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NADIA N VIANIV feira, 8 de Outubro de 2004 1 Série — N° 81 PEDIID DA A REPUBLICA NGO. ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Preco deste nimero — Kz: 480,00 “Ta a corespondincia, quer fei quer ‘ASSINATURAS: (prego de cada links pubicada nos Dios relaiva a andncio © asinaturas do «Diino da ‘Ano | da Reps 1" 6 2* sites éde Kz: 75.00 para a " As es sri Kx: 30075000] 3° série Ke: 95.00, acrevido do respectivo Repibican. deve ser dirigida & Imprensa| Nye fe 18875000] ropes dy sco depena v pete Nacional —B. Pm Luanda, Cana Poul 1206 | 4 2° sie Ke: 96 25000] "wie ue depisto previo a ceetae na Tetra End Teg: imprensan AB sie Ke: _ 7500000] ada imprensa Nacional — EP. SUPLEMENTO IMPRENSA NACIONAL-EP. Rua Henrique de Carvalho n° 2 Caixa Postal n° 1306 CIRCULAR Excelentissimos Senhores: Havendo necessidade de se evitarem os inconvenientes que resultam para os nossos servigos do facto das respec- tivas assinaturas no Didrio da Reptiblica no serem feitas com a devida oportunidade, Para que nao haja interrupgao no tornecimento do Didirio da Reptiblica aos estimados clientes, temos a honra de informé-los que estdo abertas a partir desta data até 15 de Dezembro de 2004 as respectivas assinaturas para o ano de 2005 pelo que deverdo providenciar a regularizagio dos seus pagamentos junto dos nossos servigos. 1. Os pregos das assinaturas do Didrio da Reptblica, no territ6rio nacional passam a ser os seguintes: As 3 séries Kz: 365 750,00 1! série Kz: 214 750,00 22 série... Kz: 112 250,00 Be StI sn . Kz: 87,000.00 2, As assinaturas serdo feitas apenas no regime anual 3. Aos pregos mencionados no n.° | acrescer-se-4 um valor adicional para portes de correio por via normal das trés séries, para todo o ano, no valor de Kz: 65 750,00 que poderd sofrer eventuais alteragdes em fungi da flutuagio das taxac a praticar pela Empresa Nacional de Correios de ‘Angola, E.P. no ano de 2005. Os clientes que optarem pela recepgio das suas assinaturas através do correio deverdo indicar o seu enderego completo, incluindo a Caixa Postal, a fim de se evitarem atrasos na sua entrega, devoluglo ou extravio. Observagaes. a) estes precos poderio ser alterados se houver uma desvalorisacéo da moeda nacional, numa pro- porcdo superior @ base que determinou 0 sew cdileulo: b) as assinaruras que Jorem feitas depois de 15 de Dezembro de 2004 sofrerio um acréscimo de uma taxa correspondente a 15%; 6) aos organismos do Estado que no regularizem os seus pagamentos até 15 de Dezembro do ano em curso nao thes serdo concedidas a crédito as assinaruras do Diérin da Repiiblica para o ano de 2005; d) aos Governos Provinciais que fizerem mais de 10 assinaturas das 3 séries faremos um desconta de 25% sobre o valor dos portes de correio. Neen a SUMARIO Assembleia Nacional Lei ns 6-A/04: Lei dos Recursos Rialigions Aquiticos ‘ASSEMBLEIA NACIONAL Let ns 6-404 de 8 de Outubro {As politicas de conservagio e renovagio sustentével dos recursos biolgicos aquéticos exigem do Estado a adopgio cde medidas reguladoras adequadas para 0 acesso ao seu uso ¢ exploragao de modo responsavel. As caracteristicas dos 1928(2) recursos biolégicos aqudticos. no actual contexto de desenvolvimento social ¢ econémico de Angola, aconse- tham a adopgio dessas medidas, em especial de ordena roieeg@u um recursus, de modo a de pescas © do coneretizar a integracdo da pesca nas dguas marftimas € continentais. Com a aprovagao da Lei n.