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ABRINDO A CENA JO 20.30; 21.25 VERSICULO-CHAVE “Estes, porém, foram registrados para que voces creiam que Jesus é 0 Cristo, 0 Filho de Deus, e para que, crendo, tenham vida em seu nome.” Jo 20.31 ALVO DA LIGAO ‘Ao estudar esta ligao, vocé vai perceber o modo peculiar como o Evangelho de Joao testemunhou acerca do Verbo encarnado. LEITURA DA SEMANA SEG: Mt 4.12.22 QUI: Mc 9.2-8 TER: Mt 10.1-4 SEX: Le5.1-11 DOM: Jo 20.26-31 QUA: Mc 5.35-43 SAB: Le 22.7-13, {\ © examinar algumas literaturas que se propGem a explicar o Evangelho de Joo, leparamo-nos com 0 fascinio daqueles que experimentaram, com lucidez, a magnificéncia desse texto: ~ William Hendriksen escreveu: “O Evangelho de Joao € 0 livro mais maravilhoso ja escrito” (Comentario do NT Jodo, Cultura Cristi, p.13); ~ para Broadus David Hale, “nenhum outro livro levou tantas pessoas a Cristo e inspirou tantos a segui-lo e servi-lo” (Introdugao ao Estudo do Novo Testamento, Hagnos, p.135); ~ EE Bruce explica que “Joo conferiua méxima importancia a verdade eterna’ (Jp ~ Introdugao e Comentario, Vida Nova, p.24); ~ Joao Calvino costumava dizer que “este Evangelho é uma chave que abre a port para a compreensio dos outros, pois quem quiser entender o poder de Cristo, como aqui notavelmente retratado, prontamente desejard ler com proveito o que os outros relatam acerca do Redentor que se manifestou” (Comentario do Evangelho Segundo Joao, v.1, Fiel, p.27); ~ J.C. Ryle argumentou: “os assuntos que sio peculiares a esse evangelho esto entre as possesses mais preciosas da igreja de Cristo” (Meditagdes no Evangelho de Joao, vil, Fiel, p.5). Sem qualquer demérito aos demais livros da Biblia, que tém igual valor & piedade pois sao também inspirados pelo Altissimo, como literatura, o Evangelho de Joao é fascinante. Jodo demonstra ser uma pérola preciosa dqueles que contemplam em adoragéo JOAO a obra expiatéria de Jesus Cristo e desejam servir com exceléncia 0 Altissimo. PARA a 5 rises Hoag _ | VOCE i4 leu atentamente este livo pelo menos uma vez? Se vooé deseja saber mais sobre Jesus, este é o melhor ponto de partida. |. CARACTERISTICAS BASICAS 1. Autoria Embora anénimo, os estudiosos em geral atribuem a autoria deste livro ao apdstolo Joao, irmio de Tiago, filho de Zebedeu. Joao fazia parte do circulo intimo entre 0s se- guidores de Jesus (Mc 5.37; 9.2); foi testemunha ocular de Cristo (21.24; IJo 1.1-4) e comissionado para cuidar da mie de Jesus apés a crucificagao (19.25-27); aparece depois da ressurreicdo de Jesus com Pedro, em Jerusalém (At 3.1-11); foi encontrado ao lado de Pedro no Sinédrio (At 4.1-23), e depois foi enviado de Jerusalém a Samaria (At 8,14-25). E 0 mesmo Joao que recebeu a visio na ilha de Patmos (Ap 1.9) e autor de trés epistolas (1,2 e 3Jo%o). 2. Datagéo ; Assim como alguns outros livros da Biblia, é bastante dificil definir a datacao do ie gelho de Joao, Entretanto, é razoavel pensar que tanto o Evangelho como as pistols? o Apocalipse foram escritos proximo a década de 90 d,C., enquanto Joao se encontt exilado da ilha de Patmos (Ap 1.9). 3. Destinatarios B igualmente dificil definir com exatidao os destinatarios. £ provavel que Jo em mente o publico cristo que se encontrava na Asia Menor, mesmo destino im | vio tivess® das cartas do Apocalipse (Ap 2-3). O livro parece sugerir que 0 alvo de Joao era uma audiéncia mista (judeus e gentios), il. CONTEUDO E MENSAGEM Este evangelho tem caracteristica singulares em contraste com os sindticos. J.C. Ryle afirma que Joao “contém muitos fatos que os outros omitem, e omite muitos que os outros contém” (Meditagdes no Evangelho de Joao, v.1, Fiel, p.S). Exceto pelos fatos essen- ciais sobre ministério, morte e ressurreigao de Cristo, repetidos nos quatro evangelhos, Joao parece tentar resgatar e registrar uma série de informagées omitidas pelos outros evangelistas a fim de preservar com maior amplitude possivel a historia da redengao. E evidente que precisamos considerar a unidade geral dos textos: “Ele [Deus], pois, Prescreveu aos quatro evangelistas o que deveriam escrever, de tal modo que, embora cada um deles tivesse sua propria parte signada, o todo poderia ser coligido em um sé corpo; ¢ é nosso dever agora combinar os quatro por meio de uma relacao mitua, de modo que permitamos ser instruidos por todos eles, como por uma s6 boca” (Comen- tdrio do Evangelho Segundo Joao, v.1, Fiel, p.27 ). Sobre a singularidade do texto: “Aquele que viu isso dé testemunho, e o testemunho dele € verdadeiro. E ele sabe que diz a verdade, para que também voces creiam” (Jo 19.35), Po- demos dizer que, na mente de Joao, havia fatos da historia da redengao que, naquele momento, talvez sé ele soubesse. Dai a urgéncia e a necessidade de registrar tal teste- munho publico. Entretanto, mesmo com tamanha dedicagio, Joio percebeu que nao poderia registrar tudo o que sua mente guardava: “Na verdade, Jesus fez diante dos seus discipulos muitos outros sinais que néo estio escritos neste livro” (Jo 20.30); “HI, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem relatadas uma por uma, penso que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos” (Jo 21.25). Aobra de Joao nao traz apresentagao ou introdugio, mas é motivada por um objetivo — que os homens saibam que Cristo éa manifestacao visivel [encarnada] do Deus eterno (Jo 1.1-3) para salvagao de todo o que cré (Jo 20.31). Sobre o propésito literdrio, Cal- vino escreve: “cré-se que Jodo escreveu primordialmente com a intensio de defender a Deidade de Cristo, em oposi¢ao As impias blasfémias de Ebion e Cerinto. Isso é asseve- rado por Jeronimo em concordancia com a opiniao geral dos antigos” (Comentario do Evangelho Segundo Jodo, v.1, Fiel, p.27). Sao dois aspectos de um propésito: anunciar a boa-nova de salvagio e defender a divindade de Cristo, ambos para gloria de Deus. no, avalo quanto VOC8 do fat Say hn ogy, . Considerando 0 duplo aspocto do evangal al sobre Cristo sor 0 proprio Deus encarnado, Sugor sobre a {6 salvifica © PARA | satura do Jodo 9.96 @ Fillponses 2.5-11, Voc® entondo a Important HOJE doutrina? E capaz de defond6-la? lll. ESTRUTURA DO LIVRO Como jé foi visto no tépico anterior, o Evangelho de Joao possui caracteristicas prépy, edistintivas, tanto namensagem eno contetido quanto em sua estrutura textual, quangg comparado com os outros evangelhos. Isso ocorre em razio deserem autores. €crevendy com propésitos distintos, em épocas distintas, com perspectivas literdrias distintas Como proposta para o estudo desta revista, o Evangelho de Joao sera examinado em trés secGes maiores: + Parte I: Redengio em Cristo (caps. 1-12) + Parte Il: Retérica de Cristo (caps. 13-17) + Parte IlJ: Rejeicao a Cristo (caps. 18-21) Dentro de cada seco, o livro serd analisado em por¢des menores, respeitando os aspectos principais do pensamento do autor, seguindo uma metodologia expositiva do texto biblice em si e com contextualizagao para aplicagao aos dias atuais. Vejamos alguns destaques estruturais do livro: 1. Discursos e didiogos Somente o apéstolo Joao registrou quatro longos discursos: = opao davida (6.22-58); aluz do mundo (8.12-20); 0 bom pastor (10.1-18); cendculo (13-16). Além, é claro, de alguns importantes didlogos: — com os primeiros discipulos (1.35-$1); com Nicodemos (3.1-21); com a mulher samaritana (4.1-42); com o cego de nascenga (9.1-41); com a familia de Lézaro (11.17-44). 