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PLORESTA 24 172):23.38, Predigao da distribuigdo diamétrica, mortalidade e recrutamento de floresta natural com matriz Markoviana de poténcia’ Cantos Rosato Saxquerra”* Humaerro Axccio Doni Antonio Brena‘ Jerezrson Bueno Menpes RESUMO A projego da disteihuigdo diamerica, mortalidade ereerutament de una Maresta natura no Tapa To’ estiiada apart de dados de parccla permanente coletados no perfodo de 1984 a 1993. O metodo ussdo Foi a matrz de transigan Markoviana a partis dos dados {do periodo 1984 a 1987 c ay predioes Tututss Forum feitas sobre as observagies do 1984 pela malriz quadritiea de wansi¢lo © pela matriz eabica, respectivamente para 1990 © 1903. Como resullade verificou-se que as estimativas pelas matrizes quadstica e eibica vores por classe diumelria e para o rio diferem signficativamente do numero real de recrutamento, may a mortalidade fendew ser subestimada pelas predigdes. Em geval o modelo foi considerado satistario. Apesar de algumas defiiéncias ideniiicadas neste extudo, pee coneluie qu iz Markaviana de potGncia € una técnica vidvel para prediga da dindmica de Uma floresia natural ¢, consequenlements, um instrumento Gil pera suxiliaeo manejador, Palavras-chave: cadeia de Markov, firhemlock, classe di métrica, Jo, predigaon ABSTRACT Prodicting diameter distribution, mortality and ingrowth in @ natural forest with a power Markov matrix. A model for predicting the future diameter distribution, the number of dead trees and ingrowth in each class was developed using DBH dats collected during 1984 to 1903 from a permanent plot of natural Forest in Japan. A model based on the Markov transition matrit over date Irom 1984 and TORT was constructed, Predictions for 1990 and 1993 were dome based on the Iwo and three-step matices, respectively. The Chi-square test showed that there way ne significance between the Predicted and observed frequencies per diameter class, a well as For ingrowth. However. there was significant difference between the predicted and observed [requeacies of dead wees, resulting in underestimated predictions of morality over time. In general the predictions given hy the model were reliable. Despite some deficiencies, it was concluded {hat the Markov matria is powerful and useful tol fr predition of dynamies of natural Toros a8 well 2¢ Tor ils ranagernent Key words: Markov chaio, fichemlock, diameter ss Japan, prediction ‘Trahan eli coro avaligo de desenpenho de doutorandon no ipso especial sobre Sim Jago da Prdugdo Fltenal, Cabo de Ps Greduugso em Engenharia Floesal, UFPR "Engen floesal MSc, Ph.D, profesor do Curso de Mon Gruduagioem Engenharia Finest, UUFPR = Bolted CNP **¥Engonhsio Mores. M.Sc, doutorando em Cifacias Floeesais, Cuso de PGs Geaduagio om [Engenharia loreal, UFPR Pa Songasts, Ret al INTRODUGAO Florestas naturais so muito complexas devido & heterogeneidade na composi¢ao de expécies, idades c tamanhos. Essa complexidade c a escassez de metodologias ¢ dades cientificos dificultam sobremaneira a atuagao do profissional envolvide com o manejo de florestas naturais. ‘A projecdo du estrutura diaméuriea no tempo é de real importancia para o manejo e a economia das florestas nativas, pois a partir dos didime- {ros futuros pode-se estimar as produgdes ¢ definir as intervengdes no povoamento que assegurem a sustentabilidade ccondmica e ecoldgica das ido ndores Beemploc varia desde casos pra fis de progaosticar os parimetros de_um inventério florestal (PEDEN et al, 1973), sucessao florestal (BINKLEY, 1980), manejo de florestas quando ha incertezas no horizonte de planejamento, tais como taxas de crescimento, ‘mortalidade, recrutamento e volume comercial a ser explorado (LEMBERSKY. 