° 20/92, de 14 de Agosto - Lei das Pescas - procurou-se harmonizar a legislagio entio disper fea predominancia de normas relacionadas com as actividades piscatérias, por um lado €, por outro, de consagragdo de disposigdes de instrumentos internacionais de que Angola Passou entdo a fazer parte, em especial a Convengio das Nagées Unidas sobre o Direito do Mar. sobre a pesea em dguas maritimas, com pat No entanto, as normas sobre a pesca em guas conti nentais e sobre a aquicultura, mantiveram-se dispersas em vério§ diplomas reguladores de outras matérias, para além de terem vindo a revelar-se cada vez mais desactualizadas Comtude, ica e teenekigica das dities anos € a adopgio de novos instrumentos juridicos, tanto a nivel internacional como nacional, sobre matérias relativas @ recursos naturais, ambiente e pescas, foi evidenciando um certo grau de desajustamento da legislagiio sobre os regimes de uso ¢ exploragdo sustentavel e responsiivel dos recursos bioldgicos aquiticos. O novo contexto que passou a Caracterizar as pescas € a gestio dos recursos biolégicos aquiticos, aconselha a adopgao de legislagio que, além de definir o regime das actividades relacionadas com recursos bioldgicos aquiticos a montante ea jusante, dé particular Enfase aos direitos que incidem sobre os recursos explo- raveis, com a preocupagio primeira de satisfagio das necessidades bisicas das populagdes e de desenvolvimento -econdmico do Pais Os desajustamentos atras referidos obrigaram também 0s 6rgiios competentes do Estado @ adopgio casuistica de solugdes juridicas exigidas pelas circunstancias, originando uma dispersao de normas cuja harmonizagio e desenvolvi- ‘mento se torna hoje um imperativo do Estado, no quadro das suas obrigagbes constitucionais de proteegio © preser- vagdo dos recursos naturais e de promogo do desenvalvi- ‘mento, objectivo que se procura aleangar com a presente lei. A presente lei estabelece os prinefpios e objectivos a que deve obedecer 0 uso e exploragio dos recursos bioldgicos aquiticos, os principios ¢ regras reguladores do ordena- mento de pescas € da concessio de direitos de pesca, os princfpios regras especiais de protecgao dos recursos biolégicos e ecossistemas aquiticos. as regras relativas a embarcagées e portos de pesca, bem como as normas reguladoras da investigacto cientifica € da monitorizagao relativa aos recursos bioldgicos aquéticos. DIARIO DA REPUBLICA A presente lei regula ainds o licenciamento de estabele- cimentos de processamento € venda de pescado e produtos da pesca, bem como das actividades de aquicultura A presente lei estabelece também algumas das condi- ies necessiriay a eficdcia dos regimes nela previstos, em especial © sistema de drgios de controle e gestae de Fecursos bioldgivos aguiticos, bem como as regras sobre a fiscalizagio das actividades nela reguladas. Por fim, a presente lei prevé como infracges as acgBes ou omissdes que possam causar danos aos recursos biol6- gicos € ecossistemas aquiticos ou que contrariem algumas das suas disposigdes ¢ estabelece os mecanismos proces- is para instrugdo e julgamento desses infraegives. Nestes termos, ao abrigo da alines b) do artigo 88." da Lei Constitucional. a Assembleia Nacional aprova a seguinte: Lei dos Recursos iologicos Aquaticos ‘TITULO 1 Disposigies Gerai CAPITULO I Do Objecto, Finalidades e Principios ARTIGO. 1 (Dertnigies) Para efeitos da presente lei e seus regul se por, 1. «Actividades conexas da pesean. todas as actividades relacionadas com a exploragiio de recursos biol6gicos ‘aquiiticos € inclui, em especial. o processamento, o armaze- hamento, 0 transporte € a comerciatizagdo do pescado efou dos produtos derivados de pescado. bem como a aquicut- tra, 2. «Aeronave>, todo 0 aparelho que pode sustentar-se circular na atmosfera, mediante reacgdes de ar que ndo sejam as reacgdes do mesmo contra a superficie terrestre. 