2. Figuras de linguagens Outro dado importante é que, diferente dos trés outros evangelhos, Jodo nio ret pardbolas narrativas, embora nao abra mao do uso de figuras de linguagem pa desenvolver seu raciocinio sobre Cristo e o Reino: ~ pastor (10.1-16); ladrao (10.1,10); escravo (8.34-35); trabalho a luz do dia (119) grdo de trigo (12.24); vinha (15.1-17); entre outras. 3 scoa O apéstolo Joao nitidamente enfatiza 0 ministério de Jesus realizado na Judeia — diferente da énfase dada pelos demais evangelistas, que frisaram a Galileia. Essa percepgao ocorre das mengées da festa da Pascoa em diferentes porgdes do texto. 4. Onumero sete ‘A maioria dos comentaristas de Joao destaca trés topicos que sao apresentados em numero de sete, sao eles: a. 0s sete sinais de Cristo - 4gua transformada em vinho (2.1-11); cura do filho do centuriao (4.46-54); cura do paralitico (5.1-9); multiplicagao dos pies e peixes (6.1-14); Jesus anda sobre o mar (6.16-21); cura do cego de nascenga (9.1-12); ressurreigao de Lazaro (11.1-46); b.05 sete testemunhos sobre Cristo — Joao Batista: “ele é 0 Filho de Deus” (1.34); André: “Achamos 0 Mesias!” (1.41); Natanael: “Mestre, o senhor é 0 Filho de Deus! O senhor o Rei de Israel!” (1.49); Pedro: “o senhor é 0 Santo de Deus” (6.69); Marta: “o senhor é 0 Cristo, 0 Fitho de Deus..” (11.27); Tomé: “Senhor meu e Deus meu!” (20.28); Joao: “Jesus é0 Cristo, o Filho de Deus” (20.31); cas sete reivindicagées de Cristo - “Eu sou 0 pao da vida" (6.35); “Eu sou a luz do mundo” (8.12); “Bu sou a porta” (10.7,9); “Bu sou o bom pastor” (10,11,14); “Eu sou a ressurreigo ¢ a vida” (11.28); “Eu sou 0 caminho, a verdade ea vida” (14.6); “Eu soua videira verdadeira” (15.1). Os elementos estruturais mencionados foram expostos para facilitar sua leitura e entendimento do texto. Uma boa dica 6 vocé ler um discurso ou um didlogo 30A0 PARA e examinar o desenvolvimento da narrativa de modo que soja possivel aplicar 0 Hove | ensino de Jesus naquela época a sua realidacle pessoal. Uma boa ideia também 6 ler o Evangelho em voz alta, coma familia toda reunida. CONCLUSAO Aprendemos um pouco sobre 0 apéstolo Joao como autor deste evangelho além de observar superficialmente a dindmica para estruturagao e mensagem dessa grande obra, Esta ligao é apenas uma introdugao para o fantdstico universo teolégico contido neste evangelho. Que ela sirva de incentivo para voce desejar conhecer mais os detalhes desse relato tao precioso a respeito de nosso Salvador! ABRINDO A CENA JO 20.30; 21.25 VERSICULO-CHAVE “Estes, porém, foram registrados para que voces creiam que Jesus é 0 Cristo, 0 Filho de Deus, e para que, crendo, tenham vida em seu nome.” Jo 20.31 ALVO DA LIGAO ‘Ao estudar esta ligao, vocé vai perceber o modo peculiar como o Evangelho de Joao testemunhou acerca do Verbo encarnado. LEITURA DA SEMANA SEG: Mt 4.12.22 QUI: Mc 9.2-8 TER: Mt 10.1-4 SEX: Le5.1-11 DOM: Jo 20.26-31 QUA: Mc 5.35-43 SAB: Le 22.7-13, {\ © examinar algumas literaturas que se propGem a explicar o Evangelho de Joo, leparamo-nos com 0 fascinio daqueles que experimentaram, com lucidez, a magnificéncia desse texto: ~ William Hendriksen escreveu: “O Evangelho de Joao € 0 livro mais maravilhoso ja escrito” (Comentario do NT Jodo, Cultura Cristi, p.13); ~ para Broadus David Hale, “nenhum outro livro levou tantas pessoas a Cristo e inspirou tantos a segui-lo e servi-lo” (Introdugao ao Estudo do Novo Testamento, Hagnos, p.135); ~ EE Bruce explica que “Joo conferiua méxima importancia a verdade eterna’ (Jp ~ Introdugao e Comentario, Vida Nova, p.24); ~ Joao Calvino costumava dizer que “este Evangelho é uma chave que abre a port para a compreensio dos outros, pois quem quiser entender o poder de Cristo, como aqui notavelmente retratado, prontamente desejard ler com proveito o que os outros relatam acerca do Redentor que se manifestou” (Comentario do Evangelho Segundo Joao, v.1, Fiel, p.27); ~ J.C. Ryle argumentou: “os assuntos que sio peculiares a esse evangelho esto entre as possesses mais preciosas da igreja de Cristo” (Meditagdes no Evangelho de Joao, vil, Fiel, p.5). Sem qualquer demérito aos demais livros da Biblia, que tém igual valor & piedade pois sao também inspirados pelo Altissimo, como literatura, o Evangelho de Joao é fascinante. Jodo demonstra ser uma pérola preciosa dqueles que contemplam em adoragéo JOAO a obra expiatéria de Jesus Cristo e desejam servir com exceléncia 0 Altissimo. PARA a 5 rises Hoag _ | VOCE i4 leu atentamente este livo pelo menos uma vez? Se vooé deseja saber mais sobre Jesus, este é o melhor ponto de partida. |. CARACTERISTICAS BASICAS 1. Autoria Embora anénimo, os estudiosos em geral atribuem a autoria deste livro ao apdstolo Joao, irmio de Tiago, filho de Zebedeu. Joao fazia parte do circulo intimo entre 0s se- guidores de Jesus (Mc 5.37; 9.2); foi testemunha ocular de Cristo (21.24; IJo 1.1-4) e comissionado para cuidar da mie de Jesus apés a crucificagao (19.25-27); aparece depois da ressurreicdo de Jesus com Pedro, em Jerusalém (At 3.1-11); foi encontrado ao lado de Pedro no Sinédrio (At 4.1-23), e depois foi enviado de Jerusalém a Samaria (At 8,14-25). E 0 mesmo Joao que recebeu a visio na ilha de Patmos (Ap 1.9) e autor de trés epistolas (1,2 e 3Jo%o). 2. Datagéo ; Assim como alguns outros livros da Biblia, é bastante dificil definir a datacao do ie gelho de Joao, Entretanto, é razoavel pensar que tanto o Evangelho como as pistols? o Apocalipse foram escritos proximo a década de 90 d,C., enquanto Joao se encontt exilado da ilha de Patmos (Ap 1.9). 3. Destinatarios B igualmente dificil definir com exatidao os destinatarios. £ provavel que Jo em mente o publico cristo que se encontrava na Asia Menor, mesmo destino im | vio tivess® das cartas do Apocalipse (Ap 2-3). O livro parece sugerir que 0 alvo de Joao era uma audiéncia mista (judeus e gentios), il. CONTEUDO E MENSAGEM Este evangelho tem caracteristica singulares em contraste com os sindticos. J.C. Ryle afirma que Joao “contém muitos fatos que os outros omitem, e omite muitos que os outros contém” (Meditagdes no Evangelho de Joao, v.1, Fiel, p.S). Exceto pelos fatos essen- ciais sobre ministério, morte e ressurreigao de Cristo, repetidos nos quatro evangelhos, Joao parece tentar resgatar e registrar uma série de informagées omitidas pelos outros evangelistas a fim de preservar com maior amplitude possivel a historia da redengao. E evidente que precisamos considerar a unidade geral dos textos: “Ele [Deus], pois, Prescreveu aos quatro evangelistas o que deveriam escrever, de tal modo que, embora cada um deles tivesse sua propria parte signada, o todo poderia ser coligido em um sé corpo; ¢ é nosso dever agora combinar os quatro por meio de uma relacao mitua, de modo que permitamos ser instruidos por todos eles, como por uma s6 boca” (Comen- tdrio do Evangelho Segundo Joao, v.1, Fiel, p.27 ). Sobre a singularidade do texto: “Aquele que viu isso dé testemunho, e o testemunho dele € verdadeiro. E ele sabe que diz a verdade, para que também voces creiam” (Jo 19.35), Po- demos dizer que, na mente de Joao, havia fatos da historia da redengao que, naquele momento, talvez sé ele soubesse. Dai a urgéncia e a necessidade de registrar tal teste- munho publico. Entretanto, mesmo com tamanha dedicagio, Joio percebeu que nao poderia registrar tudo o que sua mente guardava: “Na verdade, Jesus fez diante dos seus discipulos muitos outros sinais que néo estio escritos neste livro” (Jo 20.30); “HI, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem relatadas uma por uma, penso que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos” (Jo 