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Paulo Rangel Rios < Angelo Fernando Padilha <2 ee wha LE LETS | Numero de objetos por unidade de volume-teste r m Comprimento médio de intercepto, L,/N, a m? | Area plana média, A /N, 5 m Area superficial ou interfacial média, 5,/N, V m> | Volume médio, V,/N,, 1.5 — Equagées basicas da metalografia quantitativa Conforme ja foi mencionado, em geral as determinacGes de metalografia quantitativa so feitas em superficies opacas. Os pardémetros determinados em duas dimensdes sao utilizados para, com auxilio de relagdes matemiaticas, se obterem parametros tridimensionais. A tabela 3 ilustra este procedimento. NogGes basicas de estereologia quantitativa 19 Para obtengao de parametros tridimensionais a partir de medidas realizadas no plano sao utilizadas algumas equacdes basicas: A =A,=L,=P, Tabela 3 — Relagdes entre parametros medidos em duas dimensées (O) e parametros tridimensionais calculados({) Espécie microestrutural Dimensées expressas em meiros Pontos Linhas Superficies Volumes As equagées mencionadas acima sao exatas e independem do tipo de microestrutura. Por exemplo, elas so validas, mesmo para microestruturas orientadas, desde que as medidas sejam realizadas ao acaso. 1.6 —Alguns exemplos de determinagao Neste item serao discutidos os dois tipos mais freqiientes de determinagfo utilizados em ciéncias dos materiais: fragaGo volumétrica das fases e tamanho de grao. 20 Transformagées de fase 1.6.1 — Fragado volumétrica A quantidade das fases presentes em uma microestrutura é geralmente dada pelas suas fragdes volumétricas. A determinacao da frago volumétrical!) pode ser realizada de diversas maneiras, conforme indica a relagao ja mencionada anteriormente: A maneira mais utilizada é a determinagao da fragao de pontos P, incidentes em cada fase, conforme ilustra a figura 2. rere pg BRA ote el Figura 2 — Determinagao da frag4o volumétrica por meio de P,, O método de contagem de pontos consiste em sobrepor uma rede de pontos sobre uma determinada drea da microestrutura. As maneiras mais usuais sfo colocar esta rede de pontos na ocular do microscépio (estas oculares sio disponiveis comercialmente) ou entdo diretamente sobre a microfotografia. O numero de pontos que incide sobre as areas de interesse (pode ser uma determinada fase ou porosidade) dividido pelo mimero total de pontos da grade fornece o valor de P,. O processo deve ser repetido em diferentes regides da amostra, para que a medida seja estatisticamente representativa. NogGes basicas de estereologia quantitativa 21 Outra maneira para se determinar a frago volumétrica é a determinagio da fragdo linear L,. Neste procedimento, denominado andlise linear, sio mminados os comprimentos individuais interceptados pelas areas de resse (fases, poros, etc.) que sao divididos pelo comprimento total da linha-teste. A frago volumétrica pode também ser determinada por meio de andlise de area determinando-se a frag&o de drea A,. Esta andlise envolve a determinagao das areas relativas das diversas regides de interesse, as quais devem ser divididas pela area total da regiao medida. A figura 3 mostra esquematicamente a equivaléncia das trés maneiras de determinagao da fraco volumétrica descritas anteriormente. SW TN PP tee TTR TY ee | iT TS ST NSN S| Tee mel {APT TY PTT Ta a fe | Te at eet SST Tar 4 ZA Z vy Figura 3 —Diagrama esquematico mostrando a equivaléncia entre P,, L,, eA, na determinagaio da fracao volumétrica V,, E importante mencionar que os procedimentos detalhados e a correspondente andlise estatistica podem ser encontrados nas normas técnicas, como, por exemplo, na ASTM E562"!, cuja leitura é recomendada antes da definic¢do da estratégia (ntimero de campos e ntimero total de pontos a serem medidos, assim como aumento selecionado) de medida e da realizac&o de qualquer