3. «Aguas angolanas», as ‘iguas interiores, 0 mar territorial, a zona econémica exclusiva ¢ relativamente as espécies sedentérias. a plataforma continental, bem como as dguas continentais, tal como definidas na | 4, «Aguas continentais», todas as Sguas que constitiem parte do ciclo hidrol6gico nacional nao inclufdas nis interiores ¢ reguladas na Lei n.* 6/02, de 21 de Junho. 1 SERIE — N* 81 — DE 8 DE OUTUBRO DE 2004 5. «Aguas interiores», as dguas situadas no interior da linha de base a partir da qual se mede a largura do mar territorial nos termos do artigo 4.° da Lei n.° 21/92, de 28 de Agosto - Lei Sobre as Aguas interiores, o Nar Terrivoriai € a Zona Econdmica Exclusiva. 6. «Alto mar», as partes do mar para além da jurisdigdo, de um Estado, 7. «Aquicultura», todas as actividades, incluindo. a reprodugaio. 0 crescimento, a manutengéio e o melhoramento de espécies aquiticas, nomeadamente peixes, moluscos, crusticeos ¢ plantas aquiticas, destinadas a produzir. em regime de cativeiro ou em reas restrtas, processar e ercializar recursos bioligivos aqudticos dus dguas doces. salobras ou salgadas 8. «Area de proteccdem, uma drea reservada para a preservagdo ¢ protecedo de elementos do patriménio natural ‘© cultural singificatives ¢ para uso cientifico, educative & reereative que inclui ay reservas naturais integrain aqua ticas, o¥ parques nacionais agusticos, as reservas naturals quaticas, as reservas parciais € 0s monumentos naturas, 9. «Armador», qualquer pessoa singular ou colectiva que exerca actividade, explore navios de pesca préprios on de terceiros como afretador a tempo ou em casco nu, com ‘ou sem opgdo de compra ou como locatirio ou ainda aquele que no seu priprio interesse proceda ao armamento do navio. 10. wArrais de Pesca, o tripulante (inscrito maritimo) da classe ou escaldo de mestranga constante da matricula como responsével pelo Governo de uma embarcagdo de pesca local de qualquer tonelagem ou de pesca costeira até 35 TAB (tonelagem de arqueagio bruta). 11. «Ante de pesca», todo 0 aparelho, rede, utensilio, instrumento ou equipamento utilizado na pes 12. «Barco faibrica», embatcagio a bordo da qual 0 pescado sofre uma ou mais operagdes de filetagem, corte, esfola, picadura, congelagao e transformacao, seguidas de embalagem. 13. «Capacidade de pesca excessiva», a capacidade de captura de recursos biol6gicos aquiéticos superior a0 nivel das capturas autorizadas ou sustentdveis. 14, «Capito», 0 tripulante (inscrito maritimo) da classe de oficiais constante da matricula com a responsabilidade pela embarcagao. 1928(3) 15, «Captura», a recolha, extracgio, remogao ou colheita ou sua tentativa, de qualquer recurso biol aquitico. 16. «Cuptura acessérian, qualquer recurso biolégico aquitico que. por efeito téenico ou tecnoligico da arte de pesca, € capturado involuntariamente no acto de pesca de espicies a que se refere o esforgo de pesca 17. «Captura total admissivel> ou «TAC», a quantidade limite de uma dada espécie ou sub-espécie de recursos bioligicos aquiticos que pode ser capturada num dado periodo de tempo sem par em perigo a conservaydo © a renovagio sustentivel do recurso. 18. «Centificado de pesca», 0 documento, emitide ou reconhecido pelo Ministério competente que autorize, nos laglo em vigor e dos instrumentos interna- cionais pertinentes. 0 seu portador a utilizar a embareagao a que se refere para os fins nele previstos. 19, «Concessiio de direitos de pesca», 0 acto adminis- trativo do érgio competente da Administragio do Estado mediante o qual uma pessoa passa a ser titular de direitos de acesso a0 uso € exploragdo de recursos biolégicos aqudé- tices. 