de protec¢ao ¢ fins, fas Reservas Naturais podem ser: ca) Reservas Naturais Integrais; ) Reservas Naturais Parciais; ) Reservas Naturais Especiais. 3. As Reservas Naturais Intearais sao areas terrestres, costeiras ou zonas marinhas destinadas & protec e preser- vagio estrita dos ecossistemas naturais raros ou endemicos de especial importincia, 4. As Reservas Naturais Integrais visam a realizagiio dos segnintes fins: @ Conservagao de habitats, de evossistemas ¢ de especies em estado natural, sem. intervengaio humana, excepto para fins cientifies b) Manutengao dos recursos genéticos em estado natural dinamico e evolutivo, ©) Conservagao do ambiente natural para fins de investigagao cientifiea © moniterizagao, para © acompanhamento € avaliagao continua do estado do ambiente. 5. Nas Reservas NaturaisIntesrsis € proibida a caga, a pesca ou a colheita de qualquer recurso natural, salvo para fins cienificos, mediante autorizagao prévia. 6. Nas Reservas Neturais Intearais nao € permitida a cexisténcia de conmnidades locais. 7. As Reservas Naturais Parciais so areas terestres, ‘costeiras out zonas marinhas destinadas a proteccdo e pre- servacio parcial de certas earacteristicas geomorfolosicas, hiidrologicas, de habitats e/ou de especies paticulares, pro- videnciando, 90 mesmo tempo, oftso limitadoe controlado 4e produtos naturas ¢ sevigos para sotisfazer as necessida- des das populagdes muais 8, As Reservas Naturais Parcnis visam a realizagio dos seguintes fins 4) Frotecso e manutengio, longo tenmo, da diversi- dade bioléagicae outrs valores natuais da drea: ») Asseauramento do bom destino dos recursos nat rais de base, para que nao sejam alienados para coutras formas de uso da tera que possam ser prejudiciais diversidade biolowica da avea; ©) Promogao da eciucagdo ambiental, ecoturismo © a uiilizagdo sustentavel dos recursos naturais. 9. Nas Reservas Parciais € proibida a caga, a pesca on a colheita de qualquer recurso natural, salvo para fis cien- lificos ou de subsistincia, cedidos mediante autorizagio competente, nos termes desta lei e seus regulamentos 10, As Reservas Naturais Bspeciais sto areas terestes, costes ou zonas marinhas intactas on pouco alteradas destinadas i conservagao e preservagio exclusivas de deter- sminadas espécies da flora ¢ da fama. 11, As Reservas Naturais Especiais visam a realizagio 4) Asseguramento © manutengao das condigies de habitats necessévias para proteger certas espe cies, grupos de especies, comunidades bibticas cu caracteristicasfisicas do ambiente, quando tal exij a interveneo humana; }) Disposigio de espago para ecoturismo em hanno nia com as caracteristicas naturais da area 6) Permitr 6 acesso is comunidades locas em dreas de fraca densidad populacional ¢ em harmenia com os recursos disponiveis, mantendo as suas tuadigoes de vida 12. Nas Reservas Naturais Expeciais ¢ probida a caga, pescar ou a collieita de qualquer recurso natura, salvo para fins cientiicos, mediante autorizago prévia, ow para sub- sisténcia, mediante resisto prévio dos interessados com os limites enos termos definidos na presente Lei 13. 0 Regime Juridico das Reservas Naturais referi- «das nos mimeros anteriores € estabelecido em regulamento préprio. I SERIE -N¢ 50 —DE 16 DE ABRIL DE 2020 2563, amigo 14° @arqus Nacional) 1. Os Parques Nacionais visam a realizagao dos seauin- tes fins: a) Protecgao das areas naturais ot paisagislicas de mportaneia nacional ou internacional para fins recreativos, educativos, cientificos, culturais € tewisticos; ) Garantie que as actusis ¢ futuras geragées terem 1 possibilidade de conhecer ¢ de usuiuir de exemplares representativos de reaites fisiogxé- ficas, comunidades bidticas, especies e recursos aenéticos cnjaestabilidade ecoldaicae