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Ebook Completo - Análise Ambiental - v2 - SER (Versão Digital)
Ebook Completo - Análise Ambiental - v2 - SER (Versão Digital)
Análise Ambiental
AMBIENTAL AMBIENTAL
Camila Bolfarini Bento Camila Bolfarini Bento
DADOS DO FORNECEDOR
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência.
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do
Código Penal.
ASSISTA
Indicação de filmes, vídeos ou similares que trazem informações comple-
mentares ou aprofundadas sobre o conteúdo estudado.
CITANDO
Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa
relevante para o estudo do conteúdo abordado.
CONTEXTUALIZANDO
Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato;
demonstra-se a situação histórica do assunto.
CURIOSIDADE
Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto
tratado.
DICA
Um detalhe específico da informação, um breve conselho, um alerta, uma
informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado.
EXEMPLIFICANDO
Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto.
EXPLICANDO
Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da
área de conhecimento trabalhada.
Introdução à Ecologia.......................................................................................................... 13
Conceitos de Ecologia..................................................................................................... 13
Biosfera e ecossistema................................................................................................... 16
Dinâmica de populações................................................................................................. 21
Ecologia das populações................................................................................................ 25
Biomarcadores...................................................................................................................... 27
Avaliação de risco ambiental......................................................................................... 28
Risco socioambiental....................................................................................................... 30
Monitoramento de populações expostas a agentes tóxicos.................................... 33
Ecologia humana e das doenças................................................................................... 34
Sintetizando............................................................................................................................ 36
Referências bibliográficas.................................................................................................. 37
Ecotoxicologia ambiental.................................................................................................... 42
Risco ecotoxicológico e saúde humana....................................................................... 43
Poluentes ambientais ..................................................................................................... 46
Agentes poluidores.......................................................................................................... 53
Poluição da água e do solo............................................................................................. 59
Sintetizando............................................................................................................................ 68
Referências bibliográficas.................................................................................................. 69
Volumetria de neutralização............................................................................................... 76
Análise de acidez potencial do solo por volumetria de neutralização.................... 78
Determinação de alumínio trocável do solo por volumetria de neutralização......79
Análise das águas e determinação da acidez das águas......................................... 80
Bioacumulação do ácido benzoico no organismo e determinação do coeficiente
de partição.........................................................................................................................84
Remoção de compostos orgânicos voláteis (COVs) pelo carvão ativo................... 88
Volumetria de complexação............................................................................................... 92
Determinação do ferro e alumínio trocável do solo por volumetria de complexação....93
Análise do teor de magnésio e cálcio no solo por volumetria de complexação...... 94
Determinação do tipo de acidez do solo ..................................................................... 96
Sintetizando.......................................................................................................................... 100
Referências bibliográficas................................................................................................ 101
Sintetizando.......................................................................................................................... 133
Referências bibliográficas................................................................................................ 134
ANÁLISE AMBIENTAL 9
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/3230386423166043
ANÁLISE AMBIENTAL 10
1 INTRODUÇÃO À
ANÁLISE AMBIENTAL
Tópicos de estudo
Introdução à Ecologia
Conceitos de Ecologia
Biosfera e ecossistema
Dinâmica de populações
Ecologia das populações
Biomarcadores
Avaliação de risco ambiental
Risco socioambiental
Monitoramento de populações
expostas a agentes tóxicos
Ecologia humana e das doenças
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Conceitos de Ecologia
O termo ecologia foi utilizado pela primeira vez, em 1866, por Ernst Haeckel;
para ele, o entendimento dos processos de desenvolvimento do organismo e
da Ecologia era necessário para que os mecanismos evolutivos fossem verda-
deiramente compreendidos (WATTS; HOßFELD; LEVIT, 2019). Nesse sentido, o
conceito de Ecologia construído no século XIX, por Haeckel, envolve um sistema
teórico que abrange desenvolvimento, evolução e meio ambiente.
A compreensão moderna de Ecologia a contextualiza como o estudo cien-
tífico da distribuição e abundância dos organismos e de suas respectivas inte-
rações (TOWNSEND; BEGON; HARPER, 2008). Atualmente, sabemos que a Eco-
logia está focada em uma ideia de ecossistema que pode ser empregada em
qualquer área, pois trata as relações entre os organismos e o meio ambiente
como uma rede funcional envolvendo os componentes bióticos e abióticos.
