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ESCOTEC - FORMACAO PROFISSIONAL S/C LTDA. istema __ de direcao A posigao do volante de dlreggo nos automévels atuals 6 condicionada por estudos ergonémicos bastante completos a fim de obter o melhor compromiso entre seguranca, facilidade de manejo e conforto. Um bom exemplo dese tipo de estudos 6 0 sistema adotado pelo SAAB 900. ESCOTEC - FORMACAO PROFISSIONAL S/C LTDA. Apresentagdo ....csccsssssscsssseeesnee Geometria da Diregao Desmultiplicagdo ¢ Esforgo de Gio «2... Componentes da Diregao ... Dispositivos de Diregiio ... Setor e Sem Fim Definigao ..... Batentes ..... Pinhdo ¢ Cremalheira Principios de Funcionamento .... Servigo e Avarias da Diregdo a Rosca Sem Fim .. Lubrificagao ..... Regulagem no Veiculo «ce. Servigo ¢ Avarias da Diregao a Cremalheira Lubrificagao .. Regulagem do Mecanismo no Veiculo ........ceseeseeee ESCOTEC - FORMACAO PROFISSIONAL S/C LTDA. O dispositivo de diregao tem por objetivo guiar 0 automével ao longo da trajetéria, Atualmente utilizam-se sobretudo dois tipos basicos de mecanismos de diregao: por rosca sem-fim e por cremalheira. O mecanismo tem 0 objetivo de transformar 0 movimento de giro do volante em um ngulo de giro dos eixos portadores das rodas diretrizes do veiculo GEOMETRIA DA DIRECAO O sistema de diregiio de todo automével baseia-se no principio ideal de que todas as rodas do veiculo devem ter 0 mesmo centro instantdneo de rotagdo. O que significa que os prolongamentos dos eixos de cada uma das rodas devem cruzar-se em um mesmo ponto, que deve ser justamente o centro instantaneo de rotagao. ‘consiste em fazer com. I que as bielas (1), que se ‘encontram unidas &ba- rra de acoplamento (2), se cruzem nas proximi- dades do centro doeixo traseio. Pag, OF ESCOTEC - FORMACAO PROFISSIONAL S/C LTD. Quando 0 veiculo descreve uma curva, as rodas diretrizes nao podem, contudo, permanecer paralelas, pois se assim fosse descreveriam trajetorias com diferentes centro instanténeo de rotago, uma vez que por terem o mesmo raio de giro tenderiam a cruzar-se. A solugio Jeantaud estabelecida em 1.878 ¢ patenteada mais tarde por Ackermann resolve geometricamente esse problema dando uma ligeira inclinagao aos. bragos de conexdo dos pinos, de modo que seus prolongamentos se cruzem na proximidade do centro do eixo traseiro. ‘A adequada inclinagao das bielas permite que 0 Angulo descrito pela roda exterior 4 curva seja maior que o descrito pela interior, de forma que ambas as rodas descrevam circunferéncias com o mesmo centro instantaneo de rotagao. Pig, 02 ESCOTEC - FORMACAO PROFISSIONAL S/C LTDA. DESMULTIPLICAGAO E ESFORCO DE GIRO Chama-se desmultiplicago de uma diregio e relagdo de transmissdo do mecanismo que transforma 0 giro do volante em angulo de giro dos pinos das rodas diretrizes, ou seja, quantas mais voltas do volante forem necessérias para fazer a diregao girar de batente a batente - menor ser o esforgo necessério para girar o volante. E vice- versa, Na maioria dos carros atuais, a relago de transmissio da dirego, media em voltas do volante por giro total das rodas diretrizes de batente a batente, varia entre 3 ¢ 4 voltas. Em modelos com diregao assistida - ou hidraulica - essa cifra passa a situar-se em tomo de 3 voltas ou 3 voltas meia, embora haja casos em que chegue a 2,7 voltas. Valores ainda mais baixos so normais em modelos esportivos de competigao. O esforgo de acionamento da dirego nao deve superar o valor méximo de aproximadamente 25 kg aplicados sobre a periferia do aro do volante, Quando o esforgo de acionamento supera este valor limite, normalmente o veiculo requer uma dirego assistida O diametro minimo de giro nos carros