medicao de fracio volumétrica. Alids, estas recomendagdes sao gerais e valem para outras medigdes em metalografia quantitativa, como é 0 caso do tamanho de grao. 22 Transformagées de fase 1.6.2 — Tamanho de grao A grande maioria dos materiais cristalinos utilizados em engenharia é policristalina. O agregado policristalino consiste em geral de pequenos cristais, denominados graos, com dimensdes de poucas dezenas de micrémetros, arranjados de maneira a preencher todo 0 espaco (sem deixar vazios). E importante destacar que um gro em um agregado policristalino é um poliedro que deve preencher todo o espaco (sem deixar vazios), satisfazer o equilibrio de tensdes superficiais e, é claro, satisfazer as relagdes matematicas entre o numero de vértices (v), as arestas (a) e faces (/), ou seja, o teorema de Euler: at+2=v+4f O poliedro que mais se aproxima destas exigéncias € o ortotetracaidecaédro, apresentado na figura 4. “oY (a) (b) Figura 4 — Forma provavel dos gros de material policristalino: a) ortetracaidecaédro (24 vértices, 36 arestas e 14 faces); b) arranjo tridimensional (sem vazios) destes policdros Os nimeros de faces, arestas e vértices dos gréos em um agregado policristalino podem ser determinados experimentalmente. Tome-se, por exemplo, um pedago de aluminio puro com graos grandes (isto pode ser obtido fazendo-se um tratamento térmico em altas temperaturas, quando ocorre crescimento de grao). Se o aluminio policristalino for colocado em contato com galio liquido (ponto de fusao por volta de 30°C), ocorre difusao preferencial dos dtomos de galio pelos contornos de grao de aluminio, ¢ a concentracio de galio nestas regides é bastante aumentada. A presenga de galio nos contornos (segregagdo) diminui a forga de coes&o entre os graos, Nogées basicas de estereologia quantitativa 23. tormando o material fragil (fragilizagdo por metal liquido) "*""4!, Sob aplicagao uenas tensdes, os graos se desagregam por fratura intergranular, como m os graos de uma roma. Se os numeros de faces, arestas e vértices de s grios forem determinados, os valores médios serao muito proximos do ortotetracaidecaédro !""), A figura 5 apresenta diferentes seccdes de um material policristalino ico, conforme observaveis por microscopia Otica. ra 5 ~ Microestrutura monofasica policristalina Contornos de grios sfio as fronteiras bidimensionais que separam stais de diferentes orientagdes em um agregado policristalino. As erencas de orientago entre graos vizinhos sao de dezenas de graus. Por esta razao, este tipo de defeito é denominado contorno de alto angulo. Estas erandes diferengas de orientacdo impedem que este tipo de contorno possa ser descrito ou representado por arranjos convenientes de discordancias, pois, neste caso, elas estariam muito proximas, a ponto de ocorrer interagdes entre seus nuicleos. Por outro lado, varias observacdes, com auxilio de microscopia eletrénica, mostram a existéncia de discordancias nos contornos de grao. A regiao do contorno tem espessura de aproximadamente duas a cinco distancias interatémicas e é bastante defeituosa. Pode-se dizer que os atomos do contorno apresentam um nimero de coordena¢do menor do que os atomos no interior dos graos. Existem alguns modelos que tentam descrever os contornos de grao em agregados policristalinos, apesar disto, 0 conhecimento de sua estrutura é bastante limitado. Um dos primeiros modelos propostos para descrever os 24 Transformacées de fase contornos de gréo foi o modelo do cimento amorfo, apresentado em 1900, por Ewing e Rosenhain"*. Segundo eles, os contornos de grao sao regides nao cristalinas ou amorfas, que envolvem os diferentes cristais ou graos mantendo-os unidos. Atualmente, um dos modelos mais aceito é 0 proposto pelo pesquisador alemao H. Gleiter!'7!, apresentado na figura 6. Note neste modelo a presenga de degraus (/edges) nos