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Ed ene er eg pee ene Tone et ce erm econ oe beeen ear erre tas ee ee en ere Seen od Petes te Pret en een CoN ees ay \ Bscg Sines ey Nc Sy Berna ? ete id ean PCR n Deena ie Data Peed ieee) ere eres Bern Bnd Berend Seen) ae ties, da moralidade de uma acao SRW Neate Ke onions a Crs pW sem tial tect ie-Me Chole ccremClly Metered Guido de filme m2 Os Vingadores: Guerra Infinita Anthony Russo, Joe Russo. Ano 2018. O planeta Terra enfrenta mais um inimigo: Thanos, 0 vildo intergalactico, que pretende reunir as seis joias do infinito: artefactos de poder inimaginavel capazes de Ihe dar 0 controlo sobre a realidade. ‘Thanos considerava que impediria os planetas de entrar em colapso a0 dizimar metade da sua populagao. Na sua perspetiva, era um pequeno precoa pagar pela salvacio. O Universo é finito, 0s recursos sao finitos e, se a vida néo for controlada, deixara de existir. E ele era o tinico com vontade de atuar para corrigir essa falha. (© filme retrata o maior confronto de todos os tempos: os Vingadores e os seus aliados super-herdis estéo dispostos a sacrificar tudo para tentar derrotar o poderoso Thanos, antes que seu ataque de devastagaoe ruina acabe com 0 Universo. © que torna uma ache moral? ‘L_ Thanos é o grande vilio da historia. Mas sera este vilao tao mau quanto parece? Justifica a tua resposta com passagens do filme, (© que consideras que move os super-herdis neste confronto entre 0 bemeomal? 3. Thanos sacrifica algumas pessoas para equilibrar o Universo: os planetas estavam sobrepovoados e as suas populagoes sofriam & indo tinham o que comer. Segundo ele, com a sua intervengio, “as ccriangas que nasceram nunca mais tiveram fome e os eéus ficaram impos. Parece um paraiso. Um pequeno prego pela salvagao’ CConsideras correto sacrificar algumas pessoas pelo bem da Experiéncia mental O que vale um folhado de chocolate? A Matilde nao pode dar-se a grandes luxos com a mesada que ota Tecebe, no entanto, todos os dias, no intervalo das aulas, abre uma excegdo: nao resiste ao aroma do folhado de chocolate acabado de sair do forno que ercorre 0s corredores da escola. Numa manha, é abordada por um colaborador de uma campanha de solidariedade que Ihe diz que o prego daquele folhado de chocolate é 0 suficiente para pagar o tratamento que salvaria a visdo de uma pessoa num pais subdesenvolvido, Quando pesa a perda daquele seu prazer fugaz contra a perdia permanente da visdo de alguém, sente-se obrigada a prescindir do seu folhado de chocolate e doa o dinheiro para a campanha de solidariedade, Perdeu aquele seu pequeno Prazer, mas esta a fazer 0 que € certo. Na manha seguinte, o colaborador ja la nao estd, mas a Matilde nao consegue deixar de pensar que, se estivesse, poderia prescindir novamente do seu folhado de chocolate e salvar a visdo de outra pessoa. Questiona-se, também, se alguma vez voltard a apreciar da mesma forma o seu folhado de chocolate. E tu, jé paraste para pensar que ha sempre alguma coisa mais valida na qual podes gastar o teu dinheiro? Eric Chaline, 101 Dilemas para o Fldsofo de Bancada, Jacaranda Editora,2020 (texto adaptado). 1. Qual consideras ter sido a principal razio que levou a Matilde a “fazer o que é certo’: o dever de ajudar ou as consequéncias que o seu ato de caridade teria? 