É importante que se compreenda o espectro dos sistemas biológicos,
para tanto, o Quadro 1 apresenta alguns dos principais termos em Ecologia.
ANÁLISE AMBIENTAL 13
É o conjunto de populações
que habitam um determinado Os seres de um lago no
Comunidade
espaço em um determinado período Cretáceo.
tempo.
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mais
igual a
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Biosfera e ecossistema
Como vimos no espectro dos níveis de organização, o ecossistema é o nível
com maior quantidade, variabilidade e complexidade de atributos. Por isso, os
ecossistemas formam as unidades básicas de trabalho da Ecologia, eles abar-
cam fatores bióticos e abióticos que se influenciam e se inter-relacionam até
atingirem o equilíbrio. Ecossistemas são variáveis em termos de dimensão:
podemos levar em consideração as populações de organismos que sobrevivem
em microecossistemas, como por exemplo, um tronco de árvore em decompo-
sição, até florestas gigantescas com suas características específicas.
CITANDO
[...] qualquer unidade que inclua a totalidade dos organismos de uma
área determinada interagindo com o ambiente físico por forma a que uma
corrente de energia conduza a uma estrutura trófica, a uma diversidade
biótica e a ciclos materiais (isto é, troca de materiais entre partes vivas e
não vivas) claramente definidos dentro do sistema é um sistema ecológico
ou ecossistema (ODUM, 2001, p. 7).
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Cadeia alimentar
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Macroconsumidores ou
Organismos heterótrofos. Animais.
fagótrofos
Microconsumidores,
Organismos heterótrofos. Bactérias e fungos.
saprófitos ou osmótrofos
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Biosfera
Conjunto de ecossistemas
Biociclos
Subdivide os Epinociclo Talassociclo Limnociclo
ecossistemas (biociclo terrestre) (biociclo marinho) (biociclo de água doce)
distintos
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Dinâmica de populações
Vale considerar o estudo da dinâmica das populações, pois já sabemos o
que são e onde as populações estão localizadas dentro da biosfera. É impor-
tante compreender como as populações se formam, funcionam, crescem e se
mantêm – ou não – em equilíbrio, pois a dinâmica populacional é determinante
no processo evolutivo das espécies pela seleção natural.
Por meio do estudo da dinâmica de populações é possível observar, enten-
der e prever variações na abundância das espécies que compõem um ecossis-
tema. Para isso, ressalta-se as interações e as reações dos seres com outros
seres e com o seu ambiente.
Uma população compartilha três propriedades:
• Distribuição: refere-se às fronteiras demográficas e abrangência geográ-
fica durante seu ciclo de vida;
• Dispersão: referente à distância ou ao espaçamento entre os indivíduos,
que pode ser agrupada (cardumes), homogênea (grupos de seres humanos) ou
aleatória (populações de árvores em uma floresta);
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Diretamente dependente
Intensidade do fator
Independente
Inversamente dependente
Densidade populacional
Fonte: ODUM, 2001, p. 312. (Adaptado).
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Biomarcadores
As mudanças climáticas, a industrialização e o sistema econômico global estão
degradando os serviços ecossistêmicos dos quais dependemos para sustentar a
vida, inclusive aqueles que regulam o ciclo de toxinas e patógenos (OESTREICHER
et al., 2018). Os sistemas terrestres têm sido tão transformados que alguns autores
consideram que entramos em uma nova época geológica chamada Antropoceno
(STEFFEN; CRUTZEN; MCNEILL, 2007). Processos contínuos, como desmatamento,
eutrofização, perda de biodiversidade, desertificação e acidificação dos oceanos,
definem nossas relações complexas e negativas com o meio ambiente.
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Nível populacional
(avaliações comportamentais
e ecológicas)
Crescimento e reprodução
Homeostase
Funções de órgãos
Lesões histológicas
Células e metabolismo
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Risco socioambiental
Os problemas resultantes do desenvolvimento das sociedades modernas
caracterizam as sociedades de risco, que têm caráter globalizante. Esses pro-
blemas são resultados da intensa aplicação da tecnologia e do consumismo
desacompanhados da conscientização ambiental. A modernidade vem li-
berando riscos irreversíveis em uma medida, até então, desconhecida, desse
modo, a produção de riqueza é substituída pela produção riscos (BORINELLI;
CAPELARI; GONÇALVES, 2015). Segundo os autores, a consciência do risco e o
compromisso com seu enfrentamento dependem do nível material, da infor-
mação e da formação de pessoas que tenham capacidade de perceber a amea-
ça resultante das sociedades de risco.