a diversi- dade biologica jam conservadas e mantidas no estado mais natural possivel ©) Conservagao a longo prazo das qualidades € clementos naturais exsenciais do ambiente, lo as carscteristicas ecolégicas, geomor- fFologicas,estticas ¢ sagradas, 4 Promogio do ecoturismo € a investigngio cieti- fica: ©) Promogio da satisfago das necessidades das commnidades rurais residentes nos arredores @ interior da area inchiindo a utilizagao dos recur- sos para fins de subsisténcia na medida em que sta ndo tena impactos negatives nos objecti- ‘vos do parque nacienal 2. Nos Parques Nacionais é proibida a caga, a pesca out a colheita de qualquer recurso natural, salvo para fins cien- tificos, mediante autorizagio prévia, ou para subsisténcia, mediante rexisto prévio dos interessados com os limites € nos termos definidos nesta Lei e seus regulamentos. 3. O Regime dos Parques Nacionais ¢ estabelecido em regulamento proprio, inchs ARTIGO 15° (Monnmentos Natarais) 1, Os Monumentos Naturais visam a realizagio dos seguintes fins: a) Proteceo ou preservagao, petpetua, de elementos naturals especificos que scjam excepcionais devido & sua importincia natural ou carécter nico e representative ou conotagio espiritual, b) Realizagao de actividades do ecoturismo, educagao ¢ investigago cientifica, desde que compativeis com 0 objective para © qual foi eonstituido © ‘momumento natural; ©) Preveng#o ou eliminagio de qualquer forma de ‘ocupagao ou exploragao incompativel com a natureza da Area de Conservagio Ambiental € os fins definidos nas alineas anteriores, @ Contribuigao para o desenvolvimento econémico & social local, pela promogio do ecoturismo e da participagao das commnidades locais nos benefi- cios resultantes dessas actividades. 2. $40 também considerados Monumentos Naturais as Jrvores de valor ecolégico, estético, histérico ou de outro modo cultural, 3. O Regime dos Monumentos Naturais € estabelecido ‘em regulamento proprio, ARTIGO 16° (Silos para Gest de Habitat Rapes) 1, Sem prejuizo do direito de uso para fins de subsis- tencia € do resisto prévio dos interessados, 0s Sitios para Gestio de Habitat ou Espécies abrangem zonas hiimidas on pintanos, bragos de rios,albufeiras, zonas costeiras, stu rios ¢ baias 2. Os Sitios para Gestio de Habitat ou Espécies visam a realizado dos seguintes fins a) Preservagao de /abitats para especies migratorias, especialmente aves mamiferos aquiticos, b) Conservagio da diversidade biolégica de émbito femacional, ©) Promogio do Ecoturismo, 3. 0 Regime dos Sitios para Gestio de Habitats ow Espécies € estabelecido em regulamento proprio, ARTIGO 1 (Patsngens Protest) 1. As Paisagens Protegidas visam a realizagio dos seauintes fins: 4) Preservagio de caracteristicas estrutursis e estéti- cas da paisagem e de formagbes rochosas, b) Manutengao de uma interacgéo harmoniosa da natureza e da cultura, protegendo a paisazem ¢ zarantindo formas tradicionais de ocupagao do solo € de construgao, bem como de expressio de valores socioculturais; ©) Encorajamento dos modos de vida ¢ actividades econémicas em harmonia com a natureza, bem como a preservagio de valores culturais: das comunidades locais; @) Manutengio da diversidade da paisagem e do habitat, bem como as espécies € os ecossistemas associados, ©) Prevengio © eliminagdo de qualquer forma de ocupagto indevida do solo € de realizagao de actividades que sejam incompativeis, devido sun dimensio ou natureza, com os objectivos da constinuicdo da paisazem proteaida: P Asseauramento aos cidadios de espagos de lazer a0 ar livre, respeitando simaltaneamente as quali- dades essenciais da area de conservacio; 2564 DIARIO DA REPUBLICA 8) Contribuigao para o desenvolvimento economico ¢ social local, pela promocao do ecoturismo & da participagso das commmidades locais nos beneficios resultantes dessas actividades, em especial através da criagio de emprego e acesso a servigos criados para realizago de formas de turismo sustentavel, como 0 acesso a éswa potd- vel, energias renovaveis e saneamento basico. 