21.25). Aobra de Joao nao traz apresentagao ou introdugio, mas é motivada por um objetivo — que os homens saibam que Cristo éa manifestacao visivel [encarnada] do Deus eterno (Jo 1.1-3) para salvagao de todo o que cré (Jo 20.31). Sobre o propésito literdrio, Cal- vino escreve: “cré-se que Jodo escreveu primordialmente com a intensio de defender a Deidade de Cristo, em oposi¢ao As impias blasfémias de Ebion e Cerinto. Isso é asseve- rado por Jeronimo em concordancia com a opiniao geral dos antigos” (Comentario do Evangelho Segundo Jodo, v.1, Fiel, p.27). Sao dois aspectos de um propésito: anunciar a boa-nova de salvagio e defender a divindade de Cristo, ambos para gloria de Deus. no, avalo quanto VOC8 do fat Say hn ogy, . Considerando 0 duplo aspocto do evangal al sobre Cristo sor 0 proprio Deus encarnado, Sugor sobre a {6 salvifica © PARA | satura do Jodo 9.96 @ Fillponses 2.5-11, Voc® entondo a Important HOJE doutrina? E capaz de defond6-la? lll. ESTRUTURA DO LIVRO Como jé foi visto no tépico anterior, o Evangelho de Joao possui caracteristicas prépy, edistintivas, tanto namensagem eno contetido quanto em sua estrutura textual, quangg comparado com os outros evangelhos. Isso ocorre em razio deserem autores. €crevendy com propésitos distintos, em épocas distintas, com perspectivas literdrias distintas Como proposta para o estudo desta revista, o Evangelho de Joao sera examinado em trés secGes maiores: + Parte I: Redengio em Cristo (caps. 1-12) + Parte Il: Retérica de Cristo (caps. 13-17) + Parte IlJ: Rejeicao a Cristo (caps. 18-21) Dentro de cada seco, o livro serd analisado em por¢des menores, respeitando os aspectos principais do pensamento do autor, seguindo uma metodologia expositiva do texto biblice em si e com contextualizagao para aplicagao aos dias atuais. Vejamos alguns destaques estruturais do livro: 1. Discursos e didiogos Somente o apéstolo Joao registrou quatro longos discursos: = opao davida (6.22-58); aluz do mundo (8.12-20); 0 bom pastor (10.1-18); cendculo (13-16). Além, é claro, de alguns importantes didlogos: — com os primeiros discipulos (1.35-$1); com Nicodemos (3.1-21); com a mulher samaritana (4.1-42); com o cego de nascenga (9.1-41); com a familia de Lézaro (11.17-44). 2. Figuras de linguagens Outro dado importante é que, diferente dos trés outros evangelhos, Jodo nio ret pardbolas narrativas, embora nao abra mao do uso de figuras de linguagem pa desenvolver seu raciocinio sobre Cristo e o Reino: ~ pastor (10.1-16); ladrao (10.1,10); escravo (8.34-35); trabalho a luz do dia (119) grdo de trigo (12.24); vinha (15.1-17); entre outras. 3 scoa O apéstolo Joao nitidamente enfatiza 0 ministério de Jesus realizado na Judeia — diferente da énfase dada pelos demais evangelistas, que frisaram a Galileia. Essa percepgao ocorre das mengées da festa da Pascoa em diferentes porgdes do texto. 4. Onumero sete ‘A maioria dos comentaristas de Joao destaca trés topicos que sao apresentados em numero de sete, sao eles: a. 0s sete sinais de Cristo - 4gua transformada em vinho (2.1-11); cura do filho do centuriao (4.46-54); cura do paralitico (5.1-9); multiplicagao dos pies e peixes (6.1-14); Jesus anda sobre o mar (6.16-21); cura do cego de nascenga (9.1-12); ressurreigao de Lazaro (11.1-46); b.05 sete testemunhos sobre Cristo — Joao Batista: “ele é 0 Filho de Deus” (1.34); André: “Achamos 0 Mesias!” (1.41); Natanael: “Mestre, o senhor é 0 Filho de Deus! O senhor o Rei de Israel!” (1.49); Pedro: “o senhor é 0 Santo de Deus” (6.69); Marta: “o senhor é 0 Cristo, 0 Fitho de Deus..” (11.27); Tomé: “Senhor meu e Deus meu!” (20.28); Joao: “Jesus é0 Cristo, o Filho de Deus” (20.31); cas sete reivindicagées de Cristo - “Eu sou 0 pao da vida" (6.35); “Eu sou a luz do mundo” (8.12); “Bu sou a porta” (10.7,9); “Bu sou o bom pastor” (10,11,14); “Eu sou a ressurreigo ¢ a vida” (11.28); “Eu sou 0 caminho, a verdade ea vida” (14.6); “Eu soua videira verdadeira” (15.1). Os elementos estruturais mencionados foram expostos para facilitar sua leitura e entendimento do texto. Uma boa dica 6 vocé ler um discurso ou um didlogo 30A0 PARA e examinar o desenvolvimento da narrativa de modo que soja possivel aplicar 0 Hove | ensino de Jesus naquela época a sua realidacle pessoal. Uma boa ideia também 6 ler o Evangelho em voz alta, coma familia toda reunida. CONCLUSAO Aprendemos um pouco sobre 0 apéstolo Joao como autor deste evangelho além de observar superficialmente a dindmica para estruturagao e mensagem dessa grande obra, Esta ligao é apenas uma introdugao para o fantdstico universo teolégico contido neste evangelho. Que ela sirva de incentivo para voce desejar conhecer mais os detalhes desse relato tao precioso a respeito de nosso Salvador! © VERBO ENCARNADO Jo1 VERSICULO-CHAVE ; & “E 0 Verbo se fez carne ¢ habitou entre nés, cheio de graca e de verdad , vimos a sua gloria, gléria como do unigénito do Pai.” Jo 1.14 ALVO DA LIGAO _ @ Ao estudar esta licao, vocé vai afirmar que Jesus Cristo é de fato 0 progr Deus encarnado em semelhanga de homem. LEITURA DA SEMANA : a SEG: Jo 1.1-14 QUI: Io 1.1-4 | TER: Jo 1.15-34 SEX: Fp 25-12 | DOM: Gn 12631 QUA: Jo 1.35-51 SAB: Gn 1.1-25 esséncia da fé passa fundamentalmente pela crenga de que Jesus é Deus. Oestués As capitulo 1 do Evangelho de Joao vai revelar que j4 no primeiro século hav: homens que questionavam a messianidade e a divindade de Cristo, o que levoue apéstolo a registar informacées preciosas sobre Jesus, defendendo a divindade Dee I. PROLOGO (11-14) Se o contetido do evangelho se perdesse e sobrasse apenas 0 prélogo, por certs, leitor seria capaz de identificar 0 propésito para o qual 0 evangelho todo foi escritaé anuito claro o fato de que a Antengio era demonatrar a graga de Deus revelada por me da encarnagio do Verbo, Se por wn lado o defsmo (douteina que considera a razdo como a tinea via capaz dle nos assegurar da oxisténela de Deus, baxe do atelame moderno) ensina que Deus eriow a humanidade & depots fol embora deixando.a 46, por outro, o crlatianisme en sind que Deus & 6 Criador da humanidade ¢ que a ama tio profundamente que Se infiltrou na historia em semrelhanga humana para rexgatd-la (Fp 25-12), Nessa linha de raclocinio, nos versos 1-3, 0 apdstolo Jodo ensina que o Verbo é 0 pré- pro Autor de toda a Criagdo, Nao hd conclusio mais plausivel ¢ ébvia sendo a de que Jesus 60 préprlo Deus encarnado, pois Jodo mesmo testificou: "..0 Verbo estava com Deus, €0 Verbo era Deus’, Portanto, é importante que todo 0 evangelho seja lido sob essa perspectiva, O apéstolo ainda revela que Jesus Cristo é a propria vida ¢ que esta vida é a luz para o homem enxergar seu estado deplorivel de condenagio (v.4-5). A parte “b” do verso 5 pode ser traduzida de duas formas trevas nio a derrotaram” ou “as trevas nao a compreenderamy’ A segunda opgio parece ser mais apropriada e dé o sentido de que o perdido nao entende o que & a salvagio até que Cristo Se revele como a vida ou aluz que dé o entendimento (Ef2.8). E claro que Deus utiliza o homem como instrumento para ecoar a mensagem de sal- yagao, como se vé nos versos 6 a 9, na figura de Jodo Batista - “a voz do que clama no leserto” (v.23; Is 40.3). O texto também mostra que o homem ¢ rebelde o suficiente para rejeitar tio grande salyagio (v.10-13). Nos dias do apéstolo Joao, existia um tipo de protognosticismo — primeiros ensaios do gnosticismo que se desenvolveria no século seguinte. Eles ensinavam que a matéria humana ¢ essencialmente ma, Se a matéria é ma, Deus nio poderia Se tornar matéria ~ carne humana, pois nesse caso Deus Se tornaria ou seria mau. Nesse sentido, 0 pro- tognosticismo propée que a encarnagio do Verbo nao existiu. Entao 0 apéstolo Joao, no verso 14, se dedica a confrontar integralmente as ideias protognésticas: 1, ‘Eo Verbo se fez carne." “Verbo” é uma palavra que indica ago. Joao chama Jesus de “o Verbo”. De acordo com Voio 1.1-4, Jesus ¢a Palavra que estava no principio de todas coisas (Hb 1.1-3; Gn 1), gerando a ago criadora do universo. O Criador de tudo Se fez carne. Joao descreve como Deus Criador Se fez humano. 