Segundo Beck (1992), há cinco teses que podem ter aplicação global resul-
tantes da presença de riscos socioambientais:
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Via de
exposição
Risco
Contaminante Receptor
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EXPLICANDO
O consumo de animais selvagens é um exemplo de como a atividade hu-
mana pode resultar em doenças com potencial pandêmico. Antes da pan-
demia da COVID-19, pesquisadores já alertavam para potenciais infecções
por coronavírus decorrentes do consumo da carne de morcegos. Essas
pesquisas são resultado de estudos voltados para a Ecologia de doenças.
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2 ECOTOXICOLOGIA
AMBIENTAL E
BIOINDICADORES
DE QUALIDADE
AMBIENTAL
Tópicos de estudo
Ecotoxicologia ambiental
Risco ecotoxicológico e saúde
humana
Poluentes ambientais
Agentes poluidores
Poluição da água e do solo
Bioindicadores de qualidade
ambiental
Estressores ambientais e
hidrológicos
Gerenciamento de resíduos
tóxicos de laboratórios
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Geologia
Bioquímica
Estatística Toxicologia
Oceanografia
Limnologia Ecotoxicologia
Química
Ecologia
Farmacologia
Biologia
Epidemiologia
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2. Avaliação da toxicidade
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Estudo da relação entre as doses recebidas Avaliar os efeitos dos estressores nos recepto-
pelos grupos expostos e a ocorrência de res estudados por meio da avaliação da toxici-
efeitos adversos à saúde. dade aquática, terrestre e/ou outros ensaios.
5. Caracterização do risco
Integração das etapas anteriores para a ex- Integra as etapas anteriores e fornece a es-
pressão de riscos à saúde em termos qualitati- timativa dos riscos ecológicos em termos da
vos ou quantitativos. Análise de incertezas. significância dos efeitos observados, relacio-
namento causal e apreciação das incertezas.
Resultados
Aplicações típicas
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Urbanização
Industrialização
Ecotecnologia
Modelos ecotoxicológicos
Engenharia ecológica
Legislação ambiental
Poluição no
Poluição global
ecossistema local
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Não
Exposição Concentração
Efeitos
BIOTA (agudos ou
crônicos)
Sim
POLUIÇÃO
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Exposição a poluentes
Absorção e acúmulo
Alvo celular
Doença
Efeitos sob a população
Morte
Efeitos sob a comunidade
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Bioacumulação
Concentração do poluente
Biomagnificação
Tempo
Poluente
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< 25 °C Líquido
Ponto de fusão
> 25 °C Sólido
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> 10 -1
Muito volátil
< 10 a 10
-3 -5
Moderadamente volátil
< 10 -7
Não volátil
Fonte: OGA; CAMARGO; BATISTUZZO, 2014, p. 198. (Adaptado).
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Bioconcentração em organismos
BCF Log de BCF
aquáticos
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Agentes poluidores
As atividades antropogênicas e os processos naturais podem liberar po-
luentes para o meio ambiente. Uma vez no ambiente, eles podem contaminar
águas superficiais e subterrâneas, o solo e a atmosfera. A poluição resultado
da atividade antrópica pode ser intencional ou não. Considerando os compar-
timentos ambientais, é possível mencionar exemplos de agentes poluidores:
• Poluição por processos naturais: degradação de rochas, atividade vulcâ-
nica e incêndios florestais;
• Poluição por processos antropogênicos não intencionais: acidentes
ambientais, como derramamentos de óleo, explosões em usinas nucleares,
rompimentos de barragens etc. Esses acidentes são considerados não inten-
cionais, no sentido de que não há consciência coletiva de que eles podem vir a
ocorrer, pois é esperado que os procedimentos a fim de evitá-los sejam segui-
dos. Porém, tal condição não exclui a caracterização do acidente como crime
ambiental passível de averiguação das falhas e dos envolvidos, com julgamento
e aplicação de penalidades cabíveis pelas esferas competentes;
• Poluição por processos antropogênicos intencionais:
• Agente poluidor: conglomerados urbanos, indústrias, agricultura, fundi-
ção, mineradoras, laboratórios, hospitais, residências etc.;
• Vias (contaminantes): efluentes (detergentes, agrotóxicos, sabão, sol-
ventes, medicamentos, cosméticos e hormônios), fundição (metais pesados,
substâncias orgânicas e inorgânicas), redes de esgoto (detergentes, urina, fezes,
papel, sabão, solventes, medicamentos, cosméticos e hormônios), lixo doméstico
(plásticos, substâncias orgânicas e inorgânicas, papel e alumínio), lixo hospitalar
(seringas, medicamentos e plásticos), emissão de partículas contaminadas (HPAs,
hormônios e gases efeito estufa).
