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3e 32L COMPENDIO DE HISTORIA DA IGREJA POR FREI DAGOBERTO ROMAG, 0. F. M. LENTE GERAL DE HISTORIA RCLESLASTICA VOLUME II A IDADE MEDIA PREFACIO A 1° EDICAO © ° | seu cam neiro volume da Histéria da Igreja ho pelo Brasil, E teve aceitagao mais ousava esperar. De diversas partes Viadas cartas de felicitagées. Agradego a Deus pelo bem que se dignou de fazer por meu inteemédi. ate os animadores elogios fcgko de nfo pi Peofusdio beptout, Bo Hie, RE NGiA Gitta, RISPO DE ERE hoforie) VE LAURO OSTERMANN OG, Pinfipouiss 20 eset indice alfabético ao a diversos pe- dar a cada e, Pelo. mesmo ‘2 este volume um elenco dos papas, dos fos da idade medi sim Lortz nos apresen historia das idéias, Eu sou es da historia. Estes fatos, & ver- grande restrigdo, mas ia do material é de~ Respondo com 10 Preffcio & 2 edigdo de um estudo mec&nico e que, no entanto, o estudante da toologia deve estar nas condigdes de fazer uma idéia certa € justa da histéria, s6 pela leitura do manual. Este, natu- icagdo do lente. © lente tem de dar vida a letra, concede-se-the, portanto, grande liberdade nas suas pre- egies. Além disso, 0 compendio & destinado também para ou- tros leitores e no pode, portanto, contentar-se com alguns poueos fatos, nem com a ‘a nocessarin base de fatos, Espero ter conser dois extremos, Tume aos estudanies de teologia e a0 benéw perando contcibuir a honra de Deus, & Igreja ¢ a0 bem espiritual da grande ¢ catélica pitria bra- leira, que catélica b& de ser sempre, se quiser ficar pre- servada dos cataclismas horrendos que, nestes dias tempes- ‘tuosos, agitam a velha Europa Curitiba, Festa do Doutor Serdfico S. Boaventura, 14 Julho de 1940, PREFACIO A 2° EDICAO '$ Passaram por uma transformagao, que es~ cas recentes tomaram necessarias. Nao foi possivel aceitar certas insinuagbes, despojadas de critica SG que de nada serviriam a verdade. Mas, respeftamos 2 moderagao € 0 carinho, com que outros escrevem a sua his~ toria e expem os seus argumentos. Modificamos também, de ver em quando, a citagio das fontes, omitindo umas, porque mio as temos mais A mio, ¢ indicando outras, por- que so mais faceis a consultar. Servir a verdade e promover 2 gléria de Deus ¢ da santa Igreja & nosso inico desejo. Petrdpolis, Festa de S. Antnio, 1949, ABREVIACOES MAIS FREQUENTES AASS — Acta Sanctorum, ed. Bollandus et socii AF ~~ Anatecta Franciseana AFH — Archiv um Historie universal da Igreja, trad, por J. Anal. Bol. — Ai lecta Bolandiana Baron, Antal, — Baroni, Annales Ecclesastis, Anturpiae BR ed. Taurinensis icbberger (LTH) —~ Buchberger, Lexikon fuer Theologie und Kirche " Teer Theolog co le, Con Deer. Grat, Deere — 15" (Umberg) — Franiskanisehe Stud Punk, AU und U FB — Binimeyer, buches von Fu — Historia Eclesi Karrer — Karrer, Textgeschichte der Mystik Lortz — Lortz, Geschichte der Kirche LP — Liber Ponti ed, Duchesne LThK — Buchberger, Lexikon Abeeviagoes mais frequentes Maurois — Mauris, ingues, Rio de Janeiro fenta Germanica (EE — Epistulae; SS — Papsttums und Tubingen 1934. dem Ausgang MQ — Mirbt, Qu des roemischen Kathol Pastor — Pastor, Gesch des Mittelalters PG — Migne, Patrologiae cursus completus, ses Orca PL — Migne, Patrologiae cursus completus, Series Latina fn Contimatio C. Bae VIL, of. Jaffe istoriae ecclesiasticae medi Romae 1930. men yon Maria Laach A IDADE MEDIA PRIMEIRA POCA A IDADE MEDIA PRIMITIVA DESDE A MIGRACAO DOS POVOS ATE’ GREGORIO vil. — A