2. *.e habitou entre nds...” sontfies * A palavra traduzida “habitou” est relacionada a palavra que significa “tends 4, ; ae a ao a lembrar-se da Tenda do Encont ndculo”, O versiculo levow os leitores de Joao a lembrai ficou repleta da gléria de Deus (Bx 40.34-35). ° sentido . wnt “2 ai (ou tabernaculagao) da gléria de Deus entre os ho! acu . nifica habitar, morar. imos a sua gloria, gloria ¢ 3. ‘.cheio de graca e de verdade, e vim Mo dy unigénito do Pai” a dinhal itos di A gloria segundo o mundo é ter muito poder, muito meen een tblona, Com Sua vida, Jesus nos ensinou um novo conceito de a rn glen © Cristo siste em realizar a obra do Pai. No Evangelho de Joao, gloria Cronadaa fag, vontade de Deus - obediéncia. Portanto, a encarnagio de Jesus nio anulou ou diminuiu Sua Avni Mas ln o amor de Deus pelo homem caido a partir da perfeita demonstragao de UManidad, (Hb 4.15). “Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2,9), JOAO a teologia joanina e paulina, como servos do Altissimo, devemos proclama, ey PARA | alto e bom som que o testemunho biblico aponta para Cristo como Deus, éy HOJE | Sua encamagao, Jesus nos dé exemplo de obediéncia © submissio. Voc tn testemunhado a respeito de Jesus? Il. IDENTIDADE DE CRISTO (1.15-51) Nesta parte do primeiro capitulo, vamos observar que Joao continuou descrevendy fatos que tratam sobre a identidade de Jesus assim como fez no prélogo. 1. Manifestacao da graca (1.15-18) No versiculo 15, vemos que Joao Batista nasceu e exerceu seu ministério antes dee. Sus. Porém, ele declara que sua posicao é totalmente inferior a de Cristo, Entre os dois héuma distingao entre o infinito e ofinito, o eterno eo temporal, aluz do sol originale 0 reflexo da lua, Joao Batista ensina que ele, juntamente a todos os demais eleitos, so apenas recepticulos da graga de Deus por meio de Jesus (v.16), graga que ¢ super até mesmo a lei de Moisés (v.17). Ele nao est negando a presenca de gtaca e verdade na Lei (basta ler Bx 34.6; SI 86.15), mas afirmando que a Nova Alianga em Cristoé superior a Antiga Alianca (Hb 8.6). No verso 18, 0 apéstolo ar Nem Abraio, ami a face (Dt 34.10), tanto, guMenta que Deus, senda espirito, é invisivel A visdo fisica. igo de Deus (Is 41.8), nem Moisés, com quem o Senhor tratou face ) Puderam ver a gloria de Deus em Sua plenitude (Px 33.20), Entre 4g0F4 a gloria se tornou conhecida aos homens na figura de Jesus. Yernos o Pat quando olhamos para o Filho ( Jo 10.30; 14.8-10). 2 Maior que 6 profeta ti 7 Joao continua argumentando com seus lei itores acerca da identidade de Jesus. Entre- tanto, é possfvel | que voce pergunte; mas texto nao est’ discutindo somente a identi- dade de Joao Batista? f verdade que a narrativa mostra a discussio entre Joao Batista e os religiosos da época, Na Ocasiio, perguntas foram feitas acerca da identidade de Joso Batista, mas observe 0 seguinte: 08 religiosos nao estao Preocupados em saber quem é Joao Batista, mas em conde- ni-lo porque ele estava batizando mesmo nao sendo 0 Cristo (v.24-25,28); + Joao Batista esta mais preocupado em anunciar aquele que é maior do que ele, a saber, Jesus, do que falar de si mesmo (v.26-27), Seguindo esse raciocinio, usando 0 argumento e a historia de Jodo Batista, a ideia do apéstolo Joao foi se apropriar desses fatos mostrar que Jesus Cristo ¢ maior até mes- mo que Jo4o Batista, o profeta. Se observarmos as perguntas dos versos 19-22, verifi- caremos que Joao Batista foi capaz de dar respostas claras acerca de si mesmo, porque cle sabia perfeitamente quem era (v.23; 1s 40.3) para que existia, e sabia também que Jesus era infinitamente maior do que ele (y.15,30). Nesse sentido, tanto Joao Batista quanto 0 apéstolo Joao declaram a superioridade de Cristo. Cordeiro de Deus 1129-31) Note a importincia da atribuigao da figura de um animal que era préprio para o sacrificio pelo pecado. De modo geral, as pessoas acreditam que podem vencer 0 pecado por meio de esforco proprio. Entretanto, sabemos que pecado est cauterizado em nossa alma com tanta forga que s6 Cristo pode nos livrar. Eis 0 motivo de Jesus ser identificado como 0 Cor- deiro de Deus, que tira 0 pecado do mundo (v.29). Joao Batista novamente chama aten¢io a sua declaragao anterior (v.30) e define o propésito do seu batismo (v.31): revelar 0 Salvador. 4 Filho de Deus (1 32-34) Quando Jesus foi batizado, o Espirito desceu sobre Ele, o que foi testemunhado por Joao Batista (v.32). Portanto, Cristo é quem batiza com o Espirito (v.33). Jesus é 0 Filho porque participa da mesma esséncia com o Pai (v.34). Gragas a Jesus, somos reconhecidos como filhos adotivos de Deus (v.12; Rm 8.14-16) e coerdeiros da eter- nidade com Ele (Rm 8.17). 5. Messias prometido (1 35-42) ‘A narrativa descreve que Joao Batista estava com dois discipulos (v.35) ¢, ao ver Jesus passando, exclamou: “Eis o Cordeiro de Deus!” (v.36). Ao ouvir que Jesus estava por ali, os dois discipulos prontamente decidiram segui-Lo de perto (v.37). Aqueles discipulos se dispuseram a perma- necer ¢ a aprender com Ele. Nada pode ser comparado ao privilégio de aprender com Jesus (v.38-39). Na sequéncia, lemos algo extraordinario: “André, oirmao de Simao Pedro, era um dos dois gue tinham ouvido o testemunho de Jodo e seguido Jesus. Ele encontrou primeiro o seu ‘proprio irmdo, Siméo, a quem disse: Achamos o Messias! (‘Messias’ quer dizer ‘Cristo’,) Fo evou a Jesus...” (v.40-41) A primeira coisa que André fez apés conhecer pessoalmehte Jesus foi levar Pedro para conhecé-Lo também. 6. Senhor e Rei (143-51) Joao Batista sai de cena para visualizarmos o momento em que Jesus encontra Filipe que, por sua vez, encontra Natanael (v.43-4Sa). Novamente o tema da Lei estd em evi- dencia, e seria natural esperar por isso, ja que 0 contexto é totalmente judaico (v.45). Da Criagao ao final do Pentateuco, de Josué a Malaquias, 0 ponto central é Cristo. F: pe reconhece a messianidade de Jesus e a declara com toda convic¢éo a Natanael. Note © ceticismo de Natanael no primeiro momento (v.46). Entdo Filipe o convida para testemunhar: “vem ¢ vé”. Rapidamente a atengao de Jesus se volta para aquele novo discipulo que jé trazia consigo o temor do Senhor (v.47). O ponto de destaque aqui é que Natanael era um israelita, ou seja, conhecia a Lei e os Profetas. Seu espanto e sua declaragao: “Mestre, o senhor é 0 Filho de Deus! O senhor é 0 Rei de Israel!” (v.49) revelam sua auténtica crenga no Messias prometido que faria coisas grandiosas (v.50-S1). Conhecer quem de fato é Jesus Cristo muda completamente a maneira como JoAo para __ |"0Sfeiacionamos com Ele. Vocé entende que se relaciona com o Fiho de Deus, Hove _ | ° Salvador prometido, o Senhor ¢ Rei, 0 Criador do universo ~ 0 proprio Deus? Como essa verdade muda seu tempo com Senhor no dia a dia? CONCLUSAO Como ¢ bom conhecermos mais sobre a identidade de nosso Senhor Jesus Cristo - sabermos quem de fato Ele é € como isso resulta na obra maravilhosa que realizou por nés. Por toda a Biblia, o Senhor