atuais costuma situar-se em torno dos 10 metros para modelos pequenos e médios, e dos 11 a 11,5 para os de passeio de maior porte Sentido da marcha Eixo de giro {a roda (piv6) Mecanismo a diregto da diregto |, (© A angulo a menor que 0 a° Pag. 03 ESCOTEC - FORMACAO PROFISSIONAL S/C LTDA Em todo sistema de diregdo distinguem-se pelo menos quatro partes diferentes: volante, coluna, caixa e bragos de diregao e pino-mestre. * Volante de direcdo: Geralmente de forma circular - volante costuma ter um diametro entre 370 e 450 milimetros. Pode ter até quatro raios, que o unem a uma bucha central, apesar de os tipos mais difundidos serem os de dois ou os de trés raios. Atualmente, so muitos os automéveis que permitem variar a altura e¢ a inclinagao do volante segundo as condigées fisicas ou preferéncias do condutot. No Ford Scorpio o posicionamento do volante oferece miiltiplas solugdes, jé que pode ser deslocado tanto em sentido vertical quanto na dirego do eixo da coluna ESCOTEC - FORMACAO PROFISSIONAL S/C LTDA. * Coluna de direcdo: E um eixo de ago cuja fungao ¢ transmitir 0 giro do volante ao mecanismo de diregao. Os avangos em matéria de seguranga levaram hd alguns anos ao desenvolvimento de colunas de diregdo retrateis, ou entdo articuladas em dois ou mais pontos, tem a grande vantagem de que, em caso de colisdo frontal, 0 conjunto do volante da coluna de direg&o nAo se introduz no interior do habitéculo. Mecanismo Snt!-roubo de! travamento da coluna ‘Suporte de encaixe 2B caroce Rotula Sanfonas autolubrificada de vedagdo Biola 0 dlrogto Juntas card de acoplamento universal Sanfonas Pag, 05 ESCOTEC - FORMACAO PROFISSIONAL S/C LTDA. Em muitos modelos atuais a posig&o do volante é re- {uldvel mediante um siste- ma telescépico locallzado na primeira segto da co- una. No SAAB 900 acoluna mul- tlarticulada da dirego ga- rante 0 maximo de segu- ranga.em colis6es frontais, pe ‘conjunto do volante no ha- bitéculo, Pig, 06 * Caixa e bracos de diregdo: A coluna de diregao une-se mediante um acoplamento estriado ao mecanismo ou caixa de diregdo. Trata-se de um dispositive que transforma 0 movimento de rotagao da coluna de diregéo num movimento de deslocamento de um brago. 22 23.24 21 Componentes do conjunto da directo Tampa Coluna inferior Porca de fixacdo do volante Vedador Volante de diregio 5. Guarda pé | Bucha 5. Tirante e pino estérico Coluna superior Coita do pino estérico - Suporte 1. Porca . Parafuso. Articulagso Arruela lisa Coifa de articulacso Arruela de pressio |. Caixa de diregio Porca Cremalheira Parafuso com artuela Bracadeiras . Chapa trava Coxine Pag. 07 ESCOTEC - FORMACAO PROFISSIONAL S/C LTD: * Pinos-mestres: Sao 0s elementos sustentadores das rodas. Cada pino inclui uma maga ou eixo da roda. Com seus correspondentes rolamentos, uma biela de diregao um par de pivés que constituem o encaixe do pino com a suspensio. As caracteristicas dos pinos-mestres determinam os valores dos dngulos de alinhamento das rodas dianteiras ou geometria da diregdo suspensao do veiculo, fator fundamental, condicionante por sua vez qualidades de estabilidade de marcha e dirigibilidade do carro Angulo. de saida Eixo rigido Pig, 08 0 volante, a coluna e a caixa, ou mecanismo, constituem os tr6s elementos de todo sistema de diego. ESCOTEC - FORMACAO PROFISSIONAL S/C LTDA. SETOR E SEM-FIM O mecanismo de diregdo do tipo setor e sem-fim, também conhecido como mecanismo tipo Gemmer, foi desenvolvido no inicio da década de vinte por H. Marles, tendo sido os direitos de fabricagao adquiridos pela Gemmer Manufacturing, dos Estados Unidos, que passou a produzi-los por volta de 1.926. Este mecanismo é empregado em qualquer tipo de veiculo, pesado