IGREJA MESTRA DO. OCIDENTE Vista Geral versos hhavia sido 0 oriente 08 paises do Mev jo dos povos, » maometani germanicos aparecem historia, destroe principal da atividade da Igreja 2, Esta atividade, por sua vez, também & o antiguidade, a Igreja, pequeno grao de mostarda, teve que rentar uma cultura elevada, ou antes trés culturas per- feitamente desenvolvidas, a cultura judaica, grega e romana, A Igreja nascente coube a ¢ issio de purilicd-las dos elementos que nfo eram de Deus, transformando a sociedade segundo os principios crisidos, Na idade média, a Igreja florescente encontra os novos povos germénicos e estavos que, seb desprovidos de toda cultura, tinham-na, fentanto, muito inferior Emibora o nivel cultural da Igreja tivesse descido um tanto da sua altura primitiva, pelo fim da antiguidade, to- “4 1 epoca: A Made Média Primitiva cram suficientes para reas 10 colhera toda a cultura de fazer dela, como de davia, as suas forgas espiritu: ar a sua missao, Santo Agos a, e a Fgreja ndo tinha sen: fato 0 fez, a base da povos medievais por meio daquela heranga, formar © orga~ nizar os Estados, que logo se sevestiram de carater cristo, ccriar entre eles nova cultura, eis a missio da Igreja me- prolongado e inrte de ter (078-1016), una segunda ivasao dos dinamangueres Canuto Magno, chefe dex ine com apenas 23 anvo de = Tiostouse to. piedoso Fa ua coroa'e a suspend acina Wo altar-vor ae tedral de Winchester, para mostrar que Deus ico re taral de Winchester, para mostrar ue Des € 9 Ws as 8 imimeros ico da Igroja das da vida mor homens culo representante mais insigne & 8. Beda, 735), mestre de toda a idade média, . © Meno e os Alpes. Zulpique (496), © su i8 que os frencos propria Igreja franca s parece, na segunda 1 31, Maiores progressos fez a conversio do pov: lo Penetraram no pais os monges estrangeitos, principale mente 0s irlandeses. $. Fridotina (¢ 530?) € consideredo a 1 época: A Wdade Média Primitiva fundador do mosteiro de Saeckingen. No entanto a sua Vite é lendéria para merecer f€. 5) que, pelo ano de 590, campo de sua missio as margens do lago de Zurique e Constanga (610-12). A familia ducal tio era cristi, Um paroco, de nome monges Sobre a cela de 8. Truiberto dedicado em 2 ss.) fundow outro ‘a deixar 0 pals por ‘nio dos francos, retirou-se ‘ado, onde fundow osteiros da regra de 8. Bento. 6432) foi funda faurou outros 32, Pirmino j4 aparece mais como organizador da Igreja do que como missionirio, De fato, a Lex Alemannorum no contribufram muito os mon= ‘eodoro fundaram, nos meados 1s de Fuessen ¢ Kempten. A de 33.4. Os bavaros, descendentes dos marcomanos da Botmia, tinham ocupado, pelo ano de 500, as regides situa das entre o Lech eo Inn, entre os Alpes e 0 Dani seja o Noricum e a Récia. Vieram a conhever o cristi por terem sido cristianizadas as regiGes no tempo dos ro- ‘manos, como também pelo contacto com os francos, cujo de, tiveram que reconhecer. A tamil ingios, desde a si ina do duque Garibaldi, que vei ina dos longobardos, tornou-se a grande apéstola deste povo. . Diversos missionarios aprofundaram a vida catélica na Baviera, principalmente pela fundagto de numeroscs mos- ‘eiros, como Chiemsee, Tegernsee, Mondsee, Kremsmiister © outros. Eustasi pregou ali no principio do século VII. Seguiu-thes, mais tarde, 0 bispo Ruperto de Vormécia (7 722; MOSS rer, Mer. 6, 140 ss), da familia real dos merovingios, cha- mado o “apdstolo da Baviera”. Foi chamado pelo duque ‘Téodo Il, € fundou, nas