2. © Regime das Paisagens Protegidas ¢ estabelecido em regulamento proprio, ARTIGO 18° (reas Transronteieas de ConservagtoAunbienta) 1. Os fins das Areas Transironteitigas de Conservacio Ambiental so a cooperagio regional ou internacional na _gestio de recursos partlhados e os fins de cada categoria de Area de Conservagio Ambiental referidos nos artigos anteriores. 2. As Areas Transfronteirigas de Conservagao Ambiental silo estabelecidas através de acordos regionais ou intema- cionais celebrados e aprovados pelos éraéos competentes do Estado, dependendo do seu conteido a correspondente esragio numa das categories de Areas de Conservagio Ambiental previstas no artigo 10.° 3. O Regime das Arcas Transfronteitigas de Conservagao Ambiental deve constar do instrumento regional ou inter- nacional referido no mimero anterior, sem prejiizo da sua intearagao na ordem juridica interna através dos mecanis- ‘mos definidos nos termos da lei aplicavel ARTIGO 19° (Aveas de Retevanetnteresse de Canseryagio Ambiental) 1. Quando necessirio, 0 Executivo deve assezurar, aps 1 realizagao dos pertinentes estudos cientificos, que sejam definidas areas terrestres, costeiras ou zonas marinhas de relevante interesse de conservagae ambiental ¢ a definigao da sua integragio numa das categorins previstas no aatigo 10° 2. As Areas de Relevante Interesse de Conservacao Ambiental visam, em especiat a) A conservagio de corredores de misragao: b) A proteccio das zonas de desova ou nidificagao, A protecgio de bacias hidrogrificas e de recursos hidricos, em especial a protecyiio de nascentes ce mangens de cursos de agua e de lagos, lagoas, albufeiras e barragens, ©) A protecgao de solos, a protecgio contra os ventos € contra a movimentacao de arcias, em especial detertenos agricolas ¢ de pastagem, bem como, aprotecgao de vias de comumicagao, em especial cestradas e vies ferreas: @) A proteegio da zona costeira © ma nha, 3. As Areas de Relevante Interesse de Conservagdo Ambiental podem ser naturais ou resultantes de criagao Inumana, nomeadamente por via de plantagio. 4. Para efeitos da presente Lei, sio de proteccio per- manente as seguintes Areas de Relevnte Interesse de Conservacio Ambiental 4) Os Ecossistemas Desérticos (dumas ¢ desis): ) Os Eeossistemas de Montanha (escarpa ou alti- tude); ©) As Nascentes, num raio de SO metros, @) Os Cursos de Agua, mama faisa minima de 504 500 metros ©) O Redor das Lagoas, Lagos ot Reservatorios de va num raio de SO a 100 metros: ‘f Os ecossistemas dos Mangais; 2) As Cinturas Verdes de Zonas Urbanas ot Peri- -Urbanas, i) As Areas de Recrutamento de Recursos Marinhos; 1 ASBaias € 0s Esttios dos Rios. 5. As Areas de Relevante Interesse de Conservagao Ambiental para fins especiais visam em particular a) A conservagio de espagos verdes em areas urba- nas, urbanizadas e de expansio urbana; b) A conservagio de paisagens de valor esttico; ©) A protecgao de valores culturais, inchuindo histéri- 0s, nacionais € locais, @) A protecgao de objectos € locais estratésicos de interesse economico ou militar. 