20, «Convengio de Direito do Mar». a Convengio das Nagies Unidas sobre 0 Direito do Mur, de 1982, aprovada pela Resolugio n* 18/90 (AP). a Convengio das Nagoes Unidas sobre a Diversidade Biol6- gica, aprovada pela Resolugdo n.° 23/97 (AN). «Convengaa sobre a Diversidade Bioldgica. 3 «Direitos de pesca», 0 direito de capturar © comercializar recursos bioldgicos aquiticos, incluindo 0 direito de exercer actividades de pesca. 23, «Diversidade bioldgica», a variubilidade entre orga- rismos vivos de todas as origens, incluindo, entre outros. os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquiticos e os complexos ecolégicos dos quais fazem parte, compreende a diversidade dentro de cada espécie (diversi- dade genética), entre as espécies € dos evossistemas. 24. «Ecossistema aqudtico partithadon, um ecossistema aquatico com fronteiras fisicas definiveis, parte do qual se encontra gengraficamente localizado dentro de mais de um Estado. 25, «Heassistema aqudtico», qualquer proceso com- plexo dindmico de comunidades vegetais, animais e micro- 1928(4) que interage como uma unidade funcional. 26. «Embarcacdo». engenho ou meio flutuante, dest nado a navegagio por 4gua, incluindo hovercratt 27. «Embarcagao de pesca», qualquer embarcagio que seja utilizada, esteja equipada para ser utilizada ou seja de um tipo normaimente utilizado na pesca ou em actividades conexas de pesca e compreende todos os seus equipa- mentos. incluindo as artes de pesca. 28. «Embarcacdo de pesca estrangeira», uma embar- cacao registada num pats estrangeiro ao abrigo da legisla- 0 aplicavel nesse Pats 29, «témbarcacao de pesca angolana», uma embarcacao de petca registada em Angola que: @) seja propriedade plena ou sobre a qual uma ou mais pessoas angolanas exergam poderes: de controlo; -organismos ¢ seu ambiente no vivo aquitico ou ribeirinho DIARIO DA REPUBLICA 32. uspécies altamente migratsrias». espécies que migram sazonalmente de uma zona ecokigica para outra, 33, «Espécies ameacadas de extingdo», espécies que no esto em extingdo mas enfrentam um risco elevado de extingdo no seu ambiente natural num futuro préximo & inclui as espécies cujos nimeros se tenham reduzido drasticamente a um nivel critico ou cujos habitaty tenham sido degradados de forma dristica pondo em perigo a sobrevivéncia da espécie. 34. «Espécies em extingdom, espécies que entrentar um riseo extremamente elevado ¢ eminente de extingdo no seu ambiente natural 35. «spécies exdticas», as espécies que no sio indi genay ou endémicas numa drea espe 36, aE spécies protegidas», expécies que, por qualquer razio, em especial se raras, em extingio, ameagadas de extingao ou de qualquer modo em perigo de nao renovagio sustentvel, esto sujeitay a um regime de protec Jesteja registada na Capitania do Porto e em Conser- vat6ria de Registo Comercial de Angola. 30. «Empresa angolana»: constitufdas nos termos 14) as sociedades comerc da legislagao em vigor cuja maioria de capital elou dos direitos de voto seja detida por pessoas singulares ou colectivas angolanas € onde, ainda, estas exergam um controlo efectivo da sociedade; 'b) as cooperativas em que a maioria dos s6cios seja constituida por cidadaos angolanos: ¢) 0s empreendimentos familiares de cida angolanos com lagos de parentesco ou afini- dade, sob a forma de sociedades ou de estabele- cimentos em nome individual; 4) as organizagées econémicas comunitérias locais (tradicionais), qualquer que seja a forma de associagdo, regidas pelo direito consuetudinario, da comunidade em causa. Jos 31. «Esforco de pesca», o nivel de actividades de pesca desenvolvido relativamente a uma dada especie, tal como vier a ser definido em termos de ordenamento de pescas, nomeadamente o nimero de embarcagies de pesca, 0 niimero de pescadores, a quantidade € tipo das artes de pesca ¢ 0 tempo dispendido na pesca ou a procura dos recursos para fins de pesca. 