vem Se revelando anés como o Criador, como 0 Mes- sias prometido, como o Cordeiro de Deus, como 0 Salvador, como Deus encarnado. Louvamos a Deus por fazermos parte daqueles que nao negam a absoluta autoridade de Jesus Cristo. PR DIONATAN CaRDoso, | VERSICULO-CHAVE © “Porque Deus amou 0 mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, ara que todo o que nele cré nao pereca, mas tenha a vida eterna.” Jo 3.16 @ ALVO DA LICAO | Ao estudar esta licéo, vocé vai entender alguns aspectos da fé crista e telaciond-los a pratica da vida crista, LEITURA DA SEMANA a SEG: Jo 2.1-11 QUI: Jo 3.1-15 | TER: Jo 2.12-22 SEX: Jo 3.16-21 DOM: Jo 3.31-36 QUA: Jo 2.23-25 SAB: Jo 3,22-30 . ao estudar os capitulos 2 e 3 do Evangelho de Joao. Nesta secio, revela fatos do ministério de Jesus que nos ajudam a entender fui da fé. A ligao foi estruturada em ensinam sobre a fé. © apdstolo A, |. PRIMEIRO ATO - 0 MILAGRE EM CANA DA GALite,, (aay I Annarrativa descreve a celebragio de uma festa 7 ee f ae eens t Jesus, de Sua mae ¢ dos discipulos (¥.2)- Apos a! eo ou beberammalsdoee (v.3),'Talvez houvesse mais convidados que 0 esper vonvidados era a pn No contexto palestino, deixar de dar o suprimento 408 « 80 Verpon), . 1. Jesus articulou para revelar bey pocer les do tem mais vinhye Acabado a bebida, Maria se dirigiu a Jesus ¢ disse: “Eles nd tc faie, me" Mag, cra amiga ou parente préxima dos noivos, por i880 4 oe 7 ‘hoe! TeMO6 i, declaragio curiosa de Jesus: “— Por que a senhora ei i 0 1880? Ainda n, sta. chegada «a minha hora.” Nao era hora de Jesus ir embora da fe A fala de Jesus foi tao clara para Maria que ela se dirigit: 20s evens € deu 4 ones “Facam tudo 0 que ele disser” (v.5). Os noivos compraram utensiios de Pedra, Com, nas festividades judaicas. Cada jarro comportava entre 80 € 120 litros (v.6). Seis, armazenariam entre 480 a 720 litros de vinho. Bebida suficiente para a festa Contra por um longo tempo. A falta de vinho deu oportunidade para Jesus revelar Sey p... e passar mais tempo ali falando do Reino. 2. Jesus demonstrou Seu poder Para produzir vinho, é necessatio um processo longo até o produto final. Porém, ne, caso, toda a ordem natural do proceso mudou pelas maos de Jesus (¥.7-8). Ao pron. aquele delicioso vinho, que pouco tempo atris era apenas agua (v.9), 0 encarress: da festa se dirigiu ao noivo e o questionou por servir o melhor vinho no final (x) 3. Jesus revelou a Sua gloria Mais do que um milagre, aquele evento era um sinal que evidenciava a chegada d Messias. Era a primeira grande manifestagao da gloria de Jesus. O verso descreve ge apés Cristo ter revelado Sua gloria, os discipulos creram. Surgem as perguntas: crerzn Por que viram a gléria ou por que viram o milagre? Sera que entenderam 0 signicaé daquele sinal? Como disse 0 pastor Paulo H. Tavares: “se nossas expectativas suple. tarem o Salvador, veremos as Suas obras, mas néo a Sua gloria’ 3OA0 Leia, reflita @ rie um plano pratico por meio das palavras de Paulo » PARA 2Corintios 4.4-6. Analise se esse plano glorifica a Deus em sua vida cesscal¢ HOJE | na vida daqueles ao redor de vocé! Il. SEGUNDO ATO - PURIFICAGAO DO TEMPLO (212-25) 1. A relagdo com os mercadores Terminada a festa, a comitiva foi para Cafarnaum e depois seguiu para Jerusalém, comemorariam a Pascoa (v,12-13). Logo ao chegar no patio do templo, Jesus reprovou co que estava acontecendo (v.14). Havia ali mercadores de animais e cambistas que fa- cilitavam a troca de moedas. Joao revelou que, naquele momento, Jesus confeccionou um chicote e retirou os mercadores e os animais do patio, inibindo-os a continuar fazendo do templo uma fonte de lucro (v.15-16). Aqui ¢ importante ressaltar que © chicote era para tocar os animais e nao para bater nas pessoas. Observem ainda que Jesus nao derrubou as mesas com gaiolas de pombas. Ele nao queria soltar as aves € trazer prejuizos aos mercadores, mas apenas tir-los daquele lugar. onde 2. Arelagéo com os discipulos Naquele momento (v.17), os discipulos ficaram fascinados e lembraram do Salmo 69-9: "pois o zelo da tua casa me consumiu...”. Eles revisaram mentalmente o ensino de que 0 templo era um lugar de adoracao sincera e pura, e nao lugar de negécios. A pedagogia de Jesus funcionou para eles. 3. A relagao com os judeus Eis que surgiram os lideres da comunidade judaica e indagaram: “Que sinal vocé nos mostra para fazer estas coisas?” (v.18). Eles reivindicavam a confirmacao da autoridade de Jesus para aquele ato. Jesus respondeu de forma enigmatica: “Destruam este santudrio, eem trés dias eu o levantarei” (v.19). Aquilo causou espanto nos judeus: “Este santudrio foiedificado em quarenta e seis anos, e vocé quer levantd-lo em trés dias?” (v.20). Joao entao explicou as palavras de Jesus. Nao se tratava do templo de Jerusalém, mas do préprio Senhor Jesus (v.21-22). Jodo concluiu mostrando que Jesus realizou muitos sinais miraculosos ali e que fez com que muitos acreditassem no Seu poder, porém, parece que aquela fé estava centrada no que viam e nao em Cristo como Messias (v.23-25). 30A0 _ | Naoconcentre sua confianga em Jesus pelos sinais miraculosos que Ble fez, mas pela PARA _ | gloria que Lhe compete por Ele ser Deus. Em seu momento devocional, separe um HOJE _ | tempopararefletirna pessoa do Deus Filho e para adoré-Lo por Sua gléria e Seuser. il, TERCEIRO ATO - ENSINO SOBRE A FE (31-21) O texto trata de um didlogo entre Jesus e o mestre fariseu Nicodemos, no qual podemos aprender pelo menos quatro aspectos sobre a fé. 1. Fé religiosa : Nicodemos era fariseu, um dos Iideres no Sinédrio CG 1;7.50). Foium dos Muto, viu os sinais de Cristo (v.2; 2.23). Como os demais, ficou maravilhado, po, im entender o significado mais profundo da mensagem de Jesus. Entretanto,¢ sank Perceber que houve desejosincero de aprender mais sobre afé: Foia primeira ye, fis Senhor falou sobre o novo nascimento (v3). O nascimento natural ocorre pelos homer’ ™as 0 nascimento espiritual vem de Deus (Ef2.8). Nicodemos ¢ © PetfEito exem ‘i de alguém dedicado & religito, mas que nio entende o verdadeiro signiicadg 4. th 2. Fé regeneradora Jesus aproveitou a indagacao (v.4) para explicar a regeneracdo em termos di (v5). Observe que nesse texto Jesus falou usando uma linguagem mais ap 20 contexto do AT. Na pratica, Jesus facilitou o entendimento de Nicodem, significava necessidade de purificagéo (Ez 36.24-27; Nm 19.17-19). Porta, fez referéncia A lavagem espiritual realizada pelo Espirito. Por meio do ni natural, as pessoas se tornam membros de uma familia terrena. Para tornar: da familia espiritual, é necessdrio o nascimento do alto, por meio da fé re, (v6). Dafa razéo para Nicodemos nao se surpreender (v.7), pois ele co: tipo de ensino, s6 precisava de uma explicacao. feren TOPtiads 08. Agus Nto, Jey, ascimenty S€membry Generar, hecia aque, De forma provocativa para o bem, Jesus falou algo ainda mais dificil para Nicodemos (v8). Segundo John MacArthur, “o que Jesus quis dizer é que, assim como 0 veniy nao pode ser controlado ou compreendido pelos seres humanos, mas os seus efeitos podem ser testemunhados, assim também acontece com 0 Espirito Santo. Ele: nao pode se: controlado ou compreendido, mas aprova de sua obra é aparente, Onde o Esp atua, ali hd evidéncia inegavel e certa” (Biblia de Estudo MacArthur, SBB, p.1386), 3. Fé salvifica “Entao Nicodemos perguntou: Como pode ser isso?” (v.9). Era de se esp. rar que Nicode. mos nao entendesse. Como mestre, ele conhecia o AT, mas aquela linguagem estava distante da sua compreensio. Por isso, Jesus