Gnosiologia é a parte da filosofia que estuda o conhecimento.

Epistemologia é a parte da filosofia que estuda o conhecimento científico

O conhecimento não é um fenómeno raro.

Sejam quais forem os casos de conhecimento, há pelo menos dois elementos comuns a todos:
o sujeito e o objeto.

O sujeito é quem conhece e o objeto é aquilo que é conhecido

“O conhecimento é um estado altamente valorizado no qual uma pessoa está em contacto

cognitivo com a realidade.”

O sujeito é sempre o sujeito e o objeto é sempre o objeto.

Essa dualidade é também uma correlação. Não se pode pensar num sem o outro. O sujeito não
tem sentido se não for por contraposição ao objeto e o objeto não tem sentido se não for por
contraposição ao sujeito.

A correlação é irreversível. Não há possibilidade de que o objeto se converta em sujeito, nem o

sujeito em objeto. Não podem trocar de funções.

O sujeito sai de si para captar as características do objeto e regressa a si com a imagem do

objeto.

O objeto além de transferir uma construção idêntica a ele não sofre alterações, enquanto o
sujeito sofre alterações, nele nasce a consciência, conteúdo e imagem do objeto.

A função do sujeito consiste em sair de si mesmo para apreender e captar o objeto.

A função do objeto consiste em poder ser apreendido pelo sujeito.

Tipos de conhecimento

Conhecimento prático: certa aptidão; capacidade de desenvolver uma determinada ação

Conhecimento por contacto: conhecimento presencial/direto; através dos sentidos externos

Conhecimento proposicional: o objeto é uma proposição

Definição tradicional do conhecimento/ definição tripartida

São necessárias três condições para haver conhecimento: crença, verdade e justificação

O conhecimento é uma crença verdadeira justificada

Se uma das três condições falta então não há conhecimento

Cada condição por si só são condições necessárias e não suficientes, as três juntas são
condições suficientes.

Ter uma crença é acreditar numa proposição, ou seja, acreditar que ela é verdadeira. Uma
crença é um estado de adesão mental a uma ideia. Se não acreditar que uma ideia é verdadeira
então não se pode conhecer.
A verdade é outra condição necessária. Uma crença falsa não é conhecimento. Se uma
proposição é falsa não pode ser conhecida. Não podemos conhecer a própria falsidade, apenas
saber eu a proposição é falsa. Ter uma crença verdadeira por sorte não é conhecimento.

Para haver conhecimento é preciso justificação. Uma justificação adequada consiste em boas
razões para acreditar que uma proposição é verdadeira. Essas razões ligam a crença à verdade
e fazem com que a convicção não se deva por acaso.