contornos de grio. Degrau em contorno de grao ¢ caracteristica importante dos contornos de alto angulo. Observag6es recentes, utilizando microscopia de alta resolucao, sugerem que os contornos de alto Angulo consistem de grandes regides em que a adaptacio at6mica entre os dois graos é relativamente boa, separadas por regides de ma adapta¢ao. Os degraus esto associados com estas regides de ma adaptagiio. De uma maneira geral, pode-se afirmar que a quantidade (ou densidade) de degraus cresce com o aumento da diferenga de orientagio entre grios vizinhos. O contorno de grao tema ele associado uma energia por unidade de area ou tens&o superficial. Esta energia é praticamente uma constante do material, embora existam alguns contornos especiais de menor energia, denominados contornos de alta coincidéncia ou simplesmente contornos de coincidéncia. A energia dos contornos de grao esta relacionada com a energia da superficie. De um modo geral, a energia média de contorno de grio é de cerca de 0,45 a 0,75 da energia de superficie de um material. Figura 6 — Modelo de contomo de grao contendo degraus!”! As medidas de tamanho de grao sao realizadas com muita freqiiéncia tanto nas indistrias como nas universidades e instituigdes de pesquisa. O tamanho de grao é caracterizado pelo seu diémetro médio"*""1_ O didmetro médio de gro (d) é determinado medindo-se o numero de intersecgdes de uma linha-teste com os contornos de gro (P,) em uma micrografia ou corpo de prova metalografico, conforme ilustra a figura 7. As linhas-testes nao precisam ser necessariamente retas. Nogées basicas de estereologia quantitativa 25 Figura 7 — Principio de determinagao do tamanho de grio Autilizacao de circunferéncias como linhas testes minimizam 0 efeito da orientagdo preferencial em determinadas dire¢ées, o qual é muito freqiiente nos materiais. No caso de um material policristalino monofasico valem as relagdes: N, d= P, S, =2P, Nas industrias, ¢ muito comum referir-se ao tamanho de grao por meio de nimeros (que nao sao necessariamente inteiros) da norma americana ASTM""), Por exemplo, um tamanho de gréo ASTM 6 corresponde a um diametro médio de cerca de 40 ppm. O ntimero (/V) do tamanho de grao ASTM esta relacionado com o didmetro médio (d, em cm) por meio da seguinte equagao: N =-10,0—6,64 logd 26 Transformacoes de fase 1.7 —Tipos de microestruturas bifasicas Um material bifasico pode apresentar diferentes tipos de microes- trutura, dependendo do tamanho, da quantidade, distribuicao e morfologia das fases. Em seguida, procurar-se-d classificar as microestruturas bifasicas ¢ caracterizd-las com auxilio de pardmetros de metalografia quantitativa. Mais uma vez, adotar-se-4 a abordagem proposta por Horbogen""!. Os principais tipos de microestruturas bifasicas (as duas fases esto designadas pelas letras a ey) sao apresentados na figura 8. |. Duplex Il. Dispersdio Il. Esqueleto IV. Dual — CE + err Ye i oe | PaQP yn, | Figura 8 — Tipos de microestruturas bifasicas®! Para facilitar a caracterizag&o dos quatro tipos de microestruturas da figura 8, serio definidos alguns paraémetros”'™I, utilizando grandezas determinadas ou obtidas por metalografia quantitativa: Parametro daplex: A= Si Say Parametro de dispersio: § =—4 sy _ tt Contigitidade: C, =v _. " = 258 gH 1 OS 4 SH Noc6es basicas de estereologia quantitativa 27 25H +S 25% 4.5% O pardmetro A representa a razdo entre a quantidade de contornos raos da fase y pela quantidade de contornos entre graos da fase a. O parametro 6 representa a razao entre a quantidade de interfaces ay pela quantidade de contornos ao. (a é a fase matriz). A contigiiidade representa o grau de adjacéncia ou continuidade de cada fasel34l, Por exemplo, uma microestrutura dtiplex ideal deve apresentar os Zo volumétrica das fases metro duplex metro de dispersio Razao de contigiiidades