questionou o seu conhecimento (¥.10). Desse ponto em diante, o didlogo se torna um monélogo de Jesus. Primeiro, Jesus in- formou que Ele é testemunha real da sabedoria que vem do alto (v.11). Segund novamente fez um paralelo entre 0 material e o espiritual (v.12). Terceiro, somente Cristo era testemunha pessoal e real das coisas celestiais (v.13; Pv 30.4). Quarto, nova- mente para facilitar o entendimento de Nicodemos, Jesus usouo AT (v.14; Nm21.49). Do modo como aconteceu no AT deveria acontecer no NT. E concluiu, no verso 15, © propésito: “para que todo o que nele cré tenha a vida eterna’. o,Jesus 4, Explicagdo sobre a fe Joio Calvino certa vex escreven: “N; possa repousar enuanto nao nos aproximarmos do gracioso amor de Deus’, (1) Afé € 0 caminho para nos achegarmos a este Deus amoroso (v.16). Nao porque podemos fazer algo de bom, mas porque Deus nos amou mesmo néo havendo nada de bom em nds (Ec7.20; Rm 5.8), (2) Afb éa consciéncia do grande feito de Deus ~ morreu para salvar (v.17; 12.47-48), (3) A aus¢ncia da fé é a credencial de condenagao eterna (v.18-20), (4) A £8 6a exemplificacio da pritica da verdade (v.21). léo existe nenhum sol calmo onde nossa mente ‘De fato, sem fé é impossive| agradar a Deus, porque 6 necessério que aquele JoAo que se aproxima de Deus crea que ele existe 6 que recompensa os que 0 bus- PARA |.cam" (Hb 11.6). Ao ler 0 diélogo com Nicodemos, onde vocé se encontra? Se 0 HOJE didlogo fosse com voos, teria algumas duvidas sobre a f6? Quais sao as ligdes ae essa conversa Ihe traz a respeito da f6 no Salvador? IV. QUARTO ATO - FE QUE TESTIFICA (3.22-36) Algum tempo depois, Jesus e Seus discipulos ‘seguiram para a Judeia, Lé algumas pessoas eram batizadas (v.22). Jesus mesmo nao batizava, mas os Seus discipulos (4.2). J4 no vale do Jordao, num lugar chamado Enom, era Joao Batista que batizava (v.23). Nesse contexto, surgiu uma discussdo sobre o cerimonial de purificagao (v.25) e uma inda- gacao para Jodo Batista: “Mestre, aquele que estava com o senhor no outro lado do Jordao, do qual o senhor deu testemunho, esta batizando, e todos vao até ele” (v.26). Observe como Joao Batista enfatizava o testemunho sobre Cristo. Joac Batista, entéo, construiu seu argumento tirando 0 foco de si (v.27-28), descreveua orcem natural de autoridade e importancia no Reino (v.29) e mostroua razio pela qual sua fé testificava a respeito de Cristo: “Convém que ele cresca e que eu diminua” (v.30). Aideia central que foi testificada é que Jesus veio do alto para ser anunciado poraqueles que estao na terra (v.31). Entretanto, esse testemunho pode ou nao ser aceito pelos que sao deste mundo (v.32-33). O ministério terreno-de Cristo revela o proprio Deus e Sua autoridade (v.34). Entio se conclui: “Por isso, quem cré no Filho tem a vida eterna; quem se mantém rebelde contra o Filho nao verd a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (v.36). 0A0 | Todo onsino quo ven da Cristo dave ser recebida com alagria, Recabera mens PARA _ | gomdo Josus implica acoitar a autoridade plena de Jesus sobre si Esta 6a nose HOE | {61 Como vocd tem so regozijado na {6 que 0 Senhor he deu em eu dia a dia? CONCLUSAO Estudamos quatro atos de Jesus: (1) transformagio de 4gua em vinho (sinal); (2) 1 Jerusalém (pureza); (3) didlogo com o fariseu Nicodemos (evangelismo); ¢ (4) ensino do evangelho (batismo), Numa ordem instrutiva, podemos concluir que os capitulos 2 ¢ 3 de Jodo formam uma boa base para fundamentagio da confissio de fé crista ¢ evangélica. purificagio do templo es PR DIONATAN CARDOSO | EM DIREGAO A GALILEIA JO4 VERSICULO-CHAVE “Agora ndo é mais por causa do que vocé falou que nds cremos, mas porque nds mesmos ouvimos, e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo.” Jo 4.42 ALVO DA LICAO Ao estudar esta lig&o, vocé vai conhecer o ministério intencional de Jesus para alcancar os perdidos, LEITURA DA SEMANA SEG: Jo 4.1-26 QUI: Js 24.29-33, TER: Jo 4.27-42 SEX: Dt8.1-10 DOM: 1Co 15.12-19 QUA: Gn 33.17-20 SAB: Jo 7.37-39 capitulo 4 é uma descrigéo dos fatos ocorridos durante a viagem que Jesus ¢ os O discipulos fizeram saindo da Judeia e seguindo até a Galileia, percurso de aproxi- madamente 170 km, Para os dias atuais, uma viagem curta, mas naquele contexto, uma viagem que durava dias. A questo é que nao era apenas um deslocamento geogrifico, mas um plano de atuacao de Jesus para anunciar a salvacao. |. O ENCONTRO COM A MULHER SAMARITANA (at 20) Apos um tempo pr egando & 4 Galilola por cauwa dos farly (1) seguir peta Transjordania (2) pasando por Samar la © texto di battando na Judela, Jems ¢ ov civetpulos segutrany ous (v3). Para esa vlagem, havia dias rots PORSyejg, camino mals longo e que passava por Hae Kentlleas, caminho mals sinuogo, porém mats curto, Observe o que era-The necessdrio passur pela regiao dla Samaria (v4), Ox CHLUIOsog © 80 do pronome pessoal "lhe referindo-se a Joxus, Indic por Samaria fol intencional, Paty acreditam que ue 8 qe a rota | Quebra de paradigmé Precisamos entender 5 (419) algumas coisas: No contexto do AT, Samaria eraa c durante © perlodo do cativeiro agste (0, houve miscigenagao dos judeus do Re do Norte com os est rangeiros (2Rs 17.24-41); 4 partir de entao, og samaritanos passaram a ser considerados como rebelde Mticos, Impuros etnicamente e diante da religido judaica; Por causa disso, eram proibidos de cultuar no templo judaico, assim construfram, seu préprio templo no monte Ge pital do Reino do Norte; ing 8 Po. im. Estando cansado cla viagem, por volta do meio di, Jesus Se sentou perto de um pogo (x6), Naquele momento, aproximou-se uma samaritana ¢ ouviu de Jesus: “Dé-me um pouco de dgua" (v7). Os discfpulos tinham idoa cidade (v.8). Surpresa,a mulher perguntou: “Como, sendo o senhor um judeu, pede dgua a mim, que sou mulher samaritana?” (v9). Jesus estava rompendo paradigmas. Nao era costume um judeu conver hosuma com uma mulher, muito me- ar igua ao meio-dia, Isso revelouque eraisolada das demais mulheres, provavelmente por causa dos muitos maridos que tivera (v.17-18), A maioria das mulheres costumava buscar 4gua em hordrios de menor calor, maritana, Destaquemoso fato de ela ir b Mensagem dle salvacao (4 10.19) Aqui temos um dos cendrios mais fascinantes da hist6ria: Jesus, sendo judeu, falando de Si para uma mulher samaritana. No inicio, Ele provoca uma reflexao sobre Sua identida- de ¢ autoridade: "Se voc? conhecesse 0 dom de Deus ¢ quem é que estd Ihe pedindo dgua para beber, voce pediria, e ele Ihe daria dgua viva" (v.10). Mas que era “Agua viva” para aquela mulher? A mulher nao entendeu porque na época chamavam Agua corrente/ lengdis de Agua, de Agua viva. Bla sé conseguia enxergar os suprimentos deste mundo, Quando Jesus falou de suprimentos espirituais, ela nio entendeu. Entao, Jesus contrapdsa signifi 7,38-39), Falou da gua da vi que em Cristo somos total, icado da dgua deste mundo coma Agua espiritual (v,13-14; ida, com a qual ninguém mais terd sede se beber, A ideia é lente satisfeitos e, Por isso, toda angustia (sede) ¢ eliminada. Agora observe que a mulher insistiu e: fontes mais prdximas, Porém ela foi na provesse Agua terrena suficiente para isso, isolar-se ainda mais, m pedir algo terreno (v.15), Havia outras duas que ficava mais longe. Seu desejo era que Cristo nao mais precisar voltar a nenhum pogo e, com Joho | PAA tellexéo: “Se a nossa esperanga am Cristo Se limita apenas a esta vida, PARA SOMOS as pessoas mais infelizes deste mundo" (1Co 15, 19). Voce ja s8 viu come Heoe amulher samaritana que, diante