6. Cabe a0 Executive assesurar que nosplanos de desen- volvimento urbanistico sejam reservadas ou thes sejam edicadas 20% de superficie a urivanizar, para espagos ver des, em especial para conservagao da biodiversidade wbans, 7. Tratandlo-se de areas em urbanizagao ou sob requali- ficagao urbana, os raos competentes devem asscgurar, no ‘Ambito dos respectivos planos de crdenamento, a realizagio de auiditorias para o estabelecimento de éreas reservadas de ‘f6 20% da respectiva superficie, para os espacos referidos no nimero anterior 8 Cabe no Executive assegurar que nos Planos de Desenvolvimento Florestal ¢ Agrario sejam reservados ot dedicados 20% de superficie a explorar como Areas de Conservagio da Biodiversidade. ARTIGO 21 (Areas Contiguas) 1. A Area Contigua tem o estatuto de Reserva Natural Parcial, devendo este ficar assim definida nos termos do diploma de criagio ou de reclassificagio da Area de Conservagto Ambiental que circunda ¢ a comrespon- dente integragiio na Categoria I das Areas de Conservagio Ambiental I SERIE -N¢ 50 —DE 16 DE ABRIL DE 2020 2568 2. 0 diploma referido no mimero anterior deve def- i quais as actividades provbidas na Area Contigua a cada Area de Conservagio Ambiental, bem como o seu limite eogrifico 3. Os cidaddios residentes nas Areas Contiguas dever respeitar 0 seu regime juridico € colaborar nas actividades que visam a realizagao dos objectivos de zoncamento da frea de conservagio em causa 4.0 Estado deve promover a patticipago dos cidadas residentes nas Areas Contiguas, bem como das comunidacles rurais ¢ empresas que ai realizem actividades econémicas, na implementagio de medidas de protec¢ao da area em causa, em especial adoptando incentivos para que se abstenham do exercicio de actividades nocivas A realizagio dos objectivos da Area de Conservacio Ambiental em causa 5. As dgnas marinhas ¢ continentais, ineluindo as fozes dos rios, estudrios e inhas de costas, que constituem limi- tes geourificos de uma Area de Conservacio Ambiental ‘Tarestres tém 0 correspondente estatuto dessas Areas de Conservagio Ambiental, salvo se diploma especial sobre Areas de Conservagto Ambiental Aquaticas Ihes atribuir um estatuto divetso, com maior grat de protecgio, ineluindo 4 definigao da sua integragao mama das categorias ou na excep gio estabelecida no artigo 9° secgAory Cringe Gestao das Areas de Conservngao Ambiental ARTIGO 21° (Cringe de Areas de Consee vas Asiental) 1. As Areas de Conservagio Ambiental sio eriadas pot lei que deve indicar a sua delimitagao geourifica, categoria, bbem como as finalidades da sa criagao, 2. A proposta de ctiagio das Areas de Conservacio Ambiental € acompantiada do respective relatsrio cientifico, 3.A criagao de Area de Conservagao Ambiental deve ser antecedida de consulta piblica 4. As Areas de Conservagio Ambiental existentes antes da independéncia do Pais so reconhecidas pela presente Lei, assim como os limites estabelecidos na sua criagio. 5. Sem prejuizo do exposto no ntimero anterior, as Areas de Conservagao Ambiental criadas antes da indepenclencia do Pats devem ser sujctas a reavalincio dos seas limites ARTIGO (Daminto das Aveas de Conservagso Abs ea) 1. As Areas de Conservayio Ambiental integram o domi- ni piblico. 2. Dadas as suas finalidades de conservagao de longo: prazo, ns Areas de Conservagio Ambiental 6 podem se desafectadas do dominio piblico por le, independentemente do orgdo competente para a sua constituigao. 3. As Areas de Conservagaio Ambiental podem estar sob administragao directa ou indirecta de éraaos daAdministrarao Central ou Local do Estado, ou da Acminstragio Autirquica, nos terms defiidosno se diploma de erica. 4. A prestago de servigos nas Areas de Conservaao Ambiental esta sujeita ao pagamento de taxas, salvo no caso de prestagao de servigos para fins de educagao ¢ formacao. 5. A administragdo de Arcas de Conservagio Ambiental obelecea um plano de gestao. ARTIGO28° Ctstramento de set stntivel das Area de Cases Ambiental) Sto instrumentos de gestio sustentavel das Areas de Conservagao Ambiental, a regulamentar, os seguintes:

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