ruinas do cas bburgo, 0 mosteiro de S. Pedro, O corepi mdou 9 mosteiro de. Ratisbon também o nome. Morteu assassinaco pelo fitho do duque (715). Sua vida foi escrita por Aribo, bispo de Frisinga (764-84; Anal, Bol. 8, 211 ss). Aribo esctevew igualmente a vida de 8. Cork 10 (} 725; AASS 3, 281), pri. i20u, nos’ anos Salzburgo ¢ po, dos elementos relaxados. A Baviera toroucse, desta partida para a missio entre os povos dh 34. A Turingia ou Franconia Ori , Harz, Tauber e Dai egagao do bispo seus companheiros, 0 sacerdote man. O duque Gosberto, que re- sidia em Vuerzbat maior parte do povo renunci 9 culto dos idotos, Tendo, porém, Quiliano re dugue por causa do sen desir quase a jerarqia do pas, sagrando conte de Vuerzburgo a 8. Bureand (rat Howl, Kucengeshicie Devan, 4 yo! 24 et, Lip 1900 ana MGSS vet ers, Igy / alae ler, Kloterieben 2 Mieaiter nach’ tetfenoeaiechen Aufreichnungen, " " 0 1 época: A Made Méia Primitiva § 67, Vilibrordo € Bonifacio 35, A conversio entre os diversos povos germanicos hhavia feilo bons progressos até ao século VIN. Mas carecia ainda de uniformidade e organizacao. Os monges irlandeses eram mais ascetas do que pastores de almas, © pouca porlancia ligavam & centralizagao jerarquica. Supriram esta organizador € universalista, unindo-se intimamente ao centro da Igreja, © papado. Os’ mais insignes entre eles so os dois santos aquele apéstolo dos frisdes, este apéstolo da Alemanha. 36, Os frisSes habitavam as costes do Mar-Nordico, entre 0 Veser ¢ 0 Esealda, Grande resistencia opuser pregacio do cristianismo, porque odiavam os f gos nacionais, ¢ porque receavam por sua in cia, Pelos meados do século Amando (+ 675), apéstolo Dagoberto | (626-39) ¢ mai eS. Cunibe ourives de (660), Também vencido por Mosa e Es- le rgio 1 (686-701) concedeu-the, na primeira via- gem a Roma, as necessirias fa ‘a segunda Viagem, sagrou-o bispo de Utrect fundow ide se Depois da morte de Vilibrordo (739), $. Bonitacio, S. Vilehardo, primeiro bispo de Bremen, §. Ludgero, primeiro bispo de’ Mu tinuaram a'sua obra, Carlos Magno extirpou completamente © paganisino (785). 37 a. Grande parte das tribos germAnicas, pois, abra- ianismo, Outras continuavam, no entanto, pagis, © mesmo nas regibes cristis nfo desapareceram de todo as superstig6es © os costumes do paganismo, Para remediar a falta e para organizar a Igreja em todo o reino dos francos, § 61. Vilibrordo © Boniticio 3 fora destinado, pela Providéncia divina, Vintredo, chamado, mais tarde, Bonifacio. Nasceu ele de familia fidalga de Kirton no reino de Wessex (675). Nos mosteiros beneditinos de Exe- ter e Nutscela obteve uma educagio esmerada. Dirigi de la, Em 716, empreer gem para 0 relno dos frisées, Mas, nao podendo far a suia miss4o, por causa da guerra entre Carlos Martelo e Radbodo, voltou a Inglaterra b. Elefto abade do a esta dignidade e, em 718, fez reino dos frisées, e esta ver et ais nada, ao papa Gregério Il (715-31) para Ihe pedir faculdade para a sua obra (PL 89, 495). Por esta © nome de Bor Sabendo da , comegou a sua atividade entre os Jado de Vilibrorde, que projetava fax Nao aceitando a proposta, ret do Reno, que o papa the havia des- lares de pagdos receberam o batis iaviam recaido nos erros do paganismo, e muitos, que vam ao seio da Igreja. Em Amenaburgo levantou-se & sucessos, chamou-o este a Roma e sage de toda a Germania tra casio, um juramento espi tamente & Sé apostélica (Jatfé, Bibl. rer. Germ. 3, 78), Com uma colegio