1976; BUONGIORNO & MICHIE, 1980) e na colheita florestal (HASSLER er al, 1988). A projecio da distribuigdo diamétrica pela cadeia de Markov jé foi cestudada em varias partes do mundo, por exemplo tia Nova Zelandia (ENRIGHT & OGDEN, 1979), nos Estados Unidos (SOLOMON et al, 1986) © na Indonésia (MENDOZA & SETYARSO, 1986). No Brasil, especitica- mente, na Amazinia brasileira, a projegao da distribuig2o diamétrica de florestas pela cadeia de Markov, foi estudada por HIGUCHI (1987) FREITAS. (1993). Neste estudo, 05 autores desenvolveram um modelo de predigao da indica de floresta natural através do cémputo da evolugio da distribuigao diamétrica das arvores, ineluindo também a prognose da mortalidade © do recrutamento de novos individues nas classes diamétricas. O modelo é fun- damentado na matriz Markoviana de poténea, aplicada aos dados ds primeira medigao cfetuada na floresta em 1984 MATERIAL E METODOS DESCRIGAO DA AREA DE ESTUDO Os dados utilizados no presente estudo foram extraidos de SANQUETTA (1994), na Ehime University Forest, em Keinenono, Provin- cia de Ehime, Shikoku (132° 52° E ¢ 33° 33° N), a menor das 4 principais Pred da distuigéo 2 ithas do Japa, Esta drea foi submetida a imtensa atividade humana no passado, especialmente com a exploragao de earvio vegetal, ‘A irea esta localizada entre 3 zonas climticas: temperada quente, nas partes mais baixas do relevo; temperada fria, nas partes mais elevadas; ¢ zona. intermedidria, A altitude varia de 760 m a 855 m. A precipitagio média anual € de 1.740 mm, com valores minimo ¢ méximo mensais de 73 mm em fevercito ¢ 216 mm em julho, respectivamente, As temperaturas minima, média e maxima do ar registradas foram de -6,2 °C, 123 °C ¢ 355 °C, respectivamente (TOKUL & SAKAUE, 1964; NINOMIYA et al, 1985). (Os solos so elassificados como solos florestais marrons, dos tipos By (drenado), B,, (levemente drenado), B,, (moderadamente timido), © By, (moderadamente timido subtipo drenada), segundo a classificagao pada dos solos florestais japoneses (TSUJITA er al, 1986). A vegetagio natural potencial da drea foi classificada como pertencen do & aliangs: HidrangeeAbierctum firmae, da classe, Camellietea japonicae (MIYAWAKI eitado por SANQUETTA, 1994), E uma area de transicao entre a zona temperada quente mais baixa, dominada pelas espécies Folhosas sempre-verdes ou perenes, & a zona temperada fria, mais elevada, dominada por espécies folhosas caducifolias (YAMANAKA. 1961). COLETA DOs DADOS Em dezembro de 1984, foi instalada uma parcela permanente, com fea de 0,89 ha, em uma foresta secundria de fir-hemlock, no compartimen- to n® 2, a0 norte da Ehime University Forest. A drea foi mantida em sucesso natural desde o tiltimo corte raso ocorrido hd, aproximadamente, 70 anos atvds. Esta parcela foi dividida em 112 subunidades. A parcela tem sido remedida sistematicamente desde sua instalagdo. Os inventérios foram realizados em 1984, 1986, 1987, 1988, 1989, 1990, 1991, 1992 e 1993, sempre no més de dezembro, levantando-se todas as Arvores com didmetro a altura do peito (DAP) maior ow igual a4 cm. No primeiro inventario (1984), todas as drvores enumeradas foram identficadas, ctiquetadas € medidas no DAP. Nos inventérios sucessivos, todas as drvores ctiquetadas foram reme didas, as novas arvores recrutadas que atingiam 0 DAP minimo também foram etiquetadas e incluidas nas medigdes, € as drvores mortas foram rogistradas como tal. Em 1985, foi elaborado um mapa de projegao de copas, incluindo todas as drvores do dossel superior (érvores com copas expostas diretamente ao sol), 0 qual foi revisado em 1990 (SANQUETTA et al, 1991), METODO Adotou-se a cadcia de Markov como método de projegao da dinémica da floresta, A cadeia de Markov € um processo estocéstico utilizado para ‘estudar fendmenos naturais ou nfo, que passam, a partir de um estado inicial, por uma seqiigneia de estados. onde 1 transigdo entre os estados ocorre 6 Sanquetta, CR et al segundo uma certa probabilidade (FERNANDEZ, 1975). 