intes valores para os parametros definidos acima: VQ) = Vy = 05 A=1 3=2 CfC,=1 Uma microestrutura do tipo dispersdo ideal apresenta os seguintes 4o volumétrica das fases Parametro duplex Parametro de dispersio Contigtiidade Raz&o de contigitidades ores para os pardmetros anteriormente definidos: 00 c=0 CLE, = © Uma microestrutura do tipo esqueleto ideal apresenta os seguintes valores para os parametros anteriormente definidos: Fragao volumétrica das fases Paraémetro duplex Parametro de dispersado Contigiiidade Raziio de contigiiidades 00eC, 0 C/c,=0 Finalmente, uma microestrutura do tipo dual apresenta caracteristicas dos trés tipos (duplex, dispersio e esqueleto) mencionados acima. Ela apresenta numeros de graos o ¢ y aproximadamente idénticos, como no caso 28 Transformacées de fase das microestruturas duplex. Por outro lado, os grios da fase y sao isolados uns dos outros, como no caso das microestruturas do tipo dispersao. Finalmente como no caso das microestruturas do tipo esqueleto, a fase y encontra-se sempre nos contornos de grao da fase o. (matriz). 1.8 — Microestruturas contendo dispersao de particulas Os materiais contendo dispersio de particulas sao muito freqlientes no dia-a-dia do especialista em materiais ¢ deve entio receber atengdo especial. A determinagio da fra¢ao volumétrica é relativamente simples e j4 foi descrita neste capitulo. Por outro lado, a determinagao do tamanho médio das particulas é um dos problemas mais complexos de estereologia quantitativa?**". Uma das maneiras de se tratar 0 problema é fazendo-se hipoteses simplificadoras (geralmente muito fortes) sobre a forma e a distribui¢io das particulas. Por exemplo, para uma distribuigdo ao acaso de esferas (todas) de mesmo raio (7) valem as seguintes relagdes: _2N, _ 3, mN, 4N, n(N,) y, <0) AN, Vo= 8, i v 3nN 4 Para as mesmas hipoteses, ao longo de uma linha, o espagamento médio entre particulas (A) ¢ a distancia média centro a centro (G) sdo obtidos por meio das relagdes: Em um plano, o espacamento centro a centro (A,) entre particulas ¢ dado por: A,= 05, Y" No volume, o espagamento centro a centro (A,) entre particulas é dado por: A, =0,554(N,. J" Nog@es basicas de estereologia quantitativa 29 4.9 — Velocidade de nucleagao Como ser discutido nos capitulos posteriores, é habitual subdividir muitas transformagées de fases em duas etapas: nucleagdo ¢ crescimento. A determinagaio da velocidade de nucleagao (W ) de uma determinada transformagdo de fase é, ao mesmo tempo, experimentalmente muito complicada e matematicamente simples: Aequacdo acima mostra que, para a determinagio de N, basta conhecer a variag’io de N, com o tempo (¢). A dificuldade experimental € justamente identificar os novos nticleos que se formam, pois, em geral, eles tem dimensdes diminutas e raramente estdo distribuidos totalmente ao acaso. 1.10 — Velocidade de crescimento Outra grandeza-chave na andlise das transformagées de fases é a velocidade de crescimento. O primeiro método utilizado para estimar a velocidade de crescimento é 0 método do tamanho maximo, muito utilizado nos primeiros estudos de recristalizagio®"!, Este método consiste em medir 0 tamanho da maior particula ou gro encontrado no plano de polimento. Este método antigo € limitado foi gradualmente substituido pelo método da velocidade média de migragao (G,,, ), proposto por Cahn e Hagel): el agile, FS, dt Este método é mais confidvel, mas exige 0 conhecimento da fragio volumétrica (e da sua derivada no tempo) e da quantidade de frentes de reagao em fungio do tempo. 