dos canones e cartas de Carlos Mattelo, aos bispos, 8 nobreza e ao povo volton para a sua missio, Provido dum ivo-conduto de Carlos Martelo, di , em 724, cortou o carvalbo sagrat perto de Geismar, mostrando a impoténcia dos gos, Da madeira do can uma capela et honra de S. Pedro, para comemorar este acontecimento de maxima importancia storia da Igreja germanica, D giu-se, em seguida, para a Turingia, onde o cristianismo se achava num deploravel estado. Pre elo espaca de lez anos, quebrando, finalmente, a resisténcia que o povo antigo clero Ihe fizeram © fundando 0 mosteiro de Obraruf perto de Gotha, por esta 2 1 epoca: A Wade Média Primitive . A sua patria o apoiou generosamente, enviando-the rnumerosos cooperadores, monges de ambos os sex0s, como também clérigos seculares, Outros discipulos se Ihe asso- ciaram na Germania, como o franco Gregério, da casa real ‘dos merovingios, e 0 bavaro Estirmio, Com o auxilio dos ‘mesmos tratou de consolidar a obra, Fundou diversos outros. mosteiros, como de Fi S. Vigherto, 0 de Tauberbischotshe! dessa sua ‘parenta Lioba, o de Ochsenfurt, i Tecla, os dois mosteiros de Heidenticim, chefiados por isso, era at a jerarquia eclesiistica. Ao fe ocasiio da sua a nifficio esta necessidade, ¢ em resposta em pilio arquiepiscopal (732), incumbindo-o de sagrar bispos para o extenso campo da misso (Ep. 28). Com este fato comega a sua ati pois de uma terc leo, organizou a Igreja ‘da Baviera ispados de Buraburyo na Hassia, ido com Paderborn, o de Erfurt e de VOrz 1 € 0 de Eichstaett, cujo primeiro bispo Durgo na foi S. 40 a. Tendo organizado a Igreja nas diversas partes da Germania transreninia, incumbiu-o o papa Zacarias (741-52) de velar também’ pelo reino ociden necessiria uma reforma radical, Carlos Mar cultura ocidental pela vit6ria sobre os Arabes perto tiers (732), mas bem pouco se importava dos di da diseiplina da Igreja, servindo-se dela ainleamente para obter os seus fins politicos Seus filhos, 0s dois mordomos Carlomano ¢ Pepino, educados no mosteiro de S. Diniz, mostraram maior inte resse pela Igreja, Celebraram-se por Bonifacio, em 742, 0 primeiro Co para a Austrdsia, em 744, 0 sinodo de Soissons para a Neus- e-em 745, um sinodo nacional para ambos os reinos, vem lugar desconhecido, As suas disposigdes salutares, pu- § 67. Villbrordo e Boniticio 2 blicadas como leis eclesiasticas ¢ civis (capitulétia), visavam particularmente a reforma do clero, ao qual se pi arm , caa, traje secular © concubinato. Todo o subordinado a0s bispos, © aos monges se preser veu a rogra eS. Ba umes Pogson redigiu-se uma férmula de abjuracio, presereveram-se sic fodos anuais, organizou-se a con ordenou-se a’ restiqigao b. Fortes wereges Ad Ou eujo Mogtincia foi elevada fora deposte, Em 751 ole da Alemania central atincia, e embarcow ando e organizando a Igreja do reino Dew a ambos Roma, langando ages germanicas, Eginhardi Abbatis Annales, PL 104, 367 a8. — Alcuini Vita S. ed, Jatt, Bi 4 1 época: A Idade Média Primitiva § 68. A conversio dos saxdes e dos povos escandindvicos 42, Os saxbes tinham a sua sede no norte da Ger ¢ 0 Elba e 0 Saale, de um lado, e o Reno, do ou- nos, anglos, ostfa nordalbingios. No sul e oeste confinavam com os taringios, hhassos ¢ francos. Pelas relagSes que tinham com seus Zinhos tiveram logo alguma noticia do cristianismo. Mas (0 crist’ prolongada resist®ncia, que s0 se lavam a0s francos ¢ pelo desprezo pregava um Deus crucificado xbes, Evaldo o Branco ¢ Evaldo o Negro, ram 'senfio a coroa do martirio (Beda, HE, 5, 10). porém, os saxdes fizessem repet lamente © seu proprio reino, & da conversio, porque sem ela a con= perigo nfo podia prescind quista no seria duradoura 44 a, Em 772, iciou-se a guerra, Logo se rendeu 2 e fo ram-se, de novo, 782. Os saxdes| ela de Paderbo) dade. E, néo obstante, insur ‘tando guerreiros ¢ missionérios. O sabio Atcuino aconselhou a Carlos que em- pregasse meios mals brandos e convertesse 0 povo. “mais pela persuasto do que pela forga”. Mas Carlos, julgan- dlo-se chamado para rompeu com violencia, Verden sobre o Aller. Tal cena sanguinotenta exacerbou os saxdes ¢ esforgaram-se por recuperar a liberdade, Na bata- Iba de Detmold (783) foram, porém, derrotados. Carlos Magno mostrou-se entio em toda a sua gran- deza moral. Enviou a Vidukind um legado, convidando-o & § 58 A conversio dos saxtes e dos povos escandindvicas 35 reconeiliagao. Viduki vite; e com plena igualmente grande, aceitou o con rborn (785) foi 0. 0 ano di storia da Ak mo cristia~ nd (786) & um marco ‘mundo medieval. 0 povo saxo foi destinado a colocar-se a frente dum novo império cristao, ido, produzi em 804 estava decidida a sorte do paganismo com a cont= pleta submissio dos saxdes. b. Erigir gernaford) © Ost born, Bremen ¢ Verden para os desheim para 0s ostfalianos, O mosteiro de Cérbia sobre 0 Veser e outros tornaram-se centros da misao e da cul cristi. Apesar de ser feita a conversio pela vi cristianismo calou profundam: ister_(Mimi- iden, Pader~ edigida entre fa ma Germania, de~ foi 6 depois da sua efeito real. O papa Pascoal I (81 Ebbo de Reims legado apostilico dos paises né 0 rei Haraido da Dinamarca, expulso do seu rel raese na corte de Luis 0 Bonachto (814-40) © consentia em receber o batismo em Ingelheim (826). Voltando 2 Pitria, levou consigo 9 monge Ansgério © enérgico como Bonitécio, e chamado “apd: A missio teve um inicio esperangoso. Mas, « expulso mais uma vez € Ansgério dirigiu entao os seus passos para a Suécia, No entanto, em 831, fundow Lufs 0 Bonacho, autorizado pelo papa Gregorio IV (827-48), 0 ispado de Hamburgo para ser base de operasdes dos ftios. Ansgério foi nomeado arcebispo e vigario apos~ ico do norte % 1 gpoca: A Idade Mesa: Prinitiva 46, Infelizmente, ndo teve a seu lado tio numerosos santos cooperadores como Bonifacio, ¢ no meio das pertur- ages que agitavam aquelas regides, os resultados da sua isso foram insignificantes. Os normandos invadiram ¢ de- , em 845, Hamburgo, ficando a missio completa ida. Para que mio ficasse abandonada a obra, o papa Nicolau I € 0 rei Luis, 0 TeutOnico, uniram © bispado de Bremen com 0 de Hamburgo (849), poden- do assim Ansgério recomecar a sua pregacao. Em meio dos penosos traballios morrew © zeloso missionério, em 865. nberto (869-88) con- 47. Seu discipulo ¢ biégrafo as condi we Te Ot%o 1 ispados, Sch Ripen ¢ Aarhus, no tornasse a levantar-se pelo fim do sé te, o rei Canuto Magno evou a cabo ac ransformar a $ conseguin, porém, devido & rd (1103) © se metrépole da Igreja di provincia de Bremen, 48, Na Suécia, o cri 10 fez progressos muito len- io do século XI, 0 rei Ola- co IX, 0 Santo ( foi erigido o bispado de Upsala, elevado por Alexandre Ul a arcebispado (1164). Erico IX fez também uma ciuzada para a ia e fundou ali © bispado de Abo. 49, Na Noruega, a conversio comegou com a sul ao trono de Hacon, 0 Bom (838-61), que havia sido edu- cado na Inglaterra, Nao obst ticuldades, ‘motivadas pelo apego do povo 4 antiga religido, triuniou 1 cristianismo no reinado de Olavo 1 Trygwason (995-1000). © elo do rei pela converséo estendeu-se até as ithas Fa~ oer, Hébridas, Islandia e Groenlandia, descoberta ja antes ali no se conservou te que dizimou a populacdo ¢ pela hostilidade dos esquimais, no século XIV. A Noruega mesma pode ser rada, desde Olavo Haraldson, 0 Santo (1014-30), coma pais cristéo, sendo desde 1152 Drontheim a metrépote. 