You are on page 1of 41

UNIFEI CAMPUS ITABIRA

Eletrônica de Potência
Aula 5
Conversores CC-CC Chaveados
Clodualdo Venicio de Sousa

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Conversores CC-CC Chaveados
Conversores CC-CC:
 Introdução;
 Classificação dos conversores CC-CC;
 Principio de funcionamento dos conversores CC-CC;
 Acionamento de Motores CC;
 Chopper de 1, 2 e 4 quadrantes.

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Introdução
 Os conversores CC-CC são utilizados para obter em sua saída
uma tensão CC ajustável e / ou regulada de uma fonte CC de
entrada.

Conversor CC-CC
Saída CC
ajustável e
regulada
Fonte CC não
regulada
Controle
clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência
Introdução
 As aplicações de conversores CC-CC são bastante
diversificadas, mas podem basicamente ser separados em dois
grupos:
1. Fontes de alimentação chaveadas: que estão presentes em
quase todos os equipamentos eletrônicos modernos, em
carregadores de baterias, em máquinas eletrônicas de solda,
etc.
2. Sistema de acionamento de motores CC: muito empregado
em servomecanismo, tração elétrica, etc.
 Tradicionalmente, os conversores utilizados em acionamento
CC são chamados de choppers.

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Introdução
 A fonte de onda da tensão de saída dos conversores CC-CC
pode ser filtrada ou não, pode possuir isolamento elétrico ou
não, dependendo dos requisitos da carga alimentada;
 Normalmente, os conversores utilizados para acionar motores
de corrente contínua não possuem filtragem de tensão nem
isolamento elétrico;
 A filtragem não é necessária pois a indutância própria dos
enrolamentos atua como um filtro para a corrente, a qual é a
grandeza responsável pela produção do torque do motor;
 A inércia mecânica não permite variações rápidas na velocidade
angular do motor;

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Introdução
 Os conversores empregados como reguladores de tensão CC em
fontes chaveadas necessitam produzir uma tensão de saída com
a mínima ondulação possível;
 As fontes chaveadas possuem um estágio responsável pela
filtragem;
 O isolamento elétrico é empregado sempre que o nível de tensão
da fonte for muito superior ao da carga;
 Transformador é utilizado para isolar a saída da entrada,
protegendo os usuários do equipamento, contribui na redução da
tensão através da relação de espiras e ainda proporciona
múltiplas saídas ao conversor.

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Introdução
Conversores CC-CC

Choppers Fontes Chaveadas

1 Quadrante
Sem isolamento Com isolamento
2 Quadrante
Buck Fly-Back
4 Quadrante
Boost Forward
Buck-boost Push-pull
Cuk Half-bridge
Full-bridge

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Introdução
 A conversão da energia deve ser realizada da maneira mais
eficiente possível, isto é, devem haver o mínimo de perdas no
processo de conversão;
 Nos conversores de potência CC-CC os dispositivos
semicondutores operam como chaves, possuindo somente dois
estados : ligado ou desligado.
 Atualmente os transistores MOSFET de potência e IGBT são
empregados como chaves eletrônicas na maior parte das
aplicações, que são de pequena e média potência;
 Em potências muito elevada (na casa das centenas de MW) os
tiristores SCR e GTO são empregados.

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Introdução
 Embora sejam capazes de manipular tensões e correntes
elevadas, a velocidade de comutação dos tiristores é baixa;
 O circuito de comando dos GTO são complexos e caros, e os
SCR necessitam de circuitos auxiliares de comutação forçada,
encarecendo o sistema, elevando sua complexidade e reduzindo
a confiabilidade;
 A freqüência de chaveamento possui uma relação direta com o
tamanho e peso do conversor: quanto maior a frequência de
chaveamento, menores os capacitores, indutores e
transformadores necessários.

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Principio da Conversão
 Os conversores CC-CC efetua o ajuste da tensão de saída
utilizando chaves;
 Esta regulação é possível, visto que, além das posições da
chave é possível também controlar-se o tempo que a chave
permanece em cada uma das posições.

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Principio da Conversão
 Quando a chave está aberta, não há tensão na carga, ocorrendo o
contrário quando a chave esta fechada;
 Mantendo-se a frequência de chaveamento constante e
variando-se o ciclo de trabalho (D), que dizer, variando-se a
relação entre o tempo ligado ton da chave e o período Ts ,varia-se
também a tensão média aplicada à carga;
 Por exemplo: se a tensão de entrada for 15V e desejarmos uma
tensão média de 10V na carga, basta fazermos ton igual a 2/3 do
período Ts;
 A tensão média V0 na carga não depende unicamente de ton ou
Ts, mas sim da relação entre eles (D).

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Principio da Conversão
Pode-se alimentar a carga com a tensão retalhada?
 Se a carga for um motor de corrente contínua e a frequência de
chaveamento não for muito baixa, não há problema, pois devido
à própria inércia mecânica do motor, este não percebe as
oscilações;
 O motor enxerga o valor médio da tensão, pois não há tempo
para que a velocidade aumente e diminua dentro de um período
de chaveamento;
 Se a carga for um circuito eletrônico digital ou analógico, a
tensão chaveada deverá ser filtrada antes de ser aplicada ao
circuito.