0. mesmo autor define a matriz Markoviana P come um conjunto enumeravel, ou finito, de estados, composto de elementos p., tais que Ep, = 1, onde p,, é a probabili- dade de transicgao do estado é para’ estado j. : PARZEN (1976) demonstrou que a cadeia de Markov € um processo estocistico que possui a seguinte propriedade-chave: a probabilidade condi- cional de qualquer evento futuro, dado qualquer evento passado ¢ 0 estaio presente, & independente do evento passado, e depende somente do estado presente do processo, Os elementos da matriz. de transigto so chamados de probabilidades de transigdo c so estacionarias. Portanto, as probabilidades de transigo estacionarias implicam que clas ndo mudam com o tempo. Para utilizar 0 proceso de Markov, as propricdades estacionarias do processo devem ser satisfeitas. Primeiro, para estimar qualquer evento futuro, dado qualquer evento passado ¢ o estado presente, deve-se considerar que ele 6 independente do evento passado e depende somente do estado presente do processo, Segundo, as probabilidades de transi¢do entre dois estados especi Indiferente & dindmica da distribuigo diamétrica, estas propriedades implicam que: (1) a distribuigdo diamétriea no futuro depende somente da distribuigéo atual endo da distribuigdo passada: ¢ (2) a probabilidade de uma. drvore mudar-se, por exemplo, da classe i para a j em algum periodo especi- fico deve permanceer a mesma todo o tempo, indiferente das condigdes do povoamento, Neste estudo 0 modelo de Markov foi construido com base nox dados de transigaio da floresta durante o perfodo de tempo 1984-1987, O modelo fot estruturado em 10 estados: e, [recrutamento=Rl. ¢, ie, [classes diamétricas| © ¢,, [mortalidade=M| A dinamica do sistema no intervalo de tempo considerado, de 3 anos, pode ser representada como segue: recrutamento - mudanga do estado e, para qualquer dos estados e, ae, ; mortalidade - mudanga de qualquer estado para estado ¢,, classe diamétrica - mudanga para as elasses diamétricas superi ores pelo ineremento diamétrico, permanéneia na mesma classe quando 0 incremento diamétrico nao foi suficiente para uma mudanga de classe. ‘Ap6s © céleulo das transigdes do ano 1984 para 1987 a matriz. de transigao P pode sor constraida como especificado ubaixo, Um processo de 10 estados pade ser representado como: Phi Pla Pio Pia P22 = Poo Pi)= PION PIO2 PLB. Prodigdo a ditibuigo ” Sendo pi,j calculado pela equago [1 , abaixo: a i uy a ij = 6 a probabilidade de ocorténcia de individuos na classe j, no tempo (¢-+ 1), dado a classe i no tempo 1 1, = nimero de individuos na classe no tempo (t + 1), dado a classe ino tempo & timero total de drvores no estado i no tempo f Para efeito de projetar 2 distribuigao diamétrica da floresta construiu- se a matriz de transigo para o perfodo de tempo 1984-1987 e, de posse dit matriz de transigi probabilistica P, a projegio do n-ésimo periodo ou etapa pode ser efetuada pela equagao [2) abaixo: Phen conforme mencionam BRUNER & MOSER (1973) ¢ HIGUCHI (1987) ra PREDIGAO COM O MODELO Soja = [el , ¢2.. . e/0 | 0 vetor de estados em 1984, no qual os elementos ei correspondem ao niimero inicial