50. Entre os normandos, que i fadiram as diversas cos~ mn que, depois ongos anos, 0 terror da Franea, abracou 0 2), tomando 0 nome de Roberto. O rei Car~ tos, o Simples, Ihe concedeu, com am Ja,'a parte do seu reino que ‘mania, Com Roberto se convert seu povo. a0 Ural, © desde 0 Adi As origens da sua hist se prineipalmente pela extensio Os missiona foram enviados pelos patriarcas de Constat dade da missio deixou os seus ves queles povos até aos nossos dias, a 3 1 poca: A dade Médle Primitive sso ocidental comega no sudeste, onde’ os ano de 600, ocuparam a Carintia, a Carniola ianismo no século VIII por missionarios, enviados pelos bispos de Salzburgo © Passau. Os eroatas, ‘que se estabeleceram na Dalmacia (640), fo- ram catequizados, sob o duque Porga (c. 680), por sacer- s de Roma. Os avaros, descendentes dos hunos, smo, quando Carlos Magno (796) jugou. Mas desapareceram, no século seguinte, pela fu- sfo com 08 povos vizinhos. 53. Os mordvios, tributarios de Carlos Magno, foram Saleburgo e Pas- ni-se a Cons- jopla e pediu os missionarios Cirilo © Metédio (863). inventow a escritura eslava, Empregando, na proga- do ¢ na liturgia I gua eslava, os missiond~ ios conseguir: quinagdes de algun por Nicolau I, a Roma (8 veio a falecer. Metédio, porém, defendeu-se bi fo, por Adriano If, nomeado arcebispo e legado apo ico da Panéuia e da Moravia, N Wa visita a Ro- reino em conseq 08 filhos de Svatopluc (+ 894) e da i ros (905). Quando torna a aparceer na jew foi o primeiro duque a conver- (895). Mas, em breve, sobrevierain ‘urbuléncias tristes a jovem Igreja, Ludmila, mie de Spi- tigniew e primeira santa da Botmia, foi assassinada por § 60, A conversto dos eslavos € hingaros 39 Drahomira, sua nora (927), € S. Vencesia, tigniew ¢ Drahomira, caiu_‘vitimado por seu iemio Boles- tau 1 (029-67), 0 Cru 10) © ace Boleslau Ii (967-99) completou a obra da conversio pela criagio do bispado de Praga (873). O papa Joio XIII dew sew consentimento com a condigao, porém, fosse adotado 0 rito latino (Ep. ad Boleslaum). Pri- meiro bispo foi o saxdo Ditmar, e sucessor dele, 8. Adal- entanto, teve de lutar Adalberto para me- Ele mesmo viu-se obriga czyslau_ (960-82) casou-se com Dubravea, lau 1 (963) ¢ fez-se batizar, no ano seguinie. “O povo, exisemo dedicado a0 principe, despedagou por sua 08 idato nissiondrios botmios e alemé sna (968). No ano 1000, Otz0 to a0 seprilero de S, Adalberto, 0 arcebispado de Gnese Forartine subordinades os bispados de Colberg na Pome- nna Silésia e Crac robry (992-1025) au 8 e cingia a coroa real (1024). moveu-se wma forte reag tabeleceu, com o auxilio dos alemaes, 0 cristianismo ea a (1040). Desde et lamente no coragi0 do po tendo assassinado, a0 pé do de Craedvia, que Ihe censurara os crimes (1071), foi obrigado a fugir diante da indignagao dos seus vassalos morreu na miséria”. 56, Os vendos, nome coletivo de diversos povos esla~ vos, fixaram aS suas sedes entre o Elba e o Oder, Uma

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