Na atualidade, a grande maioria dos agentes poluidores tem à disposição
procedimentos para reduzir os impactos dos poluentes liberados no meio am-
biente nas suas atividades, com organizações, leis, normas, procedimentos e
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DICA
Ao visitar o catálogo de periódicos nacionais SciELO e
fazer uma busca indexando os termos “contaminação”
e “metais”, é possível ver que há uma vasta gama de
artigos que pesquisam essa temática e seus efeitos nos
mais variados compartimentos ambientais.
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ASSISTA
O vídeo Cientistas estudam plantas e bichos como bioin-
dicadores das mudanças climáticas traz uma reportagem
da TV Cultura que aborda um exemplo de utilização dos
bioindicadores para a manutenção da qualidade am-
biental, esclarecendo quais alterações biológicas podem
ocorrer devido às modificações climáticas.
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CURIOSIDADE
Uma reportagem do Jornal da USP ajuda a entender como os
peixes podem ser utilizados como bioindicadores aquáticos, o
que fez até com que concentrações de poluentes tidas como
seguras pelas agências ambientais fossem contestadas.
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Classificação do resíduo
laboratorial em resíduos Considera as características físico-químicas,
4
químicos não perigosos periculosidade, compatibilidade e destino final.
ou perigosos.
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3 ANÁLISES
AMBIENTAIS
E QUALIDADE
AMBIENTAL
Tópicos de estudo
Análises químicas e a manuten- Volumetria de complexação
ção da qualidade ambiental Determinação do ferro e alumínio
Volumetria trocável do solo por volumetria de
complexação
Volumetria de neutralização Análise do teor de magnésio e
Análise de acidez potencial do cálcio no solo por volumetria de
solo por volumetria de neutralização complexação
Determinação de alumínio Determinação do tipo de acidez
trocável do solo por volumetria de do solo
neutralização
Análise das águas e determinação
da acidez das águas
Bioacumulação do ácido benzoico
no organismo e determinação do
coeficiente de partição
Remoção de compostos orgâni-
cos voláteis (COVs) pelo carvão ativo
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200 ml
Figura 1. Esquema de uma titulação. Fonte: LIMA; NEVES, 2015, p. 51. (Adaptado).
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Volumetria de neutralização
A reação de titulação denominada volumetria de neutrali-
zação – ou volumetria ácido-base, alcalimetria ou acidime-
tria – é uma metodologia muito utilizada em química ana-
lítica, que tem como objetivo a quantificação de ácidos ou
bases em soluções. Por exemplo:
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DICA
Para saber mais sobre formas de coleta de amostra de
solo, recomendamos que assista ao vídeo Epagri: coleta de
amostra de solo para análise – Como fazer, e leia o material
Como retirar amostras de solo, do Instituto Agronômico
(IAC) de São Paulo.
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DICA
Para aprender sobre como decidir o planejamento, os
locais, os métodos, os equipamentos de amostragem de
água de acordo com o objetivo da análise, acesse à Diretriz
Nacional do plano de amostragem da vigilância da quali-
dade da água para consumo humano (BRASIL, 2016) e ao
Guia nacional de coleta e preservação de amostras (ANA;
CETESB, 2011).
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OH
O ácido benzoico foi descoberto muito antes de sua síntese industrial. Quando
passou a ser produzido industrialmente, foi utilizado, primeiramente, como conser-
vante de alimentos e, posteriormente, passou a ter uso farmacológico em medi-
camentos e cosméticos. Desde então, o uso do ácido benzoico só passou a crescer.
Atualmente, sua utilização tem ocorrido para substituir os plastificantes de ftalato.