de drvores em cada estado, centio a matriz de probabilidades de transieZo P clevada & poténeia n pode usada para predizer a disposigio daquelas arvores iniciais apés n estagdes de ‘erescimento. As predigoes para 1990, ou seja (t+ 2) etapas de crescimento © para 1993, ou seja, (/ + 3) etapas podem ser calculadas pela equagao ||. Sendo P a matriz de probabilidades de transigo, 0 nimero de periodos a serem prognosticados, n=2 para 1990 ¢ m=3 para 1993, que, como indicado pela equagao [1], as probabilidades de transigies quadatica (pi) e etbica (pig)! sdo obtidas pelo quadrado e a poténcia cabica da matriz de transigao inicial (P) Predigio da momtatidade Seja E® = [ £7, E15, .., £75 Em um vetor, no qual os elemen- tos commesponder ao X nimero inci de drvotes em cada estado, ent a tnatrzes de probebiidades de wansigao de grau 2¢ 3 podem ser usades para predizer a kposigi dagucls arvores iniiais apdy 6 6 9 estagde de ervei mento, Os nimeros 267,40" para = R, 7, 13,75, S80 a probabilidadcs tie movtalidade para ima dia irvore «que estaveinicialmente na i nésima classe de didmeito. Os nimeros estimados de drvores torts, 1m, si0 dlterminados de acordo com aequagao [3 para 1990 e equasio (4) para 1993. mo BP Bl m= BS, a 2 Senqueta.C. Reta para B71, op IS Predigdo das drvores sobreviventes As equagtes [3] € [4] estimam a mortalidade, implicando que o nimero de drvores sobreviventes a partir de cada classe de didmetzo inicial possa ser caleulado como: SHEEP, 151 para ERI 5 sendo n=2 para 1990 e 7: de drvores na n-nésima classe para 1993. A equagio [5] estima 0 nimero. \rica que se espera sobreviver. Isto no indica a distribuicio diamétrica das drvores vivas. S, pode também ser caleu- lado pela equagio [6]: i= BPC pi - pi Yo (6) para i=12, Predigio da distribuigao diamétrica ara determinar a distribuigdo diamétrica para as drvores sobreviventes é necessirio somar todos os caminhos que a drvore pode entrar em uma classe de diimetro, indiferente de sua classe inicial, Esta soma é calculada pela ‘equagio [7] py zl in onde Bi” é 0 miimero de arvores no estado j apés n transigdes, indiferente do estado inicial. Se os valores obtidos a partir da equagao [5] sao definidos na forma vetorial como B" = [Er", £7”, EIS”, ... E75", Em! entio a equaca0, BY Bo Po (8) pode ser usada para obter os elementos individuais. AVALIAGAO DA QUALIDADE DA PREDICOES Com base nos dados coletados em 1984-1987 foram feitas predigdes para 1990 © 1993 a partir das freqiéncias por classe diamétrica de 1984, A avaliagio dessas projeg6es foi feita pelo teste de qui-quadrado ao nivel de 5% de prohabilidade O desenvolvimento deste suporte teérico baseou-se em BRUNER & MOSER (1973), HIGUCHI (1986), MENDOZA & STYARSO (1986) € FREITAS (1993), Predict da uisibuiga 2» RESULTADOS OBTENCAO DAS MATRIZES DE TRANSIGAO © Tabela | mostra a matriz. de progressdo de todas as povoamento, por classe diamétrica, no periodo de wansigao 1984-87, Na horizontal, esto os estados no ano 1987, e na vertical, os estados no ano 1984, Isto quer dizer que durante o periodo de tempo de 3 anos (1984-1987) 192 drvores foram recrutadas na primeira classe diaméttica, 1.657 drvores da primeira classe diarmétrica permaneceram na mesma classe ¢ 36 cresceram de tal forma que passaram para uma classe diamétrica acima, ¢ 91 drvores daquela classe mosreram. ‘Tabela | ~ Matriz de progressio de todas as éevares de umn poveamente (0.89 ha) de fir hemlock, Japdo, por classe Uiamétrica (em), no periodo de transigao 1984-87 Table | Matris of diameter class (em) dynamics during 1984-1987 ofa fir-hemlock sand (0,89 ha} in Jopan esudolvae Ro Tem 15 25 35 