2. Se considerarmos que temos sempre a obrigagdo moral de abdicarmos dos nossos pequenos mimos em virtude de uma felicidade maior, deixamos de poder fazer a maior parte das coisas ‘que gostamos de fazer. Concordas com a afirmaga0? Justifica. Auto - gestern em agte mersinenssoreat Videos Ocqoeters cmsacto 1@ Astca Geontoiiea Sugesto de enplorago: AusioaPhiipp Foot 20 oma dor, Sugestio de vuaizaSo: The Good Pace 174 1. O problema do critério ético da moralidade de uma agao Oque determina amoralidade de uma agao? \ Teoria utilitarista Jeonsequencialista Fazes parte de uma equipa de resgate e estas perante um dilema: oito pessoas esto presas dentro de uma gruta e a gua jé Ihes chega ao peito. Tens menos de meia hora para salvar aquelas pessoas, no entanto, ndo hd como cortar o fluxo da agua. A tinica op¢ao é desviar a agua para outra gruta nas proximidades. O problema é que na outra gruta esto presas as outras duas pessoas que se separaram do grupo prin pal e se desviares a 4gua, a gruta ficaré inundada, provocando o afogamento_ delas. © que devem fazer tu e a tua equipa de resgate? Nao desviar o fluxo da agua deixar as oito pessoas morrer ou desvié-lo e salvé-las a custa do sacrificio das outras duas? Este é um dilema em que nenhuma solugdo é satisfatoria: se desviares a Agua, essa tua intervencdo deliberada causaré a morte de duas pessoas, que continuariam vivas se nada fizesses; se ndo desviares a agua, ndo evitarés a morte de oito pessoas que poderiam ser salvas. Moralmente, deve-se ou ndo sacrificar estas duas pessoas para salvar a vida das outras oito? O que torna uma ago moralmente correta ou incorreta? 1.0 problema do citi eo a morale de Sis Se considerares que nao deves interferr, por teres o dever de néo matar, a tua ‘eSposta val 20 encontro da ética deontolégica de Kant. Perante esta situago, Kant diria que nao devemos sacrificar as duas pessoas. H4 coisas que néo podemos inten- clonalmente fazer, como matar.Temos o dever incondicional de tratar qualquer pessoa Como fim em sie nunca como mero meio, independentemente das consequéncias que dai resultem. Dado que nesta perspetiva o valor moral da aco depende da intengao do agente (a intencao de cumprir o dever), e no das consequéncias da ago, esta 6 uma teoria ética ‘intencionalista’, Se. por outro lado, considerares que deves interferi, desviando o fluxo da 4gua e sacrificando com isso as duas pessoas para evitar a morte das outras oito, a tua res. Posta adequa-se a ética consequencialista de Mill. De acordo com a sua teoria conse- Guencialistae utlitarista, a agao correta é a que promove as melhores consequéncias, correspondendo estas a maior felicidade para o maior niimero. Por isso, perante esta situacdo, Mill consideraria ser preferivel sacrificar as duas pessoas, salvando as outras cito. Dado que, nesta perspetiva, o valor moral da ago depende exclusivamente das consequéncias (a maior felicidade para o maior nimero), esta é uma teoria conse quencialista. O critério da moralidade | Ocritério da moralidade Para as éticas deontolégicas, a moralidade nao est tanto naquilo que fazemos, mas na razdo pela qual agimos. As éticas consequencialistas interessam-se pelo con- tetido ou matéria dos atos, enquanto as éticas deontolégicas se interessam pela in- tengo ou forma desses atos. + intengao do agente +dever + razio/motivo pelo qual fazemos algo forma dos atos + consequéncias da aco sutilidade *beneficio da agao/felicidade que Promove scontetido dos atos Ov 1 Formula o problema subjacente & moralidade da agao. VeriliCe 2. contrapoe as respostasintencionalsta econsequencialista, se sabes 4 Oquetornsumecptomorainenecorretat buat 1.1. A ética deontolégica de Kant cnet O dever como principio supremo da moralidade 0 principio do dever «E exatamente ai que comega o valor do cardcter, que é moralmente, sem qual- quer comparacdo, o mais alto, e que consiste em fazer o bem, nao por inclina- 40, mas por dever. ‘Uma ago praticada por dever tem o seu valor moral, nao no propésito que com la se quer atingir, mas na maxima que a determina; nao depende, portanto, da realidade do objeto da ago, mas tao-somente do principio do querer, segundo 0 ‘qual a aco, abstraindo de todos os objetos da faculdade de desejar, foi praticada. La Ovvalor moral da ago nao reside, portanto, no efeito que dela se espera; também no reside em qualquer principio