41.11 - Comentarios finais As microestruturas reais sao freqiientemente combinagdes dos protétipos discutidos neste capitulo. Além disso, os materiais comerciais apresentam também, com relativa freqiiéncia, mais de duas fases. Nestes casos, podem ocorrer combinacées entre os diversos prototipos e as diversas 30 Transformacées de fase fases. Por exemplo, em uma microestrutura duplex, dentro de uma das fases, pode ocorrer uma dispersao de particulas de uma terceira fase. Também nao é raro que materiais comerciais apresentem microes- truturas orientadas e nfo totalmente homogéneas. Geralmente, isto esta relacionado com o processamento dos materiais e ¢ praticamente inevitavel, o que torna a quantificag4o da microestrutura ainda mais dificil). Exercicios propostos O problema marcado com asterisco é mais dificil e representa um desafio. 1) Considere que a micrografia esquematica da figura 2 foi obtida com um aumento de 1 500 vezes. Qual o diaémetro médio e o tamanho de grao ASTM? 2) Considere que a micrografia esquematica da figura 7 foi obtida com um aumento de 400 vezes. Estime o espacgamento centro a centro (A,) entre particulas. Suponha uma distribui¢ao ao acaso de esferas todas de mesmo Taio. 3) Calcule a area total (em hectares) dos contornos de graos em 1 m> de material nanocristalino com diametro médio de grao 150 nm. 4) Suponha que os contornos de graos do exercicio anterior tenham 5 A de “espessura” e calcule a “fragao volumétrica” de contornos. 5) A fragado volumétrica porcentual de sementes de uma determinada laranja é cerca de 2%, e o didmetro médio das sementes é cerca de 4 mm. Estime o espacamento centro a centro (A,) entre as sementes. Suponha para as sementes uma distribuic&o ao acaso de esferas todas de mesmo raio. 6) No exercicio anterior, suponha uma laranja com didmetro de 8 cme calcule o numero total de sementes. 7) Duas amostras de um aco eutetdide foram esferoidizadas em condigdes diferentes. Que parametros de estereologia quantitativa vocé mediria para caracterizar as duas dispersdes de carbonetos? 8) Quais parametros devem ser medidos para acompanhar a cinética de recristalizacao? Nogées basicas de estereologia quantitativa 31 9) Durante a recristalizagdo, ocorre o crescimento das regides recristalizadas pela migracao de contornos de alto angulo até que os graos recristalizados se toquem mutuamente (impingement). Como se pode acompanhar quantitativamente a ocorréncia de impingement durante a recristalizacao? 10) Duas amostras de lat&o foram recozidas por tempos diferentes. Como vocé quantificaria as maclas de recozimento nas duas amostras? 11) Uma liga de aluminio apresenta uma dispersio de particulas com fragao volumétrica porcentual de cerca de 4% e diametro médio de 2 um. Calcule a forga retardadora ou de arraste (forca de Zener) exercida pelas particulas sobre os contornos de grao. Suponha que as particulas est&o distribuidas ao acaso ¢ considere a energia dos contornos de grao como 600 mJ/m’. *12) Considere que a liga do exercicio anterior tem diametro médio de grao de 50 um e que um décimo das particulas est4 nos contornos de graos. Calcule a forca de arraste devido as particulas situadas nos contornos. 13) Usando uma grade de 100 pontos, obteve-se uma fragao volumétrica de 0,30 (30%). Consulte a norma ASTM E562 da referéncia!’”!, ¢ calcule o mimero de vezes que a grade deve ser aplicada, para se obter um desvio adrao de + 0,01. Referéncias bibliograficas 1] E. Hombogen: Die Zukunft der Werkstoffe. Deutsche Gesellschaft fur Forschung und Technologie. Bochum, Germany, 1982. 2] F. Jeglitsch: Zum Gefiigeaufbau metallischer Werkstoffe (On the microstructural composition of metallic materials). Praktische Metallographie (Practical Metallography), vol. 26, pp. 389-403, 1989. 3] E. Hombogen: On the microstructure of alloys. Acta Metallurgica, vol. 32, pp. 615-627, 1984. 4] R. T. DeHoff and F. N. Rhines (Eds.): Quantitative microscopy. McGraw-Hill Book Company, New York, 1968. 5] R. T. DeHoff: Quantitative metallography (Chapter 9). In: Techniques of metals research, R. F. Bunshah (Editor). 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