45 $5 65 75 MY Toul 1988 L 1987 -> ef ot 6 oo R 2 0198 7 165736 or 1784 18 sis 16 26 558 25 i821 0 203 35 a8 3 4 4s 3 o 6 35 70 ieee 65 een Ore 1 SHO eeea ‘otal 1849 554 198 59 19 6 SIS 2.881 * reerutamentolrecrultment * moralidadelmortality Com 0 auxiio da Tabea Ie splicando sea equaao (1), poe-s obter « mutreincial de probabilidades P. coos elementos p,, 880 mostados na ‘Taba 2. Por exerplo, a probsbilidade que una irvore da classe diumeca 7 permanega na mesma clase apds 3 anos 6 Je 0.9288, ou ej, 1.657.784; x0 Sanqueta, CR etal a probabilidade que uma arvore da classe diamétrica 7 cresea e atinja a classe 15 cm em 3 anos € 0,0202, ou seja, 36/1.784; a probabilidade que uma arvore da classe diamétriea 7 morra em 3 anos € 0,0510, ou soja, 911.784; a probabilidade de recrutamento na primeira classe diamétrica durante 3 anos & dada por 192/194=0,9897. “Tabela 2 - Matrie nical de probabilidades de transgBo por classe diame period 1984-87, para um povoamento (0,89 ha) de Fir-hemlock, Jgpa0 Table 2 Initial transition matrix by diameter class (em) for 1984-1987 of a fir emmlack stand (0,89 ha) in Japan a (em) parso esloitate RO 7 IS 2S BSS SSS TSM 1984 4 1987 R 9x07 e108 1 0.9288 0.0202 0st Is 0.9247 00286 oase 2 0.8986 0.0541 ons 38 0.8889 0.0556 2.0560 45 (08420 0.1980 1.0000 3 8750 0.4250 6s 0.7500 0.250 0,0000 8 #.000 0.0000 M 1.0000 + recrtamentofrecruitment * mortalidadermortality A Tabela 3 contém os valores obtidos clevando-se os valores da ‘Tabela 2 ao quadrado, isto é, a matriz quadrética. Os nimeros p, ! para ie j 65, 715 ¢ M, mostrados na Tabela 3 representam as probabilidades de uma drvore comegar no estado j dado que cla estava no estado i dois passos atrds. © mesmo procedimento pode ser aplicado sucessivamente, obtendo-se as demais matrizes eGbica, & quarta poténcia c assim por diante. A matriz cabica é mostrada na Tabela 4, onde se identifica a probabilidade de uma érvore comegar no estado j dado que ela estava no estado i 3 passos atras, Prodi da distribu a1 ‘Tabela 3- Matriz quudritiea de transigde por classe diamétria (0489 ha) de fir-hemlock, Jape Table 3 - Quadratic transition matrix by diameter clase (cm) offi hemlock stand (0,89 ha) in Japan on para um poveamenton estadobiie ROTI 28 SSS STS oe 1987 > He 192 0.0285 0.0K08 9.0508 7 (08626 0.0574 0.0008 0.9093) 1s 8951 040821 DMRS ooo 2s {8.8040 0,060 0.0030 0.0368 3s 1.7901 6.0962 9.0088 avs? 45 a.7089 02713 2.0196 ss 0.7686 anes 6 05625 0437S 0.0000 as Fo o,o00 M 0000 + rocrutamenta/recrnitment * imortalidade/mortality AVALIACAO DAS PREDIGOES FEITAS PARA ANO DE 1990 Os resultados das predigdes elaboradas para 0 ano de 1990, com base nna matriz quadrétiea de transigao, mostraram que, ao nivel de 5% de proba- bilidade, nfo houve diferenga signiieativa entre as freqiéncis estimadas bservats por classe diamétrics, para ov estados de érvores sobreviventes, reerutamento e mortalidade, como mosirado na Tabela 5. Notou-se algumas diserepineias, embora nao significtivas, na classe de 4-10 em para © numero de arvores ¢ 0 reerutamento. Quanto ao mimero de drvores, observou-se 0 mesmo problema nas classes de 30-40 ¢ 60-70 em, Contudo, o nimero total de érvores fo! superestimado em apenas 24 indivi duos. Para 2 mortalidade e recrutamento, 0 modelo quadratico estimoa 12 € 27 arvores a mais, respectivamente 2 Sanquetta, CR. et al Tabla 4 - Matiz edbica de wransigdo por classe diamétrica (em) para um povoamento (0389 ha) de fir-hemock, Japao Table 4 Cuble transition matrix by diameter class (em) fora frshemlock sand (0.89 ha) in Jepan estado R715 28358 ASS OS M 1984 J 1987 > ® 0.8538 6.0459 0.0011 0.0001 