ou leve, porque apresenta uma grande desmultiplicagao de esforgos ao dirigir. DEFINICAO Ao girarmos @ volante, acionamos através da coluna de diregdo 0 eixo de entrada, fazendo com que a rosca sem-fim gire e acione o eixo de saida. Este tem acoplado a si um brago Pitman ou um brago de dirego que transmite aquele movimento 4s barras de diregaio que, por sua vez, transmitem-no as rodas do veiculo. Como na maior parte do tempo os veiculos se deslocam em linha reta, a parte central do sem-fim é a mais solicitada, observando-se ali um desgaste mais acentuado. Visando neutralizar esse efeito e proporcionar vida mais longa ao mecanismo, foi calculada e aplicada uma folga fora da linha de centro do rolete. ESCOTEC - FORMACAO PROFISSIONAL S/C LTDA. BATENTES Os mecanismos de diregdo TRW tipo Gemmer sao projetados com batentes internos na propria carcaga para limitar 0 curso do eixo e evitar 0 desengrenamento entre o rolete e o sem-fim. Esses batentes no so projetados para absorver os choques transmitidos pelas rodas, ou agir como batentes das rodas. E, portanto, necessério que o sistema de diregao do veiculo tenha batentes externos ao mecanismo. Pag, 11 ESCOTEC - FORMACAO PROFISSIONAL S/C LT! PINHAO E CREMALHEIRA Os mecanismos de diregao do tipo pinhao cremalheira tém proporcionado, aos usudrios, excelente dirigibilidade ha mais de duas décadas em todas as partes do mundo, Oferecendo grande flexibilidade de projeto, os mecanismos do tipo pinhao ¢ cremalheira podem ocupar as mais diversas posigdes entre as rodas dirigidas do veiculo, permitindo sempre alta eficiéncia na transmissao de esforgo com simplicidade e economia, requerendo baixa manutengao durante a vida iit do veiculo. PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO Os mecanismos de diregtio do tipo pinhdo e cremalheira sio compostos basicamente de trés itens: Conjunto pinhdo: haste com engrenagem, geralmente de dentes helicoidais. Pag. 12 ESCOTEC - FORMACAO PROFISSIONAL S/C LTDA. Crematheira: engrenagem em forma de barra dentada. Conjunto da carcaga: alojamento do par pinhio ¢ cremalheira engrenados. Pig. 13 ESCOTEC - FORMACAO PROFISSIONAL S/C LTDA. O movimento de rotagao, aplicado ao pinhao pelo esforgo do usuario através do volante, ¢ transmitido a cremalheira e nela transformado em movimento de translagao. Este movimento de translagdo da cremalheira e - consequentemente - do barramento faz. com que as rodas do veiculo virem. Pig. 14 ESCOTEC - FORMAGAO PROFISSIONAL 8/C LTDA. ervico @ avaria da dire ESCOTEC - FORMACAO PROFISSIONAL S/C LTD. LUBRIFICACGAO Para lubrificago do mecanismo, existem na carcaga um ou mais orificios, fechados por bujées tampdes. O orificio esta posicionado de modo a permitir ao lubrificante cobrir 0 sem- fim ¢ os mancais do eixo, sendo usado também como ponto de inspegao do nivel de dleo, Em mecanismo lubrificados com graxa, s6 pode ser feita a sua substituigao quando procedido o reparo do mecanismo. Se houver vazamento, recomenda-se substituir o zetentor ou a junta defeituosa e encher o mecanismo com o lubrificante indicado. Graxa: TERFAC EPOO (Cia. Paulista de Petroleo) PROFASA HDO (Petronasa S/A). EX 715 (ESSO) Oleo mineral 90 GP Pig, 16 ESCOTEC - FORMACAO PROFISSIONAL S/C LTD. REGULAGEM NO VEICULO Quando néo for possivel a regulagem do mecanismo em uma bancada, execute-a tomando-o maximo de cuidado para proceder corretamente, conforme as instrugdes abaixo: 1. Gire 0 volante até sua posigao central 2. Em seguida gire-o % de volta. 3, Solte a porca-trava do parafuso de ajuste. 4. Gire 0 parafuso de ajuste até que o eixo toque levemente o sem-fim. 5. Aperte a porca-trava mantendo o parafuso de ajuste na posigao obtida acima. 