37. «bistabelecimento de processamento», um veiculo, em especial uma embarcagdo, instalagdes em terra ou local onde qualquer substincia ou artigo seja produzido a partic de pescado, por qualquer método, incluindo © corte, desmembramento, sepuragio de partes, Timpeza, escolha, alinhamento e conservaydo de pescado e seus derivados ou ‘onde esses produtos sao enlatados, embalado limpos, salgados, gelados, refrigerados ou processados de outra forma, para venda por grosso ou a retalho, secos, 38, , a Ongunizagao das Nagdes Unidas para a Alimentagdo e Agricultura 39, «Fiscaliza das actividades relacionadas com os recursos bioldgicos aquiticos com vista a garantir 0 cumprimento da legislagao aplicdvel, bem como das correspondentes medidas de gestio. fo», a inspecgao, supervisdo e vigilincia 40. alnstituto de Investigagdo Especializado», 0 6rgio auténomo de investigagio marinha ¢ aqudtica integrado no Ministério competente. 41, «lnstrumentan, relativamente & pesea. qualquer equ pamento, acessério ou outro objecto que possa ser utilizado na pesca, incluindo mas nao estando limitado a qualquer rede, corda, linha, flutuador, armadilha, anzol, gancho, aero- nave, barco ou aeronave transportada a bordo de uma embar- cacao, aeronave ou outra embareacao, 1 SERIE — N° 81 — DE 8 DE OUTUBRO DE 2004 42, «dnstrumento de observagiiom, um instrumento ou ‘miiquina colocado a bordo de uma embarcagao de pesea nos termos da presente lei e que transmite, em conjugagio com ‘outras miquinas ou isolado, informagio sobre os dados relativos a posigdo e as actividades de pesca da embarcagio. 43. «Inreressudos, qualquer pessoa singular ou colec- tiva, formal ou informal, cujoy interesses sao materialmente tados. directa ou indirectamente, pelas actividades pre- vistas na presente lei ak 44.«Mamifero marinho», qualquer elemento das catego- riay taxonémicas Siréneos, Ceticea ou Pinipedes. 45, «Manancial» ou stock», as populagdes de um deter- minado grupo de espécies aquiticas, incluindo espécies. migrat6rias, que constituem uma unidade reprodutiva coe- rene, 46. «Manancial de recurso partilhaden ow «recursos partithados». os ecossistemas aquaticos elou populagies de um determinado grupo de espécies aquiticas, incluindo espé- ccies migratérias, que constituem uma unidade reprodutiva ccoerente, que se estendem pelas areas de jurisdigio de varios Estados. 47. «MARPOL 73/78», Convengao Internacional para a Prevencio da Poluigdo por Navios de 1973 e seu Protocolo de 1978, aprovados pela Resolugdo n° 41/01 (AN). 48, «Mestre Costeiro Pescador», 0 triputante (inscrito maritimo) da classe ou escalao de mestranga constante da matricula como responsivel de uma embarcacio até 250 TAB (tonelagem de arqueacao bruta). 49. «Ministério competenten, 0 Srgio da administragio Paiblica que superintende as actividades relativas a recursos biolSgicos aquéticos, em especial a pesca na Zona Econd- mica Exclusiva € nas aguas continentais, 50. «Mfinistro competente».o membro do Governo respon- sdvel pelo érgio da administragao pablica que superintende a actividades relativay a recursos biokgicos aqudticos, em especial a pesca na Zona Econdmica Exclu- sivae nas éguas continenta 51, «Monitorizagion, a recolha, compilagao, andlise € prestagdo de dados e informagées sobre pesca ¢ actividades conexas, incluindo sobre tratamento € comercializagio de pescado, aquicuttura e condigdes higieno-sanitérias de pes- cado e dos produtos da pesca 52. «Observador cientifico», técnico ou investigador cientifico, devidamente autorizado a realizar observagées ciemtificas ou outras fungdies similares. em especial a bordo de uma embarcagio de pesca. 