20990 1 6.8012 0.9520 0.0016 0.0001 patsst Is 0.7006 0.0712 0042 0.0001 0.336 2s 0.7208 01204 0479 v.0003 pans. 8 0.7n24 041250 0.0229 ais 43 p.so69 0.3498 0.0857 5s 9.6699) 9.300 ia 0.4219 98781 0.0000) 1s 1.00110 0.0000 ™ 1.0000 * reerutamentotrecraiiment mortalidadelmortality AVALIAGAO DAS PREDIGOES FEITAS PARA O ANO DE 1993 Com a matriz evbiea foram feitus as predigdes para o ano de 1993 (143). A Tabola 5 mostra os valores observados estimados para o nimero de frvores, reerutamento e mortalidade para cada classe de didmetro, Verificou- estimadas no sio estatistc observadas, a nivel de 5% de probabilidade, para oniimero de srvores e para a distribuigdo diameétrica, No entanto, diferengas significativas para as proje- ges da mortalidade por classe diamétriea foram percebidas. Observou-se dque a matriz de wansigdo cubica tendeu a subestimar a mortaidade, sendo 0 teste de qui-quadrado sigoificativo uo nfvel de 5% de probabilidade. Quanto zo nimero de arvores sobreviventes total, o modelo estimou 18 drvores a mais, ou seja, 467%, valor este no estatisticamente significativo ‘Avaliando as predigdes efetuadas pela matriz Markoviana de pot@ncia, constatou-se que as maiores diferengas foram verficadas para © recrutamen- toe a monalidade nas menorcs classes de didmetro. No entanto, para fins préticos de mangjo florestal @ impacto nas predigdes de curto prazo nio Seriam grandes. E interessante ainda lembrar que na maioria dos trabalhos ‘Tabela 5 - Predigies do almero de drvores,recrutamento ¢ mortalidade por classe diamétrica (cm), para os anos de 1990 e 1993 com base ne atria de transigio inicial de um poveamento (0.89 ha) de fi-hemsock, Japio Table 5~ Predicted number of tres, recruitment and mortality By diameter (om) class for 1990 and 1903, based on the initial transition matrix of a fir-hemilack stand (0,89 ha) in Japan coeinquasip sp oPSipaid “rvores sobreviventesiclasse DAP. ‘monalidade 70 a 2 2 3 0 9 1 ° 6 bee eee total 2541-2565 28192438 253-285 4ST SK 23BL 2319 2438 guiquadrado 4.38 ps 1338.5 3.00 n. 5. 24.33 3.10 ns, 2 ns chiesquared “observadoimeasured > estimadolpredicted «estado nao considerado para 0 Leste de qui-quadrado! ste nor considered for ehisquared test © recrulamentolrecraliment r,s, nda signficante a nivel de So significant at 5% sigificante ao nivel de Ssigniicant at 5% ee u Sanguetts,C. Ret al mede-se conyencionalmente apenas as drvores acima de 10 em de DAP. HIGUCHI (1987) e FREITAS (1993), em scus estudos na Amazénia brasilei- ra, utilizando a cadeia de Markov para predigao diamétrica, trabalharam com rvores de DAP acima de 25 cm, valor minimo diamétrico que tende a evitar estas discrepancias acentuads, principalmente para os estados de mortalidade erecrutamento. Porém, vale mencionar, que tal procedimento poderia acarretar estimativas inconsistentes da produgio a longo prazo, uma vez que haveria subestimativas sistematicas ocasionudas pela negligéneia das drvores pequenas ‘que ocorrem em grande niimero na floresta DIscussAO CARACTERISTICAS DOS MODELOS DE MARKOV Predigées do desenvolvimento ¢ da dindmica de florestay com cadeias cexemplo disso € apresentado por SOLOMON et al (1986), que expressaram as probabilidades de transi¢do ndo como constantes, mas como fungdes da estru- ‘ura da floresta representada pelo tamanho das drvores, densidade do. povoa: mento, fatores externos, cortes anificiais, etc... Disso r nodelo mais floxivel c interessante de ser exploraclo com os dados deste trabalho no futuro, Facilidade de construgdo ¢ apticagao sao as prineipais vantagens do método aqui apresentado. Além disso, matrizes de transigio podem