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Fenol
Copralactama
Nylon 6
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Filtro de
particulados
Tanque Tanque
carvão carvão
ativado ativado
Figura 3. Adsorvedor de leito fixo de carvão ativado. Fonte: LISBOA; SCHIRMER, 2007, p. 58. (Adaptado).
DICA
Para saber mais sobre a metodologia de um tipo de amos-
tragem de COVs, além de conhecer uma discussão muito
rica sobre diversos COVs precursores do ozônio, como o
formaldeído, acetaldeído, tolueno, propeno, entre outros,
leia o artigo chamado “Estudos dos compostos orgânicos
voláteis precursores de ozônio na cidade de São Paulo”
(ALVIM e colaboradores, 2011).
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Volumetria de complexação
Nas titulações por volumetria de complexação ocorre uma reação entre
um reagente-padrão, chamado de agente ligante, e um analito. O produto
final da reação é um complexo.
• Agente ligante: atua como base de Lewis (íons ou moléculas) doando
um par de elétrons;
• Analito: íon que aceita o par de elétrons por possuir orbital livre.
Então, dizemos que as reações de complexação envolvem um íon me-
tálico (M) reagindo com um ligante (L) para formar um composto ML, da
seguinte forma:
M + L ↔ ML
São exemplos dessas reações:
2CN + Ag + ↔ [Ag(CN) 2 ] -
Hg 2+ + 2Cl - ↔ HgCl2
Nas reações acima, [Ag(CN) 2 ] - e HgCl 2 são exemplos de com-
plexos. Basicamente, uma nova espécie foi formada por um
átomo ou íon central de metal ao qual se ligam outros íons
ou moléculas por ligações coordenadas, que são eletricamente
neutras (LIMA; NEVES, 2015).
O complexante mais utilizado nas volu-
metrias de complexação é o ácido etile-
nodiaminotetracético (EDTA), que con-
figura-se como fraco e possui quatro
hidrogênios ionizáveis e seis sítios ati-
vos. As soluções de EDTA combinam íons
metálicos na proporção 1:1, não importan-
do a carga do cátion, por isso, são particularmente úteis
(LIMA; NEVES, 2015).
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Fe, Cu, Mn e Zn
Mo e Cl
N, S e B
K, Ca e Mg
Al
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4 METODOLOGIAS E
PROCEDIMENTOS
PARA ANÁLISES DE
ÁGUA E AR
Tópicos de estudo
Métodos analíticos Determinação do teor de ferro
Volumetria de óxido-redução na água
Método do iodo Determinação do cloro residual
Método enzimático livre
Dosagem da acidez na água
Análise das águas (ou esgoto) devido ao CO2, ácidos
Determinação do oxigênio minerais e sais hidrolisados
dissolvido no meio aquático Determinação de coliformes
Fatores que influenciam na fecais na água
quantidade de oxigênio dissolvi- Como decidir o melhor método
do na água de tratamento da água
Determinação da demanda
química de oxigênio (DQO) Qualidade do ar
Método visual SIERP
Volumetria de óxido-redução
A análise volumétrica baseia-se na aplicação de uma reação química entre
um analito e o volume gasto de um reagente-padrão. Basicamente:
mA + nR ↔ Am Rn
Onde:
A é o analito;
R é o reagente-padrão.
Nas determinações volumétricas um reagente R é adicionado progressiva-
mente sobre a amostra até chegar a um ponto final, em que todo A foi trans-
formado em Am Rn. A quantidade do analito A é calculada a partir do volume de
reagente R necessário para reagir de forma equivalente (LIMA; NEVES, 2015).
Na volumetria de óxido-redução (redox) estão incluídas as titulações feitas a
partir de reações de óxido-redução, que se baseiam na transferência total ou par-
cial de elétrons entre o oxidante e o redutor. Dependendo do objetivo da titulação,
Método do iodo
Os métodos analíticos por volumetria que envolvem o iodo, sejam pela oxi-
dação (iodometria) ou pela redução (iodimetria), ocorrem por meio da semir-
reação
Método enzimático
As análises de qualidade da água que envolvem métodos analíticos emba-
sados em técnicas biológicas utilizam um elemento biológico como parte do
sistema de detecção. A potencialidade do desenvolvimento de novas técnicas a
partir de análises biológicas é muito grande, por isso elas são muito estudadas
e possuem um grande potencial de expansão.