9288) 53, «Ordenamento de pescas», 0 conjunto de medidas de natureza legal ¢ administrativa especiticas destinadas a assegurar a ulilizagdo racional, auto-renovagio e sustenta- bilidade dos recursos bioldgicos aquiticos, 54, «Pesca, a tentativa, a preparagio para a actividade ou a actividade efectiva de captura, apanha, remog2o, reco- Jha ou colheita, por qualquer processo, de recursos biols- gicos aquiticos tat como definidos no n° 73 deste artigo incluindo © transbordo € 4) a colocagau ou manutengdo de instrumentos de pesca nay dguas angolanas ou a sua utilizagdo na orla costeira ou em margens de éguas conti- nentais: +b) a realizado de qualquer actividade da qual seja razodivel esperar-se que resulte a localizagao ou captura de recursos biolégicos aquéticos: ©) a realizagao de qualquer operagio de preparagio de captura ou das actividades mencionadas nas 55. «Pesca artesanab, a actividade de pesca que é efectuada com embarcagdes até 14m de comprimento total, inclusive e propulsionada a remos, a vela ou por motores fora de bordo ou interiores. utilizando raramente gelo para conser vagio € fazendo uso de artes de pesea como linhas de mao € redes de cerco e emalhar. 56. «Pesca de imestigaedo cientifica,a que é realizada para fins cientificos, 57. Pesca cde subsisténcian,signitica a actividades de pesca ‘em que © pescador pesca regularmente para o consumo pro- prio e de sua familia e apenas esporadicamente comercializa a produgio excedentiria 58, «Pesca industrial», aquela que € realizada com embarcagdies com mais de 20m de comprimento total, propul- sionadas a motor, utilizando em regra congelagio ou outros métodos de processamento bordo e usando meios mecd- rnicos de pesca e envolve. em geral, grandes investimentos métodos tecnologicamente avangados de pesca visando a captura de espécies especificas de alto valor comercial ou de grandes quantidades de pescado de valor inferior, desti- nadas ao consumo ou processamento no mercado nacional ou internacional, 59, «Pesca recreativa», aquela que é praticada para fins de recreagio ou de competigies desportivas. no tendo fim lucrativo. 60. «Pesca semi-industrial», aquela que & realizada com embarcagdes até 20m, inclusive, de comprimento total. propulsionadas por motor interior e utilizando, em regra, 1928(6) gelo para conservagio do pescado. usando artes de palangre ‘ou finha de mao, emalhe de fundo ¢ também arrasto mecd- nico, eereo e outras, 61. «Pesca sustentaveln, as actividades de pesca que podem ser realizadas a longo prazo a um nivel aceitivel de produtividade biol6gica e econdni goes ecoldgicas que prejudiquem a satisfaydo das necessi dades das geragies futuras. \usarem altera- sem 62. «Pescado», qualquer recurso biolSgico aquitico ou parte dele, capturado durante & pese 63. «Pescaria», um ou mais conjuntos de populagdes de uma expécie (ou especies) de um dado recurso bioks aquitico que possa ser tratado como uma unidade para efei- tos de gestio, conservagdo e aproveitamento econdmice. 64. «Pessoa angolana ‘a-um cidadio angolano, nos termos da fei dit Nacive nalidades ) uma empresa angolana nos termos definidos no ne 30 deste artigo; €) qualquer outra pessoa colectiva constitufda maio- rita tivay angokinas € onde estas exergam um con- mente por pessoas singulares ou colec- trolo efectivo da pessoa cotectiva. 