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Principio da Conversão

 Para gerar o sinal de comando da chaves conversores


chaveados, é muito utilizado uma técnica chamada modulação
por largura de pulso ou PWM;
 A idéia por traz é fazer-se variar a largura dos pulsos através da
variação de uma tensão de controle – Vcontrole;
 Um sinal periódico de frequência constante, normalmente tipo
dente serra ou triangular, e gerado a partir de um oscilador.
 A tensão de controle é comparada com a onda portadora (dente
de serra) e o resultado da comparação é o sinal PWM;

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Principio da Conversão
 A comparação é feita da seguinte forma: quando a amplitude de
Vcont. for maior do que a amplitude da portadora, a saída é
positiva (chave ligada), quando for menor, a saída é zero (chave
desligada);
 Existe diversos circuitos integrados dedicados que realizam a
modulação PWM, como por exemplo o LM3525 e o TL494;
 Aplicando-se o método de semelhança de triângulo a um ciclo
da onda dente de serra, pode se obter a equação que mostra a
relação entre o ciclo de trabalho e a tensão de controle.

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Principio da Conversão

ton Vcont .
V0  DVS D  ^
TS V
ST

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Choppers
 Os choppers são conversores CC-CC chaveados sem filtragem e
sem isolamento elétrico dedicado ao acionamento de motores de
corrente contínua;
 Operando frequência de vários kilohertz, os choppers propiciam
um acionamento mais preciso e de resposta dinâmica mais
rápida do que o acionamento com retificadores controlados.
 Até há uma ou duas décadas atrás, aproximadamente, os
motores CC eram a única alternativa em aplicações industriais
onde fosse necessária o controle da velocidade e/ou posição;
 Embora sejam mais robustos e baratos, o acionamento dos
motores CA é mais complexo, exigindo o emprego de
inversores e processadores com razoável poder de cálculo.
clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência
Choppers
 Nos dias de hoje, com os avanços na tecnologia de
semicondutores de potência e de microcontroladores, o
acionamento de motores CA a velocidade variável tornou-se
uma realidade em larga escala;
 Os novos transistores IGBT permitem a construção de
conversores de pequena e de média para alta potência mais
simples e baratos;
 Em aplicações de potência altas, como tração elétrica, por
exemplo, ainda são utilizados conversores a tiristores (SCR ou
GTO) ;

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Motor CC
 O motor de corrente contínua possui normalmente dois
enrolamento, um chamado enrolamento de armadura, e outro
chamado enrolamento de campo;
 Alguns motores não possuem enrolamento de campo, são os
motores de imã permanente;
 O enrolamento de campo é responsável pela produção do fluxo
magnético na máquina, com o qual ocorrerá a interação do fluxo
produzido pelo enrolamento de armadura, gerando torque
eletromagnético;
 A resistência R representa a resistência elétrica do enrolamento,
L a indutância do enrolamento e E a força contra-eletromotriz
interna.
clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência
Motor CC

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Motor CC
 Quanto maior a velocidade, maior a força contra-eletromotriz.
Se o motor estiver parado, E será anula. Se o sentido de rotação
se inverte, E ficará negativo;
 O enrolamento de campo do MCC, quando existir, pode ser
ligado de várias formas, cada uma conferindo características
particulares torque-velocidade ao motor;
 A ligação série é muita utilizada em tração, pois oferece um
elevado torque de partida;
 Na ligação independente o motor possui sua velocidade
diretamente proporcional ao valor da tensão de armadura,
facilitando a regulação da velocidade.

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Motor CC
 Se ϕ é constante (Vf e If constante) – temos kϕ = kA (V/rad/s).

E g  k w
k  k A
Eg  k A w
 Se ϕ é constante temos ktϕ = kB (Nm/A).

T  kt ia
kt   k B
T  kB ia

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Motor CC

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Motor CC
d
V (t )  Eg  Ra ia (t )  La ia (t )
dt
 Considerando apenas os valores médios da tensão terminal e da
corrente de armadura, o termo relativo à sua derivada torna-se
nulo.

1. Tensão terminal;
Vt  Ra ia
w 2. Fluxo de entreferro;
k 3. Resistência de armadura.

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Motor CC
 O controle da velocidade pela resistência de armadura é
efetuado em sistemas de tração, com resistências de potência
conectadas em série com a armadura;
 O controle da velocidade pelo fluxo de entreferro é utilizado em
acionamentos independentes, mas quando se deseja velocidade
acima da velocidade base da máquina;
 O controla da tensão terminal é o método mais indicado para
controle, uma vez que permite ajustes relativamente rápidos,
além de, adicionalmente, possibilitar o controle do torque,
através do controle da corrente de armadura.