6. Retome o volante até a posiga0 central; 0 mecanismo nao deve emperrar Pig, 17 ervico @ avaria da direcao a cremalhetra ‘As diregdes a cremalheira, como o mat figura, que equipa o Ford Escort, embora s Jam conjuntos bastante seguros @ pouco ex ‘gentes em matéria de manuten¢So, req periodicamente, alguns cuidados. Pag. 18 ESCOTEC - FORMACAO PROFISSIONAL S/C LTDA. LUBRIFICACAO Os mecanismos de diregao ¢ as articulagdes axiais no requerem lubrificagao periddica, pois contam com lubrificagao permanente Os mecanismos sao lubrificados com graxa (exceto Fiat 147 até 1.984 - dleo) que s6 deve ser substituida e caso de reparo. REGULAGEM DO MECANISMO NO VE{CULO Devido a redugdo de tamanho dos veiculos atualmente produzidos, 0 espago Util para manutengaio dos mesmos tem se tomado cada vez menor. Porém, com paciéncia e ferramentas especiais, é possivel a regulagem do mecanismo da maioria deles sem remové-lo. Elba - Fiat 147 - Fiorino - Oggi - Panorama - Prémio - Sapzio - Uno. Devido a posigdo e ao sistema de montagem, os mecanismos destes veiculos no devem ser regulados instalados. Faga-o fora do carro, em uma bancada. Chevette - Chevy 500 - Marajé - Monza. Os mecanismos destes veiculos podem ser regulados no préprio carro. Instalados ou em bancada, os mecanismos destes veiculos podem ser reguladas da seguinte forma - Solte a contra - porca do bujtio - tampao. = Aperte 0 bujao até sentir 0 mecanismo preso na posig&o central da cremalheira. - Desenrosque o bujao - tampa entre 30 e 60° da posigao anterior. - Trave a contra - porca do tampio sem alterar a regulagem Pig. 19 Gol - Parati - Quantum - Santana - Saveiro - Voyage. Os mecanismos de diregao destes veiculos podem ser regulados instalados. Este é 0 procedimento: ~ Solte a contra - porca do parafuso de ajuste. - Aperte o parafiuso de ajuste até sentir o mecanismo preso na posigao central da cremalheira. - Desenrosque 0 parafuso de ajuste entre 30 e 60° da posigao anterior. - Trave a contra - porca sem alterar a regulagem. Obs.; antes de iniciar a regulagem do mecanismo no veiculo, as rodas devem ser posicionadas no sentido de linha reta PROBLEMAS FREQ' Folga do volante | * Caixa de diregdo desgastada. Para comprovar se a causa realmente é esta gire 0 volante quase ao fim de um dos lados e veja se a folga é menor. Se for, sem diivida a origem de falha provém do mecanis- mo da diregao. * Caixa de diregao com folga. E preciso apertar os parafusos que a prendem ao chassi. * Articulagées, rétulas e/ou mancais desgastados. Se- ria preciso trocé-los, o que seria facil nao fosse 0 problema de centramento e alinhamento da diregao. * Rolamentos dos cubos dianteiros das rodas desgas- tados: é preciso substitui-los. * Caixa de diregao mal ajustada. Pig. 20 Diregao pesada O carro tende a desviar-se para um lado * Pneumaticos com baixa pressao. * Caixa da diregao e articulagdes mal lubrificadas. * Articulagdes muito apertadas. * Bragos de suspensio, ou bragos de diregao tortos. * Excessivo angulo de caster. A diregdo deve ser ajustada conforme as especificagdes fornecidas pelo fatricante. * Pneumaticos calibrados de forma desigual. * Pneumaticos dianteiros desgastados de forma desigual * Convergéncia incorreta ou angulo de caster e cam- bagem diferentes em cada roda: A diregao deve ser alinhada. * Molas ou algum elemento eléstico de suspensao danificado: O mesmo efeito produzem as molas que 4 cederam. * Em caso de automéveis com freios a tambor nas quatro rodas, o defeito pode ser causado por um freio mal ajustado ou que tenha graxa em seus tam- bores. Para verificar se esta é a causa do problema, serd preciso remové-los. Pig, 21

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