da agao que precise de pedir o seu mébil a este feito esperado, Pois todos estes efeitos (a amenidade da nossa situagao e mesmo © fomento da felicidade alheia) podiam também ser alcangados por outras cau- sas, e nao se precisava, portanto, para tal vontade de um ser racional, na qual vontade - e s6 nela - se pode encontrar o bem supremo e incondicionado. Por conseguinte, nada senao a representacao da lei em si mesma, que em verdade s6 no ser racional se realiza, enquanto é ela, e nao o esperado efeito, que determina avontade, pode constituir o bem excelente a que chamamos moral, o qual se en- contra jé presente na propria pessoa que age segundo esta lei, mas se no deve esperar somente do efeito da agdo.» Immanuel Kant, Fundamentago da Meafisica dos Costumes Porto Editora, 1995, pp. 36-39 Sugestao de exploracdo: 1. Segundo Kant, quando é que uma agao tem valor moral? 2. Kant demarca o valor moral da ago dos seus efeitos? Justifica, Fildsofo prussiano, onsideredo como principal A Fundamentaro da Metafsica dos Costumes, {ilosofo da epoca moderna ‘que éconsiderada por muitos fildsofos, como \Viveu no século das Luzes e da Revoluglo Francesa, a mais importante obra js escrta sobre a moral ‘ove influenciou o seu pensamento. Foium competente professor universtério durante _«Duas coisas enchem omet espirito quase toda avidacviveu uma vidaextremamente dum admiragio e de uma veneragio que a ets ‘no faz mais do que aumentar quanto mais 1241804 [Em 178, publicou a Critica da Razdo Pura e, frequente ¢ regularmente refletimos sobre clas: 2 partir dat publicou diversas obras, nomeadamense o6éu estrelado sobre a minha cabeya lei ‘moral no meu intimo.» Immanuel Kant é defensor de uma ética intencionalista e deontolégica. Quer dizer que o critério central na determinacdo de que ages séo moralmente corretas 6 a intengdo do agente. Para Kant, a Unica intengao genuinamente boa é 0 cumprimento do dever. Por essa razo, a sua teoria inclui-se nas teorias éticas deontolégicas do grego déontos, que significa dever. 176 1. A ela aon de Rane Kant fundamenta a moralidade na razao humana, na razdo isenta de qualquer in- fluéncia empirica ou sensivel e nao submetida a qualquer autoridade exterior e supe- rior a ela. Consequentemente, apenas tem valor moral lei ditada pela razo, que consiste no ato praticado pelo respeito ao dever. E a raz4o que determina a vontade por moti- vos a priori. S6 uma ago motivada pura e simplesmente pelo principio do querer - 0 dever ~ € que pode ter contetido moral. Todas aquelas ages que tiverem propésitos e inclina- ‘ges exteriores ao puro cumprimento do dever nao tém legitimidade moral, nomeada- mente as agdes que tém como base as consequéncias/efeitos da aco, as inclinac6es, 8 sentimentos ou os interesses pessoais. Imagina, por exemplo, que és um ser caritativo, que se alegra com o contenta- ‘mento dos outros e encontras prazer em espalhar a alegria a tua volta. Essa tua acdo nao tem verdadeiramente contetido moral, porque é movida por inclinagdes que em nada esto relacionadas com o dever. $6 teria valor moral se fosses compassivo por dever. Neste sentido, sempre que ages por dever, estas a agir de modo imparcial. Ao agir movido por inclinagdes sensiveis, por exemplo, terias comportamentos diferentes para quem te suscita bons sentimentos e para quem no te suscita bons sentimentos. Ao agir por dever, o teu comportamento é sempre o mesmo, quer para quem te sus bons sentimentos quer para quem te suscita maus sentimentos. ov fed. Bstesarario pea qual podemosfimarque Kan édsensor de Verili ‘uma ética deontoldgica, ge SAS 2 Relaciona moraldade daa erezdo 3. Exemplifica ages que nao possuem valor moral - CO qustorasumangio morsnans sora? Tipos de agdes Agées contrarias ao dever, conformes ao dever e por dever «

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