Diversos métodos biológicos são baseados nas interações que ocorrem en-
tre processos enzima/inibidor/ativador, antígeno/anticorpo, receptor/ligante,
entre outros. Esses processos atualmente caracterizam-se como ferramentas-
-chave para avaliação da qualidade dos compartimentos ambientais e biológi-
cos (NISTOR; EMNEUS, 1999).
ASSISTA
Para saber mais sobre o debate relacionado à questão da
análise das águas e sua relevância no tocante à poluição
ambiental, assista ao vídeo Crise mundial da água: falta de
água potável e saneamento básico.
Salmonella typhi;
Salmonella parathyphi A e B;
Shigella sp.;
Febre tifoide e paratifoide;
Vibrio cholerae;
Disenteria bacilar;
Bacteriana Escherichia coli enterotóxica
Cólera;
Campylobacter;
Gastroenterites agudas e diarreias.
Yersínia enterocolítica;
Salmonella sp.;
Shigella sp.
Vírus da hepatite A e E;
Hepatite A e E; Vírus da poliomielite;
Poliomielite; Vírus Norwalk;
Viral
Gastroenterites agudas e Rotavirus;
crônicas. Enterovirus;
Adenovirus.
Entamoeba histolytica;
Disenteria amebiana;
Parasitária Giárdia lamblia;
Gastroenterites.
Cryptosporidium.
1 mL Na2S2O3 = 1 ppm OD
(A - B) · M · 8000
DQO (mg O2 L-1) = (1)
V
Onde:
A é o volume (mL) de solução-padrão de sulfato ferroso amoniacal gasto
para titular a prova em branco;
B é o volume (mL) de solução-padrão de sulfato ferroso amoniacal gasto
para titular a amostra;
M é a molaridade da solução-padrão de sulfato ferroso amoniacal;
V (mL) é o volume da amostra de água utilizado na análise.
1) Produção de gás ou
2) Ausência de gás. Teste
1) Não produz gás. produção duvidosa
2) Produz gás. Grupo negativo para o grupo
Ausência do e crescimento forte.
coliforme confirmado. coliforme.
grupo coliforme. Confirmar como em (A).
Determine o NMP.
Físicos e organolépticos
Cor Hazen 5 15 15 -
Turbidez UNT 1 5 - 1
Químicos
Alumínio - 0,2 - -
Magnésio - 150 - -
Nitrato mg/L N -1
- - - 10
Sódio - - 20 -
Trihalometanos - - - 100
Zinco 5 15 5 -
Bacteriológicos
Qualidade do ar
Em meio urbano, os poluentes atmosféricos são liberados, principalmen-
te, por fontes poluidoras antropogênicas (tráfego automóvel e a atividade
industrial) e, subsequentemente, transportados e dispersados na atmosfe-
ra atingindo os vários receptores por deposição gravítica úmida (lavagem da
chuva ou neve) ou deposição gravítica seca (por meio da adsorção de partícu-
las) (SILVA; MENDES, 2006).
Podemos classificar os poluentes atmosféricos como primários ou secun-
dários. Os poluentes primários são considerados mais importantes, pois ori-
ginam os secundários; além disso, são liberados diretamente para a atmos-
fera e poluem em caráter local. Os poluentes secundários permanecem em
suspensão na atmosfera por longos períodos e são resultantes de reações
químicas entre os poluentes primários e os constituintes naturais da atmos-
fera (COMPANHIA DAS DOCAS DO PARÁ, s.d.). São exemplos:
Fonte: Companhia das Docas do Pará, p. 4-5. (Adaptado). Acesso em: 07/03/2021.
Perigoso
Péssima Roxo 300-399 Riscos de manifestações de doenças
(Nível de alerta)
respiratórias e cardiovasculares
por toda a população. Nos grupos
Muito perigoso
400 ou sensíveis há aumento de mortes
Crítica Preto (Nível de
maior prematuras.
emergência)
CURIOSIDADE
Você pode acessar informações sobre a qualidade do ar em tempo real,
os dados horários por estação, os dados horários por parâmetro, um
boletim diário ou o resumo do boletim diário, acessando a página Qualar
da CETESP e se cadastrando no sistema.
Partículas totais em
Amostrador de grandes volumes 24h – µg/m3
suspensão