da Agua da vida, ainda ficava Preocupada com Colsas terrenas? Vocé dé © devido valor 4 obra de Cristo Por voce? Jesus continuou provocando reflex: A questo é que ela buscava satis apresentou conhecimento sobre: vida dela. Somente neste mom parte da mulher: “Agora eu sei q ‘10 na mulher ao perguntar sobre seu marido (v.16). fa¢’o em amantes - nio tinha marido (v.17). Jesus natural das coisas (v.17-18) e revelou a condi¢ao da 'ento vemos lampejos de compreensio espiritual por ue 0 senhor é um profeta!” (v.19). Significado de adoracao (420-26) A mulher mudou totalmente de assunto, pois no queria falar sobre sua vida, porém, revelou interesse em conversar um Pouco mais com Jesus. Questionou sobre o lugar de adoragao: no monte Geri im, em Siquém, ou no monte Sido, em Jerusalém (v.20). Jesus acompanhou o raciocinio dela, pois havia oportunidade de ensino. A Tesposta de Jesus revela que a adoracdo verdadeira ocorre somente Nele (v.21), que a salvacio vem por meio Dele (v.22), e o modo da adoracio exige autenticidade por parte de quem adora (v.23-24), Os samaritanos tinham esperanca messianica (v.25). Entao 0 Pronunciamento aconteceu: “Eu sou o Messias, eu que estou falando com vocé” (v.26). Quando os discipulos chegaram, estranharam a conversa entre Jesus e uma mulher (v.27), porém, nao evidenciaram Preconceito (v.27), Aexpressio “deixou o seu cdntaro” (¥.28) sinaliza que ela estava com pressa de voltar & cidade ou que deixou de valorizar as coisas deste mundo para anunciar o Messias (v.28-29). Il. A CONVERSA COM OS DISCiPULOS (4.27-38) Aconversa entre Jesusea samaritana chegou ao fim, Porém, ¢ fome. Ali tinha 4gua e comida 4 Sua disposicao, Ele ainda estava com sede mas Jesus recusou beber e comer naquele momento (v.31). Ele quis ensinar que nO Reino existem Prioridades (v3, Dt 8.3). Assim como a mulher entendeu errado 0 sentido de agua viva, os discipulg, etraram o sentido de comida que a vontade do Pai (v.33). Por isso, Jesus explicoy 4 significado desse alimento espiritual (v.34). Jesus continuow Seu ensino falando de algo conhecido na época ~ plantagao e colheit, (v.35). O que considerou é que hd um tempo determinado para se colher um plantig, Afirmou que o tempo de colher frutos espirituais havia chegado (v.35-36), a ‘Aqui aprendemos a pedagogia de Jesus. Vooé tem usado elementos deste mundg — ir ternos de Deus? toe | Passageio para ensinar os valores eter Ill. © ENCONTRO COM OUTROS SAMARITANOS (439-42) Na sequéncia, 0 apéstolo Joao narra que outros samaritanos ouviram e creram em Cristo. O didlogo entre a samaritana e Jesus gerou grandes frutos (v.40-41). Aquele povo marginalizado pelos judeus gozava da presenga do proprio Messias entre eles. A declaragao do povo sintetiza a importancia desse evento: “Agora nao é mais por causa do que voce falou que nds cremos, mas porque nds mesmos ouvimos, e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo.” (v.42). JOA ‘ “ a - ™ Jesus ensina que o evangelho para as nagées! Temos tido a visio de anunciar PARA . a Palavra a cada povo e nacéo? HOJE IV, O ENCONTRO COM O OFICIAL DO REI (443-54) Jesus e Sua comitiva seguiram viagem (v.43). Na Galileia, foram recebidos por aqueles que tinham estado com eles em Jerusalém, por ocasido da Pascoa (v.45). Se analisarmos o Evangelho de Joo como literatura, veremos que Joao, nos versiculos 46-54, completa o tema que comesou em 2.1. O local é 0 mesmo, e Jesus novamente falou sobre f& Em Cand, um oficial, motivado pela doenga do filho, foi ao encontro de Jesus (v.46-47). A partir desse momento é possivel perceber uma série de ligdes sobre fé, 1. Despertamento (4.47) O verso descreve 0 encontro entre aquele oficial desesperado e Jesus. Em toda aquela regio, Jesus s6 tinha feito um tinico milagre: transformado égua em vinho (2.1-11). Dealguma maneira, aquele oficial despertou para a fé em Jesus mesmo nao tendo visto milagres, 2. Desprendimento (4.48-49) Jesus aproveitou aquela situagao para ensinar sobre o valor da fé (v.48). O desespero do pai se intensificou com a possibilidade de nao ser atendido (v.49), pois sua unica preocupacao era a cura do filho. O texto sugere desprendimento de sua alta posi¢ao por compaixo ao filho. 3. Declaragao (450) Aolongo de Seu ministério, Jesus operou milagres de muitas maneiras. Naquela ocasiao, Ele decidiu apenas falar — “Vé, 0 seu filho vai viver” (v.50). O homem creu que a palavra de Jesus era verdadeira (v.50). O verbo que aparece no texto ¢ pisteuo, que estar persuadido. Naquele momento, 0 filho foi livre da morte fisica, e o pai foi livre da morte espiritual. jonstragao (451-53) Antes de chegar ao seu destino, o oficial recebeu uma noticia fantistica (v.51). Aquele nem precisava confirmar no fntimo que o milagre viera de Cristo. Entio, 0 veredic- to foi dado (v.52). Tudo se encaixava perfeitamente (v.53). Aquele oficial se tornou discfpulo de Jesus e persuadiu toda a sua familia a crer em Jesus (v.53). 2040 _| Vocé ja experimentou esses aspectos da fé em Jesus na sua vida? PARA E vocé tem pregado o Evangelho e ajudado outros a experimentarem a fé em HOIE —_| Cristo também? CONCLUSAO Verificamos que nenhum passo de Jesus foi dado de maneira aleatéria, Os samaritanos ea familia do oficial do rei foram alcancados por Jesus por causa de Sua estratégia a0 longo do percurso. Que essa viagem tenha revelado ao seu coragio quanto a fé em Cristo é importante e como devemos amar e buscar os perdidos! elo} PR. DIONATAN CARDOSO] AUTORIDADE DE CRISTO ley) VERSICULO-CHAVE “Em verdade, em verdade lhes digo: quem ouvea minha palavra ecré naquele que me enviou tem a vida eterna, ndo entra em juizo, mas passou da morte para a vida.” Jo 5.24 ALVO DA LICAO Ao estudar esta ligo, vocé vai reconhecera autoridade de Jesus Cristo como o proprio Deus. LEITURA DA SEMANA SEG: Jo 5.1-18 QUI: Jo 9.1-12 TER: Jo 5.19-29 SEX: Jo 10.1-18 DOM: Ap 12.10-12 QUA: Jo 5.30-47 SAB: Jo 17.1-5 ‘V James tratar sobre momentos e formas em que a autoridade de Jesus fo V testemunhada. E imprescindivel examinar a maneira que Ble Se apresentou em ambientes especificos e como foi interpretado pelos Seus contemporaneos. O capitulo 5 do Evangelho de Joao fundamenta os conceitos basicos que devemos aplicar em nossa relagao de submissio & autoridade de Jesus. |. EXEMPLIFICAGAO DA AUTORIDADE (61.15) Mais uma vez Jesus subiu para Jerusalém por ocasiéo de uma festa (v.1), quando ocorreu algo singular em Seu ministério que nos ensina sobre a fé. Em Jerusalém, havia um tanque chamado Betesda (v2) que atrafa muitos enfermos com desejo de serem curados (v.3). O verso 4é registrado sob a perspectiva do doente, relatando uma crenga supersticiosa que aquela agua fazia milagres, mas isso no significa que, de fato, aconteciam milagres ali. Ainda hoje, sabemos de muitas pessoas no Brasil que acreditam ser milagrosos varios lugares - 0 que nao passa de supersticao. Joao estava apenas desctevendo o cendrio que vigorava na época. O fato ¢ que depositavam fé no lugar ou em coisas erradas, e nao em Cristo. JoAo Apesar de vivermnos num mundo que valoriza 0 que se pode provar, nossa cultura PARA _ | tem certa atrac&o por milagres. Como podemos usar esse trago cultural a favor HOJE —_| da evangelizagao? 1. Acompaixao de Jesus (55-7) Certo homem atraiu a atengao de Jesus (v.5). O texto diz que ha 38 anos aquele indi- viduo nao andava ~ é posstvel que a vida toda. O estado deploravel e crénico dele des- pertou a compaixao de Jesus (v.6), que perguntou: “Vocé quer ser curado?” A resposta do enfermo sugere total dependéncia (v.7) e sugere também que os homens nunca agiam misericordiosamente naquele lugar - era cada um por si. Os proprios enfermos eram incapazes de ajudar uns aos outros. A fala de Jesus é uma declaragao de compaixao por alguém marginalizado e dependente. 