65. «Poluigdo>. a deposigao no ambiente de matérias sélidus, fluidos e gases, bem como a emissio de ruidos. de tal modo ¢ em quantidades tais que o afectem ne; mente. 66. «Porta de basen. © porto & partir do qual uma 10 de pesca desenvolve a maior parte das suas actividades de pesca e de descarga, sem preiuizo do seu porto de registo e para as embarcagies estrangeiras. 0 porto com o qual a embareaga0 mantém uma pos ‘ dominante. embare: 67. «Porto de pesca», um porto com areas destinadas a actividades de descarga, manuseamento, exposigio, vend, acondicionamento com gelo, armazenamento frigoritico, despacho comum de produtos de pesca de embarcagdes de pesca, como tal declarado nos termos da presente lei, seus regulamentas e demais legislagao aplicdvel. 68. «Principio da_precaugdon, a obrigatoriedade de adopcio de medidas de prevengdo relativas a conservagio, Bestio & exploragdo de recursos biolégicos aquéticos e/ou dos ecossistemas aquéticos no caso de incerteza, auséncia de fiabitidade ou imprecisdo da informacio pertinente. _DIARIO_ DA REPUBLICA 69. «Principio do poluidor pagadors, & responsabi- lidade pelo custo de medidas de prevengao. controle € da poluigio por parte das pessoas singulares ‘ou colvetivas que exergam actividades causadoras de poluigao. 70. «Produto da pescaro pescado ou qualquer produto, sob forma transformada ou nao. que derive total ou parcial mente de um ou mais recursos biokigicos aquiticos. 71, «Proprietiio da embarcagiio~.a pessoa ou pessoas no nome da qual ou das quais a embareagio est matricu- lada ou no caso de auséncia de matricula, a pessoa ou pes- soas das quais a embarcagaa € propriedade, 72. «Quota. uma parte percentual de caplura total admis sivel que pode ser capturada pelo titular de direitos de pesca ow por um grupo de titulares de direitos de pesca. relat vamente a um determinado recurso biokigico aqustico. 73. eRecursos bioldgieos aqui mos bisiticas de ecossistemas aquaticos. ineluindo os recur- cos», todos os organis- sos gendticos. organismos € suis pal cial oy maméferas ag ticos, anfibios, peixes, equinodermes, cru: wes, popullagses. em espe- rticos.répteis aquiticos. pissaros aqui moluscos. corais, algas € plantas agua cas, bem como micro-organis- 74. «Rede», um odjecto constituide por corda, cordel, barbante ou outro material enredado ou tecido em mathas. através do qual se pode capturar recursos biolégicus aquitices 75. «Ribeirinhan, margem ou qualquer zona em terra firme adjacente a dguas continentais. 76, «SADC». a Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral 71. «Seguranga alinentar», situagan em que todas its pessoas 18m, em qualquer momento, avesso fisico € econd- mico a alimentos indcuos ¢ nutritivos para satistuzer as suas nevessidades alimentares a fim de terem uma vida activa e sa 78, «Taxa de pesca» ou ssoyalty>, 0 montante a ser pago anualmente ao Estado pelos titulares de direitos de pesca rnos termos da presente lei € seus regulamentos; 79. «Tecnologias ambientalmente apropriadas», as técnicas e tecnologias capazes de reducirem a degradagao do ambiente, em especial*mediante processos ¢ materiais que geram substancias potencialmente menos prejudiciais, ‘205 recursos nuturais © ao ambiente, recuperam essas subs- tncias das fontes de emissdes antes das descargas, ou utili- zam ou reciclam residuos. SERIE — No 81 — DE 8 DE OUTUBRO DE 2004 80. «Tranvhordom, a descarga de todos ou quaisquer recursos aguiticos a bordy de uma embarcagao de pesca para uma outra embarcayae de pesca ou para uma embar- ‘cagdo de carga, sem que us produtos tenhum sido registados pela autoridade portuiria de pesca. 81

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