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Gg 12 Bein Senge Se Oren "Jou Ct Sa Poo {Seer Leas do Pog = Vee 46 —Exatuto € Perspectivas do Narrador na Fiecio de Ega de Queiroz — Carlos Rets —_ a Comte Jol hip Vales {Go fropunas Macneil ‘5 Se» Snare do Porat de Meee Meri Cane ‘nin 0rd cia Jena tS “ny 51—As Vores do Romance — Oscar Y son com precsio? —L Vandeeld HILDEBERT ISNARD Livrania Ansan ‘comma — 1982 O ESPACO | GEOGRAFICO HILDEBERT ISNARD O ESPACO GEOGRAFICO w LIVRARIA ALMEDINA COIMBRA — 1982 ‘Titulo orignal sL'ESPACE GEOGRAPHIQUE® Publicado na colec¢io PUF-Le Géographe Presses Universitaire de France —Paris ‘Tradugio, prélogo, léxico e notas por JoKo Vicror G. pa Sitva Penna SPURSSSE Chime eer babes so ENEGT a Unveriase de Toto Ma “Todos ov ditéter reservados pata a agua portugues pla Livaania Ansupoxa— Coimbra — Portugal PROLOGO Ao recchermos 0 convite do editor para nos ocuparmos da tradugao da presente obra, tivemos a preocupagao de Ihe fazermos uma leitura prévia e atenta © 6 depois aceitarmos essa missto. Apercebemo-nos de imediato da ligagdo, similitude e linha comum entre 0 autor e 0 potencial tradutor, relativamente as diferentes maneiras de entender a Geografia. Baseado nesta consonéncia, procurdios no trabalho que agora vem a lume obedecer ao limite do esparo verbal do autor tentando, contudo ultrapassar a linearidade desse limite através de uma liberdade em que o gran de aproximagao & grande mas nao levado ao bilinguismo total e utbpico. Se € certo que o conhecimento ¢ dominio da lingua em que se é tradutor é essencial, dever-se-d ultrapassar a técnica, impersonalizada € rotineira para se aprofundar nas nuances ¢ subtilezas inteleetuais do autor, depois da apreensdo das grandes linhas que orientam 0 trabalho ent letra de imprensa. Mas, se tudo isto & essencial, mesmo assim poder-se-ia assistir 4 wma tradugio deficiente, se a forma da lingua em que se traduz nnio se apresentasse de wna forma simples, escorreita, acesstvel, no sb a um pilblico restrito e intelectualmente preparado para a compreensio imediata, mas especialmente orientada para 0 grande piiblico. E nessa linha enfrentimos algumas dificuldades face aos exem= 5 plos a que 0 autor frequentemente recorre, de cardcter regionalista africano, com uma terminologia que & muito especifica e de dificil compreensio no mundo ocidental e cuja tradugdo se torna por vezes imposstvel, por falta de correspondéncia, Outra dificuldade surgida foi 0 tipo de exposigdo, aqui e acolé nto muito clara e uma pontuagio despropositada que os levou a uma ertica e adaptasao constantes, procurando salvaguardar a compreen- sibilidede e no essencial, 0 espirito que teria regido a elaboragao pelo autor do contetido da sua exposigao cientifica. A temaria apresentada € de grande actualidade ¢ serve de base para o entendimento dos acontecimentos que saltam as grandes amanchetess dos jornais e livros que se expéem nos escaparates das livrarias, assim como nos noticidrios de tltima hora. Daf também o interesse do presente volume, que sob 0 ponto de vista de téenica de tradugao cipsis verbis+ nao serd isenta de erttca, ‘mas @ comunhdo de pontos de vista do autor tradwor, salpicado de pontos erltcos e discutivcis, nao alteram 0 positivismo de uma maneira de estar dentro da «Geografiae Surgem na «Belle Epoquer geogrdfica dos anos 50-60, andlises quantitativas, matematizadas, computorizadas, resultantes do avient Aapparaitres, maravilha da técnica que a todos atratu, como se algo viesse tornar posstvel a substituigto do Home. Assistivese a uma subalternizacto do Homo Cultura, face & brilhante e estonteante méquina programada. E a esperanga do robot, da alienagao do Homem. Fica a werr 0 que a méquina mais ou menos sofisticada lhe possa dar. Perde-se a confianga na acumutagio do saber que se veio fazendo através do rodar dos tempos permitin ao Homen o dominio de téenicas capazes de criar uma civilizagdo que wltra- passa o sew sdeterminismo» face ao meio complexo ¢ extremamente resistente & actuagéo humana. Mas, da accitagéo dos beneficios dependentes da evolugio da ciéncia até & sua