ser facil- ‘mente construidas com pouca informagao sobre a Hloresta com que se trabalha, isto 6, apenas com dados convencionais de invent engenheiro florestal ou outro profissional envolvido com manejo florestal Poderd, sem muito esforgo, e com algum conhecimento de aritmética © Jilgebra de matrizes, desenvolver um modelo come o aqui proposte. REFINAMENTOS NO PRESENTE MODELO Varios refinamentos so nceessirios para aperfeigoar a presente versio de nosso modelo. O primeira refere-sc i construgo de matrizcs de transigio que conterapiem as diferentes expécies que compiem a flores, ndo as eon siderando num s6 conjunto. O segundo refere-se i necessidade de avaliar mais profundamente as amplitudes diameéirieas mais adequadas para se eonstruir as Predigto de distibuigio as matrizes; no presente modelo classes arbitrérias foram utilizadas para efeito de demonstraggo do modelo ¢ por facilidade operacional. A definigao das classes diamétricas pode ser mais apropriadamente feita baseando-se nas taxas de creseimento dis drvores. Uma quarta melhoria diz respeito ao uso prévio de tuma fungie de freqliéncia (do tipo Weibull, por exemplo) para alisar a distri- buigio irregular de arvores em certas classes diamétricas, evitando-se assim a passagem exagerada de drvores para outras classes ou 0 impedimento de tal ppassagem, cuso os dados originals estivessem com problemas de amostragem ‘om algumas classes. Outro refinamento conceme & methoria dos dados sobre ‘e mortalidade. Recrutamento ¢ mortalidade so eventos extrema: mente varidveis ¢ dificeis de quantificar durante poucos anos de coleta de dados. Remedigdes prolongadas so necessérias para desenvolver equagdes correlacionando 0 recratamento com caracteristicas do povoamento e, assim, assegurar confiabilidadc na estimativa desses eventos. CONCLUSOES A boa qualidade das estimativas feitas neste estudo mostraram que © uso da matriz de poténeia de Markov pode ser um valioso instrumento 20 manejador florestal, Verificou-se que tal modelo pode produzir estimativas satisfat6rias da distribuigdo diamétrica. Neste estudo os erros das estimativas do mimero total de arvores para perfodo de 1990 (r+ 2) e 1993 (r+ 3) além de niio serem estatisticamente significativos 20 nivel de 5% de probabilidade, So perfeitamente accitéveis na pritica didria do manejador. A partir destas projegdes de freqiiéncia diamétrica da floresta, 0 manejador florestal estar apto a fazer outras. projegdes concernentes. #0 planejamento da produgdo da floresta natural de sua algada, sejam elas predigées de volume, area basal, ete.. Ainda, o presente modelo poderia ser utilizado para simular as conseqtigneias de intervengdes programadas pelo manejador, auxiliando-o na tomada de decides visando a otimizagio da utilizagio dos recursos florestas, Finalmente, o presente modelo, se explorado de modo eficiente, poder se constituir numa ferramenta de grande valia para a busca de solugdes telativas ‘20 manejo em regime de rendimento sustentado de florestas maturais. BIBLIOGRAFIA CITADA BINKLEY, C. 8, 1980, Is succession in hurdwood forests a stationary Markov process? For. Science, 26:566 70. BUONGIORNO, 1. & MICHIE, B. R. 1980, A matrix mode! of uneven-aged forest management. For. Seienee, 26: 609-625, BRUNER, HD, & MOSER It, J. W, 1979. A Markov chain approach (othe predietion of ‘iamveter distsbutions im uneven-aged forest stands. Can. J. For. Res, 3400-117, 6 Sanquetta,C. etal ENRIGHT, N. & OGDEN, J. 1979. Applications of matrix models in forest dynamics: “Anaucaria in Papua New Guinea and Nothofagus in New Zealand. 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