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Motor CC

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Motor CC
 A grande maioria dos acionamentos é feita utilizando-se
conversores abaixadores de tensão, ou seja, aqueles nos qual a
tensão média aplicada à carga é menor do que a tensão de
alimentação do conversor;
 Conversores elevadores de tensão são usados quando se
deseja frear a máquina, com envio de energia para a fonte
(frenagem regenerativa);
 Frenagem dinâmica - bloqueio da alimentação da armadura
conectando-a a uma resistência externa;
 Frenagem regenerativa - conectar a armadura a uma fonte
externa através de um conversor bidirecional.

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Chopper de 1 Quadrante

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Chopper de 1 Quadrante
 O chopper de 1 quadrante somente é capaz de acionar a carga
no quadrante l, isto é, somente é capaz de fornecer tensão e
corrente positivas.

t1
1
Vmedio   Vs dt
T 0

ton
Vmedio  DVs D
T

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Chopper de 1 Quadrante

Vmedio
I medio 
R

DVs
I medio 
R

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Chopper de 1 Quadrante
 O diodo de roda livre serve para manter a continuidade da
corrente quando a chave principal está aberta. Sem esse diodo
não haveria um caminho para a corrente que percorre a
indutância de armadura circular.

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Chopper de 1 Quadrante

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Chopper de 1 Quadrante

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Chopper de 1 Quadrante
 A operação do chopper com carga RL pode ser dividida em dois
modos;
 Durante o modo 1, o chopper é ligado e a corrente flui da fonte
para a carga;
 Durante o modo 2, o chopper é desligado e a corrente de carga
contínua a fluir através do diodo de roda livre;
 Operação em frequência constante: a frequência de operação e
mantida constante e o tempo de condução é variado;
 Operação com frequência variável: a frequência de operação é
variada. Tanto o tempo de condução como o tempo de
bloqueio podem ser mantidos constantes.

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Chopper de 2 Quadrantes
 O chopper de 2 quadrantes é capaz de acionar o motor CC
num dado sentido de rotação e frená-lo.

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Chopper de 2 Quadrantes
 Os elementos IGBT1 e D2 constitui um chopper de 1 quadrante,
permitindo a operação no quadrante I. Os elementos IGBT2 e
D1 permitem a operação no quadrante II;
 No quadrante II a polaridade da tensão é mantida mas a
corrente média se inverte;
 Operação motor: o IGBT1 é comandado, e o ciclo de trabalho
deve ser tal que produza a velocidade desejada. O diodo do
IGBT2 faz a etapa de roda livre.
 Variando-se o ciclo de trabalho pode-se variar o torque e
conseqüentemente a velocidade do motor.

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Chopper de 2 Quadrantes
 Operação gerador: Somente o IGBT2 é comandado, e o ciclo de
trabalho deve ser tal que produza o torque de frenagem
desejado e sem que a máxima corrente de armadura seja
excedida;
 Estando o motor numa velocidade maior que zero, o IGBT2 é
disparado, fazendo com que a corrente cresça negativamente,
forçada pela força eletromotriz interna E do motor (o motor
armazena energia na indutância do circuito de armadura);
 Quando o IGTB2 é bloqueado, o diodo do IGBT1 conduz para a
fonte Vs a corrente forçada pela força contra eletromotriz da
indutância de armadura.

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Chopper de 2 Quadrantes

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Chopper de 4 Quadrantes
 O chopper de 4 quadrantes, como o próprio nome indica,
permite que o motor opere em todos os quadrantes , ou seja,
acionamento e frenagem em ambas as direções de rotação;
 É capaz de aplicar tensões e correntes positivas e negativas ao
motor;
 Este chopper pode ser visualizado como a ligação de dois
choppers de 2 quadrantes, um de cada lado da armadura.
Assim o funcionamento é semelhante ao do chopper de 2
quadrantes;

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Chopper de 4 Quadrantes

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência


Chopper de 4 Quadrantes
 Para operação nos quadrantes I e II, mantém-se IGBT4 em
condução e comandam-se os transistores IGBT1 e IGBT2,
respectivamente;
 O transistor IGBT1 então conduzirá quando a corrente do
motor for positiva (quadrante 1), e o diodo X conduzirá quando
a corrente no motor for negativa (quadrante II).
 Para o funcionamento nos quadrantes III e IV, mantém-se
IGTB2 em condução e comandam-se os transistores IGBT3 e
IGBT4, respectivamente.
 O IGBT2 conduzirá quando a corrente no motor for negativa
(quadrante III), e o diodo do IGBT2 conduzira quando a
corrente no motor for positiva (quadrante IV)
clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência
Trabalhos
ATIVIDADE:
1. Resolver a lista de exercícios fornecida pelo professor;
2. Resolver exercícios a escolha do aluno do livro texto;
3. As listas de exercícios não são avaliativas, mas constitui uma
importante etapa do processo de aprendizado.

clodualdosousa@unifei.edu.br Eletrônica de Potência

You might also like