subordinagdo vai um passo de gigante. Nao 6 se pode, ndo se deve, no & intelectualmente correcto.afirmar-se que 0 regresso & origem seria a solujao ideal, alicergada numa ideiaexclusivamente antropoldgica, Esté longe do nosso penso= ‘mento esta posisdo, mas também do cceitamos que wma subor- dinagio ao meio seja substtufda pela subordinagio ao transistor O Homem deve explorar a cibernética, mas no escravizarsse a ela. Utilizé-la sim, mas com moderagio e criticando, ndo a méquina em si que pode atingir « perficao teenolégica, mas « programas que Ihe é fornecida As diferentes combinagdes de elementos baseados numa estastica, J8 por si sujeita a deficiéncias © severas ertticas, desde os processos de recolha até & sua apresentagio e anélise, podem ser deturpados ¢ indevidamente jogados para ating finalidades por vezes ndo muito claras, com intengSes pouco legitimas e ao sabor das conveniéncias do momento. Apesar de todos os aspectos positivos, de todos os factores que terdo de entrar numa andlise multivariada ela nao é sufcientemente wariada, perdoe-se-nos 0 pleosasmo, para integrar os aspectos quali tativos que diferenciam som Homem de outso Homem que reage persona~ lizadamente ede mancira imprevistel. A lita em aberto & entre 0 quantitaivo © qualitative levado 4 situagées extremas. Poder-se-4 levantar 0 problema, de caracersticas puramente hhumnanas, de saber quais as razées que levaram a sma tendéncia bipolarizante (Geografia Geral — Geografia Regional, Determinismo — Possibilismo, Escola Alem — Escola Francesa e mais recente as grandes. opgdes que se podem eatalogar como Escola Qualitativa — Escola Quantitativa). Talvez que as jovens ciéncias da moda, tais como a Psicologia Social, Etolagia, Sociolog’ , Antropologia, déem alguma achega a esta situagdo que se tem verificado num tempo recente. Porque ndo tomar uma posigio de compromisso de maneira a nido sobrevalorizar os dados tecnoligicos, mas atribur-Ihes 0 seu devido 7 peso para —conjuntamente com a andlise locativa, da qual se obtem percepgao do «espace vécu — servirem de base para uma expl- cagio que seria sutopicamenter global, dindmica, mas a posstvel dentro das limitagdes humanas? Todas estas reflexes poder-nos-iam levar longe de mais, até mesmo ao extrema (¢ Id voltamos a cair nos antipodismos), de colocar em discuss os problemas epistemolégicos das Ciéncias Humanas. J4 & tema velho mas sempre retomado, para recapitulagao, repeticio ou simples gozo de dialéctica intelectuali- zante. Duas palavras sobre 0 presente trabalho, em jeito de apresentagio 40 leitor desprevenido ou ao potencial comprador que, além da leitura apressada do sumério ¢ possivelmente da conclusio, dedicard uma répida passagem de olhos a estas notas preambulares. Ressalta ao longo da leitura desta obra a experiéncia, o estudo a reflexao sobre temas cuja profundidade se amplia quando se refere a casos africanos. E neste dmbito que 0 autor se sente perfeitamente & vontade, resultante do acumular de livros publicados ¢ nunca biblion _grafia actualizada e de incidéncia regional profunda, aparecendo-nos como wunta simula e stutese de grande interesse pedagégit A vivencia dimana das folhas de exposigio densa, permitindo cenquadrar de forma perfeita, por um lado, a comeepsao do espago natural considerado como um ecossistema que se alarga com a presenga do Homem para un conceito mais vasto de geossistema; € por outro 4 expansio do capitalismo através duma planetarizagdo que irrompe de ebolsadase que tendem a peneirar lentamente, mas com deter- minagao e eficdcia nos equilibradas geossistemas, correspondendo aquilo que Samir Amin denomina Capitalismo Periférico e que cria wna dependéncia sécio-econdmica e ideolSica dos palses menos desenvolvi- dos perante os patses detentores do poder econémico ¢ militar a nivel mundial. Nesta anélise surge-nos uma posigao de grande evidéncia, ¢ que nos parece francammente positiva e correcta face ao evoluir da Histéria apressada e rica de factos que se sucedem em catadupa, mas sujeitos 8 «+ um fio condutor explicativo das recentes tensdes que levar muitas vezes ao desencadear