2. O poder de Jesus (58-9) O texto revela que Jesus Se dirigiu ao homem e deua ordem: “Levante-se, pegueo seu leito cande” (v8). Imediatamente o homem foi curado e provou coma propria vida o poder de Jesus (v.9). De novo observe: a demonstragio do poder de Jesus visa algo maior. Js opositores de Jesus (59-13) estopim da critica dos religiosos surgiu porque Jesus curou num s4bado (v9). Decla- raram que a religiosidade é mais importante que um ato de compaixao (v.10). Diante da indagagao, vemos que o paralitico sequer sabia quem 0 curou, pois estava focado apenas na cura fisica (v.11,13). Os religiosos entao buscaram saber quem agiu contra a lei, mesmo sendo um ato de compaixio (v.12). Depois do segundo encontro com ‘Jesus, o homem retribuiu a compaixao com traigao (v.15). 4. Asalvacao em Jesus (5.14) O corpo havia sido curado, mas o homem precisava ouvir algo muito mais importante, Jesus entio lhe disse: “Olhe, voce, foi curado, Nao peque mais, para que ndo lhe aconteca coisa pior”. O cerne de tudo o que aconteceu nesse episddio é compreender que a salvagio ¢ mais importante que a cura fisica; que a superstigao (tanque e anjo que supostamente curavam) e que a religiosidade (a guarda do sibado) nao impedem que a compaixio para salvagio seja demonstrada, Muitas pessoas em nossos dias tém procurado algum tipo de cura em gurus, JOAO ir is eee rituais, objetos, elementos naturais, etc. Essas pessoas nao sao capazes de Hose _ | &2"98" que o Unico que tem autoridade absoluta sobre 0 corpo @ 0 espiito 0 ‘Senhor Jesus Cristo. Como vocé pode aborda-las com o evangelho? Il, UNIDADE COMO MODELO DA AUTORIDADE (6116-30) Na ocasiao da cura do paralitico, Jesus declarou que o trabalho celestial nao podia ser interrompido ou impedido (v.17). O resultado da afirmagao de Jesus gerou ainda mais rebolico, pois agora, queriam matd-Lo (v.18). Eram dois os motivos para a oposicio: (1) Jesus teria violado o s4bado; (2) Jesus afirmava ser Deus. Nesse cenério, Jesus proclamou um fantastico discurso de Sua divindade, autoridade e unidade com o Pai. 1. Unidade com o Pai Os versos 19-20 declaram que as obras do Paie do Filho estao em comum acordo ~ sio essencialmente a mesma coisa. A unidade do Filho e do Pai demonstra quea autoridade de Jesus provém dos designios eternos do Pai. Isso significa que, sendo Jesus 0 proprio Deus, Sua autoridade tem origem em Si mesmo, Noutra ocasiao, Jesus declarou: “Eu 0 Pai somos um” (10.30). 2. Divindade Como parte das obras de Jesus, Jodo aponta a ressurreigao (v.21). Os judeus criam que somente Deus podia ressuscitar — estavam certos nisso! O problema é que nio compreenderam que Jesus é Deus, portanto, podia ressuscitar e dar vida. Jesus mesmo disse que “vivifica aqueles a quem quer’. 3. Autoridade Deus sempre foi reconhecido como 0 Juiz. de toda a terra (Gn 18.25). Logo, em Sua divindade, Jesus também detinha autoridade para julgar (v.22), Bisa razdo para que Jesus seja sempre honrado, pois Seu julgamento é sempre justo. Desonrar 0 Filho ¢ desonrar o Pai (v.23). E também nao reconhecer Sua autoridade como Juiz de todas as coisas. Pela fé em Cristo (v.24), 0 homem recebe tual. Jesus faz referencia a dois tempos: “vey uma referéncia 4 vida em telagdo & morte ressurreigao (v.28-29), Em Cristo, a razio de termos visto antes que a vida eterna e muda sua realidade espiri- ma hora” e “jd chegou” (v.25). “Jd chegou” & espiritual. “Vem a hora” é uma referéncia 4 habita a vida, pois Ele 6 Quem doa a vida (v.26), eis Ojulgamento de Cristo ¢ justo (v.27,30). Jo40 “Por causa de Sua unidade com Deus, Jesus viveu como o Pai queria que Ele PARA _ | 2S: Por causa da nossa identiicagéo com Jesus, devemos honrd-Lo e viver a Como Ele quer, As questdes ‘o ‘que Jesus faria?’ €'0 que Jesus gostaria que ou fizesse?" ajudam-nos a viver dese modo" (BEAP, p.1425). Ill. TESTIFICACAO DA AUTORIDADE (531-47) Testificar significa dar testemunho de autenticidade. Nesta seco aprenderemos sobre a autoridade messianica ou divina de Jesus a partir do testemunho Dele mesmo. J. Quatro testemunhos em favor de Cristo (531-40) Nalei judaica, o testemunho em prol de simesmo nao tem valor (v.31). Por essa razio, Jesus Se vale de outros testemunhos acerca de Simesmo, a. Jodo Batista (v.32-35), Jesus chamouaaten \¢a0 para outro testemunho que, segundo aleijudaica, podia ser validado (v.32). Ble falava a respeito de Joao Batista (v.33), Per- cebam que Jesus nao precisava que homens provassem Sua messianidade. Ei usou 0 recurso do testemunho humano (v.34), Joao Batista é figurado como ca luz ~aluz é Cristo (v.35). ntretanto, para alcangar 0 coragio do proprio homem indeia, o agente que permitia a irradiagio da b. As obras de Cristo (v.36), J4 observamos, pelas declaracées anteriores, que as obras de Cristo exemplificavam Sua autoridade e provavam Sua divindade (5.19ss). Ele trouxe 4 memoria de Seus ouvintes o que jé fora dito e explicou que essas obras do Pai, realizadas pelo Filho, sio maiores que o testemunho de Joao. © Deus, 0 Pai (v.37), Se 0 testemunho de Joao Batista e das obras realizadas nao eram suficientes, a declaragio de Cristo agora aponta para Deus como testemunha, O pro- blema é que, da perspectiva humana, €impossivel provar Deus como testemunha, pois nao pode ser ouvido ou visto. Porisso, Jesus apontou para a Escritura como fundamento do testemunho de Deus sobre a messianidade Dele. d, A€scritura (v.38-40). Jesus declarou o distanciamento es} spiritual dos religiosos (vag Eles conheciam as letras do texto, mas nao conheciam o Deus do texto (v.39). A Biblia trata de Cristo, mas eles nao enxergaram Cristo na Biblia (v.40; Le 24.25-27,44), As palavras de Jesus apontavam para o fato de que Deus havia testemunhado acerca de Sua messianidade por meio da prépria Escritura, 2. Quatro impedimentos a fé em Cristo (541-47) a. _Divergéncia sobre o amor de Deus (v.41-42). A ideia em cumprir Sua missao, Parte da Sua missao era revel mem, por isso Ele disse: “conhe cf. Io 5.3; 3.23; Jo 14.21). € que Jesus estava concentrado ar 0 coragao corrompido do ho. ¥0 vocés Sei que vocés nao tém o amor de Deus” (v.42 NVI, b. Descrenca na palavra de Deus (v.43). Os homens preferem os mitos e as fantasias do homem & Palavra verdadeira de Deus. G — Desprezo a gloria de Deus (v.44). Os homens querem aplausos da plateia em vez de apontarem para Cristo. d. Diferenga na interpretacao biblica (v.45-47), Os religi Os textos que lhes agradavam, mas seriam esses mesmos textos que os condenariam (v.45). Toda a Escritura aponta para Cristo de algum modo (v.46). A questao nao era © texto, mas como o texto era interpretado (v.47). isos sé usavam e defendiam JOAO Ainda hoje, vemos pessoas que usam desses impeditivos para nao dar ouvidos PARA | a0 Evangelho ou para endurecer 0 coragao as verdades de Deus. Ser que algum HOJE | desses impeditivos tem atrapalhado o seu crescimento espiritual? CONCLUSAO Esta licao solidificou ainda mais a fé crista na plena autoridade de Jesus Cristo, Que 0 modelo da cura do paralitico assim como os testemunhos declarados sirvam de diretério Para que cada um de nds se mantenha submisso as ordens de Jesus, endo cometamos os erros dos religiosos do primeiro século que nao reconheceram a autoridade de Cristo!

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