de guerras, Tudo isto se tora transparente quando da leitura que atrai e envolve 0 seu leitor face wm ritmo € interligagao de temas sujeitos a uma ligica de forma simplista mas terrveliente eficaz, fazendo-nos sentir a necessidade de apressar 4. sua conclusto tal como acontece com wn romance do. qual ficamnos desejosos de conhecer o finn sem querer perder 0 enredo, Sendo assinn, uma segunda apreciagio mais calma ¢ atenta, menos emotiva, ¢ necessariamente mais consciente e rites, se exige. A actualidade © a conexio de factos histéricos longénquos e recentes surgem na explicagio facil, mostrando uma grande sagaci~ dade ao reter somente os factos essenciais e verdadeirameme expli- cativos. E se é possivel ver nesta obra uma intengdo de vulgarizacao com todos os condimentos capazes de criar uma aceitasao do grande piblico face aos temas actuais que sto focados, para os gebgrafos ela define uma tentative de grande forca para retomar a personalizagio da Geografia, tao perdida tem andado no imenso mar das novas Ciéncias Humanas, jovens € certo, mas por isso mesmo mais resistentes e aguer- ridas do que a vetusta c complexe Geografia. Na sua conclusio fd como que uma consciéncia da necessidade de reduzir o sew émbito, para uns tao alargado, que englobaria temas que a transcedem, enquuanto para outros seria to limitado que tenderia para wm simples exter= imino, Para qué envolver aquilo que nas & apresentado de mancira ito evident, Qual & 0 objecto da geografia? O espago geogr’= fico. Como se define? Pelas relasées desse espaso com a sociedade Talvez este empirismo choque a intelectualite de sina classe que procura no retorcido o vigor da sua retérica dialéctica. A nossa perspectiva é bem mais umilde ao procurar atingir 0 real, da mesma forma que 0 operério cowtribui para a construgdo de um belo © magestoso edificio mas de grande complexidade conjunto se assemelha & imagem da Geografia, M0 sew Parece-nos que tendo presente estas premissas, todo 0 resto vert como acréscimo para valorizar estes conceitos numa diversidade que 6 tem em vista a apresentagto de wma certa maneira de estar so panorama controverso em que vive a actual Geografa (t) Coimbra, Outubro de 1980. Joio Victor G. da Silva Percira (°)_ 4 depois de termos dado a0 dactiligrafo as linhas com que abrimos ‘sta publicacio, participémos no II Coléquio Ibérico realizado em Lisboa no petiodo de 13 a 17 de Outubro do corrente ano. Ai, tivemos oportt+ nnidade de constatar a presenga das duas grandes linhas a que atrés fizemos referéncia © que Jevou a uma troca de pontos de vista que se mostrou, cm certs seswes plenitis,francamente acesa tocando a taia do afrontamento. A polémica levantada c a defesa acalorada das opiniges expostas pelos dois grupos mostram bem a dindmica ca fé naguilo que procuram demonstra. Vila Valenti, nome grande da GeografiaIbérica e Mundial dos nossos dias, sleito Secretirio do 25.° Congresso Internacional de Geografia, a realizar de 27 a 29 de Agosto de 1984, em Paris, analisou 20 longo da Ligio de Encerramento do Il Cokiquio Ibérico, a evolugio e posigio actual da Geografia¢ 38 suas grandes linhas de forga. "Teminow a sua brilhante expo- siglo por fizcr apclo i conciligéo ov, talver melhor, i accityio e respeito plas diferentes posigdes e manciras de restate na Geografia, E salutar a discussio, respeitando vos adversirios, pois assim & que a Geografia aparece, nfo como uma ciéncia moribund, scgundo o que propagam alguns falsos profetas, mas como uma sempre rejuvenescida © renovada Geografa __Perante esta situagio verificimos que nada havia a alterar aquilo que ji tinhamos escrito ¢ até mesmo vimes a confirmagio de que a nossa andlise do problema estava no caminho certo. Coimbra, Novembro de 1980, 10 INTRODUCAO A PROCURA DE UMA ESPISTEMOLOGIA DA GEOGRAFIA ‘Ainda recentemente se admitia que 0 espago terrestre era seguramente ¢ por definigo, 0 proprio objecto das investigagSes em Geografia: esta ideia era aceite sem contestagio e nio sem desdém, Alids os seus trabalhos suscitavam apenas algum interesse fora dos meios restritos da Universidade. Hoje, a Geografia ¢ acusada de todos os lados: censura-se-Ihe por permanecer essencialmente descritiva, sem ter em conta a explicagio cientifica; de nao set onem plenamente segura dos seus métodos nem, menos ainda, estar de posse de um dominio perfeitamente reconhecido. A Geografia cientifica nio se cons- tieui por conquistas laterais, por expedigées marginais nem por tuma espécie de iro man’s land [1], mas sim em éreas, vieinhas 6 ocupadas... (). De facto, recebem 0 nome de geogrificas, as investigagSes que dependem indiscutivelmente da geologia, da pedologia, da climatologia, da hidrologia, da botinica, da demografia, da sociologia, da economia ¢ até mesmo da histéria. Os préprios gedgrafos trazem argumentos ao proceso: desde 0 seu primeiro némero; a revista Hérodote () denuncia «a alergia () Fernand Braupet, Ecrts sur histoire, Flammarion, 1969, p. 171 (2) Hérodote, F. Maspero, 1. trimestre 1973, n.° 1, p. 22 uw a reflexdo teérica que reveste a maior parte das vezes 0 aspecto de indoléncia ¢ de preocupagio em evitar toda a polémica teérica, a caréncia epistemoldgica de que fazem prova os gedgrafos. Outros afirmario que «a sua epistemologia é ridicules. A verdade & que entre gedgrafos de boas «mancirasy se proibiram as discusses que correm 0 isco de por em causa 0 dogma da sacrossanta unidade da Geografia livre, mas logo que se trate da repartigio de verbas de investigagio é vé-los a dividirem-se em dois grupos hostis: os «fisicos» de um lado, os shumanistas» do outro. Desacreditada a Geografia, alguns iro a0 ponto de declarar que devers desaparccer para dar lugar a uma disciplina a criar: a cigncia do espaco. Como, pois, admirar-se que seja exeluida das ciéncias do homem (!) por aqueles que fazem questio cm cstabelecer a sua epistemologia? [2]. Ora, 0 comhecimento cientifico do espago passou a ter uma grande importincia estratégica; mais do que nunca, com feito, 0 espaco & 0 campo das diferenciagdes, das contradig&cs, das tensdes, das competi¢des, um «jogo» entre os grandes sistemas econémicos ¢ politicos que disputam entre si o dominio da Terra Hoje, varias disciplinas dedicam-se a analisar as caracteris- ticas segundo o seu préprio ponto de vista, interessando-se pelo espagoecaldgico, — pelo espaga econémico, — pelo espago social e espaco mental, Numa tal compartimentagio polis- sémica [3], a nogio de espago global, a tinica tealidade da cigncia, afunda-se doravante numa extrema confusio. Nao se poder imaginar, na intersecgio das diferentes investigagoes, uma geografia capaz de abarcar esta totalidade complexa? (Jean Piacer, Epistémologie des sciences de Vhowme, Gallimard, 1970. E legitimo pensar que a Geografia saberd, rodeando-se de precaugies epistemoldgicas, incorporar 0 novo modo de pensar nascido da convergéncia de miltiplos contributos conceptuais. © que sempre faltou aos gedgrafos, € 0 que se poderia chamar, pretensiosamente talvez, um paradigma ou mais sim- plesmente um axioma, uma hipstese de trabalho susceptivel de realizar um largo consenso entre eles. Ou antes, encararem sucessivamente varias hipteses sem se dedicarem inteiramente a nenhuma: determinismo, possibilismo [4]... André Meynier expos excelentemente a histéria do pensamento geogrifico em Franga ('). «Na auséneia de um paradigma [5], escreve Thomas S Kuln@), ou de uma teoria que aspira a este titulo, todos 0 factos que poderiam desempenhar um papel no desenvolvi- mento de uma dada cigncia correm o risco de aparecerem igual- mente importantes... Esta maneira de acumular os dades... tem ‘como resultado 0 caos. Num certo sentido, hesita-se em qualificar esta literatura de cientifica». Anatol Rapoport (°) insiste também na necessidade de um paradigma, Se é verdade, escreve ele, que «0 conhecimento de uma verdade cientifica reside essencialmente na sua capacidade de prever os acontecimentos do mundo real», ea capacidade de explicagio de uma teoria pode, do mesmo modo ser perfeita~ mente independente da sua forca predictiva» se for capaz de ofere~ cer & inteligéncia pontos de apoio para a investigagzo. () Pu, Cal.

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